{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Capítulo 199 - Parte IX

  Antes de começarem a leitura eu aconselho a ler os capítulos anteriores pra entrar na vibe. E mais, quero compartilhar com vocês uma nova fanfic. Estou ansiosa por ela e tenho certeza que irão amar, o link está aí e peço para que compartilhem com as amigas que gostam de ler, nos grupos que fazem parte e não deixem de acompanhar. Beijos, boa leitura! 

Together by chance

  •ו

Narradora
  Luan voltou com a sua família para São Paulo, mas não ficou em sua casa, seguiu para outra cidade.   Enquanto as famílias se dividiam em dois carros, Rafael havia ido buscar Bruna e os filhos, aproveitou levando os sogros para casa. E Fernanda seguiu de táxi com os filhos para casa. O clima ainda estava tranquilo, até porque estavam cansados da viagem em si. Os únicos que não sentiram esse cansaço foram os três pequenos que estavam ligados no 220.
  Não queriam saber de descansar e deram uma canseira daquelas na mãezona dedicada e muito cansada.

_ Mas... tá bom, Luan. Não vou proibir nada, não vou falar nada... Tchau. Também amo você. -desligou.- Desce daí Helena.
_ Brincando de brinca mamãe.
_ Brincando de brincar coisa nenhuma, aí não é lugar de subir. Desce.
_ Não quelu...
_ Não o caramba, vem aqui com a mamãe... vem...
_ (...) -Helena voltou a ficar de pé em cima da mesinha de centro na sala, cantando e dançando igual ao DVD que assistiam. Fernanda levantou do sofá e lhe pegou no colo descendo-a dali e empurrando a mesa.-
_ Se você subir lá outra vez eu vou te deixar sentada pensando, ouviu?
_ Sim. -disse a pequena baixando a cabeça com um beicinho linda, mostrando arrependimento. Mas foi a mãe virar as costas que ela mostrou a língua e saiu correndo em direção à cozinha.- 
_ O bicho vai pegar você aí no escuro, viu Nena.
_ Não mamãe, bicho não! Não deixa. -voltou correndo e se jogando no irmão que descia as escadas.- Atur...
_ Mãe para de assustar a menina, ela vai cair.
_ Vai nada, ninguém mandou ela ir lá... Já arrumou sua mochila?
_ Tô com preguiça...
_ O que sua irmã está fazendo?
_ Vendo vídeo no YouTube, vendo essas meninas feias.
_ Continue pensando assim e eu seria a mãe mais orgulhosa de todas. -beijou o rosto do menino e subiu para o quarto, foi até o closet e fez o que Luan havia pedido. Pegou o celular que ainda estava desligado e então seguiu para o quarto da filha mais velha.- Melissa. -a menina não acreditou, virou assustada e imaginando ter feito algo de errado na viagem.- Seu pai pediu para eu te entregar o seu celular, toma.
_ Obrigada m... -não conseguia dizer, ainda se sentia envergonhada.-
_ Juízo hein. -e saiu. Melissa olhava para o aparelho e sua primeira reação havia sido ligá-lo, mas estava sem bateria. Ela o deixou carregando enquanto seguia para um banho rápido, já que se sentia com muito calor. Ao sair, colocou seu pijama e seguiu até sua escrivaninha e ficou arrumando sua mochila de acordo com as aulas do dia seguinte, aproveitou também para responder alguns dos exercícios que estavam pendentes e depois se deitou na cama. O quarto em silêncio, seus pensamentos pareciam estar se organizando em um misto de lembranças: boas e ruins, momentos intensos e outros superficiais, sentimentos confusos... ela se levantou e procurou no meio de suas "bagunças" as fotos, cartinhas entre outras coisas. 

  Fernanda sempre foi de guardar as coisas dos filhos desde quando pequenos então não foi difícil para Melissa encontrar registros de sua infância como fotos de apresentações no jardim da infância, viagens feitas com os pais ainda  com menos de dez anos, sem contar as fotos com os avós, "bisos" segundo ela dizia... as primeiras fotos de quando era neném ao lado de sua mãe, eram fotos que não acabavam mais.
  Ela perdeu a nossa das horas que ficou por ali e dormiu por cima de todo aquele acervo.


