Capítulo 157

Narrado por  Bruna

  Ufá, hoje foi uma das últimas provas do vestido e uma pena não ter minha cunhada comigo, mas entendo que ela estava matando a saudade dos pais.

  Aí, estou muito feliz, muito ansiosa também. Irei me casar com o homem que eu amo, sem contar que estou amando a ideia de ser mãe. Laura é tão pequena, está com quase um mês de vida e parece que está enorme.

_ Tia, por que ela só dorme? -Melissa perguntou assim que chegou no quarto pela manhã e eu havia acabado de trocar a fralda da pequena.-

_ Ela não está dormindo, não... Ela está de olhinhos fechados só. -ela olhou confusa.- Vem olhar de pertinho...

_ Cadê? -se aproximou e eu mostrei que Laura estava bem acordada, tanto que quando sentiu o carinho da prima não abriu os olhos, mas sorriu.- Olha, ela sabe rir. -risos.-

_ Ela está feliz que você veio dar bom dia pra ela, né amor...

  Desde que Laura nasceu não saí muito de casa, só fui em duas consultas e recebi visitas. Passava o dia todo com a minha mãe e a Mê. Rafael ligava todos os dias, e sempre que surgia uma folguinha aparecia aqui em casa.

  As coisas mudaram, não muito. Porém, foram mudanças notáveis. Melissa era muito ciumenta, e eu entendia isso, ela era a única neta e a única menina. Agora chegou Laura e está chegando o irmãzinho ou irmãzinha dela, então suas manhas aumentaram. Ela fazia muitas coisas pra chamar à atenção, só que eu soube lidar bem com isso. Sempre estou com ela, mostrando que ela e a Laura serão amiguinhas e criadas como irmãs. Assim como eu e a Camila por  exemplo, ela com os filhos da Lila... Sem contar que a Nanda dá toda atenção do mundo pra Melissa, quando não liga, está aqui em casa ou com a Mê em algum canto. Acho lindo. Meu irmão tirou a sorte grande de encontrar uma mulher como ela, espero muito que ele saiba valorizar isso.

_ E agora me conta mocinha, por que não foi pra escola? -perguntei me levantando da cama e indo colocar Laura em seu berço.-

_ Porque a vó Ana chega hoje e eu vou ver ela.

_ A vovó Ana? -fingi estar surpresa.-

_ E meu vô tamém.

_ Sabia que o Heitor veio junto?

_ Ah não! Mais um, assim não dá! -cruzou os braços e saiu do quarto batendo os pés.-

  Como Laura estava quietinha no berço pude ir atrás da pequena marrenta tranquila. Cheguei e ela estava jogada na cama de barriga pra baixo e com o rosto no travesseiro.

_ Ôh coisa ciumenta da tia. -falei e ela nem me deu bola.- Mê, conversa com a titia (silêncio). Isso que você fez não foi bonito. O Heitor é seu amiguinho, assim como a Laura.

_ Não é não, eu nem vi ele.

_ Por isso mesmo, ele é seu tio, vai amar te conhecer.

_ Não amo bebê nenhum, ninguém liga pra mim. Só pra essas criança! 

_ Meu anjo deixa de birra, todos amamos você. Você só tem que entender que não é mais o único neném da família.

_ Sou sim! A neném do meu papai e do meu vô Amarildo. 

_ E da tia Bru não?

_ Não! Sua neném é a Laura. 

_ Também, sabe o que é... -e então expliquei que tudo de novo, pela milésima vez que ela estava crescendo e que outros bebês viriam e que assim como ela também cresceriam e assim sucessivamente. Ela não se convenceu muito, mas não resmungou mais.

  Lhe dei um banho gostoso e deixei ela pronta, quando voltamos pro andar debaixo da casa minha mãe estava sentada no sofá olhando as fotos de umas flores.

_ Nossa, como ela está linda e cheirosa.

_ Cê viu, vovó! 

_ Tô vendo. -deixou a revista de lado lhe pegando no colo.- Vai visitar a vovó Ana hoje?

_ É, e meu vô Hugo tamém.

_ E quem mais?

_ Mais ninguém tia Bru. -franziu a testa e minha mãe riu.- Não ri vovó, ela tá plicando comigo.

_ Ôh titia, para de plicar com a menina.

_ Essa Melissa não tem jeito não mãe.

_ Claro que minha princesinha, minha bonequinha tem jeito. -a enchia de abraços e beijos.-

_ Fernanda vem buscar?

_ Hugo. -Melissa até gritou de felicidade, depois desceu e foi pro quintal atrás do Puff.- E a Laura?

