{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Capítulo 171

Narrado por Fernanda
  Meu sogro era um amor, um lindo e não se importou em me dar uma carona (mesmo eu dizendo que não precisava), seguimos no maior papo até o salão onde seria a festa, em um dos maiores da zona sul de São Paulo. "Sim, tenho uma amiga exagerada e esbanjadora." Ele contava que estava na expectativa de saber logo o sexo do neném, que mesmo sendo avô de duas princesinhas ele estava ansiosa para a chegada de mais um.
  E com a minha sogra não estava sendo diferente, Mari tinha suas suspeitas, suas desconfianças baseadas em suas experiências. Falei que todos nós saberíamos juntos, no chá de fraldas que já estava sendo pensado.


_ Bem pertinho do meu aniversário, que presentão viu. -comentava ela.- Viu Amarildo, meu presente de aniversário.
_ Eu e você somos um, então o presente é desse vovô também. -risos.- Né, princesa do vô! Falou pra mamãe?
_ Falei, que ela tá com a Luana na barriga. -Melissa disse sem nem nos olhar, estava fixava na paisagem do lado de fora do carro.-
_ Luana nada. -falei rindo e ela ficou "brava".- 
_ Tô junto com a minha neta. -Amarildo riu.-
_ Vocês dois dando uma de vidente, tá vendo isso sogra?
_ Esses dois não tem jeito não! Saíram essa semana e fizeram foi a festa numa loja de bebês.
_ Era segredo vovó. -risos.-


(...)

  Chegamos no local da festa e já escutamos a música alta de longe, músicas infantis obviamente.   Entramos e estava razoavelmente cheio o espaço, muita gente já tinha chego e eu junto com os meus sogros nos sentamos perto da Bruna, Rafa e Laurinha que estava a coisa mais linda da tia dela com apenas três meses, era a cara do Rafael.

_ Oi tia, olha como eu tô gostosa e linda com esse vestido. -fui lhe pegando no colo.- E grandona.
_ Tá vendo cunha, passa tão rápido. Lembro quando pegava a Melissa no colo, que eu ainda nem sonhava com a Laura.
_ E como passa! Quem diria que eu ficaria noiva de um cliente?
_ Quantas mudanças. -risos.- Cadê os aniversariantes? -perguntou minha sogra e não demorou para que avistasse próximo à mesa do bolo Dalila, Rodrigo e os meninos, cada um em um colo.- Vamos lá comigo?


  Acabou que fomos todos e aproveitamos para posar pra foto e depois voltamos para a nossa mesa, de onde eu só saía pra ir ao banheiro e depois na hora do parabéns de resto fiquei comendo e bebendo refrigerante. "Engordando tudo que podia, pra ficar uma grávida super redonda que é lindo."
  Fui apresentada à algumas amigas da Lila como madrinha de seus filhos, madrinha de casamento e melhor amiga. Nada demais. Depois ainda conversamos um pouco, mas meus  pés estavam querendo inchar e achei melhor ir pra casa... dos meus sogros porque não quiseram me deixar em casa sozinha quando eu mencionei que estava com um pouco de dor de cabeça e nas costas.


(...)

  Acordei no domingo bem cedo, muito cedo mesmo, tão cedo que nem o sol tinha dado sinal de vida e por quê? Porque estava muito apertada, minha bexiga parecia estar espremida e eu quase fazendo xixi nas calças. Fui ao banheiro e quando voltei estava sem sono algum e minha sorte foi o celular estar com bastante bactéria.
  Abri o app do snap e fiquei por ali gravando vídeos, falando sobre a minha interrupção de sono no fim da madrugada.


_ Não sou muito fã de gravar vídeos no snap, ainda mais estando sozinha. Mas, cara! Minha vontade de fazer xixi me tirou da cama e agora não consigo dormir mais... Então vamos encher o snap de vídeos meus, porque sim entendeu? -e a zoeira começou daí.

  Fiquei mais de uma hora gravando snaps e ainda teve uma hora que o neném começou a chutar, aproveitei pra gravar mais ainda, mesmo sabendo que em breve estaria tudo no instagram por conta do bendito snapsave... Quando a fome bateu e o cheiro de café invadiu o quarto do Luan mesmo com a porta fechada acabei não resistindo e calcei meus chinelos, e desci.

_ Bom dia, sogra linda!
_ Bom dia (sorriu). Dormiram bem?
_ Muito. Só acordei cedo...
_ Por que? A dor não passou?
_ Vontade de fazer xixi. Acredita?
_ A tendência é piorar. -risos.- Depois dos seis meses aquela vontade louca de fazer xixi volta com tudo.
_ Tô vendo que sim, sabe que ontem na festa eu ficava de minuto em minuto indo ao banheiro... -assim foi dada início na nossa conversa matinal. Tanto papo que acabei convidando-a para ir comigo na consulta do dia seguinte, onde eu descobriria o sexo do bebê e depois iria acertar com a mulher do buffet uma coisinha.


  As horas naquele domingo voaram, e nós quatro passamos aquela tarde de calor na piscina no maior bem bom. O sol estava indo embora quando saímos da água e fomos para um banho e depois fui para casa com a Mari que dormiria lá comigo.

(...)

  Eu costumava marcar minhas consultas com o Filipe de manhã geralmente às dez porque dava pra acordar e me arrumar tranquila, comer e então ir para seu consultório.

_ Bom dia, gravidinha. -me cumprimentou sorrindo, logo após me dar um abraço.- Trouxe a vovó hoje (sorriu), bom dia Marizete.
_ Bom dia. -respondemos.- Trouxe minha sogra porque hoje além da consulta queremos saber o sexo do bebê.
_ Ah! Não aguentou de curiosidade, né? -perguntou voltando a se sentar em sua poltrona.-
_ Na verdade... Meu chá de fraldas, é no começo do mês que vem e eu preciso saber pra contar para a família.
_ Aí sim hein! -riu.- Empolgada?
_ Curiosa. -respondi e ele fez careta.- Tá fazendo careta, é?
_ Você é muito sem graça (riu). Cadê a animação?
_ Ficou deitada na minha cama.
_ Como a senhora aguenta? -perguntou brincando.-
_ Tenho uma em casa, quer dizer, tinha né. Até que casou. -risos.


  Fomos para os exames de rotina, e olha a pressão, escuta os batimentos cardíacos... Fomos para a parte divertida da coisa, a ultrassonografia. Aquele gel geladinho na minha barriga, depois que escutamos os batimentos cardíacos do bebê, Filipe novamente mostrou o órgão sexual e nos disse o que era...
  O que eu sentia desde o início foi uma confirmação e mesmo durona igual uma ferradura de cavalo, eu fiquei emocionada e abracei minha sogra que assim como eu chorava de felicidade. Ficamos daquele jeito um tempo e o Lipe soube respeitar aqueles nossos minutos, depois limpou minha barriga e eu pude ir me trocar para voltar e finalizar a consulta.
  Depois de pegarmos o resultado e a gravação (que eu tinha todas guardadas) nós seguimos para o estacionamento, e de lá para o buffet que cuidaria do estômago dos meus convidados.


(...)


  Conversei com o Luan um pouco antes de começar ver as coisas, porque queria fazer diferente. Fugir do tradicional! E pensando nisso propus que fosse feito o chá de fraldas na chácara e digo o porque... Seria mais cômodo, uma coisa mais íntima assim como a privacidade, dificilmente teriam paparazzis no meio do mato sem contar que teriam homens e mulheres e poderia rolar um churrasco. E foi aí que Luan inventou o Futebol de Fraldas. Obra exclusivamente dele? Não, Luan não tem tempo de inventar essas coisas, mas o amigo do peito e de copo, Roberval Lelis teve a brilhante ideia, Dudu gostou, Sorocaba disse que nem marcaria show no dia e ficou assim... Iríamos na sexta-feira à noite para voltarmos no final da tarde de domingo.
  E estava tudo acertado, eu com as malas prontas e apenas esperando a semana passar.




Narrado por Luan
(...)


  Acredito que foi uma loucura da Fernanda entregar um celular na mão da Melissa. Onde que desliga essa criança? Eu amava minha filha mais do que qualquer outra pessoa no mundo, mas ela mandava áudio todos os dias de minuto em minuto e pra jogar conversa fora e nem era só pra mim. Tinha gente perdendo o sono porque ficava de papo com a Melissa no whats.

