Narrado por Fernanda
Estava sendo difícil a conversa com o meu pai que de jeito nenhum queria ficar naquela cadeira. E foi um baque muito forte saber disso, logo agora que imaginavamos que tudo ficaria bem.
Estava sendo difícil a conversa com o meu pai que de jeito nenhum queria ficar naquela cadeira. E foi um baque muito forte saber disso, logo agora que imaginavamos que tudo ficaria bem.
Entramos na primeira semana de Novembro que foi quando ele enfim recebeu alta e pode ir pra casa, porém teria que passar por procedimentos fisioterapêuticos para que o movimento das pernas pudessem voltar.
_ Sabe eu ando bem preocupada com tudo isso sabe Davi. -dizia eu enquanto ele alimentava meu "pequeno"-
_ Preocupada com o que exatamente?
_ O doutor disse que pode ser uma sequela que seja passageira... Passageira não é a palavra, mas você entendeu. Só que pra isso meu pai tem que ao menos tentar e ele voltou pra casa irão fazer 4 dias e ele só sabe dizer coisas negativas, pra preferia ter morrido no lugar da Lisa do que ter que passar por mais coisas ruins. -engoli seco sabendo que outra "coisa" envolvia a minha situação de meses atrás-
_ Ah, Nanda. Seu pai precisa de um tempo pra ele. Tempo pra pensar, só que ao mesmo tempo ele precisa da família apoiando, incentivando. Tendo os amigos por perto.
_ É isso! Vou convidar os amigos dele pra virem aqui...
_ Não tô falando de festa, ôh... Tô dizendo amigo mesmo, que ele possa se abrir.
_ Tá achando que meu pai é gay?
_ Tô achando que ele precisa conversar mesmo com alguém que ele confie. Ele ama muito você e sua mãe, mas não é com vocês que ele vai contar dos medos e inseguranças.
_ É... Pensando assim... Tem meu avô, o Amarildo e o Douglas, pai da Rebecca e do Bruno.
_ Então. E eles são amigos de anos...
_ Preocupada com o que exatamente?
_ O doutor disse que pode ser uma sequela que seja passageira... Passageira não é a palavra, mas você entendeu. Só que pra isso meu pai tem que ao menos tentar e ele voltou pra casa irão fazer 4 dias e ele só sabe dizer coisas negativas, pra preferia ter morrido no lugar da Lisa do que ter que passar por mais coisas ruins. -engoli seco sabendo que outra "coisa" envolvia a minha situação de meses atrás-
_ Ah, Nanda. Seu pai precisa de um tempo pra ele. Tempo pra pensar, só que ao mesmo tempo ele precisa da família apoiando, incentivando. Tendo os amigos por perto.
_ É isso! Vou convidar os amigos dele pra virem aqui...
_ Não tô falando de festa, ôh... Tô dizendo amigo mesmo, que ele possa se abrir.
_ Tá achando que meu pai é gay?
_ Tô achando que ele precisa conversar mesmo com alguém que ele confie. Ele ama muito você e sua mãe, mas não é com vocês que ele vai contar dos medos e inseguranças.
_ É... Pensando assim... Tem meu avô, o Amarildo e o Douglas, pai da Rebecca e do Bruno.
_ Então. E eles são amigos de anos...
Davi tinha sempre os melhores conselhos... "O que me assustava, porque ele era um homem e eu não tinha vergonha de me abrir com ele." ... Foi bom bater um papo com ele, mas tive que subir e ele foi pra casa em seguida.
_ Quer alguma coisa, pai?
_ Sair disso aqui conta? Não aguento mais ter que ficar aqui e não pode fazer nada... -dizia irritado-
_ Podemos jogar xadrez. -dei de ombros-
_ Você sempre odiou xadrez, Fernanda. Desde quando seu avô te venceu em uma partida de 5 horas e...
_ 37 minutos. -completei a frase que eu escutava sempre, porque peguei trauma-
_ Exato. -riu-
_ Pro senhor parar de reclamar eu topo qualquer coisa.
_ Queria mesmo beber, mas por causa dos remédios eu não posso.
_ Tão triste pra mim ver você assim... -fui sincera e ele me olhou questionando aquele meu comentário- ... Sem ânimo pra nada, sem aquele sorriso! Eu sei que é difícil, mas poxa... Você tinha que tentar se levantar e não ficar só se lamentando.
_ A vida nos prega peças. Sempre foi assim... Só que de uns tempos pra cá isso foi só piorando, só piorando.
_ Sabe do jeito que você fala parece até que aconteceu uma desgraça!
