{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Capítulo 185

Narrado por Luan
  Fernanda levantou pra atender o celular e deixou Arthur comigo, fiquei olhando de curioso e tentando saber com quem ela falava e o que estava sendo dito. Mas, não consegui escutar porque ela se afastou um pouco mais talvez até mesmo por causa do barulho da nossa conversa e risadas... E também minha mãe estava falando do Arthur e acabei me perdendo mais ainda no assunto.


_ Pi, tá na lua?
_ Não, eu... -fui me levantando.- Segura ele aqui rapidinho.
_ Onde você vai?
_ Falar com a Nanda.
_ Mas, ela tá no celular... 
_ Por isso mesmo. -ninguém entendeu nada. Estava quase chegando nela quando notei que estava chorando, desligou o telefonema e saiu correndo passando por mim como um furacão e foi na direção da cozinha. Fui atrás, estava assustado e queria saber o que estava acontecendo.- Amor? -assim que entrei na cozinha levei um susto com ela se agarrando em mim e chorando, mas de soluçar mesmo, se segurava na minha blusa e chorava ainda mais.- Nanda, fala comigo...
_ Isso não podia ter acontecido -respirava fundo ainda com o rosto em meu peito.- Não podia...
_ O que aconteceu, Fernanda?
_ Minha avó, Luan... -chorava ainda mais.- Estava no hospital e...
_ Calma amor, eu sei que ela vai fazer a cirurgia para a retirada do tumor e vai ficar bem. -falei sorrindo e ela não parava de chorar.- Amor?
_ Ele fez a cirurgia na madrugada e estava indo tudo bem... Mas, põe causa da idade ela teve três paradas e não resistiu. A minha vó, a minha vozinha morreu... Ela não vai mais voltar daquele hospital. -lhe abracei forte e ela chorando sem parar me deixando desnorteado, eu não sabia o que fazer. Fiquei alisando suas costas e mexendo em seus cabelos até ela por pra fora sua tristeza, parte do que estava sentindo naquele momento.


  Eu sabia como era perder alguém que se ama muito por causa de um câncer, foi assim com os meus avós também e eu pareço estar revivendo toda aquela angústia. Fernanda estava muito vulnerável, aquela mulher sorridente que encontrei quando ela chegou não existe mais. Deu lugar a um rosto vermelho e úmido por causa das lágrimas... Não sei quanto tempo ficamos ali naquela cozinha, mas foi o tempo suficiente para que ela se acalmasse um pouco e se desfizesse do meu abraço para ir ao banheiro lavar o rosto. Respeitei que ela queria um momento sozinha e voltei pra sala. Todos olhavam querendo perguntar o que tinha  acontecido, mas ninguém abriu a boca.

_ A dona Olga, mãe do meu sogro... Ela... Faleceu. -quando eu disse isso todos ficaram de boca aberta, Melissa estava sentada bem no meio da sala e olhou confusa.-
_ Que tem a bisa, papai?
_ Depois o papai conversa com você, pode ser? -ela assentiu.- Continua aí brincando com a Laura. 
_ Como ela está filho?
_ Muito mal, nunca vi a Fernanda assim e olha que ela acabou de receber a notícia.
_ Aí tadinha da minha cunhada, sério... Ela deve estar péssima.
_ Pode ter certeza que sim... -uns dez minutos depois mesmo com o clima pesado pela notícia o pessoal começou a conversar de novo, ela saiu do banheiro e estava com o nariz vermelho e o rosto um pouco inchado. Sentou no meu colo e deitou a cabeça em meu ombro, abracei sua cintura.-  Tá melhor?
_ Não. Quero ir embora... Mas, não vou conseguir dirigir assim... -sua voz estava começando a falhar e não demorou para que eu sentisse suas lágrimas voltarem a cair em meu ombro.-
_ Ôh princesa, não fica assim...
_ Só me leva pra casa, não fala nada... -assenti e ela se levantou e saiu sem falar tchau, sem pegar nada.-
_ Deixa as crianças aqui, filho... Ela precisa de um tempo sozinha, não acha?
_ O Arthur só tem um mês, precisa da mãe dele.
_ Papai, cê vai embora? Leva eu tamém... 
_ Papai vai deixar a mamãe e o Arthur em casa e depois, amanhã eu vou buscar você.
_ Mas, eu quero ir hoje.
_ O vovô vai te levar pra casa e vai levar a Laura também. -meu pai disse e ela já quis chorar fazendo manha.-
_ Vou levar as bolsas pro carro, traz ele pra mim Xumba... -assim minha mãe fez.- Ê Testa, bora que eu te dou uma carona.
_ Vou aproveitar então, boi. Falou aí pessoal, até o próximo rango hein. -risos.-


