Narrado por Fernanda
(...)
_ Mãe, começo amanhã no cursinho. -Melissa disse invadindo o meu quarto, sentando na minha cama. Sai do closet e respirei fundo.
_ Cursinho? Onde Melissa?
_ Do Etapa né mãe, um dos melhores.
_ Que ótimo, mas é a semana toda? Período integral?
_ Período integral e nos finais de semana provas na parte matutina.
_ E como você vai fazer pra ir e voltar pra casa? Qual o horário? -sentei ao lado dela e soube todos os detalhes possíveis e imagináveis do curso, onde seria, o horário que seria, quais as matérias mais estudadas, metodologia avaliativa e a frequência de simulados.- Eu posso te levar, não tem problema. Só na hora de voltar que demora um pouco por causa do trânsito, né. Mas aí...
_ Não deve ser tão difícil vir pra cá de ônibus, mãe.
_ Difícil não é, mas é horário de pico. Muita gente no ônibus, muita gente em trens, metrôs... Você que sabe.
_ Eu espero a senhora.
_ Então amanhã às 7h né?
_ Sim. Prometo não atrasar, beijos. Boa noite. -beijou meu rosto e saiu.
Sorri daquele jeito tão menina com o corpo de mulherão, ê Melissa. Ela pareceu bem empolgada, mas sei que vai ser chatinho voltar a rotina porque ela ficou tempo demais parada, vagabundando... só que também não seria um bicho de sete cabeças, porque todo mundo tem que estudar na vida e ninguém nunca morreu por isso.
Levantei da cama e encostei a porta, peguei o celular que estava carregando em cima do criado-mudo e liguei pro Luan.
_ Oi amor.
_ Boa noite, tudo bem? Tá podendo falar?
_ (riu) Posso, posso sim. Está tudo bem?
_ Tá sim, liguei pra te dar uma boa notícia.
_ Está vindo me ver?
_ Não (ri)... ainda não. É que amanhã a Mê inicia no cursinho para o vestibular.
_ Ô minha nossa senhora, mentira.
_ Não, ela acabou de me contar. Ela está tão feliz e eu fiquei feliz por ela. Senti que ela estava muito ociosa dentro de casa é em certos momentos agoniada, porque todo mundo tá estudando. As amigas, o namorado, os irmãos... a única desocupada era ela.
_ Não sabe o alívio que eu tô. Pensei que ela tivesse desanimado, sabe?
_ Eu sei amor, você estava me agoniando de tão quieto que estava.
_ Ô Fernanda, eu sou pai. Estava vendo minha filha num comodismo fora do comum. Acordava a hora que queria, saindo várias vezes na semana, viajando... sem responsabilidade com nada. Me preocupa, nós não vamos viver pra sempre.
_ Eu sei, penso assim também. Mas agora podemos ficar tranquilos e torcer pra dessa vez ela não parar por nada.
_ Amém. Mas e você? Não era pra estar dormindo já?
_ Tô esperando a inalação do Arthur acabar, ele tá cansadinho. Ainda mais que teve educação física, hoje.
_ Ele é um cabeção, também né?
_ Ele é criança, amor. É a mesma coisa que levar a Helena num parque e falar que ela não pode brincar.
_ (risos) Verdade. E minhas meninas, estão bem?
_ Helena não para de falar da apresentação de ballet e a Malu está mais ansiosa que o normal, ficou até com dor de barriga.
_ Daqui um mês, né?
_ É, já até falei com a minha mãe. Você conversou com os seus tios?
_ Esqueci. Mas eu mando mensagem por esses dias, até porque é mês que vem ainda.
_ Eu sei, mas eles moram em Campo Grande. Precisam se programar, amor.
_ Calma, amor. Relaxa que tá tudo sob controle.
_ Eu imagino. E como tá a nova secretária?
_ Envergonhada, não posso abrir a boca que ela fica vermelha de vergonha.
_ Vai ver a menina é sua fã.
_ Ela não fala, não adianta. Mas é gente boa pra caramba, casada e com dois filhos.
_ Tá me falando isso por que?
_ Porque ela é muito bonita, gostosona amor... mas é casada e eu tamém.
_ Passei dessa fase.
_ Ah, mas a imprensa continua a mesma. Chata (risos).
_ Eu sei, eu sei. Mas eu confio em você.
_ Por isso que eu te amo.
_ Eu sei, sou muito amável. -sorri.
