{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

domingo, 31 de julho de 2016

Capítulo 199 - Parte II

Narrado por Melissa
  Minha mãe estava muito estranha desde que chegamos na sala de embarque, olhava de um lado para o outro sempre abraçada ao meu pai, sem dizer uma única palavra. Por um segundo até pensei que ela teria reparado minha troca de olhares com o gato do Andrade, mas não... porque ela teria dito.   Enfim... para não correr o risco de o meu pai cancelar a viagem voltei minha atenção para a minha irmã e esperei chamarem meu vôo.

_ Liga quando chegar.
_ Tá bom, beijo. -e segui com a minha bagagem de mão. Entrei e as meninas já estavam todas dentro da aeronave. Sentamos eu, a Dessa e a Mari. Já os casais melosos estavam nas poltronas atrás da nossa, Tacy e o Bruno, Nay e o Pedro.-
_ Ainda bem que vocês vieram, não estou afim de segurar vela. -Mari dizia revirando os olhos, mordi os lábios e ela fechou a cara.- Aí fala...
_ Você não vai ficar chateada comigo?
_ Depende, não sei o que é...
_ Eu sabia que era uma viagem assim de férias, de amigas... mas eu trouxe alguém comigo.
_ Trouxe quem? Tá maluca? -Dessa riu do jeito doido da Mariana.-
_ Meu "quase" namorado. -falei e ela ficou quieta.- Não fica brava, poxa.
_ Já estou. Muito nada a ver isso, além das suas amiguinhas trazerem os namorados... me vem você com um ficantezinho. -falou com desdém, revirando os olhos.- Quem é ele?
_ Murilo.
_ Shii é velho. -Andressa disse e eu ri.- Porque nenhum novinho tem essa idade, vai por mim.
_ Nada a ver, eu não acho ele velho. -falei.-
_ Quantos anos ele tem?
_ 41.
_ A idade do seu pai. Você tá ficando louca?
_ Não, Dê... ele não parece ter a idade que tem.
_ Sei viu, sei... -riram.- Já vi que vou sobrar nessa viagem, porque a Andressa vai se agarrar com o primeiro que ela ver dando sopa.
_ Não vou te deixar de vela.
_ Que saco, Melissa. Nada a ver isso cara... não gostei.
_ Ele é legal.
_ Um velho com a novinha, que lindos. Nossa, casal perfeito.
_ Trouxa.
_ Tá, chega disso... vamos falar do que vamos fazer lá primeiro... -e nisso papeamos durante todo o vôo até Recife e de lá seguimos em um outro vôo para Noronha, durou cerca de uma hora.- 
_ Queridas ãn ãn chegamos! -Nayara cantou.- Sente a brisa... eu amo esse lugar.
_ Passei a amar, e olha que acabamos de chegar. -ri olhando para o meu celular onde tinham mensagens dele, meu gatinho.-
_ Vem cá... mas alguém sabia que essa doida, desmiolada trouxe um vovô pra curtir o passeio? -as meninas riram, mas a Tacy falou em minha defesa.-
_ De vovô o Andrade não tem nada, um puta de um moreno alto com cara de galã e forte, bem malhado. Ele é lindo, homem dos sonhos de qualquer solteira. -o namorado dela olhou de cara fechada, mas depois de um beijo voltou a sorrir.-
_ Eu disse, mas logo vocês vão ver.
_ Fiquei até curiosa, de onde ele é?
_ Foi nosso professor de educação física, pensa no gato com uma bunda grande e linda. -foi a vez de Nayara elogiar, deixando Pedro enciumado.- Ah, não vou mentir. O cara é gostoso, com uma cara de que fode bem pra caralho.
_ Não começa com as suas graças não, odeio isso mano. Tá comigo e vem falar de outro, palhaçada.
_ Também não acho isso certo não, vamos parar as duas. Já deu. -disseram e deram as costas entrando na pousada e nós fizemos o mesmo em seguida.


  Fizemos o check in, pegamos as chaves dos quartos e subimos, colocamos as malas cada uma aos pés da "sua cama" e fomos nos trocar. Escolhi um biquíni curto, mas bonito. Dei uma ajeitada nos cabelos e sentei aproveitando para mandar mensagem para os meus pais e para o Andrade, sabia que ele ficaria nessa mesma pousada e queria saber o quarto.

_ Vamos Mê? -Andressa me chamava já da porta onde Mariana estava pronta para cair na água.-
_ É, fica aí enrolando... estou com um pouco de fome. -resmungou.-
_ Hm... vou ficar um pouco, daqui a pouco eu desço e encontro vocês por lá.
_ Já vai encontrar com o boy, né?
_ Quase isso. -falei rindo, elas fecharam a porta e ele resolveu responder minha mensagem. Saí do meu quarto à procura- Ué, mas esse número é por...
_ Aqui. -falou e eu olhei para frente, de frente com o meu.- 
_ Pertinho. -falei me aproximando e sem perder meu tempo abracei seu pescoço e lhe dei um selinho, suas mãos se firmaram na minha cintura e ele veio caminhando para dentro do quarto, fechou a porta com o pé e deu mais intensidade ao beijo, estava subindo as mãos, apertando-me de leve quando eu precisei de ar.- Meu deus! -estava ofegante.-
_ Boca boa de beijar, estava com saudades.
_ E eu mais ainda, nossa... dezembro parecia não querer acabar nunca mais. -fiz bico, ele riu e se inclinou dando uma mordida.- Aí, seu cachorrinho.
_ Fala assim não loirinha. -risos.-
_ Pensei que viria no mesmo vôo que o meu.
_ Não deu, comprei a passagem em companhias diferentes. Mas o que importa é que estamos no mesmo destino. -selinho, abri minha boca dando passagem a sua lingua e esse beijo foi ficando mais urgente e eu estava sendo levada à cama quando ele o encerrou e foi tirando a blusa, virou de costas e eu fiquei babando. Nunca havia ficado tão íntimos, na verdade. Seus ombros largos e um peitoral de definido, uma tatuagem na lateral do corpo que ao virar de costas deu pra ver que ela se perdia por dentro de sua calça. Ele riu.- Tá muito calor, vou tomar um banho... você vem?
_ Não, vou esperar aqui. Não demora. -"Minha filha, fica pelada e corre pra dentro desse banheiro agora. Que não, o que! Vai logo."-
_ Coisa rápida, só jogar uma água. -e saiu. Aproveitei que meu pai estava no whats e o tranquilizei, depois guardei k celular e esperei o bonito aparecer. O que não demorou. E me pegou despreparada. Ele estava se sunga, nada mais que isso. Aquela barriga sarada escorrendo algumas gotas de água que estavam pingando de seu cabelo molhado, minha boca salivando ele sorrindo enquanto eu fitava cada parte absorvendo com detalhes toda aquele escultura.- Se olhar arrancasse pedaços eu estaria sem corpo.
_ O que acha de a gente descer? -mudei rapidamente de assunto, ele assentiu pegando o celular.- Preciso de água, tá quente... né?
_ Muito. -riu.

Saímos do quarto e fomos de mãos dadas até o restaurante, nos servimos e então avistamos o pessoal e nos aproximamos.
_ Socorro!
_ Me amarrota que eu tô passada!
_ Oi Andrade. -Tacy disse sorrindo.-
_ Oi Taciane. -piscou, cumprimentou os outros presentes e nos sentamos.-
_ Então por isso você mudou de ideia não foi sua bandida?
_ Nada contra viajar com vocês, mas eu também queria companhia e ele não tinha certeza se viria ou não.
_ Não está de férias?
_ Planejamento das aulas, mas foi adiado.
_ Então aproveita esse paraíso nessa folga, que está demais. -voltamos a comer e depois enquanto as meninas foram dar uma volta, nós nos deitamos em uma rede e ficamos em um papo descontraído. Na verdade estávamos contando sobre as festas de fim de ano.- 
_ Não entendo o porque de você não procurar seus pais, e você uma vez me disse que tinha um irmão... sobrinha...
_ Medo, talvez... não temos uma boa relação desde que tudo aconteceu.
_ Você nunca me fala sobre esse tudo.
_ Porque se eu falar você nunca vai me olhar desse jeitinho de agora, será sempre com medo ou até mesmo raiva. Prefiro que ainda não saiba... -suspirou.- E sim, eu tenho um irmão e uma cunhada. Minha sobrinha tem dois anos à mais que você... se chama Nayara. Mas também nunca mais tive notícias deles, perdi totalmente o contato. -"Nayara? Dois anos mais velha que eu? Será que é a minha Nay? Minha amiga?"-
_ Há quanto tempo vocês não se veem? Digo... você e sua sobrinha?
_ Desde que ela tinha quatro anos de idade. -falei triste.- Já deve estar um mulherão, fazendo faculdade e eu nem a conheço mais.
_ Nunca se sabe, quem sabe um dia vocês não se reencontram. -o beijei e logo mudamos de assunto. Continuamos ali balançando e eu contando da minha família, de como tinha sido a troca de presentes no Natal e a festa no fim do ano. Depois nos levantamos e fomos dar uma volta, de mãos dadas e eu estava sim toda sorridente por saber que aquela pousada era bem restrita e eu não teria que me preocupar com "fotos que vazaram".-
_ Ôh lugar quente, nunca me acostumo. -tirou a camisa outra vez jogando-a sobre o ombro.- Vai ficar com a marca da blusa? -assenti e ele riu.- Tá com vergonha de mim?
_ Um pouco... 
_ Não precisa, você tem um corpo lindo. -beijou meu pescoço, abracei sua cintura e sua boca encontrou a minha.- Quer ajuda pra tirar?
_ Muito prestativo você. -risos.- Mas não, não quero tirar minha blusa. -falei e ele deu de ombros.- Vai ficar comigo aqui a semana inteira, né?
_ Sim.
_ Nossa que animação, Murilo.
_ É muito estranho você me chamando assim, prefiro Andrade.
_ Mas esse é o seu nome, muito lindo por sinal.
_ Eu sei, minha mãe escolheu bem. -sorriu.-
_ Você sente saudades, não sente?
_ Muita.
_ Se arrepende do que fez?
_ Em partes, mas não quero falar disso. Vamos voltar?
_ Tá bom.


  Voltamos para a pousada no fim da tarde, ficamos um tempo na beira da piscina mas eu não quis entrar. Logo entramos, eu para o meu quarto, ele para o dele e fomos tomar um banho e nos arrumar para o passeio noturno com todos juntos. Eu estava animada e queria muito, muito mesmo ir para o luau.

(...)

_ Melissa, você ligou pra sua mãe? -Andressa perguntou, neguei.- Deveria, porque seu celular tocou ontem à noite r hoje cedo. Imaginei que fosse ela...
_ Tá, eu retorno mais tarde.
_ Mais tarde? Ela deve estar preocupada, você não liga pra isso não?
_ Calma Mari, eu vou ligar ué...
_ As vezes eu penso que você não tem juízo sabe e suas outras amiguinhas deveriam tentar colocar um pouco na sua cabeça.
_ Por que?
_ Você só tem 18 anos e se sentiu atraída por um de 41. Aí não muito contente trouxe ele para uma viagem em outro estado sem o conssentimento dos seus pais. Dane-se que ele te quer também, que você é maior de idade. Você mal conhece o cara!
_ Aí Mariana, meus pais não precisam saber. O que tem demais nisso?
_ Nada. Você mente para os seus pais e pensa que está tudo certo. Eu não consigo mentir.
_ Aí meu deus! A santa...
_ Santa não, só não quero quebrar a confiança que minha mãe tem em mim. Mas se você não liga pra isso, eu como sua amiga não posso fazer absolutamente nada. Beijos, estou descendo.
_ Encontro vocês lá fora.
_ Não demora, quero muito curtir o Sol e tirar muitas fotos.
_ Mal de modelo ser assim?
_ Sim, muito mal. -risos.- Até mais...


