{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Capítulo 161

Narrado por Luan
  Eu nunca acordava de bom humor quando acordava no susto. Então acabei sendo grosseiro com a Nanda, e preferi ir pra casa do que dar mais patadas e ela se sentir mal por isso.
  Peguei Melissa coloquei no banco de trás, cobrindo-a com uma blusa de frio minha e voltei pra casa dirigindo tranquilo.


(...)

_ Ainda acordados? -perguntei fechando a porta e dando de cara com Rafael e Bruna sentamos no sofá com a Laura no colo dela.-
_ Ainda é cedo. Não são nem 22h. Aconteceu alguma coisa? -perguntou franzindo a testa e eu devolvi o olhar confuso.-
_ Não. Por quê?
_ Você mal volta pra casa nas suas folgas. Prefere dormir com a Nanda, e hoje voltou trazendo Melissa junto... Vai que...
_ Vai que nada. Tá tudo muito bem. -falei subindo, Melissa estava maior e mais pesada. Deixei ela em seu quarto e fui pro meu, tomei um banho e fui me deitar, mas o sono parecia ter ido embora...   Me levantei e fui atrás do violão, andei até a sacada e me sentei ali sentindo a vento leve e refrescante enquanto dedilhava algumas notas e sentia a melodia com tranquila. Não sei o por quê?  mas estava tenso, e meu calmante é a música. Sempre será assim.




Narrado por Fernanda
  A noite passou, veio novamente o amanhecer e eu? Rolando de preguiça na cama, não queria levantar não... Peguei o celular e desliguei o alarme, voltando a dormir.


(...)

_ Hm... -atendi o telefone ainda de olhos fechados, sem fazer a menor ideia de quem era.-
_ Bom dia. É a Camila do consultório do Dr. Filipe.
_ Uhuum...
_ Estou ligando para saber se a senhora gostaria de remarcar sua consulta. -quando ela disse consulta eu "despertei" e por fim abri os olhos.-
_ Meu deus, acordei agora e perdi a consulta...
_ (riu) Imaginei que fosse isso mesmo. Mas, ele pediu que eu ligasse perguntando se gostaria de remarcar e pra quando.
_ Ele atende hoje na parte da tarde?
_ Temos o horário de 17h. Está bom pra você?
_ Pode ser, estarei ai. Peça desculpas à ele, por favor. Eu dormi além da conta.
_ Não tem problema, fica tranquila. Nos vemos mais tarde, tchau, tchau. -e desligou.


  Eu com sono não funciono, de jeito nenhum. Então fiquei um bom tempo deitada e quieta, estava acordando... Aquele era um momento meu somente, sem barulhos, sem conversas, sem nada. Precisava apenas assimilar que acordei, levantar e seguir para o meu banho. 
  E foi o que fiz depois de quase meia hora. Não olhei relógio nem nada, tomei um banho de espumas delicioso e muito relaxante, depois me levantei e tirei as espumas debaixo do chuveiro e saí.     Continuei com os cabelos presos e fui procurar o que vestir.


@fermarques: Tem alguém crescendo aqui ♥



  Essa era uma das poucas fotos da minha barriga, talvez até mesmo a primeira na minha conta do insta. Agora que eu dizia mais sobre isso no twitter, mas não pense que eu exponho minha vida. Isso não, até porque não acho tão necessário assim. Após me vestir soltei os cabelos, mas ainda estava sem coragem de pentear. Então só dei uma jogada e pronto, fiz outro coque um pouco mais frouxo e estava pronta.
  Desci pra tomar café e encontrei meu pai todo bem vestido, lendo o jornal e tomando seu café como fazia todas as manhãs.


_ Não me diga que...
_ Sim. Estou morrendo de saudades, e não abro mão disso.
_ Mas, você...
_ Eu amo meu trabalho, sei que você dá conta muitíssimo bem. Mas, eu estou com saudades da galera. Muitas! 
_ Posso ficar em casa?
_ Não. Vamos juntos, relembrar os velhos tempos. 
_ Então tá, né. -não falei mais nada à respeito disso, tomamos nosso café da manhã e em seguida fomos para a empresa. Meu pai estava todo alegre, pediu até para ir dirigindo e fomos cantando logo cedo. Quando chegamos e os funcionários o viram, nao acreditaram. Dei risada e continuei andando.- Bom dia, Isa.
_ Bo... Bom dia, Fernanda. -gaguejou.-
_ Pai, a Isa é minha nova secretária e amiga. E isso, esse é meu pai. O dono de todo esse império, quando você entrou ele já estava em Nova Iorque. -falei apresentando um ao outro. Meu pai mais desinibido foi lhe dando um beijo no rosto e um abraço, ela toda tímida quase não abriu a boca para dizer: prazer em conhecê-lo.- Bom, estamos indo pra minha sala. Qualquer coisa já sabe, né?
_ Uhuum. 
_ Ela é tímida desse jeito? -perguntou meu pai depois que entramos na sala e a porta foi fechada.-
_ Não que ela seja tímida, pai. É que ela pensava que sei lá... Você fosse um velho! 
_ E não sou?
_ Não aparenta ser, o que é diferente. -dei risada me sentando no sofá e deixando que ele tomasse a frente.-
_ Vamos, lá? 
_ O que quer saber?
_ Tudo.


  Esse tudo, incluía tudo mesmo. Alcance de público, clientes, novas contas, como andava o financeiro, como iam as novas campanhas e por aí vai. Como teríamos reunião somente no período da tarde nossa conversa se estendeu por um longo tempo, e quando ele estava ciente de tudo o que vinha acontecendo pediu que Isadora reunisse na sala de reuniões os gestores de cada setor sem que dissesse quem os esperava. 
  Seguimos para lá e me sentei confortavelmente, pedi meu lanche da manhã e esperei que todos chegassem.


_ Nossa, seu pai aqui? -Junior perguntou e eu assenti dando risada.- Acho que faz quase um ano que eu não o via, cara.
_ Bastante tempo mesmo. É que ele veio pro Brasil para o casamento da minha cunhada e não se aguentou dentro de casa, teve que vir trabalhar.
_ Olha a cara do pessoal, tudo surpreso.
_ Bem feito. -risos.-
_ Fernanda... -meu pai chamou nossa atenção.-
_ Desculpa. -falei segurando a risada.-
_ Bom dia à todos.
_ Bom dia. -responderam em coro.-
_ Como sabem agora estou morando em Nova Iorque, porém ainda tenho controle sobre a situação que nos encontramos... Até porque deixei aqui alguém de minha total confiança que tem a capacidade e competência de conduzir essa empresa... -olhando meu pai assim, apenas como sua advogada e funcionária, era bem diferente. Mas, foi muito bacana. Ele abordou os assuntos principais, mostrou em gráficos o que poderia ser melhorado, e elogiou quem havia feito um bom trabalho. Finalizando em seguida.-
_ Junior você não era assim quando saí daqui não.
_ Assim como patrão?
_ Conversador. Nunca foi de ficar junto com essa daí de risadinhas. -brincou.-
_ Fui obrigado mesmo chefe. -riu afrouxando sua gravata.- Como está sendo viver no meio dos gringos?
_ Corrido, literalmente. Só comida cheia de gordura, nunca fui tanto pra academia.
_ Pra manter o físico, pai?
_ Também. Não quero morrer com uma veia entupida, cheia de gordura.
_ Exagerado... -revirei os olhos.-
_ Tenho sua mãe como esposa, é diferente.
_ Nanda, é... -ela travou quando abriu a porta.- 
_ Isadora, entre por favor. -esse meu pai era o mestre em deixar as mulheres da empresa coradas de tanta vergonha. Fez Isadora sentar de frente pra ele e ficou falando quase cinco minutos que ela tinha que relaxar, que não precisava ter vergonha dele e não sei o que mais e blá blá blá...- Onde arrumou essa menina?
_ Mulher, pai. Setor de RH dessa empresa. Ela é um amor e muito competente, só que é tímida.
_ Um mulherão desses... tímida.
_ Pai, você é casado viu. E muito bem casado com a minha mãe e tem dois filhos, então oh... -eles começaram rir da minha cara de séria.- Deixa de fogo, tá!
_ Nunca traí sua mãe em muitos anos de casado.
_ Nem vai, porque sabe que se um dia fizer você vai ficar sem mulher, sem filhos e sem o seu...
_ Já entendi. -me interrompeu e Junior ria mais ainda.-
_ Mas, eu posso ficar de olho. Não sou casado com ninguém.
_ Outro safado, vou bem contar pra Julia que você está querendo olhar outra.
_ Aí quem fica sem pinto sou eu.
_ Ridículos, vocês.