_ Tio Testa! É uma menina, a Luana. Eu sei de tudo. -Rober me mostrava um dos inúmeros áudios que ela tinha mandado agora na parte da tarde.- Eu vi a mamãe falando do bolo rosa da coruja!
_ Será mesmo, boi? -franzi a testa.-
_ Também recebi o áudio da pequena. -Well disse pegando o celular também.- Escuta aí...
_ Ôh tio, eu vi tudo. As bexiga roxa e rosa na bolsa da mamãe, e o lacinho. É uma menina.
_ Não sei viu, Fernanda tá fazendo tanto suspense que...
_ Que pode ser verdade, Melissa vive com ela. Faz um pouco de sentido.
_ Já sei quem sabe disso... -peguei meu celular e disquei o número.- Xumba?
_ Oi Luanzinho, tudo bem filho?
_ Ótimo e a senhora como tá?
_ Bem graças à Deus e cheia de coisas pra fazer (riu). Aconteceu alguma coisa?
_ E quando eu ligo é quando acontece alguma coisa, é?
_ Quando liga às 9h12min da manhã geralmente sim. -não aguentei e comecei a rir.-
_ Sabe o que é...
_ Lá vem coisa. O que cê tá aprontando, Luan?
_ Mamusca só a senhora pode me ajudar!
_ Com o que?
_ Fernanda me pediu pra comprar um negócio na loja de bebê pra nossa filha, né?
_ E você comprou? Ela pediu mesmo pra eu comprar uma roupinha ro... Mas, ela te contou, Luan?
_ O que ?
_ O sexo da neném, eu...
_ Então é uma menina mesmo? -comecei a rir e o pessoal que estava comigo na van começou comemorar.-
_ Eu não disse nada, não! Deixa de coisa.
_ A senhora confirmou!
_ Não adianta, não vou contar!
_ Mamusca, a senhora não sabe mentir...
_ Ah, não? 
_ Eu sou o pai tenho que saber...
_ Faltam só três dias, deixa de ser curioso. Fica com Deus, tchau. -e desligou.-
_ E aí?
_ Nada. Ela só me enrolou... -bufei.-


(...)

_ Filha, você disse que sabia! Lembra que o papai te ensinou tirar foto do celular? -mandei áudio sussurrando.-
_ Oxê, num é print não!?
_ E como cê sabe?
_ Tia Bru me mostrou ué.
_ A mamãe sempre tira foto das coisas que ela compra e eu sei que ela tem foto da decoração do quarto do neném.
_ E ela dexa pega?
_ Claro que deixa, mas é segredo hein...
_ !
_ Quando conseguir tirar me manda que eu tô esperando.
_ É que agora num dá! Ela tá falando no celular. -sussurrou.-
_ Grava pro papai... -deitei na cama e fiquei esperando, mesmo caindo de sono e nada dela mandar.-
_ "Mas, Lila tem certeza... Não quero deixar uma cor muito agressiva... Ele nem imagina! Tô estranhando que ele não ligou tentando saber... Outra, pra você ver... Sorte? Cabelos brancos isso sim..." Shii encrencou papai! "Filha, deixa esse celular. Tá tarde, vai dormir..." Tô mandando uma coisa pro tio Testa... "Deixa a mãe ve... -o áudio foi cortado e eu fiquei ainda mais na dúvida e com medo de ser pego... Deixei isso quieto, e fui tratar de dormir. Quer dizer, tentar né...
_ Você está aprontando alguma! E a Mê não quer me contar... E mais, apagou a conversa. Luan! Para de ensinar coisa errada pra menina.


  Fui dormir rindo e achando o maior barato, Melissa era esperta. Muito ligeira e isso era bom (risos).   Dormi tranquilo e querendo que os dias passassem bem depressa que eu queria que chegasse sexta-feira logo.
  Horas mais tarde, à caminho da gravação de um outro programa Testa estava inquieto com alguma coisa. Pensei que fosse na vida amorosa, mas não... Ele disse que eram mensagens no whats.

_ Pegaram seu número de novo? -ri.-
_ Sua filha! Luan, ela leva celular pra escola?
_ Que eu saiba não, por quê?
_ Porque ela tá mandando áudio desde às  6h30min da manhã. Tem noção disso? Fernanda não tinha mais nada pra fazer quando deu um celular na mão de uma criança de seis anos.
_ Cinco.
_ Que?
_ Ela tem cinco anos (ri). O que ela mandou? Deixa eu ver... -o celular foi entregue a mim, comecei a escutar e ria sozinho.-
_ Oi tio, cê já acordou?... Eu tô indo escovar os dente agora pra ir pra escola... "Melissa sai desse celular princesa" Ih a vovó tá brigando porque tô falando com você. Vou comer e já venho viu tio... -ele mandou uma carinha de sono e uma de "Ok."- Voltei tio! Por que cê mandou essa carinha? Tá com sono?... Ah! Mas, eu tô com saudade por isso tô falando com você... Vou pra educação física agora, tchau! -visto por último às 9h27min.-
_ Ela deve ter me mandado mensagem tamém, mas eu quando durmo pode cair o mundo que dificilmente eu acordo, já você.
_ Pior! Isadora com ciúmes... Não parece que tem 23 anos não! 
_ Da minha filha?
_ Ontem à noite ela ligou e adivinha... Melissa tava me contando que tinha ganhado um carrinho novo da Barbie junto com um ursinho. Aí ela perguntou porque eu não tinha atendido, e eu contei. Só que ela não acreditou.
_ Ih Testudo se fudeu, é ciumenta.
_ Deixa ela ué, tô tranquilo.
_ Tá é apaixonado.
_ Não é pra tanto, estamos nos conhecendo. Aquela fase de ligações, mensagens de bom dia e essas frescuras tudo.
_ Depois eu que era o cafajeste! Tem vergonha não? Com a Julia foi assim, Mariana... Qual era o nome da outra mesmo? Gi... Jo...
_ Geovanna e para que eu estava gostando dela.
_ Até ela te dar um pé na bunda (risos). 
_ Eu que dispensei.
_ Eu vi a mensagem, tava assim oh... "Se você não quer me valorizar tem quem me valorize e muito bem." E era uma vez uma Geovanna na sua vida. -nem ele aguentou e riu também.- Ela era gata hein.
_ Todas são. -se gabou.-
_ Não. Todas é demais! Algumas vai.
_ Cala a boca, Luan! Poupa sua voz pra falar no programa daqui a pouco, beleza?
_ Fica bravinha não amiga, tem que relaxar.
_ Vai pra merda, vai.
_ Trouxa. -falei pegando o celular e olhando os fãs no twitter.- Tá rolando print das suas conversas hein boi.
_ Que conversas?
_ Olha isso... O bulliyng começa quando o Testa tá namorando e eu não pegando nem gripe. Tá difícil ser você hein!


(...)

  A semana foi muito cansativa, cheguei em casa na sexta-feira à tarde e tudo que eu queria era dormir um pouco, ainda mais sabendo que iríamos pegar a estrada mais tarde.

_ Não vai comer meu filho?
_ Tô com fome não Xumba, tô com sono isso sim.
_ Sua mala tá arrumada, viu?
_ Obrigado mamusca. Vou subir.
_ Não tá esquecendo de nada não? -perguntou me olhando com um sorriso no rosto e depois de um abraço forte e beijo no rosto segui em direção as escadas.- De outra coisa, né?
_ Não esqueci não. Cadê ela?
_ Não vem pra casa desde ontem, foi pra casa da Bruna.
_ Bruna é doida? Não tá dando conta nem das artes da Laura e me leva Melissa.
_ Deixa ela, filho. -risos.- Queria passar mais tempo com a sobrinha, disse que estava com saudades. Já já elas estão aí.
_ Ótimo. Vou dormir tranquilo.


  Entrei no quarto e fui deixando as coisas pelo chão, joguei o celular em cima da cama e fui pro banheiro dar uma aliviada, tomei um banho e fui descansar...



Narrado por Fernanda
  Minha mala estava pronta para o fim de semana de lazer em família e amigos. Convidamos bastante gente, quer dizer, nossos amigos e amigas, parentes. Nem todos disseram que iriam, tanto que um e outro até se desculparam por não poderem estar presente. Enfim... Iríamos de carro, tipo comboio e marcamos de sair às oito da noite por ser um horário que julgamos mais tranquilo e por não ter sol nenhum. Inúmeras divisões foram feitas para saber quem ia no carro de quem por uma questão de organização e não deixar pra última hora.
  Eu iria com os meus pais, Heitor e Melissa. Luan iria com os pais, Bruna, Rafael e Laura... Roberval iria levar Isadora e mais duas amigas nossas e assim por diante...


_ Aí, Luan para de me morder vai...
_ Não. -mordeu meu pescoço e recebeu um tapa por isso.- Aí, amor.  Machuca, sabia?
_ Mordidas também, seu ridículo. -segurei seu rosto e nos beijamos, bem na hora o bebê chutou, comecei a rir e parei o beijo.- Põe a mão aqui e fica quieto. -levantei a blusa para que ele sentisse melhor, e novamente veio o chute.- 
_ Nossa cara (sorriu). -ele apertou um pouco e novamente, até que começou a bagunça e o bebê ficou agitado por um tempo deixando o Luan babar muito.- 
_ Ôh casal está na hora de irmos. Bora?
_ Vem ver pai... -o chamei e ele veio todo desconfiado, olhando pra mão do Luan na minha barriga. Peguei sua mão e coloquei bem onde tinha a marca do pezinho e ele não disse nada, mas o sorriso foi impagável.-
_ Poderia chegar logo amanhã, né?
_ Sim! -Luan concordou empolgado.-
_ Vamos, né? Não estamos atrasados? -mudei de assunto.-
_ De amanhã não passa, graças à Deus!
_ Exagerados. -risos.


   Seguimos para os carros e fomos passar na casa do Luan e aí fomos nos comunicando com o pessoal até que nos encontramos todos e seguimos pra chácara. Seriam sim horas de viagem, mas as melhores com toda certeza. Eu estava mais animadinha, sem sono, neném agitado na barriga... Fora que conversando o tempo passava bem rápido e foi assim que quase cinco horas depois estávamos em Londrina. "Obrigada por chegar inteira!
  Quando se tem um pai piloto de fuga, estilo Velozes e Furiosos é bem difícil estar vida sem que o carro capote. O engraçado mesmo foi minha mãe dando a maior bronca nele porque eu e as crianças estávamos no banco de trás.


