{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Capítulo Bônus

Narrado por Luan
  Fernanda foi viajar e eu coloquei na minha cabeça que iria ser uma viagem qualquer, que nada de ruim aconteceria até porque eu confiava na minha mulher, o problema eram os homens que estariam lá dando em cima dela e eu não estaria por perto pra dar um jeito. Mas, ela foi.
  Segui com os compromissos do dia normal, tive um show na madrugada de terça e voltei pro hotel ainda de madrugada depois de jantar com a banda em um restaurante de comidas típicas da cidade em que estávamos. Só chegar tomei um banho e fui deitar, estava cansado e não demorei a dormir.


(...)

  Levantei no horário do almoço, mas a preguiça foi maior então continuei deitado, peguei o celular e fui dar uma olhada nas minhas redes sociais.
  Olhei snap, passei rapidamente pelo twitter, respondi minha mãe no whats e até escutei os áudios da Nanda com a Soraya no show e dei muita risada das duas. Voltei pro snap e fiquei olhando os das meninas, Fernanda estava linda. Deu até saudades daquela mandona.


_ Hora de levantar não acha?
_ Não estou disposto. -ri.-
_ Num larga dessa porcaria, tá vigiando a Nanda é?
_ Por que eu estaria? -ele riu e me deixou sem resposta o que me fez arquear a sobrancelha e começar a fuçar. Até que achei um insta de "notícias dos famosos" e me arrependi na hora.-


@mundodosfamosos: E esse foi o primeiro flagra da noite. A noiva (ou ex, ainda não se sabe) de ninguém menos que @luansantana foi vista em Jurerê em um show da dupla "@jorgeemateus" acompanhada de @duduborges e sua esposa. Durante todo o show Fernanda ficou no camarote com a amiga e foi perceptível os olhares lançados à ela diretamente do palco... Mas, não é isso que está mostrando a foto e sim os cinco no estacionamento de um pub logo após o show, e se engana quem pensa que rolou apenas mãos dadas. O "casal" da vez foi visto na maior intimidade no camarote, fiquem atentos aos próximos posts.


@mundodosfamosos: Sabemos que a gata @fermarques ama dançar, mas o beijo no pescoço fazia parte da coreografia? -e na foto mostrava claramente ele beijando o pescoço dela e eu não estou ficando louco, até porque o cabelo dela estava preso em um coque deixando tudo mais "fácil".-


@mundodosfamosos: E aquela disfarçada com a mão na coxa dela? Não sei não viu, mas tô sentindo cheiro de chifre. @luansantana que se cuide, porque enquanto ele trabalha a noiva se diverte deixando as crianças com a sogra! Haha #TôVenenosa



  Eu curti as três fotos e não disse mais nada, mas ciente de que iria repercutir de alguma forma e foi... Na quarta à noite isso foi assunto no TV Fama, comentaram rapidamente do show em si e flashes da saída do show e no camarote da balada cogitando a ideia de um término.

_ Ficou quieto boi, que foi?
_ Não foi nada. -falei me levantando e indo pro banheiro tomar um banho frio pra acalmar os ânimos, até porque eu não falei com ela ainda, não sei o que de fato aconteceu pra sair acreditando em tudo que é dito em uma conta qualquer... Os dois poderiam estar conversando ou brincando... "PARA! Todos sabem que você está vermelho de raiva e de ciúmes. Tá querendo enganar quem? Haha."


  Saí do banheiro e ele ainda estava lá e foi repassando comigo a agenda enquanto eu me trocava.   Depois fomos almoçar no restaurante do hotel mesmo, fiz uma horinha, academia e em seguida uma ducha rápida e partiu para a outra cidade.
  Fernanda ligou eu estava aterrissando, conversamos rapidamente e por mais que eu tentasse não consegui ser o mesmo, eu precisava falar olhando nos olhos dela.



...


  Folga!
  Como eu estava precisando disso cara, não teria mais nada o restante do mês até porque não faltava muita coisa pra acabar e entrarmos em Dezembro.
  Estava terminando de me vestir quando recebi a mensagem do Dudu.


_ Cara, vem pra SP logo! -riu.- Sabe aquela música? Tá quase pronto, andei pensando em umas coisas pra ela e tá foda! Mas... Você tem que estar aqui pra ver.
_ Tô chegando hoje. E dependendo da hora eu dou uma passada aí.
_ Não meu, não importa a hora. Vem direto...
_ Tá boi, podexá. -respondi e voltei a me arrumar.-


*Fiquei de ir pra aí hoje... Mas, Dudu pediu pra eu dar uma passadinha lá então amanhã tô aí. Blza?*

*Uma pena saber que eu e a Mê iremos comer toda a comida japonesa sozinhas. :")*

*Amor, hoje o Arthurzinho tomou amaciante de roupas... Acredita?* -Fernanda e seus dedinhos que não paravam de digitar, ri.-



_ Bora boi! Tamém quero ir pra casa!

  Sem mais enrolação coloquei a touca, meu tênis e saí do quarto. 
  A viagem nem foi demorada, eu estava mais pro interior de São Paulo então foi coisa de duas ou três horas e a van estava estacionando em frente ao VIP.

  Aquela hora da noite, ou melhor madrugada, a recepcionista já tinha ido embora, estava só o porteiro que liberou minha entrada e eu fui subindo direto pra sala dele que não estava sozinhos já que escutei algumas risadas.

_ O show foi bom (risos), a convidada então mais ainda. -aquela voz era conhecida.- Não sei como o Luan deixa aquela mulherão viajar sozinho. Viu como ela tava gostosa, nossa senhora. -"Gostosa? Como assim?"-
_ Deixa disso vai, você é muito bem casado. -escutei Dudu dizer e me aproximei da porta que estava entreaberta e vi os dois "conversando".- E o Luan quase casando.
_ Mas, não casou ainda. Aí que desperdício uma mulher daquela comprometida. -passava uma mão na outra.- Que morena.
A Nandinha sempre foi linda e muito fiel ao noivo dela e você na posição de amigo do cara deveria respeitar. Ou vai dizer que gosta de quando comentam da sua mulher?
_ Da minha não, mas as dos outros...
_ Para, deixa disso que você nunca foi de cobiçar a mulher alheia. Vai estragar amizade por besteira?
_ Ele não precisa saber disso não. Mas, também... É algo só pra apreciar, porque ela não quis nada comigo e olha que eu elogiei, cantei, beijei o pescoço, fiquei coladinho e nada! -não aguentei e empurrei a porta.- Ôh Luan, senta aí parcero! -acertei um soco no seu rosto e ele olhou sem entender.-
_ Calma aí rapaz! -Dudu entrou na minha frente.- Pra que isso?
_ Então acha bonito dar em cima da mulher dos outros e ainda se diz meu amigo? -perguntei sarcástico.- 
_ Ah para vai. Não é nenhum crime apreciar mulher bonita! E a sua é demais viu, não me arrependo não e se ela me desse bola eu pegava porque ela sim é gostosa pra caralho. -fechei o punho com raiva, muito ódio queria socar a cara dele, mas com o Dudu me segurando foi difícil.-
_ Sabe que ele não está falando sério, Luan. Relaxa cara! -tarde demais e eu já estava prensando-o na parede.
_ Vai brigar por causa de mulher? -riu.- Vai em frente, mas não se esquece de quem estava parecendo ser solteira era ela e não eu. -o empurrei e saí dali pedindo um táxi e indo pra casa. Cheguei e não conseguia pensar, minha reação foi pegar o meu carro e ir até a casa dela.

  E o resultado? Ha... Brigamos, eu disse que coisas de cabeça quente, ela disse um montante também e saiu me deixando ali sozinho dentro daquele carro. O que eu fiz? Por que tenho que levar tudo a ferro e fogo?

























~.~

  Toda história tem dois lados, certo? E agora entendemos o porquê do Luan ter ido procurar a Nanda na madrugada. Foi equivocado? Sim, muito. Ele poderia ter conversado numa boa? Com certeza. Mas, pensando bem ele agiu de cabeça quente e quando isso acontece sabemos que nem sempre acaba bem. Ainda confiam em mim? Acho que mais ou menos (risos). Beijos, nos vemos no Capítulo 191.

Capítulo 190

Narrado por Fernanda
  À caminho do aeroporto Luan acabou me ligando, disse que fazia pouco tempo que tinha acordado e por fim conversamos até que cheguei ao meu destino.


_ Amor, vou ter que desligar agora que eu vou encontrar a Sô e o Dudu.
_ Vão sair é? -riu.-
_ Na verdade iremos viajar por dois dias e meio. -mordi o lábio inferior aflita com a sua reação.-
_ Viajar? Hmmm... Seria muito se me dissesse pra onde?
_ Jurerê. Soube que lá é lindo.
_ E é mesmo, uma pena que não foi comigo alguns meses atrás.
_ Deixa de ser ciumento à toa, amor. É uma viagem rápida e quando eu voltar você nem estará aqui.
_ Não interessa... E você ia me avisar?
_ Nossa, Luan. Parece que estou cometendo um crime, mas não é só uma viagem e eu não tenho que te dar aviso, estou comentando por respeito à você e pelo bem do nosso relacionamento e não por ser obrigada.
_ Não é crime nenhum, é que... -suspirou.- Deixa isso quieto.
_ Não vai ficar chateado, né? 
_ Não, façam uma boa viagem e... quando chegar me liga?
_ Uhum... Beijão, te amo.
_ Eu também amo você. -e desligamos.


  Aprendi a ser mais maleável e ter mais jogo de cintura quando o assunto é o ciúmes do meu noivo, ele por mais que tentasse não conseguia tirar isso dele.
 Guardei o celular e fui ao encontro do casal que estava abraçadinho no maior love até que eu cheguei quebrando totalmente o clima e dando risada disso.