_ No berço, deixei ela um pouquinho enquanto dava banho na Melissa.

_ Ôh coitada da minha neta, traz ela pra cá.

_ Aí mãe, ela vai ficar é manhosa de tanto que fica no colo.

_ Põe na cadeirinha ué... Simples.

_ Tá bom...

  Subi e quando cheguei ela estava de olhos abertos e bocejando, cheia de sono. Lhe peguei no colo, amamentei e depois de arrotar ela dormiu. Desci com ela mesmo assim, minha mãe ficou de olho enquanto eu subi pra tomar um banho.

Narrado por Luan

  Eu não respondia muito à críticas negativas e sem fundamentos justamente pra não ter que ficar aguentando a repercussão que acaba virando uma bola de neve. Aprendi lidar com isso, não foi fácil. Mas, tive que amadurecer nesse ponto para que conseguisse crescer como artista, como músico e como pessoa. Quem não de importa com imagem e com o que sai falando é a Fernanda, responde e não está nem aí. Não que ela esteja errada, só que a cobrança depois nunca vem pra ela e sim pra mim.

  Durante os dias em que viajei e respondi perguntas no camarim, de cinco pelo menos duas era sobre o bendito texto e eu desconversava sempre pra não ter ainda mais história.

_ Boi, o show de domingo foi cancelado e voltamos pra estrada só na quinta. Vai ir pra casa? -Testa entrou no quarto falando pelos cotovelos e eu disperso olhando no celular.-

_ Fala devagar. -disse deixando o celular de lado e olhando pra ele.-

_ Show de domingo em SC foi cancelado, e amanhã você não tem nada. E só volta a fazer shows na quarta à tarde que é em uma rádio em SP.

_ Vou pra casa uai, tô cheio de saudades da minha família e os pais da Nanda chegaram hoje no Brasil.

_ Vai matar a saudade da sogra?

_ Do sogrão e do cunhado. -risos.- Como criança cresce, né Testa?

_ E como cresce, Melissa já vai fazer cinco né?

_ É cara, cinco anos que a Fernanda entrou na minha vida. -falei me jogando de costas na cama.-

_ Tá feliz né?

_ Demais! Não vejo a hora de casar...

_ Vão esperar o bebê nascer?

_ Ela quer, mas por mim eu iria casar agora. Ela com o barrigão e toda linda.

_ Tenta convencer.

_ Você conhece a Fernanda, boi e conhece muito viu. -risos.- Aí aí... Que horas vamos viajar?

_ 15min. Queria entender o porquê de você ainda estar deitado.

_ Esqueci né boi, acha que se eu tivesse lembrado tava deitado.

_ Acho! -falou saindo do quarto e me largando com a bagunça no quarto e banheiro. Tá que pariu! Ele ajudava eu arrumar minha mala, mas hoje deu bem confiança. Bicho malvado.

  Levantei na maior preguiça, mas tive que fazer tudo na pressa e a mala não queria fechar de jeito nenhum. Fui obrigado sentar em cima e pressionar até que fechou. Estava atrasado, peguei o celular e abri a porta do quarto deixando a mala em pé no corredor.

_ Amém! -Arleyde saiu de seu quarto colocando as mãos pro alto.- Sem muitos atrasos!

_ Engraçadinha você né?

_ Tô feliz, não precisei te acordar.

_ Tô sem sono!

_ Quer tomar alguma coisa pra ajudar a dormir? Você precisa dormir.

_ Que tomar alguma coisa, tô de boa. Bora.

  Viajamos para a cidade do último show da semana que foi incrível e inesquecível, recebi um verdadeiro anjo naquele palco e cantei com ela que deveria ter a idade da minha filha. Tão linda e tão inocente, uma princesinha.

  Retornamos ao hotel e como ainda era noite de sexta sugeriram uma balada, eu não vi problema em dizer que iria. Só joguei uma água no corpo, me arrumei e fui sem peso nenhum na consciência.

                                   (...)

  Tirando as mulheres oferecidas até que foi bom, eu estava precisando mesmo relaxar dessa forma, só com os amigos e em um lugar que eu gosto. Voltamos pro hotel eram quase três da manhã e eu estava exausto, queria saber de deitar e dormir. Nada mais que isso.

Narrado por Bruna

  Na madrugada de sexta pra sábado eu quase não dormi, Laurinha teve cólica e não conseguia dormir tranquila tadinha. Fiquei com o coração apertado, não consegui dormir até que ela fez o mesmo e ainda assim não foram mais que cinco horas de sono.