  Calcei meus chinelos, peguei o celular e me dirigi ao quarto da frente e fui abrindo a porta. Ele estava de costas, mexendo na mala que estava em cima da cama e não me viu chegando. Abracei sua cintura e levei um susto quando ele virou, me pegando no colo e me jogando na colchão.

_ Bom dia! -falei rindo.-
_ Só bom dia? E meu beijo loirinha?
_ Vem cá... -ele tinha um beijo gostoso e viciante, não conseguia parar de beijar.-
_ Já tomou banho?
_ Eu sim, e você?
_ Também... estava suado. Acordei cedo pra correr.
_ Abandona essa vida fitness, é muito chato.
_ Só quando eu morrer. -brincou.- Vou trocar de roupa...
_ Trocar de roupa? -ele assentiu e só então pude notar que ele estava de toalha apenas, muito lindo.- Vou ligar pra minha mãe... -ele assentiu, pegou a sunga e foi para o banheiro. Olhei no whats e minha mãe não estava on fazia algumas horas, mesmo assim tentei e nada.-
_ Tá deitada ainda? -assenti e ele se deitou ao meu lado, passou o braço na minha cintura. Veio beijando o meu pescoço, meu rosto e minha boca.- Seu celular está tocando...
_ É minha mãe, espera aí... -ele assentiu e levantou pondo uma bermuda.- ... Oi maãe... -beijou minha nuca.-
_ Até que enfim consegui falar com você filha. Estava preocupada.
_ Hmmm... -gemi com a mordida.- Estava aproveitando né, aqui é lindo. E essa pousada... Nossa... -ele tocou meus seios ainda por cima do biquíni.- Ótima...
_ Melissa, está tudo bem? 
_ Tá sim, estou me arrumando pra ir tomar café... -beijou minha boca e foi descendo seus beijos até meu peito.- E vocês? Paraa... -sussurrava para ele que riu e tentou tirar a parte de cima, bati em sua mão.-
_ Estamos bem, seu pai está pensando em voltar pra Londrina...
_ É uma... Ah! Ótima ideia mãe, lá estava calor né...
_ Sim...
_ Mãe, eu tenho que desligar. As meninas estão me chamando... -mordi os lábios quando sua lingua tocou meu mamilo, não consegui segurar a droga do gemido e minha mãe ficou muda do outro lado da linha.- Te amo mãe, manda um beijo pro pessoal aí em casa.
_ Juízo Melissa, também te amo. -desliguei e joguei o celular longe fazendo com que ele caísse no chão.- 
_ Você não tem juízo não?
_ Tava gostoso... -riu, levantou e fechou sua bermuda indo para a frente do espelho e arrumando seus cabelos.- Mas não é hora, né? Tô com fome...
_ Vadio. -risos. Levantei arrumando meu biquini, o shorts e depois de pegar meu filho do chão nós descemos.- Bom dia.
_ Bom dia, hoje nós vamos para a praia.
_ Preciso Nay, quero tomar um Sol.
_ Eu também, quero minha marquinha. -Tacy disse rindo, dando selinho no namorado.-
_ Vamos depois de comer, né amor...
_ Ui, já está chamando de amor? -risos.- Aí Dê, estamos de vela.
_ Não estão, somos amigas.
_ Mas na hora de sentar... ninguém é amiga né? -tomou o suco e nós rimos, fiquei roxa de vergonha.-
_ Vocês falam muita merda. -Pedro disse negando.- Não dá...
_ Pior que homem. -Bruno completou.-
_ Não fala nada você, fica quietinho.
_ Como quiser. -beijou meu rosto, tomamos café e seguimos para a piscina e nos sentamos por um tempo, conversando juntos.- Não vai tirar esse shorts não?
_ Daqui a pouco...
_ Então sai do Sol, você vai ficar com a marca.
_ Daqui a pouco. -enrolei um pouco.- Amor, tira uma foto minha.
_ Só de biquini?
_ É. Vai logo... -ele pegou o celular, tirou a foto é enquanto a conversa rolava, editei e postei.



                     ♥ 7.669 curtiram
                     melissa 2033 ❤ #Noronha #Beach







Narrado por Fernanda
  Não sou nenhuma burra e sei que aquilo que escutei nada mais era do que gemidos, bem intensos por sinal. Desliguei e fiquei pensando nisso sozinha, pensando no que poderia estar acontecendo naquela praia. Melissa não era uma filha rebelde, mas agia muito por impulso e era disso que eu tinha medo.
  Havíamos voltado para Londrina, Luan estava na piscina com as crianças e eu conversando com a minha cunhada boa parte do dia. Mas ainda pensativa, quando anoiteceu subi para dar banho nos meus pequenos.


_ Você está tensa demais... -dizia massageando meus ombros.- Por que não liga pra Melissa de novo?
_ Não quero ser chata... -falei deitando em seu colo e me aninhando em seu peito.-
_ E não é... Está tarde, ela já deve estar no quarto.
_ Vou ligar então... -disquei o número e caiu três vezes a ligação, na quarta alguém atendeu e esse alguém não era minha filha.- 
_ Oi tia Fê. A Nanda está no banho, não quer ligar depois não?
_ Tacy, está tudo bem com vocês aí? -Taciane conversou mais comigo em cinco minutos do que a Melissa um dia inteiro, e ao desligar fiquei mais aliviada.-
_ Viu. Tá tudo certo.
_ Você sabe que eu me preocupo.
_ E como sei gatinha. -nos beijamos.- O jantar está pronto, vamos descer?
_ Estou sem fome, amor. Pode descer se quiser... -ele respirou fundo e olhou pra mim.-
_ Eu sei que você ficou abalada depois de achar que viu o Murilo naquele aeroporto. Mas mesmo que você tenha visto, é sinal de que agora ele está bem longe.
_ Eu tenho medo dele estar em Noronha também, nossa filha está lá e sozinha. -falei aflita e ele pareceu ter entendido minha preocupação.- Tem noção disso?
_ Eles nem se conhecem, Murilo nem deve mais lembrar da gente... muito menos da Melissa que era um bebê, que ele mal teve contato.
_ Eu não tenho tanta certeza disso e eu tô com muito medo.
_ Fernanda. Olha pra mim...
_ Hm... -o encarei.-
_ Ele não sabe quem é ela, e mesmo que soubesse... não seria nenhum louco de se aproximar. Eu nem sei o que sou capaz de fazer se isso chegar a acontecer. Fica tranquila amor, aproveita nossas férias, nossos filhos... logo a Melissa volta e essa sua preocupação acaba.
_ Queira Deus que sim, eu quero minha filha comigo.






Narrado por Melissa
  Nosso segundo dia de viagem estava pra terminar, combinamos de jantar em uma praia vizinha, muito bonita por sinal. E o lugar era ao ar livre, bem gostoso. Tomei um banho e esperei as meninas ficarem prontas, acabou que nos arrumamos juntas e só depois de prontas que a Tacy avisou que minha mãe tinha ligado. Tentei ligar de volta, mas deu fora de área ou desligado. Deixei pra lá, mas avisaria quando voltasse para o quarto.


♥ 368 curtiram
melissa Se engana quem pensa que a noite foi feita pra dormir. #ÔhNoite #Noronha




_ Vamos meninas?
_ Falou com a sua mãe?
_ Não consegui, liguei e foi direto pra caixa postal. Não pega muito bem o celular na chácara. -fiz careta.-
_ Verdade, lembro quando fomos pra lá daquela vez. -risos.- Os meninos estão nos esperando lá embaixo...
_ Bora...


  Descemos, e fomos para o jipe. Não demorou muito e estávamos no nosso destino "final".   Entramos, nos acomodamos e jantamos bem, bebemos também e depois de uma apresentação que estava tendo voltamos para a nossa pousada.

_ Vou subir (bocejou) estou com muito sono. -Mari dizia, Andressa lhe acompanhou. Como só haviam ficado os casais, nós fomos para a areia e conversamos muito, demos risada do que tínhamos visto na viagem e depois eles entraram, restante apenas eu e meu gato.

  Era a primeira vez que eu estava ali em Noronha, mas o Andrade não e disse ele que conhecia um lugar. Nós fomos. Chegando lá, era uma parte muito deserta, mas dona de uma paisagem deslumbrante e um clima mais que sedutor (romântico).

_ Por que me trouxe aqui?
_ Gosto dessa nossa privacidade, e é lindo. Muito gostoso.


  Segurei sua cintura e ele meu rosto iniciando um beijo lento e instigante, suas mais desceram, uma nas minhas costas e a outra na minha cintura juntando-me mais à ele. Não achei estranho, na verdade estava gostando, estar ali estava dando o ar de proibido e todo mundo sabe que o proibido é mais gostoso. Ele me encostou em uma pedra não muito alta, mas que daria para eu me sentar, assim fiz, cruzando minhas pernas em sua cintura. Seus beijos agora se dividiam entre meus ombros e pescoço, minhas unhas em seu pescoço, me segurando nele.

_ Por que estou achando isso tão gostoso?
_ Porque é uma delícia... -disse passando a língua em meu pescoço, indo na direção do meu decote.- ... assim... 
_ Aí Murilo, e se alguém aparece... -tentei empurrar sua boca e ele riu.-
_ Ninguém virá aqui, ainda mais essa hora Melissa... mas posso parar se você quiser.
_ Você sabe que eu não quero...
_ Então fica quietinha...


  Uma alça do vestido foi tirada e como estava sem sutiã, tive meu seio exposto. Ainda beijando minha boca sua mão massageava-o devagar, deixando meu mamilo duro e sensível. Quando seus lábios tocaram outra vez meu pescoço joguei a cabeça pra trás, gemi ao sentir sua língua me chupando... Eu ainda era virgem, não sabia muito bem o que fazer e não sabia distinguir muito bem as sensações, mas o meu corpo estava quente. Não sabia se de medo ou excitação, na verdade eu queria continuar e me deixar levar pelo momento. Ele baixou a outra alça e abocanhou um ainda massageando o outro, senti minha boneca ficar quente e parecia estar escorregadia, tentava fechar as pernas para reprimir aquela sensação estranha, mas está difícil e mais... era gostoso. Andrade se afastou e tirou a blusa, não demorou e tirou meu vestido deixando que eu ficasse só de calcinha e sem jeito, cobri meus seios com o braço e ele sorriu.

