{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

sábado, 17 de março de 2018

Capítulo 249 - Parte IV

Narrado por Fernanda
  Dormi por uma hora contada no relógio, levantei da cama até meio zonza e ainda com dor de cabeça, mas não na mesma intensidade de antes.
  Luan não estava no quarto, as janelas continuavam fechadas do jeito que eu havia deixado e a porta trancada. Peguei o celular e muitas novas mensagens, inclusive dos meus meninos, Miguel e Pedro, os gêmeos da minha vida.


_ Amor? -Luan começou bater na porta insistentemente.- Fer?
_ JÁ VAI! -falei indo destrancar, abri a porta e ele estava com um sorriso enorme no rosto, todo contente.- O que foi hein?
_ Maria Luísa. -começou a rir e eu sem entender.- Tá brava.
_ O que você fez com a menina, Luan?
_ Eu? -se fez de ofendido, como se eu estivesse dizendo o maior absurdo.- Por que eu tinha que ter feito alguma com a minha princesa?
_ Luan...
_ Escondi o celular dela pra ela não convidar o namoradinho. -fez careta.
_ Luan! Devolve o cel... -ele tapou minha boca.
_ Mãe, a senhora viu meu celular? Eu deixei em cima da mesinha da sala, não é possível que tenha sumido. -ela estava descabelada já de tanto procurar e o Luan de braços cruzados.
_ Se cuidasse das suas coisas não teria sumido. -falou todo sério.- Já arrumou suas coisas?
_ Arrumei pai, mas queria ligar pro Henrique e não tô achando essa porcaria.
_ Quer ligar pra ele, por quê?
_ Pra ele ir com a gente, ué.
_ Por qual motivo se é um passeio em família?
_ Pai...
_ Pai nada. Tão muito grudados cêis dois.
_ Amor. -falei.- Deixa a menina...
_ Não. E você entra. -me pegou no colo e me colocou pra dentro do quarto.- Ô amor, me dá um beijo. -coloquei as mãos no pescoço dele e encarei aquela carinha safada sorrindo, dei alguns selinhos e nos beijamos e que puta beijo gostoso. Luan e sua língua habilidosa que tinha o poder de me deixar com as pernas bambas, sem fôlego e úmida.- Melhorou?
_ Não, mas vida que segue e vamos beber mais hoje.
_ Quer ir no mercado aqui ou lá?
_ Acho melhor lá... quem vai?
_ Daqui de casa todo mundo, fora o vagabundo do Leonardo. Meus pais, Bruna e Laura.
_ Os meninos também, Miguel e Pedro. Julia vai também.
_ Repete o nome aí por favor, não ouvi direito.
_ Para vai Luan, eu tô tentando.
_ Não é mais "aquela menina"? -revirei os olhos, toda bicuda.- "filho ela não é mulher pra você", achei pesado.
_ Cala a boca, seu sem graça. -bati no braço dele.- Subiu pra me encher, foi?
_ Pra te acordar, vamos arrumar as malas.
_ Vamos? Cada um arruma a sua neguinho, nem vem.
_ Porra, Fernanda. O que custa?
_ Você vai ficar lá três dias, de sunga... e ainda deve ter roupas por lá. Qual a dificuldade?
_ Queria um auxílio. -falou sorrindo, todo lindo.
_ Cara de pau. -dei uma mordida com força na bochecha dele e o beijei em seguida, ganhando aquele tapão na bunda.
_ Ainda temos um tempinho, não temos?
_ Antes do almoço, é? -falei deslizando a mão para dentro da bermuda dele.
_ Caralho! -gemeu.- Fernanda... 
_ Hmm... -fomos para o closet e encostei as portas, indo mais para o fundo e abaixei o elástico da cueca e segurei firme. Ele arfou e mordeu os lábios, ajoelhei e passei a língua em sua cabeça rosa, sugando. Fechei os lábios em volta dele e comecei a chupar com vontade, fazendo-o endurecer na minha boca.
_ Já acordou fogosa! -olhei para ele com cara de devassa, bem safada mesmo e ele me deu um tapa na minha cara e puxou meu cabelo com força.- Faz essa cara pra mim de novo, faz... -continuei chupando, meu corpo quente e eu piscando feito luzes de natal.- Gulosa.


  Não respondi, apenas continuei.
  Ele estava quase gozando quando o tirei da boca e lambi toda sua extensão, chupei as bolas e ele voltou a dar bombadas na minha boca indo até o fundo da minha garganta com rapidez. Ficamos ali por alguns minutos até ele gozar não só na minha boca, mas no meu rosto todo quase acertando meu olho.


_ Eu preciso de um banho, urgente.
_ E e eu preciso de você. Tira essa roupa, tira...


   Ele era um devasso.
  Usou e abusou do meu corpo dentro do nosso closet. Me fez ficar com as mãos no chão e minha bunda pro alto, de pernas abertas. Foi uma delícia, delícia! Uma pena não ter mais tempo, quando estávamos partindo para o segundo round, depois de ele me chupar inteira até minhas pernas ficarem bambas, Helena começou bater na porta. Nós nos vestimos em tempo recorde, eu saí na frente e ele ficou acalmando o amigo que estava pronto para mais diversão.


_ Mamãe eu dormi na minha vovó Mari. E ela ainda fez bolo de brigadeiro!
_ Fez, é? E o que mais? -peguei aquela grandona no colo e nos sentamos na cama.- Você tá toda suada, Helena.
_ Eu tava brincando né mamãe, brincando com o meu vovô.
_ Vai é tomar um banho, que você tá grudando.
_ Agora não! Deixa eu contar... -ela contou que ontem assistiu filme e jogou bola com o Puff e que depois do café entrou na piscina, antes de virem pra cá. Melissa chamou e não ela correu para ir bater perna.
_ Mas calmo? -perguntei rindo.
_ Sim, até separei algumas coisas.
_ Ótimo, vou é separar as minhas. Vai descer?
_ Sim, ver minha véia.


  Aproveitando que estava sozinha, arrumei nas bolsas as minhas coisas, as do Luan e as da Nena. Joguei uma água no corpo, tomei outro remédio para dor de cabeça, coloquei um vestido e desci.
  Cumprimentei os sogros, minha cunhada e sobrinha.


_ Ô tia, fala uma coisa. Você não pensa em ser avó, não?
_ Tô tão nova pra isso.
_ Nova mais seus filhos namoram e transam. -Laura deu de ombros e a Mari ficou toda sem graça, dei risada.- Você não ia ficar brava?
_ Ia né, Lau. Mas fazer o que? São escolhas. -falamos um pouco mais até que meus meninos chegaram de mochila nas costas e a Lila com a Sofia.- Não vai entrar não?
_ Não amiga, tô indo pra minha sogra. Só vim trazer os dois. 
_ Beijo Sosô da tia. -beijei o rosto dela, me despedi da Lila e entramos.- Podem deixar as bolsas aqui embaixo, vão lavar a mão e vamos almoçar.


  Esperamos todos sentarem à mesa e nos servimos, almoçamos e falamos bastante também. Assim que terminamos as meninas foram retirando as coisas da mesa e falei para o Luan ir carregando os carros, estávamos em quatro ou cinco carros contando com o meu e o do Luan. Fechamos a casa e fomos nos dividir, eu e Luan levariamos Helena, Cecília, João Pedro, João Miguel, Maria Luísa. Amarildo iria com a minha sogra, Laura e a mãe. Leonardo iria com a Melissa na frente, Arthur e Julia.

