No outro dia acordei com cólica, mas levantei, tomei um banho e vesti uma legging e blusa de malha fria com manga cumprida, meias e desci pra tomar café antes de tomar algum remédio.
— Bom dia Maria, muita chuva?
— Mulher... tá chovendo e frio também, vim toda cheia de roupa.
— Eu imagino, aqui dentro eu estou de meias e legging.
— Thor nem veio me receber quando cheguei, hoje está um tempo mais gelado e úmido.
— Nem me fale, eu não gosto de dirigir na chuva. –falei servindo café na minha xícara e tomando bem quentinho.– Eu dormi bem, sabe? Mas meu corpo está tão mole. Aquela vontade de ficar deitada o dia todo, tô muito safada Maria.
— Tem dias que acordamos assim mesmo. Olha só... quentinho, quentinho. –disse mostrando o bolo de pão de queijo que ela estava tirando do forno.– Helena pediu pra mim ontem. E esse aqui é pro Luan. –era um bolo de mandioca que estava com cara de estar uma delícia.
— Aí que delícia, eu quero um pedaço de cada...
— Claro, agorinha... –Maria foi minha companhia durante o café da manhã, aproveitamos até mesmo para definir o que seria o almoço. Depois disso subi para o meu quarto, procurei minha bolsa e peguei na necessarie que estava dentro dela um comprimido. Tomei e deitei mais um pouco.
— Nanda? –escutei uma voz bem de fundo chamando, grunhi e virei pro outro lado, minha cabeca latejou na hora.– Ei... –era o Luan.
— Oi amor, bom dia.
— Cê tá bem? São 10h37, não vai hoje?
— Hm não, tô com enxaqueca amor e cólica.
— Quer um remédio?
— Não, eu já tomei e não melhorei.
— Quer tomar café?
— Não amor, eu tomei. Levantei cedo, mas não tô legal. Quero ficar aqui quietinha.
— Tá bom, vou ficar quietinho com você então. –disse abraçando minha cintura, o quarto estava bem escurinho, barulho de chuva... dormi outra vez.
— Papai tá na hora do almoço já e você nem tomou café, Maria fez até bolo. –acordei com a Helena dando uma dura no Luan que estava acordado, ainda deitado e fazendo sinal pra ela falar baixo.– Mamãe?
— Bom dia filha.
— Já tá de tarde, Maria fez até almoço.
— Deixa eu ver se consigo adivinhar... Hm... Bife acebolado com batata frita e salada.
— Sim! Ela fez. –respondeu toda empolgada.– Papai?
— Deita aqui com o papai um pouco, só um pouquinho pra você esquentar que tá muito frio.
— Não quero deitar não, quero comer comida, vem papai... vamos.
— Rapaz, tá com fome é?
— Não, quero comer batatinha papai, vamos.
Helena não deu paz enquanto Luan não levantou e não desceu com ela. Enquanto eu me mantive preguiçosa, levantei apenas para ir ao banheiro e voltei pra cama. Peguei o celular, respondi algumas mensagens, olhei o email e voltei a dormir.
Narrado por Maria Luísa
(...)
— Oi paizito, boa tarde. –falei dando um beijo no rosto dele.– Oi, e tchau.
— Oi, e tchau? Onde você já vai indo e sem avisar?
— No meu namorado.
— Maria Luísa... tá chovendo, tá frio. Sossega em casa.
— Ué pai, ele vem me buscar de carro. Vai parar aqui na porta.
— Nada de dormir lá viu, pode voltando pra casa.
— Tá bom senhor Rafael, tá bom. Tchau.
— Tchau, avisem quando chegar lá.
Peguei o celular em cima do sofá, dei tchau pro Thor e fiquei esperando na porta. Assim que Henrique encostou eu fui pro carro, sentei no banco do carona ao lado do motorista e nos beijamos.
— Tenho que voltar pra casa ainda hoje. –falei e ele deu risada.– É sério.