_ Não precisa ter vergonha, você é linda... -beijou-me.- Seu corpo é lindo, feito sob medidas. -abracei seu pescoço sentindo meus mamilos roçarem em seu peito.-
_ Eu quero muito fazer isso, mas...
_ Não quero te forçar a nada minha loirinha. -mordeu minha orelha, cravei minha unha em suas costas.- Vai ser gostoso, prometo fazer direitinho.
_ Não vai doer?
_ Não vou te machucar princesa. -nos beijamos outra vez, suas mãos voltaram a minha cintura como se fosse para eu me acostumar com o clima, ele foi descendo seus beijos e deitando-me sobre a pedra. Senti um frio na barriga quando sua lingua passou pelo meu umbigo, mordiscou minha pélvis e pôs os dedos no elastico da minha calcinha.- Tem certeza?
_ Ahaaam...
_ Relaxa... 
_ Uhum... -ainda estava um pouco tensa, afinal eu estava nua na frente de um cara. Com a boneca bem na cara dele, isso não era comum.-
_ Delícia... 
_ Nossa! -seus dedos me tocavam de maneira íntima e muito devagar, senti ele passar a ponta onde eu estava sentindo ficar umido e espalhou por toda extensão, e colocou a boca fazendo eu arquear. Fechei os olhos e sentia sua lingua se mover num ritmo nem lento, nem rápido... eu diria preciso. Mordia meus lábios com vergonha de gemer mais alto e...- Ah! Que delícia... Murilo... Ôh... meu deus... -contraia o musculo e ele chupando mais.-  Ah! -ofeguei. Ele não parecia ter pressa, mas eu sim. Não sei, mas meu corpo estava esquentando, uma coisa estranha como se eu estivesse...- Aí! Que gostoso... -segurei seus cabelos.- Murilo... -puxei, as minhas pernas estavam bambas e eu cada vez mais quente... até que ele ergueu a cabeça, mas colocou seu dedo fazendo circulos.-
_ Relaxa... você está indo muito bem. -gemia baixinho.- Não precisa se segurar, a graça é se sentir livre... com muito prazer.
_ Isso é... Ãn...
_ Muito bom... -riu malicioso e voltou a colocar a boca outra vez, deliciosamente gostoso. Não segurei meu gemido, deixei que saísse alto.-
_ Para... me beija... -ele assim fez, e foi estranho. Estava sentindo algo mais, meio salgadinho, mas com ele tudo era bom. Não tive nojo, beijando minha boca, minhas unhas em seus ombros e sua mão tocando meu ponto sensível que parecia pulsar e acho que isso era tesão, estava muito gostoso.-
_ Eu tô com muita vontade de ter você pra mim. -falou no meu ouvido.-
_ E você tem... -ele tirou sua bermuda e eu não me atrevi olhar para baixo e ver o que me esperava, beijava seu pescoço na tentativa de cobrir minha vergonha. Senti algo pressionando minha boneca e forçar um pouco a entrada.- Aí...
_ Tô te machucando?
_ Não sei se aguento... -falei e ele acariciou meu rosto, beijou minha boca e foi introduzindo devagar. Respirei fundo e gemi porque doeu, estava ardendo um pouco e quando já estava "dentro" parou por alguns segundos.- Andrade...
_ Calma loirinha, você dilata... -riu já voltando a me beijar, ainda parado até fez menção de sair e voltou a penetrar.-
_ Ãn... faz de novo?
_ Com prazer... -ele repetiu o gesto uma e outra vez, doeu mais e eu o pedi para parar. Ele veio beijando meu rosto, minha boca e meus seios, automaticamente fui relaxando e tendo aquela sensação de o meu corpo estar esquentando. Andrade voltou a se mexer, meu corpo se movia ao ritmo dele... que foi aumentando, bem intenso, muito gostoso e minha dor e ardor foi substituido pelo prazer. Era como se eu e ele fossemos um, e eu estava gostando disso... não sei quando tempo ficamos ali, naquela mesma posição até que minha boneca o puxou mais pra dentro e em seguida relaxou. Ele sorriu, tirou seu membro e gozou fora.-
_ Acho que eu... Ah! -fechei os olhos e cruzei as pernas absorvendo a sensação de total entrega. Nos beijamos e ele me puxou pra baixo, nos deitamos na areia mesmo.- Isso foi... não sei descrever.
_ Perfeito loirinha. -nos beijamos outra vez, ele rolou ficando por cima de mim e senti seu negócio ficar duro outra vez, agradeci por estar de noite porque eu sentia meu rosto queimar de vergonha.- Acho melhor voltarmos para o hotel e tomarmos um banho... -beijou meu pescoço.-
_ Tô cheia de areia. -ri deitando em seu peito.-
_ Tá empanada. -risos.- Vem, se veste. -corri para me vestir e fiquei toda pinicando. Voltamos para a pousada e eu estava quase entrando no meu quarto quando ele me puxou para o dele, fechou a porta e fomos aos tropeços até o banheiro onde tomamos um banho cheio de intimidades. "Sinceramente! Se eu soubesse que era bom, tinha dado antes."- Com sono?
_ Pouquinho... -disse ainda enrolada na toalha, ele me jogou uma camisa dele e uma boxer.- Vai ficar enorme em mim... e é uma cueca...
_ Minha, vai ficar linda (selinho). Mas pode dormir sem se quiser.
_ Não, jamais. -virei de costas pra ele e me vesti rapidinho, depois me joguei na cama pegando o edredom em seguida.-
_ Está com frio?
_ Não é bem isso, é que eu...
_ Nunca dormiu com ninguém?
_ Com as minhas amigas conta? -ri.-
_ É mil vezes melhor, afinal elas não tem uma coisa essencial. -riu me deixando quase roxa.- Você é toda timida, não precisa ter vergonha de mim...
_ Prometo tentar... apaga a luz. -ele assim fez e veio para a cama, estávamos um de frente para o outro. Sua respiração bem no meu rosto.- Eu...
_ Você...
_ Obrigado... eu me sentia pronta e também que você era a pessoa certa. -beijei seu rosto.-
_ Foi bom pra você?
_ O que você define como bom?
_ Prazeroso... excitante... se era o que você imaginava... não sei.
_ Foi... bom demais, se eu soubesse teria feito antes. -nos beijamos, ele me abraçou pela cintura e nós dormimos juntos pela primeira vez.





















~.~

  Gente não adianta, mãe sente as coisas. Fernanda sabe que tem coisa muito errada nessa viagem e está a um passo de descobrir. Afinal... Andrade é o Murilo! Meu, ele ficou "sumido" por 14 anos, mais ou menos, e voltou. As opiniões se dividem entre : vingança vs amor. Mas, vamos com calma porque Melissa não sabe muito sobre ele, tanto que se entregou assim oh... de mão beijada em uma praia! Bem diferentona, perdeu a virgindade em uma praia rolando na areia mesmo. E agora eu te pergunto... como as coisas ficam? Será que a relação dos dois muda? Continuem acompanhando, está na reta final e tem um cadinho de coisa pra rolar. Beijos, até o próximo capitulo.

sábado, 30 de julho de 2016

Capítulo 199 - Parte I

Narrado por Melissa
   Fiquei sozinha na sala e quieta, o que minha mãe me contou de certa forma mexeu comigo e não por ser uma história triste pra caramba. E sim porque eu de verdade nunca imaginei, mano sempre soube que meu pai tinha fama de galinha, mas e ela? Os dois eram simplesmente idênticos, loucos demais pirados... sabe, ela não se casou virgem, não teve apenas um namorado, já fez o que devia e o que não devia. Eu pensei muito naquela noite, quando consegui dormir eram mais de quatro da manhã e consequentemente não consegui acordar à tempo de ir para a aula. Continuei na cama, pensando na vida. Em especial na minha. Bom, minha mãe me conhece desde que eu era um bebê, sei que a Ester foi embora e me deixou com o meu pai, mas nunca ninguém me disse como foi aquele dia e por mais que eu tente me lembrar... eu não consigo, eu era muito pequena.

_ Ei, tá acordada? -nem percebi que tinham batido na porta, era minha mãe.- Está se sentindo bem?
_ Estou... -ela entrou e sentou-se ao meu lado na cama.- Mãe, como foi aquele dia?
_ Que dia?
_ você sabe... O dia em que a Ester foi embora... Ninguém nunca me contou e está mais do que na hora de eu saber, não acha?
_ Já se passaram 15 anos, e foi um dia que se eu pudesse não teria deixado existir... Porque se hoje eu tenho raiva da Ester, não é por nada menos do que aquele dia. Você era uma criança de 3 anos e alguns meses... -minha mãe não mentiu, contou não em detalhes mas foi sincera e era dessa sinceridade que eu precisava, eu chorei muito e ela me abraçou passando apoio, passando força e mostrando que estaria ali para qualquer situação em qualquer circunstância, assim como esteve há quinze anos atrás.- Se hoje eu sou uma boa mãe, é porque tive uma ótima filha. -beijou meu rosto.- Você é especial, é única e uma mulher decidida. Eu confio em você, seu pai também, embora seu ciumes ainda faça com que ele te veja como uma garotinha. Só queremos o seu melhor, e você também não é? -assenti.- Vou tomar café e correr um pouco... você vem comigo?
_ Sim, vou me trocar também. -ela concordou e ia saindo quando a chamei.- Eu te amo, mãe.
_ Também amo você, filha.

   Saber que meus pais tinham confiança em mim fez com que eu revisse os meus conceitos, pensasse mais e por alguns dias dei uma afastada do Andrade. Ele não me procurou nos três primeiros dias e quando mandou mensagem eu dei a desculpa de que estava viajando em família e ficar muito tempo no celular daria muito na cara. E outra, estava em Orlando. Ficar no celular seria muito vicio.


Algumas semanas (...)

  Voltando de Orlando, Florida, depois do aniversário do meu irmão. Liguei para ele ao chegar em casa e conversamos, falei sobre meu sumiço e disse que estava confusa que tinha receio muito receio, o que era verdade. Ele me tranquilizou, disse que era pra deixar rolar e ver no que daria.

...

  Sexta-feira assim que acabou a aula ele me chamou pra almoçar em um restaurante próximo à escola, duas ruas abaixo. Liguei para a minha mãe avisando que almoçaria fora, e ela me pediu juízo.

_ Não sabemos muita coisa um do outro, ele comentou.
_ Talvez porque não conversamos tanto assim, passamos a maior parte do tempo beijando na boca e... você sabe, não é.
_ Tem coisa mais gostosa que essa?
_ Comer e dormir. -falei sem pensar muito, porque comer era vida.- Eu sei que você tem 41 anos, mas não me falou sobre sua família.
_ Não tenho mais contato com eles, faz mais de anos.
_ Seria muita curiosidade perguntar o que aconteceu entre vocês?
_ Não, mas eu não te diria porque gosto de você e da sua companhia. E não quero poluir nossa relação com isso...
_ Temos uma relação?
_ De amizade... colorida? -riu.-
_ Ha ha... bobão.
_ Mas vem cá... você também não me falou sobre você, da sua família.
_ Sou meio que adotada, quer dizer... moro com o meu pai biológico e minha mãe, que é a namorada dele que se tornou esposa e cuida de mim até hoje.
_ Uma madrasta?
_ Nunca a chamei assim, sempre tive uma relação de mãe e filha desde os três anos de idade. Madrasta soa estranho... -ri.- Tenho três irmãos também, alguns primos e uma família bem grande em Campo Grande.
_ É um lugar lindo, viajei algumas vezes para lá.
_ Bom, sempre que vamos pra lá ficamos em um lugar que celular não pega de jeito nenhum. Nenhum mesmo, dá até raiva... ainda não acostumei. -falei descendo do carro.- 
_ Viciada, tive uma namorada assim. -não sabia quem tinha sido aquela namorada, mas senti uma pontada de ciúmes porque ele sorriu ao falar dela. Ele fechou o carro e entramos, nos acomodamos e ele então fez nossos pedidos.- Você já namorou?
_ Não, nunca me fizeram o pedido. -"Essa é a hora que você sei lá... pensa em dizer alguma coisa amiguinho. Vamos lá, coragem."-
_ Eu sei o que quer ouvir, mas ainda não é o momento. Eu gosto de você, Melissa. De ficar com você, mas continua sendo menor de idade e seus pais nunca deixariam... espera você terminar a escola, completar dezoito e aí nós realmente podemos tentar dar um passo maior.
_ Tentar?
_ Quem não me garante que até lá você não vai se cansar de mim?
_ Quem me garante que você não vai arrumar outras mulheres para te dar aquilo que eu não tenho dado?
_ Nunca vou te forçar a nada, deveria saber disso. -tomou um pouco de sua bebida.-
_ Mas isso não quer dizer nada...
_ Deixa de ser apressada, gatinha. -riu.- Se tem uma coisa que eu aprendi é esperar, pra tudo...