_ Tudo certo então?
_ Calma aí mãe. -Malu pediu olhando para o celular.
_ O que foi?
_ É coisa rápida. -Luan fechou o porta malas e foi para o lugar dele. Não deu cinco minutos e outro carro estacionou, eu sabia quem era e meu marido desceu tirando o óculos escuros e franzindo a testa.
_ Oi, Fernanda. -Henrique me cumprimentou.- Luan!
_ Posso saber o que tá acontecendo aqui? -perguntou cruzando os braços e eu quieta, querendo rir.
_ Chamei ele pra ir com a gente, fiz mal?
_ Mal?
_ Pai! -ficou vermelha, indo para o lado do rapaz.- Vou com ele, tá?
_ É o que Maria Luísa?
_ Tem espaço, pai.
_ Vamos amor, iremos todos para o mesmo lugar.
_ Os dois sozinhos num carro?
_ Amor...
_ Puta que pariu, porra! -e entrou no carro batendo a porta.
_ Juízo hein Maria Luísa.
_ Tá bom, mãe. Estaremos seguindo vocês. -piscou e foi para o carro dele. Eu dei a volta de sentei no banco do carona, ajustei mais, prendi o cinto e prendi os cabelos.
_ Queria entender essa palhaçada, vai ficar igual a Melissa é? Não era nada, não era nada e apareceu aqui namorando.
_ Luan tá na cara, né?
_ Tem que tá na cara de ninguém não, tá pensando que minha filha é bagunça?

Luan é reclamão na vida quando o assunto é ciúmes das filhas e ele foi o caminho inteiro inquieto, bufando e reclamando que achava errado isso e não sei o que mais. Eu sofri, tentei aumentar a música, conversar com as outras pessoas do carro, mas não tive como fugir.

  Pegamos estrada e ele de olho no espelho, olhando o carro. Enquanto isso eu fofocava com a Bruna que perguntava se aquele era namorada da Malu.


_ Mamãe, quero fazer xixi. -Helena me cutucou.
_ Dá pra parar, amor?
_ Ela vai no meio do mato?
_ Sim, eu mesma levo.


  Fizemos a pausa rápida e retornamos rumo ao litoral. Chegamos em Ubatuba por volta de 14h, ainda estava bastante sol e todos querendo se refrescar por conta do calor que fazia.
   Descemos, eu abri a casa e descarregamos todos os carros e ali na sala fizemos as divisões dos quartos. Meus sogros em um, Luan e eu no nosso, Bruna não se importou de dividir o dormitório com as duas pequenas e quanto aos nossos filhos, um quarto só para as meninas e outro para os meninos.


_ Eu não acho certo. -Arthur cruzou os braços.- Nem em casa eu durmo em quarto separado, mãe.
_ Aqui vai, nem a Melissa vai dormir com o Leonardo. -Luan respondeu por mim.- E sem discussão. 
_ Por mim beleza. -Melissa deu de ombros.- Tô subindo...


  Guardamos as coisas, e descemos. Mari e eu olhamos os armários, nos sentamos na cozinha e fizemos uma lista de compras. Esperamos Bruna descer e a chamamos para ir ao mercado.

_ Eu dirijo cunha. -disse pegando as chaves do carro do irmão.
_ Luan, estamos indo. Dá uma olhadinha nas meninas?
_ Tá. Não vão precisar de ajuda?
_ Joga cloro na piscina e passa protetor nas pequenas e em você também.
_ E onde tá?
_ No canto da minha bolsa, dentro da necessarie rosa.
_ Tá. Qualquer coisa liga.
_ Uhum... sem brigar com as crianças. -falei rindo e ele ficou sério.- Bora meninas?
_ Sim. Vamos, todas de cinto? -Mari e eu respondemos que sim e ela deu partida.


  O supermercado não ficava tão próximo, porém não demoramos a chegar. Compramos comida o suficiente para os dois dias em que a casa estaria mais cheia e casa precisasse comprar mais alguma coisa, Bruna disse que iria com o irmão. Na volta nos encontramos com os jovens de traje de banho atravessando a rua para curtirem o mar, até meu sogro estava pro meio com uma sacola de brinquedos, Helena e Cecília.

_ Pi? Ajuda a gente?
_ Folgadas. -brincou, mas já foi carregando as sacolas para dentro.


  Guardamos tudo nos armários e geladeira, colocamos as bebidas no freezer e subimos para nos trocar. Quando desci só Luan estava na sala, sem camisa e no celular.

_ Hmm... guarda isso, amor. -me sentei em seu colo e apoiei minhas mãos em seus ombros, lhe dando um beijo.- Tá bicudo ainda?
_ Não engoli não. -cruzou os braços.
_ Cada um tem um tempo, né?
_ Hum.
_ Não quis ir pra praia, não?
_ Tava esperando vocês, uai. Cadê minha mãe e a Bruna?
_ Lá em cima. -ele levou as mãos até minha cintura e trocamos alguns beijos antes da minha linda cunhada me interromper e em seguida minha sogra aparecer.
_ Vamos?
_ Uau, que corpo Bru. Nem parece que tem dois filhos.
_ Não parece que você tem quatro. -sorriu.- Mãe, maiô?
_ Eu gosto. Ficou feio?
_ Tá ótimo, xumba. Elas que querem sair mostrando demais. -levantou indo até a mãe e abraçando minha sogra pela cintura, enchendo seu rosto de beijos.- Bora!
_ Compramos cerveja e gelo, cadê o cooler? -perguntei.
_ Do lado da geladeira, lá fora.
_ Pega lá amor, tô numa cede (risos).





Narrado por Melissa
  Viajar em família sempre nos rendia boas risadas e essa viagem tinha cara de ser inesquecível, por mais que fosse só um final de semana.
  Chegamos em Ubatuba e estava um calor de matar, então depois que minha mãe resolveu lá a divisão dos quartos eu e as meninas subimos e fomos colocar biquíni. E pra não abusar muito do meu pai, troquei Helena e Cecília também.


_ Mê, acha que o pai ficou bravo que o Rique veio? -Malu me perguntou enquanto eu passava protetor nos braços, ainda no quarto.
_ Bravo não, com ciúmes é certeza. -ri.
_ Eu tentei falar antes, mas não tava nem achando o celular pra ligar pra ele. Liguei do celular do Art.
_ Relaxa, não é seu namorado?
_ Não sei bem, não houve pedido.
_ Hmm... entendi. -sorriu.- Mas você quer?
_ Sim, né. Quem não?
_ Eu! -Laura respondeu saindo do banheiro rindo.- Brincadeira, primas (risos). Mas vem cá, ele é uma gracinha. Ele estava no seu aniversário, não tava?
_ Ele é e um amor também. Estava, até ficamos lá.
_ Investe. -piscou para ela.
_ E você, solteira de novo?
_ Eu não dou sorte com namorado, Mel. -se jogou no colchão.- Não sei, acho que não nasci pra namorar.
_ Não fala assim, tudo tem seu tempo né? -dei de ombros.
_ Tá falando isso porque tá quase casada.
_ É né, naquelas. -arqueei as sobrancelhas, e ri.- Mas por que você terminou?
_ Não gostou de homem grudento demais, ciumento demais. Nem meu pai é assim.
_ O nosso sim. -Malu disse e todas rimos.
_ Verdade, mas ele melhorou muito. Na minha época foi pior, misericórdia.
_ Eu lembro que em casa tinham várias brigas, você ficou de castigo um tempão.
_ Pois é. Mas os anos passaram, agora ele está melhorzinho. Em outros tempos ele tinha colocado o Henrique pra correr antes mesmo de ele entrar no condomínio.
_ Vira essa boca pra lá, eu hein.
_ Melissa, vamos? -Leo me chamou e eu gritei de volta que já estávamos indo, que ele poderia ir descendo.
_ Partiu?
_ Sim, vamos.


  Guardei o celular e descemos, meu avô disse que iria esperar minha vó e as meninas ficariam com eles. Então pegamos as cadeiras, guarda sol e estávamos saindo.

