{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Capítulo 181

Narrado por Fernanda
  Anoiteceu e comecei a ter dores, minha "sorte" foi que estávamos todos na cada da Bruna e meus sogros me levaram pro pronto socorro. Mari ligou para Arleyde e disse que estavam me levando e tudo.
  Assim que chegamos fui levada para uma sala onde eu seria examinada e depois dali iria para sala de parto.


(...)

_ Está tudo bem doutor?
_ Perfeitamente. Você está tendo contrações, mas não está tendo dilatação...
_ E...
_ E isso quer dizer que foi um alarme falso. 
_ Tá brincando, né? -foi aí que ele explicou o que era e fez uma ultrassonografia para mostrar e eu fiquei atenta a cada apontamento.-


  Pude trocar de roupa e quando estava devidamente vestida saí da sala e encontrei os olhares curiosos dos meus sogros.

_ Alarme falso. -falei sem ânimo.-
_ Ah. Que pena, pensei que veria o rostinho do meu príncipe hoje. -Mari sorriu.-
_ Mas, está tudo bem? -seu Amarildo perguntou.-
_ Tá sim sogro, ele disse que é sinal de que a hora dele vir ao mundo está próxima. 
_ Então temos que ficar espertos com isso. -assenti.-
_ Vou ligar pro Luan... -falei indo um pouco na frente e disquei seu número.- Oi...
_ Amor? E aí. Como cê tá? Como ele é? -perguntava empolgado, cheio de entusiasmo.-
_ Foi alarme falso. 
_ Não acredito! Sério? -contei à ele tudo em detalhes, e ele contou também que estava chegando no aeroporto. Que tinham acordado o piloto do jatinho e tudo. Mas, ele disse que ficou feliz que tivesse sido alarme falso porque ele precisava estar presente ou melhor, ele queria estar presente nesse dia tão especial para cada um de nós.- Agora cê tá indo pra casa?
_ Pra casa da sua irmã. Estávamos lá hoje. 
_ Fazendo o que lá?
_ Melissa queria brincar com a Laura e nós adultos queríamos jogar conversa fora e comer coisas gostosas.
_ Comilonas... E aquele vídeo hein?
_ Viu que linda? Eu falei que só deixaria ela dormir se falasse com você.
_ E deixou ela dormir?
_ Cinco minutinhos, porque ela tinha aula de ballet.
_ Nem lembrava mais.
_ Você não lembra nem o que comeu nessa janta.
_ Comi um lanche aqui (riu). Muito gostoso.
_ Se entope de porcarias mesmo, depois fica com diarréia e não sabe porque.
_ Fala disso não, lembro da vez que passei mal em Salvador. A coisa foi feia viu.
_ Eu sei, sua irmã me contou. -risos.- Vou desligar tá? Depois nos falamos mais, que agora estou esperando seus pais para voltarmos pra casa.
_ E você vai ficar sozinha?
_ Não, vou dormir na sua mãe. Ela não deve estar me aguentando mais, porque tô quase morando lá.
_ Ela gosta, ainda mais que tem que ficar paparicado mãe e filha... Porque a Melissa é outra manhosa.
_ Eu não sou manhosa, sou um poço de ogrisse e sempre foi assim.
_ Fato. -risos.- Beijo então minha linda, fica com Deus e eu te amo muito. 
_ Nós também amamos você. -sorri e encerrei a chamada.-


  Mari e Amarildo já estavam à minha espera dentro do carro e em frente ao pronto socorro, entrei no banco de trás e me sentei colocando o cinto e seguimos para casa (casa dela, enfim). Assim que chegamos subimos para nos deitar, Melissa dormiria na casa dos tios e voltaria no dia seguinte por causa da escola.
  
{...} Duas semanas depois {...}

  Minhas cólicas tornaram-se mais frequentes. Sentia muitas dores, mas por não serem tão fortes acabei não alarmando muito. Mas, ficava sempre ligada. Sempre mesmo, Filipe que o diga.

_ Nossa amor, sua barriga tá maior. -eu mal conseguia levantar e o incômodo na hora de dormir estava me deixando bastante irritada.- Desfaz esse bico senão eu mordo, hein.
_ Para... -falei manhosa cruzando os braços acima da barriga.- Tô com sono.
_ Dorme uai...
_ Não consigo, se eu deitar eu não levanto se não vier um guindaste me puxar.
_ Exagerada você né amor, relaxa poxa. -falou colando sua boca na minha.- Isso já acaba.
_ Quando acabar vai ser pior.  Minha pepeca não será mais a mesma.
_ Vai continuar linda...
_ Enorme! -ele riu.-
_ Deixa de ser besta, tá pior que a Bruna. -ria ainda mais.- E falando nela, tá chegando o dia do batizado da Laura. 
_ Aí... -joguei a cabeça pra trás.- Eu não tenho roupa, sapato nenhum serve no meu pé mais e daqui uns dias nem calcinha tenho mais.
_ Você comprou roupa mês passado.
_ Roupas esticam, ainda mais quando se está grávida... Não vou usar essas calcinhas depois da gravidez é nunca.
_ Tem as antigas, eu acho lindas. Todas elas.
_ Safado.
_ Tô safado mesmo. -beijava meu pescoço.- Tô mais de um mês sem sexo, sem punheta, sem boquete... Tá foda a coisa.
_ Nossa Luan, deixa de ser ridículo...
_ Vai falar que não senti falta de uma boa foda? Fala pra mim, fala...
_ Posso foder todos os dias se eu quiser. Tenho uma parte no closet só de vibradores que é pra não passar vontade. -ele arregalou os olhos.-
_ Prefere um vibrador do que um de carne e osso?
_ Depende muito da potência. -abracei seu pescoço com os dois braços e o puxei pra mim.- Você é potente?
_ Ôh. Muito. -nos beijamos com um pouco mais de intensidade e sua mão boba já estava seguindo o caminho que me levaria à felicidade.-
_ Não. Para...
_ Não vou parar, não agora que comecei...
_ Não amor, tô com sono. Vamos deitar vai... -ele bufou e saiu de cima de mim indo pra fora do quarto. Dei risada daquela safadeza toda e ri mais ainda quando notei sua excitação.- Ôh gatinho volta aqui, vai...
_ Ôh mãe, olha o papai aqui pegando eu pela barriga! -gritava do corredor.- Para, eu vou fazer xixi e minha mãe vai brigar muito com você.
_ Vai brigar muito? Vai nada, ela tá com o Arthur na barriga.
_ Vou contar tudinho, tudinho pra tia Luci!
_ Ah é? Então vou fazer mais...


  Esse Luan era pior que criança, mas era feliz. Continuei quietinha e até dei uma cochilada que não foi nem meia hora. Quando tomei coragem e vergonha na cara desci pra almoçar junto com os dois bonitos que já estavam enchendo a barriga de comida. Lucila e Martinha tinham sumido e o sr. Davi Luiz Almeida estava de férias de mim e do Lupy.

_ Mamãe, meu pai disse que você não é de nada.
_ Não, é? Pergunta pra ele quem deixou o Luanjr de castigo. -disse rindo e ele ficou bravo, parou de rir na hora e voltou a comer em silêncio.-
_ Quem é Luanjr? -perguntou curiosa.-
_ É o amigo do papai que vem visitar a mamãe de vez em quando...
_ Deixa eu ver ele um dia? -Luan engasgou com o suco e foi ficando vermelho.- Calma papai, tem que toma devagarinho igual meu avô me ensinou. -tive uma crise de riso enquanto Luan não parava de tossir e Melissa nos olhando confusa, tentando entender esses país completamente malucos.-


  Passamos o dia muito bem, ao anoitecer a campainha tocou e eu não fazia ideia de quem fosse até porque eu não costumava receber visitas aquela hora.

