{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

sexta-feira, 24 de março de 2017

Capítulo 219

Narrado por Melissa
  Os dias na chácara com a família fez minha mãe pensar em tirar uns dias de folga para descansar mais, ela ainda não sabia quando e nem para onde iria. Porque ainda não era época de férias, ou seja, meus irmãos estavam tendo aulas. Sem contar que meu pai também estaria viajando, é a época em que ele mais tem shows. Sei que eles conversaram bastante depois que meus irmãos foram dormir e decidiram "tudo". Disseram que iriam viajar sozinhos eu fiquei frustrada porque ficaria de babá dos meus irmãos mais novos, mas para minha surpresa eles iriam ficar com os meus avós, Amarildo e Marizete. E eu depois de muito persistir ficaria em casa, sozinha. Em partes, né.

   Meu pai surtou quando soube que minha mãe havia concordado com esse absurdo, eu sozinha em casa aos 19 anos. Disse que isso era desculpa pra ficar sozinha com o Leonardo e sim, ele não estava mentindo. Eu queria mesmo passar um tempo sozinha com o meu quase namorado, ficar com ele sem ter ninguém olhando e meu pai de vigia. Sem contar que na casa dos meus avós nós não teríamos privacidade, eu não me sentiria à vontade pra sentar no colo dele e dar aquele beijão gostoso.

_ Melissa, onde é que você está?
_ Em casa pai, deitada no sofá vendo filme.
_ Que tipo de filme?
_ O tipo que está me entediando. Tô esperando o Leo chegar da faculdade. -falei despreocupada e ele bufou me fazendo ter vontade de rir.- O que foi pai?
_ Sério que ele vai dormir na minha casa mesmo?
_ Na sua casa e no meu quarto, na minha cama.
_ Você não é louca, eu exijo respeito.
_ E eu mais privacidade. Poxa pai, eu não sou mais um bebê.
_ Não mesmo, é uma mulher de juízo que precisa pensar nos estudos ao invés de ficar pensando nessas coisas...
_ Que coisas, pai? -revirei os olhos.- Não vou falar disso com você, não mesmo. -falei irritada.- 
_ Nem eu quero ter essa conversa com vocês dois, então por favor hein.
_ Deixa de ser ranzinza, pai.
_ Ranzinza? Melissa, escuta uma coisa. Eu não tenho idade pra ser avô, não tenho.
_ Pai, eu não sei como dizer isso, mas assim... eu não transo tem meses.
_ Graças à Deus e minha nossa senhora! 
_ Desnecessário isso pai, posso desligar agora?
_ Desligar agora por que? Está ocupada demais pra atender seu pai?
_ Pai, eu já falei que não transo, o Leo não está aqui em casa ainda e eu tô vendo filme. 
_ Nossa, tudo bem Melissa. Desculpa te atrapalhar assim. Tchau filha ingrata. -e desligou, desligou e não atendeu quando retornei sua ligação. Liguei no celular da minha mãe e conversamos bastante até, ela mais "descolada" que meu pai perguntou se eu e o Leo estávamos nos protegendo, quando iríamos assumir um namoro e essas coisas.-