_ Terra firme! -falei zoando.- Agora se me derem licença, vou fazer xixi que eu tô muito apertada. Nossa! -fui entrando na frente e nem as luzes acendi, já sabia onde era o banheiro mesmo.-
_ Vai logo linda, não é a única apertada.
_ É amiga, ansa logo!
_ Me deixem mijar em paz! -falei alto e elas riram. Me vesti e apertei a descarga, lavei as mãos e saí do banheiro jogando água naquelas nojentas.- Mô? -abracei ele por trás pondo a boca em seu pescoço e sentindo sua pele arrepiar.- Tô com fome.
_ Sabia. -risos.- Mamusca tá na cozinha...
_ Por isso que eu amo minha sogra gente, a melhor. -todos riram.- Tchau pra vocês.


  Fui até a cozinha onde comemos algo simples, não somente eu, Bruna também que estava amamentando, as crianças e quem quis porque a comida estava lá para todos comerem. Depois disso não enrolamos muito, fomos nos ajeitar nos quartos para descansar que a manhã seguinte seria de muita agitação.

(...)

  Na manhã seguinte as horas pareciam ter voado. Levantei ainda com sono, mas estava na hora e eu queria acompanhar tudo, desde a montagem da decoração até a mesa com as bebidas e comidas dispostas. Levantei cedinho mesmo, tomei um banho pois fazia bastante calor e aproveitei para colocar um vestidinho, mais soltinho mesmo e calcei os chinelos.

_ Onde cê vai?
_ Acompanhar a montagem das coisas, né amor.
_ Me espera? Também quero ver de pertinho.
_ Te encontro lá embaixo. -disse abrindo a porta e descendo.- Bom dia.
_ Bom dia, Fernanda. Chegamos mais cedo que o previsto e...
_ Tudo bem, é até melhor... Boa parte dos convidados estão dormindo por conta da viagem longa, é até mais tranquilo para trabalhar.
_ Ah sim. Que ótimo então.
_ Vem comigo, vou mostrar onde quero que fiquem as coisas...



  A área onde tinha a churrasqueira era grande, tinha uma mesa grande o suficiente para que as coisas ficassem da maneira que eu tinha imaginado. Seguimos para a cozinha onde pedi que o bolo com o nome do bebê fosse confeitado pouco antes de ser levado para a mesa.

_ Tudo certo aqui? -Luan chegou e elas ficaram olhando hipnotizadas.- Bom dia, tudo bom? -saiu cumprimentando as moças e os rapazes também, em minoria.- 
_ Tudo em ordem, vai ficar lindo. -ele sorriu e segurou meu rosto, dando um beijo forçado ele sabia que eu não era muito de ficar me agarrando com ele na frente dos outros (exceto em momentos necessários).- Que horas acha que o pessoal vai acordar?
_ Não sei todos, mas boa parte já acordou. As mamães por exemplo. -riu.- Essa casa tá cheia de criança. Laura, Alice, Melissa, Nicolas e os Joãos, Heitorzinho... Fora os outros.
_ Casa boa é assim mesmo, cheia.
_ Já comeu? -neguei.- Então bora...


(...)

@fermarques: E hoje todos saberão quem é que está chegando... Todos ansiosos, né papai?  #ChádeFraldas


  Era pouco mais de duas da tarde quando tudo estava pronto e subimos para nos trocar (depois de um banho). Vesti-me e não fiz maquiagem, nem deixei os cabelos soltos porque sabia o que poderia rolar. Calcei minhas hawaianas e esperei Luan para descermos juntos, os fotógrafos haviam chegado (dois, porque eu queria registros de tudo) e fomos até a mesa onde começamos as fotos. Primeiro sozinhos, depois com a nossa filha, nossos pais, minha cunhada, amigos até que foram todos. 
  Tinha uma mesa menor onde tinham plaquinhas dizendo ser menino ou menina, ou quem seria a próxima mamãe, bigodes e lacinhos... E uma cartela de prêmios.


_ Vou ganhar presente isso mesmo? -Lila brincou.-
_ Eu quem vou, porque a sorte está comigo. -Soraya disse.-
_ O padrinho sou eu, então... -Rober se gabava.-
_ Não é nada disso! Vocês tem que me prometer que não vão abrir, senão perde toda graça a brincadeira.
_ Não enrola, esperamos demais.
_ Calma vai, deixa eu torturar vocês mais um pouquinho. -risos.- 
_ Ah não filha, conta logo que os avôs estão aflitos!
_ E o papai disse que me dava um doce! -Melissa disse rindo.- 
_ Filha!
_ Que vergonha hein boi!

(...)

  Pensa numa tarde gostosa. Pensou? Foi a nossa, muitas brincadeiras e teve um jogo de perguntas que nos levaria até a grande descoberta. Então chegou a hora de contar a todos.

_ Vou ler um texto que preparei meio que correndo e assim, ele é a dica hein... -peguei a folha e todos me olhando atentos.- Antes mesmo de eu crescer meus pais pensando em mim, que um dia eu viria. Mas, quando? Depois quando descobriram que eu estava ali muita coisa mudou... para melhor. Os dias passando e minha mamãe mudando, engordando, barriga crescendo... Era eu que estava sendo formado! O que eu era? Nem o doutor sabia, meu avô Amarildo e minha irmãzinha disseram que era uma menina, já as avós corujas falaram que era um meninão porque conheciam de longe e a intuição nunca falha... Mas, quem de verdade sabe? Hmmm... A hora é esse, o grande prêmio é a descoberta! Pegue tudo o que lhe ajudar a raspar o papel e me encontrar! -dobrei a folha e encarei os convidados que estavam iguais doidos raspando o papel pra encontrar o nome e foi engraçado, pois ao invés do nome tinha uma numeração.- Pensaram que ia ser fácil né?
_ Ah não, Nanda que mancada!
_ É o seguinte! Cada raspadinha tem uma cor certo? Essa mesma cor está com mais cinco pessoas e divididas em seis cores. E cada cor forma uma letra. -foi a chave, correram mais que tudo e cada um encontrou seu grupo.- 
_ Puta que pariu! Tá tudo bagunçado! 
_ Ê boca suja!
_ As letras estão embaralhadas. Mais uma dica. É um nome da realeza! -o silêncio tomou conta, todos pensando até que minha pequena, isso mesmo a dona Melissa foi a mais esperta e disse em alto e bom som.- 
_ Arthur! 
_ Por isso que eu amo essa menina! -Rafa a pegou no colo e aí foi a maior zoeira, Luan me olhou desacreditado e com os olhos cheios de lágrimas.-
_ É sério isso amor? -assenti chorando e pegando suas mãos.-
_ É meu amor, seremos papais de um lindo meninão! -coloquei suas mãos na minha barriga e então nos beijos entre gritos, palmas e comentários idiotas que sempre rolam.



























~.~

  Toda a enrolação e suspense valeu ou não valeu a pena? Seja bem vindo Arthur


PS: Vamos conversar um pouquinho? Ontem aconteceu algo chato, que eu havia visto acontecer com outras autoras e nunca comigo. Publicaram o primeiro capítulo da fanfic e não deram créditos, sequer pediram autorização. Conversei, a pessoa (disse que) não sabia quem era o autor, nem que a história tinha um dono. Mas, foi resolvido e foi apagado. Ah! E o que isso tem a ver? Simples. Eu não autorizei que publiquem a fanfic, é uma coisa minha que faço com muito carinho, dedicação e que de certa forma dá um trabalho porque exige tempo e cuidado no que vai escrever, como vai escrever. E por isso eu peço pra vocês que se verem por favor me digam, manda foto... Isso comigo e com qualquer outra autora. Posso contar com vocês?  Obrigada Vii por ter avisado, obrigado também as meninas do grupo por terem me ajudado dando uma super força e é isso. Valeu mesmo! E até o próximo capítulo. Beijão!

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Capítulo 170

Narrado por Fernanda
  Passaram-se alguns meses e aqui estou eu com 6 meses completos, estávamos no mês de Janeiro e haviam passado as festas de fim de ano e agora o foco eram as férias de família. Meus pais queriam ir para Cancún, enquanto eu queria ficar no conforto do meu lar em São Paulo ou então descer pro Guarujá. "Aí como ela é fresca! NÃO. Não sou fresca, é que a barriga tem crescido e está pesando um pouco mais, meu humor está ainda mais oscilante e assim, tem sido complicado lidar com as minhas vontades sejam elas quais fossem. E como Luan reagia à tudo isso? Ele era muito tranquilo, o jeito dele desligado fazia com que eu me estressasse, porque tinham dias que eu queria grudar no pescoço de alguém e ele bem 'Paz e amor. Tô zen e foda-se o que está a minha volta' e eu ficava muito fodida com isso, muito mesmo cara."
  E assim, meu foco não estava somente nisso como também estava no Chá de Fraldas onde seria revelado o sexo do bebê, que assim, nem eu sabia e porque pedi ao Filipe que não nos contasse. Luan quase me matou por isso, mas ok. Quem liga?