_ E não aconteceu? Achou pouco tudo aquilo? -"E voltamos nós a minha surra mais uma vez... Bléee."- Porque eu achei uma vergonha! Um estranho chamar a minha filha de vagabunda e eu não ter argumentos nenhum para te defender. Me senti humilhado, impotente... Fiquei... Entristecido.
_ Pai... Isso já passou!
_ Foi sim a maior decepção da minha vida! -"Que ótimo, serei julgada até a minha morte por causa de um puta erro."-
_ Já entendi que sou sua maior decepção, não precisa jogar isso na minha cara. -meus olhos ficaram cheios de lágrimas, mas não derramei nenhuma delas-
_ Não entra na minha cabeça isso! Você se comportando dessa forma... Nunca pensou que essa sua brincadeira sairia caro? Que uma hora ou outra o pior aconteceria?
_ Não pensei nas consequências na hora. Quis me arriscar e me dei muito mal. Eu melhor do que ninguém sei disso.
_ Então... E não só isso como ainda apareceu em um motel em todos os sites praticamente ao lado de um sócio meu...
_ Imagem! É com isso que se importa, não é?
_ Também. Me diz qual o homem que levaria a sério uma mulher que vai com muita frequência em baladas, que já dormiu com qualquer um? Me fala um único que te assumiria se continuasse nessa safadeza, nessa...
_ É isso que ninguém entende. Esse seu pensamento machista! Porque eu sou uma mulher tenho que ficar em casa aprendendo a cozinhar, lavar, passar e como cuidar bem de um marido?
_ Sua mãe foi assim... Suas avós...
_ Eu não sou elas! -falei me pondo de pé- Nunca fui!
_ Fernanda, tenta me entender como seu pai. Eu sei que o Luan mesmo não ia querer nada além de se divertir... Viu o que ele fez com a aquela jovem, a mãe da filha dele. Contratou uma advogada e no fim era ela quem estava certa e ele era o pai da criança.
_ São situações diferentes...
_ Exatamente iguais, pensa nisso.
_ Sair disso aqui conta? Não aguento mais ter que ficar aqui e não pode fazer nada... -dizia irritado-
_ Podemos jogar xadrez. -dei de ombros-
_ Você sempre odiou xadrez, Fernanda. Desde quando seu avô te venceu em uma partida de 5 horas e...
_ 37 minutos. -completei a frase que eu escutava sempre, porque peguei trauma-
_ Exato. -riu-
_ Pro senhor parar de reclamar eu topo qualquer coisa.
_ Queria mesmo beber, mas por causa dos remédios eu não posso.
_ Tão triste pra mim ver você assim... -fui sincera e ele me olhou questionando aquele meu comentário- ... Sem ânimo pra nada, sem aquele sorriso! Eu sei que é difícil, mas poxa... Você tinha que tentar se levantar e não ficar só se lamentando.
_ A vida nos prega peças. Sempre foi assim... Só que de uns tempos pra cá isso foi só piorando, só piorando.
_ Sabe do jeito que você fala parece até que aconteceu uma desgraça!
_ E não aconteceu? Achou pouco tudo aquilo? -"E voltamos nós a minha surra mais uma vez... Bléee."- Porque eu achei uma vergonha! Um estranho chamar a minha filha de vagabunda e eu não ter argumentos nenhum para te defender. Me senti humilhado, impotente... Fiquei... Entristecido.
_ Pai... Isso já passou!
_ Foi sim a maior decepção da minha vida! -"Que ótimo, serei julgada até a minha morte por causa de um puta erro."-
_ Já entendi que sou sua maior decepção, não precisa jogar isso na minha cara. -meus olhos ficaram cheios de lágrimas, mas não derramei nenhuma delas-
_ Não entra na minha cabeça isso! Você se comportando dessa forma... Nunca pensou que essa sua brincadeira sairia caro? Que uma hora ou outra o pior aconteceria?
_ Não pensei nas consequências na hora. Quis me arriscar e me dei muito mal. Eu melhor do que ninguém sei disso.
_ Então... E não só isso como ainda apareceu em um motel em todos os sites praticamente ao lado de um sócio meu...
_ Imagem! É com isso que se importa, não é?
_ Também. Me diz qual o homem que levaria a sério uma mulher que vai com muita frequência em baladas, que já dormiu com qualquer um? Me fala um único que te assumiria se continuasse nessa safadeza, nessa...
_ É isso que ninguém entende. Esse seu pensamento machista! Porque eu sou uma mulher tenho que ficar em casa aprendendo a cozinhar, lavar, passar e como cuidar bem de um marido?
_ Sua mãe foi assim... Suas avós...