  Ele entrou no carro e fomos nós dois tentando puxar assunto, mas Fernanda estava bem longe e muito aérea, sabíamos que ela estava chorando e não fazia o menor esforço para enxugar suas lágrimas. Fomos deixar Rober em casa e depois seguimos para a casa dela, assim que entramos encontramos Lucila na sala com Heitor e alguns brinquedos. Ela olhou para Fernanda que não pensou duas vezes antes de lhe dar um abraço. E choraram juntas... Arthur dormia, então subi com ele e as bolsas para o quarto. O deixei no berço e desci.

_ Querida, sua avó agora está bem... Não sente mais dores. Ela está descansando...
_ E precisa descansar assim, tão longe de mim? Luci... Ela não podia ter feito isso comigo, ter me deixado assim... -escutei as duas conversarem.- Eu não acredito, não quero acreditar... Quero abrir os olhos e levar um susto por ter tido um pesadelo. -Lucila lhe olhou e abaixou a cabeça.- E minha mãe, cadê?
_ Está com o seu pai, foi pra lá assim que recebeu a notícia... Pouco tempo depois que saiu daqui...
_ E ninguém me avisou? Eu tinha o direito de saber, tinha o direito de me despedir. -falou se afastando e subindo as escadas correndo, me lembrou Melissa quando fazia birra. "Seu idiota, isso é sério."-
_ Ela vai ficar bem... -olhei pro lado e Lucila voltou a dizer.- Não fica assim, ela vai ficar bem. -sorriu fraco e voltou a olhar Heitor.


  Subi os degraus devagar, estava sem coragem de ir até o quarto dela e não saber o que dizer. Mas, ela precisava de mim. Preciso de um colo pra desabafar.
  Abri a porta e ela estava abraçada ao travesseiro aos prantos, não disse nada. Apenas me aproximei e coloquei sua cabeça em meu colo, fiquei alisando seus cabelos e ela ficou em silêncio. Pensei que estivesse dormindo, mas quando olhei seu rosto ela estava quieta, pensativa. Sentou-se na cama e ficou encarando a sacada do quarto.