  Assunto de homens quando não era trabalho ou futebol, era sobre mulheres e eu não tinha paciência então voltei pra minha antiga sala que estava fechada. Fiz o que tinha que fazer e parei só no horário de almoço, esperei a Isa e fomos comer no shopping.

_ Nossa você está com uma carinha de apaixonada, Isa... -comentei e ela me olhou rindo.- Não vai me contar?
_ Sabe aquele amigo do Luan? O que ele chama de um apelido estranho? -"Todos, né! Luan saí pondo apelido em todo mundo, em mim inclusive."- Roberval.
_ Hm... Sei sim. O que tem ele?
_ Então, ele andou descobrindo meu número e me ligou algumas vezes desde que voltamos de viagem.
_ Sério? E aí, tá rolando um clima?
_ Não. -riu sem jeito.- Ele é um fofo, mas ainda não sei.
_ Ele é um cara super bacana, trabalhador e decente. E olha que está difícil encontrar um assim hoje em dia.
_ Achei ele um pouco assanhado, na verdade muito.
_ Por que?
_ Ficou tentando me beijar, não se lembra, não?
_ Emoção demais.
_ Sou tímida, ele deveria ir com mais calma...


  Rober é um amigo e se estava investindo creio eu que seja por querer algo sério, então não custava dar uma ajudinha. Fui jogando o maior papo pra ela, incentivando que ela desse uma chance, que aceitasse jantar com ele em alguma de suas folgas. Dei até mesmo a ideia de sairmos juntos, eu, ela, Rober e Luan.

_ Tá querendo me jogar pra ele?
_ Não jogar que é uma coisa forçada, mas que ao menos o conhecesse, conversassem sozinhos e mais à vontade. Se você não quiser, tudo bem. Não vou insistir, odeio ser chata.
_ Não, imagina. É que eu sou muito tímida mesmo, eu travo e acabo estragando tudo.
_ Por que diz isso? -ela foi se soltando ainda mais durante o papo e deu tudo certo, tão certo que ao fim do horário de almoço ela quem ligou pra ele propondo um encontro, mas deixou claro que iria se eu e Luan fôssemos. Pois assim ela se sentiria mais segura.


  E por falar em Luan, olhei meu celular e não tinha nem uma mensagem de boa tarde e eu tinha certeza absoluta de que ele estava acordado, até porque já se passava das 15h.
  Voltamos para o prédio da empresa e fui resolver meus assuntos com os meus clientes fora da empresa: emails e ligações, que me ocuparam por mais algumas horas e quando estava próximo do meu horário de consulta desliguei todos os aparelhos da minha sala, guardei minhas coisas bem organizadas e então mandei uma mensagem para o meu médico dizendo que estava à caminho, e disse também que estava com fome... "Abusada nível hard!"
  Eu não gostava de ficar parada no trânsito, então optei por sair mais cedo. Ainda fiquei parada uns 15min, mas escutando música e respondendo mensagens nem vi o tempo passar e logo estava estacionando.


_ Boa tarde, Camila.
_ Boa tarde, dona Fernanda.
_ Me sinto uma velha quando você me chama de dona ou senhora... -ela riu.- Posso entrar?
_ Ah claro, ele já está a sua espera. -agradeci tirando meu óculos escuro e entrei na sala depois de bater na porta.-
_ Oi, Filipe. Boa tarde.
_ Boa tarde, dona preguiçosa. -se levantou vindo me cumprimentar.- Pensei que tivesse marcado sua consulta no horário da manhã...
_ Se não fosse sua insistência talvez eu nem viria.
_ E por qual motivo?
_ Birra, talvez. Luan me deixou bem chateada e por besteira, aí não estava me sentindo bem em vir sem ele.
_ Posso te falar uma coisa? -assenti.- O que mais vai acontecer é os seus hormônios se alterarem e vocês brigarem, ficarem sem se falar. Só que isso não pode interferir no cuidado com o bebê, que depende de você e somente você pra tudo. -fiquei quieta.- É muito importante os pré-natais, então mocinha não pense na possibilidade de faltar à uma nova consulta. Te busco em casa se for preciso.
_ Exagerado.
_ Profissional.
_ Para de me dar bronca, Lipe.
_ Nada disso... Tenho que cuidar dos meus pacientes. -disse pondo uma sacola em cima da mesa e tirando de dentro dela um bolo de brigadeiro com chocolate branco e o recheio crocante.- Pra você.
_ Aí, que lindo!
_ Me sentiria culpado se você dissesse que estava com vontade de alguma coisa e eu não te desse. -falou todo tranquilo.- Pelo menos agora dá pra começar a consulta, né?
_ Sim, mas vou comendo durante nosso bate-papo.
_ Sem problemas, fica à vontade.


  E eu fiquei mesmo, conversamos sobre como havia sido meus dias depois da nossa última consulta, falei o que tinha mudado e o que ainda permanecia. Trocamos informações, e recebi alguns "conselhos" médicos.
 Assim que terminei meu doce ele pediu que eu me trocasse e então voltei pra fazer a ultrassonografia, vimos o bebê e  escutamos seu coração. Porém na hora de saber o sexo, a posição em que ele estava não deu pra  ver, mais uma vez.


_ Assim não dá viu. -falei vendo-o limpar o gel da minha barriga.- Estou caminhando pro quinto mês daqui a pouco, e nada.
_ Muitas mães descobrem o sexo somente na hora do nascimento, é algo normal.
_ Meu bebê não vai fazer isso comigo. Não acho justo.
_ Então vai conversando com ele ou ela em casa e pedindo pra mostrar pra gente.
_ Pedirei sim, com certeza.
_ A expectativa está grande?
_ Mais do Luan e do restante da família do que eu. Eu quero saber, mas se te falar que estou na maior ansiedade é mentira.
_ Entendo... Tem preferência? -perguntou voltando a se sentar.-
_ Um menino, porque nós temos uma filha de quase cinco anos.
_ Segundo filho?
_ Ela não é minha filha de sangue, filha dele apenas. Essa coisa fofa aqui. -mostrei uma foto da Melissa comigo.-
_ Vocês se parecem.
_ Bem pouco, mas sim. -risos.


  Aquela até agora havia sido a consulta mais longa e a mais produtiva, me senti mais tranquila e acordei pra minha nova realidade que era a responsabilidade com o meu bebê, cuidando de nós dois. Ao fim da consulta nos despedimos, passei na recepção e marquei com a Camila o meu retorno e então pude ir pra casa tranquila, sabendo que estávamos bem.



Narrado por Luan
  O dia começou cedo pra mim e parecia estar longe de terminar. Pela manhã tive uma reunião rápida no escritório e segui pro VIP onde gravei parte de uma música e ao sair de lá fui direto pro aeroporto. Lembrei antes de decolar que a Nanda tinha consulta pela manhã, mas quando fui tentar ligar vi que o celular estava desligado e eu teria que esperar desembarcar.


(...)

  Chegando na cidade do show estava atrasado, tive que correr direto pra rádio e não atendi ninguém na minha chegada pelo programa ser ao vivo e não acabar atrasando ainda mais.
Saí dali umas quatro e pouco da tarde, estava com fome e muito sono. E como iríamos comer quando chegasse no hotel, na cidade vizinha, fui dormindo.


(...)

  O dia costumava ser maior quando eu estava na estrada e na maioria das vezes eu só conseguia me dar contar disso depois de um banho e deitar com a cabeça no travesseiro e lembrar de tudo o que me aconteceu durante 24h.
  Até iria dormir, mas minha fome não deixou. Pedi comida e enquanto não chegava fui mexer no celular e pra minha surpresa: desligado. Coloquei pra carregar e liguei. E o que tinha de mensagens, era uma loucura.
  Nenhuma mensagem da Fernanda, nem ligação e ela estava online...



*Oi Morena, boa noite. :)) *

*Oi.*

*Tudo bem com você?*

*Tudo.*

*Não vai perguntar se estou bem também?*

*Se algo de ruim tivesse acontecido até o Papa saberia. Se não deu sinal de vida o dia inteiro é porque 
estava muito bem, ou não?*

*Amor...*

*Hm.*

*Tá brava comigo?*

*Não.*

*Então fala direito comigo.*

*Aí, tchau. Vou dormir.*

*Beijos, se cuida.* -não tive a resposta dela, apenas uma mensagem visualizada e não respondida.