— Oi Malu, estou bem também.
— Desculpa. –pedi.– Oi, estava com saudades.
— Eu também. Oh, pra você. –disse pegando uma sacola no banco de trás e me entregando.
— O que é isso?
— Presente, abre aí. –a sacola era pequena, de uma loja de jóias. Abri com todo cuidado e dentro tinha uma caixinha, abri e fiquei apaixonada.
— Sério isso? Ah, que lindo Rique. Eu amei, lindo.
— Pra entrar no clima da viagem. –disse dando-me um selinho.
— Um berloque de soldado da Inglaterra, um mimo, tão delicadinho.
— Achei também.
— E você foi comprar com quem?
— Meu pai.
— Sua mãe não quis ir junto?
— Era um passeio de homens, pai e filho.
— Ah que fofo. Ele ainda sai com o papai.
— Teve jogo, fomos assistir e depois passamos no shopping. Ele viu uma gargantilha na vitrine da loja e quis entrar pra comprar e dar de presente pra minha mãe.
— Seu pai é bem romântico, acho tão lindo.
— Minha mãe foi a primeira namorada dele.
— Tá brincando?
— Não, é sério. Ela está acostumada a ser mimada por ele.
— Assim como eu por você, obrigada pelo presente. Eu estou bem animada com a viagem. Você já falou com os seus pais?
— Falei com a minha mãe, ela escutou a gente conversando e depois veio falar comigo.
— E o que ela disse?
— Que é uma bela oportunidade, você fez bem em aproveitar.
— Tenho vontade de conhecer vários lugares do mundo, sabe?
— Sei. –disse apertando meu nariz.– E eu vou com você.
— Sua mãe está em casa?
— Sim, esperando a gente pro almoço.
— Seu pai também?
— O homem de negócios está fora hoje, em Campinas.
— Sério? Volta hoje ainda?
— Nada, daqui quatro dias. –respondeu enquanto manobrava o carro e por fim estacionava.– Chegamos.
— Rapidinho. –falei descendo e entrando na frente.– Oi sogra!
— Malu, querida. Tudo bem? –perguntou vindo me abraçar.– Como está linda.
— Obrigada. Estou ótima, e você?
— Muito bem também, obrigada. Cadê o Henrique?
— Aqui dona Luísa, entrando. Terminou o almoço?
— Ah sim, a mesa está posta. Vamos lá?
Fomos para a sala de jantar, tudo preparado. Ela havia feito couve-flor recheada com frios e gratinada, carne assada e um arroz fresquinho. Nós sentamos, servimos nossos pratos e começamos a comer. Minha sogra além de um amor de pessoa era muito comunicativa, tanto que passamos o almoço inteiro conversando inicialmente sobre a nossa viagem e o assunto se estendeu por muitos outros, acabamos falando sobre a culinária.
— Se me dão licença, irei me ausentar. Comportem-se crianças.
— Vai deitar?
— Ligar pra sua tia.
— Tá.
— Tem torta de limão na geladeira, comam a vontade. –disse seguindo em direção as escadas.
— Vai querer?
— Agora não, estou satisfeita.
— Eu quero, vou lá pegar. –levantei tirando a louça suja da mesa e levando pra pia, enquanto o bonito estava com a geladeira aberta, pegando o doce. Esperei e fomos para a sala de estar.– Tá muito bom, tem certeza que não quer?
— Tenho Rique, tô cheia demais.
— Só pra experimentar, toma. –encheu a colher e colocou na minha boca, estava saborosa, bem docinha.
— Delícia.
— Quer mais?
— Não, obrigada. E aí, preparado para o próximo semestre?
— Sim, parece que fiquei sessenta dias de férias. Preciso de uma rotina.
— Mas você aproveitou bem suas férias.
— Demais. Arrumei até meu quarto depois da minha mãe ter falado um monte.
— Sua mãe?