_ Tá tudo bem?
_ Eu preciso vê-la. -se colocou de pé.-
_ Fernanda, eu não acho que seja bom, que...
_ Luan, eu irei... E se você não for comigo eu vou sozinha. Mas, eu vou. -se levantou decidida, calçou uma sapatilha que eu nem sabia que estava perto da cama e saiu do quarto. Estava indo atrás dela que descia as escadas e quando chegamos na sala a porta se abriu e foi a hora que eu fiquei tenso, de verdade.- Por que não me disse? -minha sogra olhou assustada, seus olhos claros se fixaram no olhar da Nanda.- Por que? Eu tinha o direito de me despedir e vocês me privaram disso. -dizia chorando.-
_ Seu pai me ligou pouco antes de você sair para a casa da Bruna, sua avó tinha acabado de sair da cirurgia. Mas, mesmo retirando o tumor ela não estava bem... Estava com complicações para respirar e teve a primeira parada. -dizia "tranquila".- Eu não queria te preocupar antes da hora, por isso esperei que você saísse e pedi pra Luci ficar com o Heitor. Quando cheguei no hospital nada mais podia ser feito e sua avó havia partido... Eu sinto muito filha...
_ NÃO! -gritou.- POR QUÊ ELA? -Hugo foi em sua direção lhe abraçando forte.- Pai... A minha avó, pai... Não! -foi ficando mole e caiu de joelhos. Eu estava arrasado de ver minha noiva assim, nunca encontrei Fernanda nesse estado de total desespero.-
_ Você precisa se acalmar... -beijou sua testa.- Sua avó não gostaria de te ver assim, pelo contrário, gostaria que estivesse sorrindo... Como sempre foi. 
_ Eu queria tanto ela aqui comigo... Tanto. -falou um pouco mais baixo, visivelmente mais calma.- Eu só queria que ela fizesse parte do momento mais feliz da minha vida... Como vai ser sem ela?
_ Ela vai estar, no seu coração sempre.
_ Pai...
_ Chora... Alivia muito... -eles ficaram ali e eu continuei no meu canto, não sabia e nem tinha o que fazer. Fui até a cozinha e tomei água, minha sogra entrou ali e se sentou.-
_ Eles dois eram muito apegados à ela. -comentou.- Eles e meu sogro... Mas, por mais triste que ele esteja... Não chorou. Quando soube da notícia pediu para se despedir sozinho, plantou um beijo em sua testa, fechou seus olhos e saiu da sala sem dizer nada... O que me doeu foi ver meu marido, um homem forte e corajoso se desesperar emocionalmente e não fazer nada simplesmente porque não podia. Luan... Minha sogra era o ponto seguro da família, levava tudo na tranquilidade da arte... Como ela vai fazer falta.
_ Ôh sogra eu fico até sem jeito... É muito triste, não é?
_ Não é tristeza, é mais saudades. Eu entendo que ela aqui fará falta, mas seria egoísta demais rezar pedindo para que ela ficasse e continuasse com a doença que havia comprometido outros órgãos. -suspirou.- O que me conforta é saber que onde quer que ela esteja, minha sogra está bem. -e sorriu passando uma calma que eu no meu estado máximo de paz não conseguiria.- E um dia, eles também entenderão isso.


  O que ela disse fazia sentido, tinha razão e sabedoria. Tomamos um cafézinho juntos acompanhando um pão com manteiga que estava uma delícia. Depois fomos para a sala e encontramos Fernanda dormindo no sofá, Hugo havia subido levando Heitor e Lucila estava pegando suas coisas para ir embora.

_ Eu já vou indo que está tarde, mas..  Qualquer coisa me liguem viu.
_ Bora Luci, deixa que eu te levo. -falei pegando a chave do carro da Nanda e indo.- Só me ensina o caminho que eu não sei. -ri e ela foi me guiando. Não demoramos à chegar, ela agradeceu, se despediu e desceu do carro.


  No caminho de volta passei numa padaria e comprei algumas coisas pra Nanda. Fui assediado, mas nada que causasse tumulto.
  Quando cheguei e estacionei ela apareceu na janela e logo fechou a cortina.


_ Pensei que você ia dormir mais. -falei fechando a porta.-
_ Sonhei com ela. -suspirou.- Não quero mais dormir. -vi que estava com os cabelos molhados, pijama e meias.-
_ Já comeu?
_ Não estou com fome.
_ Ah não hein...
_ Eu não estou com fome, não adianta...
_ Amor, você não pode parar sua vida. -ela me olhou e continuou quieta.- Eu sei que é sua avó, que ela foi e sempre será muito querida... Mas, você não pode simplesmente parar sua vida.
_ Muito fácil falar quando não é você que está sentindo. Acha que eu queria estar mal assim? Acha que eu escolhi, não é? Daqui a pouco vai dizer que é frescura minha...
_ Não estou dizendo isso. Todos nós estamos tristes. Mas, o Arthur... Ele precisa de você, ele depende de você... Pra tudo, principalmente pra comer.
_ Eu sei mais...
_ Mas, nada. Tenho certeza que ele não mamou desde a hora que chegamos.
_ Luan! Não chama minha atenção assim como se eu fosse uma criança...
_ Eu respeito sua dor, mas você também tem que entender que... Eu não quero ser chato, mas me preocupa te ver assim... -falei sentando no sofá.-
_ Desculpa eu ser grossa, eu só estou sem saber o que fazer... Vai ser difícil seguir...
_ Você não está sozinha. -beijei o topo de sua cabeça e ela se aninhou em meus braços.- Trouxe uma coisa que você gosta.
_ O que?
_ Croissant... Pão de queijo... E torta de limão.
_ Você sabe que eu não posso comer esse monte de coisas.
_ Hoje pode. -sorri e ela riu.- Viu, você fica bem mais linda assim... -ri.-
_ E você fica ainda mais bonito tentando me fazer sorrir. Eu te amo. -selinho.-