  Até ligaria, mas minha comida chegou na hora e não esperei nem mais um minuto pra colocar tudo pra dentro. Delícia!
  Comi assistindo Tv e depois acabei dormindo, vencido pelo cansaço.


(...)

_ Acorda, bela adormecida! Vamos levantar!
_ Some daqui vai, me deixa dormir! -falei jogando o travesseiro nele.-
_ Tenho ordens pra não te deixar dormir, são 4h da tarde Luan.
_ Saí, Testudo. Vaza! -resmunguei.-
_ Sabia que sua noiva me ligou? 
_ Ahaam... Ligou pra você?
_ Ligou pra marcar um jantar de amigos.
_ Jantar de amigos? Que merda é isso? -perguntei virando de frente pra porta do quarto e tirando a coberta do rosto.-
_ Lembra da loirinha?
_ Loirona, né vamos combinar...
_ Ê cara, assim não hein.
_ Relaxa, tô feliz com a minha morena. -ri.- Mas, fala aí o que deu?
_ A mulher é difícil viu.
_ Não beijou ainda? 
_ Não, mas estamos conversando.
_ Que mané conversar o que, chega dando aquela juntada que o beijo saí.
_ Vou ganhar um tapa na cara, isso sim. Fernanda me passou instruções, acredita?
_ (ri) O que ela disse?
_ Olha, não vem querendo abusar da minha amiga não que ela é nova e inocente. Não conhece quase nada da noite, entendeu? Se eu souber que você está todo saidinho eu mesma aconselho ela te dar um pé na bunda. -dei risada com aquele áudio.- Quando forem ficar de folga me avisa, que eu reservo alguma coisinha. Até faria lá em casa, mas é privacidade demais e meus pais estão lá por enquanto.
_ Arrumou pra sua cabeça. -falei mexendo na cama e pegando o celular.- Ela tá sem falar comigo, desde ontem.
_ Por que?
_ Não sei.
_ Não sabe, é? Trate de saber, porque senão você vai se lascar.
_ Vou, né? -risos.- Mando flores ou mensagem?
_ Você tá fo di do. -falou saindo do quarto e batendo a porta, continuei deitado cheio de preguiça. Mas, tinha que levantar e quando fiz isso já levantei indo pro banheiro.


(...)
  Até o horário de começar o show fui tentando falar com a Nanda e nada. Ela não me atendia e isso que estava me matando. Prefiro ela me xingando, dando bronca, me estapeando do que ela quieta, fria e indiferente. O silêncio da Nanda para mim é pior do que qualquer outra coisa.

_ Luan, chegamos! -fiz sinal de que ela esperasse um pouco, estava tentando ligar uma outra vez.- Temos horário, liga pra Fernanda depois.
_ Um minutinho, Arleyde. -ela olhou para o relógio de pulso impaciente, nem liguei e continuei tentando: No momento não posso te atender, mas deixe seu recado. Pode ser que eu retorne. Tchau, tchau.- Amor, sabe o que é? Queria muito falar com você, estou tentando o dia todo e você não me atende. Caiu na caixa postal todas as vezes em que eu liguei, e quando liguei na sua casa nem sinal de você. Te amo, me liga quando puder.


  Só depois desci da van e segui para o camarim acompanhado dos seguranças e minha equipe. 
Iniciei pelo atendimento no camarim, que  foi muito rápido (confesso), veio em seguida o preparo antes de subir no palco e depois da oração era o momento de mandar ver.


Horas mais tarde...

_ Tomara que ela te xingue pelo tanto de vezes que você ligou pra ela.
_ Cala a boca, vai. -dizia na esperança de que Fernanda atendesse o celular.-
_ Cara, é quase uma da manhã... Deixa minha amiga dormir.
_ Roberval, vai a merda! -ele começou a rir e eu a batucar na perna com a mão que estava livre até que a ligação caiu de novo.- Droga.


*Você me ligou um dia inteirinho, a cada minuto quase. Fala o que você quer, Luan.*

*Ouvir sua voz minha Princesa.*

_ Você é um safado, ser vergonha, cínico. Sabe que fez merda, fez graça e agora quer ficar me ligando, mandando mensagem. Não vou atender e não pensa que as coisas estão boas pro seu lado que não estão, vou parar de te responder.

*Volto de viagem e aí conversamos o que acha?*

_ Não acho nada, agora tchau.


  Não insisti em uma conversa, mas também não levaria aquele estresse e toda grosseria por lado pessoal. Fernanda ultimamente estava assim, oscilando muito seu humor. Disse minha mãe que era por causa dos hormônios, minha irmã também e até meu cunhado disse que isso demoraria a passar. poderia até mesmo durar a gravidez inteira. E o que eu farei? Não sei, mas não posso desistir de ficar numa boa com a minha chatinha.






















































~.~

  Fernanda está sendo uma grávida chatinha e manhosa, não é? Luan vai saber lidar com isso? Esperamos que sim, né?

PS: Amores, lembra que eu disse que tinha uma novidade? Assim, não é nada que irá influenciar na vida de vocês, na verdade é mais uma realização minha que eu queria dividir com vocês. Consegui um emprego gatas, tô muito feliz mesmo. Vocês nem imaginam, pensa na minha alegria. Eu enrolei pra contar porque queria ter certeza absoluta de que tudo daria certo, e deu! (palmas)
 Voltando à fanfic, estamos sentindo o clima esquentar, esfriar e tal... Emoções vos aguardam, beijos!

Indicação: http://webnovelanuncadeixamosdesonha.blogspot.com.br/ ♥ Façam uma boa leitura viu gatas.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Capítulo 160

Narrado por Fernanda
  Devagar abri os olhos e acordei, recebi um bom dia bem gostoso dos meus dois amores, que se deitaram ao meu lado e contaram como havia sido o sábado e comecinho de domingo deles.


_ O papo deve estar uma delícia, mas você precisa comer né, filha. -disse minha mãe entrando no quarto com uma bandeja de café da manhã bem farta e do jeito que eu gostava.-
_ Ainda é café da manhã? -perguntei fazendo caras e bocas.-
_ Quase almoço, mas você ficou a manhã toda sem comer nada. É perigoso até passar mal.
_ Não vou passar mal mãe. -respondi revirando os olhos.-
_ Não mesmo. -dizia Luan.- Por que você vai comer viu.
_ Mas, eu não quero. Não estou com fome. -disse me levantando da cama e calçando os chinelos.- 
_ Ficar de estômago vazio na gravidez é perigoso, se sua pressão cair você pode até desmaiar.
_ Tá eu como, mas não pensei que vou comer essa bandeja inteira. Porque eu não vou hein. -ela assentiu deixando em cima da cama, voltei a me sentar sobre ela depois de prender os cabelos e ainda ofereci pro Luan que não quis nada, assim como Melissa.- Hmm... -mordi o pão de queijo com doce de leite no meio e me deliciei por inteira, nossa, que delícia.- Tá muito gostoso. -os dois me olhavam atentos.- Não quer mesmo filha?
_ Não mamãe, não quero não.
_ Então tá. Né... -continuei comendo e pensando, pensando que era um dia de semana e Melissa estava em casa.- Mocinha?
_ Oi.
_ Não foi pra escola por qual motivo? -perguntei e ela escondeu o rosto nas pernas do Luan.-
_ Saudades da mamãe, ela disse. -ele riu.- Falou que queria te visitar e aqui estamos nós.
_ Que linda minha princesinha. -falei fazendo cócegas nela.-
_ Para mamãe, come logo vai.
_ Por que?
_ Pra gente ir passear ué. -balançou os ombros despreocupada.-
_ Passear? Onde iremos? Posso saber?
_ Ela que sabe, já até convidou os avós... -ria.- Conta pra mamãe, conta.
_ No cinema! -falou toda contente.-
_ Cinema, princesa?
_ É. Tá passando um filme que é o maior legal mamãe, e queria ver com todo mundo junto.
_ Hmmm e é legal mesmo?
_ Muito, muito. -sorrimos e voltei a comer, não demorei não. Fui até o closet separar uma roupa, depois fui descer a bandeja e ainda dei uma enrolada com eles no andar de baixo da casa pra dar um tempinho para que quando eu subisse, pudesse tomar um banho.-
_ Amor, tá tudo bem? -Luan batia na porta do banheiro, eu havia acabado de desligar o chuveiro e estava secando o rosto com a toalha.- Fernanda?
_ Oi.
_ Tá bem?
_ Tô Luan, tô me secando... -revirei os olhos.- Por que?
_ Tá muito quietinha, sua mãe pediu pra ficar de olho.
_ Relaxa, tô viva. -falei me enrolando na toalha e saindo do box, depois de destrancar a porta, abri e saí o encontrando sentado na cama.- Achou que eu tinha desmaiado, é?
_ Não brinca não mulher, eu tenho medo dessas coisas.
_ Você se preocupa demais. Mais que eu. -fui até ele lhe dando um beijo.- Vou me trocar.
_ Não quer ficar assim, não? -foi alisando minha coxa e subindo sua mão até a polpa da minha bunda.-
_ Não continua. -falei voltando a ficar de pé e segurando sua mão enquanto ele me olhava todo pidão, dei risada e solteibsua mão indo pro closet.- Ainda estou com frio, sabia?
_ Ainda bem, vai com tudo coberto! -falou contente.- Poderia fazer frio todos os dias, né?
_ Deus me livre, imagina que péssimo viver só no frio. Eu hein.
_ Eu não aguentaria, mas pra te ver coberta eu faço qualquer coisa sabia?
_ Cala a boca vai. -falei vestindo minha lingerie e ele realmente se calou, não escutei mais a voz do Luan enquanto me vestia. Quando terminei soltei os cabelos e fui atrás de uma escova para alinhar os fios rebeldes, depois fiz uma maquiagem super básica e fui atrás dos meus acessórios, entre eles a bolsa.-
_ Pensei que não ia mais sair desse closet. -disse olhando pro celular que ele brincava jogando-o pra cima e pegando ainda no ar.- A sessão começa daqui a pouco.
_ Sério? -fui irônica.-
_ Bora?
_ Vamos. Meus pais vão mesmo?
_ Acho que sim, os meus já estão nos esperando por lá.
_ E a Bruna?
_ Reclamou muito, mas vai ficar em casa. Laura é muito novinha pra ficar saindo assim, e o Rafael chegou hoje e quer matar a saudade da filha e não sair com o sogro e o cunhado. -fez careta.- 
_ Ciúmes?
_ De quem?
_ Não se faça de besta.
_ Não tenho ciúmes de ninguém se você quer saber.
_ Aí que mentiroso, cara de pau. Nossa. -descemos as escadas e meus pais estavam indo pro carro já, Melissa foi conosco e Heitor com os meus pais no meu carro.