#FlashbackOn
 Era minha sexta consulta, minha quinta ultrassonografia e eu estava tranquila, até porque o bebê vem nos escondendo o sexo desde os três meses, porém Luan estava confiante de que seria nessa consulta tanto que foi falando disso o caminho inteiro, sempre muito empolgado. Chegamos no consultório e fizemos os procedimentos de sempre, quando chegou a hora de eu me trocar e deitar na maca para ver o desenvolvimento do nosso bebê (...)

_ Então doutor?
_ Olha, tão vendo aqui? -apontou para o monitor.-
_ Tô vendo nada. -foi sua primeira me fazendo rir.-
_ É bem aqui que mostra o sexo do bebê, querem saber?
_ Sim. Não! -falamos juntos.
_ Como não? Eu quero saber...
_ Mas, eu quero fazer surpresa amor, vai ser legal.
#FlashbackOff

  E desde esse dia ele está na tentativa de descobrir.
 Outra coisa era que eu estava curtindo mais minha gravidez, mais fotos, mais momentos mamãe e os fãs de certa forma se aproximaram para saber mais do bebê e porque Luan falava muito disso nas redes sociais.

@fermaques: Faltam apenas três meses, né mamãe? ♥


_ Pra quem não queria vir até que está aproveitando bastante.
_ Em um hotel desses não tem como ficar de mal humor, mas ainda prefiro meu Brasil. -disse guardando o celular e agora me concentrando na minha sobremesa que estava uma delícia e derretendo.-
_ Voltamos daqui seis dias.

  E foram os seis dias mais longos e gostosos. Mas, foi chegar no Brasil que tive uma queda de pressão, um quase desmaio e por isso fui para o hospital. Fiquei no soro por uns minutos até melhorar realmente e fui para casa sobre os olhares atentos dos meus pais.

_ Por que não me ligou? Tá tudo bem mesmo? Fernanda?
_ Eu estou em casa, estamos bem. Foi uma queda de pressão, não precisa ficar preocupado. Aproveita aí poxa.
_ Estava no twitter que minha mulher tinha sido internada, levamos o maior susto aqui.
_ Assim que desembarcamos eu me senti mal, estava enjoada, com a sensação de que iria desmaiar e por via das dúvidas fomos para o hospital e o médico que estava de plantão só me liberou quando minha pressão normalizou e disse que eu ficaria bem, precisava comer algo e me hidratar mais.
_ E você fez isso?
_ Luan... -respirei fundo.- Você acha que eu tenho quantos anos, hein amor? Posso ter esse jeito de idiota, irresponsável. Mas eu sei me cuidar e não colocaria em risco a vida de uma criança.
_ Eu sei, mas é que eu me preocupo com vocês e estou longe demais para ver com os meus próprios olhos que estão bem.
_ Tá, mas relaxa. Eu te avisarei sobre qualquer coisa. Só não quero que fique pilhado e não consiga relaxar, descansar e aproveitar sua viagem em família assim como eu também fiz.
_ Farei isso. -ficamos em silêncio um tempo até que dissemos que nos amávamos, eu acabei pedindo desculpas por ter sido grosseira e então desligamos.-

(...)

  Meus pais ficaram por aqui até o aniversário da minha mãe, onde ela comemorou com uma festa mais intimista e no dia seguinte fui deixá-los no aeroporto, me fiz de forte enquanto ainda estavam ali, mas foi entrar em casa e notar todo aquela silêncio senti a saudade da companhia deles me invadir e fiquei ali no sofá vendo fotos, relembrando e não atendi ninguém, ao menos respondi mensagem. Como estava anoitecendo as meninas não estavam mais em casa, era eu e meu tigre.
  Luan até me ligou, conversamos um pouco e em seguida peguei no sono graças à Deus e dormi tranquilamente até a manhã do dia seguinte onde acordei com duas pessoas em cima de mim.

_ Dalila! -resmunguei.-
_ Acorda Dinda, meus bebês estão com saudades. -dizia ela rindo e os bebês gargalhavam gostoso junto com ela.-
_ Aí tô com sono! -falei me virando de frente para eles que estavam lindos e grandes.- Bom dia amores da madrinha, e meu beijo? -recebi um abraço e eles ficaram deitados na minha barriga um tempão enquanto eu e ela conversamos sobre a festa deles de um ano que seria neste fim de semana.- Mas, está tudo pronto ôh bruxa, não precisa se preocupar com isso.
_ Tô muito ansiosa, mais que o Rodrigo.
_ Normal, né! -risos.- Eu estou animada para festa dos meus bebês, muito né amores da titia.
_ Minha mãe mais ainda, ligou a semana todinha, disse que comprou os presentes e ligou para os meus tios e tudo. Mas, eu vim porque quero te tirar dessa casa só um pouco.
_ E ir pra onde?
_ Levar os pequenos pra dar uma volta e conversar com a minha amiga que faz um tempinho que não fazemos isso.
_ Tá, vamos chamar mais alguém?
_ Sua cunhada e sua filha? -assenti.- Duvido que a Bruninha vai querer ir, está curtindo o maridão.
_ Sendo assim só a Mê mesmo. Deixa eu ligar pra minha sogra. Pega aí o celular que está embaixo de você, loira gorda. -ela fez careta e depois de pegar o celular me entregou, liguei pra Mari e descobri que ela estava para me ligar mesmo. Houve um imprevisto com alguns parentes em CG e ela viajaria pra lá com o meu sogro e não tinha com quem deixar Melissa já que Bruna estava no litoral. Então pedi que ela deixasse as coisas arrumadas que eu pediria pro Davi ir buscar a pequena enquanto eu me arrumava.- Chama o Davi pra mim?
_ Vai se arrumar que você demora muito. Eu falo com ele e peço. -assenti e me levantei indo para o banho. Tomei um banho rápido e bem morninho por estar com bastante calor. Saí enrolada na toalha e fui direto pro closet onde escolhi uma roupa leve e depois de vestida foi a vez de dar atenção aos cabelos rebeldes, penteei e os prendi, não passei maquiagem alguma, vesti uma sapatilha e estava pronta.-
_ Ôh mamãe! Eu cheguei! -escutei sua voz de dentro do quarto, quando a porta abriu ela entrou igual um furacão.- Bom dia!
_ Bom dia amor, tudo bem?
_ Tô com fome! -fez bico.-
_ Nós vamos tomar café antes de ir passear. Viu a tia Lila e as meninas lá embaixo?
_ Não, só o tio Davi que foi me buscar!
_ Então vamos lá cumprimentar elas,  cadê sua bolsa?
_ Sei não mamãe... -deixei o celular e descemos de mãos dadas, fomos direto para a cozinha onde estavam todos, até mesmo Davi.- Tia! -foi abraçar Lucila, depois Martinha deixando Lila e os meninos para depois.-
_ Davizinho lindo, obrigada viu amor. -beijei seu rosto.- E bom dia.
_ Bom dia barriguda. -riu.- Dormiu bem?
_ Ótima, com fome inclusive. Mas, isso vai ser resolvido já... -risos.

   Tomamos café e depois fomos passear, iríamos para o parque da Xuxa. Pensa na bagunça que seria com duas crianças de quase um ano e uma Melissa que valia por cinco. Mas, estávamos animadas e Melissa mais ainda.
  Chegamos no parque e estava bem cheio por ser época final de férias, Melissa estava muito empolgada que já saía me puxando. Mas, por estar grávida tinham algumas restrições, então os brinquedos que fomos eram mais "lights" e foram os melhores, rimos horrores, as crianças brincaram demais e vez ou outra Melissa foi reconhecida por uma fã que estava acompanhando o irmão, ou com a família e sempre sorridente. E a modelo loira também teve seu momento de tirar fotos e nessa hora que os bebês mais agitavam.
  Decidimos ir embora e comer em um outro restaurante, Johnny Rockets era em estilo anos 60.