_ Pai? Mãe? -pisquei diversas vezes e abri os olhos os encarando.-
_ Tudo bem querida?
_ Comigo sim, mas... vocês... no Brasil? 
_ Viemos matar a saudade dos seus avós.
_ Ué, mas... -franzi a testa.- Entrem...
_ Vovó! -Melissa foi pra abraçar minha mãe e meu irmão entrou na frente abraçando as pernas dela e deixando Melissa de bico.-
_ Saí ôh... 
_ Heitor, assim não pode neném. Fala "Oi." pra Mê. 
_ Nã... -escondeu o rosto.-
_ Mamãe eu quero abraçar minha vó Ana. -Heitor nem dava bola, e ria.-
_  Ôh coisa mais gostosa da Nanda. Vem cá meu amor... -chamei indo me sentar no sofá, ele sentou no chão e veio engatinhando na minha direção e Luan o ajudou subir.- E esses olhos?
_ Pensei que estariam dormindo.
_ Não sei o que é dormir tem quase uma semana. Demoro muito para achar uma posição confortável e quando eu encontro seu neto fica sambando na minha barriga, me acordando.
_ Que chato. -Melissa disse rindo.- Ôh vô, lembra aquele negócio que eu te falei? -meu pai começou a rir e lhe pegou no colo.- 
_ Que negócio? -perguntei curiosa.-
_ Coisa de vô e neta. -e saíram pra cozinha.-
_ Vem pra cá mãe, vai ficar aí em pé?
_ Tava aqui toda besta, olha o tamanho da sua barriga filha... Tá chegando a hora do Arthur sair né meu bem...
_ Nem me fale que eu levei um susto esses dias es... -comecei a contar e Luan também contou como se sentiu e ficamos no maior papo, na maior conversa.- ...mas você e meu pai não vieram por causa do Arthur, não é? Não vão me contar o que está acontecendo?
_ Viemos porque seu avô nos ligou há alguns dias nos contando que sua avó foi levada ao hospital e depois de muitos exames ela foi diagnosticada com câncer. -o sorriso no meu rosto não existia mais, minha feição deu lugar à preocupação e o medo de perder minha avó.- E seu pai por ser filho único não quis ficar longe da mãe nesse momento tão delicado.
_ Mas, como isso? Por que eu não soube? Mãe, eu estive lá e ninguém me contou nada.
_ Filha você não soube de nada porque ela não queria te dar essa notícia assim, ligo de cara sem antes ter certeza... Ainda mais que você não pode ter fortes emoções e está na fase final da gravidez.
_ Mãe... -meus olhos marejaram e ela agora segurava minhas mãos, Luan saiu levando Heitor com ele e ali foi só eu e ela.- Por quê? -perguntei baixo.-
_ Essas coisas acontecem, e pode ter certeza que com um propósito. Mas, não quero te ver triste... Ela está para iniciar o tratamento e tudo o que precisa é de apoio... E não de pena.
_ Não é pena, mãe... É que... -chorava.- Minha vó...
_ Vamos colocar nas mãos de Deus e deixar que à vontade dele seja feita.
_ Amém. -fiquei quieta e ela me abraçou.-
_ Eu te contei porque seria pior se soubesse depois de todo mundo. Mas, não quero te ver mal por isso.
_ E tem como não ficar?
_ Tem sim, não pensando que é uma doença terminal e que pra Deus tudo tem cura. -beijou minha testa e deitou-se ao meu lado.-
_ Ela vai ficar bem, não vai?
_ Deus queira que sim minha filha.


  Um câncer. Era esse o motivo de tristeza dos meus avós e da Betinha, e ninguém pensou em me contar e eu entendo i porquê... Mas, isso me deu o que pensar o resto da noite. Depois que fomos nos deitar, Luan ficou conversando comigo na intenção de distrair os meus pensamentos, o que não resultou em muita coisa. Por mais que minha mãe havia dito para não pensar na doença de uma forma terminal eu não conseguia. 
  Fui dormir mesmo já se passavam das quatro da manhã, eu estava exausta e dormi o tanto de tempo que o meu corpo permitiu... Acordei no dia seguinte às 15h da tarde e cheia de preguiça, olhei para o lado e Luan ainda estava deitado  mexendo no celular e nem me viu abrir os olhos, notou que eu havia acordado quando coloquei a mão na sua barriga que estava descoberta e me aninhei ainda mais nele.


_ Bom dia minha Pichuletinha.
_ Bom dia ainda? -ri.-
_ Quase boa noite (selinho). Dormiu bastante?
_ O suficiente para não me sentir tão cansada... Na verdade, estou com uma vontade enorme de tomar banho. -falei mordendo seu peitoral.- Ainda não tomou banho, né?
_ Tomei e deitei de novo. Do jeito que eu acordei eu precisava de um banho.
_ E de que jeito acordou?
_ Pensando em você, é claro. -risos.- 
_ Sa fa di nho. -nos beijamos.- Cadê a Mê?
_ Quis ir pra chácara também. Eu deixei.
_ Luan... Ela não está de férias, sabia?
_ Ela vai pra escola pintar, brincar... E isso ela pode fazer em casa. -riu despreocupado enquanto eu estava imaginando as faltas.-
_ Sabe que ela tem aulas de natação na escola, não sabe?
_ Inglês e espanhol também. Amor, relaxa. Temos uma filha muito inteligente.
_ Sim, temos. -falei me levantando devagar e caminhando em direção aí banheiro descalça mesmo.-
_ Por que não calça um chinelo?
_ O meu não me serve, meus pés estão inchados...
_ Calça o meu, melhor que escorregar no banheiro e me dar trabalho.
_ Nossa amor... 
_ É verdade lindinha, pode voltando.
_ Aí Luan como você tá chato hein...
_ Você que tá manhosa demais só porque está com sono gracinha. -riu de mim se levantando e vindo me dar um beijo.- Hoje nós vamos sair.
_ Sair pra onde?
_ Churrasco entre amigos.
_ Na casa de quem? -perguntei cruzando os braços e ele me abraçou rindo.- Luan!
_ Sorocaba e nós vamos...
_ Ah não, ele depois que ficou solteiro continuou com aquela palhaçada de ficar chamando um monte de menina novinha. Não tô com saco.
_ Você nunca está. -revirou os olhos.-
_ Fala direito comigo, tá pensando que tá falando com o Roberval é? Te meto a mão na cara...
_ Olha que fosse outra coisa eu iria gostar bem mais viu, na minha cara bem molhadinha... Fico até duro.
_ Luan!
_ Tô na seca.
_ E vai continuar porque ainda tem o resguardo segundo a minha mãe, sua mãe, Dalila, Bruna e a lista não acaba...
_ Tô voltando a ser virgem, não é possível!
_ Aí que drama. Me solta vai, deixa eu tomar meu banho que eu ganho mais... -falei saindo de seus braços e voltando para o banheiro. Tomei uma ducha rápida e precisa, aproveitei e fiquei um tempinho a mais lavando meus cabelos que estavam um grude que só. Quando saí o quarto estava com o perfume do Luan em todo canto e ele mesmo nem no quarto estava.


  Entrei no closet e fui escolher o que vestir, as opções eram muitas até porque eu havia renovado todo o meu guarda-roupas com looks que iriam bem nessa minha nova fase. A fase mamãe esperando bebê. Escolhi um macaquinho azul marinho com as costas toda aberta e um decote em V na frente, deixei minha sandália rasteirinha ali perto também e comecei a me arrumar. Enrolei uma toalha no cabeça e peguei uma lingerie que não fosse marcar quando vestisse minha roupa. Calcei meus chinelos e fui atrás do homem mais perfumado da casa.

_ Luan!?
_ Oi minha linda. -disse saindo do quarto do Arthur.-
_ Tava fazendo o que aí dentro?
_ Nada uai, vim ver só...
_ Tá. -continuei.- Preciso de ajuda para espalhar o hidratante, que tá difícil. Eu não consigo abaixar...
_ Com o maior prazer. -riu sem vergonha e me acompanhou até chegarmos no quarto.-
_ Vai assim? 
_ Tô feio?
_ Não tá feio, tá largado.
_ Não vai ter ninguém de especial... Posso chegar lá de sunga que ninguém vai reparar.
_ Ah vai! Ainda mais que você anda se animando com facilidade. -risos.-
_ Você tá indo muito arrumadinha pro meu gosto.
_ Tô mesmo, vai que encontro outro cantor mais gato! -pisquei e ele riu.-
_ Vai encontrar sim, ah vai...
_ Ciúmes é amor?
_ Sempre tive, isso não é segredo gracinha (selinho). Prontinho. Vá se vestir.
_ Não tô afim, posso ir assim que ninguém vai reparar.
_ Ah não, até porque homem não gosta de peito grande né? Que é pra se perder no meio deles...
_ Que tarado, socorro!
_ Te amo.
_ Cadê a Luci?
_ Dei folga, não vamos ficar em casa mesmo.
_ Mas, eu preciso tomar café!
_ Tá na hora do café da tarde já...
_ É bom ter coisa gostosa naquela casa, porque senão eu vou fazer você ir comprar. 
_ Folgada. Anda logo hein...


(...)

  Toda vez que aconteciam esse churrascos, acabava virando festa porque chamava um que vinha com outros e traziam mais outros e por fim a casa ficava bem cheia. Eu, folgada e espaçosa fiquei sentada na espreguiçadeira e Luan sentado na cadeira ao meu lado perto de outros quatro amigos dele.

_ Tia é verdade que você comeu uma melancia? 
_ Quem foi que te falou isso meu amor.
_ O meu tio...
_ É mentira dele Alice, aqui dentro está o seu amiguinho... O Arthur.
_ E quando ele vai sair?
_ Logo. 
_ Eu vou poder ver ele? 
_ Vai sim e poder abraçar muito também.
_ Eba! -comemorou.-
_ Tá aí é Alice? Viu a melancia?
_ É um neném tio, Arthur...
_ É ele mesmo, meu filhão.
_ E a Mel, tio? 
_ Foi passear, ver os avós.
_ Ah que saco. A Manu nem veio tamém... -sentou fazendo careta e cruzando os braços.- Tia... -me olhou sugestiva.- Brinca de boneca comigo?
_ Brinco sim, você trouxe as suas?
_ Brinco. -não precisei falar de novo e ela saiu correndo lá pra dentro.-
_ Tá de boa aí amor?
_ Tô tranquila, vou brincar de boneca.
_ Com a dona Alice é?
_ Sim, dona Melissa não está...


(...)

  As horas foram longe demais, era madrugada e os adultos ainda enchiam a cara, Alice dormia e eu estava sentada no colo do Luan conversando também... Senti uma pontada forte no pé da barriga e me mexi.

