{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

domingo, 30 de abril de 2017

Capítulo 225

Narrado por Luan
  Fernanda e eu terminamos nosso banho e voltamos para a cama, nos deitamos e ficamos batendo um papo como de costume sempre que eu ficava alguns dias fora de cara. Falamos sobre os nossos filhos, sua rotina na empresa e em casa, minha rotina na estrada, shows e hotéis da vida. Ela sempre me dando total atenção e demostrando preocupação em saber se eu estava comendo direito, dormindo bem e cuidando bem da minha voz e saúde.
  Percebi que ela estava cansadinha, então disse que estava com sono e ela se aninhou em meus braços e foi a primeira a dormir, dando-me o momento de observar um pouco mais de seus traços, tocar sua pele macia e sorrir ao lembrar que essa mulher incrível é minha... minha amiga, namorada, noiva, esposa, mãe e conselheira.


(...)

_ Passou neném, a mamãe e o papai tá aqui. Não precisa chorar, o papai tá dormindo. -escutei Nanda sussurrar.- Quer tomar uma aguinha?
_ Quelo deitar, só. Com você mamãe.
_ Tá bom, mas olha só... o papai está descansando. 
_ Tá mamãe. -as duas se deitaram, Helena no meio virada de costas pra mim.- Mamãe.
_ Oi Nena.
_ Tá na hora de levantar. -dei risada e ela virou pra mim.- Papai cê acordo?
_ Acordei pequena, e você?
_ Tamém. Vamo brinca?
_ Do que?
_ Casinha, eu a mamãe e você o papai.
_ E sua mãe?
_ É a vovó.


  Fernanda continuou deitada e eu me levantei para brincar com ela que tinha levado algumas bonecas, ficamos assim por um tempo. Depois comecei me trocar para o show da noite e ela me acompanhando em cada detalhe.

_ Papai, a mamãe tá dormino.
_ Vou acordar ela, já já. -terminei de me vestir e sentei na cama para despertar a donzela.- Amor.
_ Hm...
_ Tá na hora de levantar. -beijei seu rosto e ela cobriu a cabeça, virando para o outro lado.- Nega...
_ Hm...
_ Tô só te esperando pra gente ir...
_ Sério?
_ É. Levanta, amor.
_ Aham. -peguei o celular e fiquei olhando as redes sociais enquanto ela pensava em levantar.- Cadê a Helena?
_ Deitada aí do seu lado, tá vendo desenho.
_ Você nem deu banho nela?
_ Ah, eu já tô pronto amor. Ela vai me olhar todo.
_ Por isso que eu dou banho nela primeiro. -disse tirando a coberta de cima do corpo e levantando da cama.- Vai ficar querendo também.
_ Não vou não, mais tarde tem mais.
_ Tem mesmo, Helena dormiu a tarde toda, tudo o que ela não vai querer é dormir. Boa sorte.
_ Ah, não brinca cara.
_ Ninguém mandou você fazer ela dormir a hora que chegamos. Eu poderia esperar numa boa, seu apressado.
_ Só eu que quis, né?
_ Não, eu também... mas eu esperaria. -risos.- Neném, a mamãe vai te dar banho.


  Ela ficou de pé, ainda olhando o desenho.   Fernanda tirou toda sua roupa, a fralda e seguiram para o banheiro. Deixei as duas e fui procurar o Roberval.

_ Preciso de um favor, boi.
_ Lá vem. -entrou no banheiro e deixou a porta aberta, sentei na cama e falei.
_ Você é o dindo dela, uai. Só queria levar minha mulher pra jantar.
_ E se ela chorar?
_ Ela não vai, e mais você leva jeito.
_ Eu fico, mas você sabe que não vai dar muito certo.
_ Tem que dar. -risos.
_ Tá pronto?
_ Eu sim, mas... tenho uma mulher que vai se trocar ainda, maquiar e ainda tem uma bolsa pra arrumar.
_ É bom você ir dar uma agilizada, temos uma hora e meia.
_ Ela é rápida.




Narrado por Fernanda
  Helena estava pronta e sentada na cama me esperando. Primeiro arrumei meu cabelo, depois minha maquiagem e por último o troquei a roupa.


_ Mamãe, cê tá linda.
_ Obrigada meu amor, você também tá linda.
_ Obrigada. -me mandou beijo.- Mamãe...
_ Oi filha.
_ Quelo bota batom tamém.
_ Faz biquinho. -ela fez e eu passei o meu, depois ela pediu o celular e ficou no YouTube.


  Luan tinha saído do quarto e voltou quando nós duas estávamos prontas. Ele pegou minha bolsa, Helena no colo e eu fiquei com os celulares e o cartão do quarto.



Narrado por Melissa
(...)


_ Gente, eu quero ir pro meio da bagunça. -Nayara comentou.- Pelo amor de deus, vamos descer um pouco.
_ Tá muito cheio lá embaixo, vamos nem conseguir andar direito.
_ E daí, aqui o povo nem dança. -ela riu.
_ Vamos Mê, daqui a pouco a gente volta. -Tacy insistiu e nós descemos as escadas, chegando lá embaixo passamos no bar e cada uma pegou o que iria tomar, pedi uma coca-cola.- Vou no banheiro. -disse para mim e a Nay.
_ E eu vou beijar na boca, porque eu não sou obrigada. -Nayara falou terminando sua dose e saindo, sentei no banco que tinha no balcão do bar e peguei o celular.
_ Ah não, a noite está tão chata assim?
_ Não, está bacana. -sorri ao olhar para ele.- Eu só estava... -balancei a cabeça e ele riu estendendo a mão.
_ Robson. -segurou minha mão e me deu um beijo no rosto.
_ Melissa. -ele puxou um banco e se sentou do meu lado.
_ Mais uma irmão. -ergueu sua garrafa mostrando ao garçom.- Sozinha?
_ Não, com duas amigas. E você?
_ Vim com uns amigos, viagem da faculdade.
_ Ah sim. -tomei um pouco mais do refrigerante e ele me encarando na maior cara dura.
_ Sabe que eu estava de olho em você desde a hora que você chegou? 
_ Deixa de conversa vai, disse isso pra mais quantas? -tentei descontrair o puta clima e ele me olhou nos olhos outra vez e disse que não estava mentindo.
_ Você é linda, não mentiria pra você. -ri.
_ Entendi. -tomei mais da coca e olhei para os lados procurando as meninas, quer dizer, a Taciane que deveria ter descido com a descarga.
_ Tá esperando alguém, né?
_ Minha amiga disse que iria no banheiro e até agora nada.
_ Querendo fugir de mim, não é?
_ Não eu só não queria ficar com ninguém ainda. -sorri sem jeito.
_ Sem problemas, podemos dançar... conversar... -ele tinha uma lábia do caramba, não tinha como enrolar não.   Passamos uns minutos no maior clima é papo, mas não rolou beijo. Ele me convidou para dançar e lá estava eu na pista de dança, estava no intervalo e tocando aquele sertanejo que minha mãe ama dançar.- Você dança bem.
_ Fui bailarina alguns anos, levo jeito pra coisa. -pisquei segurando seu ombro.- E você também não é nada mal.
_ Minha mãe me levava para as aulas com ela, não que eu goste muito. Mas aprendi. 
_ Gostei de você. -ri.
_ É recíproco. -dançamos duas músicas e meia antes de eu ver Taciane chegar no bar e dizer a ele que iria voltar para lá com ela. Nos despedimos e eu voltei em passos largos.
_ Vaca, por que fez isso comigo?
_ Beijou? -perguntou com um sorriso do coringa no rosto.
_ Não.
_ Não acredito Melissa, ele te deu o maior mole, te levou pra dançar e você nem tirou uma casquinha.
_ Ele é legal. -coloquei uma mecha do cabelo atrás da orelha.- Dança bem.
_ Deve beijar muito bem também, ai se eu fosse solteira. -risos.
_ É, mas não é. Sossega.
_ OK. Mas que aqui tem muitos gatos, ah tem e muitos.
_ Meninas, voltei. -Nayara apareceu com os cabelos presos em um coque, batom borrado e ofegante.- Amiga, por que você não ficou com o Robson? Cara super bacana, solteiro e o amigo dele disse que ele tá de olho em você faz tempo.
_ Então foi você? Que amiga hein.
_ Eu me recuso aceitar que você passe quatro noites aqui e não pegue ninguém, nada disso Melissa.
_ Não tô com vontade, só isso.
_ Aproveita enquanto tá solteira. -piscou e pediu uma água para o barman.- Vamos lá fora um pouco, aqui tá quente.


  Realmente lá fora a atmosfera era outra, estava quente, mas fresco. Fiquei sentindo a brisa, quieta, ouvindo as duas tagarelas falarem sobre o beijo da dona Nayara.