  Falando muito sério, Andrade era um acara muito mais legal quando não ficava colocando empecilhos como nossa diferença de idade, isso era um saco. Mas fora isso eu gostava de conversar com ele sobre muitas coisas, minhas amigas diziam que era carência por conta do meu pai viajar muito ou afirmam que é porque eu estou querendo ser rebelde e pegar um velho mais experiente pra mostrar o lado bom da vida. E se fosse? Eu sempre soube diferenciar amor de paixão, e sei que embora eu não diga, essa relação é uma aventura. Pelo menos por enquanto!

Alguns meses mais tarde (...)

                                                           31 de Dezembro de 2032

  Finalmente o ano está acabando! Literalmente, faltavam apenas algumas horas para 2032 chegar ao fim. ôh ano demorado, mas um dos mais intensos. Não sei porque, mas ele me trouxe a sensação de liberdade em muitos sentidos. Não sei se é porque eu era o último ano da escola ou porque eu estava começando a sair mais com as minhas amigas, viajar sozinha para Ubatuba nas férias de julho. Ou então pelo simples fato de estar bem envolvida com o Andrade, não era um amor e sim uma paixão. Uma paixão que eu estava gostando de viver e deixar que se intensificasse. Meus pais ainda não o conheciam de fato, porque em todas as oportunidades que eles tiveram para estar frente à frente, algo deu errado. Mas isso ia mudar em breve.
  Ri com o meu próprio pensamento.

_ Não saí desse celular... Tá conversando com quem?
_ Ninguém, pai. -coloquei o celular no colo depois de bloquear a tela.- Até porque aqui nem a Vivo pega. -ele riu, mas ficou sério em seguida.-
_ Ninguém? Tem certeza que não é ninguém? Nenhum namoradinho? Já fala logo.
_ Ainda não, mas quem sabe um dia né... -e levantei saindo de perto. Andei um pouco mais para perto do caminho da cachoeira, buscando sinal.-
_ Filha...
_ Oi mãe. -guardei o celular outra vez, revirando os olhos.-
_ Seu pai disse que você está namorando.
_ Meu pai está bebendo, bebendo desde que o Sol se pôs. Eu namorando? Não, ainda não estou.
_ Olha a falta de educação, hein... Ele é seu pai, querida. Não está mesmo namorando? Sabe que não precisa esconder, não precisa mentir.
_ Desculpa. Mas, não ele é meu ficante só.
_ Quantos anos?
_ Mais velho que eu. -foi o que eu disse pro choque não ser tanto e ela não me querer mais detalhes.- Mãe quando iremos embora dessa selva? Quero viajar logo. -mudei rapidamente de assunto, fazendo a maior cara.-
_ Antes não queria ir pra essa viagem, agora de uma hora pra outra se animou até demais. Quem vai?
_ Minhas amigas, ué.
_ Melissa eu já tive sua idade.
_ Já tivemos essa conversa, e eu me lembro de tudo... como se fosse ontem. -e era verdade. Ela me olhou sorrindo, e brincou.-
_ Estou de olho em você.
_ Tá bom, pode ficar.

(...)

  Passamos a virada do ano lindamente na chácara, mas assim que amanheceu o primeiro dia do ano as minhas malas para voltar para São paulo estavam prontas. Eu já estava acordada, tinha tomado meu banho e estava na cozinha tomando café junto com a minha avó.

_ Caiu da cama?
_ Mãe, nosso vôo está marcado pra amanhã de manhã.
_ você é chata, Melissa. Calma, vocês vão chegar no horário. Ainda temos que esperar seu pai... -quando minha mãe prega pra falar, esquece. E meu pai estava de ressaca, demorou pra levantar, demorou para se arrumar, demoramos pra sair de lá e fomos chegar em São Paulo era mais de meia-noite.

  Subi para o meu quarto, dormi junto com  Leninha que era a única que tinha voltado de Londrina junto conosco. Na manhã seguinte acordei com as meninas me ligando, iríamos em sete pessoas, Tacy e Nay com os namorados, eu, Andressa e Mariana. Depois de tomar café, seguimos para o aero, estava tudo certo e meus pais me acompanharam até a sala de embarque.

_ Nossa amor, que foi?
_ Nada eu... Pensei ter visto uma pessoa conhecida. Só isso amor. -e beijou meu pai. Passei os olhos pelo espaço e encontrei um pouco mais à frente a razão do meu sorriso e minha mudança de interesse pela viagem.-
_ Tá rindo pra quem Melissa?
_ Lembrei de uma piada pai. -falei e ele riu apertando meu nariz. Voltei a olhar pra trás e trocar olhares e sorrisos, minha mãe percebeu mas não falou nada. E foi até bom, senão era capaz do meu pai cancelar minha viagem.-
_ Vai tazer pesente pa mim, Mê?
_ Quantos você quiser.
_ Viu só, vô ganha pesente, vô ganha pesente!
_ Estão chamando meu vôo, beijos família. Fui. -os abracei e "corri" pro avião.




Narrado por Fernanda

(...)

_ Não vai falar mesmo? -Luan dirigia de volta pra casa e insistia em saber o que eu tinha visto no aeroporto que me deixou tão abalada. Só que eu não poderia simplesmente dizer que vi o Murilo. Afinal muitos anos se passaram, ele esteve preso e pode ter mudado muito. Sem contar que pode ser alguém parecido. Só o que me deixou meio assim foi a troca de olhares e sorrisos com a minha filha.- Fernanda!?
_ Nada amor. Volta a dirigir... -voltei a pensar no que tinha acontecido enquanto olhava a paisagem fora da janela do carro. O pensamento estava tão intenso que eu levei um susto quando Luan pôs a mão na minha coxa.-
_ Tem alguma coisa te incomodando e quando chegarmos em casa iremos conversar.
_ Eu tamém papai?
_ Você vai brincar com as suas bonecas, o que você acha?
_ Legal. -riu e eu sorri "forçado".-

  Chegamos em casa, Helena pediu seus brinquedos e eu os peguei colocando no tapete da sala e fui até a cozinha, Luan entrou logo atrás dando-me outro "susto".

_ Tá... Pode me contando.
_ Não pergunta nada, só me abraça... -assim que ele me abraçou toda a sensação ruim veio na cabeça, minhas lembranças mais profundas e eu chorei de soluçar abraçada à ele. Chorei muito e não conseguia falar nada, Luan alisava minhas costas e beijava o topo da minha cabeça repetindo que tudo ficaria bem e eu queria que isso realmente fosse uma verdade.-
_ O que você viu naquele aeroporto que te deixou assim?
_ Eu vi um homem que me lembrou muito o Murilo, e fiquei mal. Fiquei mal por lembrar de todo mal que ele me causou.
_ Amor, fazem anos que não temos notícias dele. Ele pode ter se mudado, pode ter morrido, pode ter sido preso outra vez. Não coloca coisa na sua cabeça.
_ Eu sei, eu só não queria ter  lembrado.
_ E eu tenho um bom jeito pra te fazer esquecer...
_ Não amor, estamos sozinhos aqui e com a Helena. Não vou deixar ela sozinha. -falei e ele riu, voltou a me beijar e depois fomos para a sala brincar com a pequena. Passamos o dia ali nos distraindo com ela, à noite depois de jantarmos, Helena dormiu e nós fomos para o quarto e nos amamos por horas...



























~.~

  OK! E agora minha gente? Não vou falar nada, vocês quem vão me dizer... Haha!

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Capítulo 198 - Parte XV

Narrado por Melissa
  Confesso que acordei um pouco tarde no sábado, 12h para ser mais exata. Mas também acordei descansada, tomei um banho e segui para a cozinha onde encontrei meus avós, Ester e minha tia Marina. Almoçamos juntos e depois fomos dar uma volta, na verdade minha avó havia pedido que fôssemos ao mercado.


_ Ei, você pensa que me engana né?
_ Do que você está falando? -ri, continuei escolhendo os tomates e ela me olhando "indignada".-
_ Não me contou nada da festa de ontem. O cara beija mal?
_ Não, ele beija muito bem. É que não tem muito o que contar. Chegamos e o dono da festa já estava alteradinho, perguntou até se eu era namorada dele e tals... -durante a compra fui contando, não detalhei muita coisa e mesmo assim o assunto estendeu até voltarmos pra casa.-
_ Para vai, não quer me falar quem é?
_ Não, um dia você vai saber.
_ Hm... sei viu dona Melissa. Mãe, as coisas estão na cozinha.
_ As coisas estão na cozinha? Não vai fazer não?
_ E desde quando a Ester cozinha, vó?
_ Ela é fresca e não põe a mão na massa, mas ela sabe cozinhar muito bem.
_ Essa eu não perco por nada! Vamos, eu te ajudo.
_ Tá. Oh, vamos sair hoje!
_ Sair?
_ É uma balada bem reservada até e muito boa, conheço o dono. 
_ Minha mãe já deve estar daquele jeito, louca por eu ter saído antes... imagina se souber que vamos para uma balada.
_ Para vai Melissa, deixa que com a advogada eu me entendo depois.
_ Não quero briga entre vocês.
_ Minha briga com ela não tem nada a ver com você. -risos.- Ela me vê como uma ameaça, mas não vamos entrar nos detalhes que é conversa de adulto.
_ Aí, ridícula. 
_ Você ainda é um bebê. -risos.


  Seguimos para a cozinha, preparamos o que tinha de ser feito e depois fomos nos arrumar para sair à noite. Eu, ela e alguns amigos.

(...)

  Pensei que minha mãe fosse louca com as amigas, mas a Ester era mais. Foi divertido sair com elas, deu pra aproveitar e não chegamos tarde em casa. 
  Ao amanhecer não tivemos muita disposição pra acordar cedo, mas acordamos mesmo assim minha avó queria ir a missa e disse que iriamos todos. E fomos, chegando ela preparou o almoço enquanto eu tirava um cochilo e então meu domingo seguiu assim, todo preguiçoso. Quando foi segunda acordei bem cedo, mesmo morrendo de preguiça e muito sono. Tomei um banho e logo me vesti, fiz a primeira refeição do dia e segui para o colégio.


_ Quem é viva sempre aparece, né bruxa?
_ Bom dia meninas! -me joguei no colo delas e ficamos de papo furado até dar a hora de irmos para a sala. As primeiras aulas cansativas e as duas últimas mais ainda, mesmo sendo a que eu mais gostava. "Por que será né fofa?" Depois que deu a hora de ir embora, ainda dei uma enrolada e fiquei com o Andrade alguns minutos, na verdade até o pai da Tacy chegar e me dar uma carona até a casa da minha vó Mari.-
_ Vai passar o dia aí?
_ Acho que até meus pais chegarem, aí vou pra casa.
_ Não quer ir lá pra casa, não?
_ Vou comer primeiro, estou com saudades dos meus pequenos e meus avós também.





Narrado por Luan
  Chegamos em São Paulo na segunda-feira no finalzinho da tarde, nós fomos para casa e depois de um banho juntinhos, cheio de caricias, pegamos o carro e fomos buscar as crianças.