  Seguimos para o shopping e fomos direto pro andar onde era o cinema, Luan fez o favor de reservar a sala só pra ele e seus convidados, no caso nós. Entramos e ficamos confortáveis, bem tranquilos. O filme começou e estávamos todos presos à ele, tanto que nem ficamos de safadeza. Quer dizer, eu não... Já meu noivo, não conseguia ficar com aquela  mãozinha gorda quieta e toda hora alisava minha coxa querendo ir pro meio das minhas pernas. Prendi seus dedos um monte de vezes, ele reclamou e voltou a assistir.
  Ao término do filme fomos andar pelo shopping, passamos em algumas lojas e paramos em uma de bebês (novidade, né Linda!) e entramos, Melissa se empolgou e foi escolhendo um monte de coisas, meu pai e meu sogro foram para a parte de times.
 Sentei com a minha mãe, minha sogra e Luan, ficamos esperando que os dois voltassem.

_ Sendo menino ou menina, o que é importa é ser Corinthians! -disse meu sogro mostrando as roupinhas, lindas por sinal.-
_ Nada disso, tem que ser santista! -chegou meu pai com outras roupinhas do Santos, não eram feias, mas eu sou corinthiana, Luan também. Mas, pra evitar brigas não falei nada pra nenhum dos dois.- Não é filha?
_ Sabe o que é pai... -comecei a enrolar e minha mãe dava risada.-
_ Vovô esse não, tem que ser Corinthians! -Melissa dizia.-
_ Nada disso, Corinthians é ruim. Meu Santos é o melhor.
_ Melhor perdedor. -Luan falou fingindo tossir.- Nossa, tosse chata hein!
_ Falou o que até outro dia nem libertadores tinha. Meu neto ou neta, tem que torcer pra um time de verdade. Peixe grande!
_ Tá mais pra sardinha, nunca que meu filho ou filha vai usar uma roupa dessa! Leva a do Corinthians amor.
_ Vai recusar um presente do seu próprio pai, Fernanda?
_ Amor, pensa no nosso bebê! Nós somos os pais e somos corinthianos, explica isso pro velho...
_ Filha, você conheceu ele agora! Escuta seu paizão aqui. -eu estava ficando meio zonza de tanto eles falarem na minha cabeça, tanto que me levantei e saí da loja sem dizer nada à ninguém, sem comprar roupa nenhuma e contando até dez. Meu filho ou filha, nem nasceu e os avôs, genro e sogro brigando por causa de time.-
_ Amor...
_ Luan, chega! -falei irritada e ele riu me abraçando de lado e beijando minha bochecha.-
_ Te amo bravinha.
_ Ridículo. -foi minha única palavra.-
_ Seu ridículo, amor. -deu-me um selinho demorado e então continuamos andando. Fomos até um restaurante dentro do shopping mesmo, pedimos uma mesa grande e isolada. Não por frescura e sim por conta do assédio, Luan queria mesmo aproveitar em família. Ele não ligava de atender as pessoas, mas não costumava fazer isso enquanto comia.-
_ Eba, batata! -Melissa comemorou ao ver aquela batata frita deliciosa, cheia de queijo, de bacon... Enchia os olhos e a boca de tão gostosa que era.-
_ É isso que ela vivia falando Amarildo, e eu tentando lembrar. -minha sogra dizia e ele assentia.- Não é muita gordura pra ela que é pequena?
_ Até é, mas ela não come sempre e não aguenta nem metade da metade da metade do que está nesse prato. -falei despreocupada ao ver Melissa pegando a batata com a mão mesmo e enfiando na boca.-
_ O que querem pra beber? -eu pedi suco de maracujá, Luan foi no suco de laranja junto com as nossas mães, Melissa quis refrigerante (daquele que vinha com o refil) e meu pai junto com o Amarildo foram na cerveja.-
_ Nossa mãe, o Heitor ainda mama no peito, né? -ela assentiu.- E vai até quantos anos?
_ Você mamou até os dois.
_ Mas, ele já vai ter dentes mãe.
_ Fernanda, ele não vai morder meu peito. -risos.-
_ E você sogra?
_ Até um ano e pouquinho, Bruna mesmo depois de um ano e sete meses não queria mais saber de peito. E o Luan até um ano e onze meses. Quase dois mesmo. -sorriu.-
_ E eu papai?
_ Você é uma mocinha muito esperta, deixou de mamar no peito quando tinha dez meses. -"Sabemos que graças à mãe exemplar, Melissa quase não foi amamentada. Tudo bem, entendi os motivos da Ester, mas nenhum deles justifica e ponto final."-
_ Ah tá. -não deu muita importância e voltou a comer, eu fui comendo junto com ela enquanto meu pedido não havia chegado.-

   Terminamos de comer e decidimos que era hora de ir pra casa, até porque estávamos com a Melissa, Luan estava sem segurança e um tumulto estava querendo se formar na entrada do restaurante. 

                                   (...)

  Chegamos em casa e Melissa estava tão cheia que estava até calada, deitada com a cabeça no meu colo e vendo Tv. Luan cochilava no sofá e Heitor dormia em seu colo, típico de quando Melissa era pequena e ela fazia o mesmo. Dei risada sozinha ao pensar que com Laura e nosso bebê também seria assim.
   Meus pais haviam saído com os meus sogros, então ficaríamos os dois adultos com as três crianças.


*Meus filhos foram abandonados pela madrinha.*

*Ôh coitados! Traz eles aqui amiga, está só eu, o Luan e as crianças.*
*Heitor e Melissa.*

*Está um pouco tarde, não acha?*

*Não está não, você mora à quinze minutos daqui e vem de carro sua safada. Vem logo!*

*Não me convenceu, mas beleza!*

   Parei de responder e guardei o celular.
  Não demorou e Dalila chegou com os meus meninos, que estavam a coisa mais linda de uma madrinha. Grandes e espertos, sorridentes e pesadinhos.