_ Melissa!
_ Oi?
_ Bora pegar mais uma caipirinha? -assenti.- Limão, amo. -risos.
_ Vamos lá comigo, é aqui do lado. -fomos até o bar a céu aberto e pedimos a tal da caipirinha e voltamos para onde estávamos.- Meu, gostei bastante daqui e nunca tinha vindo. -comentei.
_ Nem trouxeram a gente aqui na nossa viagem de formatura, #chatiadissima. 
_ Até eu, aquela época eu estava livre, leve e solta. -risos.
_ Fala isso mas não larga do boy, que eu sei. -falei.
_ Não mesmo, ele faz bem e me faz bem. 
_ Socorro, sem detalhes da vida sexual. Não sou obrigada.
_ OK, não está mais aqui quem falou. 
_ Olha a selfie girls. -só deu tempo de virar o rosto para a câmera e mostrar um meio sorriso.
_ Sua cara tá a melhor, Mê.
_ Tô vendo. Tira uma minha aqui Tacy, por favor.
_ Sai daí Nayara.
_ Nops. -fez caretas, ri e minha amiga fotografou me devolvendo o celular.- Fiquei linda, pode postar.
_ Ridícula.
_ Socorro, minha música. Bora voltar lá pra dentro. -viramos os copos e partimos para dançar antes mesmo de eu publicar a foto. Nayara era a mais baladeira do trio, sempre foi assim. Não era difícil zoar quando estávamos juntas, eu até me soltava bem mais. Nem lembramos mais de subir as escadas, dançamos muito, de doer os pés por conta dos sapatos de salto... dei uma pausa para ir ao banheiro, jogar uma água no rosto e pescoço, prender os cabelos e fazer xixi né.
_ O que acham de subir um pouco?
_ Ah não Nay, tem uns puffs ali perto do bar, e vazios. -uma atrás da outra, fomos em trenzinho no meio do pessoal. Tivemos um impedimento que foi minha amiga ser laçada pela cintura e dar aquele beijão, não deu nem tempo dela ver o cara. Nayara e eu demos risada e continuamos nosso percurso até que nos sentamos.
_ Viu besta, só você que não se permite ser feliz. -ri tirando os sapatos e encostando a cabeça na parede, a música continuava, mas minha cabeça estava longe... eu já estava legal de álcool.
_ Que amigas hein.
_ Gostou de beijar o boy que eu sei, lindo hein. Te pegou de um jeito que até eu fique com vontade.
_ Ele é doido, falou que eu tinha uma boca linda e que beijar ela deveria ser maravilhoso e beijou. Puta que pariu, que beijo. -minha amiga ainda estava ofegante, sorrindo e com o batom borrado.
_ Fiquei com vontade também, todo mundo saiu do zero a zero. -risos.
_ Depois você beija, vamos dançar vai.
_ Calma aí, tô postando minha foto.


"Relatos das Ilha dos Aquários. 🍹❤"



  Nessa de dançar, amanhecemos ali. Com os saltos e celulares em mãos saímos da Ilha dos Aquários em direção a escuna que nos levaria de volta, estávamos cansadas.  Subimos na ponte e uma parede musculosa me puxou pelo braço.

_ Opa. -falei rindo.
_ Te achei. Pensei que já tivesse ido. -fiquei olhando pra cara dele e tentando lembrar o nome, eu estava cansada.
_ Vai dizer que ficou procurando agora.
_ Melissa, vamos logo. -Tacy me chamou.
_ Preciso ir. -falei me esquivando.
_ Anota meu número?
_ Cadê o seu celular? -esperei ele tirar do bolso e tirei de sua mão, coloquei meu número e sai andando. Contei para as duas o encontro rápido antes de entrarmos na escuna e voltarmos para a pousada. Chegamos, tomamos banho e tratamos de ir dormir.




Narrado por Fernanda
  O show foi terminando e eu já estava descendo do palco com a Helena que não deixou de pular em um único segundo, e ainda saindo correndo pelo corredor do backstage. Não me preocupei porque tinham seguranças em todas as possíveis saídas e nenhum deles deixariam uma criança de três anos furar esse bloqueio.
  Entramos no camarim, troquei a fralda dela no sofá mesmo e levantei pra ir jogar no lixo do banheiro.


_ Mamãe, eu quero ir com o tio.
_ Daqui a pouco ele tá aqui, senta aqui no sofá pra esperar o papai.
_ Tá bom. -nesse meio tempo respondi as mensagens que estavam "não lidas" no whatsapp.
_ Cheguei família. -disse num tom exagerado, brincando com a Helena.- Amor, vamos...
_ Calma, ainda falta gente.
_ Vamos só nós dois, o que cê acha?
_ Você tá aprontando, não é?
_ Talvez. -Arleyde começou a rir, o denunciando totalmente. Roberval entrou com uma boneca e doces.
_ Luan Rafael.
_ Leninha, quer ir dar uma volta com o tio?
_ Quelo, tchau mamãe. -e desceu que nem olhou pra trás, Luan deu o cartão do quarto pra ele e virou pra mim.
_ Não me olha com essa carinha, eu só queria sair uai.
_ Não vamos demorar, né?
_ Relaxa, o Testa disse que liga qualquer coisa e a Lelê vai estar no hotel. Bora gatinha.
_ Onde vamos?
_ Jantar fora, fiz a reserva e tudo.
_ Tá bom, só um minutinho. -sentei no sofá e tirei meu batom da bolsa, assim como meu delineador. Luan sentou do meu lado e eu pedi pra ele segurar o espelho enquanto retocava minha maquiagem. Depois de terminar me despedi da Arleyde e dei a mão pro bonito.- Do que você tá rindo?
_ Nada. Eu te amo tá? -beijou meu rosto.
_ Eu também amo você, mas ainda acho que você está aprontando. -ele continuou rindo. Saímos pelo fundo e uma boa galera estava a espera dele, que parou e falou com todos rapidamente e entramos no carro alugado.
_ Já olhou seu instagram?
_ Não... -o fitei bem e peguei o celular correndo, entrei no instagram dele me deparando com uma foto nossa.

"Até retocando a maquiagem ela é linda. Eu te amo ❤💏"



_ Bobo, olha minha cara de paisagem.
_ Tá linda demais, nem precisava de maquiagem.
_ Ah precisava sim, claro que precisava. -ri.
_ Não vai comentar não?
_ Daqui a pouco, deixa eu aproveitar de você vai.
_ Já quer abusar de mim?
_ Estamos sozinhos, e isso não acontece sempre. -sentei em seu colo e fomos namorando até chegarmos em frente ao restaurante.


  Well nos deixou descer e nós entramos e desfrutamos de um belo jantar a dois. Ele sabia como me surpreender com "pouco", ter uma conversa agradável e animada, falar de nós e dizer coisas lindas. Eu amo esse homem demais.







~.~

   Eu curtindo muito escrever essas viagens. Não sei, mas acho que alguém está querendo aprontar. Ai ai. 😂

Capítulo 224

Narrado por Melissa

(...)


_ Ô delicia de lugar, finalmente chegamos. -comentei animadamente assim que aterrissamos.- E melhor, ainda está calor. Amo!
_ Estou com sono, acredita?
_ Sim, eu também e muito. -Nayara respondeu a Tacy ainda bocejando.
_ Vamos dar uma animada aí porque eu quero aproveitar.
_ Aproveitar a praia ou piscina?
_ As festas. -respondi e as duas deram risada.- Sério, vocês leram o cronograma da viagem?
_ Podemos fazer muitas coisas em quatro dias aqui.
_ Também acho Tacy, mas podemos decidir isso enquanto tomamos café. -falei e as duas me olharam surpresas.- Não sei vocês, mas eu estou com fome.
_ Gulosa.
_ Fica quietinha, Nay. 
_ Comemos não tem nem três horas.
_ Uma saladinha de frutas cairia bem. -dei se ombros, Nayara negou fazendo caretas.- E você Tacy?
_ Tô me sentindo um balão de tanto que eu comi na sua casa. Quero pôr um biquíni e cair na água, porque eu não sou obrigada.
_ Vocês são fraquinhas, af.
_ Falou a forte, marombeira, que bate uma pratada de pedreiro. -Nayara ficou me zoando.- Lutadora de sumô.
_ Cala a boca Nayara, fica quietinha, fica.
_ Aí, vamos logo pro hotel vai.
_ É pousada meu amor, pou sa da. Ainda tenho que ligar pra minha avó e avisar que cheguei. -falou dando as costas e pegando o celular, eu e a Tacy fizemos o mesmo. Liguei pra minha mãe.
_ Oi mãe.
_ Oi Mê, chegaram?
_ Sim, acabamos de chegar. Estamos indo pegar as bagagens para irmos para a pousada.
_ Que ótimo, como foi o voo?
_ Tranquilo, nem dormimos. -ri.- E a Nena?
_ Tá aqui toda chata.
_ Não fala assim dela, mãe. Ela só deve estar com sono, só isso.
_ Ela já chorou, já chamou seu pai, até brigou comigo. Agora tá na bad, deitada no tapete junto com os cachorros. -risos.
_ Vocês duas não viajam hoje?
_ Sim, daqui a pouco. Só vou precisar passar num petshop antes para comprar a casinha dos bebês para viagem.
_ Até eles vão?
_ Sim, vamos todos tirar uma folguinha. -riu.- Olha, vou desligar. Se cuidem, juízo e muita diversão. Beijos, amo você.
_ Pode deixar, também te amo mãe. -e encerrei a ligação.- Agora sim começa.
_ Por favor, né. -risos.


  Pegamos nossas bagagens, chamamos o táxi e fomos para a pousada que ficava um pouco mais afastada do aero, mas que ficava muito próximo da praia. Estava bem quente, mesmo no inverno, nós pagamos pela corrida e entramos para fazer o check in e pegarmos a chave do quarto. Sim, ficaríamos juntas. 
 Subimos pelo elevador, estávamos hospedadas no 2° andar em um quarto estilo suíte, era muito grande e aconchegante. Havia uma cama grande de casal e uma de solteiro próxima, duas cômodas, penteadeira, um baú no pé da cama e o banheiro que era todo lindinho embora fosse pequeno. Olhamos tudo, inclusive pela varanda contemplando um cenário maravilhoso, a praia ao fundo e logo abaixo a piscina da pousada, com alguns coqueiros mais atrás e espreguiçadeiras.