_ Cheguei família! -assustei Fernanda que estava distraída ao meu lado, ri da cara dela e ganhei um tapa.- Xumba! Pai!
_ Você não acha que está grandinho pra ficar gritando não? -mamusca apareceu com Lucas no colo.- 
_ Ah Mamusca, olha o tamanho dele pra estar no colo. -risos.-
_ Tio! 
_ Vem cá garotão, como cê tá?
_ Tô bem, tava brincando.
_ Brincando com quem?
_ Com o Arthur, a Maria e a Helena.
_ Uai, cadê a Melissa?
_ Trancada no quarto com a Laura desde o almoço. Coisa de meninas. -sussurrou.-
_ Vou assustar as duas... -subi de fininho depois de abraçar muito minha mãe e bati a porta do quarto fazendo as quatro gritarem muito e arremessarem pelúcias e travesseiros.- Bora pra casa.
_ Oi padrinho, quanto tempo!
_ Oi Laurinha, oi Tacy... Nayara.
_ Oiiii. -disseram em coro.- 
_ O que estão aprontando aí?
_ Juro que nada, estávamos contando do final de semana.
_ Final de semana, é? Também quero saber dona Melissa Dias Santana.
_ Lá em casa a gente conversa meu velho. -pulou no meu colo se pendurando no meu pescoço.- Tava com saudades paizinho. -me encheu de beijos pelo rosto e desceu.-
_ Também e vai por roupa que isso tá curto demais. Bom, vou descer e dou cinco minutos pra vocês.
_ Quinze e não se fala mais nisso. -assenti.- Desci e encontrei meus filhos, abracei os três e juntei-me à eles no sofá.-
_ Elas estão lá em cima?
_ Falando sobre o final de semana, vê se pode.
_ Claro que pode... -risos.-
_ Como foi no Rio, Fernanda?
_ Saudades de quando a senhora perguntava das minhas viagens. -risos.-
_ Que filho mais ciumento esse meu viu. -beijou meu rosto.- Como foram os shows? -ri, eu não me cansava de falar sobre a vida na estrada e levamos um tempão pondo os assuntos em dia, ficamos para o jantar e depois de dar tchau para os meus pais, levar as meninas em casa, nós fomos para a nossa casa. Fernanda subiu para dar banho nas crianças e eu fiquei na sala com a Melissa, estávamos vendo TV.-
_ Cadê a turma? -perguntei ao vê-la descer de pijama, sozinha.-
_ Dormiram, amanhã todos eles tem aula.
_ Leninha não, né mãe...
_ Não, mas seu avô deve ter brincado muito com ela. Porque ela tomou banho cochilando, não quis nem tomar mamadeira pra dormir. -sentou no sofá e foi se escorando em mim.- E você?
_ O que tem eu?
_ Não tem aula amanhã?
_ Tenho, mas não queria ir não...
_ Pode me dizer o por que?
_ Porque meu pai vai estar em casa, quero passar o dia com ele.
_ Passa a tarde, ele nunca acorda cedo. -falou rindo.- 
_ Não sou o único. -risos.-
_ Fala como foi a viagem mãe, fiquei morrendo com os snaps da tia Lila.
_ Nossa... maravilhoso... -Fernanda começou a falar que não parava mais, contou até de sexta-feira e foi o gatilho que faltava para trazer o assunto da saída da Melissa.- ... ficou com os seus avós?
_ Mãe, eu sei que a senhora sabe que eu sai... não me olha desse jeito.
_ Por que você foi "escondida"? Poderia ter nos falado.
_ Meu pai encrenca de eu ir no shopping, imagina pra uma festa que só tinham universitários, maiores de idade e cheia de bebidas. Ele nunca iria me deixar ir, nem a senhora... eu acho. -falou revirando os olhos e eu quieto só escutando.-
_ Que isso Melissa, acha que somos de que seculo?
_ Pais são super protetores e vocês levam isso muito a sério quando se trata de mim... por que hein?
_ Queremos o seu bem e não queremos que façam mal à você.
_ Mal? Aí gente, nem todo mundo é ruim não. Pelo amor de deus, não acontece só desgraça no mundo...
_ Não é só desgraça... é sequestro por dinheiro, é estupro por pura maldade...
_ Tá... não aconteceu nada disso, fui com um amigo... e...
_ Amigo? -me pronunciei na conversa.- Você disse que estava com uma amiga quando eu liguei... Melissa, você saiu com um estranho? -ela ficou quieta, me olhava assustada por eu estar falando sério.- Quem era?
_ Eu menti, sei que foi um erro. Mas nem a Ester deixaria se soubesse que era com um amigo.
_ Melissa... -não terminei de falar, talvez não estivesse preparado para o restante daquela conversa.   Levantei do sofá e subi para o quarto indo direto para o banho, um banho demorado para parar de pensar merda porque eu com certeza não estava no meu estado normal.





Narrado por Fernanda 
  Luan não tinha paciência porque ele aprontou muito bem com a filha dos outros e não queriam que fizessem o mesmo com as mulheres da família dele. Por isso esse ciúmes todo. Ele subiu, Melissa disse que iria ao banheiro e eu pensei no que havia conversado com a Lila no hotel. E decidi que faria algo que nunca tinha sequer pensado antes, poderia ser que funcionasse.


_ Mê... -ela olhou e ficou parada.- vem aqui, quero conversar com você...
_ É sobre eu ter mentido?
_ Não, não tem a ver diretamente com você. É mais algo sobre mim que você precisava saber.
_ Você está grávida de novo? Pelo amor de deus, eu não vou aguentar!
_ Não, é outra coisa.
_  Grave?
_ Só escuta tá? -ela assentiu.- Também sou filha mais velha, mas isso não é segredo. Então eu cresci estudando nas melhores escolas, fiz ballet, curso de idiomas, natação e muitas outras coisas para ocupar meu tempo e ajudar a ser alguém, ter uma boa colocação social e profissional... meus pais me criaram para ser a filha dos sonhos, e eu cresci. Mas não estava satisfeita. Beleza, terminei a escola e ingressei na faculdade de direito que eu aprendi a gostar e foi aí que vi minha liberdade. Festas, pegação e uma vida de mentiras... Nossa eu conseguia ser eu mesma, saia sempre que dava, bebia até não aguentar levantar, beijava mais de dez caras em uma mesma festa e ia pra cama se me desse na telha. -Melissa arregalou os olhos claros, desacreditada.- Não fui nenhuma santa e meus pais não conheciam a verdadeira Fernanda, porque eu mentia... mentia que estava fazendo um trabalho da faculdade, mentia que estava tendo provas, mentia que ia dormir na casa de uma amiga que estava doente e precisando da minha ajuda... enfim... eu pensava que estava fazendo o certo. Que era a fodona, dona do meu nariz e que ninguém nunca ia saber, nunca ia descobrir e foi aí que eu quebrei a cara. -contei à ela minha "história" de vida e chorei ao falar do Murilo, como fui filha da puta com ele e como isso terminou. Do quão difícil foi me aproximar dos meus pais e reconstruir toda nossa relação.- Eu não estou te falando que você tem que ficar trancafiada em casa, mas pensa antes de agir meu amor. Porque de momento as coisas podem ser ótimas, mas as consequências será você quem vai sofrer... sejam elas boas ou ruins. -me levantei.- Boa noite querida, vai dormir que está tarde e amanhã você tem escola. -beijei sua testa e subi limpando as minhas lágrimas e deixando Melissa na sala. Entrei no quarto e Luan secava o cabelo com a toalha, ainda estava com a toalha enrolada na cintura.-
_ Por que você tá chorando?
_ Me abraça? -ele abriu os braços e eu me agarrei a ele, que não estava entendendo nada.- Eu te amo tanto.
_ Tá toda dengosinha... quer me contar o que conversaram?
_ Uma outra hora, preciso dormir amor. -nos beijamos e fomos para a cama.














~.~
  Essa família ❤
  Esse papo mãe e filha, será que a Mê vai voltar nesse assunto? Hm... quero mais rs

terça-feira, 26 de julho de 2016

Capítulo 198 - Parte XIV

Narrado por Fernanda

(...)

_ Gente, olha isso! Ela está com essa cara tipo... "aí que delícia" "meu deus, oh" ... minha amiga com expressões eróticas na hora das fotos.
_ Para de ser idiota, Fernanda!
_ Te amo, olha a carinha dela. Vou postar aqui pra vocês no próximo snap... -mostrei uma foto dela que estava bem sensual.- ... viram? Hoje ela tá foda.
_ Você é muito ridícula, dá tchau que você está me fazendo virar piada. Vou virar memes.
_ Gente, tchau porque eu vou comer agora e mais tarde nós voltamos e direto do evento que eu ainda não vou falar  o nome.
_ Tchau, gente!

(...)

  Sim, nós fomos comer e depois descansar (no caso eu) e ela se produzir. Esse negócio de ser modelo eu nunca vou entender, até porque eu não nasci pra isso.
  Depois de dormir uma tarde inteira acordei com muita saudade dos meus filhos e meu marido, liguei para eles e só não consegui falar com a adolescente da casa. Liguei pro Luan e depois de muito conversar, ele perguntar da viagem e eu perguntar da dele, nós falamos sobre a Melissa que estava na casa da Ester e tinha ido pra uma festa com não sei quem e voltado pra casa mais de cinco horas da manhã. 
  De verdade? Eu não fiquei brava, só fiquei chateada que ela quis ir para a casa da "outra mãe" pra fazer algo que ela não faria comigo por perto. Desligamos e eu fui para o meu banho.

_ O que foi amiga? Tá tristinha, aí...
_ Filhos...
_ Ou filha? O que está acontecendo?
_ Eu acho que a Mê está namorando escondido e pior, foi dormir na casa da Ester pra sair com o namoradinho.
_ Aí, sério?
_ Eu fico preocupada. Muito. Eu não devo ser tão chata assim. 
_ E não é! Para de se inferiorizar amiga. Você é uma ótima mãe, tanto que quando eu dou bronca nos meus filhos é pra sua casa que eles querem ir. -riu.- Acontece que sua filha, sua menininha... não é tão menina assim. Melissa vai fazer 18 anos e você ainda vê na sua mente aquela criança que a Ester deixou quando não tinha três anos de idade... ela demorou a entender, foi difícil, mas passou. E mesmo que você não perceba, acaba mimando demais a Melissa por causa disso.
_ Mas Li...
_ Não. Para com isso mulher, porque você só vai se desgastar. Todo o amor que você deu e dá até hoje tem sido retribuído, todo esse cuidado tem sido visto como proteção. Mas ela é adolescente, nós fomos adolescentes. Queríamos tacar o foda-se e sair mesmo, beijar um monte e a gente fez isso. E não que nós não contamos para as nossas mães porque as amamos menos, e sim para não sermos repreendidas.
_ Eu não sou tão dura com ela.
_ Você não dá muita corda, porque conhece a filha que tem. Você deu a liberdade dela contar, mas já imaginou sua filha chegando pra você e falando que não é mais virgem? Ou que saiu e encheu a cara? Que sei lá, experimentou algum tipo de droga? Vai ser um choque e você não vai ser tão compreensiva, vai querer aconselhar ou dar um puta de um sermão por extinto materno. E ela não vai querer ouvir, assim como nós não quisemos.
_ Eu não quero que ela minta pra mim como eu mentia para a minha mãe, Li.
_ E não vai, porque ela confia em você. E está numa fase que a maioria dos jovens passam. Ela sabe que pode contar com você pra tudo, desde um coração ferido até uma gravidez inesperada. Então pelo amor de Deus, aproveita essa viagem e se liberta dessa cruz que você mesma se colocou nas costas. 
_ Nossa Lila.
_ Como sua melhor amiga, irmã, comadre... tenho o dever de ser sincera e te trazer de volta à realidade. Eu não sei o que te dá, parece uma pessoa tão centrada e desaba em segundos. Você tem que entender que ninguém é forte o tempo inteiro e que ninguém está livre de erros. Então não se julgue, nem se nomeie de maneira negativa. Se a Melissa vier a errar não vai ser falta de instruções ou porque você teve culpa... e sim porque ela vai querer caminhar com as próprias pernas e caso ela venha cair, vai te chamar para que você volte a ensinar como dar os primeiros passos outra vez. -não falei nada, lhe abracei. Chorei ali no colo da minha amiga, porque no final sabia que ela estava certa e que não adiantava eu fingir que não via tudo aquilo tudo.