_ Mãe, o que a senhora vai fazer amanhã?
_ Levar vocês na escola, ir trabalhar... por que?
_ Se meu pai está viajando... quem vai buscar a gente?
_ Por acaso eu já te esqueci na escola? -perguntou rindo, Arthur negou.-
_ Posso ir na casa da minha vó?
_ Se ela estiver em casa, sim.
_ Tá bom. -se despediu da mãe e subiu para dormir. Helena ainda estava elétrica e foi dormir eram quase três da manhã.


  Aconteceu que no dia seguinte Fernanda ficou com pena de acordar a pequena tão cedo, acabou levando a filha mais nova para a empresa.

_ Nena! 
_ Que é ela mamãe?
_ É a Polly, meu amor. Fala "Oi." pra ela.
_ Oi. -falou toda timida, se escondendo nas pernas da mãe.- Mamãe tade a dinda?
_ A dinda não chegou ainda, hoje ela foi ver o neném dela.
_ O neném dela é eu.
_ Você é o neném da mamãe e do papai. -Fernanda explicou e isso foi motivo pra pequena Helena ficar enciumada e emburrada até entrarem em sua sala.- Tira esse bico, neném.
_ Não sô seu neném mais. Sô neném de ninguém... eu sô moxinha.
_ Aí que "moxinha" mais linda da mãe dela. -mordeu sua bochecha.- Gostosa da mamãe.
_ Fê, posso entrar?
_ Entra Junior, vem cá ver minha "moxinha" mais linda.
_ Essa princesa aqui? -ele entrou encostando a porta, deixou a papelada em cima da mesa e estendeu os braços na tentativa de pegar Helena no colo.- Não quer vim com o tio?
_ Cê é meu tio tamém? -perguntou desconfiada.-
_ É sim meu amor, amigo da mamãe. Fala "Oi." pra ele.
_ Oi. 
_ Quantos anos você tem?
_ 2.
_ Tudo isso?
_ É.
_ Veio trabalhar muito hoje?
_ Brinca a mamãe disse.
_ Quer dar uma volta?
_ Isso, inventa mesmo. Você que vai levar.
_ Enquanto você olha os papeis eu e a mocinha aqui iremos comprar um doce bem gostoso na padaria daqui debaixo.
_ Eu tenho um marido muito bravo e sou uma mãe 10x mais brava. Cuidado com a minha pequena.
_ Pode deixar. -eles saíram da sala e Helena foi ainda tímida, mas não demorou para que sua curiosidade desse sinais e ela comentasse sobre o que via pelo caminho.


...

_ Ele nunca mais me ligou, eu sinto falta. -Melissa conversava com a amiga.-
_ Ah amiga... foi melhor assim.
_ Melhor pra quem? -falou alterada.- Meus pais sempre disseram que diálogo é a base de tudo, e ele surtou por saber quem realmente eram os meus pais e sumiu. Eu tentei ligar, mandei mensagem e imagina a minha dor de saber que ele não atendeu ou respondeu alguma das mensagens. 
_ O que você quer com ele afinal?
_ Não sei, mas sinto que precisava vê-lo uma outra vez. -disse olhando para o nada com os olhos marejados.- Sei que a situação em casa está melhorando, mas nada foi esclarecido.
_ Quer esclarecer mais o que?
_ Aí Tacy, não é um crime eu me apaixonar. E daí se ele errou no passado?
_ Aí não, não me diga que...
_ Todos nós merecemos uma segunda chance, merecemos nos redimir ou até mesmo recomeçar. Ele recomeçou, meus pais também. 
_ Você é louca.
_ Ninguém me entende, eu amo os meus pais e sei que errei feio. Só que não tenho arrependimentos do que vivenciei com ele. Eu amo o Murilo.
_ Você precisa de um médico, porque se depois de tudo o que sua mãe contou, toda a treta que tiveram e o climão que ficou... você chegar e falar que ama um cara como ele. -fez uma pausa.- Você está no mínimo louca.
_ O amor é uma loucura, a maior delas talvez. -sorriu com tristeza, levantou-se e se despediu da amiga pegando sua mochila e indo pegar um táxi.


