Capítulo 186

 PARA TUDO! 

 Antes do capítulo quero uma pausa para de falar de uma pessoa que apesar de folgada, abusada, mandona e extremamente doida, mas que eu amo muito e "hoje" (porque seu niver foi dia 14) ela completa mais um ano de vida. Não vou dizer que lhe conheço há muito tempo, porque seria mentira, porém conheço o suficiente para que possamos ter intimidade e chegar junto na zoeira... 16 anos? Já pode se considerar uma velha, idosa, caduca, enquanto EU continuo linda e bela. Enfim, meus parabéns! Que Deus abençoe muito sua vida, que abençoe suas novas conquistas, seus passos. Que você venha crescer ainda mais como pessoa, tendo sabedoria, tendo juízo, tendo animo, tendo amizades, tendo os melhores momentos. Tacy, te amo muito. Espero que tenha curtido demais o seu dia e que receba esse meu presente de coração, pois foi com ele que eu o escrevi. Feliz aniversário, beijos e mais beijos.

  Agora, vamos para o capítulo. Um boa leitura à todas!

(...)

Narrado por Luan

  Na manhã seguinte acordei com um furacão invadindo o quarto e ele atendia pelo nome de Melissa que queria ver a mamãe. Levantei e fui com ela lavar o rosto, escovar os dentes e prender os fios rebeldes.

_ Papai, tava todo mundo de preto ontem... -ela conversava comigo enquanto eu trocava sua roupa, ela já sabia as cores.- E chorando... Até minha vó Ana e ela nunca chora.

_ Meu amor...

_ O que aconteceu, papai? E por que só meu biso tá aqui? Ele brigou com a bisa?

_ Sua bisa, agora... Ela... Mora em outro lugar.

_ E por que ela foi sozinha? Ela nem deu tchau, papai...

_ Ela não teve tempo de se despedir... O papai do céu a levou antes disso, é lá que ela mora agora...

_ No céu? Mas, uma vez a vovó Mari disse que só morava no céu quem morria... 

_ Meu anjo... -falei triste e ela me olhou com os olhinhos claros e pequenos marejados.-

_ Não pode ser papai, ela ia no médico pra ficar boa logo o meu vô disse.

_ Você se lembra que ela estava dodói?

_ Mas, eu tamém fiquei e tô boa... Papai, chama ela pra eu conversar com ela...

_ Filha, ela não vai mais voltar. -falei lhe segurando no colo.-

_ Nunca mais? 

_ Nunca mais minha pequena. -ela me abraçou e ficou quietinha.- 

_ Mas, ela me prometeu papai...

_ Prometeu o que filha?

_ Que ia me ver dançando no ballet. Papai, eu nem dei tchau pra ela...

_ Princesa...

_ Papai ela não pode ir embora assim... -começou chorar triste, fiquei com ela no colo um bom tempo. Até que ela parasse se chorar, se acalmasse.- Traz ela papai... -dizia entre os soluços de seu choro.- Diz que sim, papai...

_ Princesa, não é assim as coisas... Deus levou ela para morar com ele.

_ Mais e eu? Meu vô, a mamãe... Vamos fica sem a bisa? Não é certo papai... E quando eu sentir saudade?

_ Aí você vai lembrar das coisas que fizeram juntas.

_ Igual quando ela me levou na cachoeira?

_ É. E da vez que vocês fizeram piquenique no quintal... -fui relembrando com ela e em poucos minutos sem choro havia cessado e ela ria das brincadeiras.- Foi engraçado, não foi?

_ Foi. Minha barriga doeu de rir aquele dia. A tia Betinha ficou muito braba...

_ Depois ela deu risada, lembra? 

_ É mesmo. -riu mais ainda.-

_ Vamos comer?

_ Bolacha?

_ Que bolacha o que formiguinha. -ri.- 

_ Formigona papai, que eu gosto muito de doce. -falou saindo do meu colo e pondo a pantufa.-

_ Tô vendo mesmo, bora lá... -estávamos saindo quarto quando ela viu o seu Oscar e não pensou duas vezes antes de pular no colo dele.- Melissa. -a repreendi.-

_ Deixa minha pequena, não briga com ela não. -beijou sua testa.- Como você tá?

_ Tô bem biso e você?

_ Eu também, e feliz que ganhei esse abraço bem gostoso.

_ Que mais um?