  Consegui fazer com que ela comesse, depois ela amamentou e depois os dois dormiram. Ainda estava cedo pra mim, me sentei na sacada e fiquei em silêncio observando a lua enquanto imaginava como seriam os dias que viriam, como seria quando o amanhã chegasse.
  Não sou tão forte quanto pensam, tenho meu limite. E confesse que desde quando soube da doença da dona Olga fiquei pensativo, lembrei muito dos meus avós. Sinto à falta deles e não tem um único dia que não me lembre dos momentos juntos, da minha infância.




Narrado por Fernanda
  Nem sei como consegui dormir. Na verdade, não sei como não consegui dormir mais porque estava quebrada e por causa do meu choro estava com a cabeça doendo muito. E pior, não podia tomar nenhum remédio sem prescrição médica por estar amamentando. 
  Levantei com muita dor mesmo, tomei um banho, coloquei um shorts e top e voltei pra cama. Arthur e Luan ainda dormiam, os dois tão lindinhos, estavam do mesmo jeitinho. Até tirei uma foto...


nandagurgell: Bom dia.


  Continuei mexendo no celular e no twitter estava cheia de notificações quando fui ver, entre o fandom a maioria sabia da minha perda e aquilo me doeu. Nunca pensei que teria minha vida exposta assim. Guardei o celular e junto forças mentais para ir até a cozinha tomar café até porque minha dor de cabeça poderia ser fome, também.

_ Acordou, filha? -minha mãe perguntou um tanto surpresa enquanto dava frutas pro meu irmão.- Pensei que dormiria mais.
_ Também, mas a cama me expulsou bem cedo. Bom dia.
_ Bom dia, querida. -voltou ao que fazia e eu me sentei à mesa e peguei uma coisinha ou outra para comer e depois de completar com um copo de suco de laranja me senti estufada, sinal de que estava com o estômago cheio.-
_ E meu pai, cadê?
_ Dormindo.
_ E como ficou as coisas? Cadê meu avô?
_ O corpo ainda não foi liberado, iriam liberar agora no horário da tarde... Seu tio Antenor que ficou de ver isso pra gente. E ligaria.
_ Ainda não sabe como ficarão as coisas não é?
_ Não... Nem pensamos em bens e nada. Nem mesmo na despedida.
_ Minha avó odiava tristeza, uma vez me disse que em seu velório queria que fizesse uma festa. -risos.- Dona Olga, minha eterna professora de ballet.
_ E que professora viu... 
_ Acho que tem alguém com  fome por aqui...
_ Hm... Será que esse pequeno, é? -ele mesmo sem perceber colocava a língua pra fora.- Delicia. -"mordi" sua bochecha e fui alimentá-lo.- 
_ Tira o peito mesmo e não tá nem aí.
_ Estou em casa... Não tem nenhum estranho aqui... -Luan olhou torto e eu ri.- Sem ciúmes amor, sem ciúmes.
_ Besta. -beijou o rosto da minha mãe.- Vou tomar um banho e desço.


(...)

  O velório teve início no começo da noite, o corpo ficaria ali a madrugada toda e seria enterrado ao meio dia. Não me deixaram ir de noite para o cemitério, fiquei em casa com Luan, Heitor, Arthur, Melissa, Laura e a Bruna.

_ Porque eu não posso ficar lá? 
_ Se você for o Arthur também tem que ir e ele é muito novinho pra passar a noite toda no cemitério.
_ Lá nem se parece com um cemitério, Luan.
_ A resposta é não.


  Revirei os olhos e continuei sentada vendo minhas fotos, olhando e olhando mais um pouco até que encontrei uma foto que tiramos quando eu fui pela última vez à chácara.