_ Tá tudo bem? -Luan perguntou e eu assenti.- Certeza?
_ Uhuum... -continuei ali e novamente veio a dor.- Aí.
_ O que foi?
_ Nada amor. -uns cinco minutos depois senti essa mesma pontada um pouco mais forte e em seguida algo escorrer entre as minhas pernas.- Aí meu deus!
_ Fernanda... Você me molhou todo.
_ Minha bolsa estourou! -falei ficando en pé e vendo minha roupa toda molhada, Luan ficando branco (ainda mais, né?) enquanto os outros dividiam os olhares entre nós dois.- Faz alguma coisa.
_ Quer que eu faça o que?
_ Continue aí olhando que minha cara. -cruzei os braços.- Me leva pro hospital!
_ Fernando pega uma toalha lá dentro. -Mikelly disse vindo até mim.- Consegue andar?
_ Consigo, só tô me sentindo estranha...
_ É normal, fica calma tá?
_ Mamãe!
_ Douglas olha ela pra mim por favor... -pediu e ele assentiu pegando Alice no colo.- Vem comigo, vamos...


    Seguimos para o carro, sentei em cima da toalha para não molhar o banco e fomos para o hospital. Luan estava sentado na frente no banco do carona, Zor dirigia e Mikelly ia atrás comigo segurando minha mão.

_ Tá sentindo alguma dor?
_ Um pouquinho, é mais calafrios. Tô tensa...
_ Nada disso mocinha, você tem que relaxar agora... Inspira bem fundo e expira devagar... Inspira... Expira... Inspira... Isso, continua assim.
_ Aí meu deus! -gritei pegando todos de surpresa quando senti uma contração mais forte.- Meu deus! 
_ Continua respirando. 
_ Tá doendo... -fechei os olhos jogando a cabeça pra trás.- Luan!
_ Tô aqui amor, estamos chegando...


  Esse estamos chegando dele pareceu demorar horas e horas. Nunca rodamos tanto numa cidade, 
quando pegamos a avenida que dava acesso à maternidade estava um trânsito daqueles, muito congestionamento e eu comecei s soar muito, minha testa estava molhada, as dores vinham em intervalos ainda menores e mais fortes. Eu tentava segurar estava com medo do meu filho nascer ali, dentro de um carro no meio do trânsito.

_ Falta muito?
_ Tá tudo parado aqui, não temos outra alternativa a não ser esperar...
_ Droga, o bebê está nascendo e agora? -Mikelly era a mais calma, porém até ela estava apreensiva.-
_ Filipe!
_ Ah não, isso é hora pra lembrar daquele infeliz?
_ Amor, ele pode nos ajudar... Liga pra ele e põe no viva-voz. -pedi e ele assim fez pegando meu celular e discando o número.- 
_ Oi Nandinha.
_ Aqui é o Luan, marido dela. -"Ui marido (risos) o que o ciúmes não faz né?"-
_ Fala aí, cara... 
_ O Arthur está nascendo e estamos presos no trânsito.
_ Quem está com você aí? -Luan foi dizendo e Filipe foi nos orientando na medida do possível. Pediram para que eu trocasse de posição e fizesse força para baixo como se estivesse evacuando, segurar um pouco mais a respiração na hora de expirar e foi ainda mais doloroso.-
_ Eu não vou conseguir... -comecei chorar.-
_ Você vai sim, respira fundo e faz força Nanda. -eu tentava empurrar mais e nada.- Puxa bem o ar, e agora empurra com força... Meu deus, tô vendo o cabelo dele... Nanda não para continua... 
_ Argh! -fechei os olhos e empurrava com vontade até que saiu a cabeça e um pouco mais escutamos o choro e eu pude respirar um pouco mais aliviada.-
_ Nasceu! -foi o que eu escutei.-
_ Ele é lindo... -falei olhando-o e passando o polegar em seu rosto.-
_ Precisamos ir pro hospital agora... 
_ O que está acontecendo?
_ Ela está perdendo sangue e não temos como cortar o cordão umbilical... -as vozes foram ficando distantes, assim como os sentidos pareciam estar cessando, o choro do Arthur parecia ter acabado e eu fui apagando aos poucos.


{...} Dois dias mais tarde {...}

  Abri os olhos lentamente e tudo à luz me incomodou bastante, estava em uma sala toda branca, escutando apenas o barulho do aparelho. Tubos no meu nariz, soro pingando na minha veia. Não demorei a deduzir que estava num hospital, foi aí que me lembrei de tudo e queria falar, queria chamar alguém pra saber do meu filho.

_ Olha quem acordou. -reconheci Filipe assim que ele entrou na sala, mas ainda não disse nada.- Deu um susto na gente hein, nunca vi um marmanjo chorar tanto em anos. -riu e eu franzi a testa tentando associar de quem ele falava.- Não vai falar comigo, não? Pensei que fôssemos amigos. -risos.- Ah, ela sabe sorrir... Como se sente?
_ Dolorida.
_ Escutando bem? -assenti.- Enxergando bem? -assenti outra vez.- Falando bem? Ou o gato comeu sua língua?
_ Cadê meu filho?
_ Ah, falando bem você está né? -ri.- Ele está no berçário, está tudo bem. Agora minha preocupação foi com você que ficou desacordada por dois dias.
_ Dois dias? -perguntei assustada.-
_ Perdeu muito sangue, muito mesmo. Tinha até médico desistindo de você boneca. -ele foi contando o que havia acontecido enquanto me examinava, quando terminou trocou meu medicamento e disse que iria buscar Arthur para que eu pudesse pegá-lo no colo.- Seu marido tá ai fora querendo entrar, não vou deixar não. -riu.-
_ Deixa de ser besta, Filipe.
_ Tenho ciúmes das minhas pacientes. -riu abrindo a porta e saiu.-


  Luan entrou na sala acompanhado da enfermeira que trazia meu filho. Todo limpinho, trocadinho e de touca...

_ Oi princesa, como você está?
_ Melhor agora com certeza. -falei pegando-o no colo e olhando seu rosto, bem branquinha, mais branco que a Laurinha quando nasceu e muito fofo.- Oi amorzão da mamãe. Como você é lindo meu príncipe. -ele bocejou e meus olhos marejaram.-
_ Vou deixar vocês mais à vontade, mas qualquer coisa me chamem. -disse mostrando a campainha que tinha ao lado da cama e que tocava dentro da sala onde elas ficavam, e saiu.-
_ Nem parece que é seu filho. -falei brincando e ele fez careta.-
_ Minha cara. -risos.- Olha essas bochechas.
_ Lindo igual a mãe e a irmã. -ele continuou de olhinhos fechados, todo preguiçoso. Era leve, gostosinho de pegar e me dando vontade de morder de tão lindo.- Aí que lindo esse meu filho. Não pensei que fosse babar tanto nele. -sorri.-
_ Vai pagar com a língua, porque meu filho é lindo e gostoso igual o pai.
_ Aí nossa... E seus pais já sabem? 
_ Os meus e os seus, fora minha equipe, suas amigas loucas... A galera que estava no Sorocaba e meus fãs.
_ Resumindo... Todo mundo.
_ Sim. -risos.- Mas, ainda nenhuma visita.
_ Sério?
_ Uhum, só nós o vimos... Achei melhor curtir nosso meninão primeiro e também nem pensei muito nisso, queria que você acordasse logo.
_ Acordei!
_ Boba (selinho). -sentou ao meu lado.- Não parece que ele tem dois dias...
_ Não mesmo, grandão. Culpa sua. Acho que nunca gritei tanto na vida, nem pra perder a virgindade.
_ Porque não foi quem tirou, senão você ia gritar bem mais.
_ Aí como você é ridículo.
_ Também te amo.
_ Então quer dizer que meu afilhado nasce e ninguém me convida pra fazer uma visita? Vim sem convite mesmo, e trouxe presente. 
_ Pelo menos isso né Loira. 
_ Luan!
_ É madrinha, tem que dar presente mesmo.
_ E o padrinho você já sabe né?
_ Tudo bem, eu deixo.
_ Você deixando ou não, será o Davi. 
_ Só porque o padrinho da Melissa é o Testudo.
_ Hm... Sério?
_ Super.
_ Besta. -voltei à atenção para o meu pequeno, que naquele momento me passava paz e fazia-me sentir como se estivesse segurando meu mundo nos braços. Aquele cheirinho de neném, uma delícia.-
_ Hora de comer né mãezinha? -dizia a enfermeira entrando novamente no quarto.- Está quase na hora de você amamentar e precisa estar bem alimentada.
_ Sério?
_ Seríssimo. Trouxe o que estava no seu prontuário, está uma delícia.
_ O que temos para hoje?
_ Arroz, feijão, filé de frango grelhado com salada de tomate e suco de laranja com beterraba.
_ Tomara que esteja boa, porque agora deu até fome.
_ E está. -disse destapando a bandeja e trazendo até meu colo, Luan havia pego o filho e estavam andando pelo quarto.- Bom apetite.
_ Obrigada.


  Peguei o garfo e faca e comecei minha refeição e estava realmente uma delícia, mas não se comparava à comida da Martinha nunca, muito menos a da minha mãe e menos ainda a da minha sogra.

_ Queria entender porque esse branquelo não me deu meu sobrinho ainda. Deixa eu segurar ele, Luan.
_ Vai é derrubar meu filho.
_ Tive dois seu trouxa, acredite, eu sei segurar uma criança recém nascida.
_ Sabe mesmo?


