Capítulo 41

Narrado por Fernanda
  Correria na sexta, sábado e até mesmo domingo e então eu me obriguei ter a segunda de descanso total e passei o dia inteiro na cama dormindo, eu levantava no maximo pra fazer xixi e só. Quando foi de noite acordei com o celular tocando e eu louca pra jogar ele contra a parede porque ainda estava com sono e odiava ser acordada assim... "Porque se o sonho for bom ele não vai voltar da parte em que estava."

_ Fala.
_ Eu não acredito que você ainda está dormindo, Fernanda! -pela voz delicadinha era a Bruna.-
_ Meu eu estudei o fim de semana inteiro e quando não estava estudando estava com a cara no notebook vendo as coisas da empresa... -bocejei, ainda deitada me virando para o outro lado.-
_ Você sabe que amanhã é o meu aniversário, né? -concordei.- Então... Eu vou fazer uma festa aqui em casa mesmo e conto com a sua presença.
_ Nem precisava convidar que eu iria da mesma forma.
_ Vem mesmo? Porque você dorme e esquece da vida, ou gruda no Murilo e esquece das amigas.
_ Ai nossa, nada a ver, tá? Mas vem cá... Amanhã eu tenho aula!
_ A festa vai rolar a noite toda, então se quiser chega depois da facul mesmo... -ela esticou um pouco mais o assunto, deu uma sondada na minha vida, meu sumiço e depois se despediu e eu aproveitei pra olhar o que estava acontecendo no mundo, o real e o meu.-

  Fotos e postagens idiotas e legendas de orkut e etc. Meu Whatsapp fazia dias que eu não entrava, tinha esquecido. Na boa.
Respondi só a Lila, Aline e os safados que atendem pelo nome de Leonardo e Luan.

  Léo estava triste, estava quase solteiro e completamente carente. Já o outro, Luan, estava terminando de se arrumar pro show e estava feliz da vida. Ele não viria para a festa da Bruna. Mas estava pra voltar em duas semanas e queria me encontrar pra gente "conversar".

*Essa sua conversa eu já conheço.*

*E tá morrendo de sdds!*

*Se acha muito, pensa que tá com essa força.*

*E num dúvida não que eu tô. E nossa conversa vai ser longa, porque minha saudade de vc tá muita!*
*Vc não perde por esperar.*
*Já tenho até um lugar. Kkk*

*Cachorro, safado!*

*Au au!*
*Quando eu estiver no hotel eu te conto. Viu.*
*Agora bjo, vou entrar no palco.*

*Bom show, gato!*

  Eu não esperei por respostas, voltei a dormir. Estava podre. Dormi muito e durante toda a noite, foi muito bom mesmo. Acordei muito bem disposta, muito mesmo. Tanto que acordei mais cedo e tomei um banho daqueles, lavei os cabelos, me ensaboei e depois desliguei k chuveiro. Enrolei uma toalha no corpo e outra na cabeça, e dei um jeitinho nas sobrancelhas e fui pro closet. E após passar meus cremes, escolher uma roupa que me agradasse fui arrumar minhas coisas da faculdade e pegar alguns papéis da empresa e por na pasta e deixar no jeito.

_ Bom dia, Lucila! -pulei nas costas dela que assustou, mas depois quando eu desci deu risada.-
_ Bom dia, Fernandinha!
_ Meus genitores cadê? -perguntei rindo demais.-
_ Olha que abusada... Seu pai teve que sair mais cedo, e sua mãe está na cozinha com a Martinha falando sobre o almoço de sábado.
_ Sábado? -perguntei franzindo a testa.-
_ Aniversário da sua vó, Elize, meu bem. -soprou.-
_ Meus deus, eu nem lembrava. Mas o aniversário da minha avó não é sábado, é na quinta-feira!
_ Sua mãe disse que vai ser só no fim de semana. -riu.-
_ Ah. Melhor!