  Melissa não conseguia ficar quieta não e por um lado isso era bom que o seu Oscar não ia ter tempo pra ficar chateado, a Mê iria ocupar todo e qualquer vazio com as suas inúmeras perguntas e comentários.

  Os acompanhei até a cozinha, tomamos café e ao invés de despertar foi me dando mais sono, subi outra vez e depois de dar uma passada no quarto do Arthurzinho eu fui dormir com a minha Morena linda.

Narrado por Fernanda

{...} Uma semana mais tarde {...}

  Vão os dias e tenho a impressão de que nada muda. Minha ficha ainda não caiu, de verdade. Eu iria sentir mesmo quando fosse para a chácara, se é que um dia conseguirei voltar ao lugar em que mais tenho lembranças nossas. Não é que seja ruim, é que é tudo tão recente... Que ao mesmo tempo que gostaria de ir e sentir seu cheiro, ver suas coisinhas; não quero ter que reviver tudo isso e saber que não vão se repetir nadinha. Por isso eu não sabia bem o que faria, por enquanto eu colocava um sorriso (falso) no rosto e continuava com a minha vida. Até porque meu filho dependia de mim e só de mim.

_ Bom dia, vô. -ele era o primeiro a acordar naquela casa, pontualmente às 6h da manhã junto com um mocinho que acordava esse horário para comer.-

_ Bom dia, Fefê. -beijou meu rosto e brincou com Arthur.- Me diz como é acordar às seis... -riu.-

_ Acabo acostumando. Até porque quando dou sorte ele volta a dormir. -risos.-

_ Não tenho tanta certeza disso não. Né rapazinho.

_ Eu tenho vô, é o que eu mais tenho. -ri.-

  Na cozinha enquanto amamentava ia tomando café tentando fazer o mínimo barulho, porque senão ele tentava acompanhar. Depois de estarmos satisfeitos meu vô pediu para o colocar pra arrotar e eu aproveitei pra tirar as coisas da bancada e deixar as coisas em ordem que dali a pouco a Martinha chegaria.

  Acabei deitando no sofá pra assistir um pouco de TV, coisa que eu raramente fazia e depois que tive Arthur fazia menos ainda. Mas, dormi poucos minutos depois.

(...)

_ Em Nova Iorque, mãe?

_ É querida, seu avô vai ficar fazendo o que naquela chácara sozinho? E seu pai também insistiu muito para que ele fosse.

_ E quando?

_ Amanhã à tarde. -continuou o que fazia.-

_ E você nem me fala? Quero ir também...

_ Com o Arthur neném assim?

_ É mãe, tô precisando viajar né...

_ Mas, e o Luan?

_ Não volta essa semana nem a outra.

_ Melissa?

_ Escola, né mãe... 

_ Vou pedir pro seu pai comprar sua passagem para o mesmo vôo que o nosso.

_ Obrigadinha, mãe.

  Terminei de trocar o bonitão e fui pro meu quarto, não passou cinco minutos e uma loira maluca entrou no meu quarto. A madrinha do meu filho. Ela já entrou no quarto chorando e quando me abraçou eu que estava "sendo forte" desabei com ela ali, nem falamos nada.

_ Fê, me desculpa de verdade... Eu não estava no Brasil, e sempre na correria e quando consegui falar com a minha mãe que ela me contou eu não acreditei. Logo a tia Olga...

_ Nem me fale, a última vez que chorei tanto assim foi quando eu e Luan nos separamos e isso faz um bom tempo.

_ Que você ficou numa fossa horrível e fingia que estava tudo bem.

_ Mas, agora estamos muito bem.

_ Tão bem que meu afilhadinho está com um mês já.

_ Madrinha desnaturada essa sua, meu filho.

_ Por que?

_ Estava nos States e não trouxe presente?

_ Esqueci na minha casa meu amor, cara de pau. -risos.- Vim correndo te ver ôh bruxa. Como você está? Mas, de verdade...

_ Péssima, preciso viajar...

_ Viajar? Pra onde? Guarujá?

_ Não. Vou pra New York...

_ Por quanto tempo?

_ Não sei... Uma semana talvez, ou mais... Não tenho nada me prendendo aqui e vai me fazer bem.

_ Pra você sim, mas e pro Arthur se acostumar com outro clima assim... do nada.