_ Mãe, terminou aqui oh!
_ Vou desligar, Arthur está me chamando.
_ Boa noite vida, se cuida.
_ Você também, estou com saudades. Fica com Deus.
_ Amém. Te amo.
_ Também amo você. -olhei para o celular e desliguei rindo, quem diria que eu seria romântica na vida. Chega a ser engraçado.
Sai do quarto, ajudei Arthur com o inalador e depois o coloquei para dormir. Dei uma olhada nas minhas meninas e por fim fui dormir.
Na manhã seguinte acordei mais cedo, acordei a Melissa, Maria Luísa e Arthur. Troquei Helena ainda dormindo e deixei o café pronto. Melissa comeu e eu fui deixar ela no curso, quando voltei os outros dois já estavam terminando de escovar os dentes. Preparei a mamadeira da Nena e entreguei a ela quando já estávamos dentro do carro a caminho da escola.
{...} Algumas semanas depois {...}
Chegamos na semana das apresentações das meninas e semana de simulados da Mê. Eu tirei esses dias para ficar em casa e acompanhar tudo de muito perto. Últimos ensaios, os figurinos, cabelos, sapatilhas... fora ajudar Melissa nos estudos e cuidar da estadia dos nossos parentes que estavam a caminho.
_ Gente, chega. É hora de dormir, dormir. Todo mundo. Helena, Maria Luísa e Arthur. Não é meio-dia mais. -os três arregalaram os olhos, assustados e ficaram me encarando.- Helena pega sua chupeta e senta nesse sofá agora. E vocês dois, vão subir, escovar os dentes e dormir.
_ Mas mamãe... nóis tava...
_ Helena, sem discutir. Acabou. -ela fez um bico enorme, baixou a cabeça e cruzou os braços.
_ Nossa, o que acontece nessa casa? -Melissa abriu a porta entrando de mãos dadas com o Leonardo.- Que bicho te mordeu, mãe? Dá pra te ouvir lá de fora.
_ Oi sogra.
_ Oi Leonardo. -ignorei a pergunta da Melissa.- Entenderam, né? -voltei a olhar os três que estavam no sofá.
_ Sim. -responderam juntos.
_ Ótimo. Helena, dá tchau pro Leo, boa noite pra Melissa e vamos subindo também. -ela se arrastou para descer, correu para o colo dele, deu tchau e veio correndo.
_ Já vão dormir?
_ A mamãe falou que tá taide, que num é meio-dia mais. -explicou com jeitinho, até eu tive vontade de rir.
_ Então boa noite pequena, tchau.
_ Tchau, Leo. -e subiu comigo de mãos dadas, nem levei ela para o quartinho dela, fomos para o meu.- Mamãe?
_ Pode falar.
_ A cupa é do Atur.
_ É, mas quem estava pulando de um sofá pro outro era você.
_ Tava brincano, mamãe.
_ Ah é?
_ A Malia que ensinou.
_ Outra que só tem tamanho. -ajeitei a cama e nos deitamos, apaguei as luzes e fiquei em silêncio até ela dormir.
Na quinta feira acordei cedo e segui com a rotina, depois de deixar Melissa e as crianças rumei direto para o aeroporto internacional onde esperaria por meus pais, meu irmão e avô. Eles aterrissaram em solo brasileiro, quando os vi caminhando na minha direção não me contive e derramei algumas lágrimas, ainda mais quando avistei meu velhinho de touca, cachecol e jaqueta, todo empacotadinho, sorrindo.
_ Vovô. -o abracei forte, ainda chorando.
_ Ô minha filha, que saudades que estava de você.
_ Eu também, estou tão feliz que o senhor também veio.
_ E eu mais ainda. -sorriu.- Não perderia por nada, minha querida.
_ Eu sei que não vovô, eu sei. -beijei seu rosto e o soltei, indo abraçar meu irmão, minha mãe com quem eu chorei mais ainda e meu paizinho lindo e fofo, todo ciumento.- Pai!
_ Para de chorar, vou começar achar que meu genro não está dando conta de cuidar de vocês. -brincou.
_ Estou com saudades, só isso.
_ E acha que eu não? Fui o primeiro a arrumar a mala quando você desligou.
_ E eu arrumar o quarto de hóspedes. Ai pai, tô muito feliz que vieram.