— Não queira ver a dona Luísa brava, ela vira o cão.
— Não fala assim da minha sogra.
— Estou falando sério. Comprei um jogo novo de luta, joga comigo?
— Outro jogo de luta?
— Esse dá pra personalizar os jogadores, esperei pra jogar com você.
— Depois vamos assistir filme?
— Eu quem vou escolher.
— Não, você quem escolheu a última vez e você só sabe escolher filmes de terror, eu não gosto. –falei fazendo bico, ele riu e veio me beijando. Um beijo todo gostosinho, com gosto de torta, não lembro de ter visto ele colocando a travessa com o doce em qualquer outro lugar, mas suas mãos estavam livres para segurar a minha cintura.– Ei, calma... estamos na sala viu.
— E beijando na boca só, vem cá... –me puxou entre as pernas dele e voltamos aos beijos quentes e cheios de toque, sem que ele diretamente tocasse minha calcinha eu já estava pulsando e sentindo sua ereção me pressionando. Coloquei as pernas em volta da cintura dele me encaixando e abracei seu pescoço.– ... com uma chave dessas.
— Para, eu vou sentar no outro sofá.
— Não vai nada, vai ficar aqui agarradinha comigo. –disse voltando a me beijar e por ali ficamos uns tempão, ele não quis saber de jogo e eu muito menos. A sensação de calor só aumentava, assm como nossas carícias, era muito bom namorar o Henrique, nossa senhora!
— Vou contar pro meu irmão que você fica me agarrando.
— Ah é? Tem certeza?
— Ele surta, tadinho do Art. Fica doidinho com esse monte de mulher na cabeça dele.
— Eu também ficaria. Quer jogar agora?
— Sim, vamos ver o tal do jogo. –disse levantando e ele fez o mesmo, mas assim que ajeitou a bermuda eu arregalei os olhos pelo volume que estava presente.– Henrique!
— Quer ficar roçando a bunda e achando que não ia dar em nada, não tinha como não ficar excitado.
— Aí, meu deus! Que vergonha e se sua mãe aparece? Cobre isso!
— Relaxa, vou no banheiro e te encontro lá em cima. –abri a boca e ele riu.– Mijar, Maria Luísa! Mijar. Não vou bater punheta não.
— Podre. –disse arremessando nele uma das almofadas.
— É sério, tô apertado mesmo. E tenho que soltar os cachorros.
— Na chuva?
— Aqui dentro e você não gosta deles.
— Claro, não posso confiar.
— Medrosa. Sua mãe tinha um tigre.
— O Lupy era da família, era dócil.
— Bem maior que um pitbull Malu.
— Você não ia no banheiro? Tchau, vai lá. –falei pegando meu celular e subindo para o quarto dele, larguei em cima da cama e fui usar o banheiro, quando voltei levei um susto com o cachorro em cima da cama.– Ai, mentira. Sério isso? –falei com medo.
— Ei garotão, fora. Desce daí. –e ele foi numa boa, Henrique fechou a porta.– Pronto.
— Obrigada. –disse tirando os chinelos e subindo na cama.
— Meias de ursinhos?
— Sim, dos ursinhos carinhosos.
— Esse desenho é antigo.
— Mas eu gosto dos personagens. –dei de ombros deitando e pegando o travesseiro dele, enquanto Henrique ligava o videogame e entrava no jogo.
— Vai jogar ou vai dormir?
— Jogar. Deitei porque sua cama está quentinha. –falei me aninhando toda, ele me entregou o controle e sentou encostado na cabeceira.
— Deita aqui e puxa o edredom. –indicou o meio das pernas e eu assim fiz.– Vou criar o meu personagem primeiro, depois você cria o seu.
Henrique e meu irmão eram bem parecidos no assunto games. Ele explicou direitinho cada uma das funcionalidades das teclas neste jogo, fez todo um passo a passo e depois de eu seguir e conseguir montar minha lutadora nós começamos a jogar e ficamos horas ali brincando.