_ Primeira viagem com o sogro, cunhado? -perguntei deixando ele sem graça, ri.
_ Para com isso, pô. Seu pai é bravo.
_ Ah, vocês eram amigos quando você ia lá em casa ver o Arthur (risos).
_ Agora tô beijando a boca da filha dele, cacete.
_ Foda! Lembro que nos primeiros meses de namoro com a Melissa ele me olhava meio torto, isso que eu já os conhecia de anos antes.
_ Ele só um pouco ciumento, ué. Agora vocês estão numa boa.
_ Conquistei a sogra, né? Ela me defende. -disse me abraçando, beijando meu pescoço.- Biquíni pequeninho hein.
_ Gostou? Não usava tem uns anos, mas ainda serve.
_ Tô vendo. -colocou a mão na minha bunda e continuamos andando na areia, fomos para perto da água e deixamos as coisas ali.- Praia! -deitou e eu sentei do lado dele, deixando seu braço passar pela minha cintura.
_ Sério que vocês vão ficar aí? Não vão nem jogar vôlei?
_ Aí Lau, a atleta aqui é você prima. -falei.
_ Nada disso, vamos jogar.
_ Cadê a bola? -Miguel perguntou.
_ Aqui.
_ Vamos tirar o time, vem cunhada. -Julia me chamou e foi me estendendo a mão.
_ Vem loirão, bora jogar.
_ Tô suave, vai lá loirinha.
_ Tem que mudar esse apelido aí né? Minha irmã tá morena agora cara.
_ Fica na sua aí vai. Vou dar um mergulho, calor da porra. -e levantou com as costas toda suja de areia e caminhou na direção do mar. Dividimos os times, Laura, Pedro, Henrique e eu, contra Miguel, Arthur, Julia e Maria Luísa.





Narrado por Luan

(...)


_ Agora sim, sogrão. Representou! -bateu nas minhas costas, rindo.
_ Um calor desses pede uma loira gelada. -abri o cooler pegando uma latinha e sentei na cadeira de praia.- Pega aí, cara.
_ Começamos os trabalhos! -brindamos com o meu pai, minha mãe e a Nanda.
_ Folga! -comemorei.
_ Papai eu quero suco.
_ Suco não amor, a mamãe trouxe refrigerante pra você e pra Ceci. -Fernanda disse abrindo o cooler e pegando os copos delas.
_ Refrigerante de coca cola, cê gosta Ceci?
_ Sim, é muito gostoso né tia?
_ É sim. -conversavam entre elas.
_ Ô sogra, vai jogar um vôlei não?
_ Na próxima rodada.


  Começamos a beber, beber e beber mais.   Não eram todos que bebiam não, mas descobri que o namoradinho da Maria Luísa era chegado numa breja.

_ Oh Arthur, chega de amigo seu lá em casa hein. -falei e ele começou a rir.- Porra, que amigo é esse que namora sua irmã cara?
_ Cê viu, né pai? Henrique foi chegando com conversa mole e tá aí beijando minha irmã. Uma criança.
_ Sei se eu gosto disso não hein. Fala aí Henrique, é namoro ou não é namoro?
_ Ele me disse que não queria namorar agora não, que estava nova.
_ Ah, tá. Nova pra beijar na boca não tá né?
_ É sogrão, não se fazem mais filhas como antigamente. -Leo zuou e todos rimos.- Mas o Henrique já é de casa, aí pode né?
_ Respeitando minha casa e minha filha, tudo certo. -brindamos de novo.- Muito cuidado hein, família é grande rapaiz.
_ Pensa que eu não sei (risos)? Mas fica tranquilo, Luan. Cuido dela direitinho.
_ Precisa cuidar muito não, tô de olho, em você e nela.
_ Se fodeu. -Arthur falou rindo.
_ Fala aí paizão, conta pra ele como funciona.
_ Minhas netas, minhas jóias.
_ O vô falou, tá falado. 
_ Leonardo anda na linha até hoje.
_ Ah, naquelas né sogrão.




Narrado por Melissa
 Meu pai, Leonardo e meu vô não economizaram na cerveja, e minha mãe não ficou atrás. Mas estava bem mais controlada. Ficamos na praia o resto da tarde inteira e quando o sol se pôs mudamos o jogo, jogamos futebol e ai foram mais os meninos.


_ Mel, eu preciso fazer xixi. -Ceci veio me pedir.
_ Vamos lá, vem cá. -levei ela no quiosque e quando voltei Maria Luísa estava rindo e me cutucando.- Fala...
_ A mãe estragou o final de semana, acho que vai chover. -franzi a testa, rindo.- Olha ali, no maior papo com a Julia e a vó.
_ Deixa assim, prefiro. Já não bastava você enchendo o saco da menina.
_ Claro, tenho ciúmes do meu irmão e não quero ele com qualquer uma.
_ Ela não era chata, não tive problemas com ela.
_ Aí Melissa, cala a boca vai.
_ Vocês duas que tiveram cisma com ela.
_ Aí nossa, você é falsinha nunca reclama de ninguém.
_ Nada a ver, vai.
_ Tudo a ver sim. -riu.
_ Vai ficar aqui curiando?
_ Vou é ir pra casa, quero tomar banho.
_ Tô com fome mesmo. Mãe!
_ Pois não.
_ Tô com fome, o que tem de comer em casa?
_ Pronto não tem nada não, mas vamos fazer churrasco. 
_ Então vamos, cadê meu vô?
_ Esfomeada. Já estamos voltando mesmo, vamos.
_ Agora.


  Voltamos para casa e minha mãe foi para a cozinha com a minha avó, enquanto minha tia Bruna tinha subido para tomar banho. Levei Helena e Cecília para o meu quarto e dei um banho nas duas, separei seus pijamas e calcinhas.

_ Mas a gente não vai comer, Mel? Eu tô com fome.
_ Eu sei Ceci, nós vamos comer sim.
_ Eu também quero, Mê.
_ Põe o shorts, nega. E vem aqui secar o cabelo.


  Liguei o secador e peguei uma escova para passar no cabelo delas, depois passei repelente e descemos assim que peguei meu celular e coloquei uma saída de praia.

_ Mãe, elas estão com fome.
_ Ainda não tem comida pronta, tem salgadinhos.
_ Quando eu era criança não podia essas coisas, né?
_ O quiosque ainda está aberto, leva elas lá.
_ Na areia de novo? Dá aí o salgadinho, vai.
_ Toma.


  Saímos dali e nos sentamos na sala.
  Peguei o celular e tirei do silencioso, vendo as mensagens.





   Pronto, o assunto começou ali e não parou mais. Tanto que liguei para ela e soube até mesmo detalhes do pedido. Disse que havia sido naquela manhã, que a aliança estava na bandeja de café da manhã junto com um bilhete "casa comigo?" e eles tinham pensado até mesmo na data. Mas não estava certo, ainda.
  Desligamos quando Cacá saiu do banho e eles foram jantar. Fiquei muito feliz por eles, muito mesmo e não via a hora a chegar em São Paulo e dar um abraço daqueles nela.


_ Tá sorrindo aí pra quem? -Leo chegou beijando minha bochecha.- Hein loirinha?
_ Cacá pediu a Nay em casamento hoje.
_ Hoje? Onde eles estão?
_ Viajando né, em Porto de Galinhas.
_ Show, felicidades! -se sentou.
_ Nossa que seco, Leo.
_ Normal ué, todo mundo um dia casa. -deu de ombros e eu não estiquei o assunto.- Ei.
_ O que foi?
_ Ficou muda.
_ Com fome. -falei me levantando e subindo para o quarto.


  Eu poderia estar imaginando coisas, mas não gostei da maneira que Leonardo comentou sobre o noivado dos nossos amigos, fiquei chateada. Só que preferi ficar na minha, não quis brigar.
  Deitei na cama de costas para a porta e fiquei no celular, no Instagram.





Narrado por Fernanda

(...)


  Amarildo comandou a churrasqueira, Marizete e eu cuidamos do arroz, saladas e farofa. Ajeitamos a mesa de jantar e deixamos tudo coberto enquanto a carne assava e a galerinha retornava da praia.