_ Estou sem meu noivo, então não me deixem de vela.
_ Jamais. -Dudu disse rindo.-
_ Fico feliz que veio, muito. Porque ele esquece de mim quando o assunto é música. 
_ Mulher é um exagero que minha nossa senhora.
_ Ôh coisa, também sou mulher viu.
_ Nem notei. -risos.- Querem alguns coisa? Porque eu vou comer.
_ Mas você almoçou em casa...
_ Continuo com fome. -deu um beijo em sua bochecha e saiu desfilando.-
_ Ele não tem jeito.
_ Nenhum deles tem menina. -falei rindo e me sentando.-
_ E aí, animada?
_ Muito. Faz um tempo que eu não viajo sozinha, ainda mais pra me divertir. -ri e ela me acompanhou dizendo saber bem o que era isso.- Então quero aproveitar!
_ E iremos, cada segundo...


...

  Faz pouco mais de duas horas que chegamos no hotel para ser mais precisa no mesmo hotel em que a dupla e toda equipe (e banda) estavam também. Havia acabado de sair do banho e estava começando a me arrumar para o show. 
  Comecei pelos cabelos, depois troquei minhas roupa e maquiagem.




_ Uau, que gata hein. Vou ter trabalho com as duas. -Dudu dizia enquanto segurava a porta do elevador para nós entrarmos.-
_ Trabalho nenhum, somos mulheres comportadas meu amor. -falei apertando suas bochechas.- Vamos de táxi?
_ Sim, senhorita. E voltaremos na van, eu acho.
_ Tranquilo. -aproveitei para no caminho ligar pra Mari e saber como estavam as coisas por lá e graças à Deus tudo ia bem, muito bem.


  Assim que chegamos no local do show recebemos as credenciais que davam acesso ao camarim e backstage, e nossas pulseiras VIP para o camarote reservado aos convidados. Não que eu não tivesse isso, mas é que em outro show parece ser completamente diferente. Ri com o meu pensamento bobo e prosseguimos.

_ Oi, meninos. -falei os cumprimentando com um abraço apertado e beijinho no rosto.- Quanto tempo, não é mesmo? 
_ Muito tempo, mas olha que o tempo passa e você fica ainda mais bonita. -Mateus disse me deixando sem jeito.-
_ São seus olhos. -risos.-
_ Luan não veio, mas eu tô de olho.
_ Besta. Não tem nada demais aqui.
_ Tem de menos... -olhou para as minhas pernas e senti minhas bochechas arderem.- Brigadão mesmo por vir, avisamos meio que em cima da hora e você aceitou, cara. -cumprimentava Dudu enquanto eu fui pro lado da Sô.-
_ Menina, que isso hein... -cochichou.- Te cantando na cara dura, esse Mateus viu.
_ Cantando ninguém não, deixa disso que eu tô muito bem com o meu cantor. -falei sem jeito pelo acontecido.-
_ Vem meninas, cheguem junto pra foto.


  Não tiramos só uma foto e sim algumas, até mesmo selfies. Foi coisa rapidinha, depois eles foram conversar sobre o show e nós duas saímos indo em direção ao camarote e quando cheguei por lá respirei fundo e aliviada. O que deu no Mateus?

_ Tá arrasando os corações hein gata. -Soraya brincou.-
_ Arrasado ele vai ficar se der merda, isso sim.
_ Relaxa, curte o show amiga!


  E foi o que eu fiz. Não liguei para o que aconteceu alguns minutos atrás mesmo com os flashes em minha memória, o que era estranho.
  O show seguia tranquilo e era incrível, eles realmente nasceram para a música.



nandagurgell: J&M


  Vários snaps e a Sô me acompanhava em todos, gravou no dela também e juntas mandamos um áudio pro Luan que respondeu um coração, bem romântico. 
  Quando estava mais ou menos na metade notaram nossa presença ali em cima e deram tchauzinhos, mandaram beijos, e fotos? Muitos flashes na nossa direção. Eu continuava na minha, apenas apreciando o espetáculo.


_ O que de um grande amor se espera é que tenha fogo, que domine o pensamento e traga sentido novo... Que tenha paixão, desejo. Que tenha abraço e beijo... -melhor música e a emoção foi também que eu chorei, acredita?

  Quando Duas Metades chegou ao fim decidi ir aí banheiro, fiz xixi que eu estava muito apertada, refiz a maquiagem e fiz um coque no cabelo por conta do calor. Quando estava voltando passei no bar e pedi um drink sem álcool e voltei pra junto da minha amiga que estava super feliz tomando seu suco de laranja.

_ Tá feliz mamãe?
_ Queria uma caipirinha. -riu.- Mas, é por uma boa causa.
_ Ótima. Tim, tim. -brindamos e rimos.-


  Quando foram músicas mais agitadas nós até dançamos uma com a outra, depois chegaram dois rapazes que dançavam muito bem e nos conduziram e nos sentamos para descansar um pouquinho e quando nos levantamos ainda assistimos outras cinco músicas e chegou ao fim.

_ Ah não, volta do começo! -falei rindo.-
_ Hmmm eu vi hein...
_ Viu o que?
_ "Quero agradecer a presença de cada um de vocês e em especial das duas mulheres mais lindas do camarote!" Cadê o Luan aqui meu deus!? 
_ Deixa de ser besta.
_ Eu né? -risos.-
_ Vamos voltar pra lá, vai.


  E assim fizemos, descemos e fomos pelo corredor até o camarim, encontramos pelo meio do caminho fãs que se disseram fãs de Duan e pediram fotos, Sô e eu não nos importamos de ir até eles.   Depois continuamos nossa caminhava e chegamos no camarim.

_ Curtiram o show?
_ Demais, por mim não teria nem mesmo acabado. -elogiei.-
_ Obrigado linda. -ganhei um beijo no rosto.- Bora?
_ Balada em Jurerê é o que não falta. 
_ Balada?
_ Que balada, amor? -Soraya perguntou.-
_ Ninguém está com sono, ninguém viaja hoje à noite, ninguém tem compromissos amanhã cedo... Bora cair na noitada de Jurerê que é ótima.
_ Aí, não sei viu... Acho que vou voltar pro hotel.
_ Ou vamos todos ou não vamos ninguém...


  Senti uma leve pressão e acabei cedendo, afinal o que seria eu sem uma baladinha?
  Fomos em táxis diferentes e quando chegamos fomos alvo de flashes, ainda que as pessoas tentassem disfarçar não tinha como. Eu com aquele salto e o estacionamento era de pedras, então precisei de uma ajudinha para descer do carro e seguir até a entrada.


_ Obrigada pela ajuda.
_ Que isso. -sorriu, beijou minha mão e deixou que eu fosse na frente.-


  Entramos e não estava tão cheia quanto imaginamos, então deu ora ficar numa boa por algum tempo até que fomos notamos. Ou melhor, eles, Jorge e Mateus. E aí fomos para o camarote. "Difícil essa vida né? Só nos camarotes, sem vergonha! Seu noivo deve estar adorando tudo isso, amando!
Bebidas variadas no balde de gelo que estava na nossa mesa, música alta, risadas e muita conversa.


_ Sempre soube que você gostava de dançar... -comentou.-
_ Amo, aprendi com a minha avó ter gosto pela dança. -ele então se levantou e me convidou para dançar com ele.- Bora?
_ Vai logo mulher. -Soraya disse e ganhou um beliscão do marido por isso, deixei meu colo sobre a mesa e fui com ele dançar um sertanejo gostoso e um pouco agitado, dançamos agarradinhos sim e da minha parte não ouve malícia.-
_ E não é que ela dança mesmo? -sorriu.-
_ Dança poderia ser meu sobrenome. -segurei em seu ombro e houve na dança mais um giro, então ele segurou minha cintura nos juntando um pouco mais e jurei ter sentido sua boca em meu pescoço então cortei a dança sem grosseria e voltei para a mesa.-
_ Mas, já?
_ Meus pés estão doendo, sabe como é salto né? -menti.-
_ Ah sei sim. -riu.-


  A noite demorou a passar, eu estava ficando com sono e não estava aguentando mais as indiretas do Mateus. Isso porque se diz amigo do meu noivo, ele sabe que eu sou comprometida e ele é CASADO, CA-SA-DO. Nossa! Não gostei disso, não mesmo. 
  Voltamos para o hotel estava perto de amanhecer, tirei a roupa e deitei apenas de lingerie e apaguei.


(...)

  Algumas horas depois acordei com barulhos incômodos, o celular tocava e alguém batia na porta e meu humor foi 0.
  Levantei pegando o celular e me dirigindo até a porta do jeito em que estava.


_ Bom dia dorminhoca. -era minha amiga.- Nossa, tá igual um pandinha. -apertou minhas bochechas e entrou no quarto fechando a porta enquanto eu voltei pra cama, me sentando de pernas de índio.-
_ Nada bom, odeio acordar assim... -falei e ela fez bico.- Não me leve à mal tá..
_ Nem tem como, olha o sol que está lá fora que o mau humor vai embora.
_ Sol?
_ É, estou prontinha para pegar um sol. O que acha de irmos à praia?
_ Acho que estou com preguiça.
_ Nanda...
_ Vou tomar um banho, vai pedindo o café.


  Falei me levantando e indo para o banheiro, tomei uma ducha rápida e precisa. Depois escovei os dentes, lavei meus cabelos e tirei a maquiagem por completo. Sequei todo meu corpo, enrolei a toalha em volta e sai.

_ Sô, quem mais ficou?
_ Ninguém foi embora fofa. -riu.- Nem mesmo seu admirador. -riu mais ainda.-
_ Para com isso, sério. Nem sei o que acontece se o Luan fica sabendo de uma coisa dessas.
_ A culpa não é sua, em nenhum momento foi. Ele que foi safado e ficou dando em cima de você o tempo inteiro, e todo mundo percebeu.
_ Eu sei, mas vamos esquecer isso senão eu ficarei dentro do quarto. -disse pegando o biquíni e colocando ali mesmo, afinal ela era mulher e tudo o que eu tinha, ela tinha em dobro.-
_ O café chegou...
_ Ótimo, tô com muita fome. -comi rapidamente e descemos.