_ Tá, é lindo, eu sei. Mas é bem melhor aproveitar do que só tirar foto. Vamos, logo. -Taciane disse deixando a mala em cima de uma das camas e abrindo para trocar de roupa.
_ Já quero. Vamos, Melissinha... aproveitar bebê. -Nay disse rindo, olhei para o celular e nenhuma nova mensagem.- Depois o boy manda mensagem, vai logo caraio. -fiz careta e entrei indo até a minha mala. Escolhi um biquíni lindo, maravilhoso e que eu amava e o vestiria com certeza para curtir o primeiro dia em Porto Seguro.
_ Uau, que gatas! -falei vendo-as prontas.- Vamos?
_ Você não ia comer, cão?
_ Tem quiosque aqui, quero camarão. 
_ Não era saladinha de frutas, ô gorda?
_ Ai Tacy, é o que matar minha fome. -risos.- Selfie, please. -tiramos aquela selfie e publiquei no insta com uma legenda bem sutil "Bahia, chegamos. ☀" e guardei o celular no bolso da saia.




Narrado por Fernanda
  Assim que Melissa desligou eu desci para sala, queria ver minha neném. E lá estava ela, deitada de barriga pra cima, olhos fechados e abraçadinha com o Thor.


_ Neném da mamãe, levanta do chão.
_ Mamãe bigou com a Nena, não.
_ A mamãe não brigou não meu anjo, eu só falei pra você deixar de manhã. -expliquei.- Que tal darmos uma volta? -ela abriu os olhos, me olhou e fez que não com a cabeça.- Helena, vem logo.
_ Tá veno, tá bigando.
_ Vou te deixar sozinha então, tchau. -peguei meu celular e quando ia saindo ela levantou correndo e abraçou minha perna.- Ué, não vai ficar?
_ Não mamãe, eu tenho medo.
_ Sem vergonha. -falei rindo.


  Eu até iria levar os cachorros, mas seria bagunça demais. Uma Helena só bastava.   Fomos no meu carro mesmo e não demoramos por lá, quando voltamos pra casa dei um banho nela vestindo uma roupa mais quentinha, tomei o meu banho e estávamos prontas para passear, como diz ela.
  Pegamos o voo no horário certinho, sem atrasos e estávamos aterrissando na cidade em que o meu amor estava, Vila Velha - Espírito Santo. Pedi um táxi e fomos os quatro para o hotel, não demoramos nem meia hora e o motorista já estava estacionando.


_ Oi amor, tudo bem?
_ Ótimo. -disse com voz de sono.
_ Nós chegamos, qual o número do quarto?
_ Não sei não.
_ Acorda pra falar comigo, por favor? -escutei a cama mexer, ele bocejar, o barulho da torneira e uns instantes depois ele voltar.
_ 307.
_ Minha entrada está liberada?
_ Tá, tá sim. -desliguei e me dirigi a recepção do hotel para fazer o check in. Mas a mocinha não quis me falar o andar, ameaçou chamar os seguranças para mim.
_ Pois não, senhora.
_ O meu marido está hospedado aqui no quarto 307, eu só vim fazer o check in e pegar a chave reserva.
_ Sr. o Luan Santana está hospedado com a equipe neste mesmo andar.
_ Ele é o meu marido. -revirei os olhos.- Vou precisar pedir pra ele descer aqui pra eu poder subir? -eles ficaram me olhando com cara de idiota, como se eu fosse alguma louca. Respirei fundo, contei mentalmente até... mentira, não contei nada, porra nenhuma. Liguei pra ele outra vez.- Tá vestido?
_ Sim, por que?
_ Desce aqui, não querem me deixar subir.
_ Como assim não querem deixar você subir, Fernanda?
_ Não deixando. Desce aqui amor.
_ Tô indo. -e desligamos, continuei em pé, esperando. Luan demorou três minutos contados no relógio, saiu do elevador todo lindo, de moletom e regata.
_ Papai. -Helena saiu correndo e pulou no colo dele, que a pegou e veio na minha direção.
_ Oi minha linda. -deu-me um selinho demorado, um abraço.- Tudo bem?
_ Tudo em ordem. -sorri.- Vamos subir?
_ Sim. -olhamos juntos para o balcão e a mulher de branca estava pálida, não sabia onde enfiar a cara. Assim como o responsável dela que queria se explicar, mas não demos chances e subimos.
_ Ô cheiro bom. -cheirou meu pescoço me causando arrepios.- Delícia. -risos.- E essa minha princesinha gostosa?
_ Papai, eu tava com saudade. Até chorei.
_ Chorou minha neném?
_ É, papai.
_ E a mamãe não fez nada?
_ A mamãe bigou com a Nena, papai.
_ Brigou, foi? Ô Fernanda, pra que isso?
_ Foi pra você que ela fez manha? Quis fazer burra? Então não fala nada. -disse e ele riu beijando o rosto da filha mais uma vez. O elevador chegou ao terceiro andar e nós descemos, encontramos com o Well saindo de seu quarto e Roberval caminhando na nossa direção.- Oi Well, oi Rô. -os cumprimentei.
_ Tio. -abriu os braços indo para o colo do "padrinho".- Oi tio Well.
_ Oi pequena, cadê meu abraço? -e assim ela trocou de colo novamente enquanto Luan e eu estávamos de mãos dadas, indo até o quarto dele.
_ Agora pode me dar um beijo decente? Tô cansado de selinhos. -me abraçou pela cintura, segurando minhas mãos nas costas e encostou sua boca na minha dando um selinho gostoso e iniciando um beijo com muita saudade, sua boca na minha, a língua passeando e indo de encontro com a minha de uma maneira deliciosa e nossa. Eu estava com saudades tanto quanto ele, soltei minhas mãos levando-as até seus cabelos e puxando-os devagar, trazendo-o mais para mim. Suas mãos que estavam na minha cintura já apertavam minha bunda, sem pressa, fazendo com que um grunhido escapar entre o beijo. Como ele era gostoso e sabia beijar como ninguém, desci minhas mãos alisando seus braços e sentindo seu membro dar sinal de vida. Eu queria senti-lo, prová-lo... Não exitei em pegá-lo e apertar por cima da calça. Estávamos loucos para tirar a roupa e cair na cama, mas Helena nos chamou cortando totalmente o clima. Dei risada escondendo meu rosto em seu peito, deixando que ele acariciasse minhas costas e plantasse um beijo carinhoso no topo da minha cabeça.
_ Te amo, sabia? -sussurrei.
_ Não mais do que eu amo você. -selinho.
_ Papai, solta a mamãe. Pega eu!
_ Papai precisa ir no banheiro, a mamãe te pega. -deu um tapa na minha bunda e saiu em direção ao banheiro.
_ Vocês dois hein, não dão uma folga. 
_ Ah, eu tô com saudades do meu homem. Beijo mesmo. -risos.- E aí paizão, como você está?
_ Ansioso pra chegada do meu menino. -dizia todo bobo, peguei Helena no colo e sentei na cama.- Falta pouco.
_ Pouco mesmo, também estou muito ansiosa, pensa numa madrinha babona... sou eu. -risos.
_ Pior eu que sou pai de primeira viagem... -Rober e eu conversamos por uns minutinhos sobre a chegada do Bê e sobre ser pai de primeira viagem, Luan saiu do banheiro e juntou-se a nós, deitando na cama e pegando o celular.- ... o papo tá bom, mas o dever me chama. Bora boy.
_ Vou nada, cara. Não deixo minhas neguinhas aqui por nada. -me beijou.- Né filha.
_ É tio, papai vai ficar comigo agora. -disse séria, toda bicuda.
_ Tem nem tamanho. -risos.
_ Mas é folgadinha, viu. Se prepara.  -ele negou com a cabeça e saiu fechando a porta, levantei para trancar e aproveitei para ficar descalça antes de subir outra vez na cama.- Agora sim. -selinho.
_ Fizeram boa viagem?
_ Sim, dormimos né filha?
_ É papai, tiramos soneca igual na escolinha. 
_ Não quer dormir mais não? -entendi a pergunta dele e dei risada, Helena ficou olhando e tentando entender.
_ Para amor, deixa ela quietinha né?
_ É. Papai, a Nelissa foi no avião com a Tatá e a Ná.
_ E você deixou? -Luan deixou ela falar bastante e deu uma canseira na bichinha, uma hora e meia depois que chegamos Helena estava dormindo, dormindo pesado.
_ Seu sem vergonha. -ele riu e subiu em cima de mim na cama, segurando minhas mãos acima da cabeça e com uma perna em cada lado do meu corpo.- Fez ela dormir pra isso, é?
_ É sim, pra gente dar uma namorada gostosa.
_ E se ela acordar?
_ Não vai, ela está em outra cama e se acordar também... o quarto está todo fechado, tudo escuro.
_ Danadinho.
_ Você também. -riu mordendo meu pescoço, deixando minha pele toda arrepiada, distribuindo beijos até o meu peito e voltando para a boca. Não preciso dizer qual a sensação de estar nos braços daquele homem, o desejo era crescente e meu corpo aos o acendia a chama de querer tê-lo cada vez mais.- Tira essa blusa, tira.
_ Tiro o que você quiser. -falei puxando sua blusa e deixando-o nu da cintura pra cima.- Inclusive essa calça. -segurei elástico e ele riu vindo me beijar outra vez. Rolamos pela cama e cada vez que um beijo acontecia, uma peça de roupa era atirada até que estávamos nus, Luan me penetrou fundo e com força, não gritei por sua boca estar na minha, mas arqueei todo o meu tronco. 
_ Não grita, vai acordar nossa filha. -dizia tapando minha boca com a mão.- Vou tirar minha mão..
_ Uhuum... -gemi abafado.
_ Certo. -ele voltou a apoiar as duas mãos no colchão e entocar mais uma vez, era gostoso, sensual a nossa maneira e bastante excitante. Seus toques eram precisos, quentes e deixavam sempre a vontade de ter mais. O ritmo não diminuía, assim como a intensidade, alguns minutos naquela posição e depois ele me pediu pra ir por cima... segurei suas mãos e dei muitas cavalgadas deixando-o ir fundo, revirando os olhos sim e mordendo os lábios sempre que sentia a vontade de gemer gostoso.- Gostosa, senta mais... isso. -bateu na minha bunda e deixou suas mãos irem para a minha cintura, afundava os dedos na minha pele e seguia meus movimentos com o quadril entrando ainda mais e me preenchendo por inteira.- Ah, Fernanda. Continua assim amor, nossa... -inclinei o corpo para voltar a beijá-lo e gemer em seus lábios, sem parar.
_ Estava com saudades sabia? Muita... 
_ Eu sei, também estava louco de saudades suas... mais rápido, Fernanda.
_ Chama de novo, chama...
_ Minha gostosa, cavalga gostoso pra mim, vai... -deu polegar encontrou meu clitóris e ele massageava lentamente, vez ou outra pressionava até que eu estar gozando em cima dele.- Isso, Fernanda. -meu corpo estava em espasmos, deixando minhas pernas perderem um pouco das forças. Sem deixar que ele saísse de mim rebolava devagar em seu colo, sentindo-o pulsar dentro de mim e seu jato quente em seguida.- Caralho. 
_ Não grita. -ri, o beijei mais, deitando ao seu lado e me abraçando a ele.-
_ Não vou me cansar de você nunca... -mesmo com o quarto escuro, eu sabia que ele estava de olhos fechados, alisava minhas costas com carinho e sem pressa.
_ Também. -disse tranquila.
_ Quer tomar um banho? E dormir um pouco?
_ Não, quero transar mais. -ele tossiu, me arrancando risadas.- Desculpa, amor.
_ Tô bem, eu só...
_ Vamos pra banheira, vai. -ri me levantando e correndo descalça para o banheiro do quarto. Olhei no espelho e meu cabelo estava todo bagunçado, passei as mãos e improvisei um coque frouxo, prendendo com o próprio cabelo. Ele entrou no banheiro me abraçando por trás e beijando minha nuca.- Veio rapidinho, né? -ele me virou de frente pra ele e segurou minha cintura, pondo-me sentada em cima da pia. Olhei com um sorriso nada discreto, e ele retribuiu levando seus dedos até o meu sexo.
_ Molhadinha, né? -contrai todo e qualquer músculo da boceta e ele riu tirando os dedos e chupando.- Do jeito que eu gosto. -abriu mais minhas pernas e abaixou a cabeça sem cerimônias, antes de sentir sua língua senti o ar quente e ofegante de sua respiração, beijos molhados e uma chupada de arrancar o fôlego.- Ãn!
_ De novo?
_ Sim. -joguei minhas pernas por cima de seus ombros e deitei um pouco o corpo sem me importar de bater a cabeça no espelho, fechei os olhos e desfrutei do momento, me desfazendo como geleia ao atingir um orgasmo daqueles, sem ter tempo de me recuperar antes de outra entocada.- Luan.
_ Mais?
_ Por favor... 
_ Você é uma safada, Fernanda.
_ Sou mesmo, continua. -ele riu me pegando no colo e entrando no box, me prensou na parede e me deu um trato daqueles que só ele sabia. Ligamos o chuveiro e ficamos ensaboando um o outro, foi divertido... mais divertido ainda saber que ele ainda estava duro. Fiquei ajoelhada, de frente pra ele e deixando a água escorrer enquanto o lambia e chupava, fazendo-o se segurar nas laterias do vidro para não escorregar. O seu pulsar, suas veias saltadas e aquele gostinho maravilhoso de piroca. Saber que o estava retribuindo me deixava bem, mais excitada que antes. Ele pegou minha cabeça e fodia minha boca, indo até o fundo da minha garganta, gozando e me fazendo engolir cada gota.- Me ajuda a levantar.
_ Com prazer, linda. -nos beijamos e ficamos abraçados, deixando a água correr por nossos corpos.