   Cheguei na cozinha e minha mãe falava pelos cotovelos, dando ordens e mais ordens de como ela queria que tudo estivesse e depois se juntou a mim para o café da manhã e foi bom e engraçado, ela tentando saber sobre como andava meu relacionamento e eu tenho certeza que o meu pai falou disso pra ela.

_ Fazer fofoca é feio viu. -brinquei.-
_ Não é fofoca quando se trata dos filhos. -piscou.- O que ele te fez meu anjo? Seu pai ficou muito preocupado, ele não dormiu Fernanda.
_ Ele fica preocupado à toa.
_ Não. Seu pai pode não ter percebido, mas no dia em que você saiu batendo tudo no dia seguinte eu abri a porta do seu quarto, entrei e quando olhei seus dois braços estavam marcados. -hei assustada.- Ele te bateu?
_ Não mãe, ele não me bateu. Ele me empurrou contra o banco do carro... -ela ficou horrorizada. Contei toda a história, desde o início, da amiga lá e até chegar em casa e não fiz questão de ocultar a verdade.-
_ Ele não fez certo. Mas você sabendo que ele era ciumento não precisava provocar.
_ Ele é um idiota!
_ E você vai continuar com ele?
_ Vou ele me ama, mãe.

  Ela me aconselhou, pediu pra eu tomar cuidados e que homem assim era agressivo e que ela estava com um pé atrás, mas respeitaria a minha escolha de querer continuar com ele.

  Naquele dia lhe dei carona e fomos trabalhar juntas e cantando, cantando inglês... "Minha mãe era fã da Beyoncé, acreditem." ... Não pegamos trânsito não, ainda bem e chegamos no horário.

  Não era que eu não gostasse daquele meio. Eu até me acostumei, sei como funciona, mas na minha cabeça dirigir uma empresa era muita responsabilidade. Muita seriedade. E não é que eu não tenha isso, é apenas uma questão de "vou ficar com a empresa da família e ficar o resto da minha vida aqui?". Entende a diferença?
  Enfim... O dia foi mais tranquilo, e depois de finalizar meu expediente segui para a faculdade e fiz três provas e fui liberada.

_ Fernanda? -olhei pra trás e Murilo vinha me chamando.-

_ Oi, pode falar.
_ É... Tá tudo bem com você?
_ Sim. Estou ótima. Por quê?
_ Nada, eu queria ir jantar com você um dia desses e...
_ Um tempo, foi isso que eu pedi. Respeita isso? -ele assentiu dando um beijo na minha testa e saiu. Sorri e entrei no carro. Hoje ainda tinha a festa da Bruna.-

  Coisa de 45min e eu estava em casa...

_ Já vai sair de novo? Mas você nem chegou, filha.
_ Pai, é aniversário da Bruna e vai ser na casa dela.
_ Está tarde pra você dirigir sozinha. -falou cruzando os braços.-
_ Nossa, pai. -fiz bico.-
_ Eu te levo, vamos. -"Quantos anos eu tenho mesmo?"-
_ Hugo. Você me espera, eu vou também.
_ Assim? -olhou ela que estava de pijama e um roupão de seda.- Ôh Lice, não faz isso comigo.
_ Eu nem do carro vou descer. Vamos logo!
_ Assim fica difícil a vida de um empresario, marido e pai. -nos abraçou e fomos pro carro, passamos na Lila e seguimos pro condomínio da Barbie.- Juízo, as duas!
_ Pode deixar tio, e beijos tia Lice.
_ Beijos Dalila. E Fer, se cuida filha.
_ E quando for embora me liga que venho te buscar.
_ Não vai dormir não?
_ Não. -falou pegando na coxa da minha mãe e nós demos risadas.-

"Papai e mamãe andam numa ousadia que mais um pouco me arrumam uma irmã(o)."