"Luan se vestiu com o que encontrou e saiu do quarto me deixando sem entender absolutamente nada, dizendo que precisava ir pra São Paulo e batia na mesma tecla o tempo inteiro.

_ Eu preciso ir pra São Paulo, agora!

_ Mas o piloto...
_ É urgente! Antes que a louca da Ester faça uma loucura.
_ Fala com calma!
_ Ela chegou lá cheia de malas dizendo que está indo embora pra fora do país e está com a minha filha!
_ Quer se acalmar!
_ Não quero porra. Eu quero ir logo!


  E foi, ninguém o impediu e eu não fiz perguntas. Juntei-me a ele e fomos para o jatinho. Demorou muito e foi uma viagem mais que tensa, ele estava tenso e não falava com ninguém. Chegando no aeroporto praticamente voamos para o condomínio, ele entrou na casa dele cuspindo fogo e gritando com ela.

_ Tá ficando louca?

_ Nossa, anda estressado hein gato. Namorada não está sabendo aliviar dua tensão? -riu irônica- Esperava mais de você, Fernanda!
_ Cala sua boca!
_ Bom, vim me despedir. Tenho o sonho de ser livre e não vai ser uma criança que irá me prender. Por isso estou indo embora pra nunca mais voltar!
_ Está querendo levar minha filha de mim?
_ Não! A Melissa fica!
_ Como assim fica?
_ Você ama muito sua filha, certo? Então... Pode ficar com ela. -disse fria e se levantando.- As malas estão aqui, documentos... Tudo. -foi até ele.- Seja feliz nessa sua nova vida!
_ Você está abandonando uma criança? A sua filha?
_ Não é abandono, porque sei que ela estará bem e segura aqui.
_ Mãe! -Melissa veio do quarto com a carinha de quem tinha acabado de acordar mesmo.- Colo!
_ Você vai ficar com o papai hoje, tá? Dá um beijo aqui que a mamãe já está indo embora... -se abaixou e as duas se abraçaram, e ela se levantou outra vez.- Adeus!
_ Ester... Pra onde você vai.
_ Isso ninguém nunca vai saber, mas vou ficar bem viu. Fui! -ela pegou sua bolsa e passou rápido pela porta deixando à todos nós sem nada entender mesmo. Melissa quando viu que a mãe estava indo embora sem ela começou a chorar, não sei se pelo sono ou por já sentir o abandono, Luan a pegou no colo e voltou a se sentar aconchegando a filha em seus braços e deixando que ela se acalmasse aos poucos.


...

  Eu estava bem chocada, bem pasma com aquela situação. Sem reação nenhuma, assim como meus sogros e minha cunhada... Assim que Ester atravessou a porta e Luan se sentou com Melissa eu fui pra perto da piscina e ficava andando de um lado pro outro pensando, me sentei na espreguiçadeira e apoiei a cabeça nas mãos e fiquei quieta.

_ Fernanda? -escutei a voz da Mari.- Posso? -assenti e ela se sentou ao meu lado.- Está tudo bem?

_ Não sei dizer, eu não estou acreditando que ela... Essa mulher não pode sequer ser chamada de mãe... Ela está deixando a filha... A filha dela de 3 anos e alguns meses pra mudar de país porque a filha dela está impedindo ela de crescer? O que ela tem na cabeça?
_ Eu sinceramente não sei.
_ Ela não pensou em ninguém a não ser nela. Essa mulher é um monstro. Se eu fosse o Luan não deixava nunca mais ela chegar perto dessa menina. Nunca!
_ No que depender de mim não vai. -respirou fundo.- Olha... Eu nem sei como dizer isso, até porque... -olhei quieta e atenta.- O Luan vai precisar de apoio, do nosso e do seu também, e...
_ Eu nunca deixaria ele, ainda mais agora sabendo que ele vai precisar de mim. -ela sorriu sem jeito e me abraçou agradecendo.-
_ Você é um anjo."



  Quinze anos atrás, e recordo-me como se tivesse sido ontem. Muito se passou e como disse minha amiga, eu não podia me prender ao passado, aos meus erros e precisava viver com calma e sem imaginar sempre no pior ou enxergar que minha filha ainda é um bebê, quando na verdade sei que ela está se tornando uma mulher.

_ (...) Fernanda! 
_ Oi? -olhei sorrindo de canto.-
_ Temos duas horas, então vai se arrumar logo.
_ Ok... estou indo.

(...)

  O carro nos deixou em frente a casa de shows, descemos e nos poupamos de pegar uma fila enorme e chegamos a receber algumas vaias por isso, outros nos reconheceram e pediam fotos, outros estavam gravando videos. Entramos sem pressa, pegamos as pulseiras do Camarote VIP Premium.

_ Sorriam sempre, postem muitas fotos e não deem vexame.
_ Aline meu bem, relaxa. Já fizemos isso antes.
_ Eu sei que sim, meus amores. Mas não me custa nada reforçar. -risos.- O VIP Premium é open bar de tudo o que vocês podem imaginar. Peguem leve, porque bêbado ama falar "verdades" e vocês vieram aqui para promover a casa e fazer a linha "estou amando, quero morar aqui".
_ Aí Aline, você é a melhor pessoa. -falei rindo.-
_ Você sabe como funciona, não sabe? -assenti.- Quando disseram quem era seu marido fiquei querendo acreditar, ele é um lindo, gostoso e tudo de bom.
_ Ele é Aline, muito gostoso. -risos.-
_ Vou até o backstage conversar com o produtor e volto aqui, divirtam-se.

  Foi ela dar as costas que a sessão snap e fotos começaram. Lila e eu fomos até o barman e pedimos dois drinks.

_ Pra começar hein amiga. -tiramos o canudo e o guardachuvinha que vinha junto.- 
_ No três. -falei.- Um...
_ Dois...
_ Três. -viramos tudo sem cerimônia, rindo em seguida.- Uau, quero mais um!
_ Assim que se fala. -dizia ela rindo. Dessa vez os rapazes nos acompanharam no vira-vira.-
_ Se engana quem pensa que mulher não bebe, né não Gusta? -ele me filmava.- Dá um Oi, Fefê.
_ Hello, hello. -risos.- O show nem começou e já estou amando esse lugar. -beijei o copo.-
_ Por que? Conta pra galera.
_ Porque os drinks daqui são maravilhosos.
_ O que você diz Dadá?
_ Que minha amiga entende das cachaças, então eu não discuto
_ Tô bem acompanhado ou não tô? -demos um beijo em seu rosto, um de cada lado.-
_ Quero ver qual das duas vai parar primeiro. -Gustavo dizia rindo.-
_ Aqui é treinada pra beber e não ficar de ressaca. Bate aqui amiga.
_ Duas loucas.
_ Duas mulheres bem resolvidas. A nós! 
_ Tim tim.

  O DJ tocava algumas músicas enquanto a casa ia enchendo, soube que teriam dois shows naquela noite: Thiaguinho e Lucas Lucco. Ou seja, eu estava em casa literalmente.
Antes de lotar nós descemos e fomos até o camarim, cumprimentei o Thiago e conversei por uns minutos com o Lucco. Tiramos até uma foto pra encher o Luan.

_ Se o seu pai te perguntar, você tá com o Luan Santana. Mas se ele perguntar onde tá a muié dele, fala que ela tá comigo. -mandou no áudio.-
_ Mas é besta hein... -falamos rapidamente da vida corrida, ele de cantor e recém casado, e eu de empresária e mãe.-
_ Luan tá mandando mensagem. -riu.-
_ Tá se aproveitando que sua mulher está em casa cuidando da Olívia. Toma jeito, Lucco.
_ Vocês são os piores, af. Como está a pequena?
_ Chorona. Ficou com febre quando eu vim viajar.
_ Aí tadinha... mas muitas crianças são assim. Ainda mais na correria de vocês.
_ Mas agora ela melhorou, conversei com ela pelo telefone.
_ Imagino, Luan nem é babão. Por ele nós teríamos uma creche em casa.
_ Pior que eu também, sempre quis família grande.
_ Fer, vamos? Já conversou demais com esse grandão aí. 
_ E meu abraço, loira?
_ Aqui. -se abraçaram e depois de mais fotos, saímos.-
_ Oh, eu falei que era um dia de cada.
_ O que? -perguntei sem entender.-
_ Ontem ele te roubou uma foto, hoje sou eu. Tira aqui Dadá.
_ Aí que gay, para com isso.
_ Vai logo, aproveita que ela ainda não desceu do salto.
_ Ridículo...
_ Vamos lindos, vai começar o show. -Aline não parava um segundo, subimos de volta.

  Aproveitei para ir ao banheiro, depois peguei mais uma bebida e fui encontrar com o pessoal na grade. Estava pouco iluminado e eu me arrepiei por inteira quando senti um homem encostar em mim e tocar minha cintura, virei pronta para enfiar a mão na cara daquele vagabundo e quase morro com o susto.

_ Luan? O que você está fazendo aqui?
_ Te fazendo companhia. -me beijou para que eu parasse de falar, bati em seu braço e mordi sua língua. Ele deu foi risada.- Cadelinha, para de me morder.
_ Por que não avisou que vinha? Tô toda acabada... e você todo bonitão!
_ Pra mim você está linda, você é sempre linda. Como você tá? Te senti diferente quando desligou o telefone?
_ Coisa de mãe, mas passou. Eu e a Lila conversamos sobre isso e estou me sentindo melhor.
_ Conversa com a amiga e não com o marido? Pode isso produção?
_ Pode sim. E larga da minha amiga, trouxe ela pra aproveitar a viagem comigo, Luan. Assim não vale.
_ Oi pra você também comadre.
_ Amor, vem cá... esses são os amigos da Lila e agora meus também. Tiago e Gustavo.
_ Dupla sertaneja? -riu os cumprimentando.- Tudo bem cara? - Luan se mostrando todo simpático, sociável. Os apresentei também ao Well que estava junto com o Luan, e acabou que aproveitamos o show juntos como se fôssemos uma galera só.

  Quando deu por encerrado demoramos um pouco para sair, na verdade voltamos ao camarim e rolou aquela zoeira, outras fotos e por fim saímos da casa de shows. Luan nem reserva em hotel tinha feito, foi direto pra lá... então seguimos para o nosso e chegando lá conseguiu dois quartos.

_ Vamos?
_ Amiga... -fez beicinho.-
_ Vai me deixar dormir sozinho? É isso mesmo?
_ Af, tô com saudades do meu marido. Luan, te odeio. Você acabou com a minha noite de muitos assuntos com a minha amiga. Boa noite pra vocês. -jogou beijos, e seguiu para o elevador enquanto nos despedíamos dos meninos, do Well e fomos dar uma volta pela praia. estava mais que tarde, não tinha tanta gente nas ruas. então foi bem de boa, logo voltamos e depois de um banho nos acomodamos na cama.-
_ Tá que tá nas fotos, né?
_ Por que? -falei me aninhando ainda mais nele para ver o que estava no celular.- Ficou bonita, vai... -selinho.-

♥ 3.999 curtiram
heytiago
Fefê <3 #NightclubBlue #Inauguração 


_ Ficaria mais se fosse comigo. -riu.- Mas essa outra ficou bem melhor... olha essa.

♥ 584 curtiram
relicariolunanda
Mais um lacre da linda @fermarques na inauguração da casa noturna @nightclubblue com a assessora da Models Brazil, @alinevieira. Fala se essa mulher não está linda gente... Luan também estava por lá, mas não consegui nenhuma foto nítida. Af!

luansantana olha sua direct rs vou mandar uma exclusiva
loversls Luan só comenta quando é essas baba ovos!
respirolunanda parabéns amor, lacrou porque os dois curtiram e ele ainda comentou.
fanficsls como sobreviver com esse comentário do @luansantana quero tbm, como faz?