_ Mamãe! Foi bem legal. Vamos de novo, outro dia com o papai?
_ Vamos sim princesa, qual brinquedo você gostou mais?
_ O da água! -dizia de boca cheia.-
_ Come direitinho amor, deixa a mãe te ajudar pra não cair na sua roupa. -deixei ela do meu lado que assim seria melhor de ajudar a comer não se sujar.- Tá gostoso?
_ Gosto do Tiback só mamãe.
_ Precisamos muito voltar lá, seu pai também quer ir.
_ Eu também, mesmo não sendo convidada. -risos.-
_ Precisamos marcar um programa de casais, só acho. -falei e entramos nesse assunto que ela fez o maior drama e disse que eu e Luan só ia passear com o Dudu e a Soraya.- Exagerada demais, não acha?
_ Sincera. Me trocou!
_ Lógico que não comadre! -risos.- Te amo loira linda e chata.
_ Sou muito legal! Muito mesmo.
_ Boba. -peguei o celular que estava tocando e atendi em seguida.- Oi.
_ Só "Oi."? Amor! -ri.-
_ Oi amorzão. -risos.- Tudo bem?
_ Tudo um tédio! Tô fazendo nada nesse hotel desde que amanheceu o dia.
_ Que chato hein. Eu e Lila viemos sair com as crianças hoje. -contava contente.-
_ Crianças? 
_ Melissa, o Pedrinho e Miguii.
_ E posso saber onde estão? -contei todo nosso roteiro, contei o que tínhamos feito em detalhes e agora que estávamos comendo.- Vida boa essa aí hein. 
_ Ótima. Quando você chega amor?
_ Domingo de manhã... -cantarolou.-
_ Nem vai vir na festa dos nossos afilhados, Luan?
_ Tenho show sábado à noite.
_ O Berton vem né?
_ Claro amor, aniversário dos filhos dele. Ele vai ficar aqui fazendo o que?
_ Ué, e quem vai tirar as fotos?
_ O Testudo que você diz que ama.
_ Amo mesmo, pode mandar um beijo meu pra ele e dizer que estou com saudades. -risos.-
_ Mamãe, eu quero fala tamém! -passei o celular pra ela que antes de falar "Alô?" cruzou as pernas e  pôs o aparelho no ouvido e foi assunto pra mais de cinco minutos, fiquei comendo nesse meio tempo. Depois a ligação caiu porque minha bateria acabou, então fomos terminar de comer e seguimos pra casa, chegamos e as meninas estavam indo embora, Dalila aproveitou para se despedir ali mesmo já colocando os meninos na cadeirinha dentro do carro e indo embora. Lucila disse que Davi ainda estava lá embaixo com o Lupy, então eu e Melissa descemos descalças.- Tio! -chamou assustando-o.-
_ Todo concentrado, que coisa linda! -ri abrindo o portão e entrando junto com ela.- Lupy! Vem cá amor! -ele veio bem preguiçoso, se esfregando nas minhas pernas enquanto eu lhe fazia carinho na cabeça.- Ôh mamãe, tô tão carente de você. Mamãe tava com saudade desse grandão. -"Nível de maturidade nessa hora não existe, né linda? Falando com um tigre como se ele fosse um bebê de o que?? Três meses? Eu hein."- Como meu bebê está Davi?
_ Cansado... Sabe que ele vai precisar voltar pro zoológico uma hora, né? Meu conselho é que seja antes do bebê nascer.
_ Ah não! Ele fica! Meu baby tem que conhecer meu bichano. -fiz o maior bico.-
_ Eu sei que você dá à ele todo amor e carinho que ele precisa, além de um primo cuidado, alimentação. Mas, ele continua sendo um tigre. Um animal selvagem que precisa conviver com outros da espécie.
_ Quer soltar meu bebê na selva? Nunca!
_ Ele vai sim e não vai demorar.
_ O tigre é meu e faço com ele o que quiser...
_ É que chega uma hora que ele vai deixando de responder as minhas ordens, é coisa de extinto. Se torna até mesmo perigoso.
_ Enquanto essa hora não chega, não tocaremos no assunto. Até porque não me vejo sem meu gatinho, nunca. 
_ Ele vai embora, tio? Não deixa. -abraçou o Lupy pelo pescoço se pendurando.-
_ Você não tem medo dele não, filha?
_ Não. Ele é calminho, não quer me morder igual o Puff que num deixava eu nem chegar na minha tia madrinha.
_ Hm... Quer brincar com ele um pouco?
_ Quero subir nas costas dele.

  Dificilmente dizíamos não à Melissa, ainda mais quando se tratava de brincar. E o Lupy era tão safado que até deitou no chão para que ela subisse em cima dele, Davi quem conduziu o passeio e eu ao lado conversando com os dois.

(...)

_ Mamãe, faz um desse pra mim? -clicava no instagram.- É de foto!
_ Você não acha que é muito pequena, não?
_ Sou uma mocinha... -fez bico.-
_ A mocinha da mamãe, né?
_ Tamém.
_ Ah é? E é mocinha de mais quem então?
_ Do papai. -gargalhava.-
_ Tudo acha graça, né?
_ Sim. -risos.- Vai fazer?
_ Aí você precisaria de um celular, né amor.
_ Papai tem dois.
_ Vou pegar um pra você.

  Meu IPhone antigo estava guardado dentro da caixinha do novo, então o peguei, resetei o aparelho e configurei tudo outra vez. Baixei o instagram, whats e snap. "Aí louca! Ela tem cinco anos. E daí?" 

_ Oh filha, você só vai mexer quando estiver perto da mamãe ou de alguém adulto. O papai, seus avós, sua tia Bruna.
_ E o tio Testa? -perguntou inocente e eu comecei a rir.- Tá rindo de que, oxe?
_ De nada minha princesinha. Mas, perto do tio Testa pode também. Agora vem cá que a mamãe vai te ensinar mexer aqui...

  Melissa era uma criança muito esperta e desenvolvida intelectualmente, apesar da pouca idade ela conseguia assimilar muitas coisas, tecnologia principalmente. Então, não foi difícil lhe ensinar mexer no insta que seria privado e ela só seguiria os familiares, amigos próximos e o que gostasse: a Barbie foi a primeira coisa que ela pediu. Depois de adicionar os contatos em sua agenda mostrei como usar o whats, e como ela era bem preguiça igual o pai, mandou áudio para todos.

_ Gente, é eu. Agora tenho um whats igual a mamãe. -falou no audio e eu rindo de fundo.-
_ Uai, e cê tem idade pra isso menina? -Luan respondeu.- Ôh Fernanda, tem juízo não?
_ Amor, ela queria muito e não tem nenhum estranho nos contatos. Tem eu, você, meus pais, seus pais, a Bru e o Rafa, a Sô por causa da Manu, a Lila e o tio Testa.
_ (risos) Ele ficou bravo (ria ainda mais). Tá resmungando igual véio, falando que você fica ensinando essas coisas pra menina.
_ Viu, Mê. Manda um áudio pro Rober. -ela sozinha voltou nos contatos e iniciou a conversa.-
_ Tio Testa, não fica brabo não! Eu que falei pra mamãe colocar, juro.
_ E quem te ensinou isso?
_ O papai! 
_ Luan filho de uma put... (áudio cortado).
_ Filha, mamãe vai te mandar umas fotos tá? -ela assentiu e foi baixando uma por uma, comentando todas. E até escolheu uma para postar.-

@princesamel: Oi.



  Óbvio que ela não sabia escrever tudo, apenas o básico e eu babava até nisso. "Sim, sou uma mãe babona. E dane-se!" 
  Tirei uma foto dela toda concentrada e postei.

@fermarques: Filha linda ❤

  E marquei seu insta, nem preciso dizer que foi uma loucura. No instante seguinte chegaram inúmeras notificações de solicitações de novos seguidores, direita...

_ Mamãe, que isso?
_ Essas são as pessoas que querem ver suas fotos, mas a mamãe não deixou nenhum por enquanto. 
_ Por que? Eu quero deixar mamãe!
_ Você é pequena, meu amor. Por enquanto tá bom demais só essas.
_ Ah! -fez um bicão e se encolheu no sofá.-
_ Sem bico, vai. Mamãe já até fez o seu.
_ Mas, só vocês vão ver eu. E não as outras pessoas. -disse toda manhosa.-
_ Mais tarde vemos isso. Agora guarda um pouco esse celular e vamos tomar um banho e jantar pra ir dormir que amanhã tem escola, né neguinha. -sentei ela em meu colo.-
_ Papai que me chama assim. -riu tapando a boca com as mãos.-
_ Você é nossa neguinha linda. -beijei sua bochecha.- Você tá ficando pesadinha hein...
_ Tô não mamãe, foi o sorvete que a gente comeu no Rockets!
_ Aquele bem grandão. -risos.- Você nem deve estar com fome.
_ Tô sim, tem que comer depois de tomar banho e antes de dormir. 
_ Quem te disse isso?
_ Meu vô, ué.
_ Então é. -risos.-

  Seguimos para o banheiro, primeiro lhe dei banho, não molhei os cabelos por estar de noite, vesti seu pijama e deixei ela conversando com o vô pelo Whatsapp enquanto tomava um banho rápido. Queria lavar os cabelos, mas faria isso no salão porque estava morrendo de preguiça. Quando saí do banho vesti minha camisola e voltei pro quarto.

_ (risos) ôh vô, agora eu tenho insta! Me segue, lá.
_ O vô não tem esses trem não.
_ E minha vó?
_ Deve ter, vou perguntar pra ela depois... Conta pro vô o que cê tá fazendo.
_ Falando com o senhor, né vovô.
_ E sua mãe? Sua vó quer saber se você já comeu comida.
_ Ainda não, mamãe tava tomando banho. Oh, vamos comer agora. -e largou o celular em cima da cama. 

  Descemos pra cozinha e ela se sentou na bancada, enquanto eu fui ver o que tinha na geladeira e nada estava me agradando, nada mesmo. Decidi que arriscaria fazer alguma coisa.

_ Gosta de brócolis? -perguntei e ela fez careta.- É gostoso filha.
_ É o verde?
_ Sim e muito gostoso.
_ Credo! -fez cara de nojo.- Faz miojo, mamãe. Miojo eu gosto.
_ Vou ver aqui rapidinho.

  Era uma vergonha uma mulher na minha idade, mãe, não saber cozinhar. Recorri aos vídeos na internet e foi assim que fiz meu primeiro macarrão com queijo e brócolis. Melissa olhava de longe, mas quando coloquei no prato ela não comeu, teve que me ver comer e então ela arriscou e acabou gostando, tanto que repetiu.