  Esses dois não tinham maturidade para certas coisas, por isso esse briguinhas de crianças.

_ Sinto lhe dizer, mas ele é a cara do Luan. Não tem nada seu aqui.
_ Obrigada, pela parte que me toca.
_ Mas, relaxa. Ele é seu filho, nasceu de você.
_ E foi sofrido viu am... -comecei a contar e ela escutando tudo com muita atenção e fazia caras e boca igual eu, mas pior mesmo foi o Luan escutando as baixarias ditas por ela que não tinha freio na língua.-
_ Filha minha buceta pareceu ter aumentado três vezes de tamanho e assim, eu pensei que nunca mais voltaria ao normal. -eu ria muito, Luan estava vermelho já. Todo envergonhado.- 
_ Filipe disse que volta ao normal, que só aumenta na hora da dilatação mesmo.
_ Mas, eles dão alguns pontinhos. Porque na hora de fazer força fizeram um corte, é que você não teve isso. Aliás, guerreira hein... Sem anestesia nem nada. Nasceu com a bunda virada pra lua.
_ Meu deus, fica quieta que está constrangendo o pai do meu filho.
_ Ah, nunca escutou a palavra buceta na vida? -começou a rir.-
_ Vocês não são normais. Não mesmo. -disse abrindo a porta e saindo.-
_ Viu o que você fez?
_ Luan é muito cheio de frescura isso sim, seis anos e ele ainda não acostumou. Ele é machista demais amiga.
_ Eu sei (ri). Mas, ele morre de vergonha.
_ Besta mesmo viu. Pior que eles todos são assim, esses dias minha foi em casa né e começamos a falar do meu ciclo menstrual coisa que o Rodrigo sabe, mas quando minha mãe começou a comentar e tocou no assunto de estar com a vida sexual ativa ele engasgou com a saliva e não parou mais de tossir, foi muito engraçado.
_ Imagino, trouxa do jeito que você é começou a rir não foi?
_ Pior que foi menina, ri muito. 
_ Aí Dalila o que eu fiz pra te merecer hein?
_ Nos merecemos meu amor, você é igualzinha à mim. -Arthur começou chorar e como eu já havia terminado de comer não vi problema em amamentar.- O sr. Vergonhoso não quer ver isso?
_ Chama ele lá... -ela saiu me deixando ali à vontade com o meu corpo e meu filho. A camisola abria na frente justamente para facilitar, e com cuidado coloquei meu bico na boca dele.- Vai devagar tá neném, a mamãe é nova nisso. -ri alisando seu rostinho devagarinho enquanto ele começava a sugar.-
_ Isso aprende rápido, né?
_ Não fala assim dele que meu bebê é inocente. 
_ Os pais dele que não. -disse minha amiga.- Tirando de letra né amiga?
_ Anos de prática, a diferença é que não saía leite. -começamos a rir que não paramos mais.-
_ Você é a pior, affe ridícula você Fernanda.


(...)


@fermarques: Nasceu minha outra vida. 26/04/2020 ♥ #Arthur #MamâeAmaMuito



(...)

_ E finalmente depois de três longos dias estou em casa. Que ótimo! -falei cruzando a porta e dando de cara com o silêncio.- Cadê todo mundo? Hein amor?
_ Não sei, mas como sabiam que você precisava de descanso pode ser que venham amanhã.
_ É até melhor, porque tudo o que eu quero é dormir na minha cama. -falei indo para o andar de cima da casa. Coloquei o pequeno na cama e fui tomar um banho que duraria bem mais se ele não tivesse chorado. "Bem vinda ao mundo das mamães que não dormem muito, não demoram no banho... E por aí vai."




























~.~

   Depois de um susto com o alarme falso, eis um nascimento haha
  Arthur veio ao mundo de uma maneira diferente e foi bom, porque eu arrisquei e fugi do nascimento em uma maternidade (risos). Espero que tenham curtido assim como eu, creio que esse nascimento veio para alegrar a vida da Nandinha que ficou super triste com a notícia da doença da avó (eu também fiquei, poxa). Mas, agora começa uma nova fase não é mesmo? E confesso que até eu estou ansiosa e na expectativa para os acontecimentos. Beijão, amo vcs

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Capítulo 180

  Antes de iniciarem a leitura quero dizer algumas coisinhas... Nem todas de vocês estão no grupo, e por isso direi aqui. Quero desejar um feliz natal (atrasadissimo, mas é de coração), espero que tenham passado bem, em muita união com os seus familiares e amigos, repletos de muitos abraços e com certeza muitos beijos e sorrisos. E já desejo um feliz 2016, porque com essa correria louca, e essa falta de tempo não sei se ainda nos encontramos em 2015! Que neste próximo ano venhamos aprender amar, mas amar de verdade, amar sem medo, amar com reciprocidade, amar sem interesse, amar com alegria, amar com emoção, amar com prazer (no sentido literal da palavra). Obrigada por estarem comigo em cada capítulo desse 2015 e aguardo vocês em 2016 para finalizar a Infinite LR 3 e em breve (quem sabe) iniciar a 4ª. Amo vocês todas, inclusive as timidas, os fantasmas e todas. E para finalizar quero dedicar esse capítulo para a doninha que fez aniversário dia 23/12 e eu fiquei de lhe dar o capítulo como um presente e super espero que receba de coração, muitas felicidades meu anjo. Stephanie Santana


{...}

Narrado por Fernanda
  Graças à Deus a febre do Luan foi passageira, mas sua dor de garganta e espirros nos fizeram ir para o pronto socorro quase 00h. Mas, depois de alguns medicamentos e recomendado beber bastante água e uma pausa em seus shows tudo voltaria ao normal. O que preocupou meus sogros, que vieram para a minha casa durante a noite mesmo e mimaram muito o bebezão me deixando dormir com a Mê.

(...)

@luansantana: Gripado :x


  Aproveitando que ele estava em casa por alguns dias e eu de molho, também, sugeri que fôssemos visitar meus avós no interior. Ele topou, e fomos na segunda-feira assim que amanheceu o dia.
Assim que chegamos ele colocou Melissa na cama e subiu as malas, eu me sentei no sofá depois de cumprimentar meus avós e a Beta que estava quietinha, parecia preocupada com algo e logo me veio na cabeça o Arthur.
  Luan desceu e juntou-se a nós, ficamos ali a manhã toda e nos dispersamos perto da hora do almoço que foi quando eu fui deitar um pouco e descansar da viagem depois de um banho morninho (ainda estava de repouso).

(...)

 Acordei com o meu avô me chamando, o almoço estava pronto e eu realmente estava com fome. Calcei meus chinelos, prendi os cabelos por causa do calor e desci.

_ Mamãe, a tia Betinha fez macarrão com carne moída e queijo! -Melissa disse toda contente e com a boca toda suja de molho e um sorriso enorme.-
_ Delícia, né filha? -falei sorrindo e tive vontade de gargalhar quando olhei para a cara do Luan que era uma mistura de tristeza com sono. Chamei a Roberta de canto, na cozinha.- Beta, amor, fez arroz branco? -ela assentiu.- Frango? -ela disse que estava na geladeira fatiado.- É que o Luan encheu o prato, mas ele não come carne moída, não gosta. -ela riu.-
_ Não sabia meu anjo, mas se quiser eu faço outra coisa pra ele comer.
_ Por favor, eu te ajudo se quiser... -e acabou que conversamos e fizemos o prato dele, quando voltamos para a sala de jantar ele estava remexendo na comida. Troquei os pratos e ele agradeceu sem jeito.- Não por isso. -falei pegando o macarrão e voltando pra cozinha, esquentei e voltamos para comer todos juntos e foi muito gostoso.-
_ Mamãe, o Arthur vai sair daí quando?
_ Vai ser logo viu pequenina, olha o tamanhão da barriga dela. -meu avô brincou e ela assentiu rindo.- Tá preparada pra cuidar do seu irmãozinho?
_ Acho que sim, não sei se vai ser legal biso. -"Biso, que criatividade né?"-
_ Vai sim meu anjo, você vai gostar muito. -comentou minha avó.-
_ E você Luan? Pronto?
_ Tô nada, fico achando que ele vai nascer toda hora... -e assim seguiu o assunto.

  Minha vó estava muito esquisita, aliás, todas as pessoas daquela chácara. O que estava mais assim era meu avô, que ainda brincava mais com a Mê, já minha vó e a Beta falavam o necessário. Fomos dar uma voltinha pela chácara e nos sentamos perto do lago e ficamos conversando.

_ Tá tudo bem com a senhora? Estou te sentindo tão quietinha, distante de mim... Como se estivesse me evitando vó. -falei deitando-me em seu colo e deixando que ela mexesse em meus cabelos.- Tá acontecendo alguma coisa?
_ Nada com que deva se preocupar querida, me conte mais sobre seu estágio final da gravidez... Sobre a chegada do meu segundo bisnetinho. -e pela primeira vez naquele dia pude ver seu sorriso.-
_ Certeza?
_ Sim, coisas da vida meu anjo.

