Narrado por Fernanda
Meu sogro era um amor, um lindo e não se importou em me dar uma carona (mesmo eu dizendo que não precisava), seguimos no maior papo até o salão onde seria a festa, em um dos maiores da zona sul de São Paulo. "Sim, tenho uma amiga exagerada e esbanjadora." Ele contava que estava na expectativa de saber logo o sexo do neném, que mesmo sendo avô de duas princesinhas ele estava ansiosa para a chegada de mais um.
E com a minha sogra não estava sendo diferente, Mari tinha suas suspeitas, suas desconfianças baseadas em suas experiências. Falei que todos nós saberíamos juntos, no chá de fraldas que já estava sendo pensado.
_ Bem pertinho do meu aniversário, que presentão viu. -comentava ela.- Viu Amarildo, meu presente de aniversário.
_ Eu e você somos um, então o presente é desse vovô também. -risos.- Né, princesa do vô! Falou pra mamãe?
_ Falei, que ela tá com a Luana na barriga. -Melissa disse sem nem nos olhar, estava fixava na paisagem do lado de fora do carro.-
_ Luana nada. -falei rindo e ela ficou "brava".-
_ Tô junto com a minha neta. -Amarildo riu.-
_ Vocês dois dando uma de vidente, tá vendo isso sogra?
_ Esses dois não tem jeito não! Saíram essa semana e fizeram foi a festa numa loja de bebês.
_ Era segredo vovó. -risos.-
(...)
Chegamos no local da festa e já escutamos a música alta de longe, músicas infantis obviamente. Entramos e estava razoavelmente cheio o espaço, muita gente já tinha chego e eu junto com os meus sogros nos sentamos perto da Bruna, Rafa e Laurinha que estava a coisa mais linda da tia dela com apenas três meses, era a cara do Rafael.
_ Oi tia, olha como eu tô gostosa e linda com esse vestido. -fui lhe pegando no colo.- E grandona.
_ Tá vendo cunha, passa tão rápido. Lembro quando pegava a Melissa no colo, que eu ainda nem sonhava com a Laura.
_ E como passa! Quem diria que eu ficaria noiva de um cliente?
_ Quantas mudanças. -risos.- Cadê os aniversariantes? -perguntou minha sogra e não demorou para que avistasse próximo à mesa do bolo Dalila, Rodrigo e os meninos, cada um em um colo.- Vamos lá comigo?
Acabou que fomos todos e aproveitamos para posar pra foto e depois voltamos para a nossa mesa, de onde eu só saía pra ir ao banheiro e depois na hora do parabéns de resto fiquei comendo e bebendo refrigerante. "Engordando tudo que podia, pra ficar uma grávida super redonda que é lindo."
Fui apresentada à algumas amigas da Lila como madrinha de seus filhos, madrinha de casamento e melhor amiga. Nada demais. Depois ainda conversamos um pouco, mas meus pés estavam querendo inchar e achei melhor ir pra casa... dos meus sogros porque não quiseram me deixar em casa sozinha quando eu mencionei que estava com um pouco de dor de cabeça e nas costas.
(...)
Acordei no domingo bem cedo, muito cedo mesmo, tão cedo que nem o sol tinha dado sinal de vida e por quê? Porque estava muito apertada, minha bexiga parecia estar espremida e eu quase fazendo xixi nas calças. Fui ao banheiro e quando voltei estava sem sono algum e minha sorte foi o celular estar com bastante bactéria.
Abri o app do snap e fiquei por ali gravando vídeos, falando sobre a minha interrupção de sono no fim da madrugada.
_ Não sou muito fã de gravar vídeos no snap, ainda mais estando sozinha. Mas, cara! Minha vontade de fazer xixi me tirou da cama e agora não consigo dormir mais... Então vamos encher o snap de vídeos meus, porque sim entendeu? -e a zoeira começou daí.
Fiquei mais de uma hora gravando snaps e ainda teve uma hora que o neném começou a chutar, aproveitei pra gravar mais ainda, mesmo sabendo que em breve estaria tudo no instagram por conta do bendito snapsave... Quando a fome bateu e o cheiro de café invadiu o quarto do Luan mesmo com a porta fechada acabei não resistindo e calcei meus chinelos, e desci.
_ Bom dia, sogra linda!
_ Bom dia (sorriu). Dormiram bem?
_ Muito. Só acordei cedo...
_ Por que? A dor não passou?
_ Vontade de fazer xixi. Acredita?