_ Amor?
_ Fala.
_ Tô ardendo. -falou entrando no quarto e deitando na cama todo sujo de areia.- E cansado.
_ Você vai trocar a roupa de cama, porque eu tô indo tomar banho e não vou dormir no meio da areia.
_ Eu aqui te falando que tô mal.
_ Vai tomar um banho, passa o pós sol.
_ E quem arruma a cama?
_ Você, seu folgado. -bati nele com a toalha e segui para o banheiro, onde tomei um banho rápido e refrescante. Ao sair coloquei uma calcinha, vestido e prendi novamente os cabelos.- Luan?
_ Oi, vida.
_ Vai tomar banho, pra gente descer.
_ Sabe que eu gostei do namorado da Maria Luísa.
_ Você o que, Luan?
_ Já gostava antes, né. -falou tirando a bermuda.- Como amigo do Arthur.
_ Hm e agora?
_ Acho que ele vai ser um bom namorado. -deu de ombros.- Ele não ficou tentando me agradar, também não fica agarrando ela na minha frente... não sei.
_ Você tá bêbado.
_ Não, vida. Tô te falando cara, a gente conversou hoje na praia.
_ Beberam também.
_ Sem contar que ele é bom de bola.
_ Corinthiano também? Luan!
_ Palmeirense, o filho da puta. -riu.- Mas na minha casa ele não entra de verde.
_ Tá bom, amor. -dei um selinho nele e já fui segurando em sua mão para que ele se levantasse e fosse para o banheiro.
_ E ele não tirou a virgindade da minha filha, já é um ponto positivo. 
_ Também acho, amor. Você está certo, faz bem em ter um bom relacionamento com ele, ele tem feito sua filha feliz.
_ Isso só serve pra mim, né? Porque não procura ter um bom relacionamento com a Julia? Ela não faz seu filho feliz?
_ Já convidei ela pra vir viajar conosco, não tá bom?
_ Sabe que não é disso que eu tô falando não. Eu bebi, mas não tô bêbado. Sei das coisas. -disse entrando no banheiro e fechando a porta. Filho da mãe, bocudo.


  Sai do quarto rindo sozinha, entrei na cozinha e Julia estava lá com o Arthur abraçado nela.

_ Mô, meus ombros estão ardendo e meu pescoço também. Não abraça não. -olhava pra ele, que sorria todo besta.
_ Mãe, a senhora tem aquele gel não tem?
_ Tá na minha bolsa, lá em cima.
_ Não prec...
_ Pode ir lá pegar, filho. É a necessarie rosa.
_ Tá. -e saiu.
_ Não passou protetor, foi?
_ Eu passei, mas fiquei bastante na água também. Acho que foi isso. -disse virando na cadeira, de frente para mim.- Mas tomei banho e melhorou um pouco, só ardeu mais na amarra do biquini.
_ Sei bem como é, arde pra caralho. -falei palavrão e ela arregalou os olhos, tive vontade de rir.- Com fome?
_ Bastante, parece que não, mas correr na areia cansa.
_ Até eu cansei, fazia tempo que não jogava vôlei. Na verdade nunca fui muito de esportes não... correr não é comigo.
_ Prefere a dança, né? Arthur comentou comigo uma vez... mostrou até algumas fotos.


  Percebi que Julia gostava de conversar e se desse corda ela ia falando, falando e falando que não parava mais. Arthur demorou uma vida para descer e quando desceu trouxe o errado, eu quem subi pra buscar.

_ Espalha como creme mesmo, e tira esse sutiã... vai apertar e arder mais.
_ Mãe!
_ Hmm... fala.
_ Nada não, quer que eu vá guardar?
_ Vai sim, aproveita e chama seu pai e sua irmã pra jantar.


  Ele saiu da cozinha e nós também, fomos para o quintal onde a mesa estava posta e nos acomodamos.

_ Madrinha, por que você não faz aquela batida de frutas vermelhas hein?
_ Olha Laura, eu nem lembrei de fazer. Comprei umas coisas prontas aí, tá tudo no freezer.
_ Vou pegar. -levantou toda feliz.
_ Cachaceira hein Bru, igual você.
_ Essa Laura minha filha, puxou o tio dela.
_ Meu pai nem bebe. -Maria Luísa o defendeu.
_ Bebe mais que eu. -ri.
_ A única que não bebe naquela casa sou eu.


  Ah, mas o assunto rendeu. Principalmente depois que todos estavam de estômago cheio. As crianças dormiram, Melissa também subiu com a tal da cunhada e a Malu que estavam cansadas. Mas os meninos ligaram o videogame e eu esqueceria que eles estavam ali se não fossem os gritos e risadas altas.
  De resto, ficamos ali pela beirada da piscina. Jogando baralho, comendo carne e, tomando cerveja e cachaça até altas horas da madrugada.








~.~
  Sobre essa folga, eu tô amando. SCRR! 
 Mas me contem vocês, porque rolou até que bastante coisa né? Algumas narrações aí... aí aí. rs

domingo, 11 de março de 2018

Capítulo 249 - Parte III

Narrado por Fernanda

(...)


_ Cadê a sogra mais linda da minha vida? -perguntei saindo do carro e sorrindo para ela que estava na porta, rindo.- A vovó, filha. -Helena correu para o colo dela, que a abraçou forte e deu um beijo no rosto.
_ Oi, Nanda sumida. -nos cumprimentamos.
_ Ô sogra, me perdoa. -ri.
_ Perdoou sim sua cara de pau, vamos entrando. -entramos e deixei a mochila da Nena em cima do sofá, cumprimentei meu sogro também e as visitas que estavam no sofá.- E a Malu, não vem?
_ Ela e o Arthur inventaram uma social. Quero é ver onde isso vai dar.
_ Ô gente, esses meus netos. -negou com a cabeça, rindo.- Só a pequenina veio dormir com a vovó, é?
_ Só eu vovó. Você fez bolo hoje!?
_ De chocolate, muito chocolate.


  Helena comemorou até demais o bolo de chocolate com cobertura de brigadeiro feito pela vovó. Mari nos convidou para um café da tarde, comemos entre conversas um tanto cotidiana e depois de dar banho na Nena e colocar o seu pijama, sai.

_ Leninha, se comporta.
_ Tá, mamãe. Tchau.
_ Tchau, se cuida. -falei dando um beijo na bochecha dela e saindo.


  Entrei no carro, coloquei o endereço do bar no GPS e sai rumo à noite de sexta feira. Liguei o som, coloquei o cinto e dei partida.
  O bar era próximo à empresa, mas demorei uma hora e meia pra chegar por conta do trânsito. Peguei minha bolsa e desci do carro entregando as chaves ao manobrista..


_ Oi, já chegou? -perguntei assim que ele atendeu.
_ Tem quase uma hora que estou aqui com essas mulheres me olhando, piscando e sorrindo.
_ Só você mesmo. -ri.- Estou entrando.

Fechei a bolsa e segui para a recepção, entrei e caminhei até o bar, olhei para os lados e encontrei um gatinho sentado em uma das mesas.
_ Cheguei!
_ Pensei que iria esperar mais duas horas, sempre demorada. -se levantou e nos abraçamos, aquele abraço gostoso e muito bem apertado.- Tudo bem Fê?
_ Tudo ótimo Davizinho e você?
_ Sexta-feira, né. Tô cansado... -beijou meu rosto e puxou a cadeira para que eu me sentasse, assim fiz.
_ É o dia em que esperamos mais e ficamos ainda mais cansados. Como está minha pequena?
_ Na minha sogra com a Carina, falei pra ela que iria sair e depois passava por lá, se não ficar tarde.
_ Hm, só quem está na minha sogra é a Nena.
_ Minha sogra. -repetiu parte da frase e demos risada.- Você mudou bastante hein Fê, nós na verdade.
_ Mas eu do que você. -falei pondo o celular em cima da mesa.- Já pediu?
_ Ainda não, estava te esperando chegar.
_ Dois chopp então! -pedi ao garçom, não demorou e nos trouxeram duas canecas e brindamos.- Começamos os trabalhos?
_ Com certeza.