Narrado por Melissa

(...)


  Música, mergulhos e alguns drinks.
  Nossa tarde foi inteira assim, aproveitando a praia, sem muito celular e curtindo o calor que fazia naquele lugar lindo.


_ Primeira noite, primeira balada. -Nay comemorava.
_ Primeira noite e primeira briga. -Tacy disse bicuda e eu tive vontade de rir.- Sério meninas, o Bruno não queria que eu viesse.
_ Por? -perguntei dando total atenção ao que ela dizia.
_ "Porque época de férias ia ser só bagunça, balada e muitos solteiros". -o imitou.- Nós brigamos, e amanhã vai ter mais. Certeza.
_ Ai, manda ele parar de ser louco. Eu hein. -Nayara disse.- Você está com a gente, todo mundo aqui tem alguém ué.
_ É, mas a única que namora sou eu.
_ E daí? Vamos aproveitar vai, não pensa nisso não.
_ Não mesmo, tô só dividindo com vocês. -risos.- Um brinde? -ergueu a bebida.
_ Sempre. -brindamos e continuar sentadas no sol até que ele resolveu se pôr e nós voltamos para a pousada, para nos arrumar.


(...)

_ Uau, Leozinho pira. -Tacy disse para me irritar.
_ Ele nem falou comigo hoje. -comentei com elas que pararam de se maquiar, se olharam e deram risada.- O que foi?
_ Vocês se tratam como casal, mas continuam solteiros. Na boa, não entendo isso não. 
_ Ah Nay, você com o Cacá é a mesma coisa. -rebati.
_ Na na ni na não. Desde o início eu deixei bem claro que eu estava gostando de ficar com ele, de conhecer. Mas que até que isso realmente se tornasse um compromisso... sério, nós éramos solteiros. Sem cobranças, sem neuras, sem DRs. Agora você e o Leonardo ficam nessa putaria.
_ É amiga, não fodem nem saem de cima.
_ Ah Tacy, foder eles fodem muito. -riam.- Né, amiga?
_ Idiotas. -joguei o travesseiro nelas e fui para a sacada do quarto, peguei o celular e lá estava uma mensagem dele. Olhei para o celular e ignorei bloqueando a tela e encarando o céu estrelado com uma lua linda.
_ Ei, não falei aquilo pra te deixar chateada. Eu só não quero que você se prive de curtir a viagem pensando nele. Ele é meu amigo, mas ainda não é seu namorado. Entende?
_ Acho que sim. -dei um meio sorriso.
_ Melissa, pelo amor de deus, melhora essa cara e vamos.


  Pegamos nossas bolsas tiracolo e saímos do quarto indo para o elevador. Taciane e Nayara faziam sessões de vídeos no snapchat desde que entramos no elevador até chegarmos no hall. Iríamos para a balada Ilha dos Aquários, que ficava em uma ilha mesmo, tivemos que pegar uma escuna até lá e as duas filmando tudo. Evitei um pouco o celular, se gravei cinco vídeos foi muito.
  Assim que descemos eu já animei mais, a música rolava solta e bem alta. Fomos para a fila juntas, pagamos e colocamos as pulseiras que davam acesso a área VIP e entramos.


_ So cor ro! -Nayara foi a primeira a surtar quando viu que estava cheio e tinham até dançarinos. Tacy e eu demos risada seguindo em frente.- Gente, olha aquilo. -apontou para uma mesa que só tinham caras, neguei com a cabeça e abaixando seu dedo.- Preciso ficar com um deles.
_ Não começa hein. Mal chegamos, vem... queremos subir. -no começo da escada mostramos as pulseiras e recebemos uma taça personalizada com a data de hoje e o nome da casa. Agradecemos e continuamos a subir, lá em cima o clima era mais descontraído. Tinham menos pessoas, sem muita aglomeração e gente bêbada.
_ Sabiam que é open, né?
_ Já quero um balde. -brinquei.
_ Até parece que você bebe, você não gosta.
_ Não gosto de beber mais do que aguento e depois fazer merda culpando a bebida. Eu hein.
_ Um drink então?
_ Não. -discordei.- Quero um saquê de frutas vermelhas e muito gelo. -fomos até o bar e pedimos, minutos depois estavam prontos.- Um brinde ao que?
_ A uma viagem inesquecível. -levantamos os copos e brindamos sorrindo. Eu tinha certeza que aquela viagem marcaria minha vida e a noite só estava começando.







~.~
  Capítulo censurado, né? rs
 Tivemos nosso casal se encontrando e aproveitando o momento juntos. Enquanto do outro lado tínhamos uma Melissa iniciando sua segunda viagem apenas com as amigas. Vai dar ruim? Haha.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Capítulo 223

Narrado por Fernanda
  Com o Art e a Malu viajando com os meus sogros, eu não vi motivos para Maria ir todos os dias em casa, então combinamos que ela iria de terça e quinta até que eles retornassem da viagem. Nos dias em que ela não vinha, era eu quem cozinhava ou íamos comer fora.
  Helena e eu descemos para preparar o tetê dela, mas antes disso troquei a água dos cachorros e coloquei ração para que comessem. Seguimos para a cozinha e deixei ela sentada bonitinha na cadeira e fiz a mamadeira com leite e chocolate.