_ A tendência é piorar. -risos.- Depois dos seis meses aquela vontade louca de fazer xixi volta com tudo.
_ Tô vendo que sim, sabe que ontem na festa eu ficava de minuto em minuto indo ao banheiro... -assim foi dada início na nossa conversa matinal. Tanto papo que acabei convidando-a para ir comigo na consulta do dia seguinte, onde eu descobriria o sexo do bebê e depois iria acertar com a mulher do buffet uma coisinha.
As horas naquele domingo voaram, e nós quatro passamos aquela tarde de calor na piscina no maior bem bom. O sol estava indo embora quando saímos da água e fomos para um banho e depois fui para casa com a Mari que dormiria lá comigo.
(...)
Eu costumava marcar minhas consultas com o Filipe de manhã geralmente às dez porque dava pra acordar e me arrumar tranquila, comer e então ir para seu consultório.
_ Bom dia, gravidinha. -me cumprimentou sorrindo, logo após me dar um abraço.- Trouxe a vovó hoje (sorriu), bom dia Marizete.
_ Bom dia. -respondemos.- Trouxe minha sogra porque hoje além da consulta queremos saber o sexo do bebê.
_ Ah! Não aguentou de curiosidade, né? -perguntou voltando a se sentar em sua poltrona.-
_ Na verdade... Meu chá de fraldas, é no começo do mês que vem e eu preciso saber pra contar para a família.
_ Aí sim hein! -riu.- Empolgada?
_ Curiosa. -respondi e ele fez careta.- Tá fazendo careta, é?
_ Você é muito sem graça (riu). Cadê a animação?
_ Ficou deitada na minha cama.
_ Como a senhora aguenta? -perguntou brincando.-
_ Tenho uma em casa, quer dizer, tinha né. Até que casou. -risos.
Fomos para os exames de rotina, e olha a pressão, escuta os batimentos cardíacos... Fomos para a parte divertida da coisa, a ultrassonografia. Aquele gel geladinho na minha barriga, depois que escutamos os batimentos cardíacos do bebê, Filipe novamente mostrou o órgão sexual e nos disse o que era...
O que eu sentia desde o início foi uma confirmação e mesmo durona igual uma ferradura de cavalo, eu fiquei emocionada e abracei minha sogra que assim como eu chorava de felicidade. Ficamos daquele jeito um tempo e o Lipe soube respeitar aqueles nossos minutos, depois limpou minha barriga e eu pude ir me trocar para voltar e finalizar a consulta.
Depois de pegarmos o resultado e a gravação (que eu tinha todas guardadas) nós seguimos para o estacionamento, e de lá para o buffet que cuidaria do estômago dos meus convidados.
(...)
Conversei com o Luan um pouco antes de começar ver as coisas, porque queria fazer diferente. Fugir do tradicional! E pensando nisso propus que fosse feito o chá de fraldas na chácara e digo o porque... Seria mais cômodo, uma coisa mais íntima assim como a privacidade, dificilmente teriam paparazzis no meio do mato sem contar que teriam homens e mulheres e poderia rolar um churrasco. E foi aí que Luan inventou o Futebol de Fraldas. Obra exclusivamente dele? Não, Luan não tem tempo de inventar essas coisas, mas o amigo do peito e de copo, Roberval Lelis teve a brilhante ideia, Dudu gostou, Sorocaba disse que nem marcaria show no dia e ficou assim... Iríamos na sexta-feira à noite para voltarmos no final da tarde de domingo.
E estava tudo acertado, eu com as malas prontas e apenas esperando a semana passar.
Narrado por Luan
(...)
Acredito que foi uma loucura da Fernanda entregar um celular na mão da Melissa. Onde que desliga essa criança? Eu amava minha filha mais do que qualquer outra pessoa no mundo, mas ela mandava áudio todos os dias de minuto em minuto e pra jogar conversa fora e nem era só pra mim. Tinha gente perdendo o sono porque ficava de papo com a Melissa no whats.
_ Tio Testa! É uma menina, a Luana. Eu sei de tudo. -Rober me mostrava um dos inúmeros áudios que ela tinha mandado agora na parte da tarde.- Eu vi a mamãe falando do bolo rosa da coruja!
_ Será mesmo, boi? -franzi a testa.-
_ Também recebi o áudio da pequena. -Well disse pegando o celular também.- Escuta aí...
_ Ôh tio, eu vi tudo. As bexiga roxa e rosa na bolsa da mamãe, e o lacinho. É uma menina.
_ Não sei viu, Fernanda tá fazendo tanto suspense que...