_ Nunca mais saiu de casa, foi? -perguntei à ela.-
_ Penso duas vezes antes de sair de casa. São dois, né amiga. Dois gorduchinhos!
_ Aí que horror.
_ Horror? Você vai ver os seus três.
_ Três nada, aqui tem um único bebê.
_ Fui iludida na vida amiga, iludida mesmo. Pensando que viria um e vieram dois de uma vez.
_ Mas, foi gostoso vai.
_ Muito. Não me vejo sem um deles.
_ Ôh mamãe babona. -risos.- Solta eles no chão, deixe eles à vontade que o que não falta nessa casa é espaço.
_ Cadê o Lupy?
_ Pela casa, mas relaxa viu.
_ Meu amor, estamos falando de um tigre. Por acaso você vai deixar seu neném perto dele?
_ Irei. Ele é inofensivo, amiga. Você sabe disso tão bem quanto eu.
_ Ah, sei sim viu. Até parece que a vida é assim. Ele tem extinto.
_ Dramática, exagerada.
_ Onde você foi hoje, linda? Tá até maquiada.
_ Cine em família. -começamos a conversar e rir, acordamos o Luan que levantando dando um "Oi." e disse que subiria, e levou Heitor que ainda dormia com ele.-
_ Luan tá mais forte amiga, mais bonito.
_ Você acha? Eu não acho que ele esteja diferente, não.
_ Não? É cega, não é possível. -riu.- Com todo respeito, seu noivo é gostoso.
_ Você não presta, sabia? Ainda bem que é casada e tem dois filhos. Porque uma loira dessa solteira, sem filhos, perto do meu noivo é até mesmo preocupante. -risos.- É sério, Luan já ficou com todos os tipos de mulheres. Porém as loiras sempre atraíram os olhares dele, ele tem um imã pra pegar as tingidas.
_ Nossa amiga, assim ofende.
_ Tô falando as tingidas que ele pegou. Você já ficou com ele, Dalila?
_ Antes de vocês pensarem em ter algo, nos meus sonhos, sim. Nós tivemos.
_ Ridícula! -bati nela com a almofada que estava ao meu lado, enquanto Dalila se acabava sozinha de tanto dar risada.- 
_ Ridícula você. Onde já se viu me perguntar uma coisa dessas, eu hein.
_ Vai saber ué, ele sempre teve um forte. E você é bonita, é gostosa, fazia o tipo dele. Agora não faz mais porque é comigo que ele vai casar, com essa morena linda, gostosa e boa de cama. -ri.-
_ Muito boa mesmo! -disse revirando os olhos.-
_ Tonta. Mas, me conta das novidades...

   Tivemos um tempo eu e ela para colocar nossa conversa em dia, falamos de muitas coisas, inclusive dos meus afilhados que haviam sido chamados para fazer um comercial infantil. Eu como uma boa amiga e advogada aconselhei que ela não fizesse por eles serem pequenos e a exposição ser muito grande. Mas, ela estava tão empolgada que dificilmente me ouviria.
   Melissa acabou dormindo ali mesmo, no sofá. Eu até a colocaria na cama, mas não podia pegar peso por recomendações médicas. Então, eu e a Lila trocamos de sofá e voltamos a conversar. Pelo menos até antes dela ter um pequeno surto.

_ O que foi, doida?
_ O que foi? Minha filha, olha aquilo! -olhei pra trás e os meninos brincavam com o Lupy. João Pedro estava mexendo no bigode do tigre e João Miguel enfiando o dedo dentro do nariz.- Amiga...
_ Relaxa, Melissa pinta e borda e ele nem aí.
_ Tem certeza, acho melhor pegar os dois.
_ Medrosa. -levantei e fui até meu tigre tirando os meninos de cima dele, as crianças choraram enquanto minha amiga deu graças por isso.- Ôh madrinha, minha mãe é chata! Nem deixa eu brincar.
_ Aqui sim. Com o tigre não, nem adianta!

   As horas foram passando e já estava quase anoitecendo, estávamos na cozinha fazendo doce e Luan entrou com a cara toda amassada segurando Heitor em seu colo. Sinal de que ainda estava com sono, que ainda queria dormir e que meu irmão havia o acordado.

_ Que cara é essa, Luan?
_ A minha. -disse sem humor algum.-
_ Uoou, que isso cara. -Lila comentou e ele fez careta.-
_ Dá ele aqui, pode voltar a dormir. -falou pegando Heitor no colo, meu irmão estava acordado, mas ainda sonolento.-
_ Eu vou pra casa. -disse.-
_ Poxa, tá cedo. 
_ Tô cansado, amanhã eu viajo de tarde e quero dormir na minha cama.
_ Tá bom. -falei indiferente. Mas, estava chateada. Hoje mal ficamos juntos (eu&ele), amanhã ele já viaja e eu tenho consulta pra saber do bebê. Fiquei até sem vontade de ir, na boa.-
_ E a Mê está dormindo também.
_ Tudo bem, ué. Quer ir embora vai. -falei "normal".-
_ Falou aí, Lilinha! Tchau amor. -nos beijamos rapidamente e então ele foi embora, não o acompanhei até a porta. Do jeito que estava na cozinha eu continuei.















~.~

    Hmm... O clima estava tão bom...


PS: Oi. Oi, gente! Como estão? Espero que todas estejam bem! Até que enfim tivemos a continuação, não é? Não aguentava mais esperar, e creio que vocês também não. Enfim... Estou de volta meus bem! 
  Vamos movimentar isso aqui hein, comentar bastante... Tudo bem que o capítulo não ficou grande (e nem do jeito que eu queria), mas tudo pode melhorar no próximo. E aí, bora continuar? Ou não?





quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Capítulo 159

Narrado por Fernanda
  Uma pessoa normal assistiria um filme ou leria um livro, revista ou seja lá o que fosse. Eu não, optei por fazer uma transmissão ao vivo! "Nossa, super anormal."
  Levei um tempinho pra ligar tudo e conectar as coisas, mas consegui. Entrei no app do twitter pelo celular e comecei a conversar com o pessoal que ainda estava acordado. Não que estivesse tarde, mas em um dia comum eu já estaria dormindo. E a galera começou colocar a maior pilha, pedindo que eu fizesse mesmo que estavam curiosos, queriam saber como eu estava... Enfim... Criei coragem e liguei o treco, lá.


_ Oi gente! -sorri pra webcam e dei um tchauzinho.- Vocês estão me vendo direitinho, aí? Manda um emoji! -era bem estranho falar sozinha sem ser no snap.- Na boa, estou me achando uma louca de estar falando com a webcam, poderia ser tipo Skype né, ou facetime. -falei e os comentários eram os melhores.- Enfim... Estou alone, na bad. Luan foi embora gente! #Choremos. -brinquei.- Tá, vamos movimentar mais isso aqui. Mandem perguntas com a tag #NandaResponde e eu vou escolhendo e respondendo vocês, mas peguem leve tá.

  O número de visualizações foi crescendo e as perguntas que foram chegando também. Óbvio, que nem todos eram perguntas, muitos eram xingamentos (que foram ignorados) e outros comentários desnecessários. Alguns zoeiros e por aí vai.

_ @luanhappy ele passou o dia aqui em casa, porque meus pais chegaram de Nova Iorque ontem e queriam rever os amigos, parentes e tal. Veio ele e meus sogros, a Mê, Bruna e Laurinha.

*Enquanto a Laura não dorme vou assistir sua Twitcam viu linda.* -era Bruna.