   Apertei a campainha e logo a Mari nos recebeu e nos indicou a pista de dança e nós fomos. E rolou vários encontros antes de chegarmos na aniversariante, até a Jade eu vi. Inclusive a nossa mesa era ao lado da dela e foi impossível não conversar... "É mas eu não esqueci a  ara que ela fez quando ela ficou sabendo que eu tinha ficado com o Luan."

_ Fiquei sabendo que agora você namora.  -risos.-
_ Milagres realmente acontecem e eu encontrei um homem bom e paciente... -"Paciente para me aguentar na TPM."- ... E isso me faz bem.
_ Sinto falta de namorar, viu.
_ Você é bonita, você faz faculdade em uma das melhores de moda da sua cidade e faculdade de nome sempre tem os boys solteiros.
_ Ah, Fê... A maioria ainda está com a cabeça no ensino médio. Com aquele pensamento de que a mulher é um objeto e etc...
_ Ah. Eu penso que você tem que se divertir, não precisa se amarrar.
_ Eu não gosto de ser rodada. -"Bom se aquilo foi uma indireta ela passou vem longe de mim mesmo ."-
_ Pois é, nenhuma mulher gosta. Por isso as inteligentes não saem por aí pegando os amigos! -alfinetei porque sabia que ela andou ficando com um amigo do Luan lá de Maringá.- Porque depois elas viram comentários nas rodinhas! -tomei minha bebida num único gole e bati meu copo na mesa.-
_ Uau, que rápida.
_ Vou dançar. Você vem? -perguntei e ela acabou indo.-

  De verdade a festa da Barbie estava linda, poxa. E ela sempre muito alegre e a todo momento perguntando se estava tudo bem, se estávamos gostando.
  Sei que a gesta terminou era pouco mais que três da manhã, ou melhor, a essa hora eu estava cansada. E como o parabéns já havia sido cantado, liguei pro meu pai e o tempo em que ele não chegava eu fui me despedindo de todos.

_ Fê... -Bruna disse fazendo bico e cruzando os braços.- Eu não acredito que você já vai.
_ Desculpa, gata. Mas amanhã tenho trabalho e ainda nem descansei da facul vim direto pra cá.
_ Poxa. Mas olha, fiquei muito feliz que veio e espero que a senhorita não suma porque eu sinto saudades.
_ Ownt! Que fofa, ela gente. -ri.- Eu apareço sim. Beijos, meu pai está me esperando.
_ Eu te levo até lá fora.

  Ela foi até o carro, conversou brevemente com o sr. Hugo e depois entrou enquanto eu encostei no vidro do carro e cochilei até chegar em casa.

"Tudo bem que eu já tinha 24 anos nas costas, mas sempre seria a filhinha do meu pai. Então ele me levou pro quarto e ainda me ajeitou na cama e depois de un beijo na testa e desejar boa noite saiu do quarto."

  Mais dias se passaram e chegou o dia em que o Luan faria uma pausa de uma semana, e nos veríamos com certeza e isso animou meus dias e minha disposição também. Tanto que meus pais perceberam minha mudança de humor e o Murilo também. Já que ele voltou a me "notar" mais... "Isso é o que ele diz, né."

_ Mãe vou sair hoje e não tenho horas pra voltar. -falei entrando na sala dela.-
_ Ei, espera aí. Sair com quem?
_ Com um amigo que chega de viagem hoje e eu estou morrendo de saudades.
_ Que amigo?
_ Mãe!
_ Preciso saber com quem minha filha anda.
_ Fica tranquila, pode me ligar a hora que te der vontade meu bem. -joguei beijos e saí.-

  Hoje nem carro eu tinha levado pra empresa, porque sabia que ele iria me buscar. E quando deu 17h45min eu peguei minhas coisas e desci, passei pela porta de entrada, pelo portão de entrada e atravessei a rua olhando pro celular pra ver qual era a cor de carro que o bonito tinha dito, quando um infeliz para na minha frente. E quando eu olhei. Era ele.