  Dei graças à Deus que fomos para a praia e os boys preferiram ficar na piscina por conta do assédio. A água estava uma delícia, o sol então nem se fala. Depois de aproveitar um pouco a água nós fomos nos sentar e nos secar.


_ Uma foto?
_ Até duas. -fizemos muitas poses e nenhuma agradando, outras ficaram zoeiras demais e por fim a que ela postou eu estava loira minha gente.- Tô loira.

@sorayab: Minha parceira de viagem, @fermarques ♥


_ Ui que gata. -risos.-
_ Vamos fazer o que hoje à noite?
_ Tem show do Humberto e Ronaldo. Topa? Mas, aí é eu e você, você e eu... Meu marido tem trabalho.
_ Prefiro jantar num restaurante bem chique.
_ Nossa, negando balada?
_ Já fui muito pra balada, Luan trabalha na noite... Então estar no sossego é ostentar! -falei rindo.-
_ Vendo por este lado. Nos encontramos para jantar então. -disse.


  Ficamos ali até o sol ir embora, voltamos para o hotel e foi a hora do banho e relaxar um pouquinho.
 Ao anoitecer acordei, me troquei e desci para me encontrar com a Sô no hall do hotel. Encontramos um restaurante à beira mar e foi muito agradável, matei a saudade de ficar assim tão livre.

{...} Alguns Dias Depois {...}

 Tudo ia muito bem, a festa da Mê estava completa e muito linda eu estava com orgulho de mim por ter tido a iniciativa e todos os familiares próximos terem abraçado essa ideia comigo. Foi muito importante.
 Em relação à viagem eu senti que Luan estava meio estranho e vi que foi por causa de umas fotos que "flagraram" minha em Jurerê com o Mateus e as legendas eram muito maldosas, mas ele apesar de estar frio comigo não mencionou nada sobre isso. Enfim... Ele voltaria hoje, mas disse que passaria aqui pela manhã seguinte porque Dudu havia chamado-o para ir até o estúdio. E eu fui dormir, estava tarde, Arthur e Melissa já haviam dormido e me restava fazer o mesmo.


(...)

  Acordei assustada na madrugada com o celular tocando, da primeira vez não liguei muito, mas seja lá quem fosse estava insistindo demais e eu acabei acordando para atender e era o Luan dizendo que estava me esperando dentro do carro e na frente de casa. Levantei pegando um roupão e desci, abri a porta e fiquei esperando que ele entrasse.

_ Aconteceu alguma coisa? -perguntei ao entrar no carro e encontrar seu olhar de raiva e sua respiração denunciava isso também.- Por que você está tão nervoso? Está me preocupando.
_ Só me responde uma coisa... -fiquei tensa.- Ia me contar que o Mateus ficou dando em cima de você? -gelei.- Hein?
_ Quem te contou isso?
_ NÃO INTERESSA QUEM CONTOU! -levantou a voz.- QUERO SABER PORQUE EU NÃO SOUBE POR VOCÊ.
_ Luan, seja lá quem te contou. Não foi assim do jeito que está imaginando.
_ Agora você também sabe o que eu penso, é isso?
_ Eu não queria que brigasse com o seu amigo. Queria evitar brigas, só isso!
_ Só isso? Acha que é pouco? Como quer que eu confie em você desse jeito?
_ Desse jeito como? Não confia em mim?
_ Você disse que tínhamos que ter a liberdade de contar tudo um pro outro e...
_ E o que? 
_ E na primeira oportunidade você se cala. Por quê? Estava gostando? -respirei fundo.- Ou então não é a primeira vez que isso acontece?
_ Luan, para de loucuras! Para de fantasiar algo que não existe. O que aconteceu naquela viagem em Jurerê eu não te contei no intuito de não arrumar confusão, vocês são amigos! E outra, eu tenho plena consciência de que sou uma mulher comprometida, assim como ele também é casado há anos. Se ele foi canalha ao ponto de não respeitar a mulher dele, eu fui honesta e deixei bem claro que eu tenho um homem! Agora você vem aqui de madrugada pra chegar e achar que está na razão, sem conversar, sem nada e me  acusando é sinal de que confiança não existe não é? -ele ficou quieto.- Eu sou muito idiota! -não segurei o choro.- Muito mesmo. Você mentiu pra mim, você não confia em mim e nunca confiou. Quer dizer, você confia em mim quando estou com você, estou com a sua família ou com a minha... Agora confiar que eu viaje sozinha é muito não é? Mas, eu não te culpo! Você cresceu assim, um machista que não enxerga nada além do que o seu ciúmes permita! -ele não me encarava, com as mãos no volante ele fixava o olhar na rua do condomínio completamente vazia.- E ainda vê o meu passado como um grande obstáculo no nosso relacionamento. Por que me pediu em casamento? Olha. Eu amadureci muito, enxerguei diversos lados de uma relação à dois, engoli o meu orgulho e toda minha "sabedoria" para que nós pudéssemos dar certo considerando que o amor que eu sinto por você e você por mim superaria tudo... E agora vejo que estou completamente errada. -respirei fundo tentando parar de chorar.- Eu te amo muito Luan, muito mesmo, mas não vou levar a diante uma relação que da sua parte não tem confiança. É muita pressão! Eu sozinha não aguento. -disse antes de sair do carro e entrar correndo em casa, fechei porta, subi correndo pro quarto de hóspedes e me tranquei ali por horas e horas chorando de soluçar e me questionando o porque disso tudo. As coisas estavam bem e do nada despencam, parecia uma montanha russa... Ora lá em cima e no segundo seguinte ia ao chão! Eu não aguento mais. 














~.~

   MDS! O.o

    O capítulo começou tranquilo e vieram as provocações na hora do show e na balada, aí o assunto foi "abafado" e agora a bomba! Como assim ela cansou? Como assim Brasil? Os dois estão à beira do altar! Como será? Vocês irão conferir nos próximos capítulos! Antes de quererem me matar peço que confiem em mim. OK? Só isso, porque a reta final está assim, uma emoção atrás da outra!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Capítulo 189

Narrado por Fernanda
  Nossa viagem ao hotel fazenda há seis meses atrás não poderia ser melhor, foi incrível. Sabe aquela sensação de liberdade? Consciência tranquila? Eu tinha isso comigo e voltei para casa mais segura, não estava triste e estava sabendo lidar com a saudade da minha bailarina que estaria presente nas minhas melhores lembranças e presente no meu coração em meus melhores momentos de vida.
  Pois é, como eu disse seis meses se passaram e aqui estamos nós no final do mês de Outubro. Muitas coisas boas aconteceram nesse meio tempo, algumas novidades também como por exemplo eu estava pensando em reformar a mansão até porque tinha que dar uma mudada nos cômodos, móveis e cores no geral só não pensei em mexer no quarto das crianças. Outras coisas que aconteceram foi o desenvolvimento do meu pequeno que estava cada dia mais lindo e mais cabeludinho, arteiro também. Se Melissa ainda tinha ciúmes? Um pouquinho, quase nada... Ainda mais agora que segundo ela, é uma moça. Sim, estava chegando Novembro, chegando o aniversário de 6 anos dela e por isso a doninha se achava a dona do próprio nariz.
  Também voltei a tomar conta da empresa, mas assim, só durante à tarde e trabalhava em casa (reformei o escritório, coloquei uma mesa para reuniões e estava tudo certo). Até porque Arthur ainda mamava no peito, sem contar que era muito apegado à mim e dificilmente ia com outras pessoas.


(...)

_ Arthur, não pode! -falei e ele me olhou sapeca e voltou ao que estava fazendo.- Filho, aí não! -ele sentou no degrau e fez o maior bico.- Escada é perigoso, não é lugar de neném brincar. -falei pegando-o no colo.- Você é bem precoce, né? -ele riu e foi pondo as mãozinhas no rosto.-
_ Que gritaria hein! -Melissa correu e se jogou no sofá.-
_ Bom dia pra você também dona Melissa.
_ Bom dia mamãe...
_ Ãn... -olhei pro resmungão e ele franzia a testa.-
_ Olha filha... -ri e ela também, se levantou e veio até nós.-
_ Bom dia pra você tamém, chatinho. 
_ Não fala assim do meu gordinho.
_ É um gordinho mesmo, mas um gordinho muito gostoso. -ele se jogou no colo dela que o pegou e foram pro meio da sala.- 
_ Até o dia que você cair e se arrebentar, Arthur. -ele nem ligava.- Oh, tô na cozinha hein.


  Sim, eu na cozinha. Quando isso aconteceu? Quando eu soube que a Martinha não poderia mais trabalhar aqui em casa, como eu chorei esse dia, fiquei um caco. Mas eu a entendo, foi preciso, pois o marido dela iria mudar de cidade e óbvio que levaria mulher e filhos juntos. E lá se foram para Santa Catarina.
  A Luci não me abandonou, minha véinha. Mas, estava de folga. Sendo assim o almoço ficou nas minhas mãos, ou melhor. O café da manhã porque eu iria almoçar na casa da minha sogra junto com a minha cunhada.


_ Melissa vem comer filha e trás seu irmão. -eles foram para a sala de jantar e eu peguei Arthur no colo enquanto a ajudava subir na cadeira. Ela comeu normalmente, e ele como não mastigava, amassei mamão e banana com aveia e mel.- Hm, delícia!
_ Delícia nada (ria) ele tá fazendo careta. Deve tá é horrível isso aí. -ria mais ainda.-
_ Não fala assim, eu fiz com tanto carinho.
_ Desculpa mamãe. -voltou a comer.-


  A hora da comida e do banho eram os momentos de maior bagunça, molhar todo banheiro e se lambuzar por inteiro naquela cozinha. Por isso eu deixava pra arrumar os dois perto da hora de sair de casa, até porque a arte era grande.