_ Eu não sou elas! -falei me pondo de pé- Nunca fui!
_ Fernanda, tenta me entender como seu pai. Eu sei que o Luan mesmo não ia querer nada além de se divertir... Viu o que ele fez com a aquela jovem, a mãe da filha dele. Contratou uma advogada e no fim era ela quem estava certa e ele era o pai da criança.
_ São situações diferentes...
_ Exatamente iguais, pensa nisso.
Não prolonguei mais aquele assunto. Subi e o deixei sozinho na sala. Fui pro meu quarto, me joguei na cama e fiquei com aquelas palavras na cabeça.
"Você é a Fernanda, mulher! Acorda, saí dessa fossa. Vai viver. Você não leva jeito pra drama e baixo astral. Vamos melhorar isso aí meu bem." -minha consciência gritava e no fim ela tinha razão.
Levantei da cama e fui tomar um banho. Sei que era dia de semana, mas eu precisava fazer alguma coisa. Coloquei uma roupa digna de uma balada, arrumei meus cabelos de um jeito mais natural possível e depois de pegar minha bolsa com carteira, celular e as chaves do meu carro... Saí! Saí sem nem dizer onde iria ou com quem iria.
Dirigi até um bar na zona norte. Estava vazio, sentei em uma mesa afastada e pedi um energético pra começar bem leve, bem de boa. Depois fui mudando, comecei a ficar tonta no Saquê de Abacaxi que estava uma delícia. Nisso meu celular começou a tocar, olhei e era minha mãe... Não atendi. Depois as meninas, que eu também não atendia... Tomei mais três e pedi a conta... Fui pro carro e mais uma vez o celular tocando.
_ Não vou atender ninguém nessa porra também! Quero que vão todos se foder e me deixem em paz! -gritei sozinha dentro do carro e ri disso depois.-
Respirei fundo e fui dirigindo sem rumo sabe. Fui parar em uma boate eletrônica, eu já estava mais pra lá do que pra cá... Mas... Ainda dei uma dançada e fiquei trocando olhares com um cara muito gato, muito mesmo. Ele chegou me dando ideia e quando estava quase beijando ele lembrei do que meu pai disse: Me diz qual o homem que levaria a sério uma mulher que vai com muita frequência em baladas, que já dormiu com qualquer um? Me fala um único que te assumiria se continuasse nessa safadeza, nessa...
_ Desculpa, mas não vai rolar gato. -o empurrei e saí, fui até o banheiro. Fiz xixi, lavei o rosto e prendi os cabelos. Estava enjoada, queria ir pra casa.- Droga, droga e droga de novo!
_ Eu vendo, você quer? -a menina surgiu do além. Te juro, cara.-
_ Não sua louca! Não curto essas paradas não. Falou aí!
_ Eu vendo, você quer? -a menina surgiu do além. Te juro, cara.-
_ Não sua louca! Não curto essas paradas não. Falou aí!
Saí direto no estacionamento e bateu um vento muito gelado, deveria estar de madrugada... Eu acho! (risos). E o celular ainda tocava. Joguei no banco de trás e entrei no carro. Rodei um pouco mais pela cidade e parei numa praça qualquer... Desci descalça mesmo, e sentei num banco e fiquei perdida no tempo ali.
"Acho que até chorei. Eu bêbada não dá. Eu precisava de alguém, precisava de qualquer pessoa. Qualquer pessoa mesmo."
Lembrei do celular e quando eu peguei tinha mais de 20 ligações perdidas, fora as mensagens.
*Nanda?*
*Tá tudo bem?* -era do Luan, estava estava online.-
*Fala comigo.*
*Eu sei que você está lendo, o trem aqui tá ficando azul oh.* -eu não estava afim de responder ninguém, mas ele não estava com cara de que me deixaria em paz.-
*Tá tudo bem?* -era do Luan, estava estava online.-
*Fala comigo.*
*Eu sei que você está lendo, o trem aqui tá ficando azul oh.* -eu não estava afim de responder ninguém, mas ele não estava com cara de que me deixaria em paz.-
*Oi.*
*Que "Oi" mais seco.*
*Põe o celular debaixo da torneira que o vai ficar molhadinho kkkkk* -ri demais, deitando no banco da pracinha.-
*Tá tudo bem? Posso te ligar?* -não respondi e saí do whats pondo o celular em cima da minha barriga e fiquei olhando pro céu escuro e sem estrelas por causa da enorme poluição na cidade.-
_ Por que ninguém me deixa em paz, mas que inferno! -gritei atendendo o celular e ficando quieta.-
_ Alô? Nanda onde cê tá? -permaneci muda.- Olha a Bruna disse que você não estava atendendo, nem mandando mensagem... Fiquei preocupado e queri... -desliguei já sabendo que ele ia querer fazer igual qualquer outra pessoa: me encher.-
_ Alô? Nanda onde cê tá? -permaneci muda.- Olha a Bruna disse que você não estava atendendo, nem mandando mensagem... Fiquei preocupado e queri... -desliguei já sabendo que ele ia querer fazer igual qualquer outra pessoa: me encher.-
"Cantor chato, insistente. Quando eu estava sã, estava querendo conversar não teve uma pessoa que estava desocupa pra me escutar."