_ Tô vendo. -disse sorrindo, limpando minhas lágrimas.- Está tudo bem, o papai tá aqui. -voltou a me abraçar forte, aquele abraço acolhedor, gostoso e cheio de carinho.
_ Pai, eu tô com fome.
_ Heitor, não atrapalha esse momento. -escutei minha mãe o repreender, ri baixinho.
_ Então vamos comigo a senhora, eu quero comer alguma coisa. -pedia com aquele sotaque nova iorquino que eu amava.
_ Vamos comer em casa, a Maria até chegou mais cedo para preparar o café para vocês. -falei me desvencilhando do meu pai e seguindo para o estacionamento. Guardamos as bagagens, nos acomodamos e rumamos para casa. Foi uma viagem rápida, tranquila e nada silenciosa, chegamos em casa e nem o Thor estava acordado. Maria fez questão de nos receber bem, abrimos a porta e o cheirinho de café estava exalando. Nem subimos com as coisas, fomos para a sala de jantar e o banquete estava servido.
_ Eu não acredito que você mandou os meus pequenos para a escola, sabendo que nós estaríamos aqui.
_ Mãe, eles já são preguiçosos.
_ Mas a vovó está com saudade deles.
_ Hoje todo mundo chega mais tarde, vocês vão ter tempo de dormir um pouco e descansar da viagem, almoçar e só depois eles chegam.
_ E meu genro cadê?
_ Chega hoje.
_ Ótimo. Tudo bem com ele?
_ Está morrendo de ciúmes porque agora a Melissa está namorando, pai.
_ Com aquele alemãozinho?
_ Leonardo, pai. Ela está namorando e ele não fala nada, mas morre de ciúmes.
_ Pois eu acho muito bem feito, vai sentir na pele tudo o que eu passei quando eram vocês dois.
_ Coisa feia, pai.
_ Feio foi ele fazer três filhos em você, ainda não engoli isso. -"Isso mesmo pai, mata sua única filha mulher, de 40 anos, casada e mãe de três filhos, de vergonha por estar transando com o marido."- Fora as tentativas falhas.
_ Hugo, isso é assunto que se aborde na mesa?
_ Estamos em família, meu bem.
_ O Heitor não tem idade para essas coisas. -disse séria e nós mudamos de assunto, fomos conversar sobre nossos amigos. Falei que a Lila estava doida para vê-los e também comentei sobre como estavam os meus bebês na escola, os estudos da Mê e as artes da Nena. Não deu pra falar muito mais coisas, porque eles estavam exaustos e os olhinhos piscando não escondiam, então eles se ausentaram da mesa e foram para os quartos de hóspedes (meus pais em um, no maior e meu avô e meu irmão no outro que era um pouco menor).
_ Maria, no que você pensou pro almoço meu amor?
_ Olha que eu ia te perguntar, porque eu não sei o que os seus pais gostam assim de comer.
_ Já sei, macarrão com molho e carne assada.
_ Molho branco ou vermelho?
_ Faz os dois e pode fazer bastante, porque vem mais gente pra cá e pode ser que cheguem para almoçar também.
_ Muita gente?
_ Não, meus sogros talvez com alguns parentes do Luan.
_ Entendi.
_ Então eu vou dar uma passadinha no mercado e volto já.
_ Tudo bem, vou trocar a água e colocar a comida do meu bebê.
_ Ele dormiu embaixo do seu sofá, agora como entrou lá eu não sei.
_ Ele só apronta.
_ É uma criança. -sorria.
Fiz o que havia dito e ainda liguei para o meu tio Antenor para saber se meus avós, os pais da minha mãe, já estavam com ele. Depois me tranquei por algumas horas no escritório e mandei ver com os emails, respondi os que deram e os menos complexos deixei para a semana seguinte. Parei um pouco antes do almoço, subi para o meu quarto e deitei por alguns minutos.
_ Amor, cheguei. -Luan entrou falando alto.- Cê ainda tá dormindo?
_ Não meu querido, deitei pra ver se cochilava.
_ Ainda não dormiu?
_ Bem pouco, né. -ele me deu um selinho e me puxou pelos braços.- Onde você vai?
_ A Lelê quer te ver, a menina nova está aí também... o negão, vamos almoçar aqui. -sorriu.- O que a Maria vai fazer de comida?
_ Macarrão com carne assada.
_ Molho vermelho?
_ Vai ter molho branco também, deixa se ser enjoadinho.
