Capítulo 191 - Parte II

Narradora

 Enquanto Luan arrumava suas malas para viajar para sua chácara em Londrina, Paraná. Fernanda estava deitada à luz do luar pensando na vida, foram muitas memórias que a fizeram sorrir e algumas que lhe causaram algumas lágrimas, o que era normal.

  Mas, isso foi uma maneira de desabafar. Drama? Não, apenas saudades.

  No dia seguinte ao acordar ela se arrumou, deu banho e amamentou seu filho Arthur e depois de deixá-lo pronto resolveu ir para a casa dos Santana's.

_ Bom dia sogra. -cumprimentou Marizete que estava bem surpresa com a sua visita, e não escondeu isso em seu olhar.- Tudo bem?

_ Bom dia... Tudo... É... Entre, e passe esse neném gostoso pro colo da avó dele. -Arthur se jogou no colo da avó sem se preocupar em cair e Fernanda foi entrando, pondo as duas bolsas em cima do sofá e foi cumprimentar Amarildo que estava com Melissa em seu colo toda manhosa.-

_ O que foi princesa?

_ Ôh papai. -chorava.-

_ O que tem o papai, meu amor?

_ Deixou eu aqui e foi viajar sem ninguém. Isso não é justo! -disse brava e manhosa - Mamãe, me leva com ele! 

_ Para de chorar, para princesinha do vô.

_ Não! Meu pai foi embora! -desceu do colo do avô e saiu correndo em direção as escadas.-

_ El.. Ele... foi embora pra onde? -perguntou apreensiva com medo de que Luan tenha realmente ido embora.- Hein...

_ Pra Londrina querida, disse que volta daqui uns dias. -ela pôde respirar aliviada e recostar no sofá tranquila.- Ele não te disse? -Marizete fingiu não saber que estavam brigados, tanto que fez a pergunta tranquilamente.-

_ Não... Não nos falamos faz poucos dias e...

_ E seria muita intromissão minha e indelicadeza se eu perguntasse o por quê? -Fernanda olhou para os sogros e uma lágrima acabou escapando de seus olhos marejados.- O que houve querida?

_ Nós brigamos... outra vez. -disse baixo.- Aí sogra... Eu não sei o que eu faço!

_ Que tal contar tudo o que aconteceu? Eu não sou dona da verdade, Amarildo também não, mas pode ser que tenhamos algo a dizer... Afinal são mais de vinte anos de casados. -Fernanda aos poucos foi se soltando mais e abrindo o jogo com os sogros, falou sobre amar Luan incondicionalmente e não escondeu que ambos são ciumentos, embora ela seja mais controlada e ele o mais estourado. E deixou claro que acreditava que as brigas ao invés de amadurecer a relação, causam desgastes e com isso traz o cansaço. E chegaram então à última briga, o último momento juntos e nessa hora ela já estava aos prantos.- Chora querida põe pra fora o que está sentindo que vai te deixar melhor, te deixar aliviada... Saiba que não é bom guardar sentimentos assim, ainda mais que você ainda amamenta e passa tudo isso pro Arthurzinho. -ela assentia enquanto limpava o rosto com as costas nas mãos.-

_ Queria muito evitar nossas brigas, sabe... Nós passamos muito tempo separados por causa do meu trabalho e principalmente do dele... E embora anos tenham se passado isso não tem mudado tanto e... Não sei... -dizia um tanto confusa, Amarildo e Marizete se entreolharam e ela acenou com a cabeça para o lado e ele depois de entender saiu levando o neto.-

_ Acho que agora você consegue ficar ainda mais à vontade. -sorriu trocando de lugar e sentando-se de frente para a nora.- Eu conheço meu filho do avesso e até de costas, da unha do dedão do pé até o fio mais longo daquele cabelo. E sei que tenho um filho muito cabeça dura... -Fernanda assentiu.- Resmungão, mas sincero.

_ Sincero até demais... -falou Fernanda.-

_ Ôh se é. -riu quebrando um pouco o clima de seriedade.- Mas isso é bom, não acha?

_ Nem sempre, porque quando ele está nervoso e pensa que tem algo além do que ele saiba... A sinceridade se torna ofensa e resulta em briga... Não por eu ser intolerante, mas por querer expor o meu lado da história...

_ Ôh querida, eu te entendo. Até porque nós mulheres temos mais sensibilidade e percepção para administrar muitas situações que na maioria das vezes um homem não se atenta... Um homem quando discute quer mostrar apenas que ele está na razão, enquanto a mulher escuta, observa e digeri o que é dito pra depois falar. Não é assim? -Fernanda olhou e assentiu ainda limpando o rosto.- E isso não é porque ela está errada, mas por ser inteligente o suficiente pra saber que no momento de raiva não se resolve absolutamente nada. -ela ainda continuou.- Luan é difícil de lidar neste aspecto, porque quando se trata de algo que o faz perder a cabeça ele acaba não pensando e age com impulsividade... O que é errado.

_ Eu não o julgo.

_ Eu sei que não querida... Te admiro muito por ser essa mulher tão madura e decidida. Você junto com o meu filho assumiu uma postura de mulher casada, o assumiu com uma filha e mais, cuidou da minha neta com todo amor e carinho e ainda fez com que a família crescesse com a chegada do Arthurzinho, sem contar que estão à caminho do altar... Não acredito que uma briga seja o suficiente para acabar com tudo o que construíram, passaram por muitos obstáculos porque eu sei o quanto é difícil confiar quando se tem a mídia que é maldosa e está de especulações o tempo inteiro, existem pessoas mal caráteres que querem apenas destruir e tem os  fãs também que por amar tanto acabando pegando pesado... -suspirou.- ... E vocês passaram por tudo isso! Em alguns anos de convívio.

_ Verdade.