  Melissa conversou com a amiga durante todo o caminho de volta pra casa, chegando no condomínio pagou o taxista e entrou. Como de costume, subiu para o quarto e tomou um banho, estava calor.   Vestiu uma roupa fresca, arrumou a cama e guardou suas bagunças, desceu para almoçar sozinha. Já que deduziu que os irmãos estavam com os avós. 
  Acabou passando sua tarde sozinha. Ouvindo músicas, estudando, escrevendo, bem tranquila.   Enquanto sua mãe estava se descabelando na empresa com alguns dos projetos que haviam dado divergência.


_ Ôh mamãe eu quelia ir pra minha casa, brinca com as minha boneca.
_ Queria ficar quietinha, fazendo seu desenho. Daqui a pouco nós vamos pra casa...

Três horas depois ...
_ Ôh dinda, quelia ir pra casa.
_ Você vai meu amor, vamos lá chamar a mamãe.
_ Mamãe!
_ Vamos Helena, vamos pra casa vai...
_ Aleluia.
_ Você quando entra nessa sala só por Deus.
_ Deixa de ser exagerada, Luan dois.
_ Engraçadinha.
_ Aprendi com o tempo. Vai ir pra casa?
_ Vou sim, minha mãe vem me buscar.
_ A minha tamém, dinda.
_ Dá tchau, filha. -Helena assim fez dando a mão para a mãe e em seguida indo para o elevador.- Agora vamos passar no mercado tá?
_ Vou comer doce?
_ Não, nada disso.
_ Por que mamãe? Eu quelia muito.
_ Você comeu doce o dia todo, vai comer comida agora.
_ Comi no almoço com a senhora e a dinda.
_ Já falei. Não. Tchau seu Jorge.
_ Tchau dona Fernanda, tchau mini Fernandinha. -Helena brava virou o rosto, não querendo saber de papo.-
_ Ih seu Jorge, essa aqui tá malcriada que só ela. 
_ É coisa da idade. -sorriu apertando a trava que levantava a cancela do estacionamento.-
_ Eu não tô malcriada, não.
_ Tá sim senhora, mas deixa que em casa a gente se acerta.
_ Vou apanhar no bumbum? -perguntou querendo se esconder da mãe, Fernanda riu negando com a cabeça.- Qui cê tá rindo?
_ Nada Leninha. Você não disse que estava cansada?
_ Quelia brinca com as minha boneca eu disse...
_ Sei viu...


  Fernanda não só passou no mercado como também foi na casa dos sogros, Arthur quis ficar pois o primo estava lá também e pelo jeito dormiria por ali. Maria Luísa estava com saudades da mãe, quis ir pra casa. Uma noite das garotas.

_ Aí Luan, você tem cada ideia. Se liga ôh, sou uma mulher de respeito. -respondeu deixando as compras em cima do balcão da cozinha, tirou os saltos e foi até a geladeira.-
_ Ah amor, vai falar que não gosta disso.
_ Coisa linda, eu não tenho mais vinte e cinco anos não.
_ A empresa é sua, a sala é sua e a fantasia minha.
_ Não adianta, pode tirando essa ideia da sua cabeça. Pirou é?
_ Acho que você ou tá doente ou tem um amante.
_ Minha saúde está ótima. -respondeu rindo ainda se deslocando pela cozinha, guardando uma coisa e outra até que Melissa apareceu na cozinha com os olhos vermelhos e uma cara péssima.- Posso te ligar depois?
_ Ficou séria de repente... aconteceu alguma coisa?
_ Não, daqui a pouco te ligo. -e desligou sem dar tempo para o Luan responder, o que o fez pensar milhares de coisas. Retornou a ligação e nada de Fernanda atender, mais uma vez e nada. Até que na última tentativa Maria Luísa atendeu.-
_ Malu?
_ Oi pai.
_ Cadê sua mãe?
_ Não sei, ela fechou a porta do quarto da Mê.
_ Elas brigaram?
_ Também não sei, acho que não.
_ Maria!
_ Eu.
_ Deixa eu falar com ela vai.
_ Tá...
_ Alô...
_ Quer me matar?
_ O que foi?
_ O que aconteceu com a Melissa?
_ Menstruação. Cólica muito forte, uma dor de cabeça terrivel e muito enjôo. -respirou fundo.-
_ Tem certeza?
_ Bom, eu menstruo alguns anos... então sim né amor. -riu.- Está tudo bem. Pode ficar sossegado. Vou fazer a janta, tchau.
_ Nem um beijo?
_ Beijo amor, te amo.
_ Nossa Fernanda, melhor que não tive dito... eu hein, que má vontade.
_ Ôh amor você tá muito sensível hoje, pelo amor de Deus.
_ Tchau, vai lá fazer duas coisas... não quero atrapalhar não. -e desligou.