_ Que frio hein, gato. Touca, capuz da blusa, óculos. -ri.-
_ Isso se chama disfarce.
_ Como se ninguém fosse te reconhecer assim.
_ A possibilidade é menor. -dei a volta no carro e entramos juntos.- Agora vem cá. Me cumprimenta direito.

  Fui com gosto, deixei minha bolsa no banco de trás e me aproximei dele dando um beijo cheio de... Saudade? Sim. Seus lábios devoravam os meus e isso me fez o querer ainda mais, porém, precisávamos de fôlego e por isso o beijo chegou ao fim. E eu só não lamentei porque sabia que outros viriam.

_ Chegou bem de viagem?
_ Muito bem viu.
_ Sua mãe não estranhou nada?
_ Ela nem sabe. Pra todo mundo lá em casa eu volto amanhã viu.
_ Luan que safado!
_ Tava com saudades de você. -segurou meu queixo.-
_ Ainda carente?
_ Não só eu. -riu.-
_ Você tem problemas, seríssimos.
_ Que só você pode resolver. -dizia rindo enquanto dirigia tranquilo.- Tá calor, né?
_ Tô com calor mesmo, essa calça está me esquentando.
_ Fica sem ela.
_ Olha que eu fico, hein.
_ Du vi do! -falou pausadamente. Fiquei quieta e ele continuou concentrado.-

  Luan disse que iriamos para um motel, mas não me disse que era um mais afastado, porém, um dos melhores... "Segundo ele, que deve ser cliente fiel." ... Ele dirigiu por volta de uns quarenta minutos e logo estacionou lá na garagem que era do quarto que ficaríamos.

_ Nossa, quer me afastar do mundo?
_ Quero, porque aqui eu tenho certeza que ninguém vai perturbar. -riu safado, enquanto fechava o carro e a gente entrava.- Vem cá, cê tá mais gostosa hein!
_ Murilo tem dado conta de tudo isso aqui. -falei brincando e ele ficou todo sério, me deu uma juntada e um beijo quente, apertando minha cintura e mordendo meus lábios.-
_ Se ele tivesse dando conta eu não ia precisar ser chamado! -riu e entramos, logo que a porta foi fechada ele foi tirando a roupa enquanto eu olhava tudo em volta... "Mano era enorme e a tinham temas. E o nosso? Era selva. Como eu tive vontade de rir disso... Ele quis insinuar que eu seja selvagem?"- Vou tomar um banho, você vem? -perguntou me fazendo "acordar".-
_ Lógico! -ele riu e foi pro banheiro dizendo que me esperaria lá e com o chuveiro ligado.-

  Coloquei minha bolsa em cima de uma poltrona que ali tinha, pus meus sapatos ao lado ficando descalça e fui tirando minha roupa... Primeiro a calça, depois minha blusa, o sutiã e deixei para me livrar da calcinha quando estivesse no banheiro. Meus cabelos estavam presos, então os soltei e joguei para os lados e estava pronta.
  Caminhei em passos largos até o banheiro, a porta estava aberta e o box também. Chuveiro ligado e ele de olhos fechados deixando que a água escorresse por aquele corpo que parecia ser esculpido à mão. Me juntei à ele lhe dando um selinho e apoiando minhas mãos em seus ombros enquanto iniciava um beijo gostoso. Minhas mãos subiram por sua nuca e se posicionaram em seus cabelos, prendendo-os firme entre os meus dedos e dando ao beijo mais urgência.

_ Tudo isso era saudade da minha boca? -perguntou me dando um selinho.-
_ Por que você acha que tudo é saudade, gato?
_ Porque te sinto mais receptiva quando estou perto. -riu ainda de olhos fechados.-
_ Cala a boca, gosto mais quando você tá me beijando e não falando um monte de besteiras.