_ Você disse que vinha pra casa hoje... -falava ao telefone.- Mas... Aí tá bom, tchau. -e desliguei emburrada mesmo, Melissa ficou olhou e nada disse. Descemos os três, os coloquei no carro já nas cadeirinhas, coloquei as bolsas no banco da frente e assumi meu lugar.-
_ Ele gosta da galinha, mamãe...
_ Galinha chata, nem adianta. Põe outra coisa. -ela pegou o celular e começou a musiquinha "Peppa pig..." odeio, também.- Melissa...
_ Ele que gosta, mamãe. E eu tamém.
_ Dois chatos. -falei dirigindo e poucos minutos depois estava eu na casa da Mari com os babys.- Puff, não! -Arthur era 24h se possível no chão, e o Puff lambia a boca dele tadinho.-
_ O Lupy não faz isso. -Melissa disse pegando o cachorro.- Ôh vó nóis chegou.
_ Oi meus amores. -Mari apareceu na sala nos cumprimentando, primeiro os netos, depois eu. Amarildo também e logo Bruna e Laura apareceram.-
_ Aí tia Fê como eu tô uma princesa... -estava com o vestidinho que eu lhe presenteei há poucos dias em sua festa de um aninho.- Tô grandona, dá um beijo na tia. -ela tirou a chupeta e veio toda fofa.- Aí que delícia!
_ Tá tão manhosa cunhada que você não faz ideia.
_ Não fala assim de mim mamãe, tô com soninho. -ela deitou a cabeça em meu ombro e fomos nos sentar na varanda, lá fora.- Como estão?
_ Com muito sono (bocejou). Cheguei de madrugada.
_ O show foi bom?
_ Qual dos dois? -riu.-
_ Tá vendo né sogra?
_ Eu vou é andar, daqui a pouco eu volto.
_ Ôh vô, me leva...
_ Bora. -e ele saiu sozinho com os três enquanto eu, Bruna e Mari ficamos um tempo conversando e depois fomos desenvolver os dotes culinários.


  Quando nossa lasanha à bolonhesa ficou pronta e a mesa também ligamos pro meu sogro e ele voltou com os três bonitinhos todos sujos de chocolate.

_ Pai, ela ia almoçar...
_ Ela vai, né Laurinha linda. -risos.- Olha que princesas o vô tem.
_ Eu!
_ Ciumenta. -falei rindo e ela fez bico vindo pro meu colo.-
_ Hora de comer, né?


  E foi o que fizemos e depois ficamos ali no maior papo coisa que agora fazíamos com ainda mais frequência, até porque ficar em casa tem sido tedioso em dias comuns.
  Estava anoitecendo quando decidi ir pra casa, cheguei e coloquei Arthur no berço e tomei um rápido banho. Descemos e fui assistir Tv enquanto comia uma salada de frutas feita por mim e depois iria amamentar meu pequeno.


_ Só coisa chata nessa merda, vamos ver as fofocas filho coisa que a mamãe não faz é muito tempo. -TV Fama, um programa ótimo para se dar risada por cada notícia absurda.-
_ Ok. Ok. E agora com exclusividade a bomba da noite. -"Ui, que bomba!"- Luan Santana foi visto aproveitando a noite carioca e o galã não estava sozinho... Quem seria a ruiva que o acompanhava?
_ Ruiva? -até aumentei para ficar mais atenta, quando começou rodar os "flagras", achei muito bonito da parte dele dançar agarradinho com a ruiva desconhecida. "Ah Luan, você me paga!"- Eu quero que esse vagabundo me ligue que ele vai é escutar muito ou melhor, aí de você se me ligar que eu te deixo falando sozinho. -disse encarando sua foto no celular.- Vadio.


  O apresentador chamou o comercial e foi o tempo de eu ir na cozinha deixar minha taça de sobremesa na pia e dar uma passadinha no banheiro, voltei pra sala e o telefone estava tocando.

_ Alô?
_ Oi amor.
_ Safado! Canalha! Seu sem vergonha... Filho de uma put...
_ Epa, aí também não, né! -me interrompeu.-
_ Vai pro inferno! -e desliguei.-


(...)

*Não adianta, não vou parar até você me atender e a gente conversar.*

*Estou muito ocupada fazendo vários nadas, não vai ser possível tá querido.*

  Não dava pra tirar a bateria do celular, mas dava pra desligar. Nossa que exagero! Pode até ser, mas eu estava com raiva dele sim e muita. Eu fico em casa, não saio pra nada (ele não me proíbe, mas também não apoia) e o bonito diz que vai trabalhar pra ficar curtindo a farra. Vontade matar essa vagabundo! Matar, voar no pescoço!

_ Para de me ligar! -falei ao atender o telefone fixo.- Você mentiu pra mim, seu descarado! Agradeça por não estar na minha frente porque se estivesse eu tinha acabado com essa sua cara de boneco da Barbie.
_ Boneco da Barbie? -riu.- Eu não menti.
_ Mentiu sim. Disse que não ia dar ora vir hoje porque chegou tarde do show e estava muito cansado, quando na verdade não veio porque estava de ressaca. Você não tem vergonha não? Eu juro que minha vontade é deixar meus filhos órfãos.
_ Fernanda... Foi só uma balada, amor.
_ Um camarote VIP, com uma ruiva vadia que ficou se esfregando em você e você bem gostando. Eu vi as fotos, seu tarado! Pervertido!
_ Dá pra parar de me xingar?
_ Tchau. -desliguei, e ele voltou a ligar.-
_ Eu entendo seu ciúmes. Mas, não rolou nada. Foi só uma dança!
_ Luan. Você acha que eu tenho quantos anos?
_ Muitos (riu).
_ Idiota, vê se cresce. -desliguei e não o atendi, nem naquela noite, nem três dias depois.


...

  Era uma terça-feira quando ele voltaria de viagem. Acordei, fui caminhar e levei Arthur no carrinho pra tomar um sol, isso bem cedo. Quando estava voltando pra casa vi o carro dele parado na minha garagem e a beldade do lado de fora encostado no capô e com os braços cruzados, óculos escuros e touca. Estava lindo! "Ele mentiu pra você, não sorria. Passe direto." E foi o que eu fiz. Entrei que nem dei bola e ele riu vindo logo atrás de mim.

_ Não vai falar comigo, é? -riu pegando Arthur no colo.- Eai filhão, ela tá braba né? -Arthur gargalhou e ele junto, deixei escapar um sorriso que saiu do meu rosto antes mesmo que ele percebesse.- Ôh Fernanda.
_ O que é? Quer encher meu saco logo cedo já fala. -e passei por ele novamente dessa vez subindo as escadas. Entrei no quarto e fui tirando o tênis, tirei também a calça jogando em cima da cama e meu top em seguida cobri os seios com o braço, estava apenas de calcinha quando ele empurrou a porta do quarto e paralisou ali mesmo na porta.-
_ Uau... Que corpão hein, Morena. -e se aproximar quando eu estiquei o braço.-
_ Não... encosta. -e segui para o banheiro, tranquei a porta e entrei no box ligando o chuveiro e tomando uma ducha rápida.- 
_ Não sei porque ainda está me ignorando, eu te pedi desculpas. E você visualizou todas as minhas mensagens, escutou os meus áudios.
_ E daí?
_ E daí que isso é birra, puro ciúmes. Ôh amor, cê sabe que eu não fiz nada com ela.
_ Não sei de nada, porque eu não estava lá seu safado. -desliguei o chuveiro e puxei a toalha me enxugando por cima e enrolando-a no corpo, abri a porta e novamente passei por ele que me olhava de cima a baixo e entrou no closet junto comigo.-
_ Você fica linda brava...
_ Isso não vai diminuir minha vontade de te socar, pelo contrário. -falei abrindo as gavetas onde ficavam minhas lingeries.-
_ Pode socar, eu deixo! -veio mais perto.- 
_ Você é um ridículo...
_ Continuo sendo seu.
_ Para com isso. -falei fechando os olhos. Eu sabia exatamente o que ele estava fazendo e eu cederia em mais alguns segundos com suas investidas.-
_ Por que? -quando fiquei de pé e olhos abertos ele estava perto demais, colocou a mão espalmada nas minhas costas e passou seus lábios nos meus fazendo com que eu sentisse ainda mais perto seu cheiro.- Estava com muitas saudades de você... dos seus beijos (selinho)... seu toque. -gemi.- Quer mesmo brigar quando poderíamos estar rolando naquela cama e matando a saudade. -me sentia hipnotizada, ele me beijou deixando sua língua explorar cada canto da minha boca enquanto minhas mãos seguravam seu pescoço prendendo ainda mais sua boca na minha e minhas pernas já estavam em sua cintura. Suas mãos desceram até a parte posterior das minhas coxas apertando quando contrai meus músculos e continuei beijando-o. Ôh boca gostosa, ôh pegada gostosa, ôh homem gostoso! E meu, sem olhos para mulher nenhuma além de mim. Eu não fiz o menor esforço para resistir, apenas o queria pra mim e o queria ali, agora!