_ Ele acostuma. -sorri.- Aqui tudo me lembra minha vó, minhas fotos pequenas, meus vídeos do ballet, presentes... roupas. Aí, tudo! -me joguei na cama e ela fez o mesmo, nos abraçamos.-

_ Vai passar amiga, vai passar...

_ Eu sei que sim. -fechei os olhos para não chorar e ganhei um beijo no rosto.-

_ Vim passar o dia com vocês, fazer meu papel de amiga. -abri os olhos e virei a cabeça encarando ela que sorria.- Vamos começar indo dar uma volta.

_ Onde?

_ Esse condomínio é enorme... Tem playground, tem quadra de tênis, voleibol e tem quiosque que vende um açaí maravilhoso... Ou se preferir, podemos ir no shopping.

_ Amo açaí. -falei rindo com preguiça de ter que me trocar pra andar no shopping.- Tá boa minha roupa, né?

  Dalila era muito insistente em tudo, e ficou me apressando até eu levantar e calçar os chinelos para irmos dar uma volta. Ainda arrumou Arthur pra mim, pegou carrinho e tudo, até porque com dois ela estava bem mais ligeira que eu (risos). Fomos andar e foi bom demais respirar "outros ares", conversar sobre outros assuntos, na verdade conversamos sobre sua última viagem e seus últimos trabalhos como modelo. Se tem uma coisa que Dalila levou a sério sempre foi sua vida como modelo, modelo de passarelas e fotográfica, mesmo depois de casada e eu me admiro muito. Porque lembro que no começo, depois da gravidez e do casamento, as pessoas a julgavam muito por voltar assim e tal, mas ela tacou o foda-se e continuou e tá ai numa boa com o marido e os dois filhos, meus afilhados lindos.

  Passamos algumas horas juntos e me fez lembrar o quanto era bom momentos assim... Voltamos para casa porque estava na hora de eu comer e Arthur trocar a fralda, quando chegamos vi um táxi parado e entrei já curiosa procurando saber quem era e encontrei Arthur sentado no sofá conversando com o meu pai. Nem acreditei.

_ Arthur! -falei e ele olhou pra trás sorrindo.- Você aqui em casa?

_ Cheguei não faz nem meia hora, estava viajando. -se pôs de pé e veio ao meu encontro.- Como você tá?

_ Aí não Arthur, não faz minha amiga chorar que foi difícil escutar uma gargalhada hoje.

_ Porque você não sabe como fazer a Nandinha aqui rir, eu sou pós-graduado nisso.

_ Haha! Idiota. -e foi indo para a cozinha.- Esse garoto se acha, affe!

_ Ela não muda. -risos.-

_ Piora com o tempo, mas amo minha amiga.

_ Toma trouxa. -meus pais riam.- Fala aí onde você estava ôh menino estudado...

_ Canadá. Ôh lugar lindo.

_ Um paraíso, como a Dada aqui...

  Mais palhaço que Arthur e Dalila não tinha e eles ficaram o resto do dia lá em casa. Quando anoiteceu ela foi pra casa e ele por estar tarde acabou ficando por lá. Conversamos muito até muito tarde da noite, até porque fazia tempo que nós não nos víamos,

_ Fico imaginando como foi pro seu namoradinho ter que engolir o filho dele tendo o mesmo nome que eu. -ria descontroladamente lembrando da vez que Luan o pegou se trocando no meu quarto.- 

_ Ele nem percebeu, nem se lembrou.

_ Ah, mas ele vai. -riu.-

_ Besta...

(...)

@arthurrocha: Apesar das circunstâncias, foi bom te reencontrar @fermarques ♥

  Arthur era o rei da provocação e sempre foi assim desde que éramos crianças, naquele fase da escola que você ainda competia pra mostrar que o seu desenho era o melhor na aula de artes. E ele não ia muito com a cara do Luan porque meu noivo nunca me mostrou flexível quando se trata dos meus amigos, homens claro.

  Então os dois nunca se conversaram, até porque se encontraram uma única vez e foi aquela coisa desastrosa, que ele descobriu em quem dei meu primeiro beijo (ainda uma criança, mas se eu perguntar sei que ele vai lembrar).

  Mas não perco as esperanças, até porque ele não suportava o Davizinho e hoje são colegas (não chega à amigos, não).

_ Para de pensar no Luan um pouquinho, vai.

_ Oi?

_ Que? Onde? -riu.- Conta aí como é estar noiva.