_ Tô cheia. -pôs a mão na barriga.-
_ Também, olha o tamanho da minha! -risos.- Viu o tamanhão?
_ Vem cá, pra eu ver uma coisa... -segurei sua mal e fui sendo guiada até o sofá da sala, ela pediu pra eu deitar e sem a menor cerimônia levantou minha camisola e colocou o ouvido na minha barriga.-
_ Tá fazendo cócegas (ri). O que você tá vendo?
_ Escutando pra ver se ela vai falar alguma coisa. -franzi a testa.-
_ Ela?
_ É. Meu vô acha que é uma neném, e vai chamar Luana! -no instante que ela disse isso eu sorri emocionada. Senti uma coisa estranha, mas um estranho bom. Melissa levando olhando e tão curiosa quanto eu.- Faz de novo, mamãe.
_ O que?
_ Isso oh... -colocou a mão e "apertou", coloquei a minha por cima e foi a primeira vez que senti o bebê se mexer. Isso com seis meses, acredita?- Por que cê tá chorando?
_ Não é nada meu amor. Mamãe ficou emocionada, só isso.
_ Quer ligar pro papai? Quando eu choro meu vô liga pra ele.
_ Conversa mais com o neném filha...
_ É Luana, eu já falei! 

(...)

 Ficamos ali no maior papo com a Luana segundo Melissa, mas aí o sono foi chegando e ela dormiu em cima da minha barriga. Ainda bem que estávamos no quarto e era somente arrumá-la na cama, cobrir e dormir também.
  Na manhã seguinte acordei morrendo de dó de chamar Melissa pra ir pra escola, o dia amanheceu frio, com cara de chuva e ela estava tão quentinha ali abraçadinha comigo... Mas, eu havia dito que a levaria para a escola e foi isso que eu fiz. Lhe acordei com cuidado, troquei sua roupa e prendi os cabelos. A mochila estava pronta, e o café da manhã hoje ficaria por minha conta e por isso fomos tomar café em uma padaria perto da escola mesmo.
  Depois fui deixá-la na porta de sua sala, e voltei pra casa para dormir um pouco mais antes de me arrumar pra ir trabalhar.

(...)

  Semana passou bem rápida e graças à Deus era sábado, dia de festa e sair um pouco de casa. Estava terminando de me arrumar quando o celular tocou.

_ Mamãe, onde cê tá?
_ Em casa amor, por que?
_ Eu e o vovô tamo indo aí te buscar! -e desligou.-

  Estava quase pronta mesmo, então finalizei meus cabelos e estava um arraso. Pedi pra Luci tirar  uma foto e postei.

@fermarques: Pronta para o primeiro aninho dos meus dois amores. #2J #Pedrinho #Miguii ❤




























quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Capítulo 169

Narrado por Luan
  Fernanda nunca escondeu de mim que não se sentia muito à vontade quando as mulheres se jogavam em cima de mim, ainda mais quando não eram fãs. E eu entendia muito bem minha noiva, mas era algo que eu não tinha o controle.


_ Calma moça, assim cê se machuca. -ela me apertava demais, retribui o abraço ainda mais apertado e ela então desceu se desculpando pela impulsividade.-
_ Nossa, eu nunca que ia imaginar você entrando aqui... Sério cara! -colocou as mãos no rosto e limpava suas lágrimas.-
_ Tô aqui muié, chora não.
_ Sou muito sua fã, muito mesmo. Fui em todos os shows que pude e nunca entrei no camarim, muito menos tive a sorte de te encontrar na saída de algum show.
_ Obrigada pelo carinho e pela presença em cada show que foi, é muito importante pra mim.
_ Eu sei meu príncipe. -olhei pro lado e nem sinal da Nanda, quando olhei pra outra menina ela apontou para um dos corredores.- Nossa... Nem falei com a Nanda. -dizia ela.- Cadê ela, Luan?
_ É a grávida? Entrou aqui oh.
_ Ela não ficou brava, né?
_ Acho que não. -menti.-


  Caminhamos até ela que parecia bem tranquila escolhendo aquilo que iria levar, na cestinha estavam algumas coisas e ela em silêncio.

_ Nossa, posso por a mão? -a menina perguntou e ela olhou quase que fuzilando a coitada.-
_ À vontade gata. -foram suas palavras.-
_ Que barriga linda, já sabe o que é?
_ Ainda não, o bebê nunca mostra... -fez careta rindo em seguida.- Mas, um dia a gente descobre.
_ Não vejo a hora. -falei e a menina babou mais ainda. Tivemos um papo rápido, compramos as coisas e aí depois de pagar voltamos pra casa.- Nossa, Nandinha tá quietinha hein...
_ Tô com calor... -disse prendendo o cabelo.-
_ Só isso mesmo?
_ Não gostei e você sabe, mas é sua fã, então não vou tocar no assunto. Chega.
_ Nossa, amor.
_ Só fingir que nada aconteceu, que eu não vi e pondo... -voltamos ainda de mãos dadas e só quando chegamos na sala que ela soltou minha mão e disse que iria ao banheiro.


Levei as coisas para a cozinha e fui tirando da sacola, tinha hambúrgueres, pão de hambúrguer, alface, tomate, queijo mussarela, ketchup e mostarda, maionese e suco de laranja.
Fui olhar nos armários e achei uma panela e deixei em cima do fogão... Eu não sabia cozinhar quase nada, mas hambúrguer não deveria ser muito difícil então arrisquei colocar no fogo.


_ Ao invés de fritar eu ia assar na grelha, porque sou péssima com frituras e o cheiro da gordura me enjoa. -ela disse parada na entrada da cozinha enquanto me via colocar óleo na frigideira.-
_ Agora que eu já coloquei?
_ Vou sentar lá fora na piscina, tá amor? -e saiu.-


(...)

_ Aqui minha Pichuletinha, prontinho. -cheguei lá fora perto da piscina com a bandeja onde estavam nossos lanches e sucos.- Ainda com fome?
_ Muita. -disse pegando e dando uma mordida daquelas.-
_ Tudo isso é fome?
_ Muita. -tomou suco. Me sentei ao seu lado e comemos em silêncio.- Amor?
_ Hm...
_ Tô com sono, mas não queria dormir. -fez bico. Deixei a bandeja de lado, em cima de uma das espreguiçadeiras e sentei um pouco mais pra trás fazendo perninhas de índio.- 
_ Deita aqui um pouquinho, lá dentro está muito quente.
_ Lindo. -disse se ajeitando e logo estava com a cabeça em meu colo.- Nem comprei seu presente de namoro e noivado. -ri.-
_ Não precisa princesa, você ter aceito viajar comigo é um presentão. -segurei em seu rosto e beijando de ponta cabeça mesmo.-
_ É estranho beijar de ponta cabeça, gosto mais do beijo tradicional. -risos.- 
_ Tamém... Amor?
_ Hm...
_ Minha irmã já casou, sua amiga também... E nós dois? -perguntei curioso e ela ficou em silêncio alguns segundos.-
_ Quero me casar em Maio no mês das noivas...
_ Em maio, amor? Por que não antes?
_ Quando nosso bebê estiver grandinho_ né?
_ Aí também não! Vai demorar muito.
_ Tá querendo casar bem rápido hein.
_ Lógico uai.
_ Quando voltarmos de viagem já podemos ir vendo, né?
_ Tamém acho...


Estava bem ansioso, diria mais que ela até. Queria casar logo, ver Fernanda entrando vestida de branco e eu no altar à sua espera.
Ela fechou os olhos durante a nossa conversa e cochilou, fiquei olhando o céu e sonhando acordado, imaginando como seriam meus dias depois de casado...



{...}
  Com 37 anos de idade, pai de quatro filhos eu ainda tinha pique para rodar dias por esse Brasil a fora, mas minha saudade de voltar para casa era ainda maior. Nada me tirava essa vontade do peito, ainda mais ao término do show que eu retornava para o hotel, quarto grande e vazio e tinha que me contentar com um áudio dos meus filhos dizendo que me amavam e que desejavam uma boa noite.
  Eu olhava uma foto deles, sorria e ia tratar de dormir para sonhar com aqueles rostinhos. Melissa grandona já com os seus 14 anos, Brenão com 9, André Luís com 4 anos e minha caçulinha, a princesinha mais linda e delicada da casa com apenas 2 anos, Luana.


_ Sonhando aí boi? -Rober perguntou ao me ver guardando a carteira no bolso.-
_ Eles crescem, né?
_ E vocês não fecham a fábrica! O que vem agora?
_ Acho que é a Nick hein. -risos.- E você?
_ Ruan, ela me ligou hoje.
_ Tá ótimo boizera, Aline e Ruan. Vai parar aí?
_ Ela disse que sim. -risos.-


  Ainda éramos amigos, mais ainda do que antes e uma amizade bem cúmplice. Se eu não fosse casado as pessoas diriam que eu tinha um caso com ele. "Aí não né, sou macho, gosto de outra coisa."

_ Mais uns minutinhos e pronto, tá em casa!
_ Amém!


  E realmente não demorou, chegamos em frente à minha casa e desci tranquilo depois de me despedir do pessoal e entrar em casa. Por ser de noite tudo estava em silêncio, as luzes do andar de baixo da casa estavam apagadas exceto a da cozinha. Deixei minha bolsa em cima do sofá e segui até lá para ver quem era...