_ Que pode ser verdade, Melissa vive com ela. Faz um pouco de sentido.
_ Já sei quem sabe disso... -peguei meu celular e disquei o número.- Xumba?
_ Oi Luanzinho, tudo bem filho?
_ Ótimo e a senhora como tá?
_ Bem graças à Deus e cheia de coisas pra fazer (riu). Aconteceu alguma coisa?
_ E quando eu ligo é quando acontece alguma coisa, é?
_ Quando liga às 9h12min da manhã geralmente sim. -não aguentei e comecei a rir.-
_ Sabe o que é...
_ Lá vem coisa. O que cê tá aprontando, Luan?
_ Mamusca só a senhora pode me ajudar!
_ Com o que?
_ Fernanda me pediu pra comprar um negócio na loja de bebê pra nossa filha, né?
_ E você comprou? Ela pediu mesmo pra eu comprar uma roupinha ro... Mas, ela te contou, Luan?
_ O que ?
_ O sexo da neném, eu...
_ Então é uma menina mesmo? -comecei a rir e o pessoal que estava comigo na van começou comemorar.-
_ Eu não disse nada, não! Deixa de coisa.
_ A senhora confirmou!
_ Não adianta, não vou contar!
_ Mamusca, a senhora não sabe mentir...
_ Ah, não?
_ Eu sou o pai tenho que saber...
_ Faltam só três dias, deixa de ser curioso. Fica com Deus, tchau. -e desligou.-
_ E aí?
_ Nada. Ela só me enrolou... -bufei.-
(...)
_ Filha, você disse que sabia! Lembra que o papai te ensinou tirar foto do celular? -mandei áudio sussurrando.-
_ Oxê, num é print não!?
_ E como cê sabe?
_ Tia Bru me mostrou ué.
_ A mamãe sempre tira foto das coisas que ela compra e eu sei que ela tem foto da decoração do quarto do neném.
_ E ela dexa pega?
_ Claro que deixa, mas é segredo hein...
_ Tá!
_ Quando conseguir tirar me manda que eu tô esperando.
_ É que agora num dá! Ela tá falando no celular. -sussurrou.-
_ Grava pro papai... -deitei na cama e fiquei esperando, mesmo caindo de sono e nada dela mandar.-
_ "Mas, Lila tem certeza... Não quero deixar uma cor muito agressiva... Ele nem imagina! Tô estranhando que ele não ligou tentando saber... Outra, pra você ver... Sorte? Cabelos brancos isso sim..." Shii encrencou papai! "Filha, deixa esse celular. Tá tarde, vai dormir..." Tô mandando uma coisa pro tio Testa... "Deixa a mãe ve... -o áudio foi cortado e eu fiquei ainda mais na dúvida e com medo de ser pego... Deixei isso quieto, e fui tratar de dormir. Quer dizer, tentar né...
_ Você está aprontando alguma! E a Mê não quer me contar... E mais, apagou a conversa. Luan! Para de ensinar coisa errada pra menina.
Fui dormir rindo e achando o maior barato, Melissa era esperta. Muito ligeira e isso era bom (risos). Dormi tranquilo e querendo que os dias passassem bem depressa que eu queria que chegasse sexta-feira logo.
Horas mais tarde, à caminho da gravação de um outro programa Testa estava inquieto com alguma coisa. Pensei que fosse na vida amorosa, mas não... Ele disse que eram mensagens no whats.
_ Pegaram seu número de novo? -ri.-
_ Sua filha! Luan, ela leva celular pra escola?
_ Que eu saiba não, por quê?
_ Porque ela tá mandando áudio desde às 6h30min da manhã. Tem noção disso? Fernanda não tinha mais nada pra fazer quando deu um celular na mão de uma criança de seis anos.
_ Cinco.
_ Que?
_ Ela tem cinco anos (ri). O que ela mandou? Deixa eu ver... -o celular foi entregue a mim, comecei a escutar e ria sozinho.-
_ Oi tio, cê já acordou?... Eu tô indo escovar os dente agora pra ir pra escola... "Melissa sai desse celular princesa" Ih a vovó tá brigando porque tô falando com você. Vou comer e já venho viu tio... -ele mandou uma carinha de sono e uma de "Ok."- Voltei tio! Por que cê mandou essa carinha? Tá com sono?... Ah! Mas, eu tô com saudade por isso tô falando com você... Vou pra educação física agora, tchau! -visto por último às 9h27min.-
_ Ela deve ter me mandado mensagem tamém, mas eu quando durmo pode cair o mundo que dificilmente eu acordo, já você.