  Os beijos e amassos estavam tão bom debaixo do chuveiro que fomos obrigados a colocar mais coisinhas para deixá-lo ainda mais quente e relaxante. Um dar banho no outro, fui rápida e eficiente deixando que ele fizesse o mesmo. Mas ele quis ir mais devagar. Primeiro meu pescoço me virando de costas e descendo por ela, parando no meu quadril e alisando-o com as duas mãos... Novamente ele me virou e agora ensaboava meus seios deixando os mamilos rígidos e pedindo por aquela boca neles chupando/mordendo. Mas ele é tão vagabundo que continuou indo em direção ao pé da barriga e eu gemi quando o senti perto. Ele largou a esponja e me tocou ali com a mão me obrigando a abrir as pernas e deixar que seus dedos deslizassem livremente e fossem diretamente para o meu clitóris.

_ Ah! -arfei.-
_ Gostosa! -disse ficando de joelhos e beijando meu umbigo, e com a lingua foi me provocando, até que me encostou na parede e levantou uma das minhas pernas e colocou a boca toda me fazendo gritar.-
_ Filho da puta! -segurei sua cabeça pressionando-a contra mim enquanto arqueava a minha.- Isso, Luan! Eu quero mais.

  Ele sim sabia como enlouquecer uma mulher usando a boca, e não que meu namorado não soubesse. Mas a situação com o cantor era mais perigosa e mais prazerosa. Sempre viciante! E te fazendo pedir por mais!
  Ficamos assim desse jeito até que eu tive o primeiro orgasmo e me desfaleci em suas mãos... E não pense que isso me cansou, e sim que eu queria ainda mais.

_ Luan! Para de me enrolar, me fode logo! -pedi instigante.-
_ Aqui? -levantou a sobrancelha.-
_ E agora. -desliguei o chuveiro e abracei seu pescoço beijando-o ali porque eu sabia que ele gostava e já senti suas mãos me erguendo em seu colo e sua ereção dando sinal de vida.-
_ Por que eu não resisto à você, hein?
_ Por que disso agora?
_ Você poderia ser feia, toda ruim e não ser atraente!
_ Aí você iria chorar todos os dias por não poder ter uma mulher como eu na cama, bebê! -mordi sua bochecha e ele me apertou.- Aí, Luan!
_ Tá doendo, é?
_ Não. Tá gostoso! -recebi um tapa na bunda e sim, dei um grito que o fez dar risada.- Safado!
_ Só com você, eu juro. -riu malicioso.-

  Nossa aventura no chuveiro estava longe de acabar e ficamos um bom tempo ali, tempo suficiente para a noite dar sinal de vida e nós irmos tropeçando ao encontro da cama grande e confortável, na qual eu fui deitada e ele colocou seu corpo por cima do meu e me penetrou ainda mais fundo e com força me fazendo gemer. Ele saiu e voltou com tudo mais uma vez e foi intensificando a cada movimento e como se isso não fosse o suficiente, Luan beijava o meu pescoço, mordiscava meus seios e puxava meus cabelos com firmeza e não demorou para que eu gozasse mais uma vez.

_ Tá demais hoje hein. -mordi o lábio inferior sem jeito.-
_ Tô indo rápido demais?
_ Não, tá ótimo assim. -voltou a me beijar e nós rolamos dessa vez eu ficando por cima e cravando minhas unhas em peitos e jogando meu cabelo em seu rosto, rindo.- Não é legal me fazer engolir cabelo, Fefê!
_ Meu cabelo é gostoso!
_ Ele eu não sei, mas tem outras coisas em você muito mais gostosa.

  Puxei seu lábio inferior com os dentes e dei uma mordida forte no final deixando-o doido. Em seguida lhe dei um beijo, enquanto rebolava em cima dele que estava duro e eu o enlouquecia ainda mais com a minha excitação.

_ Já tá doendo já! Senta vai, quero ver você cavalgando em cima do meu pau! -"Bem explicado isso aí hein cantor, assim não tem Fernanda que aguente... Mentira! Que eu aguento isso e mais um pouco."-
_ Tá cedo ainda, muito cedo! -ri da cara de triste que ele fez.-

  As provocações sempre eram as melhores partes, mas eu não era de ferro e não me segurei muito.