@fermarques: Sei que Deus te receberá de braços abertos e em grande festa! Eu sempre vou te amar viu, e nunca vou me esquecer de você. Descanse em paz, minha bailarina.


  Foi o melhor que cheguei de uma legenda depois de ter digitado e apagado inúmeras vezes.

_ Larga disso, não quero te ver mal.
_ Eu só estava...
_ Shii... Vamos dormir, vem.


   Subimos e dormimos abraçados. Na manhã seguinte acordei com Luan me chamando, ainda estava bem cedo. Levantei ainda sonolenta, tomei um banho e fui me vestir. Eu estava de luto, mas não me vesti de preto por isso. Na verdade, coloquei uma cor que  minha avó sempre gostou... Lilás.
  Acordei o bebê para amamentar e depois ainda tirei leite e deixei em uma mamadeirinha e descemos. Bruna ficaria com as crianças e Luan foi comigo.


_ Se quiser sair me fala, tá? -beijou minha mão e descemos do carro. Esperei ele dar a volta e entramos de mãos dadas, tinha bastante gente, alguns amigos da vovó que a conheceram no tempo em que ela estava no auge (ela foi uma bailarina conhecida por algum tempo). Cumprimentei-os e fui me aproximando do caixão. Toquei seu rosto e senti sua pele gelada, os olhos fechados, parecia estar dormindo... E de fato estava, dormindo para sempre.- 
_ Não precisa ficar aqui se quiser amor... -falei sabendo que ele não se sentia confortável estando perto de caixões.-
_ Tô tranquilo...


  Fiquei ali acho que a manhã toda vendo pessoas indo e vindo, e aproveitei um momento em que ficamos sozinhas e lhe disse algumas palavras... Depois disso não passou muito tempo e foi a hora de virem fechar o caixão, eu não quis ficar pra ver. Saí da capela e fiquei do lado de fora abraçada ao Luan. Vi o caixão ser levado para o carro e fomos acompanhar, levei algumas flores, na verdade as que ela mais gostosa também e segui o caminho todo abraçada ao meu avô que estava bem. Só levei as flores e esperei que o corpo descesse, só que não esperei que a enchessem de terra. Saí antes disso e fui direto para o carro sem me despedir.
  Esperei alguns minutos e Luan chegou acompanhado do meu avô, logo se acomodaram e fomos pra casa sem dizer nada. Cheguei e tirei os sapatos ainda do lado de fora já que diziam que não prestava entrar com terra de cemitério de dentro de casa. Passei pela sala e cozinha, deixei meu sapato na lavanderia e voltei pra dentro, subi pro meu quarto e fui tomar um banho. Entrei de cabeça e fechei os olhos deixando a água cair.

_ Pensei que poderia economizar água. -abri os olhos e sorri sem muita vontade.- Mas, se quiser ainda posso sair.
_ Não! Fica aqui... -o puxei para debaixo da água e sua cueca ficou completamente transparente.-
_ Tá atiradinha hein amor.
_ Tô carente... -o abracei e suas mãos for parar mas minhas costas.- E sei que por culpa minha... Você está em casa três dias e eu mal te dei atenção.
_ Besteira isso amor. Tô amando ficar pertinho de você. -selou meus lábios.- Não se preocupe com isso não. 
_ Você não existe, sabia?
_ Existo sim (selinho) e sou todo seu. -nos beijamos gostoso, mas sem ousadia, tinha carinho naquele beijo, tinha amor e muita saudade. Nosso beijo mais decente em muito tempo, foi bom demais.


  Tomamos um bom banho juntos, e saímos quase enrolados com a mesma toalha e eu rindo das gracinhas dele. Fomos pro closet onde nos trocamos e fui me deitar, estava cansada e querendo muito descansar.