_ Pior! Isadora com ciúmes... Não parece que tem 23 anos não!
_ Da minha filha?
_ Ontem à noite ela ligou e adivinha... Melissa tava me contando que tinha ganhado um carrinho novo da Barbie junto com um ursinho. Aí ela perguntou porque eu não tinha atendido, e eu contei. Só que ela não acreditou.
_ Ih Testudo se fudeu, é ciumenta.
_ Deixa ela ué, tô tranquilo.
_ Tá é apaixonado.
_ Não é pra tanto, estamos nos conhecendo. Aquela fase de ligações, mensagens de bom dia e essas frescuras tudo.
_ Depois eu que era o cafajeste! Tem vergonha não? Com a Julia foi assim, Mariana... Qual era o nome da outra mesmo? Gi... Jo...
_ Geovanna e para que eu estava gostando dela.
_ Até ela te dar um pé na bunda (risos).
_ Eu que dispensei.
_ Eu vi a mensagem, tava assim oh... "Se você não quer me valorizar tem quem me valorize e muito bem." E era uma vez uma Geovanna na sua vida. -nem ele aguentou e riu também.- Ela era gata hein.
_ Todas são. -se gabou.-
_ Não. Todas é demais! Algumas vai.
_ Cala a boca, Luan! Poupa sua voz pra falar no programa daqui a pouco, beleza?
_ Fica bravinha não amiga, tem que relaxar.
_ Vai pra merda, vai.
_ Trouxa. -falei pegando o celular e olhando os fãs no twitter.- Tá rolando print das suas conversas hein boi.
_ Que conversas?
_ Olha isso... O bulliyng começa quando o Testa tá namorando e eu não pegando nem gripe. Tá difícil ser você hein!
(...)
A semana foi muito cansativa, cheguei em casa na sexta-feira à tarde e tudo que eu queria era dormir um pouco, ainda mais sabendo que iríamos pegar a estrada mais tarde.
_ Não vai comer meu filho?
_ Tô com fome não Xumba, tô com sono isso sim.
_ Sua mala tá arrumada, viu?
_ Obrigado mamusca. Vou subir.
_ Não tá esquecendo de nada não? -perguntou me olhando com um sorriso no rosto e depois de um abraço forte e beijo no rosto segui em direção as escadas.- De outra coisa, né?
_ Não esqueci não. Cadê ela?
_ Não vem pra casa desde ontem, foi pra casa da Bruna.
_ Bruna é doida? Não tá dando conta nem das artes da Laura e me leva Melissa.
_ Deixa ela, filho. -risos.- Queria passar mais tempo com a sobrinha, disse que estava com saudades. Já já elas estão aí.
_ Ótimo. Vou dormir tranquilo.
Entrei no quarto e fui deixando as coisas pelo chão, joguei o celular em cima da cama e fui pro banheiro dar uma aliviada, tomei um banho e fui descansar...
Narrado por Fernanda
Minha mala estava pronta para o fim de semana de lazer em família e amigos. Convidamos bastante gente, quer dizer, nossos amigos e amigas, parentes. Nem todos disseram que iriam, tanto que um e outro até se desculparam por não poderem estar presente. Enfim... Iríamos de carro, tipo comboio e marcamos de sair às oito da noite por ser um horário que julgamos mais tranquilo e por não ter sol nenhum. Inúmeras divisões foram feitas para saber quem ia no carro de quem por uma questão de organização e não deixar pra última hora.
Eu iria com os meus pais, Heitor e Melissa. Luan iria com os pais, Bruna, Rafael e Laura... Roberval iria levar Isadora e mais duas amigas nossas e assim por diante...
_ Aí, Luan para de me morder vai...
_ Não. -mordeu meu pescoço e recebeu um tapa por isso.- Aí, amor. Machuca, sabia?
_ Mordidas também, seu ridículo. -segurei seu rosto e nos beijamos, bem na hora o bebê chutou, comecei a rir e parei o beijo.- Põe a mão aqui e fica quieto. -levantei a blusa para que ele sentisse melhor, e novamente veio o chute.-
_ Nossa cara (sorriu). -ele apertou um pouco e novamente, até que começou a bagunça e o bebê ficou agitado por um tempo deixando o Luan babar muito.-
_ Ôh casal está na hora de irmos. Bora?