  Encaixei meu corpo no dele gemendo muito com ele me penetrando, e fui rebolando para que ele entrasse por inteiro... "Por que ele tinha que ser assim? Seria mais fácil se ele fosse feio meu deus!" ...Luan estava gozando e eu nem tinha feito nada, mas sentia ele chegar ao ápice. E essa foi a deixa... Ia bem devagar subindo e descendo, subindo e descendo até que ele foi se recuperando e apressado do jeito que era ia ao meu encontro e o ritmo foi aumentando.
  A sincronia era perfeita. Tudo era perfeito. Eu estava suando e estava longe de chegar em limite, então depositei toda a minha energia ali até que não aguentei e cansei, chegando ao ápice e deitando meu corpo sobre o dele que alisava minhas costas.

_ Por que você traí o seu namorado? -ele perguntou mexendo em meus cabelos depois de um tempo em que ficamos em silêncio.-
_ Eu não sei. Quer dizer, é confuso. É complicado. Você não entenderia.
_ Temos uma noite inteira pela frente. -falou calmo e o silêncio voltar.-
_ Eu sempre fui apaixonada pelo Murilo, mas segundo minhas amigas namoradeiras. Paixão e amor são sentimentos diferentes!
_ E são!
_ Mas sentia que faltava algo, e depois de um tempo eu fui achando todo o meu namoro sem graça, caiu na rotina. E eu vi nessa nossa aventura algo mais prazeroso.
_ Eu diria loucura. -riu.-
_ Que seja. Eu me sinto mais livre fazendo isso, fazendo o proibido.
_ Mas não foi você que ficou anos sem namorar porque foi traída? -dei um tapa nele que chegou a arder minha mão.- Desculpa, mas é a verdade gatinha. -segurou meu queixo dando um selinho.-
_ Tá Luan, foi. Mas eu não tive outra opção. Você me atraí e eu não sei o que fazer. Eu te quero por perto e sei que pelo menos assim, na cama, na hora do prazer eu te tenho.
_ Termina com ele, fica comigo.
_ Não. -respondi e na hora ele parou o que fazia.- As coisas não são assim.
_ E são como? -falou se levantando e saindo debaixo dos lençóis.-
_ Luan... -segurei o lençol cobrindo meus seios.- ... Volta aqui vai, não precisa ficar bravo.
_ Tá tão difícil enxergar?
_ Enxergar o que Luan? Quer falar de sentimentos agora? -cocei a cabeça e ele entrou no banheiro e bateu a porta.-

  Fiquei pensando no que tinha acabado de acontecer. Foi tão de repente... Me senti estranha e vazia com ele fora da cama.
  E ele demorou, acho que estava tomando banho e quando saiu me encarou e foi indo se trocar.

_ Já vamos embora? -perguntei confusa.-
_ Sim. -respondeu e continuou se trocando.-
_ Vem aqui, perto de mim. -ele veio e se sentou na cama.- Por quê está assim comigo?
_ Não é você, sou eu. -beijou minha testa e foi terminar de se vestir e eu fiz o mesmo e logo fomos para o carro naquele clima estranho.-

Narrado por Luan
  Fernanda tinha que estragar tudo enchendo a boca pra falar o que não deveria. Eu sei que não deveria estar me importando, mas ser amante não combina comigo. Não acho isso bom, não desse jeito, não sendo o outro.
  Saímos do motel e fomos pra casa. Deixei ela em casa e segui pra minha dando um susto em todos que não esperavam minha chegada, mas que ficaram contentes.