Fui ajudando-o com as roupas, primeiro sua touca e depois abri o zíper de sua calça pondo a mão por dentro da cueca e tocando seu membro. O calor tomou conta de mim, apertei arrancando dele um gemido intenso. Continuei tocando-o sentindo meu sexo umedecer e seus dedos brincarem ali com a minha excitação.
_ Canalha! 
_ Minha gostosa. -sua boca desceu para o meu pescoço e meus seios, joguei a cabeça pra trás quando sua boca deixou ali um chupão.-
_ Luan...
_ Hm...
_ Me leva pra cama... -ele riu maliciosamente e atendeu meu pedido, jogou-me na cama se livrando da toalha e deixando-me exposta à ele, seus olhos por cada parte do meu corpo e fitando minha intimidade... Inclinando-se sobre mim Luan beijou minha boca e depois seus beijos desceram em linha reta até minha ppk que estava quente e pedindo por isso. Ele afastou minhas pernas e foi beijando minhas coxas, uma e outra até que depositou um beijo demorado onde eu mais queria e arfei prendendo a respiração e soltando-a com um gemido quando ele enfiou a língua uma e outra vez, saboreando, brincando comigo e me deixando excitada ainda mais... Que boca era aquela? Que homem era aquele... Que sabia muito bem como fazer aquilo, que não tinha pressa, torturava-me deixando meus gemidos ainda mais altos e fazendo meu corpo responder aos seus estímulos, levando-me às alturas.- Ah! -Luan colocou velocidade, e não parou nem mesmo quando levantei meu quadril e rebolava no mesmo ritmo, arqueando meu corpo e gritando quando atingi o orgasmo.- Ôh... -respirava apressadamente, ofegante demais.-
_ Sempre pronta, não é mesmo? -assenti.- Quer descansar? -neguei.- Ótimo, porque eu também não. -dito isso tirou toda sua roupa num estalar de dedos e deitou seu corpo por cima do meu, atraindo minha atenção para os seus lábios e me pegando de surpresa quando se enterrou em mim.- Isso... Ah! -inspirou de olhos fechados e começou a se movimentar enquanto dizia coisas sacanas, assim como eu que ousei até mesmo cravar minha unhas em suas costas e deixar minha marca em seu corpo.- Fernanda! -ele me apertou em um abraço juntos chegamos ao ápice.-
_ Você ainda vai me matar...
_ Só se for de muito amor. -segurou meu rosto me beijando e então me deitei sobre seu peito e voltei a dormir, fiquei... cansada.


  Acordei pouco mais que uma da tarde, Arthur estava no quarto, chorando e Luan tentando acalmá-lo e óbvio que não conseguiria porque era choro de fome. Abri os olhos ainda devagar e me sentei na cama recostando na cabeceira.

_ Dá ele aqui, Lu. -falei estendendo os braços e pegando-o.- Shiiii... Pronto mamãe tá aqui amor. -beijei sua testa, fiquei ninando-o até que ele se acalmou, ficou me olhando e abrindo a boquinha todo esperto.- 
_ Como consegue?
_ Não sei (ri). -ofereci o seio e ele não recusou, pelo contrário foi com gosto e mamou maravilhosamente bem.- Vai ficar assim? -ele estava só de cueca.-
_ Estava indo tomar banho quando ele acordou e não queria parar de chorar.
_ Era fome tadinho. -arrumava seu cabelinho.- Como ele cresceu, né?
_ Muito. Cada vez que volto de viagem eles estão maiores. -disse sentando na beirada da cama.- Sinto que estou perdendo muitos momentos.
_ Não está não. Você sempre foi um pai presente, do seu jeito, mas foi. Nunca deixou de dar atenção, de dar carinho e retribuir o amor, o sorriso. -sorri.- O fato de viajar por alguns dias ou semanas não muda isso. Os faz amar ainda mais. -ele ficou quieto, talvez pensando no que eu havia dito. Se levantou e foi pro banheiro e não demorou para que eu escutasse o chuveiro sendo ligado e então voltei minha atenção ao pequeno.-


(...)

  Depois que Arthur mamou bem e estava muito satisfeito, eu o fiz arrotar e o deixei no chão enquanto tomava meu banho, rápido e refrescante. Ao sair ele não estava no quarto, nem o pai dele. Troquei de roupa pondo algo mais soltinho e fresco, penteei os cabelos, calcei os chinelos e desci encontrando-os na cozinha.

_ Cadê a Luci?
_ Foi embora uai, olha a hora...
_ Nossa, viu. Depois que a Martinha me deixou a dona Lucila tá querendo me abandonar também. Só me falta o Davi.
_ Ha, duvido que esse te largue tão cedo. -revirei os olhos e fui pra cozinha.- Bora lá em casa?
_ Eu não saio mais de lá, sabia? -falei abrindo a geladeira e pegando o jarro de água.- Todo dia, sua mãe deve estar cansada. E quando não estou lá, estou na Bruna.
_ É bom uai, tem que ficar juntinho mesmo. Pros primos cresceram como irmãos.
_ Sem dúvidas. -falei voltando para a sala.- Deu banho nele?
_ Sim, procê ver que eu sou um pai prendado.
_ Super! Pode casar inclusive.
_ Só marcar a data e por falar nisso... -fez a maior cara de paisagem, típico de quando estava pensando em alguma coisa.-
_ Lá vem...
_ Pensei bem e queria me casar em outro país. -falou e eu escutando.- Não, porque assim amor... Pensei que massa nós dois e nossos filhos, amigos e familiares viajando só pro nosso casamento...
_ Exagerado você né amor?
_ Não muito vai, é que pensei que seria muito top.
_ Pode ser... -falei não me importando muito com o lugar.-
_ Não pareceu estar animada...
_ Ainda não parei pra pensar, precisamos ver isso com calma. -falei cortando o assunto.- Vamos?
_ Tem que pegar a bolsa dele lá em cima.


  Subi e peguei a bolsa... Quando desci os dois já estavam lá fora no carro. Fechei tudo, e juntei-me à eles. E fomos conversando um pouco até chegar lá.

_ Sogra, cheguei! -disse assim que entrei.-
_ Oi, vocês vieram. Pensei que ficariam por lá.
_ Magina, e seu filho consegue ficar longe? Nem mesmo eu consigo. -risos.- Cadê minha outra criança?
_ Dudu passou aqui cedo, levou a Mê pra passar o dia com a Manu.
_ Eduardo rouba meu noivo, agora minha filha.
_ Agora você entende como eu me sinto. -ri.- 
_ Cêis duas viu. -abraçou a mãe de lado e beijou seu rosto.- Taba cheio de saudade mamusca ainda cheguei lá e fui maltratado.
_ Porque mereceu. -falei séria.- Quando aprender tomar vergonha na cara quem sabe eu te trate melhor bebê (selinho). E meu sogro hein?
_ Rua minha filha, quem fica em casa sou eu. -risos.- Ele disse que ia resolver não sei o que no escritório. Não soube de nada filho?
_ Não, Arleyde não comentou nada, nem o Testudo. -disse se jogando no sofá e pegando Puff em seu colo.-
_ Então não deve ser nada grave... Mas, ele saiu cedinho daqui. -disse ela, pegou Arthur no colo e foi se sentar também. Fechei a porta e me juntei à eles. Aproveitei que estávamos ali e fui contando das idéias que tive para o aniversário da Melissa. Contei as idéias que tive e comentei sobre ser na chácara em Londrina, pensando na privacidade que teria por ser mais fechado e a mídia não ter muito o que meter o nariz, não haveriam paparazzis. As pessoas teriam fotos se os convidados viessem a publicar.- E o tema?
_ Monster High. Ela ama aquele desenho, fazer o que né? -ri.-
_ Eu ainda preferia outro. -Luan disse.-
_ Caverna do Dragão? É da sua época amor, a menina é novinha.
_ Vai a merda, vai.
_ Luan! Que isso...
_ Desculpa. -riu.- O papo tá ótimo, mas isso é com vocês. Eu entro com o dinheiro... -disse se levantando.-
_ Onde é que você vai?
_ Jogar videogame. E ele vai comigo. -pegou Arthur.- Bora garotão! -Puff começou a latir e rosnar pro meu filho.- 
_ Vem aqui  vem cachorrinho mais lindo. -ele veio todo faceiro pro meu colo e ficou que até dormiu.-


  Mari e eu fizemos um café da tarde, comemos muito bem e depois chamei Luan pra irmos buscar Melissa na casa do Dudu. E eu fui dirigindo aquele carro absurdamente caro e tendo que ouvir suas gracinhas.

_ Eu dirijo muito bem, seu palhaço.
_ Dirige? Tô vendo, quase matou o gato.
_ Idiota. Vou enfiar essa merda num muro aí você vai ter motivos pra reclamar.
_ Você não é louca, eu te mato.
_ Deixa de ser burro, se eu enfiar o carro no muro eu morro não acha?
_ E se você pular do carro? 
_ Você assiste muito filme de ação.
_ Falou a bonitona que teve uma festa dos Velozes e Furiosos.
_ Cala a boca, vai. -disse rindo.- Chegamos.
_ Graças à Deus! Tô vivo. -fez o sinal da cruz algumas vezes e depois riu vindo me abraçar e beijar.- Te amo Pichuletinha.
_ Ridículo. -desliguei o carro e desci.-
_ Fala aí boizera... -se cumprimentaram.- Oi Nandinha, tranquilo? -assenti o cumprimentando com um abraço também.- Entra aí, estão tudo aí dentro.


  E estavam mesmo. Alice, Melissa e Manuella correndo pela casa. Nicolas no videogame e minha amiga na cozinha.

_ Deixei de castigo aí pra aprender.
_ Haha, como ele é engraçado. -disse ele pegando o pano para secar as mãos, deixou em cima da mesa e veio falar conosco.- Como estão?
_ Bem e vocês?
_ Ótimos. -sorriu e lhe deu um beijo rápido.- 
_ Hmmm novidades casal?
_ Ainda não é certeza, mas se for o que suspeitamos... -colocou as mãos na barriga e eu fiquei até mesmo surpresa lhe dando um abraço e desejando-lhe os parabéns.-
_ Tá louco hein... Não fecha a fábrica não?
_ Sempre em atividade, não pode perder o ritmo. -risos.-
_ Homens. -dissemos nós duas juntas.-
_ Boi, recebi uma música e cara, muito parecido com o seu estilo... -e foi assim que perdemos nossos homens. Como sempre, e foi o momento em que colocamos o papo de mulher em dia e foi assunto pra mais de metro. Quando realmente anoiteceu, nos deu fome, meu leite começou a vazar e era hora de voltar pra casa.-
_ Deixa mamãe... Só hoje...
_ Não acho boa ideia não, a Sô tem que dormir.
_ O papai vem me buscar amanhã.
_ Pode ficar tranquila Nandinha, o tio Dudu aqui cuida direitinho.
_ Ele ensinou eu a toca violão, tia. -disse animada e vindo para o meu colo.-
_ E você gostou?
_ Muito. -sorriu.-


  Nos despedimos e fomos pra casa, Melissa acabou dormindo na casa dos Borges mesmo e nós fomos buscar Arthur e ficamos por lá mesmo.