_ Vem ver pai... -o chamei e ele veio todo desconfiado, olhando pra mão do Luan na minha barriga. Peguei sua mão e coloquei bem onde tinha a marca do pezinho e ele não disse nada, mas o sorriso foi impagável.-
_ Poderia chegar logo amanhã, né?
_ Sim! -Luan concordou empolgado.-
_ Vamos, né? Não estamos atrasados? -mudei de assunto.-
_ De amanhã não passa, graças à Deus!
_ Exagerados. -risos.
Seguimos para os carros e fomos passar na casa do Luan e aí fomos nos comunicando com o pessoal até que nos encontramos todos e seguimos pra chácara. Seriam sim horas de viagem, mas as melhores com toda certeza. Eu estava mais animadinha, sem sono, neném agitado na barriga... Fora que conversando o tempo passava bem rápido e foi assim que quase cinco horas depois estávamos em Londrina. "Obrigada por chegar inteira!"
Quando se tem um pai piloto de fuga, estilo Velozes e Furiosos é bem difícil estar vida sem que o carro capote. O engraçado mesmo foi minha mãe dando a maior bronca nele porque eu e as crianças estávamos no banco de trás.
_ Terra firme! -falei zoando.- Agora se me derem licença, vou fazer xixi que eu tô muito apertada. Nossa! -fui entrando na frente e nem as luzes acendi, já sabia onde era o banheiro mesmo.-
_ Vai logo linda, não é a única apertada.
_ É amiga, ansa logo!
_ Me deixem mijar em paz! -falei alto e elas riram. Me vesti e apertei a descarga, lavei as mãos e saí do banheiro jogando água naquelas nojentas.- Mô? -abracei ele por trás pondo a boca em seu pescoço e sentindo sua pele arrepiar.- Tô com fome.
_ Sabia. -risos.- Mamusca tá na cozinha...
_ Por isso que eu amo minha sogra gente, a melhor. -todos riram.- Tchau pra vocês.
Fui até a cozinha onde comemos algo simples, não somente eu, Bruna também que estava amamentando, as crianças e quem quis porque a comida estava lá para todos comerem. Depois disso não enrolamos muito, fomos nos ajeitar nos quartos para descansar que a manhã seguinte seria de muita agitação.
(...)
Na manhã seguinte as horas pareciam ter voado. Levantei ainda com sono, mas estava na hora e eu queria acompanhar tudo, desde a montagem da decoração até a mesa com as bebidas e comidas dispostas. Levantei cedinho mesmo, tomei um banho pois fazia bastante calor e aproveitei para colocar um vestidinho, mais soltinho mesmo e calcei os chinelos.
_ Onde cê vai?
_ Acompanhar a montagem das coisas, né amor.
_ Me espera? Também quero ver de pertinho.
_ Te encontro lá embaixo. -disse abrindo a porta e descendo.- Bom dia.
_ Bom dia, Fernanda. Chegamos mais cedo que o previsto e...
_ Tudo bem, é até melhor... Boa parte dos convidados estão dormindo por conta da viagem longa, é até mais tranquilo para trabalhar.
_ Ah sim. Que ótimo então.
_ Vem comigo, vou mostrar onde quero que fiquem as coisas...
A área onde tinha a churrasqueira era grande, tinha uma mesa grande o suficiente para que as coisas ficassem da maneira que eu tinha imaginado. Seguimos para a cozinha onde pedi que o bolo com o nome do bebê fosse confeitado pouco antes de ser levado para a mesa.
_ Tudo certo aqui? -Luan chegou e elas ficaram olhando hipnotizadas.- Bom dia, tudo bom? -saiu cumprimentando as moças e os rapazes também, em minoria.-
_ Tudo em ordem, vai ficar lindo. -ele sorriu e segurou meu rosto, dando um beijo forçado ele sabia que eu não era muito de ficar me agarrando com ele na frente dos outros (exceto em momentos necessários).- Que horas acha que o pessoal vai acordar?
_ Não sei todos, mas boa parte já acordou. As mamães por exemplo. -riu.- Essa casa tá cheia de criança. Laura, Alice, Melissa, Nicolas e os Joãos, Heitorzinho... Fora os outros.
_ Casa boa é assim mesmo, cheia.
_ Já comeu? -neguei.- Então bora...
(...)