_ A última vez que nos vimos eu estava namorando, né?

_ É. Dona Roberta que me contou que a menininha dela cresceu e iria se casar e ter um filho. Pensei comigo, puta que pariu, a Fernanda cara! É da Fernanda que estamos falando...

_ Que visão errada de mim...

_ Ah minha gatinha, você sabe né? 

_ Bestão. -olhamos pro sofá onde meu Arthurzinho se mexia todo e em poucos segundos estava chorando. "Opa, hora da comida!"- Você não liga se eu amamentar ele aqui, né?

_ Qual o homem que não gosta de ver peitos? -fiquei de boca aberta e ele riu dizendo ser brincadeira.- Vou te deixar à vontade, relaxa. -levantou do meu colo e deitou pro outro lado pegando o controle da Tv e dói trocando de canais até que encontrou um JORNAL e ficou todo concentrado.-

_ Não pensei que gostasse de jornais.

_ Se não tivesse feito engenharia iria tentar jornalismo ou até mesmo publicidade, acho muito foda.

_ Não te vejo num jornal.

_ Se eu falar que não te vejo como advogada estaria mentindo, porque imagina você toda gostosona, um óculos e um decotão bem sexy e uma caneta na boca. 

_ Arthur, o que te aconteceu na viagem ao Canadá?

_ Muitas coisas. -risos.- Mas, a melhor delas foi voltar pra casa... Sem dúvidas...

_ Você não presta, sabia?

_ Sempre soube gatinha, sempre.

_ De todos os meus amigos...

_ Eu sou o mais bonito. -riu.- Solteiro... Vou casar com a sua filha, loirinha vai ficar uma gata.

_ Eu arranjo seu pinto. 

_ Tá falando sério?

_ Muito. Com a minha menininha ninguém mexe, ainda mais que vice estará velho, todo caído... 

_ Uma coisa não vai cair e é só disso que eu preciso. -não aguentei e comecei a rir.- Sogra. -risos.-

_ Deixa o Luan ficar sabendo...

_ Vai fazer nada, ele tem medo de briga.

_ Queria que tivesse mesmo. -ri.-

  Fomos dormir bem tarde mesmo, mas conversando. Ele tinha feito um snap e ficou nessa porcaria a madrugada inteira,  invadiu o meu  e foi nessa zoeira. Quando estava perto das cinco da manhã fomos dormir, aproveitando que meu neném estava em seu décimo quinto sono. 

(...)

  Acordei com aquela coisa se despedindo. Ele voltaria pra chácara agora cedo pra Beta não ficar sozinha, mas disse que ligaria pra saber como eu estava e tal. 

_ Vai voltar pra visitar meu filho, né?

_ Nosso filho, tem até o mesmo nome que o pai. -riu.-

_ Besta. Tchauzinho, Arthur. Liga quando chegar. 

_ Tá bom mamãe... Fui. -saiu do quarto e eu voltei a dormir.-

(...)

  Acordei mesmo ia dar dez horas e esse foi o dia em que acordei mais tarde. Do jeito que estava fui no quarto do Arthur e levei um puta de um susto com o Luan lá dentro.

_ Ué, tá fazendo o que aqui? -perguntei por impulso.-

_ Só seus amiguinhos podem chegar de surpresa, né?! -falou sem nem me olhar, sorri.-

_ Deixa de ser bobo, vai. Bom dia.

_ Oi. -ele estava realmente sério e eu de verdade estava achando engraçado. Luan com ciúmes era todo doidinho.-

_ Fala direito comigo, dá um beijinho...

_ Vai pedir pro seu amigo, ele não passou a noite aqui? -segurei a risada.-

_ Aí Luan, fazia muito tempo que eu não o via e ele chegou ontem do Canadá e passou aqui.

_ Não só passou como dormiu, ficou deitado no seu colo e mexendo no seu celular, coisa que nem eu faço... Porque eu você não deixa.

_ Você sabe que ele é meu amigo de infância.

_ Sei... Assim como sei também que ele é o cara que você deu seu primeiro beijo.

_ Sabia... Isso nem me importa, sabia?

_ Pra mim sim. -e saiu do quarto deixando Arthur que dormia no berço.-

_ Amorzinho vem cá, vem... -fui indo atrás dele que entrou no meu quarto. Tranquei a porta e corri pulando nas costas dele e caímos os dois na cama.- Vai me beijar sim, senhor. -falei rolando com ele na cama e quando ele estava de barriga pra cima me sentei em cima dele.- Por que você tá assim comigo?