_ Mamãe, eu queio tetê! -Luana toda manhosa puxava a camisola da mãe.-
_ Luana, filha a mamãe tá fazendo... Fica quietinha, fica?
_ Mamãe! 
_ Luana, espera tá! -ela se pendurou na perna da Fernanda e eu de olho, de longe.-
_ Queio meu tetê, eu queio.
_ O que tá acontecendo aqui, hein? -perguntei cruzando os braços e as duas olharam assustadas.- 
_ Papai! -correu ao meu encontro dando-me um abraço gostoso e apertado do jeitinho dela.-
_ Acordada essa hora, princesa?
_ Queio tetê.
_ Aqui, agora vem deitar que tá muito tarde, sabia?
_ Vou deita com o meu papai... -esticou os braços.-
_ Para de morder o bico da mamadeira, filha!
_ Parei ôh... -depois de um selinho rápido na minha esposa nós subimos, fui com Luana para o quartinho dela e levei outro susto com o Lupy deitado embaixo do berço.- 
_ Lupy, saí fora.
_ Gatinho, dexa papai!
_ Lupy tá velhinho, já... Deixa ele quieto amor. -revirei os olhos e coloquei ela no berço, dando sua mamadeira e ficando ali até que ela dormisse.-
_ Agora sim, quero um beijo decente. -falei subindo na cama e indo até ela que estava deitada quase dormindo.-
_ Tava com saudades de você amor. -abraçou meu pescoço selando meus lábios.- Muita mesmo, ainda bem que chegou. -nos beijamos e a coisa foi ficando um pouco mais quente, tanto que sua camisola foi subindo sua calcinha descendo e então estava nua e pronta para mim que tocava com maestria cada parte de seu corpo, levando-a aos céus e sentindo ainda mais prazer. Nos amamos durante toda a madrugada, amanhecendo o dia com ela em meus braços dormindo ben tranquila.

_ Mãe? -escutei batidas na porta e então fui colocar uma bermuda, sem cueca mesmo. Fui até a porta e encontrei Melissa de pijama.- Pai?
_ Oi filha. -beijei seu rosto.-
_ Cadê minha mãe? Nós não vamos pra escola? -perguntava de braços cruzados.-
_ Dormindo, num quer ficar em casa não?
_ Tenho prova hoje, pai. E meu irmão também.
_ Então vai se trocar e troca ele também.
_ Ah não, eu não sou babá de ninguém.
_ Sua tia também não era sua babá e sempre que precisava ela acordava cedo e te arrumava.
_ Cheio de jogar as coisas na minha cara, meu deus.
_ Bom dia pra você também e não demora, tá?
_ Ok papai. -saiu e fechei a porta.


  Aproveitei para tomar uma ducha, saí pondo uma roupa qualquer e fui levá-los na escola. E depois voltei pra casa onde encontrei André Luís sentado no sofá vendo Tv.

_ Tá fazendo o que acordado?
_ Bob, papai.
_ Vou nem ganhar um abraço, cara? -nem ouvi resposta, ele era desligado igual a mim quando o assunto era desenho.- Sabe da Luana?
_ Na escada... -pensei ter escutado errado, mas quando olhei lá estava ela deitava bem no meio da escada abraçada com seu ursinho.-

{...}


_ Sonhando acordado?
_ Hm... O que ?
_ Ãn? (riu) Tá dormindo aí!
_ Tava sonhando que tínhamos quatro filhos e você tava grávida de mais um...
_ Virou o que? Creche da mamãe?
_ Melissa, Breno, André Luís e Luana. 
_ Nessa ordem?
_ É. -sorri.- Luana era a mais nova, bem manhosa...
_ Conte-me mais desse seu sonho.


  Fui contando e ela foi imaginando junto comigo, estava sendo divertido. Riamos mais que falávamos sério. Os minutos foram passando, a noite chegando e então decidimos entrar na piscina.

_ Você é doida, sabia?
_ É bem mais gostoso assim! -entramos sem roupa alguma, ela estava parecendo uma sereia, cabelos cobrindo os seios e aquele sorriso que somente ela tinha. Conseguia ser a mulher mais delicada e sexy ao mesmo tempo, e eu ficava cada vez mais encantado por ela.- Para de me olhar assim...
_ Assim como? Apaixonado?
_ Com olhar de tarado! -risos.- Mergulha, vai! -assim fiz e então ficamos ali no maior clima e um pouco de safadeza também. Quando ficamos a pele enrugada de tanto ficar na água, saímos e fomos nos vestir.- Queria muito um açaí agora! Será que a gente encontra?
_ Bora procurar. -peguei minha carteira e ela fez cara feia.- O que foi?
_ Desde que chegamos você não deixou nem eu comprar meu chiclete...
_ Deixa eu pagar ué. O que tem demais nisso?
_ Trouxe meu dinheiro pra ficar guardado na carteira?
_ Sim. Vamos, logo!
_ De a pé?
_ Quer ir de carro?
_ Claro e se me der preguiça de voltar?
_ Pega aí a chave, tá de lado da sua bolsa. -ela pegou e nós fomos, ela foi dirigindo meu brinquedo que era minha Ferrari e eu sempre pedindo para que nada acontecesse com o meu xodó, que veio importado e que ninguém além de mim tinha dirigido na vida.-
_ Meu deus! Que carro é esse! Nossa, que um desse.
_ Nunca! Sem Ferrari tá dando trabalho, com uma cê me larga. 
_ Deixa de ser besta!
_ Te amo, sabia?
_ Sim, e eu também te amo. Agora deixa eu estacionar que encontrei um quiosque que tem cara de ser bom.
_ Tá avaliando pela fachada agora?
_ Sempre! Foi assim que te encontrei na balada. -mandou beijo e estacionou.-
_ Cara de pau, tem vergonha não?
_ Luan, seja sincero comigo... Quando você procurava uma mulher, não ia pela beleza? -"Cuidado! Perigo! Olha bem sua resposta!"-
_ Sim, uai. Mas...
_ Mas, nada. Você é gostoso pra cacete! Quando eu te via na Tv, ou quando eu sonhava meu deus, eu não escutava nem sua voz. Focava no seu corpo e deu certo. -risos.-
_ Me senti assediado agora.
_ Ridículo.


  Aquela nossa viagem estava servindo para termos mais intimidade como casal, para saber mais do dia a dia um do outro, para eu conhecer mais da minha noiva, se ela estava realmente bem, se estava chateada e quisesse desabafar... Foi muito bom, ainda mais nosso jantar em um iate nas nossas duas últimas noites em Ubatuba.

_ É até pecado ir embora de um lugar desse. Nossa, mano...
_ Se não voltarmos hoje, Melissa tem um treco.
_ Tem mesmo, vai me ligar até não querer mais.
_ Ela te liga?
_ Liga, aprendeu meu número e anotou na lousinha que tem no quarto de brinquedos. Aí tô na empresa e o telefone toca: "Mamãe? É você que tá ai?"
_ Ela tá crescendo...
_ Tá mesmo, muito e tá muito inteligente.
_ Nossa filha, né? -risos.-


(...)

@luansantana: No dia 29/11/2015 completamos um ano e dez meses de namoro, dia 30/11 três meses de noivado. Datas insignificantes para muitas pessoas, mas para mim, importantes demais. Parabéns para nós amor, que venham mais meses e que venham ainda mais alegrias, entre elas nosso bebê, nosso casamento, nossa família. Te amo, Pichuletinha ♥



























~.~

   Awwwwn! ♥ Eu amando tudo isso! 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Capítulo 168

Narrado por Luan
  Nunca fui um cara de guardar muitas datas, lembrava as que para mim eram mais importantes e data de namoro não era um deles. Mas, amadureci e com a Nanda eu me lembro das datas mais bobas.   Tanto que propus essa viagem para comemorarmos duas delas, mais um mês de namoro e em seguida mais um mês de noivado.
  Havia comprado seu presente, na verdade algo bem simbólico e de coração espero que ela goste.


(...)

  Voltamos para sua casa depois da festa de casamento, Melissa dormiu junto com Heitor e eu mais Fernanda dormimos no quarto dela bem agarradinhos por mais calor que estivesse.

_ Lu? -resmunguei e continuei preso à ela.- Quero fazer xixi, me solta um pouquinho. -desfiz o abraço e logo ela saiu da cama, continuei de olhos fechados e voltei a dormir.-
_ Não Lila, eu viajo hoje e volto semana que vem... Só eu e ele... Também precisamos de um momento só nosso, data? Não me lembro de nenhuma... Você sabe que eu não sou muito disso... Fica nada, ele é mais desligado que eu... Aí tá. Tchau, e aproveite os dias em Cancun não volte de lá grávida (risos). -Dalila não falava muito baixo, Fernanda até falava, mas com o silêncio que estava no quarto deu pra escutar boa parte da conversa.- Pode levantar preguicinha, levanta que temos que viajar né?
_ Hm...
_ Eu sei que está acordado, amor. Vou tomar banho, quer ir?
_ Depois (bocejei).
_ Não demora pra levantar, não quero pegar estrada de tarde porque é muito calor e nem de noite, é perigoso.
_ Tá bom, vai lá, vai.
_ Tô indo chatinho...


  Escutei a porta bater e não demorou para que escutasse também o barulho do chuveiro ligado. Sentei-me na cama ainda sonolento, de olhos fechados, bocejei outra vez aproveitando para me "espreguiçar" e senti um forte impacto.

_ Bom dia, papai. -beijou meu rosto.- Abre o olho... -colocou os dedos abrindo meus olhos.-
_ Melissa, tá cedo hein...
_ Tá não, a tia já tirou a mesa de café.
_ Bom dia. -respondi.-
_ Cadê a mamãe? Minha vó Ana tá chamando ela.
_ Tomando banho, daqui a pouco ela desce. -falei.- E você? Tava fazendo o que lá embaixo?
_ Brincando com o meu tio.
_ Seu tio, é?
_ O Heitor, né papai.