_ Você ama causar né?
_ É daora, eu curto um movimento. -risos.-
_ Guarda isso, vamos dormir vai...
_ Vamos embora amanhã?
_ Não sei, por que?
_ Não quero a Melissa na Ester nem mais um dia, e sem a gente em São Paulo ela vai ficar.
_ Ela saiu porque quis amor.
_ E porque ela foi uma irresponsável e deixou, porque até parece que eu ia deixar ela sair com uma amiga que eu não conheço pra chegar na madrugada do outro dia. -fiquei quieta, deixei ele pensar que realmente tinha sido com uma amiga. Enquanto eu tinha quase certeza que tinha sido com algum menino, mas isso só seria esclarecido quando chegássemos em São Paulo.

















~.~

  Gente, a Dalila é toda louca e disso nós estamos cansadas de saber disso. Mas, vem cá... ela fala a verdade na lata, na cara e eu amo! O que ela falou abriu a mente da Nanda, mas trouxe lembranças também... não é? E tudo "terminou" bem, ou melhor, a viagem está de boa. Mas, eles voltam pra casa. E aí? O que vai acontecer?


PS: Gente, vou responder os comentários anteriores rs. Continuem comentando, que o desfecho está chegando. Eita! Prepara o core.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Capítulo 198 - Parte XIII

Narrado por Fernanda

(...)

_ Nossa já está indo pronta? -ela perguntou assim que abri a porta.-
_ Pronta pra dormir, né? A inauguração não é só amanhã?
_ É, mas meu amor... hoje é sexta!
_ Não quero ser a velha do rolê, mas amiga... não somos mais menininhas não.
_ Desapega dessa chatisse, dessa preguiça. É um barzinho, Fer. Tranquilo.
_ Quem vai?
_ Nós e alguns amigos.
_ Porque eu tô sentindo que não vai prestar?
_ Porque eles são héteros e te acham linda. -sorriu.- Sério... quando eu disse que te levaria comigo, eles ofereceram até carona.
_ Mentira!
_ Verdade, mas relaxa... eles não vão te agarrar.
_ Menos mal, até porque sou uma mulher casada sabe?
_ Sei. -risos.- Eu também sou, esqueceu?
_ Ninguém esquece quando se tem uma aliança enorme no dedo. -ela revirou os olhos e fomos para o táxi.


  Demoramos um pouco até chegarmos no aeroporto, mas deu tudo certo e conseguimos embarcar a tempo. Nosso assunto rendeu tanto que chegamos no aero e fomos até o hotel conversando, pegamos o elevador e mais risadas, as pessoas nos olhavam com cara de nojo e nós nem ligamos. Entramos no quarto, nos jogamos na cama e ficamos por alguns segundos em silêncio.

_ Vamos?
_ Não vamos nem jantar? Eu tô com fome Lila.
_ Acredito eu que lá onde iremos tenha coisa pra comer.
_ Não é um bar?
_ Bar tem petiscos.
_ Nada disso, vou pedir alguma coisa enquanto você se arruma... aproveitar e ligar em casa e aí nós vamos.
_ Ok. Pede aí, vou tomar um banho.
_ Não tomou antes de vir pra cá?
_ Não. Tomei banho quando eu acordei, depois fiquei com a Sophi o dia todo, levei eles na minha mãe e fui pra sua casa.
_ Credo, porquinha.
_ Seu cu.
_ Limpinho e depilado. -risos.-
_ Tem que estar em dia, né? Vai que o boy chega querendo comer algo diferente.
_ Você é ridícula, Dalila.
_ Sou muito da sincera, porque dar o cu é maravilhoso. 
_ Velha, safada!
_ Gosto do que é bom e aproveito enquanto posso. -riu, peguei o telefone pra ligar na recepção enquanto ela seguiu para o banheiro. Pedi uma salada com camarão e um suco de manga com abacaxi, fui informada que chegaria no quarto em até 30min. E foi o tempo de eu ligar para a Mari, falar rapidamente com as crianças e ligar pra Melissa, saber se estava tudo bem com ela na casa dos avós.

   Minha refeição chegou e comi tranquila, enquanto a bonitona ainda estava no banheiro (fazendo o que eu não sei). Dalila saiu quando eu estava terminando de beber meu suco.


_ Demorou hein, gata. Estava trocando de pele?
_ Pior... dando um jeito nesse cabelo, estava podre. Agora tá em dia.
_ Era só isso mesmo?
_ Quer olhar e ver se tá inchada?
_ Eu não, deus me livre dessa cena horrorosa. Prefiro comer sem mentalizar essa cena. -risos.- Vai demorar muito pra se trocar?
_ Não, mas ainda não sei o que vestir.
_ Vai pelada, um nu artístico.
_ Ah, claro. Vou colocar um salto pra dar uma contraste de cores.
_ Palhaça. Seu celular está tocando...
_ Atendi aí pra mim, amiga?
_ Tá... -peguei e apareceu a foto de um cara muito gato, atendi e falei "Alô?".-
_ Acabamos de aterrissar, já chegou?
_ Não é a Lila. É a Fernanda, amiga dela. Nós já chegamos, estamos no hotel.
_ Hm... fica muito longe do aero?
_ Uns 15 minutos ou menos, rapidinho de táxi.
_ Beleza, daqui a pouco estamos chegando. Estão prontas?
_ Ela está se trocando.
_ Tá. Até daqui a pouco então gata. 
_ Tchau. -desliguei rindo do "gata."- Doido.
_ Quem era?
_ Um tal de Tiago.
_ Um gato, maravilhoso e que esconde a idade que tem. -dizia se trocando.- E solteiro.
_ Não adianta nada, sou casada e muito bem casada.
_ Somos meu amor, mas olhar não arranca pedaços. Curte a noite.
_ Não prometo. -ela revirou os olhos e me deu as costas. Eu e ela sempre fomos soltinhas demais, só que depois de um tempo de casada eu me contive mais e ela não, continuou na "loucura" porque estava em um trabalho assim. Ela ainda modelava, mesmo não sendo com a mesma frequência de antes.-
_ Tô pronta. -assenti.- E você?
_ Vou escovar os dentes e passar uma escova nesse cabelo. -corri para a minha mala, peguei a necessarie e fui para o banheiro. Uns dez minutos depois eu estava pronta, ela também.- Pronto!
_ Partiu... eles mandaram mensagem, disseram que estão no hall nos esperando.
_ Quem são mesmo?
_ Tiago e o Gu. Você vai conhecer, vamos...


  Pegamos celular, carteira e bolsa. Saímos do quarto, ela trancou a porta enquanto eu chamava o elevador. Não demorou para que chegássemos ao térreo, cumprimentei os rapazes e ali mesmo Lila nos apresentou. Seguimos para o tal barzinho que ficava um pouco mais afastado do hotel.

_ Bem movimentado aqui hein. -falei entrando.-
_ Um dos melhores, aqui não tem muitos paparazzis.
_ Amém, quero beber muito hoje. -Tiago comemorou.-
_ Amanhã vocês não farão fotos?
_ É mais marcar uma presença, circular pelo camarote, passar no camarim e vazar. -Gustavo disse.- 
_ Ah, mas vai estar um pessoal bacana. 
_ Não sei nem o nome da casa. -risos.-
_ Tem algo a ver com noite. -Lila comentou.- Pareceu ser bacana, eu curti.
_ O que você não curte, né meu amor.
_ Pepeca. -sussurrou e eu ri.-
_ Aí Lila, você não presta.
_ Lila? Que estranho, chamamos ela de Dadá.
_ Costumes, né... -nos acomodamos pedimos nossas bebidas e aquele foi um "esquenta". O lugar realmente era shoe de bola, agradavel, muito iluminado e as mesas bem dispostas pelo salão. Nem reparamos a hora passar, e também nem era preciso. Tiago levantou para dançar junto com a Lila e eu continuei no maior papo com o Gustavo. Ele tinha o que conversar, contou da carreira de modelo e também que era músico. Achei bem curioso, porque nem sempre era fácil conciliar.-
_ Quatro filhos? Uau. Não parece...
_ Você tem filhos?
_ Um casal, são gêmeos. Pedro e Luana.
_ Sério? Quantos anos?
_ Três meses e meio.
_ Novinhos, deve ser difícil deixar sua esposa e viajar assim...
_ Não estamos juntos, mas eu os vejo sempre.
_ Nossa, por que?
_ Porque não deu certo, ela me traiu enquanto estava grávida... sinal de que não queria algo sério.
_ Complicado, já passei por isso.
_ Foi traida?
_ Traí. Não me orgulho, tive minhas consequências.
_ Sempre tem, não é honesto e deixa marcas. -fomos conversamos mais e bebendo mais, quando eu senti que estava "alegre" pedi uma água.-
_ Licença, você não é a mulher do Luan Santana? -assenti.- Tira uma foto comigo? -me levantei para tirar foto com o rapaz e outras pessoas apareceram, até o gerente apareceu.-
_ Não sabia que você era tão conhecida assim...
_ Meu marido sim, eu não. 
_ Ah, mas usam ele como referencia.
_ É. Muitos não me conhecem como Fernanda e sim como a mulher/esposa do Luan Santana.
_ Sei como é. -risos.-
_ Gente, vamos dançar... a música está ótima. -e nós fomos, percebi um flash e outro na nossa direção, mas os ignorei.

  Ficamos por ali mais algumas horas e depois voltamos para o hotel.


(...)

  Amanheceu o dia e eu amanheci com ele. Tomei um banho um pouco mais demorado aproveitando para lavar os cabelos e aliviar um pouco aquele calor que estava me consumindo. Terminei, me vesti e peguei o celular para passar o tempo enquanto a Lila não acordava.


fermarques Ela é outra vibe, outro clima, outro pique @lilamendes #deontem #errejota

relicariolunanda Linda essa amizade de vcs @fermarques @lilamendes 
melissa Hm... tão soltinhas aí né?
memesls Não tem nem vergonha de sair pra curtir e largar os filhos.
paulacastilho ficou maravilhosa com esse cabelo
luvida :X
foreverls abre teu olho cantor
geovannasoraya postar a foto que tirou com o modelo gato ngm quer né?
juju_ só observo 
danilinhospfc duas gatas, aqui na minha cidade. Aí papai
luansantana vai viu, tô muito longe de vcs não 
meululubs melhor marido da vida, casa comigo @luansantana?



  Era o Luan comentar que o caos se instalava, mas OK, estava mesmo curiosa pra saber de que foto a menina tinha falado e sai caçando até que achei em um FC shipper.


respirolunanda Sei não hein, mas acho que rolou um ciúmes do cantor kkkkk mas estão lindos!

loversls tava demorando pra essa daí aparecer SOZINHA e galinhando, vaca!
lsminhavida nossa, como se ela não viajasse sozinha. Se liga @loversls
anjogustavo aí mds, que perfeitos. Posso shippar? ❤
gustavosalles marido dela vai ficar bravo @anjogustavo e sim, ficamos lindos


"ISSO MESMO! Tá certinho, fode mais com a minha vida." Entrei no ig dele e lá estava uma foto nossa, uma foto que eu nem lembrava a hora de tirei ou melhor, que eu tinha tirado.


gustavosalles "só mais esse hein, chega" parceria na hora da cachaça haha @fermarques

meumundogs af começou aparecer com essas piranhas
lucassilva apresenta pro amigo aqui, que princesa
danielalves sortudo do caraio
relicariolunanda procura saber antes de sair xingando @meumundogs, eles só estavam juntos porque a Lila está no Rio para um evento e ele é da mesma agencia e saíram juntos os quatro. Por isso a foto, não foi um encontro sua burra!
humor_gsalles treta? adoroo!
gustavetess af, é só uma foto! Como tem "fã" ridícula kkkk e mesmo que fosse peguete... o que você tem a ver com isso?
loversls nunca gostei dessa Fernanda, af é piranha mesmo. Largou os filhos pra ir pra farra com a amiguinha
_sophierocha blá blá blá ... isso chama inveja
tiagocardoso tô me perguntando onde eu estava que não sai nessa foto kkkk provavelmente bebendo kkk

  Choveu de comentários e eu ignorei o restante. Segui, curti a foto e sai do insta.
  Dalila estava começando acordar, toda descabelada e com a maquiagem toda borrada.