_ Sabe que eu não gosto dele e fica nesse grude.

_ Você também não gostava do Davi e hoje são amigos.

_ Colegas. -me corrigiu.- E é diferente...

_ Eu sei que não é só isso... Fala o que foi amor...

_ Você colocou o nome do nosso filho por causa dele, é? -franzi a testa.- Hein?!

_ Não! Eu sempre gostei desse nome foi uma coincidência, amor. Juro pra você.

_ Tô com a sensação de que colocou de Arthur pra se lembrar do primeiro cara que te beijou. -cruzou os braços.-

_ Ridículo você pensar assim, se fosse pra ser assim colocaria Bruno que foi quem tirou minha virgindade. -ele arregalou os olhos.- Faria mais sentido, não acha?

_ Não muda de assunto que minha pergunta não foi essa.

_ E eu já te respondi. Quer ficar com besteira e perder tempo por causa de ciúmes fique à vontade. -levantei saindo de cima dele e fui pro meu banho.- 

  Ao sair ele estava todo largado na minha cama mexendo no celular, passei direto para o closet nem fui mexer com ele. Escolhi a roupa que iria usar, vesti minha lingerie e voltei no banho daquele jeito, descalça e de calcinha e sutiã. Escutei seu suspiro e fingi não perceber, voltei pro closet e coloquei meu shorts e uma blusa de alcinha que facilitaria a amamentação depois.

_ Fernanda...

_ Eu.

_ Para de me provocar.

_ Medo de não resistir? -perguntei me aproximando.-

_ Ainda estou bravo com você e as coisas não se resolvem assim...

_ Não é com beijinhos? Uns amassos? Um amor gostoso... -falei em seu ouvido fazendo-o apertar minha cintura.- Hein...

_ Nã... Nãão... -gaguejou.-

_ E (selinho) como (selinho) seria (selinho) então (selinho)?

_ Para com isso... -falou.-

_ Para você de frescura e me beijando logo, esquece o Arthur... -passei a língua em seus lábios e fui descendo até seu pescoço, dei beijinhos e deixei um chupão bem ali e ganhei um puxão de cabelo por isso. Sua mão firme passou entre os fios e ali fechou seus dedos puxando minha cabeça pra trás.-

_ Para hein...

_ Você não quer que eu pare... -ri.- Então me solta...

_ Não vai me dobrar assim...

_ Fala duvido... -continuei em cima dele. Levei minha mão para baixo de sua blusa e senti seu arrepio junto com a sua respiração um pouco mais acelerada.- Não fala, né? -ri maliciosa.- Safado. -coloquei as duas mãos espalmadas em seu peitoral e me inclinei ainda sobre seu corpo deixando meus cabelos fazerem uma "cortina".-

_ Você não tem jeito, né?

_ Pra você não... 

  E foram as três palavras que precisei dizer para ganhar um beijo e que beijo hein. Muito gostoso, suas mãos tocando meu corpo inteiro, os seus dedos adentrando meus cabelos. Ele sabia beijar uma mulher insaciável como eu... Rolamos na cama, ele me deixou por baixo e o clima foi esquentando, intensificando e estava muito bom... Eu já estava sem minha blusa com os meus seios sendo massageados ainda por cima do sutiã durante um beijo, mas quando suas mãos iam descendo meu shorts a babá eletrônica nos tirou do transe e trouxe-nos de volta à Terra. Juro que não iria parar, mas meu lado mãe falou mais alto (risos).

_ Ah não cara, aí não vai dar... -jogou a cabeça pra trás quando me levantei.- Tinha outra hora não?

_ Desculpa por isso. -falei saindo do quarto e quando cheguei no quarto ele estava irritado e pelo jeito era fralda suja.- Hora do banho, né mamãe... -o peguei no colo para que parasse de chorar e fui separar sua roupinha, fralda, produtos do banho e por último encher a banheira.- Aí que neném mais brabo mamãe... -Arthur franzia a testa.- Tô com fome, mamãe... -desliguei o chuveiro e fui tirando sua roupinha.-

_ Quer ajuda aí?

_ Tá em condições de ajudar? -perguntei olhando pra sua calça e vendo o volume enorme.-

_ É pra ver se distrai. -coçou a cabeça.-

_ Besta... -tirei sua roupa, a fralda e as meias por último e fui colocá-lo na banheira.- Aí que delícia de água mamãe.