(...)

  Melissa era toda faladeira, dificilmente ficava quietinha. Ainda tinham palavras que enroscava, mas em sua maioria falava tudo certinho. Ficamos ali, ela falando e eu escutando até Fernanda sair do banho e foi a minha vez de tomar o meu. Estava quebrado, esse casamento me deu uma canseira do caramba cara. Estava com dor de cabeça e ainda com sono.

_ Vamos?
_ Comer, né? -respondeu com outra pergunta.- Tô com muita fome.
_ Não quer almoçar na estrada, não?
_ Não. Quero a comida da Martinha, vem comer também.
_ Tá, bora lá.


  Descemos de mãos dadas e nos encontramos com os outros à mesa, já se servindo. Sentamos e fizemos o mesmo.

(...)

_ Eu não vou ir papai? -Melissa perguntava dentro do carro enquanto íamos para a casa dos meus pais.-
_ Não amor, só o papai e a mamãe dessa vez.
_ Mas, por que? Eu sou sua filha! -Fernanda deu risada.- Não ri mamãe, é verdade. Me leva.
_ Mamãe te leva na próxima, pode ser?
_ Não. -essa foi sua última palavra até chegarmos na casa dos meus pais, Fernanda, Melissa e eu entramos. A casa estava cheia, ainda tinham alguns dos nossos familiares que viajaram pro casamento e passariam pelo menos o fim de semana aqui em São Paulo e de certa forma eu me sentia meio mal de não estar presente, sei lá cara.-
_ Mãe! Estamos indo, tá?
_ Vão com Deus, avisem quando chegarem.
_ Podexa!


Narrado por Fernanda
  Um fim de semana no interior de São Paulo, em Ubatuba. Sim, Luan comprou uma casa na praia e eu estava mais que animada para conhecer.
  Fomos de carro mesmo, a paisagem era tão linda que não tive tempo para me preocupar com a demora, com o calor, até porque toda aquela paisagem requeria tempo para ser admirada.

_ Como eu amo praia! -falei assim que ele estacionou o carro em frente à casa que por sinal era linda e grande, nada comparado com a mansão em Alphaville, mas era grande.- Quando comprou aqui?
_ Logo depois que noivamos. -disse.-
_ E não me falou nada?
_ Queria fazer surpresa, uai. Gostou?
_ Muito, mas tenho que ver por dentro né?
_ É mesmo, vem amor. Vamos conhecer nosso cantinho.

  Até fiquei arrepiada. Como pode alguém mudar tanto não é mesmo? Eu que nem pensava em casar, quer dizer, não de cara... Agora estou noiva, grávida e tendo que lidar com o lado romântico da vida! Que diferença fez um Luan na minha vida, viu.

_ Amor, tô falando com você.
_ O que? -saí do transe.-
_ Olha em volta, trem...

  Tinha um pequeno jardim na frente, com poucas flores e passando por uma "área" encontramos a porta e foi aí que minha curiosidade só aumentou, fui abrindo a porta e conhecendo cada cômodo. E ficava deslumbrada com tudo por ser novidade, olhava tudo e reparava que apesar de não parecer, Luan tinha bom gosto pra decoração.

_ Não acredito que pensou nisso? -dizia para ele quando parei em frente à porta que estava com o dois anjinhos na porta.-
_ Nós temos nossa suíte, as crianças tem que ter o cantinho delas também.
_ Melissa vai gostar de dividir o quarto com o irmãozinho ou irmãzinha?
_ Lógico que vai! Até porque andei pensando de vir pra quando depois que você ganhar o neném.
_ Não acha muito longe?
_ Acho mais tranquilo, esse marzão acalma!
_ Faz sentido, mas e as visitas?
_ Tem isso, né? -começou a cabeça e balançou os ombros em seguida.- Ah! Pelo menos uma semaninha aqui amor, eu, você e nossos filhos.
_ Vai ser bom! 
_ Ótimo. -beijou meu pescoço e pôs a mão na maçaneta, abriu e porta e quando entramos tinha a cama rosinha bem coisa de menina e do outro lado um berço branco sem muitos detalhes e no geral cores bem infantis que não faziam menção de masculino e feminino, apenas cores.- Gostou?
_ Lindo. Amei.
_ Mesmo?
_ Sim. -virei pra ele o abraçando.- O que acha de irmos pra praia?
_ Só atravessar a rua. -riu.-
_ Por isso mesmo.

  Por não ter muito tempo à sós com o meu noivo, quando estávamos juntos pensávamos em aproveitar cada mísero segundo, não importando da maneira que fosse. Podia ser viajando, ou assistindo um filme e tinha vezes que ficávamos sentados segurando a mão um do outro e não fazendo  nada só sentindo de perto o cheiro, o calor da pele, observando o sorriso, as caras e bocas... Era bem coisa de casal mesmo, quer dizer, o mais normal que conseguimos chegar. Porque nosso namoro sempre foi levado na ogrisse e selvageria, os momentos clichês, bem água com açúcar até acontecia com um certo limite. A vida era assim. Real!

_ E esse biquíni curto, aí?
_ Acho que ele diminuiu, porque eu comprei esses dias ainda. Da última vez que fui comprar roupas. -comentei.-
_ Tá fio dental isso aí!
_ Melhor que aquelas calcinhas enormes, nada contra quem goste de usar. Mas, eu odeio.
_ É bom que ninguém fica te olhando.
_ Tô grávida, venho com brinde. Quem iria querer?
_ Eu, se não te tivesse. 
_ Cantada barata, meu deus! -nos beijamos.- Vamos ou não entrar na água?
_ Vai com calma, você tá grávida...
_ Deixa de se preocupar à toa amor. Curta o momento apenas!

  Soltei de sua mão e fui correndo em direção ao mar, o vento batendo e além de trazer a brisa fresca para o meu rosto balançava meus cabelos, Luan riu me olhando e não demorou para me "perseguir" e me abraçar assim que pisei na água. Que por sinal estava bem gelada.

_ Que gelo, amor!
_ Tá gostosa, bora mergulhar...
_ Antes que eu perca a coragem! 
_ Mole demais, tá louco viu. -risos.-
_ Tô com o corpo quente, né... Vai que dá choque.
_ Vai dar nada, vem logo! -fui me puxando até que as ondas começaram a vir com mais força e maiores, primeiro os pés, depois as minhas pernas e dei alguns pulinhos quando chegou na minha cintura e por fim o mergulho.- Ôh muié linda!
_ Linda e salgada. -abracei seu pescoço.- Nem passou protetor, né? Você tá todo vermelhinho já amor.
_ Eu sei. -fez careta.- Vou ficar ardendo!
_ Quer voltar?
_ Não, tá gostoso aqui (selinho). Vou mergulhar de novo, vem dá a mão!

                                    (...)

  Alguns minutos no mar, nadando contra as ondas e estava cansada de dar algumas braçadas ainda mais que com a barriga um pouco maior eu cansava o triplo. Voltamos para casa e fomos tomar banho, separados.
 Estava um pôr do sol lindo, víamos tudo da sacada do nosso quarto.

_ Tá na hora de você comer já. -ele disse autoritário, mas estava todo sexy secando os cabelos, sem camisa e com a bermuda caída mostrando sua cueca vermelha.-
_ Posso comer você, se quiser... -falei e ele se assustou, rindo em seguida.-
_ Tô falando de comida (riu). E eu não queria ir em restaurante, estamos tão bem aqui sem assédio nenhum...
_ Podemos cozinhar...
_ Podemos? -perguntou ainda mais desconfiado.-
_ Na internet deve ter algo bem simples de ser feito, que mate nossa fome... Mas, a pergunta é... O que temos para fazer?
_ Nada, porque eu não fiz compras.
_ Vamos comprar então, tô com fome.

  Dificilmente íamos fazer compra juntos e o motivo não é muito difícil de se descobrir. Enfim... Luan colocou óculos escuros e boné, pegou sua carteira e fomos de a pé e de mãos dadas. Ruas tranquilas, barulho das ondas, eu tinha a sensação de estar num paraíso... Sei lá, sentir toda essa calma me deixava mais leve e sorrindo à toa, de verdade eu não tirava um sorriso enorme e idiota do rosto.

_ Tá feliz, né?
_ Demais. Estou gostando de mais um dos nossos momentos.
_ E eu mais ainda, Pichuletinha. Quero aproveitar cada segundo dessa viagem e bem juntinho com você que é pra você enjoar de mim.
_ Isso nunca. -apertei seu nariz.- Acho que aquilo ali é um mercado. -falei apontando para um mini mercado localizado do outro lado da rua, uns 20 minutos da casa.-

  Atravessamos a rua correndo, e entramos rindo. Só tinham três pessoas ali dentro e as três ficaram estátuas quando Luan (o aparecido) tirou o óculos e brincou comigo. 

_ Luan Santana? -a menina nem perguntou direito e já se jogou em cima dele, e eu fiquei olhando tipo: "saí de cima do meu homem!"-















~.~

   Sim, eu amo momentos de paz entre o casal. Mas, dar uma mexida aqui e ali é bom, pode ser até mesmo engraçado. Como acham que isso termina? Eu risadas? Ou briga?