_ Gente, brusantanareal está me assistindo porque a Laura não quer saber de dormir. -mostrei na câmera a mensagem.- Se eu passar o número dela, ela me mata. -fiquei um bom tempo ali, até meu celular começar a tocar.- Oi amor. -coloquei no viva-voz.-
_ Ainda acordada? Pensei que estivesse dormindo... -estava com a voz estranha.-
_ Perdi o sono assim que você foi embora! Sofá ficou frio e vazio... -falei manhosa.- O que está fazendo?
_ Uma coisa muito gostosa... -estava com sua respiração acelerada e demorando pra responder.- E pensando na nossa tarde.
_ Nossa amor, assim eu fico até  arrepiada.
_ Fica é? Igual quando eu passo a língua no seu pescoço e vou descendo até chegar no bico do seu peito. -arregalei os olhos e tentava tirar do viva-voz, mas estava difícil e ele ainda falando besteira e o povo ouvindo tudo, chamando o meu homem de safado e falando que ele estava batendo punheta e eu vermelha de vergonha.-
_ Luan cala a boca! -falei alto o repreendendo.-
_ Só calo minha boca se ela estiver muito ocupada, passeando pelo seu corpo.
_ Rafael...
_ É gostoso amor, imagina que delícia você revirando os olhos e quase rasgando o lençol da cama. Hmm... -gemeu e eu realmente me arrepiei inteira.- Tá pensando, né Pichuletinha?
_ Preciso desligar! 
_ E vai me deixar assim? Ôh amor, que maldade me deixar duro e sair fora...
_ Luan! -desliguei a chamada e parei a Twitcam, estava com tanta vergonha que nem no twitter entrei e ele ligando de novo.- Eu vou te matar!
_ (riu) Matar de amor?
_ De socos, mesmo! Eu pedi pra você parar de me dizer aquelas coisas.
_ Tava com saudades, e você nunca reclamou.
_ Talvez porque eu nunca tivesse feito sexo por telefone enquanto estava ao vivo em uma Twitcam. 
_ Cê tá brincando, né?
_ Não! Nunca falei tão sério na minha vida.
_ Arleyde vai querer me matar, arrancar meu pescoço.
_ Vai mesmo. Agora todo mundo sabe que você é um safado, pervertido e estava fazendo coisinhas quando me ligou.
_ Tô lascado!
_ Está. E muito. Eu te pedi pra parar, ainda estava no viva-voz... 
_ Pensei que estava fazendo o mesmo que eu amor, nunca ia imaginar que... Que você estava falando com o povo.
_ Você não reconhece limites...
_ Amor (riu). Quando você fala para é porque quer que eu continue, sempre foi assim... -Luan começou a falar mais obscenidades para uma grávida inocente como eu e depois de alguns áudios meu sono chegou e nos despedimos. Mas, não por muito tempo. Pois foi os sonhos chegarem que trouxeram meu branquelo safado de volta e foi um sonho pra ninguém colocar defeitos. Acordei na manhã seguinte, quente, ofegante, molhada e com ele me ligando.-
_ Hmmm. -foi minha resposta.-
_ Acorda amor, cê tem que ver uma coisa.
_ Uhuum. -virei de barriga pra baixo voltando a cobrir meu rosto.-
_ Nanda...
_ Hmm. -ele estava rindo e começou a ler.-
_ Luan Santana e sua noiva, Fernanda Gurgell, foram flagrados por fãs durante um momento de intimidade do casal. O cantor deixou de lado toda inocência e não pareceu ligar que ela estava fazendo uma twitcam e falou tudo o que vinha em sua cabeça. -me sentei na cama num pulo, ainda escutando suas risadas.-
_ Tá muito engraçado, né?
_ Arleyde ligou cedo aqui em casa e não sossegou até eu acordar e me deu o maior sermão que já levei na vida. Falou que eu não estava nem aí pra minha imagem, que eu tinha que crescer e que isso ia dar o que falar, e blá blá blá.
_ Você não está nem aí né?
_ Eu sou maior de idade, você também. Somos noivos. Fazemos sexo sim, sexo do bom, fodemos gostoso e ninguém tem nada a ver com isso. -fiquei de boca aberta e ele não parou por ali.- Se vazou... Dane-se, quem nunca fez sexo pelo telefone com o namorado? 
_ Como você está canalha, sem vergonha! Você não era assim.
_ Você me viciou, Fernanda. A culpa é toda sua.
_ Minha? 
_ É. Você toda gostosa e cheia de fogo, não deixo passar mesmo. Sempre que der e você quiser, eu estarei te querendo.
_ Tarado. -e desliguei ainda encarando o celular sem acreditar no que ele havia dito.


  Já estava acordada, com um pouco de sono. Mas, não voltaria a dormir. Levantei e fui tomar um banho bem relaxante e fresco na banheira, estava uma delícia aquela água e meus pensamentos. Imaginava a voz do Luan no meu ouvido dizendo todas aquelas sacanagens e tive um orgasmo pouco tempo depois, ficando satisfeita e terminando meu banho.

_ Bom dia meu amor, você veio me ver é? -falava com Heitor que estava sentado na porta do meu quarto. Fui até ele, o peguei no colo e voltei pra dentro do quarto.- Queria descobrir como você desceu da cama e saiu do quarto sem ninguém te ver. Safadinho. -ele gargalhava gostoso, enquanto eu ria.-
_ Fernanda! 
_ Oi mãe.
_ Viu seu... irmão? -perguntou entrando no quarto segurando uma blusa de frio pequena.- Te deixei no tapete cinco segundos menino.
_ Eu quelo gatinhar pela cama mamãe. -fingi voz de criança e ele franzia a testa me olhando bravo.- Aí que vontade de morder meu neném mais gordo! -mordi de leve sua bochecha e olhei pra ele que estava fazendo um biquinho trêmulo e os olhos enchendo de lágrimas, franziu a testa e começou a chorar e não tinha quem fizesse parar.-
_ Fernanda!
_ Vocês duas vou te contar viu. -disse meu pai entrando no quarto.- Vem com o papai, vem. -ele foi e o choro cessou na hora. Foi muito engraçado.-
_ Mãe, você viu isso?
_ É sempre assim, se acostuma.
_ Que sem vergonha!
_ Seu irmão, né...
_ Engraçadinha.
_ É a verdade meu amor, você era igualzinha. Chorava e fazia biquinho, corria pro seu pai e estendia os braços.
_ Aí nossa. -risos.- Agora não posso mais fazer isso que o velho não aguenta.
_ Ôh se aguento. -falou olhando pra minha mãe que ainda não tinha perdido a mania de ficar vermelha quando se tratava de frases com duplo sentidos.-
_ Vou me trocar e desço pra tomar café da manhã com vocês.
_ Vai rapidinho que o dragãozinho aqui tem fome.
_ Pai. -o repreendi.- Não chama ele de dragãozinho, poxa. Tão bonitinho com esse olho azul.
_ Ele é safado isso sim. -o jogou pra cima e só deu pra escutar as risadas.-
_ Amor, não brinca assim como ele que meu coração até aperta. -ri da preocupação da minha mãe e acabei indo pro closet.-


  Engraçado as coisas, não é mesmo? Toda mulher que é mãe diz que quando se está grávida passamos a olhar as coisas de uma outra maneira, mas eu não consigo enxergar isso em mim ainda. Todo esse cuidado, essa preocupação. Estou levando numa boa, me policiando mais. Porém, não estou neurótica com isso como achei um dia que ficaria.
  Enfim, parei de enrolar e fui vestir uma roupa. Pentear os cabelos e descer pra melhor refeição do dia e acompanhada das melhores pessoas.

_ Agora sim, bom dia família! -falei me sentando à mesa.-
_ Bom dia. -responderam.- Dormiu bem, querida?
_ Muito, maravilhosamente bem. -falei rindo, lembrando-me do sonho.- E acordei ainda melhor, acredita?
_ Sonhou com quem?
_ Meu noivo, claro! -eu e meu pai demos risada e minha mãe ficou olhando toda desconfiada.- 
_ Eu deveria proibir esses seus sonhos, você é uma menina. Não deveria nem pensar nessas coisas. -dizia ele.-
_ E por que eu não haveria de pensar no melhor da vida? -respondi com outra pergunta e rimos mais ainda quando ele perdeu a fala e minha mãe nos ignorou. Voltamos a nos concentrar na comida, e depois disso fomos nos ajeitar para viajar para a casa dos meus avós. Queríamos ter esse momento em família, mais intimista ainda. Iriam meus avós por parte de mãe e de pai, e nós. Passaríamos o domingo ali e iríamos voltar na segunda de manhã.




Narrado por Luan
  O que eu pensei que seria um fim de semana sossegado foi muito agitado, começando pela minha conversa com a Nanda que por acaso saiu na twitcam... Eu queria dizer que estava preocupado, mas eu realmente não estava ligando! Não mesmo. E depois foi minha filha que estava num mau humor que não era dela, tava ficando chato já e pra terminar bem Fernanda viajou pra casa dos avós e eu estava com saudades.