_ Mãe, fica sossegada que ainda tem tempo. Eu hein, você e meu pai pensam muito errado sobre mim.
_ Não é sobre você, é sobre pessoas jovens na sua idade. Eu na sua idade não sossegava a boneca de jeito nenhum, quando não era um, era outro ou outro. Olha, fui pior que muito homem galinha, não me orgulho disso... mas é a verdade. Sem contar que quando você fode gostoso uma vez, você acaba querendo sempre.
_ Mãe, credo! Para com isso.
_ Sua irmã é menos careta que você, meu deus!
_ Fernanda! Você tá falando de sexo com a Maria Luísa?
_ Falamos sobre menstruação, porque já está na hora. Não falei do sexo propriamente dito.
_ Minha filha ainda é uma criança.
_ Pai, ela já deve beijar na boca até.
_ Calada Melissa, não me estressa não.
_ OK. Chatinho, ciumento. -a campainha de cada tocou, levantei toda sorridente pra abrir e encontrei meu engenheiro gatão sorrindo também, segurando minha cintura e beijando minha boca, prensando meu corpo na porta e deixando minha perna involuntariamente se erguer roçando na dele.- Oi loirão.
_ Oi loirinha, boa noite. -selinho.- Boa noite bolotinha.
_ Minha bolotinha mais linda. -peguei Thor no colo e como reação levei uma patada no rosto.- Entra vai... conta como foi hoje?
_ Matéria pra porra, puta que pariu!
_Cansou?
_ Lógico, quero tomar um banho, deitar e dormir...
_ Ah não, queria ver um filminho com o meu gatinho. Sério que você quer dormir?
_ Podemos ver o filme no seu quarto, deitadinhos na cama. 
_ Hm... gostei disso. -risos.- Quer jantar?
_ Não, comi saindo da faculdade. Paramos num drive...
_ Quem tava junto?
_ Bianca, dei uma carona pra ela hoje. O carro dela está quebrado e o pai dela não pode ir buscar.
_ Hm... -me soltei de seu abraço e fui para a cozinha.-
_ Não vai me dizer que tem ciúmes da Bia agora... -falou entrando na cozinha logo atrás de mim.-
_ Nunca fui com a cara da sua amiguinha biscate e gostei menos ainda quando ela falou aquele monte de merda pra mim na festa do Cacá. Não gosto mesmo e não tenho porque esconder de ninguém.
_ Sem ciúmes loirinha, tem Leo pra todas.
_ Idiota. -escostei na bancada e cruzei os braços, ele ficou me olhando fazendo bico e rindo. Deu um passo a frente e segurou minha cintura.-
_ Oh, vou falar outra vez... eu não tenho nenhum interesse na Bia, é realmente amizade. Para de bobeira.
_ Não é bobeira, para de me repreender assim.
_ Manhosa. -selou meus lábios e passou a língua na minha bochecha de um jeito nada romântico. O peguei de jeito pelo pescoço e o que era pra ser um selinho inocente transformou-se em um beijão urgente e quente, que acabou terminando quando estava ficando ainda melhor e com mordidas.- Vamos subir?
_ Vou fazer pipoca... vai querer né?
_ Só se for da sua boca. -risos.- 
_ Danadinho você hein. -falei dando um tapa na bunda dele que estava saindo da cozinha para ir tomar banho.-
_ Eu escolho o filme...