_ Não vai me deixar em paz mesmo, né? -falei assim que atendi.- É pedir muito?
_ O que te deixou assim, hein? Você não é desse jeito... Você é...
_ PARA! EU NÃO AGUENTO MAIS! EU TÔ DE SACO CHEIO! -gritei.- Fernanda é isso, a Fernanda é aquilo.. Fernanda! Fernanda! Fernanda!
_ Calma, não quero te irritar. Quero saber onde você tá... Só isso.
_ Não! Me esquece, eu vou desligar... -foi o que eu fiz. Mas ele ligou de novo.-
_ Chega, né... Já deu. Não acha que tá crescida não pra ficar com essa de desligar na cara dos outros?
_ Vai se foder! Mais um pra querer mandar em mim? Me dar bronca? Lição de moral? Eu não preciso disso...
_ Você bebeu? Cê num tá normal... -seu tom de voz estava mais alto.-
_ Bebi pra ver se melhorava essa droga de vida! -me deu uma vontade enorme de falar tudo o que estava entalado na garganta.- Sabe eu tenho só 24 anos e durante 7 anos fui uma falsária mesmo... Duas caras! Queria ser a filha perfeita e esforçada, mas por trás disso tudo eu era apenas uma adolescente que queria se divertir! Que queria descobrir os prazeres e desejos que a "vida" poderia me proporcionar. Só que aí eu fui crescendo, enfrentei diversas situações, fiquei cara a cara com juízes resolvendo a vida dos outros quando na verdade a única que precisava se resolver era eu... Precisa me encontrar, precisa saber quem era a Fernanda. Se a Fernanda era uma irresponsável e inconsequente, ou uma ótima filha, ótima amiga, ótima advogada e que se contentava em passar os fins de semanas numa tarde de chá e dormir antes das 21h porque tinha que estudar no dia seguinte. -tomei fôlego e foi nessa hora que minhas lágrimas vieram à tona.- Eu compliquei tudo! -respirei fundo.- Deixei que as coisas chegassem à esse ponto. Confesso que fui covarde! E agora me sinto completamente perdida! Desorientada! Eu tô péssima! -ele não dizia nada, eu só conseguia escutar sua respiração calma.- Eu nem sei porque estou te contando os meus problemas, nem sei porque tô aqui falando tudo assim oh... Despejando tudo! Mas... Eu precisava desabafar!
_ Tudo bem eu...
_ Não está tudo bem! E sabe o que mais... Vou dar uma volta...
_ NÃO! -gritou.- Desculpa, não era pra gritar. Não vai dirigir desse jeito que você tá não.
_ Você não quer que eu fique em uma praça super deserta sozinha na madrugada né, me polpe. Vai que aparece um estuprador. Sei que minha vida está toda... Toda fodida... E nem por isso quero um qualquer pra me enfiar a piroca à força! -"Louca louca louca, tô maluca."-
_ Fernanda... Eu já tô saindo de casa.
_ Não vou esperar hein! Oh... -ri.- ... Tô indo embora!
_ Para com isso, é perigoso. -quando ele disse isso eu comecei a escutar um barulho de trás da árvore.-
_ Ai meu deus! Socorro! -sussurrei.-
_ O que? Fala comigo!
_ Luan. Eu escutei um barulho... -fiquei em pé em cima do banco.-
_ Caralho, fala aonde é que você tá...
_ Próximo da Eazy, uma praça aqui...
_ Não desliga!
_ E esse barulho? -falei receosa quando escutei galhos quebrando e no susto gritei quando vi a sombra de trás da árvore.-
_ FERNANDA!
_ O que te deixou assim, hein? Você não é desse jeito... Você é...
_ PARA! EU NÃO AGUENTO MAIS! EU TÔ DE SACO CHEIO! -gritei.- Fernanda é isso, a Fernanda é aquilo.. Fernanda! Fernanda! Fernanda!
_ Calma, não quero te irritar. Quero saber onde você tá... Só isso.