_ Filha, vem brincar com a gente. -falei pegando Laura no colo.-
_ Não quero brincar! -cruzou os braços e se jogou no sofá.-
_ Vai machucar aí, deixa de birra.
_ Por que cê tá com ela hein? 
_ Sua tia está tomando banho.
_ E daí?
_ Melissa...
_ Deixa ela com a minha vó! -levantou do sofá e foi pegar o controle da Tv.-
_ Melissa? -chamei e ela fingia não me escutar, aumentou até o barulho da TV.- Melissa!
_ O que é?
_ Abaixa essa televisão agora e para de graça.
_ Que saco, não pode fazer nada nessa casa. -desligou a TV e saiu. Melissa não era de fazer essas coisas, mas agora que a Laura nasceu e a Nanda engravidou ela entrou nessa fase. E pior era saber que ela era ciumenta igualzinha a mim.-
_ Ué, cansou de assistir tv?
_ Laurinha não gostou não, fez careta. -menti pra não deixar que ela se sentisse culpada.-
_ Aí que lindos. -riu.- E a Mê?
_ Deve estar com o Puff, lá fora.
_ Quer que chama ela pra gente tomar um café?
_ Deixa ela brincar mais um pouco, vou jogar uma água no corpo e quando voltar chamamos ela.


  Falei isso porque sabia que ela responderia com grosseria, então subi e tomei meu banho. Quando voltei para a sala, ela estava sentada no tapete e pintando desenhos.

_ Tudo certo aqui?
_ Sim, olha o que minha tia fez pra mim! -mostrou o desenho de um vestido lindo.-
_ Que lindo, gostei dessa cor. -falei.-
_ Vou comprar um quando eu crescer, bem, mais bem bonitão!
_ Com certeza vai ficar lindo.

Juntei-me à elas, Puff subiu no meu colo e ficamos ali vendo a hora passar. Quando bateu a fome pedimos um japa daqueles, e esperamos meus pais para jantar todos juntos e assim passou nosso domingo.




Narrado por Fernanda
  Que dia maravilhoso, sério. Eu + hormônios = muito afeto. Tiramos muitas fotos pra deixar o momento eternizado, muito bem registrado. Na segunda de manhã quando voltamos pra casa vim com o coração apertado por algum motivo, não estava muito afim de conversas. Então cheguei e dei a desculpa de que estava cansada para me trancar no quarto e ficar por ali.
  Pensei durante muito tempo em motivo pra ter ficado daquele jeito e nada. Fui trocar de roupa e quando tirei minha blusa ficando de frente pro espelho me surpreendi, estava com a barriga redondinha e mais cheinha.


_ Fico me perguntando todos os dias se serei uma boa pra você. -falei olhando pra ela (barriga) e acariciando-a.- Se vou saber te dar todo o amor e carinho que merece e precisa. -suspirei.- As vezes não me imagino capaz, mas a mamãe conversa com Deus todos os dias e pede em orações que Ele me ajude a cuidar muito bem de você, que ajude a ser a melhor mãe que você possa ter. Até porque sei que não sou perfeita, não sou 100% amorosa. Mas, nunca é tarde pra aprender e melhor se for com você não é? -sorri.- Ainda tenho muito medo de muitas coisas, sorte a minha ter mais alguns meses de preparo. Te amo tá e por favor, abre logo as perninhas! Quero saber quem vem por aí, se é minha Nicole ou meu Arthurzinho.

  Meus pensamentos foram interrompidos por um arrepio, estava sentindo frio até porque estava muito frio (não me pergunte o porquê). Coloquei uma calça de moletom, uma blusa de alcinha e fui me deitar ainda estava cedo. Não era nem nove da manhã, voltamos cedo mesmo da chácara. E mesmo sem sono, quando deitei embaixo de cobertas quentinhas e me encontrei em silêncio... Hmm, não resisti e acabei pegando no sono.

(...)


_ Fala baixinho, pra ele ou ela escutar e não acordar a mamãe. -escutava sussurros, mas estava com preguiça de acordar.-
_ Mas, falar o que papai? -tive certeza que era minha princesinha, suas mãos estavam na minha barriga.-
_ Algo que você queira dizer.
_ Nada. Eu não sei papai.
_ O que você me disse no carro. Conta pra ele ou ela, né... -riam baixinho.-
_ Tenho vergonha papai... -Luan a encorajou e Melissa enfim disse algo que me fez derramar algumas lágrimas mesmo que em silêncio, ela disse que...- Eu vou aprender te amar todo os dias, e te ensinar o que eu aprender tá? -depois disse os dois deram um beijo na minha barriga, e disseram que me amavam.



"OK! Estou um grávida chorona, muito chorona mesmo. Daquelas que você fala "Oi." e aqui estou eu me derramando em lágrimas. Socorro!"










~.~
   Sobre o capítulo? Muitos amores, muitas risadas, muito vida. Não é mesmo, meninas? ❤

PS: Oi, meninas! Postei hoje e volto a postar provavelmente na segunda por dois motivos: 1° ENEM e 2° "Conto pra vocês na semana que vem, depois de quarta-feira". Enfim, obrigada por aguardarem, por comentarem e interagirem comigo. Acho isso essencial para que a fanfic tenha um bom andamento, ainda mais que estamos chegando ao fim (#Choremos) e os últimos acontecimentos sempre tendem a ser os mais marcantes e emocionantes. Então... Se prepararem. Um grande beijo e boa sorte para todas as leitoras que farão a prova esse fim de semana (inclusive eu). Fiquem com Deus meus amores, continuem comigo até porque eu estarei sempre com vocês.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Capítulo 158

Narrado por Luan
  Meu pai quem dirigiu até a casa da Nanda. Quando chegamos a garagem estava cheia, tivemos que colocar o carro em frente à casa. Logo que estacionou nós descemos, fui carregando o bebê conforto com a Laurinha ainda dormindo nele e minha irmã levando a bolsa. Tocamos a campainha e quem nos recebeu foi Lucila, nos dizendo que todos estavam do lado de fora da casa confraternizando.


_ Meu deus, quanta gente Luan! -minha mãe disse quando passamos pela porta de vidro, tinham pessoas na piscina, na espreguiçadeira e nas mesinhas conversando.-
_ Família dela, amigos dos pais dela.
_ Aí meu deus viu. -segurou no braço do meu pai e pediu pra que fôssemos na frente.-


  Fomos descendo as escadas e minha filha veio correndo na minha direção atraindo a atenção de todos, inclusive Fernanda.

_ Papai! Você veio! -abraçou minhas pernas, passei a mão em sua cabeça e me inclinei pra dar um beijo.-
_ Tudo bem amor?
_ É princesa papai.
_ Desculpa (ri). Tudo bem princesa?
_ Tudo, o vovô e a vovó Ana chegaram. -pegou na minha mão e foi me levando para perto dos meus sogros que estavam sentados com a Nanda, e Dalila.-
_ E aí sogrão! -lhe cumprimentei com um abraço forte e depois fiz o mesmo com a minha sogra que estava ainda mais bonita.- 
_ Essa é sua bonequinha, Bru? -minha irmã assentiu.- Aí que delícia. Posso?
_ Claro, fica à vontade.


  Analice pegou Laura no colo e assim consegui ir até minha grávida.

_ Oi meu amor. -nos abraçamos e assim dei um beijão daqueles bem gostosos, deixando ela ficar vermelha porque meu sogro estava ali.-
_ Tudo bem princesa?
_ Melhor agora, estava com saudades de você Branquelo. -deitou a cabeça em meu peito apertando minha cintura.-
_ Você não imagina a saudade que eu tava de vocês. -coloquei a mão em sua barriga.- Tá bem mesmo?
_ Só estou curiosa com aquele negócio lá. -falou baixinho.-
_ Amor, relaxa.
_ Relaxada eu estou, agora você tá tenso. -falou massageando meus ombros discretamente.- Tá com medo? Quer que eu vá junto?
_ Não vai ser preciso.
_ Certeza?
_ Absoluta.


  Nos beijamos outra vez e então ela foi cumprimentar meus pais e eu falar com a Lila, Berton e os bebês. Fernanda saiu e quando voltou me chamou pra ir com ela até seu quarto e quando chegamos lá, ela trancou a porta e matamos a saudade que sentíamos um do outro. Chegamos ao ápice e me joguei na cama completamente suado.

_ Nossa.
_ Te amo, tá? -ela falou toda carinhosa.-
_ Eu também. -falei e ganhei uma mordida.-
_ É assim que responde?
_ Tem outro jeito. -rolei pela cama e novamente estava em cima dela, segurei seu queixo e então demos um beijo ainda mais apaixonado, deixando-a sem ar e satisfeita.- Eu amo você. 
_ Lindo. -risos.- Preciso tomar banho?
_ É bom, né. Bora lá!


  Não tomamos aquele banho, até porque mais brincamos no chuveiro do que outra coisa. Molhei meus cabelos que estavam suados e joguei uma água daquelas. Saí com a toalha enrolada na cintura e com a outra secando os cabelos. Fernanda vinha saindo logo atrás, quando bateram na porta. Continuei o que fazia enquanto ela foi ver quem era.