_ Mãe, bom dia. -Melissa chegou na cozinha ainda de pijama, com a cara toda amassada, sorrindo.- Bom dia Leninha.
_ Bom dia.
_ Bom dia Nelissa. Qui cê tá assim?
_ Assim como? -perguntou rindo.
_ Bagunçada, né mamãe? -assenti.- Cabelo tá todo po alto.
_ Porque ainda tá cedo, acabei de acordar.
_ A mamãe não acorda bagunçada não. 
_ Sua irmã é assim mesmo neném. Toma seu tetê, vem cá. -Helena veio para o meu colo e fomos para a sala, onde ela tomou o tetê deitada com a cabeça no meu peito.- 
_ Mãe, vai fazer o que hoje?
_ Dormir o dia todo. -ela franziu a testa sabendo que era mentira, rindo.
_ Queria dar uma volta no shopping, ir no salão.
_ Hm... continua.
_ Preciso fazer uma depilação decente, né mãe. Vou viajar, colocar biquíni. Não posso parecer um urso de tão peluda.
_ Ué, tá dando mais que eu e não tá depilada? 
_ Não é bem assim também né dona Fernanda, eu só quero melhorar o que já está bonito. Vamos comigo?
_ Ah, não. Você adora demorar no shopping e sua irmã não para.
_ Tem espaço kids em qualquer shopping que você for.
_ Você nunca ficou em um espaço kids, ela também não vai ficar. Nunca gostei de deixar filho meu com estranhos.
_ Ui, nossa. Nem quando queria fazer um amor com o meu pai.
_ Nem pra isso, deixava você dormindo e mandava ver embaixo de cobertas, no banheiro mesmo. Não tinha tempo ruim não.
_ Aí credo, isso é nojento.
_ Se fosse tão nojento você não faria.
_ É diferente, né mãe. Credo.
_ É a melhor coisa da vida. -comecei a rir, enquanto ela fazia caretas e Helena nos olhava sem entender uma palavra sequer.- Você quer ir só no salão?
_ Não né, ver umas lojas também.
_ Você e sua mania de shopping, você não vai comprar biquínis, nem roupa nenhuma.
_ Mas mãe...
_ Melissa, você tem roupas com etiquetas ainda. Quer comprar mais? Doa as que você já tem.
_ Quem é que vai querer roupas usadas? Fala pra mim.
_ Quem não tem roupa nenhuma pra vestir. -ela revirou os olhos e cruzou os braços.- Quer ir, então vamos logo.
_ Vou me arrumar. -e subiu correndo. Helena continuou deitada, tomando tetê e mexendo na blusa do meu pijama.
_ Mamãe a gente vai passear?
_ É, nós vamos passear no shopping.
_ Shopping não tem brinquedos.
_ Tem sim, alguns só. -ficamos conversando e ela como de costume estava me enchendo de perguntas.- Nossa nê, como você pergunta hein. -beijei seu rosto.
_ Nê de neném, mamãe?
_ (ri) É, de neném. 
_ Mãe!
_ Fala, Mê.
_ Vamos logo, vai dar dez horas.
_ Vai sair hoje por acaso? Tá com pressa de quê?
_ Urgh.
_ Tá rosnando, é? -risos.- Nena, vem com a mãe. Vou tomar banho.


  Subimos para o meu quarto, deixei uma troca de roupa em cima da cama e entrei no banheiro já me despindo. Helena entrou na banheira vazia e cruzou as perninhas.

_ Mamãe não pode mexer na toneira né?
_ É, não pode. Torneira não é brinquedo de criança.
_ Mas tem a di brinquedo né?
_ Sim, aquela igual a sua. 
_ Ah tá. -entrei no box terminei de tirar meu sutiã e calcinha, joguei por cima do vidro e liguei o chuveiro.- Mamãe.
_ Oi filha, pode falar.
_ Eu fez xixi agora. -desliguei o chuveiro e puxei uma toalha, enrolei no corpo e sai.-
_ Tem que pedir, vem cá. -peguei-a no colo e ela ainda estava seca, tirei a parte de baixo de sua roupa e ajudei ela se sentar no vaso.- Pode fazer... -Helena fez xixi, voltou para a banheira e me deixou tomar banho, mas não em silêncio. Não demorei para sair de vez, me secar e vestir a roupa que havia separado. Calça jeans, um cropped de manga comprida e sapatilhas.
_ Mamãe, cê tá bem linda.
_ Obrigado meu amorzinho.
_ Agora fala o que? -perguntou inocente me fazendo sorrir boba.- 
_ Nossa mãe, a gente só vai no shopping.
_ O que é Melissa?
_ Tá arrumada demais, eu hein.
_ Eu só ando arrumada, independente da ocasião. 
_ Sei, vou até mandar foto pro meu pai.
_ Me erra em garota, começa não. -falei indo até a penteadeira, soltei o coque que prendia os meus cabelos e os penteei. Arrumei novamente em um rabo de cavalo, passei uma maquiagem leve e estava pronta.
_ E eu mamãe? Tamém quelo batom.
_ Daqui a pouco, vem trocar de roupa. -fomos para o quarto dela, peguei uma meia calça mais grossinha, vestido de manga comprida, bota e touca de crochê.- Pronto, tá linda.
_ O batom mamãe. -pediu bicuda.
_ Tá na bolsa da mamãe, lá no carro.

Como iríamos no shopping eu a deixei de fralda, peguei outra troca de roupa e coloquei dentro da minha bolsa junto com as minhas coisas, carteira, maquiagem e coisas de mãe.
_ Melissa, anda logo.
_ Só eu vou assim, toda largada? -olhei e ela estava de tênis, legging e moletom.
_ Porque quer. E agora você vai assim, não quero saber.
_ Nossa mãe, eu...
_ Tá uma laigada bonita, Nelissa. -Helena ria.
_ Isso mesmo, tá linda. E pelo amor de deus, sem gritos.
_ Mas dói.
_ Não acostumou ainda? Que isso, você é minha filha, se liga. Deixa de ser mole.
_ Vai falar que eu tô mentindo agora?
_ Pro carro, já. -dei a mão pra Helena e deixamos a casa, arrumei a Leninha na cadeira e me acomodei no banco do motorista para aguardar Melissa.
_ Mamãe, o Thor vai ficar sozinho com o Puff? Ele tamém não é um neném? E se ele chorar?
_ Ele é cachorrinho meu amor, vai ficar quietinho em casa.
_ Não vai não. -cruzou os braços.
_ Não vamos demorar por lá, ele não vai ficar sozinho não. 
_ Mamãe. A Nelissa tá muito demorando. -revirei os olhos, concordando. Eram quase horário de almoço. Peguei o celular e disquei o número da bonita.
_ Se você não entrar nesse carro agora eu juro que faço ir sozinha, entendeu?
_ Calma querida, tô aqui já. -desligou e sentou no banco do carona.




Narrado por Luan
 Demorei um pouco para convencer da minha mulher viajar por uns dias comigo, sabendo que eu não estaria nem perto de São Paulo e estava feliz por isso. Ansioso, também. 
  Acordei no dia seguinte e estava com todo o gás. Passei a manhã dormindo, segui para o almoço e descansei uns minutos antes de ir para a academia. Voltei pro quarto, tomei aquele banho, vesti uma cueca limpa, um moletom e regata. Peguei meu celular e estava com a bateria zerada, coloquei pra carregar e liguei meu videogame.


(...)