  Assim que o dia amanheceu minha mãe foi me acordar, perguntando se eu iria pra casa da Nanda.

_ Não acha que está muito cedo não? -perguntei ainda deitada e de olhos fechados.-

_ É um almoço querida. Almoço é por volta de meio dia e não duas horas da tarde.

_ Hmm... Que horas?

_ Quase dez.

_ Vou tomar um banho então e arrumar a Laura.

_ Eu já estou pronta. Quer que eu vá trocando ela pra você? Porque aí também é o tempo de você tomar um banho.

_ Por isso também que eu te amo.

_ (riu) Cara de pau.

  Aceitei a ajudinha da mamis e corri pro banho, banho mais demorado da semana, talvez até mesmo do mês. Saí me secando e indo direto pro closet, vesti uma lingerie e enquanto escolhia minha roupa enrolei a toalha na cabeça e fui em busca de algo confortável e fácil para que eu pudesse amamentar a pequena.

 Depois de pronta, coloquei uma rasteirinha e fui pentear os fios rebeldes e prender porque estava sem condições para que ficasse solto.

_ Pronta?

_ Sim, e a minha pequena?

_ No quarto com o mais novo babá.

_ Quem? -perguntei curiosa e rindo.-

_ Surpresa. -falou saindo do quarto, minha curiosidade foi maior que eu. Entrei no quarto da Laura e lá estava Luan colocando a fralda nela todo concentrado e cuidadoso.-

_ Bom dia Pi. -o abracei por trás encostando meu rosto nas costas dele.-

_ Bom dia Piroca. 

_ Não ia voltar só na semana? -o soltei e fui olhar a roupa que minha mãe tinha escolhido.-

_ Ia, mas o show de amanhã foi cancelado e hoje não tive compromisso, então vim cedo pra matar a saudade da pequena do tio. -brincou com ela que sorriu.-

_ Você é tão babão, e ela toda faceira. Quase ninguém viu a Laura de olhos abertos, essa preguiçosa. Agora quando está você em casa, o pai e o Rafa, ela passa o dia todo acordada e com os olhos bem abertos.

_ Pra ver os homens mais bonitos da família. Tirando seu noivo! -riu.-

_ Bobo.

_ Realista. -continuou rindo e trocando-a.- 

_ Tá pronto?

_ Pra que?

_ Churrasco na casa da sua noiva, lesado.

_ Ah, tô sim.

_ Vai de calça? Nesse calor?

_ Se esquentar tem bermuda minha lá.

_ Que folga hein. Sogrão vai por ordem hoje.

_ E vai mesmo, disse que quer conversar comigo. Tô até com medo.

_ O pai e a mãe conversaram com o Rafa também.

_ Eu sei, mas é que sei lá. Tô nervoso, mais nervoso do que quando pedi ela em namoro.

_ Talvez porque casamento seja pra toda vida.

_ Não me importo de passar a vida inteira ao lado dela, não mesmo. É que meu sogro é todo sério, única filha mulher... Sei como é isso.

_ Por enquanto, vai que vem mais uma menininha!

_ Aí eu morro! -risos.

_ Diz isso agora, mas quando ver nos seus braços vai ficar todo besta.

_ Eu sei. Foi assim com a Mê, foi assim com a Manu e está sendo com essa bonequinha aqui.

_ Tá vendo princesa, titio não desgruda de você. -brincava com ela.-

_ Não mesmo. Vou pegar pra mim.

_ Ah vai sim, nos seus sonhos. -ri e peguei Laura no colo para amamentar.-

_ Vou descer, quer ajuda?

_ Desce a bolsa dela pra mim, por favor?

_ Desço sim.

  Laura era toda gulosa, mas estava sendo uma delícia essa nossa experiência. Quando estava satisfeita ela fechou os olhinhos e ficou toda mole. Coloquei ela para arrotar e depois de olhar sua fralda nós descemos e nos encontramos com os outros.

~.~

  Outro capítulo que eu amei cada detalhe. E vocês?

PS: Hi guys! How are you? (parei) Apareci para a alegria de vocês. Mas, estava na correria o congresso foi esse fim de semana e foi Ó T I M O  melhor impossível. Enfim... O capítulo está no ar e o próximo eu não tenho previsão pra essa semana porque sábado e domingo é dia de ENEM e sempre é bom dedicar um pouco mais nos estudos (no meu caso, dedicar muitoooooo). Porém, passando esse fim de semana espero que tudo volte ao normal. Beijão, continuem comentando? Porque mesmo com a demora eu conta com esse incentivo de vocês. Tchau, tchau gatinhas. ❤