_ Por isso que eu amo essa mulher, a Maria é incrível. Se eu não casasse com você, com certeza me casaria com ela.
_ Com coisa que ela te quer. -ri.
Acabei descendo com ele, cumprimentei o pessoal e nos sentamos no sofá. Meus pais desceram também, meu avô continuou dormindo assim como o meu irmão. Nos sentamos à mesa e mandamos ver na pratada, estava uma delícia.
_ Obrigada pelo almoço, estava uma delícia mesmo. Mas, preciso ir pra casa matar a saudade da família também.
_ Obrigada por ter vindo Lêzinha, volts com mais tempo da gente bater aquele papo.
_ Fofoca. -Luan disse rindo.- Não caia nessa, Ju.
_ Cala a boca, vai. -o empurrei.- Voltem sempre que quiser, a casa é de vocês. -falei me despedindo de cada um deles.- Você tomou banho?
_ Tomei. -cheirou as axilas.- Por quê? Tô fedendo?
_ Tá com um cheiro estranho, esse perfume não é seu. -o puxei pela camisa, enfiando o nariz e cheirando a peça de roupa.- Tô pra falar isso desde a hora que você chegou.
_ Agora eu vi tudo. Tá louca, Fernanda?
_ É perfume de mulher. É da Ju? -falei com desdém mesmo, revirando os olhos para aquela mulher. Não gostei dela.
_ Ô amor, a Ju é casada, tem até filho. Ama aquele marido louco e ciumento dela... ela nem me olha.
_ Ela se faz de sonsa e aí de você se ser trela.
_ O que te deu hein? Tratou a mulher bem o almoço inteiro.
_ Tenho educação, mas ela não me desceu. Quantos anos ela tem? 28?
_ Tem a sua idade. -fiquei chocada, porque a vaca era bonita, muito bonita.
_ Preciso ter ciúmes dela?
_ Não, ela não faz meu time.
_ É mesmo? É qual é o seu time, seu engraçadinho?
_ Você. -selinho.- Só você, amor. -continuei séria.- Desfaz essa cara, vamos entrar vem. -não me convenci muito, mas entrei e ele subiu para tomar uma ducha enquanto meu pai perguntava sobre a CDM aqui no Brasil.
Luan desceu exalando seu perfume, piscando pra mim e sentando do lado do sogro, puxando assunto e logo estavam falando de futebol.
Eu e minha mãe fomos buscar os meninos na escola, depois passamos no curso da Melissa e por último na escolinha da Nena.
_ Vovó, cê veio me buscar.
_ Eu vim meu amor, vovó estava cheia de saudades. -sorria.
_ Malu, troca de lugar comigo por favor? -Melissa pedia.
_ Não.
_ Eu queria ficar na janela, tá abafado aqui dentro, tá me dando tontura.
_ E? Vai desmaiar, é?
_ Mãe!
_ Melissa, calma... já estamos chegando em casa.
_ Não custa nada pra ela trocar de lugar comigo, prefere me ver morrendo.
_ Ô chatisse, senta na janela princesa.
_ Não quero mais.
_ Louca.
_ Chega as duas, eu hein.
Estacionei na garagem e toda a turma desceu, tinha mais um carro parado ali e quando entrei encontrei meu tio e meus avós, minha sala estava cheia. Todos os lugares dos sofás ocupados. Mandei as crianças subirem para um banho e depois ficavam a vontade para fazer o que quisessem.
Um tempinho depois a Lila chegou com as crianças e parecia que estava rolando a maior festa em casa, queria ver amanhã no jantar que estaria todo mundo mesmo.
As crianças ficaram brincando com o Thor no quintal e nós adultos na sala de estar no maior papo. Meu genro não apareceu, mas eu entendo que ele tenha deixado esse tempo da Mê com a família, até porque não era sempre que tínhamos "agenda" para nos reunirmos. Por fim, fomos dormir muito tarde, não quis nem brincar com o Luan de tão cansada.
Na sexta-feira quando eu levantei e desci para a sala meu avô já estava acordado, de pantufas na cozinha, tomando um cafezinho preto com a Maria. Os cumprimentei e segui para os meus telefonemas, afinal o dia da apresentação era hoje.
Resolvi tudo o que estava faltando do nosso jantar, pois contratamos uma empresa de fora para montar um jantar grande até porque a casa estaria cheia e sozinha a Mariazinha ia ficar cansada demais. O buffet chegaria por volta das 16h30 e teriam até nossa volta para montar tudo.