_ Oi amor, aconteceu alguma coisa?
_ Eu que te pergunto. Não deram notícias o dia inteiro. -falei assim que ela me atendeu.- Já sei que estão vivas.
_ (riu) Desculpa, mas passei o dia fora com as meninas. Chegamos em casa, jantamos e as meninas estão se preparando para ir pra cama.
_ Passaram o dia todo onde? Posso saber?
_ No shopping, na verdade foi parte do dia. Chegamos lá e fomos no salão e eu deixei a Melissa lá e sai pra dar uma voltinha com a Nena tadinha.
_ Ela não gosta dessas coisas.
_ Gostar ela gosta, mas não pra ficar horas. Levei ela pra brincar naqueles brinquedos que ficam no piso superior.
_ Ela foi sozinha?
_ Não, eu tive que ir junto.
_ Em todos?
_ Na maioria, ela não queria ir sozinha no carrossel, nem na mini montanha russa e passou mal no barco viking. Tinha um brinquedo lá que era o simulador de uma moto dessas grandonas sabe? Fomos também. Isso sem contar a piscina de bolinhas e um cineminha que balançava as cadeiras.
_ Nenhum pula-pula?
_ Não para adultos, mas nesse ela correu e nem quis saber de mim. 
_ Certa ela uai.
_ Ela tem só três anos, apenas.
_ Relaxa amor. Mas me conta, como estão as coisas por aí?
_ Bem ué, nada de novo. Quer dizer, você deve ter esquecido... mas nossa filha viaja amanhã pra Porto Seguro com as amigas.
_ Ah, minha nossa senhora.
_ O que foi amor?
_ A última viagem em amigas ela perdeu o cabaço.
_ Que frase horrível, credo. Se chama virgindade, Luan.
_ Que seja, o que interessa é que ela pode conhecer outros caras lá e eu nem quero pensar...
_ Do jeito que ela está bem com o Leo, eu duvido que ela fique com outra pessoa. Mesmo achando que ela deveria.
_ Deveria sossegar isso sim. Você pensa besteira demais.
_ Antes de casar eu aproveitei minha solteirisse viu. Dei mesmo e pra homens diferentes, conheci outras bocas.
_ Olha as coisas que você está falando.
_ A verdade. E você também aproveitou ainda mais a sua que eu sei.
_ Eu sou homem, pra mim não fica feio.
_ Grande bosta, nossa. -tive vontade de rir, mas me contive.- Acho válido ela conhecer outros caras sim, não galinhar, mas pra saber como é.
_ Ela já sabe muito bem, não precisa ensinar mais nada.
_ Paizão ciumento.
_ Também, mas a questão não é ciúmes e sim o cuidado com a minha filha mais velha.
_ Aham, sei. 
_ Sabe de nada. Vem cá, quando ela volta mesmo?
_ São quatro dias só. Pega amanhã que é sexta, aí vai sábado, domingo e elas voltam pra Sampa na terça.
_ Ele não vai não, né?
_ Até onde eu sei, não. Mas se for também não vai fazer a menor diferença.
_ Depois você reclama que a Melissa tá assim, sem fazer nada, só saindo pra lá e pra cá.
_ Reclamei da falta de responsabilidade e não dela se divertir. São coisas diferentes, amor.
_ Entendo. -falei para não entrarmos em uma discussão.- Então vocês duas vem amanhã também?
_ É, só não sei o horário do voo.
_ Eu mando o Bicuço pra vocês.
_ Deixa o Leo descansar, não demora quase nada de voo comercial.
_ Sem escalas, né?
_ É. Nós vamos direto.
_ Busco vocês no aeroporto. Me manda mensagem?
_ Tá, mando sim.
_ Maria Luísa ligou?
_ Maria Luísa e Arthur se esqueceram que tem uma mãe, se eu não ligo, eles nem lembram.
_ Nem eu lembraria. -comecei a rir.- Lembra quando nós fomos? Tem muita coisa pra ver, eles devem estar aproveitando tanto que nem celular deve ficar com eles.
_ Não mesmo, quando eu ligo é sua mãe ou seu pai que atende e depois passa pros bonitos. -risos.- Tô com saudades dos meus bebês.
_ Bebês? Arthur já é um homem, Fernanda. Que bebê o que.
_ Ridículo, ele é o meu bebê sim.
_ Seu e de várias outras. -ri.- Ele está crescendo, virando homem. E você me vem chamar o menino de bebê.
_ Melissa é sua princesinha até hoje.
_ E é mesmo, as três. -ela deu risada.- Preparada pra passar uns dias comigo?
_ "Mamãe, eu tomei banho e pus pijama." "Ficou linda. Quer dormir já?" "Não ainda." "Mas você precisa descansar pra gente ir ver o papai amanhã." "Eu sei, mais não consigu sozinha mamãe. Eu sou pequena." -sorri ao ouvir aquela voz gostosa, toda linda.- "Quem cê tá falando?" "Com o papai." -escutei o celular cair, Fernanda xingar alguma coisa e não demorou para eu escutar a voz gostosa e que eu conhecia tão bem.
_ Oi papai, é a Nena.
_ Oi minha princesa, você tá bem?
_ Sim e você papai?
_ Tô melhor agora viu e cheio de saudade de você.
_ Eu tamém e a mamãe tamém, papai. Hoje eu fui no brinquedo de moto com a mamãe, e a Nelissa ficou passando o negócio na perna... -Helena gostava demais de conversar e quando pega a pra falar não parava. Fiquei quase vinte minutos no maior papo, eu e ela, até que ela pediu pra ir fazer xixi, depois deu boa noite e foi deitar com a irmã.
_ Como pode fazer tanta pergunta assim? -perguntei é minha mulher deu risada.
_ Hoje ela me fez um caminhão de perguntas, era uma atrás da outra sem me dar muito tempo pra pensar em uma resposta. Olha... tô ficando velha.
_ Uma velha gostosa pra porra. 
_ Sim, eu sou mesmo. Gostosa demais, uma quarentona com tudo em cima.
_ Concordo. Tudo bem em cima mesmo, tá louco. 
_ Obrigada. -risos.
_ Quer ir dormir, né?
_ Sim, amanhã vou levantar cedo já... boa noite tá? Até daqui a pouco.
_ Até daqui a pouco, vida. Sonha comigo, viu?
_ Digo o mesmo. -e desligamos.




Narrado por Fernanda
  Acordei no meio da madrugada sabendo que Melissa viajaria bem cedo. Desci e preparei um café rápido e prático para ela e as amigas, deixei tudo no jeito e me sentei na sala com o Puff, que estava acordado, e ficamos vendo TV.


_ Mãe, bom dia. -disse chegando na sala para me cumprimentar com um beijo. Estava pronta. Banho tomado, roupa trocada e óculos escuros.
_ Bom dia. E as meninas?
_ Estão vindo pra cá, já. Já desci minha mala.
_ Ótimo. O café está na mesa pra vocês, vou subir pra colocar uma roupa de frio na sua irmã para irmos levar vocês.
_ Ah, se quiser podemos ir de táxi.
_ Eu levo, não tem problema não. 
_ Tá bom, vou no banheiro.


  Melissa foi por um lado e eu por outro, entrei no quarto da Nena e peguei uma jaqueta de frio e meias mais grossas, daquelas que dava pra andar descalça pela casa, e voltei para o meu quarto onde ela ainda dormia. Consegui vestir a blusa de frio e outras meias sem que ela acordasse, peguei-a no colo e desci para a sala.

_ Bom dia, tia. -Taciane veio correndo me abraçar, mas tapou a boca quando viu que Helena ainda dormia.- Aí que coisa mais fofa é essa menina, linda até dormindo.
_ Minha filha né Taciane. -risos.- Tudo bem? Veio direitinho?
_ Vim sim, o boy me deixou aqui em tempo de viajar.
_ Sua cachorra, você dormiu na casa dele? -Melissa perguntou como se tivesse sido a coisa mais absurda da face da terra.- Seu pai não disse nada?
_ Não, só pediu para que nós tomarmos cuidado.
_ Meu pai poderia ser assim hein.
_ Mas não é. -elas riram.- Nayara desistiu? -perguntei.
_ Chegou a pessoa mais importante da viagem. -falou abrindo a porta, rindo.
_ Vai acordar a Helena ô boca aberta. -Melissa jogou o pano de pratos nela.
_ Deixa eu ver minha neném. -veio até o sofá, deu um beijo na testa da Nena e foi cumprimentar as amigas.
_ Vão tomar café pra gente poder ir logo. -as três obedeceram e entraram na cozinha. Voltei a me sentar e assistir até as meninas terminarem e podermos ir.


 Coloquei Helena no carro, em sua cadeirinha e fomos no meu carro para o aeroporto, não demoramos a chegar por ser madrugada ainda. Estava praticamente vazio, entramos e Helena no colo, toda manhosa e com as mãos cobrindo os olhos. Minha neném tinha era sono (risos). As meninas fizeram todo o check in e então aguardei com elas o horário do voo, nos despedimos e então voltei para casa.

_ Mamãe, meu tetê. 
_ Agora filha?
_ É, meu tetê mamãe. -fechei a porta e deixei ela no chão.- Não mamãe. -chorou.
_ Tá chatinha hein, a mamãe vai ir fazer seu tetê. Espera aqui no sofá.
_ Não quelo. -fez bico.
_ Não tem como eu fazer sua mamadeira com você no colo, espera aqui e sentada.


  Eu não tinha dado uma bronca, nem nada, mas ela me olhou toda chorosa, com as lágrimas pingando dos olhos e a boquinha trêmula. Não deu outra, ela abriu a boca e chorou muito, tudo por causa do sofá. Peguei ela no colo e não fiz tetê nenhum, voltamos para o quarto e fiz com que ela dormisse de novo.
  Ainda estava cedo, mas eu havia perdido o sono, decidi aproveitar e fazer as malas para a viagem com o maridão. Eu estava com saudades do meu branquelo bundudo e não via a hora de poder matá-la.









~.~
Mãe e filhas. Marido e mulher. ❤
Sim, eu já quero mais dessas viagens, né?

PS: Ainda não respondi os comentários anteriores, mas li todos e quando postar o capítulo 224. Tchau, tchau. 

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Capítulo 222

Narrado por Melissa
  Ah, dormir com o Leo foi muito gostoso. Desde a primeira vez que ficamos eu pensava que estragaria a amizade e hoje vejo o quanto isso era besteira. Nos damos muito bem, continuamos sendo melhores amigos e eu me sinto segura estando ao lado de uma pessoa que quer o meu bem, que me trata com carinho e atenção, me corrige porque não quer que eu quebre a cara e sabe me fazer sorrir. Somos assim, amantes e amigos.
  Dormimos de conchinha e acordamos no dia seguinte cheios de preguiça, levantei da cama e fui trocando de roupa, vestindo a da noite anterior. Ele vestiu uma bermuda, calçou o chinelos e nós descemos para tomar café da manhã na companhia de seus pais, irmãos, cunhada e sobrinha. Todos já estavam ali e acordados, só estavam tomando café para depois colocarem as malas no carro e seguirem para a viagem de férias.
  Comemos, e ele foi me deixar em casa. Nos despedimos com um beijo e desci do carro para entrar em casa. Tirei o celular da bolsinha e estava entrando quando dei de cara com a minha mãe e minha irmã arrumadas, penteadas e ela com uma bolsa.