(...)

  Luan voltou a viajar na sexta à tarde, quando foi no domingo à noite a Sô me ligou convidando para um show em Jurerê do Jorge e Mateus. Seria na terça e iríamos voltar na quinta depois do almoço, perguntei o porque do convite e ela disse que as crianças iriam para a casa dos avós, Dudu foi convidado para participar do show e ela não queria ficar sozinha no camarote ou até mesmo no backstage.
  Eu fiquei na dúvida entre aceitar ou não e acabei conversando com a Mari que se ofereceu pra ficar com o Arthur e disse que eu poderia ir tranquila. Então arrumei minha mala na segunda à noite e quando foi na terça pouco mais de três da tarde segui para a casa da Mari e de lá segui para o aeroporto. 














~.~
  Hi guys!
  E aí minhas gatinhas, como estão? Fiquei com muitaaaaaaaaas saudades de escrever e postar mais um capítulo e demorou mais que o previsto porque ocorreu um imprevisto, ainda que pequeno, mas imprevisto. Enfim... Voltei, postei e agora quero saber de vocês. Como reagiram com a passagem de tempo? A saída repentina do Luan? E a viagem da Nanda para Jurerê? Contem tudo e não me escondam nada. Beijos, e nos vemos em breve. Combinado?

  Ah e para quem desejou melhoras e perguntou se eu estava bem, sim melhorei 89% rs. Mas, tô bem de boa. Byee.. 

sábado, 23 de janeiro de 2016

Capítulo 188

Narrado por Fernanda
  Amanheceu o dia e me surpreendi por ter despertado antes mesmo do Arthur. Luan ainda dormia até mesmo por não estar acostumado acordar tão cedo, a menos que fosse realmente necessário.
  Fiquei ali olhando-o dormir, acariciando seu rosto, mexendo em seus cabelos. Ele ficou incomodado e virou para o outro lado. Alisei suas costas nuas e fui distribuindo beijos por sua pele lentamente, ombros... pescoço... mandíbula... e quando estava chegando nos lábios fui surpreendida com as suas mãos segurando meu rosto e dando início à um beijo de bom dia com direito a mordida no final.


_ Promete me acordar assim todos os dias? -assenti sorrindo.- Bom dia, princesa.
_ Bom dia (bocejei). 
_ Tá cedo, né?
_ Muito. Arthur nem acordou ainda. -falei me cobrindo por inteira.- Aí que preguiça de levantar.
_ Volta a dormir. -abraçou minha cintura e me deu um beijo na testa.-
_ Não posso seu preguiçoso. -disse saindo de seu abraço.- Vou tomar um banho.
_ Eu até iria se não estivesse com tanto sono. -riu e fechou os olhos voltando a dormir minutos depois.


  Como pode um ser humano dormir tanto assim? Esse Luan me surpreende. 
Joguei uma água rápida no corpo e bem morninha, porque estava muito calor e quando saí corri pro closet.


_ Ôh Fernanda!
_ Pois não...
_ Arthur acordou...
_ E?
_ E tá chorando, tô com sono poxa... -revirei os olhos e ainda enrolada na toalha fui até o quartinho dele.-
_ O que foi meu amorzinho? -o peguei no colo.- Tá com fome, príncipe? -ele chorou mais ainda.- Ôh môdeuso, mamãe tô querendo tomar um banho. -ri enchendo-o de beijos.- Vem com a mamãe amor.


  Voltei pro quarto e fui me trocar, isso com ele no colo. Foi difícil? Foi. Mas, consegui depois de quase meia hora. Primeiro troquei sua fralda, amamentei e o coloquei de pé pra arrotar e então descemos. Lupy estava na sala, parecia aqueles tapetes de pele (risos). Lucila estava por lá lendo seu livro e não se importou de segurar o pequeno enquanto eu me alimentava.

_ Pensei que estaria viajando...
_ Eu também Davi, mas acabei optando por ficar.
_ Você ou ele escolheu por você? -perguntou puxando a cadeira e se sentando perto de mim.- Vejo que você é feliz com ele, que se amam... Mas, não mude quem você é. Super personalidade é única e suas vontades também. -se levantou dando um beijo na minha testa.- Pensa nisso gatinha. -e saiu deixando eu e a Luci sem o entender.
_ Por que será que todo mundo vive me aconselhando? Eu mudei tanto assim?
_ Mudar é bom, mas as vezes causa estranheza.
_ Entendi muito viu, Luci. -ri e voltei a comer.


(...)

  Eu sabia que a Mari acordava cedo, assim como meu sogro e a Mê. Então liguei para eles assim que terminei de dar banho no Arthur e os convidei para "nos visitar" e disse que poderia até fazer um almoço, chamar a Bru. Eu precisava me distrair e o Luan só queria saber de dormir.
  Eles toparam e se encarregaram de ligar pra Bruna. Liguei pra Lila, Isa e o Rober também... Dudu e a Soraya, e acabou que um simples almoço se tornou um churrasco entre amigos ou como dizem, uma resenha.


_ Luan, acorda! -pulei em cima dele.- Vai, amor!
_ Saí, Fernanda! Saí!
_ Delícia da minha vida, vamos levantar. -tirei a coberta dele, deixei as costas dele à mostra.- Amor... -arranhava suas costas suavemente.-
_ Meu, se eu levantar daqui...
_ Vai me encher de beijos, não é? -ri e me inclinei mordendo seu ombro.- Luan... -sussurrei.-
_ Fernanda deixa eu dormir...
_ Amorzão, gostoso da minha vida. -ri.- Dá um beijinho, dá?
_ Saí fora. -ficou se mexendo até me derrubar e subiu em cima de mim.- E agora, hein? Vai fazer o que? -dei um selinho e fui passando a língua em seus lábios até que ele abriu a boca e eu pude roubar um beijo decente.-
_ Acordou, amorzinho?
_ Agora sai, tô cansado.
_ Vou colocar o menor biquíni que eu tiver, postar uma foto de costas e dizer que estou carente porque o meu noivo não quer me dar atenção. -e levantei indo para o closet.-
_ Porra! -falou baixo.-
_ Olha a boca.
_ Fica quietinha, fica. -e o vi passar indo para o banheiro.-


(...)

  Luan ainda demorou pra se arrumar, tanto que eu desci e fui ver se a Martinha queria ajuda, depois fui com a Luci dar uma ajeitada nas coisas lá fora. Ainda fomos à feira e quando chegamos ele ainda estava no banho, banho demorado ou ele voltou a dormir. Fico com a segunda opção. Sei que chegamos, fui avisar o Davi do churrasco e ele disse que iria pensar, acredita nisso? Subi e fui me trocar, coloquei um maiô, um shorts, chinelos, óculos escuros e desci.

_ Chegamos. -meu sogro abriu a porta, colocou Melissa no chão e ela veio correndo.-
_ Mamãe! -sorria, toda linda minha princesinha estava crescendo tanto.-
_ Tudo bem com você meu anjo? -a peguei no colo e nos abraçamos outra vez.- Como você tá?
_ Tô bem, eu tava com gripe a vovó disse. Aí não posso tomar sorvete. -fez bico.-
_ Poxa, filha. -fiz o mesmo.- Oi sogrinha, oi sogro lindo. -os cumprimentei com um beijo no rosto e um meio abraçado por Melissa estar comigo ainda.- Nem preciso falar para ficarem à vontade, já são de casa.
_ Vou ir acendendo a churrasqueira.
_ Por favor, sogro. Porque seu filho é uma vergonha, uma negação!
_ Por que coitado?
_ Mari, o Luan tá no quarto ainda.
_ Não mais, estou na escada ôh linguaruda. -riu vindo até nós e cumprimentando seus pais.- Não ganho abraço mais não? -Melissa passou pro colo dele e eu fui ajudar a Mari levar os doces para cozinha. Porque minha sogra é um anjo e preparou tudo com muito, muito amor.- Cadê a Piroca, Xumba?
_ Estava indo tomar banho ainda, e faltava arrumar a Laura. Perguntei se ela queria carona, porque eu e seu pai já estávamos entrando no carro. Mas, ela não quis não.
_ Ah se fosse eu. -risos.- Chamou mais alguém? -sua pergunta foi respondida vinte minutos depois, quando os outros resolveram chegar juntos e com os filhos.- 
_ Amo essa casa cheia. -falei abraçando um por um, as meninas principalmente e o Rober é claro. Não é menina, mas é o baixinho que eu mais amo.-
_ Já deu de abraço, né? Tá ótimo... -entrou no meio de nós dois.- Saí fora Testudo.
_ Tio! Tio... -Melissa e Manu foram correndo e se penduraram nas pernas do Rober enquanto eu cumprimentava a Isa.-
_ Amiga! -risos.- Quanto tempo né?
_ Super, desde... Três dias atrás. -risos.- Está melhor? -neguei.- Mas, vai ficar. -sorriu me dando um abraço apertado e sincero.- Cadê o mini Luanzinho?
_ No colo de alguém. -ri.- Entra... Fica à vontade.
_ Fala isso não, que se ela for folgada igual o namorado estamos lascados.
_ Luan, se comporta. -Mari o repreendeu nos causando risos.- Eduardo Borges...
_ Xiii lascou.
_ Na minha casa você não aparece, né? -ele coçou a cabeça e riu junto com o Luan.- Tô de olho viu.
_ Ôh Mari, tô te devendo uma visita, né?
_ Muitas. -risos.- 
_ Ele nem de casa saí, eu viajo mais que ele.
_ A diferença é que eu trabalho. -disse ganhando um tapa nas costas.- Agressiva.
_ Ridículo. -risos.-


  Encostei a porta e fomos todos lá pra fora, abri dois guarda-sol por causa dos bebês (Laura e Arthur) e falei pro Luan montar a piscina pequena para as crianças: meus afilhados, Manu, Melissa e  Nicolas. Enquanto meu sogro quis ficar de olho na churrasqueira e nós mulheres fomos nos sentar, deixando os homens se virarem para colocar a mesa.