   E escolheu, um filme desses que meu pai e meu irmão adoravam assistir, com muito sangue, muitas mortes e uns sustos do caramba. Minha pipoca tinha acabado, meu celular descarregado e o Leo olhando para a TV todo empolgado, nem percebeu que eu fazia carinho em sua barba. Continuou com as mãos na minha cintura, mas sem malícia alguma.

_ Tira esse filme... é chato.
_ É nada, assisti com o seu irmão esses dias. 
_ Mais um motivo pra você desligar.
_ Tá acabando quase.


   Levantei pra ir ao banheiro, quando voltei para a cama ele não se mexeu, olhando apenas para a TV. Sentei em seu colo, montada de frente pra ele, que segurou minhas coxas assustado com o gesto rápido.
 
_ O que você tá fazendo, loira? -não respondi, apoiei meus braços em ombros e com as mãos segurei sua cabeça no lugar dando um selinho longo, passando a língua por seus lábios e sorriu quando suas mãos vieram para a minha bunda.- Eu queria dormir sabia?
_ Mas eu não. -voltei a beijá-lo, beijava gostoso, com toda a vontade e sem me preocupar com o fôlego. Meu coração batia acelerado assim como o dele, suas mãos me apertavam com mais urgência de maneira deliciosa, subindo pela minha cintura e alisando minha barriga.- Estamos com roupa demais, você não acha? -ele riu, beijou meu pescoço e não disse mais nada, apenas voltou a me beijar e ficamos assim por tempo demais, sério, muito tempo mesmo. Pensei até que iríamos prolongar a noite, mas ele foi diminuindo a intensidade, deixando de apertar gostoso e encerrando os beijos com selinhos.-
_ Boa noite minha loirinha. -beijou minha testa e ia abraçando minha cintura, o olhei indignada, muito puta.- O que foi?
_ Você ainda pergunta? Tem alguma coisa de errado comigo Leonardo?
_ Não. -riu.- De onde você tirou isso Mê?
_ Do óbvio, estamos juntos tem meses, estamos dormindo na mesma cama quase quinze dias e sabe quantas vezes nós tivemos relações? Nenhuma! -o empurrei frustrada, ele me olhou assustado e continuou calado.- O que é hein? Eu não sou atraente o suficiente ou você anda comendo a puta da Bianca?
_ Para com isso, não tem motivos pra você ficar brava desse jeito. Eu não estou ficando com outra pessoa... eu só... só não quero... é isso Melissa.
_ Filho da puta, fala a verdade! Fala que você sai com outra, não é possível! Eu tô bem aqui... pra você e nada, parece que não vê. -falei com a voz embargada e ele suspirou se sentando na cama, passou as mãos pelos cabelos e o rosto, olhou pra mim e continuou sem dizer nada.- 
_ Não é nada disso, tá... eu só não me sinto a vontade.
_ Só estamos nós dois aqui, qual o problema? Vai me dizer que nunca fez isso antes...
_ Não mesmo, nunca fiz. Satisfeita agora? -disse sério e minha vontade foi rir, mas me contive.-
_ Você o que?
_ Sou virgem, nunca "comi" uma mulher. -deu ênfase.- E você não, você não é mais virgem, o sexo pra você não é novidade... -coçou a cabeça.- ... e eu Melissa... 
_ Eu não entendo, você é lindo, adulto, já está na faculdade, vive em festas rodeado de um monte de garotas.
_ Nem por isso preciso ser o fodão, que sai transando com todo mundo. -fiquei calada enquanto o vi sair da cama e entrar no banheiro. Leonardo, virgem. Virgem! Isso eu nunca poderia imaginar, e pior, eu estava marcando em cima, pressionando o garoto a todo momento. Eu não sabia como me desculpar, nem tão pouco o que fazer. Mas conhecia alguém que tiraria isso de letra, peguei meu celular e sai do meu quarto entrando no quarto dos meus pais e ligando.-
_ Filha, aconteceu alguma coisa?
_ Mãe, o Leo é virgem... -falei e não escutei nada do outro lado da linha, nada.- Mãe?
_ Calma, aquele pedaço loiro de homem com aquele corpo maravilhosamente esculpido nunca deu a piroca pra alguém? É isso, Melissa?
_ Mãe!
_ Você me dá uma notícia dessas e quer que eu diga o que? Meu deus gente!
_ Meu deus digo eu mãe... -contei a ela em detalhes o que tinha acontecido desde a hora que ele tinha chego e minha mãe estava chorando de dar risada, chorando... tem noção disso?- Mãe!
_ (risos) Melissa, você é muito ousada! Menina, você só tem 19 anos.
_ Na minha idade você já não era mais virgem e vamos combinar que tinha uma vida sexual bem mais ativa do que a minha é hoje.
_ Ah, Melissa! Não compara né...
_ Mãe, e agora? O que eu faço?
_ Vão dormir vocês dois, amanhã ele ainda tem prova e você fica perturbando o juízo do menino.
_ E vou ficar nesse climão com ele? Mãe...
_ Melissa, vão dormir e amanhã vocês tem o tempo todo pra conversar... deixa de ser apressada.
_ Eu não sou apressada, eu só...
_ Tchau que seu pai está quase vindo aqui escutar a conversa.
_ Onde vocês estão?
_ No quarto, estou na sacada e ele em pé ao lado da cama me olhando.
_ Não conta nada pra ele!
_ Tá bom querida, tchau. -e desligou. Voltei para o quarto sem saber onde enfiar minha cara, ele estava deitado na cama e eu sem nenhuma cerimônia deitei em cima dele beijando-o no ombro que estava descoberto.- 
_ Leo...
_ Deu de assunto né, vamos dormir.
_ Não quero dormir assim com você, nesse puta clima.
_ Que você mesma criou.
_ Eu sei, mas eu não esperava e pensei que fosse comigo... entende? 
_ Sim, boa noite.
_ Você está me dando um gelo.
_ Juro que não.
_ Então olha pra mim.
_ Não, deita aí direito...
_ Leonardo.
_ Bons sonhos... -e dormiu, eu não estava acreditando até sua respiração ficar um pouco mais pesada. Vagabundo!