  Davi e eu tínhamos uma conexão que vinha de anos atrás como todo mundo sabe. Só que com a morte do Lupy e com os anos nós nos afastamos um pouco, tínhamos perdido um pouco desse nosso contato de dia-a-dia e quando acontecia de nos encontrarmos nunca estávamos sozinhos, sempre com os filhos, meu marido e a mulher dele. Mas essa noite era nossa! 
  Tomamos algumas cervejas e voltamos legal no tempo, rindo muito das palhaçadas que passamos juntos.


_ Lupy tinha o melhor adestrador do mundo inteiro, nossa. Como você tinha apego naquele tigre.
_ Pro meu currículo foi ótimo, pra minha faculdade também. Nosso gatinho era dez!
_ Luan que morria de medo, lembra?
_ E como esquecer da vez que ele pulou na piscina (risos)?
_ Ou da vez que ele ficou preso no quarto de jogos porque o Lupy estava no porta, gente do céu. Luan demorou pra confiar no Lupy.
_ Mas no geral ele era dócil, dificilmente mostrava os dentes com a intenção de atacar alguém.
_ Não vinham estranhos aqui em casa e ele cresceu aqui. -dei de ombros.- Lupy foi o meu primeiro filho. -meus olhos ficaram manejados, não se por culpa do álcool ou da emoção.
_ Lucila não confiava muito nele não, Martinha então... nossa senhora.
_ Época gostosa, não era? -deixei a caneca em cima da mesa, pensando.- Sabe, Davi... o tempo nos fez bem. -passei a mão pelos cabelos.
_ Ainda bem né, a vida que a senhorita levava não era muito bacana né?
_ Para uma mulher solteira eu achava o máximo.
_ E era, altas loucuras. -comentou com falsa empolgação, eu ri.- Sei lá cara, sempre fui muito sossegado... dei graças à Deus que encontrei uma pessoa como eu.
_ Carininha é tranquilona também, né?
_ Ela teve uma fase rebelde, o pai dela me contou em uma aniversário uma vez... engravidou de um cara que não queria nada com ela na adolescência.
_ E onde está essa criança? -perguntei curiosa.
_ Ela faleceu com alguns dias de vida, nasceu prematura. Carina nunca tinha me contado até o pai dela tocar no assunto.
_ Sogro fofoqueiro, meu pai não é assim. -brinquei.- Ele já fala logo na minha cara, Luan sabe (risos).
_ Ah, mas seu pai é um caso a parte. Ele descobriu quem você era muito depois, né?
_ Põe depois nisso, nossa! Foi meio conturbado passar por essa transição, Davi. Você foi testemunha disso, me viu chorar por vários dias...


  Entramos neste e em outros mais assuntos e foi uma noite memorável, eu gostei bastante e até descobri que meu amigo seria pai uma segunda vez.

_ Não acredito! -comemorei com palmas, atraindo a atenção das outras pessoas.
_ Ela está no começo, três ou quatro semanas. Descobrimos na última consulta ao ginecologista.
_ E como o futuro papai está?
_ Ansioso. -sorriu.- Taís está um pouco enciumada, muito manhosa... fazendo artes.
_ Aí, mas tão cedo assim? Tadinha da minha pequena Davizinho.
_ Taís sempre foi nosso xodó, muito mimada, com quem temos todo o cuidado do mundo... e não que isso vá mudar, mas é diferente. Vem um rostinho novo por aí e já estamos ansiando pela chegada.
_ Sou mãe de quatro nenéns. -ri.- E tenho uma certa experiência nisso.
_ Conta aí... -recostou na cadeira.- ... sou todo ouvidos.


  Davi era a pessoa que minha tinha paciência para me ouvir na vida, depois da Lucila claro... falei pelos cotovelos e entramos em outros mais assuntos, sempre acompanhados da caneca cheia! Uma atrás da outra, sem culpa.
  Quando nos demos conta da hora, já se passavam das 02h da manhã e eu não estava em condições nenhuma de dirigir.


_ Eu não faço ideia de como ir embora! -passei a mão pelos cabelos, rindo de nervoso.- Tô fodida, não sei nem onde está minha chave.
_ Na sua bolsa. -riu.- Era pra você ter vindo de táxi, não vou te deixar dirigir assim nunca.
_ Então vamos sentar aqui... e beber mais! Garçom! Mais uma cerveja.
_ Não amigão, estamos de boa. -ele fez jóia pra ele.- Seu celular tá tocando.
_ Meu marido, xiu... fica quietinho. -atendi e não falei nada, estava segurando a risada.
_ Fernanda?
_ Oi amor, como foi o... seu trabalho? -Davi não aguentou e riu, não segurei as gargalhadas.
_ Muito bom, e o seu?
_ Tranquilo, vida. Nossa! Tô deitada já... -Davi ria mais ainda, tentando pegar meu celular.
_ Em qual quarto da casa? Porque no nosso eu ainda não te achei...
_ VOCÊ TÁ EM CASA? PUTA QUE PARIU! -tirei o telefone do ouvido, olhei para o Davi aflita.- Ele tá em casa, na nossa casa... Davizinho.
_ Ótimo, ele vem te buscar!
_ Fernanda? -ouvi Luan falar e não respondi.- Onde você tá?
_ Precisando de um favorzinho seu amor, bem pequeno. -ri.- Eu sai com um amigo... bebemos umas duas ou três cervejas... e... eu... eu... esqueci o caminho de casa. 
_ Você o que?
_ Não briga comigo! Eu só queria ir pra casa.
_ Onde você tá Fernanda? Fala logo.
_ Eu não sei. -comecei a rir. Não sei porque aquilo estava tão engraçado, mas continuava gargalhando.




Narrado por Luan
  Consegui um tempo extra e assim que terminamos o show pude voar de volta para casa. Cheguei em São Paulo por volta de 01h da manhã e quando a van estacionou na porta de casa deveria ser pouco mais que 01h30.
  O som estava alto, tinham alguns carros parados na frente. Mas por ser uma sexta-feira imaginei que Melissa estivesse com o pessoal da faculdade, me despedi do pessoal e entrei. Na sala só estava um casal se agarrando no meu sofá e o cachorro latindo sem parar.


