Capítulo 2

Narrado por Fernanda

"Bem curioso o caso do cantor, eu pensando que era algo mais sério, como: plágio, direitos autorais e etc. Mas não. O bonito me apronta com uma vadia qualquer. Sorte a dela se realmente estiver grávida dele, não digo pelo dinheiro, mas sim pelo prazer de tê-lo por uma noite que seja."

  Amarildo pediu que eu lesse um "contrato" sobre sigilo absoluto do caso mesmo que eu não ficasse responsável por ele, e então ele foi e contou, que há mais ou menos quatro meses uma moça procurou o Luan e disse que estava grávida e que o filho era dele e se ele negasse ou "chutasse" ela, que ela iria expor tudo na mídia. Obviamente o cantor com fama de mulherengo e pegador não gostaria de aparecer como o "pai que não quer assumir o filho". E foi aí que ele procurou advogados que pudessem dar um jeito nessa situação de acordo com a lei.

_ Entendo. Sei que certamente qualquer um dos advogados que vieram anteriormente solicitaram que ela trouxesse algum exame que de fato confirmasse a gravidez. -falei de acordo com o que eu aprendi.-
_ Sim, fizemos isso já tem algum tempo e a gravidez foi confirmada e tudo mais. -dizia a assessora enquanto o pai dele assentia, e ele só estava ali de corpo presente sem dizer nada.- Nosso maior problema é a moça quer que o Luan arque com todas as despesas até que a criança nasça, incluindo consultas médicas e moradia completa se é que me entende. -concluiu-
_ A atitude mais sensata que possa ser tomada de imediato é um acordo feito entre ambas as partes discutindo o que venham ser essas despesas. -sugeri.-
_ Mas esse filho não é meu, e eu não vou bancar aquela oportunista. -Luan alterou-se e seu pai lhe pediu calma gentilmente enquanto eu me calei- Tem como mudar isso ?
_ Como advogada o certo seria aconselhar que o exame de DNA seja feito, se ela está com três meses ou mais ele pode ser feito com a criança ainda no ventre, mas o advogado pode alegar que isso fará mal a criança e ela pode optar por fazer somente quando realmente der a luz. O que é óbvio. E um acordo logo agora definindo coisas básicas é menos arriscado ao expor o seu nome como o artista irresponsável que foge da paternidade. -fui franca e todos me olharam de boca aberta.-
_ Mas ela pode negar esse pedido ? -perguntou Amarildo, certamente pensando na minha sugestão-
_ Sim. Até porque se é dinheiro que ela quer até os nove meses ela juntaria uma boa quantia para se manter pro resto da vida ou parte dela, seu filho tem muito dinheiro então qualquer coisa que ela arrancar dele é lucro e pra ele não fará falta. -fui sincera.-
_ Tá bom, mas e se eu fizer tudo isso e for realmente provado que a criança não é minha, ou ela falsificar o exame ? -Luan novamente abriu a boca questionando e pondo minha inteligência e lógica a prova.-
_ Isso é ainda mais simples de ser resolvido. -ri irônica.- Mas vamos por partes ... -sua assessora e secretário anotavam algumas coisas enquanto Amarildo estava atento a cada palavra que eu pronunciava-
_ Sim, nos diga mais sobre esse acordo. -pedia Amarildo-
_ Ela quer dinheiro para custear toda a gravidez, isso inclui alimentação e acompanhamento médico, somente quanto à roupas e moradia é um bônus digamos assim. -Amarildo assentia incentivando que eu continuasse- São no máximo um ano que você irá bancar um convênio que você pode escolher e saberá que nada será manipulado e alimentação é algo superficial e quando a criança nascer é só marcarmos uma reunião e escolhermos a clínica onde serão feitas as coletas da amostras, seja e exame de sangue ou da saliva ou fio de cabelo. Ou seja, mesmo que ela quiser ela não terá como te passar a perna e se o exame der negativo como você diz é só entrar com um processo para que ela possa te devolver tudo aquilo que você gastou com ela.

"OK. Eu sei que fui bem, afinal eu me formei justamente para isso. Mantive meu olhar profissional e todos os presentes na sala me encaram de uma maneira impressionante, como se estivessem surpresos com o meu desempenho. E entre nós, eu sei que arrasei. Papai irá se encher de orgulho e o Sr. Gostoso Santana vai querer até me presentear depois que vencer isso tudo. Haha."