Com isso em ordem, eu estava numa boa. Voltei para o quarto e deitei mais um pouco, abraçando o maridão pelas costas e dando beijinhos até ele acordar.
_ Bom dia meu amor. -ele sorriu cheio de preguiça e escondeu o rosto no travesseiro.- Ainda está com sono?
_ Muito. Bom dia.
_ Já vai dar nove horas...
_ Por que acordou tão cedo?
_ Porque eu tô ansiosa, não quero nem comer que vai me dar dor de barriga.
_ Ô amor, você tem que comer. -alisou meus cabelos.
_ Eu vou, mas agora eu tô sem fome.
_ Quer dar uma relaxada? O que acha de tomarmos um banho?
_ Juntinhos?
_ Bem juntinhos. -beijou a ponta do meu nariz.- Na jacuzzi. -riu.
_ Então vamos. -dei um pulo da cama toda empolgada com a palavra sexo encoberta de banho na banheira. Luan ainda demorou pra levantar, terminou de tirar a roupa ali mesmo, entrou no banheiro e ainda fez xixi e eu ainda de pijama.
_ Relaxa, Fernanda.
_ Me beija?
Uma das coisas que eu amava no Luan era que até as fodas mais sacanas, tinham aquela conexão, o desejo e o carinho bem explícito. Ele sempre teve a preocupação de me fazer sentir prazer não importando como. Entramos naquela banheira depois que ele me despiu por inteira, lavou todo o meu corpo e me fodeu como ninguém, dando a tranquilidade que eu precisava.
_ Eu te amo, sabia?
_ Sabia. -nos beijamos, mordi seus lábios, descendo a mão até seu pau que estava a minha espera. Beijei todo o seu peitoral, abdômen, descendo um pouco mais a boca no lugar onde eu estava bem mais familiarizada e cai de boca, me deliciando e indo fundo, sem deixar de olhar em seus olhos que queimavam de tesão e não desviaram do meu até chegarmos no ápice e eu continuar chupando, buscando por mais.- Devagar, Fernanda... ãn... nossa. -ele não parava de pulsar na minha língua e eu sabia que estava chegando ao clímax mais uma vez.- Me aperta com a sua boceta, Fernanda. Quero você quicando no meu colo, gemendo no meu ouvido. -falou com a voz rouca, puxando os meus cabelos com força.- Tá me ouvindo? -concordei esboçando um sorriso.- Tá esperando o que? -fechei os olhos em resposta, sentindo ficar ainda mais escorregadia e com as pernas meio bambas ao me levantar, segurei em seus ombros, sentando devagarinho, me ajustando a ele.- Fernanda... -sussurrava. Sorri e enquanto o beijava, fiz o que ele pedia, meus músculos o apertavam com vontade, me causando arrepios, muito suor e a garganta seca por não parar de boca fechada um único segundo até gozarmos e não foi pouco. Deitei a cabeça em seu ombro e ficamos ali por um tempo, ele acariciando minhas costas, beijando minha boca, sentindo minha pele na dele.
_ Tá mais relaxada?
_ Um pouco. -ele riu.
_ Você não cansa.
_ Não. -ri.- Não de você.
_ É tão bom ouvir isso... todos os dias.
Esvaziamos a banheira e ainda ligamos o chuveiro para tirar o excesso da espuma. Saímos do banheiro dando de cara com a Helena dentro do quarto, deitada na nossa cama e abraçada com o travesseiro do papai, dormindo. Entramos no closet e depois de vestidos, saímos encontrando Maria Luísa deitada lá também.
_ Bom dia, Malu.
_ Mãe, eu não tô conseguindo dormir mais. Tô nervosa.
_ Com a apresentação?
_ É mãe, me deu até dor de barriga, não tô nem com fome.
_ Você precisa comer meu amor, eu não vou te deixar sem comer nada.
_ Mas e se eu vomitar?
_ Toma algum remédio, sua vó tá aí hoje. Aproveita. -brinquei.- Mas não precisa ficar assim, você se apresenta todo ano.
_ E cada ano é ainda difícil. -suspirou.
_ E você sempre se esforça, e tudo sai lindo. -beijei seu rosto.
_ É sempre a bailarina mais linda da turma. -Luan disse deitando com elas na cama.- Deita aqui com o pai.