— Seu celular tá tocando. –ele disse vibrado na televisão.
— Tá aí do lado, pega pra mim, por favor. –ele pausou o jogo e me entregou.– Oi pai.
— Oi Malu, estamos indo pra casa da sua vó.
— E ela vai fazer o que de gostoso pai?
— De gostoso ela já fez, eu. Agora de jantar eu não sei. Vai ir pra lá ou vai ficar aí?
— Vou ficar aqui, manda um beijo pra vó.
— Se comporta, juízo.
— Tá bom pai, pode deixar. –e desliguei.– Vou dormir aqui.
— Seu pai quem ligou?
— Sim, pra avisar que está indo na minha vó.
— Não quis ir?
— Não, quero ficar com você. Grudada. –falei tirando a pausa do jogo para continuarmos.
— Toc, toc. –Luísa bateu na porta e girou a maçaneta, entrando em seguida.– Henrique, não disse que ia levar a Malu em casa? Está de noite já.
— Eu ia, mas ela vai dormir aqui hoje mãe.
— Ótimo. Estou saindo, volto amanhã depois do almoço. Ainda tem comida aí ou vocês podem pedir algum delivery, só não fiquem sem comer.
— E posso saber onde a senhora vai? –dei uma cotovelada nele.
— Encontrar algumas amigas.
— A noite toda?
— Menino, sua mãe sou eu viu. Boa noite pra vocês.
— Boa noite. –falamos juntos.– Tá afim de dar uma volta?
— Volta onde? Estou de meia e chinelos.
— Pizzaria, drive thru.
— Então vamos. –falei levantando e indo fazer xixi outra vez.– Pronto, vamos?
— Que rápida.
— Sim, vamos logo. –disse pegando meu celular e descendo na frente, lembrei dos cachorros quando estava na ponta da escada, mas os vi deitados, dormindo.
— Desce na frente, apressadinha.
— Não enche.
— Eu falei pizza, mas podemos comer outra coisa. O que você quer?
— Beirute com fritas e Coca Cola.
— Nossa, tem uma lanchonete aqui perto que tem um daora. Podemos comer lá mesmo, e depois vamos comprar minha pizza.
— Como quiser guloso.
Henrique dirigia tão tranquilo e concentrado que tirei até uma foto, ele nem percebeu. Rodamos uns vinte minutos até a tal lanchonete, estava movimentada, mas não muito cheia. Ele estacionou e descemos, esperei ele dar a volta e entramos de mãos dadas.
— Meu irmão já me trouxe aqui uma vez, eu e a Julia. –falei lembrando.– A batata aqui é sensacional.
— Os lanches também, tem um que é tipo x-tudo, é muito bom. Acho até wue vou pedir ele.
— Eu vou no beirute, deixa eu ver o cardápio. –escolhi um de contrafilé com queijo, presunto, alface, tomate e ovo. As fritas com catupiry e bacon, e minha coca bem gelada.– E você?
— O número 27, com hambúrguer artesanal. E um guaraná de 600ml.
— Você está indo pra academia?
— Não. Tô precisando?
— Todo mundo precisa se exercitar. Quero ir. –comentei.
— Pra fazer musculação, aeróbico ou luta?
— Luta e musculação.
— Boxe ou muay thai?
— Muay thai. Faz comigo?
— Sério mesmo? Você não vai desistir na primeira semana?
— Não. –respondi rindo.– Mas tem que ser de tarde, de manhã eu estudo e de noite quem estuda é você.
— Tá, vou ver os horários lá na academia e te mando.
— Não tenho roupa de academia, você vai ter que ir comigo comprar.
— Na academia vende, dá pra escolher lá.
— Melhor ainda. Tênis eu tenho. –falei.– Mas agora eu quero mesmo é devorar meu lanche, olha que lindo, dá até dó de comer.
— Eu como pra você.