   O banho era a melhor hora, Arthur ficava todo mole, relaxado e não chorava mais, pelo contrário... Chorava quando saía da água. 

_ Vida boa hein...

_ Ótima (risos).

_ Não dá, porra. Tá doendo.

_ O que tá doendo?

_ Meu pau duro, Fernanda. Vou te esperar no quarto.

_ Nossa, tá assim? Cadê o romance?

_ Vou ficar lá porque posso ficar de cueca aí dói menos... -apertei as coxas quando imaginei a cena dele excitado na minha cama, cheguei a ficar quente.-

_ Nossa... -respirei fundo.-

  Continuei o banho do Arthur  mas estava muito excitada e sentindo minha calcinha ficar molhada... Troquei meu filho e deixei ele no berço enquanto fui guardar as coisas, colocar a roupa suja no cesto e esvaziar a banheira... Fui amamentar e depois de longos minutos ali Arthur ficou satisfeito e eu agradeci por isso. Ele arrotou e ainda ficou no colo por alguns minutos, até que dormiu e eu o coloquei de volta no berço.

_ Preciso respirar. -falei entrando no meu quarto ofegante e fechando a porta me encostei nela e de olhos fechados atentava segurar a respiração, para não ficar tão rápida. Mas, meu corpo pedia muito o dele, muito mesmo.- Aí...

_ Tá aprontando o que hein?

_ Eu só quero você, é pedir muito? -quando tive coragem de abrir os olhos o vi completamente nu e ereto deitado na minha cama, com as mãos na cabeça e minha boca salivou eu estava quase babando. Sim, eu tinha vontade de correr para a cama... Mas, tinha que demonstrar o mínimo de auto controle. Tirei meu shorts e livrei-me da blusa, fui caminhando até a cama prendendo o cabelo e quando cheguei na ponta da cama subi engatinhando e indo até ele.- Gostoso. -encontrei sua boca e suas mãos minha cintura, um beijo quente e avassalador que estava me deixando louca e mais molhada. Luan conhecia meu corpo muito bem, tinha agilidade sobre o meu corpo colocou a mão por dentro da minha calcinha e me tocou uma única vez e foi o suficiente para que eu ficasse relaxada e gemesse entre o beijo.- Ãn...

_ Shiii... Continua me beijando... 

  Estava bem escorregadia e ao seu toque fiquei muito mais lubrificada, eu queria isso mais que tudo.   Era como se eu estivesse em um deserto à dias e ele fosse aquele copo de água que mataria minha sede por completo... Ele foi descendo um pouco mais o dedo até que me penetrou... Seu dedo estava geladinho, mas eu estava quente e entre uma volta e outra não aguentei e gozei no seu dedo.

_ Tira essa calcinha, tira. -assim fiz e ele me sentou em seu colo, me encaixando nele e fazendo com que eu sentisse todo aquele tamanho e espessura, me preenchendo por inteira.- Isso... -comecei a rebolar pra frente e pra trás o molhando mais deixando que pele com pele entrasse em atrito e aos poucos fosse me satisfazendo.- Ah, Fernanda... -fazia pressão para que eu me mantivesse exatamente onde estava.- Como você é maravilhosa... -fui rebolando em círculos que era bem mais prazeroso, Luan estava apertando minha bunda e alternando com tapas.-

_ Oh! -joguei a cabeça pra trás.- Ah! -gemia ainda mais quando ele pressionou meu clitóris e meu corpo foi dando espasmos, meu sexo contraindo e relaxando mais o engolindo.-

_ Gostosa! -me inclinei sem parar de rebolar e o beijei outra vez, sentindo suas mãos subirem nas minhas costas e abrirem meu sutiã deslizando-o pela minha pele e tirando de mim.- Delícia... 

_ Aí Luan... -gemi um pouco mais alto quando senti seus dentes tocarem meu mamilo e em seguida sua língua em mim.- Ah! 

  Tudo estava muito gostoso, mas eu realmente queria mais... E por voltei a beijá-lo aos poucos fui cortando o beijo e jogando todo meu corpo pra trás, segurei em sua coxas e tive a vontade de quicar em cima dele e o sentir por inteiro mesmo, com força e retribuir o prazer que ele me fazia sentir.