_ Bom dia, Nelissa. -Helena se soltou da minha mãe e veio me dar um abraço e beijo no rosto.
_ Bom dia Leninha, bom dia mãe.
_ Bom dia.
_ Vão sair?
_ Vamo fazer o quarto do neném da dinda.
_ Ah é? -perguntei sorrindo.- Não vai me levar, Nena?
_ Não. É segredo mamãe disse.
_ Vão demorar?
_ Por que? Já quer sair de novo?
_ Mãe, eu nem saio.
_ Imagina se saísse né Melissa? Cuidado hein. Pode não parecer, mas eu estou de olho. Tchau.
_ Tchau, Nelissa. -e saíram.


  Fechei a porta e subi para jogar uma água no corpo e trocar de roupa, liguei para as meninas e ficamos conversando pelo Skype, vendo o que iríamos levar na mala para essa nossa viagem de apenas quatro dias em um paraíso adolescente como aquele.
Biquínis, OK. Shorts, OK. Top, OK. Nada de calças, nem blusas de manga, apenas um moletom para um caso extremo e sapatos... rasteirinhas, chinelos, nada de sapatos fechados. Estava tudo pronto, inclusive minha necessarie.


_ Fechei minha mala, e vocês duas? -perguntei rindo, sabendo que nenhuma das duas haviam terminado.- 
_ Documentos? -Nay perguntou, me fazendo olhar para a cama antes de lembrar onde os tinha colocado.
_ Na mala de mão, amiga. -respondi.
_ Vou terminar as minhas coisas... aqui em casa. Falo com vocês depois, beijos. -Nayara disse se despedindo, ficamos só eu e a Tacy, continuamos nos falando por uns minutos e enfim encerramos a chamada.


(...)

  Fechei as malas, deitei na cama e fiquei curtindo ainda mais minha preguiça e acabei cochilando. Minha mãe chegou com a Helena que subiu as escadas correndo, correndo e batendo nas portas até encontrar a do meu quarto aberta.

_ Nelissa! -gritou se jogando por cima da minha barriga.- Eu e a mamãe chegou.
_ Tô vendo. -falei bocejando, estava sonolenta ainda.
_ Vem ver o que ela troxe pro neném da dinda. -pegou minha mão e saiu querendo me puxar pelo quarto.
_ Helena calma, você vai se machucar. Meu deus menina. -acabei levantando e indo com ela para o quarto dos meus pais e encontrando a cama cheia de sacolas, mas tinham muitas coisas, minha mãe era muito exagerada.- Nossa, tá mudando o guarda roupa de quem, mãe?
_ Ai, comprei cada coisinha linda. 
_ Pro bebê do meu padrinho?
_ Sim. -respondeu abraçando um macacão, toda fofa, delicada.
_ E é o que? Menino ou menina?
_ Menino, acredita? -seus olhos brilhavam e eu tive vontade de rir. Minha mãe tem três filhas mulheres, ainda tem a Laura e Sophia de sobrinha. Já meninos não tinham tantos, era o Lucas, Pedro, Miguel, o Guilherme, Nicolas e meu irmão.- Eu não vejo a hora dele nascer, ai filha... tão lindo. 
_ Já decidiram o nome?
_ Bernardo.
_ Bernardo, bonito. -falei afastando um tanto das sacolas e me sentando na cama, perto dela e ajudando a Nena subir.- Não acha que exagerou não?
_ Não, ué. O quarto dele é lindo e tem espaço pra isso e mais um pouco, nossa.
_ Vocês são muito exageradas. Meu pai viu isso aqui já?
_ Deve ter visto, postei no snap.
_ Deixa eu ver. -fomos tirando e pondo tudo dentro de um cesto, ela ainda ia lavar tudo pra e entregar pra tia Isa.- Ele nem nasceu e eu já quero encher de beijos. -falei brincando com um ursinho de pelúcia.
_ Dá até vontade de ter outro neném.
_ Pelo amor de deus, mãe. Agora quem está na vez sou eu.
_ E não vai demorar né? -falou toda séria.- Do jeito que andam as coisas...
_ Aí mãe, nada a ver.
_ Tudo pra você é nada a ver, né Melissa?
_ Mãe eu tô na idade.
_ Idade do que? De ser irresponsável? Porque é o que está parecendo... 
_ Já entendi. Era isso que queria falar comigo mais cedo?
_ Eu não queria chegar nesse ponto, odeio repreensões desnecessárias, ainda mais com você que sempre conversamos... sempre deixamos tudo em pratos limpos.
_ O que foi que eu fiz?
_ Está aí se deslumbrando com o Leonardo.
_ O que ele tem a ver com o assunto?
_ Tudo. Quem tá te comendo não é ele? -arregalei os olhos.- Não adianta fazer essa cara de espanto não, você sabe muito bem do que eu estou falando.
_ Mãe! Eu e o Leo, nós...
_ Transam sem camisinha. Você sabe que camisinha não previne só gravidez, não sabe? E mais... nunca mais foi num ginecologista pra pedir um outro método contraceptivo. -fiquei quieta, escutando.- Tá achando que você não engravida é?
_ Mas eu fiz o que a senhora tinha falado, tomei a pílula do dia seguinte, pedi pra ele comprar.
_ E vai tomar mais quantas? Minha filha... eu não vou te proibir de transar, nem com o Leonardo nem com ninguém. Isso é você quem escolhe, mas assim... tem maneiras de se evitar uma gravidez indesejada, uma DST. Tá bom, você confia nele pra ir sem camisinha... OK? Mas não tem só ela, tem injeções, tem N anticoncepcionais. Mê, eu não estou querendo ser chata e pegar no seu pé... na verdade eu estou muito preocupada com isso, você tem 19 anos. 19. Já pensou você engravida agora? E os seus estudos? Seu planos de intercâmbios, as viagens que sempre quis fazer... é disso que eu falo. Um filho é muito bem vindo, quando vem na hora certa.
_ Você já está falando como se eu estivesse grávida. Eu não estou.
_ Vai esperar ter suspeitas pra tomar uma atitude de mulher? A escolha é sua. Você pensa que sua avó ficou feliz por ter seu pai tão cedo? Conversa com ela, pergunta do quanto ela teve que abrir mão por ter um filho novinha... claro que ela o amou desde quando soube e não se arrepende de tê-lo, mas muitas coisas na vida dela e do seu avô foram retardadas por conta disso. -ela falava olhando nos meus olhos.- Mas sua avó ainda era casada. E sua mãe, a Ester que engravidou super nova de você.
_ Mas foi uma escolha dela.
_ Uma escolha impensada, concorda? Até ela querendo isso se absteve um pouco da rotina de solteira. 
_ Nossa, e um filho de impede de alguma coisa?
_ Filho não é brinquedo, Melissa. 
_ Eu sei que não mãe, sei disso. Não sou tão irresponsável assim como a senhora e meu pai pensam.
_ É sim. Gozadas fora não são o suficiente, tá? -olhei de boca aberta e ela riu.- Eu sei que é mais gostoso sem, nossa é uma delícia... mas e depois. Já se imaginou grávida?
_ Sim. -sorri pegando uma camisetinha e ela me olhou surpresa, de boca aberta, ri.- Mas não agora, né mãe.
_ Acho válido vocês se curtirem sim, se conhecerem ainda mais e não pensar nisso agora... não dessa forma.
_ Não pensar em que? Sexo?
_ Não pensar em burradas, se cuidem. Acordem pra vida que gravidez é pra vida toda, vida toda mesmo.
_ Eu entendi dona Fernanda, não vou arrumar um filho agora... meu deus hein. Tá pior que meu pai.
_ Quando ele fala você quer achar ruim, mas você sabe que ele está certo. Não tiro a razão dele.
_ Ah, ele é extremista demais. Tudo pra ele está errado, nossa é um absurdo eu dormir com um cara que é meu ficante, meu melhor amigo.
_ Melissa, ninguém gosta que a filha fique falada. Seu pai odeia expor vocês, ele não gosta que a privacidade de vocês seja invadida. E você é exibida demais, tudo que faz todo mundo sabe e todo mundo comenta. Ele não gosta, ponto.
_ Agora eu tenho que namorar por que meu pai quer?
_ Não se faça de besta não, você entendeu muitíssimo bem o que eu disse. Aliás, entendeu muito bem o que conversamos. Agora se você vai seguir meu conselho ou não, vai de você. -piscou, tirou a blusa e prendeu os cabelos.- Vou tomar um banho, olha sua irmã pra mim, por favor. -e entrou no banheiro.
_ Nelissa, o tio Testa vai ter um bebê a mamãe disse.
_ Aé? E como vai ser o nome dele?
_ Benardo, é garotinho a dinda falo.
_ Benardo é?
_ Sim, Be nar do. -disse devagar me fazendo sorrir com o seu jeitinho fofo.-
_ Não vai me contar como ficou o quarto? -ela riu e desceu da cama indo fuçar na bolsa da minha mãe, voltou com o celular, desenhando o código de bloqueio e entrando na galeria de fotos.
_ A mamãe tirou foto da cama do Benardo, Nelissa.
_ Eu tô vendo. -ela continuou mostrando as fotos, toda esperta. Helena tinha três anos e sabia se virar muito bem com um celular. Minha mãe nunca foi de brigar por mexerem no celular dela, o negócio era não abrir as conversas dela com o meu pai, de resto ela é super de boa. Não tá nem aí.- Você vai chorar quando o Bê nascer?
_ Não vou não, a mamãe falo que ele vai ser o neném da dinda igual eu tamém e meu amiguinho. 
_ Que neném linda, vem aqui pra eu te dar um beijo gostoso.
_ Bejo babado não.
_ (ri) Babado não, mas bem gostoso. -peguei minha pequena no colo, enchendo de abraço e beijos. Ela já estava com as bochechas vermelhas já.
_ Chega! -empurrou minha bochecha.-
_ Chatinha.
_ Não é eu chata, você que é. -cruzou os braços.
_ A bicudinha mais linda da irmã, quem é?
_ A Nena. -e escondeu o rosto com as mãos.
_ Safadinha. -bati na sua fralda e ela deu gargalhadas, toda sem vergonha. Paramos uns segundos e fiquei pensando no que minha mãe falou e sim eu estava abusando. Não usamos camisinha nenhuma vez, pílula eu tomei uma, mas anticoncepcional... nada. Também, não dá tempo, quando eu vou ver já foi.