— Não, sai fora. –disse pegando os talheres e cortando o primeiro pedaço, foi eu colocar na boca que ele começou a filmar.– Você é igual meu cunhado, nossa. –resmunguei.– Leo que faz isso.
— Tudo você tira foto.
— Esqueci, tira uma bonita pelo menos. –peguei o prato e fingi morder o lanche.– Deixa eu ver. –ele entregou o celular e eu mesma publiquei me marcando.
— "alimente sua princesa" eu nem te chamo de princesa.
— É, me chama de Malu.
— Não tenho criatividade pra isso não.
— Bruto.
— Por acaso você me chama de príncipe?
— Não, chamo de Rique, meu amorzinho. –falei fazendo bico.– Come vai, tá esfriando o lanche.
Comemos o lanche de boa, falando das pessoas que estavam na lanchonete também e depois de pagar e pegar meu milkshake saímos de mãos dadas, felizes.
— Sabe dirigir?
— Não tenho idade pra isso, nem vem.
— Se quiser eu te ensino, o carro da minha mãe é facinho. –falou pegando as chaves e balançando na minha frente.– Quer ir com o carro?
— Você confia mesmo? Tá de noite, asfalto molhado...
— Confio. Eu vou te ensinar. –entramos no carro, ele me explicou três vezes, girei a chave no contato e fui bem devagarinho, muito devagar mesmo.– Oh dá seta e entra aqui a direita, isso aí.
— E agora?
— Vem pelo canto, devagar... olha aqui no retrovisor e entra a esquerda no drive thru. –entrei de boa, segui a fila bonita pagando de gatinha no carrão da minha sogra, fizemos o pedido e enquanto não ficava pronto ficamos namorando no carro.– Quer tirar sua carta aqui ou lá?
— Aqui.
— Antes de viajar? É. Mas o ruim é que pra eu tirar a carta tenho que ter dezoito, então só nas minhas férias do segundo ano de curso.
— Bem lembrado. Inglaterra, tenho que comprar uma mala falando nisso.
— Outra?
— Uma maior, vamos pra lá no inverno, colocar até duas cuecas.
— Não precisa de tudo isso não. –falei.
— Boa noite, pedido 1463. Certo?
— Sim, é o nosso.
— Tenham uma boa noite. –falou entregando as duas caixas e o refrigerante.
— Obrigada. –o rapaz saiu e eu olhei pro Henrique de boca aberta, ele pediu duas pizzas.– Tudo isso é fome?
— Vai que bate uma fominha na madrugada.
— Péssimo. –falei ligando o carro outra vez.– Pra que lado fica sua casa?
— Vamos sair daqui e seguir reto, no final da avenida pega a esquerda e direita depois até o final.
— Nem sei que rua é essa.
— Duas pra cima da escola. É pertinho. –segui as orientações e chegamos, mas eu estava suando de nervoso.– Foi bem em piloto.
— Tirando a mulher que eu quase atropelei.
— Porque ela entrou com tudo na frente do carro. Você foi bem. –disse me incentivando.
— Obrigada. –disse dando um beijo nele.– Ainda que jogar?
— Quero assistir filme, sem terror dessa vez.
— Amém. Vai levar isso aqui pro quarto. –ele assentiu.– Então vai pegar prato, copo, talher e pano de prato.
— Pano de prato?
— Vai encher os móveis de gordura? Por isso sua mãe xinga. –ele riu e foi buscar enquanto eu seguia. Entrei no quarto, coloquei tudo em cima da mesa do videogame e fui tirando a blusa de frio ficando só de blusinha de alcinha.
— Tem roupa sua na minha gaveta.
— Quero um shorts só. –falei indo pegar, achei um de pijama, tirei minha calça e fui vestindo o shorts.
— Poderia ficar sem, eu não iria ligar.
— Não, engraçadinho. –dobrei minha roupa deixando em cima da cadeira e indo pra cama.– Rique.