  Na manhã seguinte acordei e ele não estava no quarto, olhei meu celular e tinha uma mensagem dele dizendo que precisou voltar pra casa porque todos precisariam sair e a Cecília ainda estava dormindo, obviamente não poderia ficar sozinha. Aproveitei então para tomar um banho, lavar os cabelos e depois de vestida, tirar o esmalte das unhas e descer pra comer alguma coisa.

_ Ôh meu amorzão, vem cá vem... -Thor estava deitado de barriga pra cima e língua pra fora.- Como você tá um sem vergonha Thor. -o peguei no colo e encheu de apertos, rindo muito.- Lindão! -o coloquei de volta no chão e tratei de comer alguma coisa, fiz um misto, suco de uva e estava satisfeita.

  Meus avós ligaram me chamando pra almoçar lá e claro que eu não neguei o convite. Liguei pro Leo e os convidei para ir comigo. Fechei toda a casa e fiquei esperando ele em frente minha casa.

_ Oi Ceci, sua linda. -ela sorriu coçando os olhinhos.- Oi loirão, bom dia. -tomei a liberdade de selar seus lábios antes mesmo de me acomodar no banco do carona e pôr o cinto.-
_ Acordou animadinha demais, não acha não?
_ Eu dormi bem, suas costas é melhor que qualquer travesseiro.
_ Besta. 
_ Não fala assim Nado, não pode.
_ Desculpa, Melissa. -falou sério e eu achei muito lindo, porque minha quase cunhadinha sorriu.-
_ Está desculpado amorzinho. -Thor latiu em protesto.- Você é meu amorzão, au au.
_ Ah não, só o que me faltava. Dividir minha atenção com um animal.
_ Ele é meu irmão, é da família.
_ Tô vendo, Thor Gurgell Santana.
_ Quatro sobrenomes ficaria muito extenso.


    Chegamos na casa da minha vó e Cecília já se sentiu a vontade para correr junto com a minha irmã e brincar com os cachorros, nós ficamos lá fora com eles que estavam conversando e rindo. Minha tia Bruna também estava, a Laurinha é meu primo Lucas, o tio Rafael estava viajando a trabalho.

_ E o namoro quando sai? Vai enrolar muito minha neta?
_ Vô, para... tá igual meu pai.
_ Mas tem que namorar, quer ficar beijando só é?
_ Ela que me enrola seu Amarildo.
_ Só Amarildo que eu me sinto mais jovem.
_ Ah que com o meu namorado não era assim não hein pai.
_ Tô dando um desconto, vai. -risos.- 
_ Vamos almoçar?
_ Agora...


   Nos sentamos à mesa, almoçamos e depois de um tempinho ele foi embora para se arrumar pra faculdade, disse que passava para nos buscar depois. Nesse meio tempo coloquei o papo em dia com a minha prima, avó e tia. Falamos desde os estudos até casamento e filhos, jantamos e subi pra dar banho nas pequenas e no Luquinhas. Minha irmã apagou, meu primo estava quase quando meu avô se ofereceu para deixar ela em casa e eu fiquei com a Ceci no colo, sentada num sofá e minha vó em outro.