Narrado por Fernanda
  Eu não estava suada, só precisava de um tempo, um momento sozinha pra eu poder pensar em tudo o que disse para a Melissa. Não encarei como uma bronca e espero que ela também não. Só mostrei a verdade à ela, assim, erros... todos nós cometemos, sem exceção. Mas isso não quer dizer que não possamos ouvir conselhos, a Melissa é nova e jovem, pode aproveitar tantos outros momentos da vida dela. 
  Eu sou mãe sim, quero vê-la namorando, mas não quero um namoro abusivo, que ela se feche numa bolha de vidro imaginando que o Leonardo seja o único homem no mundo que foda bem. Não acho que tenha a necessidade dela namorar agora. Meu marido que não me ouça dizer isso, mas é a minha opinião. Com 19 anos eu estava descobrindo o mundo que os meus pais sempre esconderam de mim, consegui baladas, consegui outros corpos, outros países, cidades daqui do Brasil e foi maravilhoso. Hoje eu com 40 anos nas costas estou mais tranquila, não que sou uma santa e sim porque chega uma hora que temos que decidir o que queremos da vida. Hoje eu sou mãe, esposa, empresária e advogada. Prezo bem mais os momentos na companhia da minha família, dos meus amigos. Isso hoje. No meu momento agora. E eu fico louca quando vejo a Melissa se deslumbrando com "pouco" buscando aventuras que não deveriam ser o foco.
  Sai do banho e meu quarto estava vazio, troquei de roupa e comecei guardar as coisas do meu Bernardinho (❤). Depois de guardadas as coisinhas dele, coloquei meu celular pra carregar e comecei a responder algumas bobagens que estavam sem ser visualizadas até a tela ficar toda escura e acender com uma foto minha e do maridão.


_ Porra! É um menino! –gritou.
_ (ri) Luan, se controla... você está num quarto de hotel, sem isolamento acústico, amor.
_ E daí? Eu tô feliz, tô contente. Quero contar logo pra todo mundo.
_ Padrinho babão.
_ Falou a que não surta, né? A Isa contou que você chorou quando soube.
_ Meus sobrinhos e filhos estão crescidos. Mas agora vou ter o Bêzinho pra minas muito, pegar no colo e encher de amor e carinho.
_ Também sou seu bebê, tô cheio de saudades. -riu.
_ Ah é? Você anda muito carente, meu bebê. -ri.- Mas deixa eu contar, o Bernardo é gordinho amor e tem o nariz igual o do pai dele, acredita?
_ Tem a testa grande tamém?
_ Não, Luan. E para de chamar ele assim.
_ Uai, sempre chamei. -ria.- Ele nem liga mais.
_ Engraçadinho... deixa eu contar mais da ultrassonografia... -aluguei meu marido pra ficar conversando, ele escutou cada palavra de tudo o que eu disse sem resmungar, nem nada parecido.
_ Agora que sabemos que é um menino vai ter chá de bebê?
_ Lógico que vai. Eu que estou organizando lindão.
_ Ah é? E vai homem, é?
_ A Isa não queria, mas eu consegui convencer minha comadre e vai ser um chá bar.
_ Chá bar, Fernanda? Tá doida?
_ Pelo amor de deus, Luan. Todo mundo que vai é casado, então vão os maridos e as esposas... cabeçudinho.
_ Mas não vai ter aqueles trem de ficar sem roupas, né?
_ Não. Vai ser uma festa, com comida, bebidas, doces e presentes pro meu afilhado. É só pra não passar em branco e vai ser num domingo à tarde.
_ Num domingo? Conta mais...
_ Tem até tema sabia?
_ Ursinhos?
_ Marinheiro, muito linda a mesa... -Luan não era ligado nisso, mas eu estava tão assim pra conversar com alguém que despejei tudo em cima dele.
_ Tá bom, pode me falando...
_ Falando o que?
_ Fernanda, eu te conheço.
_ Eu sei, somos casados.
_ Para de tentar me enrolar, vai... por quê você tá tão inquieta desse jeito?
_ Estive conversando com a Melissa e isso me deu muito o que pensar depois. Ela é muito despreocupada, tudo pra ela "não tem nada a ver" "o que tem demais nisso?".
_ Do que estavam falando?
_ Sexo sem proteção.
_ Hm... ela está transando sem camisinha? É isso, Fernanda?
_ É, sim... mas pelo amor de deus, ela não precisa saber que tivemos essa conversa.
_ Somos adultos, pais... não vou contar a ela.
_ Eu sei eu só...
_ Não gosto quando você fica assim, Fernanda.
_ A Mê é uma ótima filha, uma irmã excelente, uma amiga incrível... nunca foi de dar trabalho...
_ Ah, não. Ficar com o seu ex não deu trabalho nenhum, sair correndo de um bar em uma avenida movimentada também não foi nada...
_ Luan, fora situações. Você não pode ignorar as coisas boas que ela sempre fez.
_ Eu não estou ignorando, só estou dizendo a verdade. Se hoje ela não tem muitas dessas responsabilidades foi porque nunca cobramos dela. E eu me incluo nisso, sempre dei de tudo a ela.
_ Ela era filha única.
_ Você também foi por boa parte da vida, e aí? Seus pais embora te dessem tudo, sempre cobravam de você resultados... resultados na escola, resultados na faculdade, resultados no ballet ou no caralho que fosse.
_ É, mas os tempos são outros, cobramos de uma outra forma.
_ Cortando o cartão de crédito? Proibindo de ir ao shopping.
_ Só fomos um pouco diferentes.
_ Isso, sim. Mais liberais, até demais né.
_ Eu sempre fui da opinião de que prender demais é um problema.
_ Deixar ir longe demais também...


  Luan além de marido era um super conselheiro e sabia me acalmar em muitos momentos como ninguém. Nós ficamos conversando por um bom tempo, levei sim bons puxões de orelha e dei alguns também, mas entramos num consenso. Ele disse que quando voltasse pra casa iria conversar com ela, fiquei um pouco receosa por ele ser bem mais pulso firme que eu na maioria das vezes, mas ele também era pai e participa muito da vida dos filhos.
  Comentamos também sobre os dias em que Melissa estaria viajando com as amigas e decidimos que Helena e eu iríamos com Thor e Puff passar um final de semana o acompanhando. Desligamos faltando pouco para amanhecer, deitei e capotei. Acordei no outro dia com os cachorros latindo e Helena gargalhando com eles, me virei na cama e fiquei olhando-os brincar.


_ Para, seu feio! Morde não Puff! -ela o encarava brava, dando bronca e ele sem vergonha deitou com as patinhas pra cima e colocou a linguinha pra fora.- Seu lindinho. -ri.
_ Tá fazendo bagunça aí né?
_ Mamãe! Bom dia.
_ Bom dia meu amor, cadê meu beijo? -fechei os olhos fazendo biquinho e ela veio me dando um beijo no rosto.- Dormiu bem?
_ Sim, e o papai chamou você no celular, mamãe. -franzi a testa e ela foi pegar o bendito em cima da penteadeira, me deu e tinham algumas chamadas perdidas e uma atendida.
_ O que o papai disse?
_ Que tava com saudade de mim e de você e da Nelissa.
_ Hm... -assenti.- Tá com fome?
_ Quelia meu tetê, mamãe.
_ Sua irmã não acordou não é?
_ Não, e eu chamei viu. -disse séria, pondo as duas mãos na cintura.- Mamãe?
_ Oi.
_ Papai vai demorar pra vim em casa?
_ Um pouco, mas nós vamos ver ele depois de amanhã. -falei me sentando na cama e pegando-a no colo.- Hmmm... fez sujeira é?
_ Mocinha não usa fralda, mamãe. -fazia bico, chateada.
_ Você é a mocinha da mamãe que ainda usa fraldinha, sim.
_ Eu quelo calcinha só, qui nem a da Malia.
_ Mas você tem dessas já, um monte.
_ Mamãe, por favo.
_ A mamãe vai te ensinar usar o banheiro, tá?
_ Tá. -fomos para o quarto dela, tirei sua fralda e lhe dei um banho rápido, lavando os cabelos, escovando os dentes e saindo rapidinho. Como passaria o dia com ela, não coloquei sua fralda, pus uma calcinha e as meias, vesti sua calça e blusinha de manga comprida. Voltamos para o meu quarto, peguei o secador para secar o cabelo dela e pronto.
_ A mamãe te deixou sem fralda, tá? Quando a Nena quiser fazer xixi ou cocô, tem que pedir pra mamãe. Combinado?
_ Combinado, mamãe. -fez joinha.


  Eu sabia que teria um pouco de trabalho em tirar Helena das fraldas, mas teria que ter paciência, assim como tive com os outros. Descemos para a cozinha e demos início ao nosso dia mãe e filhas.










~.~
Hello, lindezas da minha life.
Olha o capítulo aí rs


PS: Agora sim, melhorou rs. Consegui editar o capítulo, deixar mais a cara do blog. Haha