_ Não! Me esquece, eu vou desligar... -foi o que eu fiz. Mas ele ligou de novo.-
_ Chega, né... Já deu. Não acha que tá crescida não pra ficar com essa de desligar na cara dos outros?
_ Vai se foder! Mais um pra querer mandar em mim? Me dar bronca? Lição de moral? Eu não preciso disso...
_ Você bebeu? Cê num tá normal... -seu tom de voz estava mais alto.-
_ Bebi pra ver se melhorava essa droga de vida! -me deu uma vontade enorme de falar tudo o que estava entalado na garganta.- Sabe eu tenho só 24 anos e durante 7 anos fui uma falsária mesmo... Duas caras! Queria ser a filha perfeita e esforçada, mas por trás disso tudo eu era apenas uma adolescente que queria se divertir! Que queria descobrir os prazeres e desejos que a "vida" poderia me proporcionar. Só que aí eu fui crescendo, enfrentei diversas situações, fiquei cara a cara com juízes resolvendo a vida dos outros quando na verdade a única que precisava se resolver era eu... Precisa me encontrar, precisa saber quem era a Fernanda. Se a Fernanda era uma irresponsável e inconsequente, ou uma ótima filha, ótima amiga, ótima advogada e que se contentava em passar os fins de semanas numa tarde de chá e dormir antes das 21h porque tinha que estudar no dia seguinte. -tomei fôlego e foi nessa hora que minhas lágrimas vieram à tona.- Eu compliquei tudo! -respirei fundo.- Deixei que as coisas chegassem à esse ponto. Confesso que fui covarde! E agora me sinto completamente perdida! Desorientada! Eu tô péssima! -ele não dizia nada, eu só conseguia escutar sua respiração calma.- Eu nem sei porque estou te contando os meus problemas, nem sei porque tô aqui falando tudo assim oh... Despejando tudo! Mas... Eu precisava desabafar!
_ Tudo bem eu...
_ Não está tudo bem! E sabe o que mais... Vou dar uma volta...
_ NÃO! -gritou.- Desculpa, não era pra gritar. Não vai dirigir desse jeito que você tá não.
_ Você não quer que eu fique em uma praça super deserta sozinha na madrugada né, me polpe. Vai que aparece um estuprador. Sei que minha vida está toda... Toda fodida... E nem por isso quero um qualquer pra me enfiar a piroca à força! -"Louca louca louca, tô maluca."-
_ Fernanda... Eu já tô saindo de casa.
_ Não vou esperar hein! Oh... -ri.- ... Tô indo embora!
_ Para com isso, é perigoso. -quando ele disse isso eu comecei a escutar um barulho de trás da árvore.-
_ Ai meu deus! Socorro! -sussurrei.-
_ O que? Fala comigo!
_ Luan. Eu escutei um barulho... -fiquei em pé em cima do banco.-
_ Caralho, fala aonde é que você tá...
_ Próximo da Eazy, uma praça aqui...
_ Não desliga!
_ E esse barulho? -falei receosa quando escutei galhos quebrando e no susto gritei quando vi a sombra de trás da árvore.-
_ FERNANDA!
~.~
ÔH GENTE! QUE LOUCURA! SEM PALAVRAS.
Ai meu Deus, que cap tenso, continua logo Sô
ResponderExcluirKeeh
Continuei ammr!
ExcluirAi meeeeeu Deus - veeem segunda
ResponderExcluirChegou segunda haha!
Excluirai jesus .....segunda chega logo !
ResponderExcluirVeio segunda e o capítulo junto!
ExcluirAaaaaiiiii gente eu acho que pode ser bem o Murilo. Giih cnt
ResponderExcluirMurilo ? Será?
ExcluirAu Jesuiss eh o Murilo... Gii continua
ResponderExcluirAcha mesmo Vii?
Excluirsera que e o Murilo ainda bem que o luan ta indo pra la gi você postava sempre as 12:00 horas porque ta postando mais tarde eu fico super ansiosa e olho toda hora pra ver se ja postou
ResponderExcluirbia
Ôh Bia, eu postava sempre ao 12h porque tinha tudo programado. Mas aí acabar os capítulos prontos e eu tenho que editar no dia mesmo. Ai acaba atrasando muito!
Excluirsera que e o Murilo podia ser o lun dando um mega susto na Fernanda poderia colocar o Lucas lucco mais pra frente como namorado da Bruna
ResponderExcluirbia
Lucas namorado da Bruna? Ah não, já fiz isso kkk
ExcluirPosta outro, esse capítulo foi tenso hein haha
ResponderExcluirPosto sim gata! rs
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