  O barulho da água, das árvores, pássaros e a natureza em volta deixava o tom da nossa conversa ainda mais especial e ela contava coisas de quando meu pai nasceu e algumas eram até engraçadas, sentia falta disso. Sei que por mais que eu ame minha família, nem sempre fui a melhor companhia, costumava sempre estar com a cabeça longe, pensando na tal da curtição! Ignorância minha, porque acompanhando o dia-a-dia do Luan percebi que não era sempre que ele pode ver a família e faz disso os melhores momentos possíveis. Incrível, não é?
  Passamos um tempo ali, mas logo fomos encontradas por uma pessoinha tagarela e curiosa.

_ Que cêis tão fazendo aí? -disse ainda de mãos dadas com o meu avô.-
_ Falando sobre as coisas da vida. -respondi tranquila.-
_ Aé? E tem espaço para mais três pessoas? -franzi a testa e logo atrás deles apareceu Luan com uma cesta de piquenique e baralho (meus avós adoravam).-
_ Tem sim. -disse me sentando.- Cadê a Beta?
_ Saiu mais cedo, foi visitar o Arthur querida. -não prolonguei o assunto, porque o sr. ciumento por mais que não dissesse nada, estava escutando tudo, tudo mesmo.- Bom crianças, preciso entrar... Mas, aproveitem o clima e essa linda paisagem.
_ Linda mesmo, né Mê?
_ Sim, olha papai a cor que fica...
_ Lindão, né Princesa? -ela assentiu e deitou em seu colo.- O que foi?
_ Não sei bem, fiquei aqui conversando com a minha avó e não sei porque mais tive a impressão que ela estava se despedindo de mim o tempo inteiro. -falei com a voz embargada.- Luan, ela não pode me deixar...
_ E não vai, as vezes foi impressão sua. -disse se aproximando mais de mim.- Sua vó está bem, está com saúde e nova ainda. Fica tranquila. -assentia ainda nãouito convencida. Deitei em sua outra perna e ficamos ali os três somente com a Melissa tagarelando o tempo inteiro tirando-nos do silêncio.-

(...)

  A viagem foi ótima e nos serviu de renovo para a alma, ainda mais que depois da chácara demos uma rápida passada no Guarujá. Tomamos aquele banho de mar, almoçamos e depois de um banho quentinho pegamos a estrada que nos levaria de volta à São Paulo.

_ Como ela tá linda com essa marquinha gente. -Marizete dizia apertando Melissa que fazia caras e bocas.-
_ Mamusca, cê tá apertando a menina. -riu.-
_ Aperto mesmo essa coisa gostosa da vó, fiquei com saudade meu anjo.
_ Tava na bisa e no biso. Subiu no colo da vó e as duas  seguiram para cozinha...
_ E nós, o que faremos? -Luan perguntou depois de colocar as malas num canto da sala e se encostar no sofá.-
_ Quero ir pra casa, você me leva?
_ E vai ficar lá sozinha? Fica aqui poxa, amanhã a Bruna vem cedo com a Laura.
_ Não sei não... Fiquei tempo demais longe de casa e tô com saudades do meu bebezinho e minha cana também.
_ Me espera tomar um banho então? -assenti e ele subiu.-



Narrado por Luan
  Subi as escadas em direção ao meu quarto e ela veio atrás, disse que descansaria um pouco. Não falei nada e logo entrei no banheiro, tomei uma chuveirada quente e rápida. Ao sair encontrei Fernanda dormindo tão gostoso, que mesmo depois de vestido não tive coragem de acordá-la, ainda mais sabendo que Arthur se agitava naquele horário e acabaria acordando a Nanda.
Desci e juntei-me à Melissa e minha mãe. Ela contava dos bisos e de como tinha sido com eles e com a Betinha.

_ Cadê a Nandinha? -meu pai perguntou entrando na cozinha.-
_ Dormiu, está cansada da viagem. 
_ Ela comeu, filho?
_ Sim senhora. -ri.- É só sono mesmo.
_ Gostou de viajar um pouco? Melissa estava aqui me contando como tinha sido a viagem de vocês e parece ter sido ótima.
_ E foi... -então foi a minha vez de contar tudo e dar ênfase em uma coisinha e outra.-

(...)

[Ouçam, se quiser para dar um clima: The Pussycat Dolls - Stickwitu  ou Jordan Sparks - No Air]

  Subimos para nos deitar e Fernanda estava sentada na cama com cara de quem tinha acabado de acordar. Toda linda.

_ Com fome?
_ Não, tô com sono. Mas, preciso de um banho senão nem consigo dormir mais. -disse se levantando.-
_ Quer uma camisa emprestada?
_ E uma cueca também, que essas minhas calcinhas estão me deixando incomodada.
_ (ri) Vai indo lá que eu pego. -ela assim fez e quando saiu do banho vestiu uma boxer branca, regata preta e se deitou.- Não quer comer mesmo?
_ Tem melancia? -perguntou empolgada.-
_ Acho que sim, bora lá dar uma olhadinha...

  Descemos os dois descalços e entramos na cozinha, ela acendeu as luzes e se sentou escorando-se na bancada. Abri a geladeira e não tinha melancia, mas tinha melão, banana e mamão também... Ela cortou e comeu sozinha, sem nem me oferecer.

_ Você queria comer? É que eu estava com fome. -risos.- Desculpa...
_ Relaxa, eu comi antes de subir...
_ Tem suco aí? -perguntou de boca cheia, levantei e peguei na geladeira, servindo-a.- Tá com sono? Se quiser pode subir, tô bem aqui... Era fome só.
_ Sem problemas, eu te espero. Tô sem sono.
_ Certeza? -assenti e ela não disse mais nada. Terminou de comer e nós subimos, nos deitamos e por impulso coloquei a mão por cima de sua barriga. Arthur começou a chutar e ela não dizia nada, apenas sorria e eu ainda mais.- Isso é hora filho? A mamãe quer dormir...
_ Vai ser igual eu, passar a noite acordado.
_ Ha! Mas, não vai mesmo! -disse séria.- Vai ser daqueles bebês que dormem a noite inteirinha... A Mê que era assim, lembra? -assenti.- Como cresce, não é? Ela já vai fazer seis anos.
_ Seis anos que te conheci. -passei a mão em seus cabelos e ela foi se aninhando no meu peito, parecia uma gatinha. A minha gatinha. Poderia ter esperado, mas o desejo foi mais forte e não resisti em lhe dar um beijo... Beijo mais gostoso, com vontade e sendo retribuído. Estava com muitas saudades da sua boca na minha, o calor do seu corpo no meu e suas unhas arranhando minha nuca e meus dedos firmes e presos em seu cabelo puxando sua cabeça pra trás e deixando-me ter acesso livre ao seu pescoço, cheiroso... Pele macia. Minha eterna namorada.- Te amo.
_ Eu também amo você, Luan. -nos beijamos outra vez e ficamos ali sem dizer nada, apenas carinho.-

(...)

  Com mais alguns dias voltei para a estrada, mas com saudades de casa. Eu não queria perder nenhum detalhe dessa fase final da gravidez da Nanda, ainda mais sabendo que agora estávamos bem e quando digo bem, quero dizer sem brigas e em um clima tranquilo. Viajei por muitos dias, tanto que estávamos entrando na terceira semana de Abril e segundo as contas daquele médico abusado/tarado meu filho poderia nascer qualquer hora dessas e eu estava torcendo muito para que fosse quando eu estivesse em São Paulo.

_ Tá dormindo, é boi? Tô falando com você cara. -Testa me empurrou e eu saí dos meus devaneios.-
_ O que? -perguntei bloqueando a tela do celular onde estava vendo a foto da Nanda com a Mê com as duas mãos em sua barriga.-
_ Sabe que sua agendada tá apertada, né? Sem folga para no mínimo duas semanas direto.
_ Tá brincando, né? -revirei os olhos.- Esperei nove meses pro meu filho nascer, eu disse que queria que esse mês e os próximos dessem uma aliviada porque eu queria curtir mais minha família, minha filha, minha mulher e a chegada do meu segundo filho.
_ Não tenho culpa não bonitão, quem ficou doente e teve que cancelar os compromissos foi você.
_ Porra!
_ Aconteceu alguma coisa aqui que eu não estou sabendo?
_ Claro que está, ninguém me escuta. É isso! Eu pedi tanto!
_ É sobre sua agenda, não é?
_ Sim. -ela me olhou sem graça, respirou fundo e disse o que dizia sempre.-
_ Não pude mudar muita coisa, fiz o melhor que podia. Se você não tivesse ficado uns dias afastados com certeza sua agenda teria mais pausas.
_ Eu quis ficar doente, né... -ela não disse nada, Rober também não e ficamos nisso até chegar no hotel. Coloquei um sorriso não muito grande no rosto e desci para atender os fãs que estavam à minha espera. Não foi coisa demorada não, estava estressado e sei que mais cinco minutos ali meus fãs notariam e isso ia virar conversa fiada no twitter.-
_ Vai pra academia agora?
_ Vou trocar de roupa e já desço... -falei saindo do elevador e entrando no meu quarto onde já estavam as minhas malas, peguei a roupa que já estava separada e antes de me trocar peguei o celular pra ver o que tinha chegado.-
_ Fala de novo, Mê! -era um vídeo de poucos segundos da Melissa acordando.-
_ Eu amo o papai, mais que tudo nesse mundo.
_ Aí que princesa. Ama muito?
_ Muitão. -fez bico mandando beijo pra câmera e virou puxando a coberta para cobrir o rosto.-


*Filha preguiçosa, igualzinha você.*
*Bom dia, eu acho né.*

_ Já é boa tarde suas preguiças (ri). -terminei de mandar o áudio, guardei o celular no bolso, peguei uma toalha pequena e desci direto para a academia onde encontrei meu personal, e treinamos durante uma hora e meia. Eu já estava acabado, não parava de suar, até deitei no chão e fiquei quieto um pouco.-
_ Levanta vai, deixa de preguiça (ria).
_ Preguiça nada, tô malhando igual égua véia, preciso descansar. Já acabou aqui?
_ Por hoje sim, amanhã tava pensando numa corridinha.
_ Vai ser maratona quando verem que é ele correndo. -risos.-

  Voltei pro quarto, tomei um banho e deitei pensando que dormiria, mas o sono havuia me deixado... Fiquei mexendo no celular, mandando mensagens, olhando fotos...