— Hm... –respondeu segurando minhas coxas.
— Quer comer ou namorar?
— As duas coisas. –disse sorrindo. Prendi os cabelos de novo e deitando por cima dele, beijando sua boca sem pressa e com muita vontade. Suas mãos subiram para a minha bunda, pressionando-a ao encontro dele que estava bem animadinho, continuamos o beijo e viramos na cama, foi o momento que meu celular e o dele foi pro chão.– Merda. Calma aí. –disse levantando da cama e pegando os celulares, os colocou do lado da TV e voltou pra cama sorrindo como um predador.
— Olhando assim parece que me devorar.
— E vou. –ele prendeu minhas pernas com as dele, segurou minhas mãos e voltou a me beijar, boca, pescoço e seios. Eu estava quente, ofegante e ansiosa pelo que viria a seguir e não demorou muito, Henrique me deixou nua sem que eu nem percebesse e seu rosto estava entre as minhas pernas, beijando meus lábios e eu entregue, tão entregue que quando seus dedos me tocaram eu gozei e ainda assim ele não parou. Fechei os olhos e faria o mesmo com as pernas tentando conter os espasmos musculares. Nossa! Ele segurou meu rosto entre as mãos, beijando minha boca e voltamos do início, beijos intensos e demorados, toques precisos, agora ele estava me penetrando lentamente erguendo as minhas pernas para ir mais fundo.
— Henrique... –chamei seu nome ofegante, seus lábios tocando meus seios, respirar fundo só intensificava tudo, contrair fazia com que ele se excitasse ainda mais. Nosso ritmo ficou um pouco descompensado e foi quando ele gozou, deixando seu corpo cair por cima do meu e ele rolar para o lado. Olhei e seus olhos estavam fechados. Joguei minha perna por cima da dele, que segurou minha coxa e ficou quietinho.– Está tudo bem? –ele assentiu.– Então porque está mudo? –ele deu um sorriso sacana e nos beijamos, que beijo bom.
— Está tudo perfeito. –beijou meu ombro.– Estava esperando meu corpo voltar ao normal, meu coração parecia que estava saindo pela boca.
— O meu também. –sorri deitei a cabeça no peito dele. Ficamos mais uns minutos deitados antes de ele sair da cama e ir para o banheiro, pensei se iria colocar uma roupa, mas na verdade meu corpo precisava de um banho e foi o que eu fiz. Bati na porta e entrei.– Preciso de um banho, pega uma toalha por favor?
— Não vai nem perguntar se eu quero ir?
— Você quer tomar banho? –ri um tanto sem jeito, mesmo a bastante tempo namorando Henrique e eu não tínhamos o hábito de tomar banho juntos, eu fugia em toda e qualquer oportunidade.
— Com você, sim. –disse entrando no box junto comigo e foi muito gostoso, tirando o fato de o meu cabelo ter ficado todo molhado.– Quer um secador?
— Não, só uma outra toalha seca. –falei depois de vestida e sentada na cama.– Que filme vamos assistir?
— Maratonar Harry Potter?
— Você vai dormir antes mesmo do primeiro filme acabar.
— Quer apostar que não?
— Eu assisto todos. Tem certeza que quer apostar?
— Sacanagem, você é fã.
— Meu pai é fã, eu acompanhava. –o corrigi.– Ou podemos assistir os filmes da Barbie. Barbie e as doze princesas bailarinas, vamos? –pedi toda animada e ele me olhou como se eu fosse uma criança de cinco anos.
— Você tem dois estados de espírito.
— Sim, neste momento sou a menininha que quer assistir desenhos. Só esse vai... por favor?
— Te deixei escolher, trato é trato. Vou buscar a toalha, põe aí o filme. –procurei e não demorei a encontrar, quando Henrique voltou troquei de toalha, ele apagou as luzes e veio pra cama junto comigo. Dei play e nos deitamos para assistir.
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