_ Bom dia sua cachaceira! -falei jogando o travesseiro nela.- 
_ Bebi pra caralho e acordei sem ressaca! Muito bom dia. Já tomou café?
_ Não, estou te esperando meu amor.
_ Jura? Que bonitinha.
_ Linda. Agora vai logo, Dalila!
_ Tá bom, Fer. -ela não demorou no banho e quando saiu não parecia aquela mulher de uns quinze minutos atrás.


  Esperei que ela trocasse de roupa, prendesse o cabelo e descemos. A mesa de café ainda estava por lá, nos servimos e fomos nos sentar à mesa e então recapitulamos a noite anterior, montando mentalmente um quebra-cabeça.

_ Mas amiga, relaxa que eles são uns amorzinhos e nunca faltaram com respeito comigo. A gente brinca, mas tudo tem um limite.
_ Eu sei, gostei deles também. 
_ Vem cá... hoje farei umas fotos, você vem comigo?
_ Sua assessora por um dia?
_ Te deixo ficar com o meu celular.
_ Fechado!





Narrado por Melissa 

(...)


  Ester e eu passamos o dia fazendo nada. Na verdade fomos almoçar fora, aproveitamos passamos no shopping e aí perdemos horas entre uma vitrine e outra. Chegamos era quase seis da tarde, cumprimentei meus avós e fomos guardar as coisas dela.

_ Topa uma baladinha?
_ Ainda não tenho dezoito anos e se meus pais descobrem, nós duas morreremos.
_ Você se preocupa demais, é só uma balada.
_ Não posso, marquei de sair com um amigo.
_ Amigo? Que amigo? Quero saber tudo.
_ Não. -ri.- Ainda não, por enquanto está guardado à sete chaves.


  Ester e eu não tínhamos um relacionamento mãe e filha, mas eramos amigas e nos tratávamos assim.   Minha mãe morria de ciúmes, embora não admitisse e por isso eu procurava não abusar.
  Esta noite eu realmente sairia, Andrade foi convidado para uma resenha e me chamou pra ir junto... estava receosa, mas topei. Quando deu a hora me arrumei e disse pra Ester que já estava indo.


_ Oi. -falei toda sem jeito ainda sem ter entrado no carro, ele sorriu e destravou a porta.-
_ Você está linda. -deu-me um beijo na bochecha.-
_ E você não está parecendo um professor. -risos.-
_ Terei isso como um elogio, senhorita Dias.
_ Para... odeio essas formalidades.
_ Eu gosto quando me chama de Andrade.
_ Eu também, mas me chame de Melissa. Eu fico mais à vontade. -ele assentiu e depois de eu colocar o cinto, deu partida no carro. "Nenhum selinho?"- Estamos indo na casa do seu amigo, mas eu nem sei o nome dele...
_ Caique.
_ Só isso?
_ Ah, não tem muito o que falar Mê.
_ Você é todo sério, nossa...
_ Muitas já me disseram isso 
_ Vamos me poupar dos detalhes...
_ Não ia falar nada demais, você que é toda maliciosa. -riu.-
_ É muito longe?
_ Depende... sempre tem um caminho mais longo.
_ Esse caminho mais longo inclui um momento só nosso?
_ Bem assanhadinha você. Vamos passar na minha casa antes, esqueci mibha carteira lá e estou com uma menor de idade no carro.
_ Aí seu besta, que engraçado você.
_ Super. -risos.


  Nós realmente passamos pela casa dele, mas eu não desci do carro fiquei sentadinha esperando por ele, enquanto mandava mensagem no grupo meu e das meninas (Nay e Tacy). Ele voltou com outra blusa, trazia também uma blusa de frio e a carteira.

_ Você trouxe blusa?
_ Não... precisava?
_ Você sente muito frio?
_ Hm... você me esquenta, assim eu fico abraçadinha em você.
_ Esperta. -risos.- Pode ligar o som se quiser, fica à vontade.


  Não perdi tempo, pluguei meu celular e fomos escutando minhas músicas até chegarmos na casa do   Caique. E assim... estava cheia!
 Muita gente mesmo, em sua maioria jovens adultos. Andrade tinha dito que eram amigos da faculdade e que resenhas como aquela costumavam acontecer direto.


_ E ai cara, nunca disse que tinha uma namorada e ainda mais gata desse jeito. -fiquei toda sem graça.-
_ Ela tem nome. Melissa.
_ Melissa? Hm... prazer, Caique.
_ Oi. -sorri.-
_ Oh, fica a vontade... tem comida, tem bebida e lá fora tem ate uma piscina.
_ Piscina? -olhei pelo vidro e tinha gente na água.-
_ Ela não vai nadar. -beijou meu rosto.-
_ Você é chato pra caralho, mano! Deixa a menina curtir, isso é uma festa.
_ Ela que sabe. -beijou meu pescoço, agora me deixando arrepiada. E fomos entrando, fui apresentada à alguns amigos e amigas e nos sentamos juntos com uma turma de mais ou menos sete pessoas. Eu estava gostando do que vi até agora.

  Andrade levantou para pegar uma bebida e eu fiquei sentada conversando com uma amiga dele, a Maju, até que ele voltasse.


_ Você bebe?
_ Não. -falei e ele me deu um copo.- O que é isso?
_ Drink sem álcool, pode beber.
_ Te olhando assim até que você não é estranha, eu te conheço de algum lugar. -um dos meninos que estavam na mesa diziam, senti que Andrade ficou meio assim.- Você é modelo?
_ Não, aluna do ensino médio mesmo. -risos.-
_ Não, eu tenho certeza que já te vi.

  Esse menino chato quase que abre a boca enorme pra falar o que não deveria, mas estava tão bêbado que não se lembrou quem era meu pai.
  Se tinha álcool ou não, eu não saberia a diferença. Só sei que era muito bom e eu tomei a festa toda aquilo, mudava o favor mas a bebida era a mesma. Fui ao banheiro com a Maju que me mostrou onde era e logo que voltamos não achei o gatinho, sentei lá e dei uma olhadinha no celular pra saber se a   Ester tinha mandado mensagem e levei um susto quando a foto do meu pai apareceu na tela. Corri pra dentro da casa e entrei na cozinha onde tinha menos barulho, atendi e falei Alô com a voz mais fingida do mundo.

_ Eu sei que você não esta dormindo coisa nenhuma... -foi direto e reto, engoli seco.-
_ Pai, calma.
_ Eu não preciso de calma não... quero saber onde você tá.
_ Em uma festa com uma amiga. -mordi os lábios.-
_ Ah, te achei. -veio sorrindo e eu fazendo sinais pra ele ficar quieto.-
_ Quem te achou Melissa? Você tem certeza que saiu com uma amiga?
_ Pai, você não confia em mim, é isso?
_ Confio. E espero não me decepcionar... 
_ Por que iria?
_ Não tolero mentiras. Tem certeza que está com uma amiga? Posso dormir tranquilo?
_ Pode sim, chegando em casa eu mando mensagem. Beijos, te amo.
_ Também amo você, se cuida. -e desligou. Respirei fundo me sentindo mal por ter mentido.-
_ Se quiser eu te levo embora.
_ Não! Estou gostando daqui, quero ficar... vem comigo.


  Já que estava na chuva, queria me molhar então aproveitei cada segundo daquela "festinha" beijei meu professor de monte, dançamos também e quando eu estava realmente cansada, pedi que ele me levasse pra casa.

_ Foi muito bom, acho que preciso fazer isso mais vezes.
_ Sair?
_ É. Eu fico muito em casa, saio mais com os meus pais.
_ Não está perdendo nada. -estacionou.- Você pode até me chamar de velho, careta... mas meu, você viu. A galera sai pra beber e ficar louco, pegar geral e ir pra casa, dormir e no dia seguinte não lembrar de nada. Isso pra mim, não é curtir.
_ E o que é curtir então?
_ Você fazer o que te der vontade, sem preciso de alcool para ser o seu impulso.
_ Tipo?
_ Dançar, beijar na boca, ir pra cama com alguém... e saber que ao acordar no dia seguinte vai lembrar de tudo, exatamente da forma que aconteceu. Isso é curtir.
_ Então quer dizer que você quer se lembrar do nosso primeiro encontro juntos?
_ Ah, não vou ser hipocrita e chamar de encontro. -sorriu.- Mas quando acontecer, eu irei me lembrar. -soltou o cinto e inclinou-se para dar início a mais um beijo e eu estava adorando, queria sempre mais. Ficamos quase uma hora parados na frente da casa dos meus avós "ficando".- Você tem a chave?
_ Não, vou ligar pra minha amiga e pedir pra ela abrir aqui. -ele assentiu. Peguei o celular e liguei, demorou muito e ela atendeu.- Abre aqui?
_ Melissa, sua mãe vai me matar! Isso é hora?
_ Quando eu entrar a gente conversa.
_ Tá, tô descendo. -desliguei.-
_ Tchau, até segunda. 
_ Até, se cuida. -selinho. Sai do carro e depois de dar mais um beijo nele (da janela mesmo), corri para a porta e entrei.-
_ Que bonito hein? São 5h27 da manhã. E se a advogada liga procurando você? 
_ Mas ela não ligou. Deu tudo certo. Boa noite.
_ Boa noite? Nada disso... quero saber com quem você saiu.
_ Eu não contei nem pra minha mãe...
_ Eu sou sua mãe, sabia?
_ Não vamos entrar nesse assunto agora. Eu tô com sono... amanhã eu conto tudo o que você quiser saber.
_ Melissa, Melissa...
_ Ester, relaxa. Meus pais não vão saber o que aconteceu, calma.
_ Você é muito despreocupada.
_ Falei com o meu pai, e por falar nele. Vou mandar uma mensagem avisando que já cheguei.

  Ele ainda estava acordado, respondeu dizendo que quando ele chegasse de viagem teríamos uma conversa e me mandou dormir. Olhei e vi que o Andrade estava online...



  Dormi por algumas horas, acordei com muita preguiça de levantar da cama. Peguei o celular e as notificações bombando, quando fui ver era das fotos que "vazaram" da tal resenha.



maju.nogueira "Faz carão @melissa" #parcerinha #resenha

alananicacio Hm filha do Luan Santana soltinha na noite.
beatrizrodrigues Enquanto o pai está em Vitória, a mãe no RJ... a filha curte em SP
fanynascimento Lindas, lindas e lindas
felipecassio aí papai, que isso hein
fakes deixando os boys babando
gabrielsilva pena que estava acompanhada do começo ao fim da festa
fanficsluel ACOMPANHADA? COMO ASSIM?
loversls SABIA! Vi uma foto dela com o boy, até postei haha
respirolunanda @melissa apresenta o boy pra gente poxa













~.~

  ÔH POVO QUE GOSTA DE UMA BAGUNÇA! É mãe, é filha, é todo mundo. O que falar desse capítulo?