_ Pensei que estivesse dormindo. -era meu sogro.- Tomou outro banho?
_ Estava com calor... Vou me trocar e desço.
_ Luan tá ai dentro?
_ Pai... -o repreendeu.-
_ Você ainda continua sendo minha filha, minha responsabilidade e eu tô de olho sim.
_ Fica à vontade, pai. -bateu a porta.- Luan você tá bem?
_ Hã?
_ Tá pálido. -veio até mim.- Coração acelerado... Assustou com o meu pai?
_ Pensei que ele fosse entrar aqui e sair me arrastando pra fora do seu quarto.
_ Antes ele faria você vestir pelo menos uma cueca. -risos.-
_ Boba.


  Nos vestimos e descemos. Ficamos junto dos meus pais, jogando conversa fora e aproveitando daquele jeitinho o dia que estava indo embora.

_ E graças à Deus o último convidado foi embora. -Fernanda disse jogando as mãos pro céu e fazendo todos rirem.- Sou sincera, esses seus amigos nem gostam de bagunça né pai?
_ Fazia tempo que eu não me encontrava com eles.
_ Aí, mesmo assim. Olha a hora. -estava um pouco tarde mesmo, tanto que meus pais haviam ido embora junto com a Bruna por causa da neném que ainda era novinha.-
_ O importante é que foi bom. Né garotão? -brincava com Heitor que estava enorme.-
_ Lindo meu irmão, né amor?
_ Lindo e vai dar um trabalhão com esses olhos.
_ Vai ser pegador igual o...
_ Igual quem Hugo? -minha sogra perguntou e ele desconversou nos fazendo rir.-
_ Ê tio, se entregando sozinho.
_ Viu só Lila, dei o maior furo. -risos.- Vamos entrar cambada?


  Assim fizemos, Dalila acabou indo embora também e ficou somente os de casa. Analice subiu pra dar banho no Heitor e Melissa chamou a mamãe pra dar banho nela, ficamos lá embaixo eu e meu sogro e foi a hora que ele me chamou pra conversar.

_ Olha... O que eu tenho pra te falar aqui e agora não é nada pessoal, é apenas um cuidado de pai. -assenti.- Até um tempo atrás Fernanda era minha única filha. Sei que ela cresceu, e seguiu o rumo que queria pra vida dela. Mas, isso não quer dizer que eu não precise me preocupar.
_ Eu te entendo, penso o mesmo da minha irmã... -falei e ele concordou comigo.-
_ Vou confessar pra você que quando vocês vieram com essa história de noivado e casamento eu me assustei. -franzi a testa.- Porque eu não acreditava que o namoro de vocês iria pra frente, no início do envolvimento de vocês eu era contra sim e não nego isso. -falou olhando nos meu olhos e eu me mantendo firme também.- Não imaginava minha filha namorando com um cantor mulherengo que cada noite estava com uma diferente na cama. -engoli seco.- Irônico, né? Porque eu nem imaginava que minha filha fazia exatamente o mesmo. Mas, não justifica. -colocou mais whisky em seu copo oferecendo mais pra mim, que neguei.- Mesmo assim ainda não queria, porque vocês começaram de uma maneira errada! E eu digo isso porque eu sei quando foi e o que veio antes disso, vi minha única filha toda marcada porque levou uma surra de um vagabundo por ter sido infiel. Só que quando se tem um filho maior de idade, independente... A única coisa que se pode fazer é mostrar o caminho e deixa que ele siga e ele escolheu ficar com você e eu respeitei isso. Sempre te achei um homem muito maduro apesar da pouca idade, quando o assunto se tratava da sua carreira que ali o seu sonho sendo realizado. Só que não parecia ter a mesma maturidade para os relacionamentos, até havia comentado isso com o seu pai muito antes de nossas famílias se unirem. -ele dizia tranquilo, era mais um desabafo e eu já havia entendido onde ele queria chegar.- Você deve estar pensando que sogro chato da porra, quer ficar me dando lição de moral. -riu.- Eu sou assim, não gosto das coisas mal resolvidas.
_ Amor, eu... -Analice apareceu no topo da escada e nós dois olhamos.- Hugo...
_ Só estou conversando, conversa de homem pra homem. -ela riu e voltou a subir.- Voltando aqui... Eu quando me casei estava certo de que era realmente isso que eu queria, construir uma família ao lado da mulher que eu lutei para ter ao meu lado.
_ Já sei onde quer chegar com isso.
_ Eu não quero que minha filha tenha um casamento infeliz.
_ E não terá, a felicidade da Fernanda é a minha felicidade. E por um sorriso dela eu sou capaz de tudo.
_ Não duvido disso. Mas, sei que nem sempre foi assim... Você traiu minha filha, sei que ela não viajou pra ficar mais de uma semana em Nova Iorque por nada.
_ Foi tudo um mal entendido. Eu não seria capaz de fazer tal coisa com a Fernanda.
_ Posso confiar na sua palavra?
_ Pode sim, Hugo. -disse firme.-
_ É isso mesmo que quer? Se casar com a minha filha? Sabe que se for apenas pela criança isso não é preciso. -falou calmo.-
_ Eu pedi a Fernanda em casamento muito antes de sabermos da criança. Foi por amor, porque ao lado eu quero e irei construir uma família. Porque é com ela que eu quero crescer e amadurecer no relacionamento. Amar e ser amado, cuidar um do outro e ser assim a vida inteira.
_ Eu...
_ Pode ficar despreocupado, irei cuidar da sua filha. Serei um bom marido assim como o meu pai é pra minha mãe, e sei que o senhor é com a Analice.
_ Era isso que eu queria ouvir. Sou um pai muito apegado e protetor, ela sempre vai ser minha menininha. E quero entregar a minha princesa nas mãos de quem saiba valorizá-la... -escutei ele dizer tudo o que queria, e no fim tomei uma decisão.-
_ Eu não me arrependo de ter feito o pedido, mas ainda assim quero sua permissão. Sua bênção! 
_ E você tem rapaz. -segurou meu ombro.- Faça minha filha ainda mais feliz.
_ É tudo o que eu mais quero.




Narrado por Fernanda
  Eu e minha mãe éramos duas fofoqueiras, na boa. Depois de deixar as crianças dormindo no meu quarto, nos sentamos na ponta da escada e ficamos escutando toda conversa. Luan estava tenso o tempo inteiro, suava frio e de longe eu percebia isso. Mas, tudo deu certo quando aquela conversa séria teve fim.


_ Vocês falam hein. -desci devagar fingindo que não tinha escutado nada.-
_ Assunto de homens.
_ Hmm... Sei viu seu Hugo. -sentei no colo do Luan segurando seu rosto.- Tá bem amor? Respirou? 
_ Agora sim. -falou encostando no sofá e nos fazendo rir.-
_ Pondo medo no meu noivo, pai? Que coisa feia.
_ Seu avô fez o mesmo comigo há muitos anos atrás. -falou terminando de virar o copo.- Preciso de um banho e dormir, isso sim.
_ E eu de comer. Aproveitar que meu pequeno tá dormindo. -disse minha mãe indo pra cozinha.
_ Quer dar uma volta pra relaxar? Você ainda está tenso?
_ Seu pai me disse umas coisas e eu ainda tô pensando...
_ Quer desistir de casar comigo, é isso? -perguntei preocupada.-
_ Não. Jamais. Eu só estou aqhu pensando que tenho que melhorar e muito.
_ Melhorar?
_ Disse ao seu pai que seria um bom marido, um bom pai para o nosso filho.
_ Deixa de pensar nisso. Meu pai coloca muita pilha, relaxa tá. Te amo. -selinho.-


"Quando arrumo um marido, meu pai vai e quer foder com tudo tendo uma conversa daquelas. Eu hein!"

  Pedimos pizza para o jantar, Luan ficou conosco até tarde. Mas, não dormiu em casa. Pegou Melissa e foi pra casa dele, eu entendo porque assim como eu sentia saudade dos meus pais, ele sentia da família dele.
  Depois que ele foi embora eu fui me deitar, mas o sono não vinha... Então me deu cinco minutos e resolvi fazer uma Twitcam. Será que daria certo?



















~.~
   Preciso dizer que amei?

PS: Aí gente, estou muito feliz. E assim que puder conto à vocês o motivo rs. Beijão!