@luansantana: Elas crescem tão depressa. Minha bicuda linda, papai também te ama mais que tudo nesse mundo. ♥

  E essa era uma de uma das muitas que tinham dela salvas na minha galeria de fotos, eu mesmo não tirava muita foto. Já Melissa, Fernanda e Bruna tiravam no delas e no meu meu. Abusadas. Já estou com saudades delas todas e da pequena do tio também. Lauroca estava enorme e muito da espertinha, mais um pouco e tá do meu tamanho.

@luansantana: Lauroca ♥

*Acha bonito ficar postando foto da minha filha e nem me marca.*

*Lembrou que tem irmão, é sua ingrata. Depois que casou me abandonou.*
*Seu único irmão, padrinho da sua filha.*

*Pi, drama não combina com você. Sabia?*
*Chegou bem?*
*Como estão sendo os dias de viagem?* -e assim foi minha tarde, conversando com a Bruna e olha que rendeu viu, quando me dei conta estava atrasado pro show. Me arrumei correndo e fui para o show que foi bão demais da conta. Saí sorrindo e parecia estar renovado.

_ Luan sua mãe acabou de ligar e... 
_ E o que Lezinha?
_ Parace que o Arthur vai nascer!
















~,~

Gente, voltei!
  Com capítulo viu lindas. Ainda não respondi os comentários anteriores, mas faça isso hoje só que mais tarde. Continuem comentando, continuem interagindo e que venhamos continuar nos emocionando. Beijo grande!

Indicação: Autora: Andreza Sofia - Fanfic Detalhes
  Boa leitura.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Capítulo 179

  Olha, vou contar uma coisa! Foi difícil esse capítulo sair viu, ainda mais no dia certo, no caso ontem. Porém, ele saiu e é todo de vocês! sim, minhas bonecas espero que gostem e recebam com carinho esse meu mero presente. Parabéns mais uma vez! Paz, saúde, força, muitas felicidades, muito Luan para nós todas e amo vocês! Lívia e Julia! Lindas, aproveitem hein! 


(...)


Narrado por Fernanda
  Os dias em que estive longe do Luan foram completamente estranhos. Quando você se apega, ama, acaba notando essa diferença de não ter os áudios brincalhões, as mensagens de ousadia sempre com uma carinha no final, suas ligações no meio da tarde assim que ele acordava. Isso me deu o que pensar.
  Não estou me culpando, até porque dessa vez foi tudo na maior inocência. Conversar com aquele cara no camarim foi por educação, ele que confundiu as coisas e deu no que deu. E depois de conversar com a Lila fui dormir pensando mais ainda... Eu me coloquei no lugar dele, como da vez em que ele deu um selinho na modelo já da campanha de jeans e eu fiquei louca, brigamos, discutimos... E ele "não teve culpa", foi algo profissional. Mas, minha primeira reação não chegou nem perto de ser compreensiva e trazendo isso para nossa última briga sei que agiria até mesmo pior que ele. E por isso não falei mais nada, me mantive quieta todos esses dias. Falava com ele aquilo que ele me perguntava, estava receosa... Só que agora ele voltou e eu sei que por mais que ele tenha me ofendido, me ferido com palavras, provocado o meu ego... Eu o amava muito e por isso perdoei, sem que ele soubesse. Porém, não esqueci! 
  Receber alta pela manhã foi ótimo, mas Renato veio com mais recomendações e eu não estava aguentando mais, escutei tudo e fui pra casa com o meu sogro, passamos um dia tranquilo, a noite também. Luan chegou e o clima estava estranho, mas com as crianças em casa (Miguel e Pedro) não ficou tão chato assim, e Dalila também não calava a boca. Deu minha hora, subi, tomei um banho rápido e acabei dormindo.

  Na manhã seguinte acordei cedo para dar uma volta pelo condomínio depois de tomar café e antes do sol ficar forte, ou pelo que vejo a chuva cair. Enfim... Troquei de roupa, pondo uma regata e um shorts, coloquei meu  tênis (sem cadarço, sou demais eu sei) e prendi os cabelos antes de descer. Pelo horário Dalila e as crianças estariam dormindo e Luan mais desmaiado ainda.
  Desci os degraus já sentindo o cheirinho de pão de queijo quentinho, suco de laranja e melancia... Hmmm... Delícia. Apertei o passo e quando entrei no cômodo Luan estava de costas colocando a mesa, sem camisa e com o pano de prato jogado sobre o ombro, calça de moletom e tênis. "Isso é meio Christian Grey, sabe... Roupas de correr e tals, pela manhã. Deixa de pensar nisso! A pergunta é: O que ele está fazendo acordado às 7h30min da manhã? Ele não é normal."


_ Não vai me responder? -perguntou rindo  tirando-me do transe.-
_ Hãn? -balancei a cabeça e o encarei.- 
_ Leite ou suco de laranja? 
_ Leite com café... -respondi me sentando à mesa.- Você não dormiu?
_ Tive insônia. -disse e sentou-se.- E como sei que acorda cedinho pra tomar café e caminhar, pensei que fosse querer uma companhia...
_ Eu costume ir com a Luci ou o Davi, mas... Você também serve... Quer dizer, eu quero sua companhia não assim... Aí você entendeu. -ele riu e eu fiquei sem jeito. "Hello! O que está acontecendo aqui? Oi? Você está com vergonha? Isso definitivamente não combina com você."-
_ Comprei alguns pães... Pão de queijo que você gosta muito.
_ Eu gosto muito (ri) na verdade nunca comi tanto isso como agora na gravidez. -respirei fundo.- E ainda não enjoei.
_ Nem tem como, cê tem comer o de Minas... É bom demais da conta.
_ Você me trouxe uma vez, mas não ligaria se trouxesse de novo. -risos.-
_ Me lembra que eu trago, viajo pra lá depois de amanhã. -fiz bico.-


  Fizemos nossa refeição em um clima mais ameno, depois tiramos juntos as coisas de cima da mesa e fomos caminhar.
  O caminho que eu fazia em meia hora, parecia ter ganho horas à mais. E o silêncio nos pegava de surpresa, me agonizando.


_ Aí! 
_ O que está doendo? -perguntou assustado e eu ri.-
_ Esse silêncio está bem chato. Eu sei que você quer me dizer algo, eu também, então... Vamos logo com isso, só está nos torturando. 
_ Deixa de ser apressada, eu estava esperando um pouco mais.
_ Deixa de me enrolar Luan. Sabe que eu odeio isso. -falei seguindo até um dos bancos que tinham no playground.-
_ É meio clichê eu falar que quero me desculpar, porque eu vivo fazendo burradas, vivo dando mancadas... Mas, acredite. Não é de propósito. Sei que estamos juntos à mais de um ano e isso ainda é novidade, nunca cheguei a pensar em casar com outra mulher. E não pensava em me casar com você. -cruzei os braços e ele fez sinal de "calma".- No começo, mas agora não me vejo com outra mulher no altar. -"Aí que canalha. Querendo me ganhar com palavras bonitinhas."- Só que por mais que eu tenha me moldado ao nosso relacionamento ainda tenho muito ciúmes, eu diria até medo. -me ajeitei no banco de madeira prestando a atenção no que ele dizia.- Você pode me dizer sempre que não quer uma outra pessoa, que não adianta... Na loucura que eu vivo, enxergo homens normais, com empregos comuns faz parecer que você quer ter uma vida comum também. 
_ Posso falar? -ele assentiu.- Quando eu te conheci, sonhava e imaginava loucuras com você. -sorri lembrando-me.- Eu já sabia que sua vida era uma loucura, não só a sua como a de qualquer cantor que tenha fama... Enfim... Se chegamos até aqui é porque eu te amo e porque na medida do possível nós temos um relacionamento mais que normal. Vamos ao cinema, andamos de mãos dadas na praia, podemos andar tranquilos pelas ruas do condomínio, já fizemos trilhas de bicicleta, fora as vezes que saímos pra comer. Eu amo comer viu! Assim... -fiquei de frente pra ele apoiando minhas mãos em suas coxas.- Eu não preciso de outro homem por mais "normal" que ele seja. Preciso de você. 
_ Eu sei, mas é complicado... -abaixou a cabeça e aquilo acabou comigo, sério.- 
_ Não pra mim. Confiamos um no outro, nos respeitamos e nos amamos. -ele sorriu ainda de cabeça baixa.- 
_ Me desculpa... Por cada palavra pesada, frase mal colocada. Não sabe como foi difícil mesmo com raiva dizer aquilo na esperança de sentir-me melhor e por cima, por ego. Confesso. -falou baixo.- Não queria que fosse parar em um hospital e corresse risco! Fui um idiota.
_ Sim você foi. -ele olhou e então prosseguiu.-
_ Nunca rezei tanto, pedi tanto pra Deus não deixar nada acontecer com vocês. Isso me fez perceber que nada importava que o que aconteceu foi irrelevante, não era  nada em comparação a minha preocupação com vocês... Me perdoa...
_ Eu te perdoo, mas esquecer é difícil!
_ Não estou te pedindo pra esquecer, apenas pra tentarmos voltar ao que era. Nosso amor passou por muitos altos e baixos e sobreviveu e agora por ignorância minha... -suspirou.-
_ Juntos?
_ Sim, no seu tempo... -falou e eu assenti.-