_ E ai garotão, calma tô aqui. -Thor rosnava para os dois e eu acendi a luz lhes dando um susto.- Já deu né?
_ Meu deus! O pai da Malu.
_ Cadê a Maria Luísa!? -ela apontou para a piscina, andei até o vidro e estava rolando uma festa mesmo. A área da piscina inteira estava cheia, contando espreguiçadeiras, mesas e cadeiras.
_ Para, Henrique... não... -olhei para o lado e Maria Luísa estava se amassando com o malacabado.
_ Que porra é essa Maria Luísa!?
_ PAI! -olhou assustada.
_ E você larga da minha filha. -soltei Thor.- Anda, me explica tudo isso aqui e agora antes que eu acabe com tudo. 
_ Pai, minha mãe deixou a gente fazer uma socialzinha aqui. -contava ela se atropelando nas palavras.
_ Socialzinha? É bom eles irem embora e agora.
_ Mas pai!
_ Sua mãe não tem juízo, não? Eu vou subir e falar com ela.
_ Ela ainda não voltou.
_ Como assim não voltou? Onde sua mãe foi?
_ Disse que ia sair com uns amigos e não tinha hora pra voltar.
_ Ótimo, chama seu irmão e terminem com isso antes que eu tenha que voltar aqui. Acabou e sem discussão! -disse sério e subi para o quarto já com o telefone no ouvido, ligando para a Nanda, mas só chamava e caía na caixa de mensagens. Quando consegui falar com ela já era mais de 02h da manhã e minha mulher estava bêbada, tão bêbada ao ponto de não estar falando nada com nada e rindo com qualquer coisa.
_ Não! Eu falo com ele, sai...
_ Porra Fernanda, assim não dá... onde é que você tá?
_ Amor eu não lembro o nome, por que você tá gritando comigo? -perguntou com voz de choro, fungando. Encerrei a chamada e procurei pelo localizador do iPhone para saber onde ela estava, e encontrei. Um chopperia com música ao vivo perto da CDM, como sabia que ela de carro chamei por um táxi que demorou quase vinte minutos e para chegar no lugar foi mais uns trinta.
_ Boa noite, boa noite. -cumprimentei os seguranças e a recepcionista, entrei e não foi difícil encontrar Fernanda.
_ Aí ele desligou na minha cara, Davi. -ela estava chorando, chorando e tentando prender os cabelos.- Ele nunca fez isso comigo! Nunca. 
_ Fernanda. -falei e ela olhou para trás com um sorriso enorme no rosto, até tentou se levantar para me abraçar, mas não estava se aguentando de pé.- Davi?
_ E ai, cara. Tudo bem?
_ Tranquilo. -toquei sua mão, puxei uma cadeira e me sentei.- Já pagaram a conta?
_ Esqueci a porra da senha! -Fernanda bateu as mãos na mesa.
_ Nem se preocupa com isso cara, tá acertado já.
_ Vocês já estavam de saída então?
_ É. Quase isso, estava tentando ligar pra Carina vir buscar o carro. -Davi estava muito melhor que a Fernanda, nem parecido ter bebido tanto. Já ela, pelo número de canecas sobre a mesa denunciava ter bebido muito.
_ Quer uma carona?
_ Não que isso cara, não quero atrapalhar não.
_ Somos compadres, pô. Vamo aí, bora. -peguei a bolsa da Nanda e servi de apoio para que ela se levantasse, abracei sua cintura e segui com ela aos tropeços até a saída.- As chaves, cadê?
_ Com o manobrista, ué! -falou o óbvio, então o pedi para trazer o carro e enquanto esperávamos uma moça veio até nós e me pediu uma foto. Foi bem rápido, Fernanda ficou de lado. A moça agradeceu e saiu.
_ Valeu aí cara. -entramos todos no carro, Fernanda foi atrás e Davi comigo na frente. Liguei o som e fomos trocando ideia ate chegarmos na casa dele, Fernanda trocou de lugar e veio pra frente junto comigo.
_ Hm... sabe o que eu queria agora amor?
_ Sei. -olhei para ela que sorria de um jeito sacana.- Dormir. -seu sorriso sumiu, mas em seguida ela mordeu os lábios.
_ Não, queria te chupar bem aqui! -colocou a mão na minha coxa, perto da virilha e apertou com força.
_ Não, para Fernanda eu tô dirigindo.
_ E daí? -começou a rir. Paramos em um semáforo e ela foi rápida em abrir o zíper da minha calça e alisar meu pau por cima da cueca.- Viu. Você gosta!
_ Fernanda, não. -tirei sua mão dali e voltei a dirigir, mas ela não sossegou um único segundo e semáforo seguinte começou me masturbar.- Porra! -pisei no freio com tudo e fomos nós dois pra frente, minha respiração se descontrolou e ela riu, mordendo minha bochecha.
_ Deixa amor, você consegue! -deu a maior força e eu estava tenso. Não que isso não tivesse acontecido outras vezes, mas ela estava muito bêbada e não tinha noção do perigo que estávamos correndo.


  O trajeto que deveria durar 15 minutos se tornou quase uma hora e meia, paramos uma rua antes de entrar no condomínio e ela fez um oral daqueles me fazendo gozar muito na boca dela. Coloquei a roupa no lugar e fomos para casa.

_ Devagar, você vai cair.
_ Vou cair se continuar com essa merda aqui. -se referia aos saltos, agachou e quase caiu sentada.- Aí Luan, me ajuda!
_ Me dá a mão. -ela se apoiou em min para ficar descalça e ainda sim estava cambaleando, rindo alto e procurando as chaves que estavam na minha não.- Fernanda, dá uma maneirada vai.
_ Cadê a tal da festa? -perguntou quando chegamos na sala e não havia barulho algum.- Arthur!
_ Que mané festa o que, eles nem idade pra isso tem.
_ Como você é careta! E velho! Nunca teve a idade deles não? Deixa eles se divertirem, Luan! Beijar na boca, tomar um porre. -falava alto e Arthur ficou parado, olhando aquela situação toda.
_ Mãe? Tá tudo bem com a senhora?
_ Ótima. Melhor se você não namorasse aquela menina... -se soltou de mim e ficou cara a cara com ele.- ... meu filho, ela não é mulher pra você. Escuta a mamãe, escuta. -deu um tapinha no rosto dele.
_ Já chega, Fernanda. Vamos subir. -disse pegando ela no colo e subindo para o nosso quarto, deixei ela sentada na cama, coloquei minhas coisas em cima da penteadeira dela e voltei para tirar sua roupa.
_ Isso, vida! Me deixa pelada que eu tô louca pra dar uma foda daquelas com você, aquela de retorno de viagem! -se jogou na cama de costas e braços bem abertos.- Aí, tá tudo girando amor... -sentou de uma vez e ficou virando a cabeça de um lado pro outro.- Hmmm dois? -piscou alguns vezes, tentou levantar e na segunda tentativa correu para o banheiro e eu atrás. 
_ Ah não, Fernanda! Pra que beber desse jeito? Você não é mais nenhuma adolescente não. -ela estava vomitando, vomitando muito. Ajoelhada, abraçando o vaso e vomitando.- Tá vendo no que dá?
_ Você só presta pra brigar c... comigo! -passou a mão na boca e sentou sobre os pés, chorando.
_ Eu não tô brigando não amor. -revirei os olhos, baixei a tampa e acionei a descarga.
_ Então me dá um beijo.
_ Tô com afta, bem na ponta da língua. -menti, rindo.- Dá a mão... -ela continou parada, de cabeça baixa.- Fernanda? -ela estava tombando para o lado, segurei.- Cacete viu. -virei a blusa que ela vestia.
_ Hmmmm safadinho! -ria.
_ Vem, fica de pé.


  Foi complicado colocar um mulherão daquele em pé, tirar sua roupa e colocar em baixo do chuveiro frio. Fiquei com dó dela tremendo de frio depois, tadinha. Mas estava melhor, ela já não estava falando tanto... nem rindo.
  Terminei de lhe dar banho, voltamos para o quarto e eu a vesti com uma camisa minha e antes de irmos para a cama, passei o secador em seus cabelos e deixei ela deitada.


_ Eu ainda quero vomitar... -tapou a boca e correu para o banheiro de novo, mas conseguiu ir sozinha.- Aí Luan... tô tonta.

  Tirando a noite de anos atrás em que ela ficou muito mal e fomos para o apartamento do Testa, na época... foi a noite em que mais tive trabalho com a Nanda. Minha nossa senhora! Mas também quando ela dormiu, até roncou de tão cansada que estava.
  Levantei e desci para ver como estavam as coisas na piscina. Arthur estava sentado com a Julia na espreguiçadeira, namorando e Maria Luísa, segundo ele, já tinha entrado e estava no quarto.

_ Julia. -lhe cumprimentei.
_ Oi seu Luan. -sorriu sem graça.- Como está a dona Fernanda?
_ Dormindo. -respondi.- Tá vendo essa bagunça, né? Vocês que vão dar jeito.
_ Mas pai, pô...
_ Não tem conversa cara, não tem. Só estou avisando.
_ Se fosse a Melissa ninguém ia falar nada e a festa ainda estaria rolando.
_ Melissa é maior de idade.
_ Grande coisa, fico maior de idade esse ano também... e aí?
_ Tá querendo discutir comigo, moleque? -ele baixou a cabeça.- Muito cuidado que eu ainda sou teu pai, viu. -e entrei, tomei água e subi.


  Tomei uma ducha fria e rápida, deitei e dormi o resto que tive da madrugada. 
  Quando foi no sábado acordei com a Nanda resmungando, mas resmungava mesmo.