_ Caramba, ela manda bem demais. -pela primeira vez desde que entrei nessa sala de reuniões o homem de boné que acompanhava Luan, o secretário disse.- Quantos anos você tem mesmo ? -sorriu-
_ 21 anos. -respondi fingindo não perceber o duplo sentido de sua pergunta- E então, o que me dizem ?
_ Amarildo, não sei você, mas até agora ela foi quem mais nos deu alternativa e soube solucionar o problema mesmo que seja na teoria. -"Essa foi a hora que eu fiquei invisível, digamos assim, eles falavam e eu só ouvia."- E planos que estão ao nosso alcance.
_ Concordo com você Arleyde, mas precisamos ver se é isso mesmo para então colocarmos você oficialmente como advogada contratada. -assenti- Bom, acho que é isso. Encerramos por aqui. -assentimos novamente e ele se pôs de pé e eu também.- Obrigada por ter vindo viu, espero nos encontrarmos novamente. -"Mal sabe ele que eu quero encontrar é o filho dele, e só nós dois e poder realizar meu sonho. Ai ai."-
_ Claro, entrem em contato quando se decidirem. -falei apertando sua mão- Tchau, tenham um bom dia.

  Peguei minha bolsa e saí da sala cumprimentando novamente a recepcionista e dando tchau pra Ju rapidamente. Entrei no elevador e desci até o estacionamento do prédio, desliguei o alarme do carro e entrei deixando a bolsa no banco do carona e em fim respirando aliviada e abrindo mais um botão da minha blusa antes de ligar o carro e seguir para o prédio da CDM (Company Disclosure Music).




Narrado por Luan

 Assim que Fernanda fechou a porta da sala todos ficamos em silêncio, até a Arleyde dizer que eu poderia ir pra casa e no dia seguinte teria que estar pronto pela manhã. Então me despedi do Testa e fui com o meu pai pra casa.

No carro à caminho de casa ...

_ Nossa pai eficiente ela não é mesmo ? -falei com total duplo sentido enquanto meu pai estava focado no profissional, concordando comigo.- Por mim ficaremos com ela.
_ Luan o negócio é sério, precisamos pensar muito. -dizia ele sério me fazendo revirar os olhos-
_ Ela é filha do Hugo ? E desde quando ela tem filha ? Nunca vi essa mulher lá em casa nos churrascos e nem quando tem alguma coisa que envolva os sócios.
_ Por incrível que pareça ela é uma menina caseira e estudiosa, não gosta muito de curtir e passa a maior parte do tempo nos livros. -neguei com a cabeça. "Como pode isso ? Um muierão daquele não gostar de badalar ?"-
_ Só pode mesmo, só lembro de ter visto a mulher dele e isso faz uns dois anos. -falei encerrando aquela conversa e mexendo no celular, falando com os meus amorzinhos.-

  Assim que chegamos em casa a mamusca veio já saber como tinha sido, fazendo meu pai e eu sentarmos no sofá e contar como tinha sido a reunião todinha sem pular os detalhes.

_ Mas e você meu filho, o que achou dela ? -"Que ela é muito gostosa cara, além de linda, nem prestei muito a atenção em seu rosto, mas imaginei ela usando aquela boca de muitas formas dentro de quatro paredes só nóis dois sem ninguém no meio."- Luan ? -ri saindo do transe-
_ Muito boa mamusca, uma ótima advogada viu -falei sorrindo á toa-
_ É a filha do Hugo e da Analice, Marizete. É novinha, mas deixou advogados de nome no chinelo.
_ Aquela menininha ? É Fernanda né ? -dizia mamusca-
_ Ela mesma. Acho que com ela temos nosso problema mais que resolvido.
_ E a moça ? Já falaram com ela ?
_ Deixa a Ester na dela mamusca, só vou falar com o advogado dela e isso depois de marcar com a minha advogada. -falei beijando o rosto da mamusca e levantando do sofá- Vou subir que eu vou ... vou dormir um pouco. -subi as escadas e fui pro meu quarto. Tirei a calça jeans, camisa e deitei de cueca mesmo queria dormir e sonhar ... sonhar com aquela gata.
























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 Segundo capítulo postado. Bom agora vocês já sabem quem é a Fernanda e o "por quê?" dela estar ligada ao Luan. Mas, ainda falta aparecer alguém. E no próximo capítulo vocês conhecerão a tal oportunista. Beijos, encontro vocês amanhã.