  Fernanda olhou para o celular e não disse nada, deixou o telefone em cima da mesa e seguiu para a cozinha. Preparou o feijão, colocou o arroz no fogo e temperou a carne deixando descansar enquanto cortava a salada. Melissa estava deitada esperando que o remédio fizesse efeito, Maria Luísa brincava de casinha com Helena. 
  As horas não demoraram a passar e logo o jantar estava pronto, as meninas de banho tomado e esperando a mãe para jantar.


_ Falta a Mel, mamãe. -disse Helena ao se sentarem à mesa.- Tade ela?
_ É mãe, a gente nunca come separado. Vocês brigaram?
_ Mais não podi, o papai que disse.
_ Sua irmã está deitada, descansando...
_ Quando é o papai a gente acorda ele.
_ Chega vocês duas, hora de comer não é hora de falar. -falou tranquila, fugindo das perguntas e afirmações das pequenas.-
_ Isso tá esquisito.
_ É mamãe... muito quisito.
_ Vocês duas hoje hein... tá demais.
_ Tá tudo muito quieto, tá chato.
_ Muito mamãe.
_ Filha você está parecendo papagaio, sabia? Tudo você repete. 
_ O que é pagaio?
_ Um bicho que sabe falar e tudo o que você fala, ele repete. E você está Igualzinha.
_ Pagaio é bonito?
_ É verdade, Leninha.
_ Credo! Verde não gosto...
_ Gosta de que?
_ Azul que é de menina também.
_ Quem disse isso? -as duas irmãs interagiram durante todo o jantar e ao terminarem subiram juntas para escovar os dentes e irem para cama.- Boa noite, mãe.
_ Boa noite gatinha. -beijou sua testa e saiu do quarto.- Helena, você já estava deitada... o que foi pequena?
_ Quelia muito deita com a mamãe. -disse indo para o colo da mãe.- Deixa?
_ Deixo sim, mas nós duas vamos dormir. Nada de brincar, cantar ou ver TV. Bora neguinha. -seguiram para o quarto, deitaram e não demorou para que estivessem dormindo.





Narrado por Fernanda 
  O clima tinha uma atmosfera diferente do que tinha sido nos últimos dias, mas a sensação de que uma forte emoção viria não saia do meu peito. 
  Havia se passado três dias da semana, eu estava indo para casa mais cedo por não estar me sentindo bem. Cheguei e depois de um banho, ter me alimentado e pedido para a madrinha buscar a afilhada na escolinha, subi para me deitar e encontrei na cama algo que sequer tinha reparado antes. Um filhote de cachorro dormia tranquilo, com as patinhas cobrindo os olhos e todo encolhido.


_ Thor. -falei ao ler sua coleira. Estava com um laço no pescoço dando a entender que era um presente, peguei o cartão e li "Achei muito sua cara, espero que goste."- Melissa. -junto estava um outro envelope, o abri e vi que se tratava de uma carta e minha curiosidade foi longe.

"À você, melhor mãe e sem dúvidas a melhor amiga que eu poderia ter na vida.

  Mãe,

  Pensei muito antes de começar a escrever-te esta carta procurando palavras que se encaixariam no contexto e passasse com mais transparência o que estou sentindo. Não foi fácil, mas tenho a consciência de que não foi impossível, pois ao tempo que pareço não ter o que dizer sou invadida por lembranças e recordações que me enchem não só os olhos como também o coração. Promete não chorar?