_ Essa luz está me matando... -olhei e ela cobria a cabeça com o travesseiro.- ...gente!
_ Bom dia. -falei com a voz rouca, rindo.
_ Bom dia? Luan eu tô destruída, minha cabeça não para de doer.
_ Talvez você devesse beber mais um pouco de chopp.
_ Muito engraçado, nossa. E eu nem bebi tanto assim, fique você sabendo.
_ Ah não? Lembra como veio pra casa?
_ Eu não vim dirigindo? -perguntou "assustada", sentando na cama e olhando para a minha cara.
_ Dirigindo? Como se você não estava aguentando nem andar?
_ Tá brincando comigo, né? Zoando com a minha cara?
_ Não. Eu cheguei em casa mais cedo da viagem e dei de cara com uma festa na piscina.
_ Festa? Mas não era só uma socialzinha? -colocou a mão na cabeça, pensativa e fez careta.
_ Social é o que eu faço com os meus amigos aqui em casa. Porra Fernanda tinha adolescente se pegando no sofá, umas pessoas que eu nunca vi na vida. Você não tem juízo não? Maria Luísa e o Arthur são menores de idade.
_ Pensei que eles fossem chamar os amigos, amigos mais próximos.
_ Não foi o que aconteceu e eu não gostei, já vou avisando.
_ Tudo bem, não deixo mais... vou deixar eles irem nas sociais dos outros.
_ Eu vi a Maria Luísa se pegando com o amigo do Arthur e nem aí com o que estava acontecendo. É nossa casa, né? Não é o salão do condomínio que não tem quartos, cozinha e piscina.
_ Tá. -foi sua resposta antes de deitar outra vez e fechar os olhos.- Como cheguei aqui? -contei a ela todo o trajeto, da ligação e terminei contando dos inúmeros vômitos na madrugada.
_ Você não me dava um trabalhão assim desde que te encontrei na praça e fomos para o ap do Rober.
_ E meus filhos me viram chegar?
_ Arthur sim.
_ Hum.


  Ficamos deitados por mais alguns minutos, peguei o celular um pouco e depois levantei para me trocar e descer.
  Fernanda ainda ficou deitada, reclamando de dor de cabeça. Peguei um copo de água na cozinha, levei à ela dois comprimidos e voltei para a sala.


_ Bom dia, pai. -disse Melissa entrando em casa, Leonardo logo atrás.
_ Bom dia, dormiu fora é?
_ Nem dormimos ainda. -riu.- Estávamos em uma balada. -respondeu se aproximando de mim e me dando um beijo no rosto, seguido de um abraço apertado.- Tudo bem com o senhor?
_ Sim, e você?
_ Ótima.
_ Sogrão! -nos abraçamos também, ele tocou minha mão e voltou para junto da Melissa.
_ É pra descansar hein. -falei "brincando" quando os vi subir as escadas.


  Maria chegou com os pães fresquinhos e o tempo em que ela montou a mesa de café da manhã, Maria Luísa, Arthur e Melissa desceram. Nós nos sentamos e em seguida Fernanda apareceu, deu bom dia e só Arthur que não a respondeu, continuou comendo quieto.

_ Filho, está tudo bem? -ela perguntou e ele fez que sim.- Certeza.
_ Tudo ótimo. -e não falou mais nada, o clima já não era o mesmo desde aquela frase. Mas Fernanda mudou de assunto e mencionamos sobre o que faríamos nessa minha folga e minha linda sugeriu irmos para o Ubatuba.
_ Eu vou, certeza. -Malu disse eufórica.
_ Eu e o Leo também iremos e vamos levar a Ceci com a gente.
_ Vou também. -disse Arthur.
_ Vai levar sua namorada, filho?
_ Pra senhora falar na cara dela o que me disse ontem? -Fernanda arregalou os olhos e as meninas ficaram olhando sem entender a resposta mais que atravessada.
_ Filho...
_ Eu tô cansado disso e tava entalado faz tempo.
_ Calma aí rapaz, fala direito com a sua mãe. -dei um tapinha em seus ombros.
_ Ah, eu tenho que ter calma. Toda vez é isso, cara. Todo dia. Qual o seu problema com ela?
_ Arthur, eu... -ele não deixou que ela terminasse sua fala e continuou falando.
_ Não deveria ser nenhum, vocês nunca conversaram. A senhora sempre olhando torto, sempre soltando uma indireta. O engraçado é que com a Melissa e a Maria Luísa isso não aconteceu.
_ Arthur, chega né? -falei e ele me olhou com raiva pela primeira vez na vida.
_ Vai falar que é mentira minha? Tudo é aceito nessa casa, mas meu namoro não. Nego dorme aqui todo dia, mas a Julia não pode. Maria Luísa se deixar vê o Henrique a semana inteira e eu só posso sair com a minha namorada, namorada mais que assumida, aos finais de semana.
_ Não é isso, filho.
_ É o que então? Com as meninas a senhora tudo concorda, agora comigo fica fazendo isso? Ela é a menina que eu gosto e se não for pra eu quebrar a cara, deixa eu quebrar. A senhora nem nunca conversou com a Julia e não vai me dizer que  a senhora acertou de primeira num relacionamento, ou acertou ? Eu acho que não né, teve o Murilo.
_ Eu falei chega! -disse sério.
_ Beleza, já terminei o que eu tinha pra falar. -ele disse se levantando da cadeira e saindo da sala de jantar.
_ Uau, o que foi isso?
_ Maria Luísa agora não. 
_ Quero saber o que eu perdi, entrei no meio da discussão sem saber de nada. -ria.
_ Também acho que a senhora tem ciúmes da Julia à toa, mãe. Ela é tranquila, gente boa e gosta tanto da senhora.
_ Continuo não indo com a cara dela.
_ A senhora ainda vai brigar feio com o Arthur por causa disso e a senhora sabe que ele não está errado.
_ Melissa, eu não estou errada em querer o melhor para os meus filhos.
_ A senhora não prevê o futuro não, mãe. E se eles derem certo?


  A pergunta ficou no ar até terminarmos de comer, as meninas guardaram as coisas e limparam a mesa, enquanto Fernanda subiu dizendo que iria falar com o nosso filho. E eu? Sentei na sala e fui ligar pra minha mãe.

_ Xumba, bom dia! -cumprimentei assim que ela atendeu.- Tudo bom com a senhora?
_ Oi meu filho, tudo bem sim. Graças à Deus, e você como tá? Quando volta? -perguntou toda saudosa.
_ Já voltei. -ri.- Cheguei ontem umas dez e pouco, mamusca.
_ Ô meu filho, tarde assim é? Mas aconteceu alguma coisa?
_ Contratantes mal organizados, xumba. Mas foi remarcado o show, volto lá na semana que vem. -contei à ela um pouco mais sobre a viagem, perguntei pelo meu pai e a Nena e terminamos a ligação com o convite para irmos viajar.- Espero por vocês aqui, tá?
_ Tá, deixa só tomarmos café, arrumar a mala e nós vamos. Ligou pra sua irmã?
_ Farei isso agora. Beijo, xumba. Até já.
_ Até meu filho, fica com Deus.
_ Amém, a senhora tamém. -desligamos e eu liguei para a minha irmã.- Fala Piroquinha linda do irmão! -comecei a rir e ela não se segurou, rindo também.
_ Bom dia seu engraçadinho. Como você está?
_ Bem, de folga e querendo ir pra praia. Bora?
_ Hoje, Pi?
_ É, no almoço.
_ Topo, Lucas está viajando com o Rafa mesmo. Só estamos eu e a Laura.
_ Uai, ela não tá com o namorado não?
_ Terminou na semana passada, chorou tanto tadinha.
_ Laurinha tá namoradeira demais pra idade dela.
_ Ela está na idade, Pi. -riu.- Quando voltamos?
_ Bom, amanhã né? Segunda cêis tudo trabalham, estudam... mas eu tô de folga até quinta.
_ Se quiser minha companhia na semana. -riu.- Irei amar.
_ E vai deixar a Laura sozinha? Tem juízo não?
_ Rafael vai estar aqui na terça, já.
_ E na segunda?
_ Luan, a Laura não é neném não e já ficou sozinha outras vezes. -respondeu rindo.
_ Eu aceito, não demora. -e desligamos.
_ Pai, vamos mesmo? -Malu perguntou se escorando no sofá.- Porque eu preciso arrumar minhas coisas.
_ E eu acordar o Leo, tchau!
_ Mas já?
_ Eu demoro. Minha madrinha vai né?
_ Vai, Melissa.
_ Pede pra ela subir quando chegar, preciso falar com ela.
_ Tá, tá.