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@fermarques: E hoje todos saberão quem é que está chegando... Todos ansiosos, né papai? #ChádeFraldas |
Era pouco mais de duas da tarde quando tudo estava pronto e subimos para nos trocar (depois de um banho). Vesti-me e não fiz maquiagem, nem deixei os cabelos soltos porque sabia o que poderia rolar. Calcei minhas hawaianas e esperei Luan para descermos juntos, os fotógrafos haviam chegado (dois, porque eu queria registros de tudo) e fomos até a mesa onde começamos as fotos. Primeiro sozinhos, depois com a nossa filha, nossos pais, minha cunhada, amigos até que foram todos.
Tinha uma mesa menor onde tinham plaquinhas dizendo ser menino ou menina, ou quem seria a próxima mamãe, bigodes e lacinhos... E uma cartela de prêmios.
_ Vou ganhar presente isso mesmo? -Lila brincou.-
_ Eu quem vou, porque a sorte está comigo. -Soraya disse.-
_ O padrinho sou eu, então... -Rober se gabava.-
_ Não é nada disso! Vocês tem que me prometer que não vão abrir, senão perde toda graça a brincadeira.
_ Não enrola, esperamos demais.
_ Calma vai, deixa eu torturar vocês mais um pouquinho. -risos.-
_ Ah não filha, conta logo que os avôs estão aflitos!
_ E o papai disse que me dava um doce! -Melissa disse rindo.-
_ Filha!
_ Que vergonha hein boi!
(...)
Pensa numa tarde gostosa. Pensou? Foi a nossa, muitas brincadeiras e teve um jogo de perguntas que nos levaria até a grande descoberta. Então chegou a hora de contar a todos.
_ Vou ler um texto que preparei meio que correndo e assim, ele é a dica hein... -peguei a folha e todos me olhando atentos.- Antes mesmo de eu crescer meus pais pensando em mim, que um dia eu viria. Mas, quando? Depois quando descobriram que eu estava ali muita coisa mudou... para melhor. Os dias passando e minha mamãe mudando, engordando, barriga crescendo... Era eu que estava sendo formado! O que eu era? Nem o doutor sabia, meu avô Amarildo e minha irmãzinha disseram que era uma menina, já as avós corujas falaram que era um meninão porque conheciam de longe e a intuição nunca falha... Mas, quem de verdade sabe? Hmmm... A hora é esse, o grande prêmio é a descoberta! Pegue tudo o que lhe ajudar a raspar o papel e me encontrar! -dobrei a folha e encarei os convidados que estavam iguais doidos raspando o papel pra encontrar o nome e foi engraçado, pois ao invés do nome tinha uma numeração.- Pensaram que ia ser fácil né?
_ Ah não, Nanda que mancada!
_ É o seguinte! Cada raspadinha tem uma cor certo? Essa mesma cor está com mais cinco pessoas e divididas em seis cores. E cada cor forma uma letra. -foi a chave, correram mais que tudo e cada um encontrou seu grupo.-
_ Puta que pariu! Tá tudo bagunçado!
_ Ê boca suja!
_ As letras estão embaralhadas. Mais uma dica. É um nome da realeza! -o silêncio tomou conta, todos pensando até que minha pequena, isso mesmo a dona Melissa foi a mais esperta e disse em alto e bom som.-
_ Arthur!
_ Por isso que eu amo essa menina! -Rafa a pegou no colo e aí foi a maior zoeira, Luan me olhou desacreditado e com os olhos cheios de lágrimas.-
_ É sério isso amor? -assenti chorando e pegando suas mãos.-
_ É meu amor, seremos papais de um lindo meninão! -coloquei suas mãos na minha barriga e então nos beijos entre gritos, palmas e comentários idiotas que sempre rolam.
~.~
Toda a enrolação e suspense valeu ou não valeu a pena? Seja bem vindo Arthur ❤
PS: Vamos conversar um pouquinho? Ontem aconteceu algo chato, que eu havia visto acontecer com outras autoras e nunca comigo. Publicaram o primeiro capítulo da fanfic e não deram créditos, sequer pediram autorização. Conversei, a pessoa (disse que) não sabia quem era o autor, nem que a história tinha um dono. Mas, foi resolvido e foi apagado. Ah! E o que isso tem a ver? Simples. Eu não autorizei que publiquem a fanfic, é uma coisa minha que faço com muito carinho, dedicação e que de certa forma dá um trabalho porque exige tempo e cuidado no que vai escrever, como vai escrever. E por isso eu peço pra vocês que se verem por favor me digam, manda foto... Isso comigo e com qualquer outra autora. Posso contar com vocês? Obrigada Vii por ter avisado, obrigado também as meninas do grupo por terem me ajudado dando uma super força e é isso. Valeu mesmo! E até o próximo capítulo. Beijão!