  Reconheço melhor que ninguém que não sou uma pessoa fácil de lidar, nem mesmo flexível... só que nem sempre foi assim. Hoje eu tenho 18 anos e 4 meses e você me conhece desde quando eu tinha 3 meses na barriga! Claro que naquela época você nem sabia que eu era uma menina, quem dirá que se casaria com o meu pai e se tornaria minha mãe e mãe dos meus irmãos. Quer dizer... você já era uma mãezona bem antes disso, não é?

   Cresci sob os seus cuidados e todo o seu carinho, você não tinha a obrigação de me acolher e desenvolver tal afeto por mim. Afinal você era apenas a advogada que cuidaria para que o meu pai não fosse vítima de um golpe e eu não me prejudiassem, eu sei. E as coisas mudaram, passei a te amar antes mesmo dos primeiros passos e dizer as primeiras palavras. Aliás, grande parte disso aprendi com você. O amor por animais selvagens, por leitura, praias e principalmente a dança.

  Em quase 19 anos de vida eu obtive inúmeras lembranças, lembranças de momentos tão nossos que ao olhar as fotos os meus olhos se enchem de lágrimas, meu coração arde de alegria/felicidade e não é pouco. Antes eu era a Mê e você a minha tia Fei, que me levou para passar dias na sua casa, me acompanhou nos shows do papai, festinhas da pré escola e noites em que eu não estava tão bem assim... lembra? Tudo bem que eu era pequena e não recordo muita coisa, mas aquela noite no hospital foi a primeira vez que me chamou de filha. Aí as coisas mudaram um pouco, passei a confiar mais e te chamei de "mamãe", tudo bem que a primeira vez eu não soube como você iria reagir, como também não faço ideia de como se sentiu. Sei que a reciprocidade aconteceu e se manteve até hoje. 
  Mãe, nosso desentendimento foi causado por algo que eu não saberia explicar. Reconheço meu erro melhor do que qualquer outra pessoa que tente entender o que houve entre nós duas e consequentemente com a nossa família (eu, você e o papai). Meu "relacionamento" com o Murilo, se é que se pode ser chamado assim, foi o pivô disso tudo. Mas eu não o considero individualmente como um erro. Eu cometi a loucura de me apaixonar, por um homem mais velho, bonito, experiente, que me encantou como pessoa. Sou nova e estou na fase de quebrar a cara, por isso mantive as escondidas, afinal quais são os pais que querem ver sua filha com um cara 24 anos mais velho? Bom. Não foram os meus.
  Foi tudo muito rápido e de uma complexidade enorme. Foi difícil associar  o homem do qual eu conheci: tranquilo, atraente, maduro e flexível; com o monstro que agrediu e violentou a minha mãe: agressivo, possessivo, um covarde. Deu um bug na minha cabeça, eu fiquei louca e não fiz questão de parar e refletir. Só disse um monte de merda e ficou por isso mesmo... quer dizer, eu pensei que ficaria. Mas vocês me deram uma dura daquelas e eu vi minha família se afastar aos poucos, uma barreira nos mantinha afastados mesmo que estivessemos juntos. Seu sorriso pra mim já não era o mesmo, suas brincadeiras e risadas não existiam, sua frieza me cortou, preferia ter levado uma surra, ter recebido mais que o seu silêncio... me vi na situação de ser uma adolescente rebelde que não é compreendida pelos pais quando na verdade sou uma jovem adulta entrando na faculdade. Que sempre teve o amor e dedicação dos pais, que sempre teve ensinamentos e que de maneira alguma deveria ter se comportado como uma desvairada. Aí mãe, me desculpa vai!
  Por favor... para de me ignorar! Sinto que preciso do seu abraço... até porque nessa vida louca nós fechamos os olhos para dormir e não sabemos se iremos acordar, ou saímos pela manhã e não sabemos se iremos voltar. Não prometo que não voltarei a errei, pois seria uma mentira. Mas digo que tentarei reparar cada um dos meus erros. Afinal, todos merecem uma segunda chance. Eu te amo demais, não esquece tá? Te presenteei com o Thor porque sei o quanto a casa ficou vazia depois que nosso maior amigo se foi e também para que se lembre de mim agora e sempre, seja onde eu estiver.