  As duas subiram e Fernanda ainda não havia descido. Thor começou a pular em cima de mim e latir, queria passear. Levantei e procurei pela coleira, o prendi e saímos.



Narrado por Arthur
  Tá, cara! Eu não deveria ter discutido com a minha mãe, nunca falei alto com ela antes. Mas estava de saco cheio disso, saco cheio. A melhor coisa que fiz foi levantar e subir para o meu quarto, tranquei a porta e me joguei de costas na cama e passei alguns minutos encarando o teto antes de escutar batidas.


_ Posso entrar? -escutei minha mãe perguntar e sequer olhei para a porta, mas sabia que ela estava entrando.- Filho... -revirei os olhos.- ...fala com a mãe, o que foi aquilo?
_ Eu que te pergunto. O que a senhora tem contra a minha namorada? Não cansa não?
_ Não é que eu tenha algo contra, eu só não quero que ela te roube de mim...
_ Mãe, que ridículo isso. Eu nunca me afastaria da senhora ou meu pai ou até mesmo minhas irmãs por causa de um namoro.
_ Ela chegou do nada, eu não estava preparada para ver meu filho, meu bebê namorar.
_ Bebê eu não sou faz tempo e quanto a namorar? Minhas irmãs começaram bem antes de mim.
_ Mas você é o meu menino, filho. -olhei e ela estava toda cautelosa, veio se sentando na beirada da cama.- Meu único filho homem.
_ E isso é motivo pra senhora pirraçar minha namorada o tempo inteiro?
_ Desculpa, não quis magoar você.
_ Mas magoou, mãe e muito. Eu não esperava isso dá senhora, aliás nem mesmo da Maria Luísa.
_ Prometo tentar melhorar, juro.
_ Mãe...
_ Não digo que seremos melhores amigas...
_ A senhora é amiga da minha avó, meu pai é amigo do vô Hugo... qual o problema de ser amiga da Julia ser sua amiga? Leonardo não é seu amigo?
_ É uma questão de tempo, filho. Mas, prometo melhorar... só não seja frio comigo.
_ A senhora pisou feio na bola. -falei sério e ela pareceu arrependida.- Mas te dou esse voto. -pisquei e ela sorriu.
_ Posso dar um abraço no meu bebê?
_ Mãe... eu já sou um homem! -falei me levantando e abraçando ela pelas costas, deitando-a na cama.- Eu te amo, tá? Mesmo você sendo chata as vezes.
_ Chata? Vou lembrar disso quando quiserem fazer outra festinha aqui em casa.
_ Nem precisa meu pai acabou com tudo mesmo! 
_ É, se fosse apenas uma social né Arthur?
_ Arthur? Não sou mais bebê então?
_ Seu pai me deu um sermão, disse que chegou aqui e estava a maior bagunça.
_ Não ia mandar os outros embora, né?
_ Deveria, Arthur. -disse se soltando de mim e voltando a se sentar.- Arrumaram lá fora?
_ Eu e a Julia, né? Porque sua filha bateu o pé e se trancou no quarto.
_ Ela não fez isso.
_ Fez. Folgada, a maioria dos intrusos vieram com as amigas dela.
_ Vou ter uma conversinha com ela depois, porque agora a minha cabeça está explodindo e eu preciso deitar.
_ Não vai com a gente pra praia?
_ Vou, mas ainda teremos o almoço.
_ E a senhora vai ficar deitada? Mãe, e eu pensando que a senhora não tomava uns porres.
_ Tive uma vida antes de engravidar de você (risos). Pensa nisso. -e estava saindo quando se virou e sorriu.- Chama a Julia pra ir com a gente, filho.

Por mais que ficasse chateado, não conseguia ter raiva da minha mãe. Ela saiu e me celular tocou, era a Ju.
_ Oi bebê, tudo bem?
_ Tudo mô, e você? Descansou? Sua mãe falou alguma coisa?
_ Falou, falou muita coisa... sabe-se lá Deus quando vou poder fazer outra festa de novo.
_ Que pena, mas seu aniversário está quase aí né?
_ É e eu vou comemorar, só não sei como.
_ Sei que sua mãe ama festas.
_ Não sou muito chegado em ser o centro das atenções, não.
_ Eu sei mô, só que é tão legal. -conversamos um pouco mais e ela perguntou o que eu faria durante o dia, comentei que iríamos para praia e fiz o convite.- Não sei, fico meio assim...
_ Minha mãe também está te convidando, quer ir ou não?
_ Vou falar com a minha mãe antes. Pode ser?
_ Tá bom, você me liga?
_ Ligo, mô. Até daqui a pouco, beijo.
_ Beijo, bebê.




Narrado por Melissa
  Nosso café da manhã foi meio agitado, mas eu não opinei em nada já que nem a noite em casa tinha passado.
  Subi para o quarto e Leonardo estava dormindo mesmo, de boca aberta e com um edredom cobrindo-o.


_ Loirão?
_ Hm...
_ Tá afim de viajar? Praia... vamos?
_ Hmm...
_ Para de gemer e me responde, loirão.
_ Fala, tô ouvindo. -virou de frente para mim, mas continuou de olhos fechados.
_ Sua mãe ia sair com a Ceci hoje? -ele demorou uns segundos, foi abrindo os olhos devagar e parecia ficar pensando no que eu havia dito.- Hein?
_ Por que?
_ Meu pai quer passar o fim de semana na praia, em Ubatuba. E nós vamos, né?
_ Tudo certo, você já decidiu né?
_ Não gostou? 
_ Pensei que ia passar uns dias com você, loira. -fez bico.- Só com você.
_ Ah, mas é a folga do meu pai também né?
_ Tá bom, quer ir vamos. -respondeu seco, levantou da cama e foi direto para o banheiro. Levantei também, mas para arrumar minhas coisas. Separei tudo o que levaria e deixei em cima da cama.- Ei, falou com a sua mãe?
_ Não, por quê?
_ Pra ver se sua irmã vai poder ir né Leo!?
_ Tô sem bateria desde ontem.
_ Deixa que eu ligo então... -peguei o meu celular que estava em cima do travesseiro e liguei para a linda que eu chamo de sogra.- Sogra, bom dia.
_ Bom dia, Mel. Tudo bem?
_ Tudo sim, e você sogra?
_ Vou bem também. Diga.
_ Ceci vai sair esse fim de semana?
_ Não meu bem, vamos ficar em casa.
_ Sabe o que é? Meu pai está de folga por uns dias e iremos viajar para Ubatuba, queria saber se a Ceci pode ir com a gente.
_ Aí, mas pra ficar quantos dias?
_ Nós voltamos no domingo à noite. Meu pai acho que volta na segunda.
_ Ela pode ir sim, vocês passam aqui pra buscar ela ou quer que o Matheus passe aí?
_ Espera aí sogra... -tapei o microfone e olhei pro Leo.- Você ainda vai em casa?
_ Sim, senhora.
_ Sogra? Nós vamos passar aí, Leo precisa pegar as coisas dele.
_ Então vou acordar ela e arrumar as coisinhas dela, e esperamos por vocês.
_ Tá bom, até daqui a pouco sogra.
_ Até, beijos.













~.~
Ô família hein. Cheia de altos e baixos e muitos momentos. Quem sentiu saudades da Nandinha aprontando? E o Luan todo pleno, paizão, pondo ordem? E ainda teve Arthur e dona Fernanda numa "DR". E aí? Quero a folga já, rs. 😍