_ Nem fui ver o Arthur... -comentei assim que ele voltou pro quarto.-
_ Tá com o seu avô, a Bruna disse que ele tomou leite agorinha e que foi difícil ele pegar a mamadeira.
_ Aí tadinho. E se ele ficou com fome, amor?
_ Ficou não, ela ainda amamenta... Esqueceu?
_ Não. -ri.- Então posso dormir um pouquinho, né?
_ Não vai nem comer?
_ Estou sem fome, não desce nada... -falei mordendo o lábio e ele assentiu. Tirou os chinelos e subiu na cama para se deitar ao meu lado, me aninhei nele e fiquei recebendo um carinho gostoso na cabeça até pegar no sono. Era tudo o que eu mais queria, talvez na tentativa de esquecer o que houve e apagar da minha memória esses últimos três dias nem que seja por alguns instantes.




















~.~

  Dona Olga nos deixou, de uma maneira muito triste (eu sei). Até chorei escrevendo esse capítulo, sério mesmo... Mas, foi inevitável. Agora vamos deixar que as coisas aos poucos vão se ajeitando e o clima vai mudando, fica a saudade e a tristeza vai indo embora.
  Até o próximo, né? Beijão.

21 comentários:

  1. Nossa que capitulo triste. :(
    Fiquei com o coração na mão, que dó da Nandinha.
    Sera que ja contarão pra Mel? Ela era tão apegada com a bisa dela
    Continua bjoos

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    1. Triste mesmo, um dos mais tristes da fanfic. Ainda não, mas uma hora ela ficará sabendo. E aí, como vai ser?
      Continuo sim, beijos. E faca uma boa leitura.

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  2. Apenas sem palavras para falar sobre o capítulo.. Continua Giih #Luto #BailarinaOlga #MelhorVó 😞😭😭

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  3. Juro que tentei pensar num comentário descente pra te da, mas ñ consigo, desculpa Nana.
    Esse assunto ainda mexe comigo não sei se você sabe, mas enfim. Chorei pra caramba aqui, culpa sua vou dormir com travesseiro molhado, sei que agora está muito difícil pra eles e que nada fará a dor da perda sumir... o que importa é que a Nanda não está sozinha, com o Luan a ajudando tudo ficará mais fácil.
    Dói menos quando se tem alguem ao seu lado.
    Bjs Amr e cont logo

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    1. Ôh Dudinha, chora não mulher. Você comentou por alto e eu imaginei como você deve ter ficado. E realmente ter alguém por perto em um momento como esse é fundamental. Beijo, e pode deixar que a história continua e boa leitura hein.

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  4. Nossa que capítulo triste ,que do da Fernanda era tão apegada a essa avó lindo o luan do lado dela do força.continuaaaa logo

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    1. Triste mesmo, né Roberta??
      Mas, ela irá superar! Continuo sim, boa leitura no próximo.

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  5. Estou literalmente sem palavras...... quero um namorado desse pra mim cont...
    Bjs
    Ariane pinheiro
    To triste

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    1. Queremos um namorado desse, um noivo melhor que esse e um marido que nem se compare aos dois rs.
      Continuo sim, boa leitura e nada de ficar triste.

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  6. Dona Olga :(
    Infelizmente isso é inevitável,Luan todo fofo como sempre.E tenho certeza que ele vai ajudar ela a passar por todo esse período ruim !
    E que Dona Olga possa ser lembrada com muita alegria por tudo que ela fez .

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    1. Luan soube estar ao lado dela em cada segundo enquanto pode e eu achei isso lindo demais.
      E ela será lembrada pode ter certeza, Té. Boa leitura no próximo!

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  7. To sem palavras só digo que estou chorando muito

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    1. Aí Bibi, também chorei escrevendo. Mas, a tristeza vai passar. E boa leitura no próximo.

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  8. Aí genteeee perder familiar é muito triste. ..e vó...azul anos que perdi a minha mais parece uma ferida que não cicatriza. ..e difícil. ..muito difícil. ..Mais é a vida...
    Continua

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    1. Realmente é muito difícil lidar com a perda, eu sei e com a Nanda não tem sido muito diferente. Continuo sim, boa leitura inclusive.

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  9. Começa a postar direitinho, depois desanda e some....

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    1. Não foi desandar, eu tive compromissos e não pude terminar o capítulo antes e deixei avisado isso. Mas, não sumu não. Próximo capítulo está programado já! Boa leitura.

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