Com todo amor do mundo, sua filha.

Melissa Marques Santana"





   Se a intenção era fazer com que eu chorasse, ela conseguiu. Thor acordou com os meus soluços, chorei demais com aquela carta. Ela fez com que eu viajasse naquele mar de lembranças e passasse pela minha cabeça aquele flashback dos meus momentos com ela e vamos combinar que são muitos, 18 anos e não 18 minutos. Foi linda, era o que eu precisava pra quebrar a armadura de durona e correr pro abraço.
  Limpei as lágrimas, guardei a carta de volta no envelope e depois de um beijo me levantei oara guardá-lo.


_ Thor, lindo nome amigão. Vem cá, as meninas precisam te conhecer garotão.

♥ 1.209 curtiram
fermarques
Tenho a melhor filha, né Thor?




_ Você está uma gracinha com esse laço, coisinha mais linda. As crianças irão amar você por aqui. -o abracei forte, quase sufocando o coitado enquanto ria me lembrando de que ele não era um tigre que eu poderia apertar com toda a minha força que não faria nem cócegas.- Te acho muito pequeno pra ficar lá fora, mas assim lindão na minha cama não vai rolar. -ele tombou a cabeça para o lado todo pidão, mas não dei moleza. O deitei no tapete e depois de lhe dar um beijo bem gostoso, deitei para descansar um pouco.

  Apaguei assim que minha cabeça encontrou o travesseiro, ao acordar algumas horas depois tudo estava escuro lá fora e a luz acesa no quarto. Dalila estava com o dedo pressionando o interruptor.

_ Lila?
_ Tentei te ligar... está tudo bem?
_ Eu que deveria te perguntar, você está pálida, com o nariz vermelho... você estava... chorando...
_ Amiga, eu não sei enrolar muito e nunca soube como dar notícias tristes... -sua voz embargou e vi seus olhos lacrimejarem.-
_ Dalila... quer me contar o que aconteceu?
_ Tá bom, lá vai... fechou os olhos... Melissa sofreu um acidente e está hospitalizada.
_ A MELISSA O QUE? 



















~.~
  OMG!

     O.o


PS: Mais de um mês sem capítulo. UM MÊS INTEIRO! Vocês sentaram falta, eu senti falta, foi uma loucura. Mas voltei... ainda estou com o PC zuado, ele liga e funciona quando quer. O importante é que consegui editar e postei, ainda não vai rolar maratona... porém estou pensando nela. Enfim... LuNanda está de volta! ❤ 

12 comentários:

  1. O saudade dessa família 😭❤❤
    Heleninha a mesma de sempre.
    O capítulo que me faz chora sério😭
    Essa carta da Mel me faz lembra do começo da história delas.😭❤
    COMO ASSIM A MEL SOFREU UM ACIDENTE? CONTINUA PELO AMOR DE DEUS. BJOOS 😘

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    1. Não é menina? Eu me emocionei escrevendo, muito mesmo. rs
      Foi tenso,bastante viu.

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  2. Ela tento se matae? Achonq o erro nao foi apenas da Melissa! espero q o Luan e Fernanda se arrepende e perdoa a Melissa

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    1. Será que tentou? Aí meu deus, menina sem juízo. Luan e Fernanda já perdoaram, inconscientemente, mas sim.

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  3. Mds! Como a pessoa em anônimo falou ela tentou se matar😱😱 pqp! OMG! JESUS, CRISTINHO. Por isso ela deu o Thor e disse que quando ele vê-se ele lembraria ela. Gente, que louca! Tadinha! Eles tem que perdoa ela logo. Querendo ou não é filha.😩

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  4. Mds, nega vooc só atiçou a minha curiosidade...

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  5. Acho que Melissa tentou se matar... isso explica a parte na carta onde ela dia... "para que se lembre de mim agora e sempre, seja onde eu estiver."

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Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!