_ Ela é linda né? Toda princesinha, toda educada. Tanto ela como o irmão, Leonardo né?
_ É vó, minha sogra soube fazer bem os filhos. -risos.-
_ Sai namoro então?
_ Estamos bem do jeito que estamos, pra mim é um namoro. Não fico com outras pessoas, ele também não... só não oficializamos.
_ Sei. Mas tudo tem seu tempo, né querida?
_ Sem dúvidas vó, eu gosto muito dele. O amo como meu melhor amigo, ainda não como homem, mas é um carinho especial sabe? Meio diferente...
_ Isso pra mim se chama amor. -riu.- Oh, deve ser ele. -disse ao escutar uma buzina.-
_ Se for, pede pra ele descer que eu tenho que pegar as coisas da irmã dele.
_ Tá bom. -ela levantou e foi lá fora na entrada, quando voltou Leo estava com ela. Ele me ajudou pegando a irmã que já dormia no colo e eu peguei a bolsa e algumas bonecas que ela tinha levado.-
_ Tchau vó, manda um beijo pro meu vô.
_ Vão com Deus e com cuidado, avisa quando chegar viu?
_ Pode deixar, vózinha. Beijo, beijo. -entramos no carro e ele seguiu direto para a casa dele, deixamos a Ceci, falei com a minha sogra linda rapidinho e voltamos para o carro.- Tá afim de dar uma volta?
_ Onde?
_ Queria ir no P6. Mas está tarde né, você tá cansado.
_ Vamos, amanhã não acordo cedo mesmo. -disse bocejando, ri e beijei seu rosto. O restaurante não ficava tão longe de casa, chegamos lá e entramos juntos, com ele com a mão na minha cintura. Pegamos uma mesa mais tranquila, mesmo aquela hora da noite e escolhemos nossa sobremesa.- Você ama esse lugar né?
_ Aí eu amo, é uma delícia. Meu pai que me viciou em vir aqui. Toda folga, toda folga.
_ Isso é que é vontade, prefiro a sorveteria do shopping. Ou açaí.
_ Negócio ruim, credo. -fiz careta e ele riu.- Se fosse mais cedo a Ceci poderia ter vindo, né?
_ Você e minha irmã parecem irmãs, meu deus que grude.
_ Ciumento.
_ Muito. -risos.-
_ Amanhã você ainda tem aula?
_ Seminário, prova... tá foda. 
_ Ê boquinha hein.
_ Palavrão é a expressão de mais sinceridade loirinha. Caralho, porra... mudam uma frase.
_ Idiota. Isso é ridículo. -ri. Comemos falando de coisas muito nada a ver, ainda enrolamos um tempinho e fomos embora. Chegando em casa ele esperou eu trancar a porta da frente e me guiou com a luz da lanterna do celular pela escada até chegarmos no meu quarto.- Poderíamos ter acendido as luzes da escada.
_ Nem precisou. -selinho.- Eu gosto do escuro. -falou largando o celular e pondo a mão no meu pescoço, trazendo sua boca até a minha e dando um beijo gostoso e com gostinho de chocolate branco.- Gostosa, beijo bom é assim.
_ Uhuum... -levei minhas mãos até seu pescoço ficando na ponta dos pés para aprofundar mais o beijo e fomos caminhando sem pressa até minha cama. Quando senti o colchão atrás do meu joelho e caímos na cama, rindo.- Não tá com calor não? Com essa blusa? -ele ficou com os joelhos apoiados no colchão e tirou a blusa de frio e sua camisa, eu não estava vendo seu corpo no escuro, mas sentia seu olhar no meu.- 
_ Agora sim, vem cá...

  Voltamos a nos beijar, minhas mãos passear por seu corpo e as dele fazerem o mesmo movimento, causando arrepios, calor, dando intensidade a cada um de seus toques. Beijos por toda a lateral do meu pescoço, passada de língua atrás da minha orelha e suas mãos apalpando o tecido fino do shorts deixando meu corpo quente, com mais vontade dele. Mas eu sabia que teria que respeitar o seu tempo, ter calma assim como também aconteceu comigo. Puxei seus cabelos levemente enquanto brincava com os lábios dando mordidas, mordi seu queixo, desci um pouco mais por seu pescoço arranhando seu peitoral com os dentes e percebendo ele inclinar mais o corpo. Prendi minhas pernas em sua cintura e nos virei fiquei por cima. Ele criou uma certa resistência, eu sei, o conheço. Retornei aos beijos, com calma, lentamente descendo minha mão até o cos de sua calça. Tudo bem que eu não era uma sexóloga, uma mulher experiente, mas das vezes que ficamos juntos rolou sim algumas mãos bobas e foi muito gostoso. Ri com o meu pensamento e coloquei a mão por dentro da calça sentindo seu membro mesmo que por cima da cueca, fechei os olhos e mordi  sua boca escutando um gemido rouco. Suas mãos seguraram meu braço, apertando um pouco.