  Não nos beijamos, foi um abraço. Abraço confortante demais, lindo e de alívio. Nossa situação foi resolvida, mas não voltei ao fogo que era. Não preciso ter pressa, irei ter muita calma isso sim.
  Os primeiros pingos de chuva começaram a cair então nos levantamos e seguimos de volta pra casa, mas estávamos um pouco longe e a chuva foi apertando e chegamos ensopados em casa. E rindo muito da situação.

_ Meu deus, onde vocês estavam? -Lucila quem nos recebeu e olhava assustada por estarmos os dois, ensopados.-
_ Fomos caminhar, Luci. Mas, choveu.
_ Vai já tomar um banho os dois, não quero ninguém gripado e ainda mais você que tá grávida.
_ Tô indo. -ri e fui subindo enquanto ele foi pra cozinha. Cheguei no meu quarto e fui para o banheiro, tomei um banho e ao sair chegou a hora da tortura... Secar os cabelos.-
_ Tem alguma roupa minha aí? -entrou no quarto tirando todo o meu fôlego, com os cabelos molhados, sem camisa deixando as gotas caírem em seu peitoral e descerem até sua cintura onde estava a toalha.- Nanda? -perguntou rindo.-
_ Nã... Não sei. Entra ali pra ver. -apontei o closet e ele foi deixando que eu o seguisse, olhando aquela bunda e não só a bunda. "Ei linda, segura essa pepeca!" Ele tinha o costume de colocar suas coisas dentro das gavetas na parte de baixo e quando se abaixou eu virei a cabeça juntinho pra tentar ver o que se escondia ali de baixo.- 
_ Ahá! Peguei no flagra, sua safada! -quase gritei de susto, havia me esquecido que Dalila estava ali e lhe mandei calar a boca.- Tá aprontando amiga?
_ O que você quer, hein? Tô muito ocupada querendo secar meus cabelos... -mostrei a escova e o secador.- Tá afim?
_ Lógico... Que não! -falou mostrando língua.- Mentira amiga, eu só não seco pra você porque os meninos tem consulta e minha mãe está me esperando para levá-los.
_ Mas, você volta né? -perguntei fazendo bico.-
_ Volto amanhã porque sei que essa noite eles não dormem. -disse fazendo careta e vindo até mim se despedir.- Se cuida, qualquer coisa me liga. Tchau, peladão!
_ Tchau Loira!  -disse rindo e continuou lá dentro.-
_ Luan? -chamei receosa, não queria abusar.-
_ Pois não...
_ Seca pra mim? -ele assentiu, disse que colocaria uma roupa e viria.-


(...)

  Depois de secar meus cabelos Luan e eu descemos, fomos comer e aproveitamos que Lucila estava ali e contamos o que aconteceu e o porquê de chegarmos em casa daquele estado. O dia foi passando, meus sogros vieram me visitar e trouxeram Melissa e Puff... Ficaram conosco por algumas horas e foram pra casa. O pessoal (outros funcionários) também foi embora e ficamos só eu e Luan.

_ Tá quieto demais, o que foi?
_ Nada não... -olhei e ele estava deitado, falava baixinho.-
_ Tá tudo bem?
_ Acho que tô gripando... -fungou e eu me levantei indo até ele e colocando minha mão em sua testa, ele estava soando.- E com frio também...
_ Você tá quente, vou pegar o termômetro. -subi bem devagar e quando desci levei, coloquei debaixo do braço dele e fiquei ao lado esperando.- Para de se mexer!
_ Não grita, tô com dor... -revirei os olhos e cruzei os braços.-
_ 38,7 °C -falei olhando a temperatura e ele já estava todo mole. "Homens!"- Não quer tomar um banho frio, não ? -ele negou.- Mas, você precisa... 
_ Me deixa quietinho aqui. -falou baixinho, já estava ficando rouco e forçando um pouco a garganta. Ôh chuva linda viu!

  Depois de eu muito insistir ele subiu e jogou uma água no corpo, desceu SÓ DE CUECA e deitou de novo no sofá colocando a cabeça em meu colo e cinco minutos depois estava dormindo. "Folgadinho demais esse filho da Marizete, mas era gato!" Enquanto dormia eu pude aproveitar pra mexer naquele cabelo, passar os dedos pelo seu rosto e até mesmo selar seus lábios rapidamente, mas a verdade é que só de estar um pouco mais perto eu estava mais aliviada e contente que as coisas estavam caminhando.









~.~

  Ownt! ♥
 Capítulo... Fofo? Tenso? Não consegui classificar muito bem, e vocês?

PS: Ainda não respondi os comentários. Mas, até o próximo capítulo estarão todos respondidos. Beijos!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Capítulo 178

Narradora
  Enquanto Fernanda permaneceu no quarto, Luan seguia de volta para o hotel junto com Roberval e Wellington. Isadora entrou e lhe fez companhia, consolou e teria que voltar pra casa e para que   Fernanda não ficasse sozinha por muito tempo ligou para Dalila que ficou louca ao saber que a amiga estava internada e fez o maior drama.

_ Mãe, você não está entendendo... Minha amiga, grávida de quase nove meses está internada querida, internada!
_ Minha filha, calma.
_ Calma nada, estou indo pra lá. Beijos, olha meus filhos direito em vovó. _riu pegando sua bolsa, as chaves e foi.

(...)

  Assim que deu entrada no hospital, passou pela recepção e pode seguir para o quarto.

_ OK. Antes de perguntar o que você teve e como veio para aqui, eu vou direto à parte que me toca. -Fernanda arregalou os olhos, mas sorriu com aquele jeito maluco de sua amiga.- Que porra é essa Fernanda? Arrumou outra loira pra sua vida? Já estou avisando, não tô gostando desse seu grude com a Isadora... É shows, viagens... Ainda mais agora que ela tá pegando o Rober que eu sei.
_ Dalila.
_ Tenho um marido, que trabalha com eles e sei de tudo sua vaca. Deveria te deixar aqui sozinha. -cruzou os braços e fez o maior bico, mas não aguentou por muito tempo e "correu" ao encontro de Fernanda lhe dando um abraço e depois apoiando suas mãos em seu ombro, avaliando a amiga.- Sua cara está péssima.
_ Dalila.
_ Pálida demais, sem make. Como veio parar aqui?
_ Longa história...
_ Se a culpa foi daquele branquelo bundudo, eu deixo ele sem pinto. -Fernanda chegou a engasgar com a própria saliva.- Foi ele, não foi? Conta tudo e conta logo.

  Fernanda contou tudo o que lembrava com detalhes e depois contou o que haviam dito à ela (depois que acordou, passou mal e etc). Dalila ficou quieta, mas por dentro estava sim morrendo de raiva e querendo matar o Luan.