_ Isso, ah... -ele também estocava mantendo meu ritmo e eu podia sentir entrando e saindo, uma e outra vez. Era delicioso.- Luan... -estava sentindo minhas pernas trêmulas e meu músculo querendo contrair, ele me abraçou e virou-me na cama ficando por cima. Me olhou de um jeito sensual, bem sexy e um sorriso sacana.- Agora deixa que a brincadeira é comigo. -segurou minhas mãos acima da cabeça, afastou mais minhas pernas e se colocou bem no meio e encaixado em mim.-

_ Luan... -falei gemendo quando ele se afundou em mim e não deu tempo para que eu me recuperasse vindo com mais força, aí como eu gostava disso. Quando ele não tinha que manter o controle.-

_ Quietinha... -prendi as pernas em sua cintura.- Safada!

_ Me fode Luan! -pedi ofegante e ele riu.- 

_ Seu pedido é uma ordem... 

  Segurei-me em seus ombros, ele minha cintura e nossa sintonia era mais que perfeita. Era como precisar disso para fazer nossa relação completa, porque uma vez que estávamos entregues ao momento nada precisava ser dito, apenas sentido e retribuído. Luan não imaginava o quanto eu queria sentir seu corpo no meu, pele com pele, nosso suor escorrendo... Era mais que excitante, mais que prazer. Foram algumas posições, quer dizer, as nossas favoritas... De quatro, não poderia faltar.

_ Tá cansada, é? -riu puxando meu cabelo.- Porque eu não estou nem perto disso. -e veio outro tapa ardido na minha bunda.- Não grita. -riu.- 

_ Oh... 

_ O que você quer minha Pichuletinha?

_ Quero mais rápido... -ele deslizava dentro de mim com facilidade e foi assim que atingimos o ápice, uma estocada fundo e saindo devagar deixando seu gozo escorrer dentro pra fora e se misturar com o meu.- Ah! 

_ Ah, que começo de tarde maravilhoso. -se deitou colocando as mãos na cabeça.-

_ Uhuum... Estava com saudades. -entrelacei minha perna na dele e deitei minha cabeça em seu peito.-

_ Eu também minha linda. -nos beijamos ainda que abraçados.- Não te machuquei, né? -perguntou acariciando meu rosto.-

_ Não (ri). Eu aguentaria mais numa boa.

_ Minha ninfetinha.

_ Ninfeta é coisa de filme pornô, Luan. -bati em seu braço e ele riu.-

_ Você é a minha atriz pornô exclusiva. -apertou meu nariz.- Bailarina, atriz, e advogada sexy... -risos.- Sabe que eu sempre tive fetiche de você vestida como advogada, sainha e blusa branca, salto e um óculos.

_ Aí Luan, você tem cada ideia. -revirei os olhos.-

_ Desde muito tempo, aí te conheci e ainda irei realizar.

_ Ah claro... -ri.- 

_ Isso não é hora dela estar dormindo tia Ana, não é possível. -olhamos os dois pra porta e vimos a maçaneta mexendo.- Fernanda!

_ Ela está com o Luan, Dalila. Devem estar meio ocupados.

_ Bando de SAFADOS... Amiga vai se trocar que iremos sair antes de você viajar...

_ Viajar? -Luan franziu a testa.-

_ Pensei em passar uns dias em Nova Iorque com a minha família.

_ E quando pretendia me contar? Quando estivesse desembarcando nos Estados Unidos?

~.~

  Ôh capítulo enrolado de sair, mais saiu! E aí gostaram? Teve "um pouquinho" de tudo e finalizou com um hot. Hot meia boca, mas tô enferrujada nisso! Mas, depois melhora. Bora pro próximo?


PS: Todas vocês sabem (se não, a maioria) que eu trabalho nos dias de segunda à sexta, fora os compromissos que eu tenho durante a semana. E desde quando acabaram os capítulos prontos da fanfic, eu disse que me esforçaria para continuar regularmente. E é o que estou fazendo. Então não desandei nem sumi (como foi dito em um dos comentários do capítulo anterior), eu só não tive tempo de escrever. Eu sei que demorou, mas não foi por relaxo meu, ou falta de vontade. E eu procuro manter vocês informadas disso, então quando tiverem dúvidas me falem. Porque todas que perguntam eu respondo numa boa. Tchau, até o próximo capítulo meninas. Beijão!