_ Desculpa, não quero te pres... -ele interrompeu o que eu dizia com um beijo.-
_ Tá tudo bem, não fala senão quebra o clima. -disse de um jeito engraçado, mas não engraçado broxante. Eu diria que até sedutor, sei lá. Fomos na miúda, tirando uma peça de roupa aqui, outra ali, até que estávamos apenas de roupas íntimas. Eu não sabia muito o que fazer, do jeito em que estávamos comecei a rebolar bem em cima de seu membro sentindo toda a extensão, girando o quadril e o pressionando abaixo de mim.- Não para não, tô gostando loira.
_ Loira não, fala meu nome, fala...
_ Melissa. -arfou.-
_ Hm... -fechei os olhos e continuei os movimentos estava ficando molhada, percebi que minha calcinha estava úmida e a cueca dele também, fiquei com vergonha, mas não parei não.- Leo. -ofeguei.-
_ Não para, tá gostoso assim... -não me pergunte por quanto tempo fiquei rebolando sedenta por ele, estava sentindo minha boneca pulsar e ficar cada vez mais melada de tesão. Eu estava mordendo os lábios para não gemer muito alto, estava sem graça, mas não quis parar não. Ainda mais quando ele se sentou na cama espalmando as mãos nas minhas costas procurando o fecho do meu sutiã, segurei suas mãos e as guiei até a frente do meu corpo.- O que foi?
_ Ele abre na frente. -falei ajudando-o.- Viu. -as alças deslizaram e rapidamente eu estava sem a peça, só de calcinha. Meus olhos estavam brilhando cheios de expectativas, ele ia com cautela, tomando todo o cuidado do mundo. Sua boca tocou meu mamilo e senti meu corpo todo mole, jogando o tronco pra trás e sendo sustentada por suas mãos.- Nossa... chupa... -pedi e não precisei repetir, sua boca me chupava, seus dentes tocando levemente dando choques pelo meu corpo quando sua língua também os tocava.- Leo... -um calor foi me consumindo agora mais rápido como se estivesse alcançando o ponto mais alto de uma montanha russa, que parou, abri os olhos frustrada, até sentir sua boca abocanhando meu outro seio e aí eu atingi o topo, mordi meu lábio inferior com a mesma força que cravei minhas unhas em seus braços.- Menino...
_ Tá tudo bem?
_ Uhuum... muito bem. -fiquei de joelhos na cama e me apoiando em seus ombros tirei minha calcinha, tirei a cueca dele e voltei a me sentar o beijando, deixando minha mão massagear ele inteiro, desde a base até a cabeça. Meu corpo contraía, as veias dele pulsavam e minha boca estava seca só de imaginar os instantes seguintes. Não interrompi o beijo, nem a carícia, apenas voltei a me posicionar e sentei o encaixando em mim.- Ah! -deitei a cabeça em seu ombro, ficamos quietos por alguns segundos, voltei a girar os quadris e a coisa foi melhorando ao ponto de que o movimento alternasse, subindo e descendo, rebolando, de novo, mais uma vez até que ele me deixou na cama ficando por cima de mim, ergueu meus joelhos afastando mais minha pergunta e entocou fundo, virei os olhos e voltei a morder minha boca comprimindo o gemido alto que queria escapar.- 
_ Se eu soubesse que era tão bom tinha feito antes. -e aumentou o ritmo, sem deixa de me beijar e acariciar meu corpo, ele ia mais rápido e as sensações eram as melhores. Não aguentei por muito tempo e cheguei ao ápice contraindo toda minha musculatura e o levando para se perder junto comigo e gozar, deixando seu corpo pesar sobre o meu. Demoramos alguns minutos para desacelerar, normalizar nossas respirações. Ele virou pro lado, deitando de barriga pra cima. Deitei minha cabeça em seu peito e não falamos nada, Leo puxou o lençol e cobriu minha bunda que estava de fora, abraçou minha cintura e beijou minha testa todo fofo.- 
_ Isso foi bem...
_ Impulsivo. -risos.- Mas um impulsivo muito gostoso. -beijou meu ombro.- Tô com mais sono ainda. -bocejou.-
_ Vamos dormir?
_ Uhuum... boa noite loirinha. 
_ Boa noite loirão. -seleu seus lábios, coloquei minhas pernas entrelaçadas com as deles e apaguei.