_ Olha, eu sei que você nunca foi uma santa. Nem é! Mas, puta que pariu, o cara achar que você grávida de quase nove meses, toda inchada, noiva, iria sair da sua casa pra meter um chifre nele no meio de todo mundo e num show dele ainda... Aí é muita burrice, ou melhor muita insegurança.
_ Nossa, obrigada por acabar com o noivo machão que eu pensava que tinha.
_ Cala a boca, ainda não terminei... -respirou fundo.- ... Como eu estava dizendo, seu noivo sempre foi pilhado e não é por não confiar em você e sim porque vocês começaram da maneira errada... Deixaram uma linda história de amor surgir de uma traição. E na cabeça dele, aparecer outro cara que te olhe e te deseje, significa que esse outro cara pode ser normal, andar no shopping, brincar no parque, andar de mãos dadas na rua sem que as pessoas em volta nem perceba... Enfim, essas coisa bem gays que namorados fazem... Acaba se tornando uma ameaça, o medo que ele tem é de te perder. É um mecanismo de defesa.
_ Nossa, psicóloga. Quando foi que ficou tão compreensiva e defensora dos noivos que cometem burradas?
_ A questão não é nem ele e sim você. -Fernanda se calou.- Você ama o Luan, não importa o que ele faça. Vai ser assim sempre, mas seu problema sempre foi orgulho demais... -quando Fernanda ia contestar sua amiga continuou.- É a verdade. E vão ficar nesse impasse, ele sofrendo, você sofrendo, Melissa sofrendo e Arthur sentindo toda sua angustia.
_ Caralho, por que você me conhece tão bem hein?
_ Porque sou sua amiga, tá no sangue e nos seus olhos, linda.
_ Aí Lila, ele me disse coisas que me deixaram sem palavra.
_ Nunca pensei que diria isso, mas... Quando você casar vai aprender que nem tudo que é dito numa briga deve ser levado a sério.
_ Como não? O cara quase que te chama de vagabunda, vadia e você perdoa como se ele tivesse apenas te mandado calar a boca, ou simplesmente dizer que você não presta.
_ Ele disse isso na tentativa de se sentir melhor, de não "sair por baixo". -disse revirando os olhos.- Como acha que ele está se sentindo agora? -Fernanda ficou pensativa.- Imagina como ele não está sabendo que parte da culpa ou toda culpa de você estar aqui é dele? Você poderia ter morrido, o filho de vocês poderia ter morrido ou os dois. Pensou nisso? Não né? -ela assentiu.- O que ele fez não tem explicação, mas teve uma razão... Que por mais absurda que seja, foi um impulso, uma reação...
_ Cansei de toda essa impulsividade dele.
_ Ah, linda... Só quem pode falar é você? Ser impulsiva, é você?
_ Com você de amiga eu não preciso de inimigas jamais, porque olha...
_ Amiga não é só aquela que te aplaude mesmo que esteja errada, é bem mais que isso.
_ Eu sei loirinha, e como minha amiga tem me dado bons conselhos.
_ Eu sei, sou boa pra isso. -as duas riem.- Mas, tô avisando que quando eu ver aquele branquelo ele vai ouvir também...



Narrado por Fernanda
  Escutar com atenção tudo o que Dalila disse foi muito bom, sério. As vezes eu preciso de uns puxões de orelha e abrir os olhos, então foi ótimo. Realmente me abri com ela, e estava com o coração mais leve. 
  As horas passaram ali que eu nem senti, só notei quando minha refeição chegou acompanhada do Dr. Renato e alguns medicamentos que foram colocados no soro. 

_ Tá famosa hein, descobriram que você está em observação, vou postar uma foto.
_ Para de graça hein...
_ Shiiu.. Estica o braço aí..

@lilamendes: Sobre essa bruxa quase matar uma mãe de dois filhos pequenos, de susto... Mas, foi só um susto mesmo e ela está bem, né Nandinha? E ela agradeceu pelas mensagens, e não está com o celular porque minha presença é mais importante. #ChoraRecalque #ElaMeAma 

_ Como você é ridicula, affe Dalila. -disse passando a mão na barriga onde tinha sentido Arthur se mexer.-
_ Aí deixa eu ver de novo, tira essa mão daí.. -foi o momento dela brincar com a minha barriga, e assim passou o horário da visita... E a noite, seguindo assim os dias de internação.


  Luan me mandava mensagem de minuto em minuto pra perguntar como eu estava, mas só isso também. O clima ainda estava chatinho entre nós... Infelizmente, porque estou com tanta saudade.
 Meus pais ligaram preocupados, mas os tranquilizei dizendo que foi só um susto, um alarme falso e omiti toda briga. Eu estava melhor, pronta pra voltar pra casa já.


@fermarques: Depois de uma semaninha é hora de ir pra casa e ficar de repouso. Será que eu aguento?

   Sogrão que me deu uma carona até minha casa, cheguei era pouco mais que meio dia e assim, estava cansada, mas não cansada de querer dormir, cansada de ficar naquele quarto de hospital. "Quarto grande e aconchegante, vale lembrar." Então ao chegar subi para tomar um banho relaxante na banheira, e depois de algumas horas estava relaxada, limpa. Saí da água e fui me vestir, quando havia terminado peguei o celular e desci.

_ Estava quase subindo. -Mari disse visivelmente preocupada.- Está tudo bem, querida? Fiz uma comidinha, você precisa comer.
_ Tá sim, só queria tirar o cheiro de hospital. -risos.- Você veio pulguinha? -Puff estava todo largado no sofá e Melissa do lado.- Oi filha.
_ Oi mamãe. -disse sem nem olhar pra mim, culpa da Peppa, esse bicho feio.-
_ Ôh sogra... E a sobremesa?
_ Uma maçã.
_ E não revira os olhos hein (risos).


(...)

@fermarques: Minha visita de hoje, uma delas né? rs #PulguinhaMinha #Puff

  Dalila veio com os meninos e passaria a noite aqui comigo e seria uma noite normal, eu acho. Era o mínimo que eu esperava. O que eu não esperava era que Luan chegasse e foi o que aconteceu. Ele chegou nos cumprimentou, sentou-se e conversamos como se nada tivesse acontecido, mas nos conhecíamos tanto a ponto de saber que quando estivéssemos a sós iriamos ter uma conversa.



Narrado por Luan
  Pensei que Fernanda estaria sozinha a hora em que eu chegasse, mas não, sua amiga estava lá e eu sabia que não teríamos nossa conversa hoje. Olha, eu preciso me desculpar. Sei que errei e muita gente me falou isso, inclusive pessoas muito ligadas a mim (mãe, pai, irmã, secretário, assessora...).
  Depois de algumas horas, vencida pelo cansaço Fernanda dormiu e eu estava longe de fazer o mesmo, e me parece que sua amiga também.

_ Agora sim podemos conversar, né? -dizia chegando na cozinha com Pedro em seu colo.- Quando eu soube que a Nanda estava internada eu tive um surto, aí quando eu soube que ela foi parar lá por nervoso e depois de uma "briga" de vocês... A minha vontade foi te socar! -arregalei os olhos e ela nem se importou.- Qual o seu problema afinal?
_ Não tenho problema nenhum.
_ Não é o que parece. Você conhece a Nanda vai fazer seis anos, você pegou a fase dela curtir a solteirisse e pôde acompanhar a fase compromisso, namoro e agora noivado... 
_ Diz isso porque não viu... E se fosse você vendo o gringo beijando alguém ou alguém beijando ele?
_ Com certeza iria quebrar o pau, chutar o pau da barraca.
_ Nossa quanto pau em uma mesma frase. -falei divertido e ela riu me mostrando o dedo do meio.-
_ Mas, eu não diria nunca que fui burro em acreditar nele..  Ou melhor, me sentiria péssima se ele dissesse isso pra mim. Poxa Luan, você não ajuda cara!
_ Eu sou assim...
_ Ah, não é não! Não mesmo... Tanto amor pra cantar nas músicas, então deveria usar esse amor pra não sair machucando as pessoas que te amam com palavras. -disse séria.- 
_ Mas, não foi na intenção... Eu apenas disse.
_ Hm... E como se sentiria se fosse te falando esse caminhão de coisas?
_ Coisa que ela já fez e não foi só uma vez.
_ Um relacionamento pra ser levado tem que deixar o orgulho de lado e ter a humildade de pedir desculpas quantas vezes por necessário. Sabendo que isso vai fazer bem ao casal!
_ Loira, não complica! Já escutei muito essa semana, sei que fiz merda e das grandes... -suspirei.- E nem sei como começar me desculpar...
_ Mas eu sei. -falou sorrindo e aquilo me interessou, peguei uma cadeira e me sentei pegando Pedrinho no colo e deixando ela contar tudo o que tinha em mente.- Entendeu?
_ Mas, não acha que ela vai me xingar não?
_ Ela não precisa saber agora, quando chegar lá tudo se resolve... Vai por mim.
_ Cê tá é maluca, prefiro conversar bonitinho, pedir desculpas e fazer as pazes sem muitas surpresas... 
_ Você que sabe, mas já fico muito feliz que esteja tentando voltar as boas com a minha amiga. Porque eu e você sabemos que ela não merece ser pisada, nem maltrada, muito menos ofendida por homem nenhum e mais... Quero que saiba que mesmo gostando muito de você, se você fizer minha amiga ficar mal outra vez eu serei a primeira a enfiar a mão na sua cara, ela gostando ou não. Então não vacila!
_ O que você não tem de tamanho, tem de folgada. -baguncei seu cabelo.-
_ Estou falando sério, então para de fugir do assunto. Agora vou dormir, tchau!
_ Eu e o Pedrinho vamos ficar aqui, né rapaiz? -ele franziu a testa fazendo bico quando viu Dalila "saindo" da cozinha.- É brincadeira, a mamãe não vai te deixar aqui não.
_ Não mesmo, ela tá caindo de sono. Vem filho! -o pegou e subiu depois de me desejar uma boa noite. Noite essa que passei boa parte pensando, imaginando, sendo o mais calculista possível e pude pegar no sono muito tempo depois.















~.~

  Sobre o susto? Bem tenso, mas tudo acabou bem? Parece que sim não é mesmo?

                                [...]

   Obrigada por terem chegado até aqui, comentando, criticando, opinando e elogiando. Isso é muito importante é o que movimenta a fanfic! Quero agradecer em especial duas leitoras que deram ideias ótimas para esses dois últimos capítulos. Dona Eduarda e a Giovanna, minha Dudinha e minha Vii. Ficou muito bom, gostei muito! E vocês mais ainda!
 Continuem assim, porque vocês sempre me ajudam a aprimorar, não só uma como todas vocês. Obrigada mesmo, um beijo e em breve o próximo capítulo.
  Beijão ❤