_ Hm... Que sol gostoso, ótimo pra queimar a bunda. -Soraya falou e concordamos rindo.-
_ Queria entender porque está de maiô, cunha...
_ Não tô pronta pra usar biquíni. Tô me sentindo inchadinha.
_ Querida, que inchada o que...
_ Tô sim Mari, mas vou fazer um exercício assim que der. -risos.-
_ Eu dizia o mesmo, e o único exercício que eu faço é carregamento de peso. -Dalila disse rindo.- Meus meninos pesam demais...
_ Eles cresceram né amiga e estão lindos.
_ Aí vejo vocês falando de filho e dá até vontade de ter um. -Isadora dizia sorrindo.- Mas, ainda acho cedo... Nem casei.
_ Eu tinha planos também, mas deu ruim. Brinquei demais e o resultado foi uma barriga.
_ Não sei qual. -risos.- Pensei que fosse para os States...
_ Na verdade eu queria, Sô. Mas, pra evitar brigas eu fiquei. -disse sorrindo sem jeito e elas entenderam e logo mudaram de assunto.


  O intuito era eu me distrair e pelo menos por enquanto estava dando certo. Conversas, comida e pra eles, bebida... Fotos escrotas, algumas até que bonitinhas... E uma tarde gostosa na piscina depois do almoço.

_ Martinha, sua comida é a melhor. -Dudu dizia de boca cheia, Rober e Luan concordavam.-
_ Tá vendo sogra, deixa esse bando de safado passar fome.
_ Vou deixar mesmo. -falou causando resmungos.- 
_ A comida das duas pode ser boa, mas a minha. -falei brincando.- É a melhor comida caseira. Haha.
_ Come aqui e morre em casa. -Rodrigo disse e voltaram a rir.-
_ Aí seus bestas. 
_ O povo que ama uma bagunça. Bora fazer um som, bora?
_ Agora?
_ Já rapaiz...


  Luan achou um violão dentro de casa e voltou nos juntamos todos e passamos o dia assim, na tranquilidade e de certa forma isso me fez muito bem. Muito mesmo.



Narrado por Luan
  Conforme foi anoitecendo fomos entrando e alguns se despedindo. Dudu foi o último a ir embora, Rober e Isa dormiram por aqui mesmo.
  Melissa estava mais que cansada, brincou o dia todo na piscina e estava esgotada. Lhe dei banho, jantamos e ela quase caindo em cima do prato.


_ Amor, sobe ela... -Fernanda pediu e eu o fiz. Deixei ela em seu quarto, cobri com o edredom, liguei o abajur, beijei sua testa e antes de sair apaguei a luz e deixei a porta encostada.- Ela não acordou?
_ E nem vai... -disse me sentando.- Brincou tanto que está desmaiada.
_ Ela cresceu hein boi. Daqui a pouco tá é namorando.
_ Namorando com o meu cinto, isso sim. -falei sério e ele riu.-
_ Esse Luan é tão iludido, acha que tá fácil assim... Se ela puxar sua teimosia, você tá lascado.
_ Se puxar a sua eu estarei lascado em dobro.
_ A Nanda não tem cara de quem é muitoooo teimosa.
_ Ha! Cê num conhece não Isinha, isso aqui é um perigo. -falei e ela fez careta.-
_ O papo tá bom, mas tô indo nessa que eu vou dormir cara. Tô cansadão.
_ Boa noite. -falamos juntos e o casal foi para o quarto de hóspedes.-


  Fernanda e eu continuamos na sala. Ela deitada no meu colo, quieta e um tanto longe. Toda molenga com os meus dedos em seus cabelos, estava relaxando e ao mesmo tempo distante... Muito distante. 
  Fiquei até mesmo um pouco mal, porque sabia que ali em silêncio e em sua casa ela estava pensando na dona Olga.


_ Uns dias em Ubatuba não seriam ruins, não é? -pensei alto.-
_ Hm?
_ Viajar...
_ Ah tá... Pra onde?
_ Ubatuba amor... 
_ Prefiro um hotel fazenda com piscina e cachoeira, cavalos e muito verde. -suspirou.- Ela gostava tanto de cavalgar...  -fechou os olhos.- Eu sei que tenho que seguir em frente e estou tentando, mas... Parece ser tão difícil. -senti suas lágrimas molharem minha bermuda.-
_ Chora princesa, não segura o choro não... -a abracei.- Vou falar pra você igual falei com a Mê.  Tente se recordar sempre dos bons momentos, os sorrisos, os conselhos... Tenho certeza que vai ter muita vontade de sorrir ao invés de chorar. 
_ É que as vezes eu acho muito injusto pessoas assim como ela, terem uma morte tão horrível. Porque me dói saber que é algo que não tem cura pela medicina.
_ Você não deveria pensar assim... -falei calmo e tentando procurar as palavras certas.- As coisas acontecem por uma razão, é Deus quem permite. Nós não entendemos, até mesmo questionamos... Mas, é preciso.
_ São em momentos assim que vejo que o dinheiro não tem valor nenhum. Porque não adiantou a fortuna dos meus pais, nem mesmo a dela... Aí são tantos pensamentos que eu fico perdida. -me apertou ainda mais no abraço e voltou a ficar em silêncio.-
_ Vai ficar tudo bem princesa. -beijei sua testa.- Vamos subir?
_ Queria ficar um pouco lá fora... Você vem?
_ Tenho uma ideia melhor... -ela voltou a se sentar no sofá e eu me coloquei de pé.-
_ E qual seria ela?
_ Cantar. -sorri.- Isso sempre me acalma, pode ser que ajude aliviar o seu coração também. -ela ficou me olhando e sorrindo.- 
_ Não sou muito boa cantando, Luan. Arthur que o diga, Melissa também...
_ Não é muito afinada não, mas eu amo escutar. -ri e ainda tive que desviar para não ser acertado com uma almofada.- Deixa de ser agressiva.
_ Ridículo você, Luan. Como você é ridículo.
_ Saudades de você me chamando assim. -me inclinei.- Agora vem logo, antes que meu sono chegue.
_ Não são nem (bocejou) dez da noite...
_ Mas, você já está com sono...


  Lhe dei a mão e depois de pegar o violão nós fomos pro quintal, nos sentamos perto da piscina e fui ensinar ela tocar.

_ Tá de parabéns, quer me ensinar no escuro.
_ Sou muito bom. -riu.-
_ Super... Muito bom, em tudo. Menos me ensinar, porque sou uma negação com qualquer instrumento. Meu negócio é dançar e não me lembro de você dançando comigo muitas vezes.
_ Só danço no palco que lá eu não tenho vergonha. -disse sincero.-
_ Você nunca fez a linha tímido.
_ Sempre fui. -começou a me dar sono e ela bem tranquila olhando a lua e pouco que se enxergava das estrelas. Nessas horas que eu sinto falta de estar em Campo Grande, no meio do mato mesmo, perdido em meio as árvores e desfrutando de um céu imensamente estrelado.-
_ Acho que perdi o sono... 
_ Eu te faço dormir, bora lá pra cima.


  E fomos. Nos deitamos e entre beijos e carícias nos amamos intensamente e depois disso ela não demorou a dormir, assim como eu.
  Na manhã seguinte levantei bem cedo, queria fazer algo diferente. Então saí da cama iria dar 7 da manhã, desci as escadas sabendo que encontraria com a Martinha chegando e não deu outra, lá estava ela com seus fones de ouvido colocando as sacolas de compras sobre a bancada e virada de costas para a entrada da cozinha, o corredor.
  Fui até ela lentamente e abracei sua cintura fazendo com que ela desse um grito e por impulso um pulinho.


_ Bom dia minha linda. -beijei seu rosto.-
_ Olha aqui menino, eu não tenho sua idade não. -colocou as mãos no peito.- Eu ainda morro com um susto desse, tem juízo não?
_ Pouquinho só. -ri.- Vai me dar bom dia dona Marta?
_ Bom dia, e o que é que tu tá fazendo acordado essa hora? Tá é cedo demais... Ou ainda não dormiu?
_ Dormi um pouco. Queria preparar dois cafés da manhã, mas para pessoas diferentes.
_ Hm... Diga logo.
_ Para as minhas princesas, Martinha. E uma delas acorda daqui uns 15 minutos.
_ Eu te ajudo...


(...)

  Martinha caprichou com as duas bandejas de café da manhã, e eu fui seu auxiliar e ainda levei muita bronca por beliscar uma coisinha e outra.