_ Não tô muito grande pra isso não, pai?
_ Não, jamais. -deixei os três no quarto e fui olhar se Arthur já tinha acordado e nem no quarto ele estava mais. Quando olhei da janela do quarto vi ele e meu irmão jogando bola com o meu pai.
Como faltava bastante para o almoço, fiquei conversando com a minha vó, minha mãe e a Betinha que tinha chegado na hora em que eu estava no banho, nem escutei o carro buzinar. Ela falou do Arthur que estava quase casando e contou que ganhou um neto de pouco mais que dois meses, mostrou foto e tudo.
Dando a hora do almoço, comemos na mesa de jantar que foi colocada na área coberta do quintal e antes de sobremesa subi com as minhas bailarinas para ajudar no banho e tudo mais. Sozinha arrumei os cabelos das duas, fiz a maquiagem e coloquei os bodys e meias, deixando o figurino mesmo em cima da cama.
_ Sem bagunça vocês duas, ouviram?
_ Sim, mamãe. Eu vou dançar, né?
_ Vai, vai dançar bem linda. -arrumei meu cabelo, troquei de roupa e esperei meu marido subir e se trocar.- Luan?
_ Tô quase pronto.
_ Nós temos horário, Luan.
_ Acabei, Fernanda. Vamos. -disse pondo o relógio no pulso, indo para fora do quarto. Na sala estava só a Melissa e o Leonardo, ele cochilando no sofá e ela comendo algum doce que a Maria tinha feito.
_ Luan olha ela aqui, vou no banheiro.
_ E tava me apressando até agora, por que não foi antes?
_ Fica quietinho, tá? -corri para o banheiro, fiz xixi e quando voltei na sala Helena estava se acabando de chorar.- O que foi?
_ Melissa, mãe. -Maria Luísa falou "brava".- Não pode dividir nada com ninguém essa gorda, tomara que engasgue.
_ Mas gente... -falei sem entender.
_ Não foi nada não amor, vamos logo.
_ Que foi Nena?
_ Eu só quelia um poquinho, mamãe. E a Nelissa não mi deu.
_ Melissa.
_ Ai mãe, não tinha nem uma colherada. Não ia dar nem pra ela sentir o gosto.
_ Ela é criança, fica com vontade. -ela deu de ombros.- Bom, a gente já vai indo. O endereço e os convites estão aqui em cima, entendeu?
_ Sim, mãe. Tchau, até daqui a pouco.
(...)
Eu como a mãe babona que sou chorei quando vi as meninas se apresentando, chorei muito. Aplaudi de pé e ainda apontei dizendo que eram minhas filhas, matando meu filho de vergonha.
Depois que houve o encerramento com todas as turmas, Luan e eu fomos buscar as duas no vestiário e presenteou as duas com flores, rosas amarelas e azuis.
_ Obrigado papai. -Helena subiu em seu colo.
_ Obrigado, pai. São lindas. -Malu agradeceu.- Mãe, vem cá... conhecer minha professora e a da Nena. -saiu me arrastando no meio daquele monte de menininhas até chegarmos na professora.- Prô, essa é minha mãe.
_ Como vai? -a cumprimentei e nos falamos brevemente, ela comentou que estudou comigo anos atrás e lamentou a morte da minha avó também e eu quase chorei de novo.- É um prazer tê-las como alunas, serão grandes estrelas.
_ Elas gostam, ficam ansiosas, eufóricas... mas amam.
_ Mamãe, o papai tá te chamando.
_ Pede pro papai esperar que a mamãe já está indo. -ela saiu correndo e ele lá na ponta me esperando. Me despedi da professora e nós saímos.- Vocês estavam lindas.
_ Obrigada, mãe.
_ Agora vamos que eu tô com fome.
Saímos do teatro e seguimos em comboio para casa, uns chegaram na frente, outros depois, mas o gostoso foi que estávamos juntos. Amigos, família, uma verdadeira festa.
Luan se ofereceu para trocar as filhas, enquanto eu tomava outro banho. Quando sai do quarto, depois de trocada e de chinelos desci para a cozinha. Tomei água e sai da cozinha para ir lá fora, estava passando pela sala quando escutei a Melissa me chamar. Foi o tempo de eu virar para ver o que era, e ela cair dos últimos quatro degraus da escada, desacordada.
~.~
Mas que capítulo hein, chama o SAMU que eu tô passando mal. O que foi isso?