_ Gente eu vou subir, tá? -falei levantando do sofá depois de uns quinze minutos.-
_ Não vai nem jantar, Pi?
_ Não. Estou sem fome. -beijei a testa dela e subi correndo pro quarto. Joguei as chaves e a carteira em cima da cômoda e me joguei na cama com ad mãos na cabeça e fiquei encarando o teto.-
_ Você perder a fome é algo preocupante, Pi. -Bruna disse entrando no quarto e fechando a porta.-
_ Não é nada não Bruna.
_ Me chamou de Bruna então... Piorou. -risos.-
_ O que você quer saber?
_ Porque você chegou do nada e nem ligou avisando.
_ Eu estava com a Fernanda, Bruna. E pretendia ficar com ela essa noite inteira. -falei e nem me preocupei em olhar pra cara dela de surpresa em saber da minha confissão.-
_ Vocês dois tem algum tipo de problema? Porque quando estavam solteiros não queriam saber de ficar, e agora que ela namora vocês ficam se pegando?
_ Você não me entende.
_ Pode explicar se quiser. Sou toda ouvidos.
_ Eu tô gostando da Fernanda... -falei e me senti mais leve em dividir isso com alguém.-
_ Tá disso eu sei que você acha ela gostosa e mais outras coisas que eu não vou detalhar porque acho nojento.
_ Não, Bruna. Eu gosto da Fernanda não é porque eu quero ir pra cama com ela e deixar com que ela seja mais uma.
_ Ih, Luan. Explica!
_ Eu aprendi a gostar da Fernanda, achar o sorriso dela bonito, o jeito que ela joga os cabelos... -sorri.- ... Do jeito que ela fala quando trocamos mensagens, eu gosto dela e de estar perto dela.
_ Meu deus! Luan você está amando.
_ Amando não, eu tô gostando, Bruna. Gostar é diferente de amar. Pode ser que vire amor, ou não. Sei lá também... Não quero falar disso. Agora que já sabe...
_ Fica bem tá. -beijou minha testa e depois de um abraço me deixou sozinho e ainda pensando. Então resolvi pegar meu violão.-

  E foi pensando nela que eu consegui compor terminar a música que havia começo e mudei uma coisa e outra na melodia e depois fui dormir. Estava mentalmente cansado e na sexta de manhã, Melissa estaria em casa e certeza que viria me acordar assim que chegasse.

[Manhã seguinte.]

_ Papai! Eu vim oh! -escutei a risada cúmplice da Bruna e sabia que quem ajudou Melissa subir na cama foi ela.-
_ Oi princesa. -falei com voz de sono.-
_ Levanta papai. Vamo bincar agora.
_ Papai tá com sono, pequena.
_ Ôh Tia! -falou toda mole.-
_ Já já ele levanta e desce. Vamos comer creme de abacate e deixa ela aí. -logo elas saíram e eu voltei a dormir e fui acordar mesmo já era a hora do café da tarde. Troquei de roupa e desci encontrando Melissa e mais três crianças, duas meninas que pareciam ter a mesma idade que ela e um menino que deveria ter um ano e pouco.

_ Pai. Essa é minhas amiguinhas a vovó disse.
_ Oi lindinhas, tudo bem?
_ Oi. -riram tímidas.-
_ E ele, filha?
_ É o Vicente, ele nasceu da mãe da Nicole tamém. E ela é essa oh. -pegou a menina pela mão.- E a ela é a Sabela.
_ Nome lindo demais, o de todos. -dei um beijo no rosto deles e passei pra cozinha, estava com fome demais.- Ôh mamusca!
_ Luan... -ela me repreendeu.-
_ Boa tarde dona Ana, dona Letícia. -cumprimentei as duas que sorriram.-
_ Marizete, como esse menino cresceu.
_ Viu isso Ana? E daqui uns dias a minha nega está do tamanho dele.

"Esse negócio de tamanho era ruim demais, eu sempre fui grande (risos.)"

  Meu prato estava no microondas e meu suco na geladeira. E eu fui comer na sala aproveitando e ficando de olho nas crianças. E depois fui jogar videogame com o Vicente que era a coisa mais gorda do mundo, bem bochechudo, mas lindo. E assim foi o meu final do dia...

~.~

   Ih gente! E esse climão entre o Luan e Fernanda? Estava tudo muito "certo", mas e agora?