_ Pronto, agora é só entregar. -sorriu e eu subi pro quarto da Melissa e pontualmente ela estava acordando, olhei no relógio que estava na parede e marcavam 7h17min.-
_ Bom dia minha princesinha. -ela coçou os olhinhos, bocejou e estava sem coragem para se sentar.- Fala bom dia pro papai...
_ Tô com sono papai, eu só quero fazer xixi. -"Igualzinha a mãe, sabe quebrar um clima como ninguém."- 
_ Calça o chinelo e vai lá no banheiro, antes que faça nas calças.
_ Sou uma mocinha, não faço xixi na cama papai. -e foi pro banheiro toda nervosa, bufando. Essa minha menina viu.- Ôh papai...
_ Eu.
_ Não é eu que fala, é senhora. Igual eu chamo minha vó e meu vô. -dei risada.-
_ Senhora. 
_ Tá doendo quando vou fazer xixi. 
_ Doendo o que?
_ Meu xixi...
_ Deixa eu ver...
_ NÃO! Chama minha mãe, você é menino! -gritou e quando abri a porta ela fechou as pernas pondo a mão na frente. Ôh menina ligeira viu.-
_ Sua mãe tá dormindo...
_ Não tô não. -olhei pra trás e ela estava bocejando, descabelada e com a minha regata, só com a regata.- Bom dia amor. -selou meus lábios e entrou no banheiro.-
_ Mamãe tá doendo.
_ Deixa a mamãe ver, deixa... -e num passe de mágica tudo se resolve. Neguei com a cabeça e saí deixando-as mais à vontade.-
_ Tá tudo bem aí?
_ Não sei o que, vamos ter que levar ela no médico porque ela está toda vermelhinha, pode ser alguma alergia. -falou saindo do banheiro com o bebê de cinco aninhos no colo.- 
_ Sabe se o médico deles atende hoje?
_ Acho que sim. É só ligar e ele vem numa boa. -falou despreocupada voltando a colocar Melissa na cama.-
_ "É só ligar e ele vem numa boa." Como assim, Fernanda?
_ Como assim o que?
_ Nada não. -fiquei quieto.- 
_ Nossa filha café na cama é? -brincou se sentando ao lado dela.-
_ Era um pra cada, mas não deu muito certo...
_ A gente come juntinhos, vem cá amor. -peguei a dela e tomamos café ali juntos, na cama da Melissa.- Aí você sujando toda sua roupa.
_ Tem problema não mamãe, relaxa... 
_ Relaxa né sua cara de pau... Vamos tomar um banho já já que eu vou ligar pro Dr. André pra ele vim aqui te ver.
_ Ah não, ele sempre me dá remédio ruim.
_ Mas, você fica boa logo. Então funciona. -riu.- E você?
_ O que tem eu?
_ Não vai tomar um banho não? -piscou e eu dei risada.-
_ Vou, mas preciso de ajuda pra lavar os cabelos.
_ Vai indo que eu já chego pra te ajudar.


  Não preciso dizer o que rolou no banho. Digo que foi muito bom, por mim começaria todas as manhãs assim. Depois do banho ela foi se vestir e pediu para que eu pegasse o celular e ligasse pro tal médico e ele atendeu todo sério, profissional... Gostei disso, profissionalismo. Ele disse que passaria aqui antes de ir para o escritório, desliguei.

_ Que foi que tá com essa cara?
_ Ciúmes. -ela riu e voltou a pentear os cabelos.- Ele vem aqui muitas vezes?
_ Quando você viaja ele vem todas as noites e me ensina algumas coisinhas de anatomia.
_ Ah é... Vou mostrar a anatomia do soco pra ele.
_ Bobinho. Bate nem na Melissa. -riu.- Vai por uma roupa.
_ Quero ficar pelado, não posso?
_ O corpo é seu neném. -e saiu do quarto.


  Me arrumei, fui pro quarto da Melissa e ela estava chorando. Fernanda estava com ela, mas parecia que a tal da dor havia piorado.

_ Tá dando febre nela. -disse preocupada.- Acho que não vamos viajar hoje.
_ Calma, que o Dr. daqui a pouco está aí.
_ Viajar pra onde, papai?
_ Hotel fazenda, o que você acha?
_ Tem cavalo? -assenti.- Então eu quero.
_ Só se o médico te liberar.
_ Droga. -ficou emburrada.-
_ Sem ser malcriada. -Fernanda disse.-


  Demorou um pouco até que o tal do André chegou, e de cara de pediatra não tinha nada. Tava mais pra Jack, cara de canalha e todo bombado, iria ficar bem de olho e se ele aprontasse alguma eu o jogaria pela janela.



Narrado por Fernanda
  Mais exagerado que o Luan, só dois Luan. André chegou e examinou nossa pequena, ficamos de olho é claro por ela ser uma criança, ser menina e ele um homem... Enfim... Depois que terminou tudo, ele conversou conosco e disse que não era nada demais. Era uma irritação por causa do papel higiênico, mas passou um remédio para prevenir uma infecção na urina e depois foi embora.


_ Vou poder viajar?
_ Vai não, vamos ficar todos em casa. -Luan disse e ela ficou cabisbaixa, tadinha.-
_ É mentira dele filha, nós vamos. Mas você tem que ficar bem logo.
_ Eu já tô.
_ Tem que parar de arder a florzinha.
_ Florzinha?
_ É meu anjo, mais bonito que falar periquita. -ela riu tapando a boca.-
_ Tá bom. -sussurrou.-
_ E aí moças, vamos descer?
_ Podem ir, vou dar de mamar pro pequeno e aí nós descemos.
_ Ele tomou banho?
_ Ainda não. -fiz careta.-


(...)

  Melissa quis ficar no quarto, no meu quarto vendo minhas coisas. Deixei, afinal o que ela poderia fazer?

(...)

_ Mamãe, olha! -desceu os degraus e quando chegou na sala, Luan não se aguentou e riu muito, fiquei olhando.- Tô bonita? -ela estava com as minhas coisas, uma blusa que ficou um vestido, pôs um cinto, meu salto e fez uma meleca que chamou de maquiagem e ainda pegou uma bolsa.-
_ Tá linda! -Luan disse e ria mais ainda.- Igualzinha sua mãe...
_ Idiota. -o bati.- Você mexeu nas coisas da mamãe, é?
_ Tava vendo uma que cabia, e quase que eu não achei. Tive que tirar tudo...
_ Aé, e agora ficou bagunça lá?
_ Poquinho. O papai ajuda eu depois... Vou brincar tá?
_ Cuidado pra não cair princesa... -falei e ela saiu rumo à sala de jogos.-
_ Eu não lembro dela tão arteira assim, tô aqui imaginando a bagunça que ele fez no meu closet.-
_ Depois cê arruma.
_ Depois você arruma gato.


  Deixamos ela ir brincar e se divertir por lá e ficamos na sala vendo filme enquanto Arthur dormia no bebê conforto mesmo. Trocamos alguns beijinhos, e eu acabei dormindo no colo do Luan. Acordei com ele inquieto.

_ O que foi hein?
_ Ela vai estourar as cordas do meu violão desse jeito. -escutei umas "notas".- Mas, não quero estragar a brincadeira.
_ Onde ela tá? 
_ Biblioteca. -me levantei e devagar fui até ela.-
_ Não, não e não. Tá tudo errado! Começa dinovo. -e tocava mais e mais.- Vai, e vai logo! -ela estava imitando o Luan. Ri tanto que atraí sua atenção.- Vem mamãe, vem assistir meu show. -entrei e sentei no chão mesmo, de perninha de índio.- Hoje vou cantar uma especial!


  Eu até chorei com ela cantando uma música do Jorge e Mateus, Luan até filmou da porta. Ela cantou e "tocou" a música ciclo inteirinha, toda linda.

_ Chora não coleguinha. -sorri e ela veio me abraçar.- Te amo mamãe.
_ Eu que amo você minha filha. 
_ E quem ama o paizão aqui?
_ Nós duas. -e foi um abraço coletivo.- Agora é hora da senhorita tomar um banho, pra mamãe passar o remédio na sua florzinha.
_ E tem aí?
_ Tem um monte, pomada é o que não falta porque Arthur ganhou de monte também.
_ Mais vai sair minha make, tô diva assim mamãe.
_ Diva? Onde cê escutou isso?
_ Eu vi no snap do Gloss...
_ Fernanda! Como que você deixa ela seguir o Bruno? Ele fala muita besteira.
_ Ela nem entende. -ri.- Amor, relaxa. Você tá meio ranzinza, eu hein... -dei um selinho nele e saímos dali indo direto para o quarto, dei outro banho nela e depois de lhe secar passei a pomada com cuidado e fui falando que ela não podia ficar pondo a mão e que quando fosse ao banheiro que me chamasse, mesmo que fosse fazer xixi. Aproveitei e dei o comprimido para previnir a infecção.-
_ Batata frita! -comemorou só de sentir o cheiro ainda descendo as escadas.-
_ Você gosta né pequena?
_ Amo, mamãe. -falou pulando os quatro últimos degraus e indo correndo pra cozinha.- Martinha!
_ Sua filha tem a mente de gordo igual você.
_ Eu que como mais que um boi, né? 
_ Mais que um elefante. -ri indo para a cozinha também.- Arthur, lindo da mamãe. -Luan estava com ele no colo, ainda estava acordado com os olhos bem atentos.- Que vidão hein, colo o dia inteiro. Quero ver acostumar no berço depois porque quando você tá aqui a coisa mais difícil é ele estar no berço.
_ É saudade muié.
_ Saudade, é? Não vou falar é nada.


(...)

  Melissa custou pra dormir aquela noite e Arthur foi na onda. Deixei os dois juntos no quarto dela, ele no bebê conforto e ela sentada na poltroninha brincando de boneca e eu deitada na cama quase dormindo.

_ Cê num acha que tá na hora de dormir não?
_ Não, quero brincar.
_ Amanhã você brinca mais filhota. Vamos dormir, vamos?
_ Sem falar com o papai do céu? -e foi aí que oramos e depois de ler uma história de uma princesa qualquer ela dormiu. Arthur também, mamou e dormiu.-
_ Acho que perdi o sono, ôh crianças viu.
_ Quer um chazinho?
_ Se for de picão eu aceito. -ele engasgou com a própria saliva me fazendo rir horrores.- É brincadeira amor. Vamos deitar e dormir bem agarradinhos.
_ Muito?
_ De conchinha.
_ Quentinhos?
_ E suados. -ri.- E não esquece que amanhã...
_ Tá, já sei. -disse fechando a porta e apagando a luz.- Juro que vamos para um hotel fazenda?
_ Acho muito bom, melhor para as crianças.
_ Beleza então patroa. -nos deitamos e depois de desejar boa noite um ao outro dormimos.















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   O dia a dia deles sendo apenas pais é tão lindo. Amo essa família...