_ Eu não estou te dizendo que as brigas irão desaparecer ou que vocês serão o casal perfeito. Não é isso, estou apenas dizendo que quando se pensa no que realmente vale a pena... não são coisinhas assim que afastam.

_ Está dizendo que...

_ Não deixe que as mágoas levem pra longe o sentimento que você tem pelo meu filho, perdoe as bobagens que ele te disse... E faça isso não porque eu estou te pedindo, mas porque irá te fazer melhor. Porque você magoada e chorando pelos cantos afeta os que estão à sua volta, seus filhos que te amam tanto. -as duas se abraçaram e Fernanda agradeceu por cada palavra, os conselhos e depois Fernanda se levantou pedindo licença e se dirigiu até o banheiro para lavar seu rosto que estava com a maquiagem toda borrada. Amarildo voltou pra sala com os dois netinhos e se sentou no sofá.-

_ Resolveu aí? -Marizete sorriu.-

_ Luan teve muita sorte.

_ Eles tem muita sorte, porque meu filhão arrasa. -risos.-

_ Aí Amarildo, não fale desse jeito.

_ Te amo mulher. -selinho.-

_ Até você vó? -Melissa disse desaprovando a atitude dos avôs que continuaram rindo.

...

  Em Londrina Luan estava tranquilo depois de se banhar na cachoeira, deitado na grama e contemplando o céu azul enquanto pensava em sua noiva.

  Dividiu em pensamentos o que era o antes e depois que ela entrou em sua vida.

  Luan era um homem tranquilo e que levava a vida como queria, se queria sair não tinha tempo ruim e caso quisesse alguma mulher acontecia o mesmo, com a sua família sempre muito amoroso, cuidadoso e feliz por estar realizando o seu sonho. Ao conhecer Fernanda teve seu pensamento transformado, enxergava nela uma mulher qualquer da qual não valia a pena investir, porém isso mudou quando Fernanda mostrou-se muito mais que um rosto e corpo bonito. Mostrou responsabilidade ao cuidar de um caso como o dele que exigia sigilo e competência, cuidado e carinho quando se preocupou em ir até a casa de um cara que ela não tinha nada para o ajudar com Melissa que estava febril e muitos outros momentos em que ela se mostrou bem mais que uma mulher por quem ele se sentia atraído e com um desejo incontrolável e sim uma amiga que o escutava falar sobre suas idéias para novos projetos musicais até altas horas da madrugada e com quem fazia maratonas de filmes em suas folgas mais intensas ou nas noites silenciosas em hotéis, uma irmã que implicava com ele quando ele estava "irritado" e acabava lhe arrancando risadas, uma mãe que se preocupava com o seu bem estar e se ele desse um espirro já estava mandando mensagem ou até mesmo ligando, uma parceira que ele podia ter certeza que estaria ao seu lado para o que der e vier, até porque já mostrou isso em momentos de "crises" em sua carreira, desentendimentos com os fãs e por aí vai.

  Muitas coisas se passaram em sua cabeça e com mais clareza, suas feições iam desde gargalhadas à sorrisos bobos e inocentes. Pensar ao ar livre, com o barulho da cachoeira e pássaros voando por todo o espaço e contemplando a visão do céu azul e sem nuvem alguma.

  Isso lhe trouxe uma ideia e o fez voltar para casa, tomar um banho e ir compôr algo que o ajudava ainda mais à relaxar e ser ele mesmo, se encontrar quando se sentia perdido e colocar no papel aquilo que estava realmente sentindo ou querendo dizer. A música era sua válvula de escape.

  A letra inteira estava em sua cabeça, a cada nova palavra um novo sorriso e quando finalizada foi o momento de dedicar-se encontrando a melodia que seria perfeita. E foram longas horas, ele se esqueceu do mundo lá fora e  focou apenas em seus pensamentos... Deixando se levar pelo momento.

(...)

~.~

  Gente! Olha quem está aqui e vos fala... Sim, euzinha. Tudo bem com vocês? Foram bem no fim de semana? Já começaram as aulas? Faz um tempão que não conversamos, a correira tem sido grande e eu acabo nem aparecendo por dias e meu... sinto muita falta! Agora com os estudos ficarei sem muito tempo para o lazer (escrever, sair, vagabundar em casa) e isso me deixa triste... Porque demoro pra postar, e "feliz" porque acabo não finalizando a fanfic logo. Estou bem emotiva com isso, não querendo me desapegar desse casal tão maravilhoso e intenso que é #LuNanda... Enfim! Estou com saudades de vocês, é isso. Cara, falei pra caramba e não comentei do capítulo. Let's go?

Luan viajou e acabou desencontrando da Nanda e isso foi bom. "Bom? Como assim sua louca?" Os dois se encontrando assim na surpresa fica aquela coisa de um não saber o que dizer para o outro ou acabar falando demais e dando em merda, e não queremos isso não é mesmo? Queremos uma conversa tranquila, uma conversa normal e um tanto diferente. E ela vai acontecer! (Estou até mesmo ansiosa! AAAAH!) E mais, assim a Nanda teve tempo de conversar, desabafar e ainda receber conselhos dessa sogra que é uma mãezona nota 1.000! Enquanto Luan pode colocar a cabeça no lugar, quer dizer, parte dela. Ele organizou melhor seus pensamentos, relembrou coisas assim que realmente marcaram e isso resultou em uma inspiração para a letra de uma música. Quem está curiosa pra saber qual é? ( Eu, óbvio!   \O/ e vocês com certeza.) E quando isso vai acontecer? Em breve, deixa eu ficar quietinha e deixar vocês comentarem enquanto eu escrevo e edito o próximo capítulo. Pode ser? Um beijo, nos vemos ainda essa semana! Uhuuuuuuul!