  No outro dia eu acordei muito sem graça, ainda estava abraçada com Leo e ele estava acordado me olhando e mexendo no meu cabelo.

_ Bom dia.
_ Bom dia, dormiu bem?
_ Muito. E você loirão?
_ Ótimo. -beijou o topo da minha cabeça.- Vou tomar um banho, tá?
_ Uhuum, vou esperar aqui. -ele se levantou e foi pelado mesmo pro banheiro, nem aí pra mim. Assim que ele fechou a porta eu abracei seu travesseiro sorrindo, lembrando de cada detalhe dá noite anterior. Cada detalhe mesmo, inclusive que... que... que não usamos preservativo. Fiquei uns minutos com a cara pra cima até meu celular tocar e eu atender.- Oi mãe.
_ E aí, como estão as coisas aí?
_ Estão de boa. -respondi "indiferente".-
_ Vai, fala logo... o que aconteceu? 
_ Não aconteceu nada, por que a senhora acha que aconteceu alguma coisa?
_ Porque eu te conheço desde que você nasceu garota. Anda, deixa de me enrolar.
_ As coisas aqui estão bem dona Fernanda, eu e o Leo estamos... numa boa.
_ Ah meu deus! Vocês... sério?
_ Sim, mãe... muito sério e foi muito bom, muito gostoso... tão gostoso que eu... eu... mãe, não sei como te dizer isso.
_ Dizendo, abrindo a boquinha e falando.
_ Não lembramos do preservativo.
_ Melissa uma camisinha é algo que não se esquece. -falou baixo, deveria estar tentando disfarçar.- Pelo amor, né? Como você me esquece isso?
_ Esquecendo, estávamos no maior clima, mais um pouco e eu esqueceria até meu nome de tão bom que estava.
_ (risos) Mas você tá demais menina, tá assim já?
_ Mãe, eu não sei como um homem como ele esperou tanto. Ele tem uma força que eu desconhecia... mãe, foi uma vez só, mas que delícia.
_ Você está me cobrando detalhes da sua transa, Melissa?
_ "A Melissa o quê?" -escutei meu pai gritar do fundo.- "Quer parar de gritar, ninguém precisa saber que estamos conversando. Melissa está me contando de um sonho que teve, amor. Um sonho, eu hein" "Sonho o caralho, vocês acham que eu tenho cara do que?" "Amor, tenho sonhos eróticos até hoje. Por que sua filha não pode ter? Ela é mulher." "Puta que pariu, minha filha não é mais inocente." "Amor, ainda estamos conversando... dá uma licencinha?"
_ Mê? Tá aí filha?
_ Ele vai desconfiar não vai? -perguntei fazer do um bico enorme.-
_ No fundo ele até sabe, mas não quer aceitar. Enfim... o que eu vou fazer com você?
_ Não sei. Será que eu tô grávida mãe?
_ Você... você deixou ele gozar dentro? -sussurrou as últimas palavras.- 
_ Não foi bem "deixar", né mãe. Ele estava dentro quando eu gozei, aí ele mais excitado gozou também e foi assim... 
_ Você precisa ir numa farmácia, né... tomar uma pílula do dia seguinte. Se bem que você toma anticoncepcional, né?
_ Eu tomo mãe, mas... sei lá.
_ Você é do caralho mesmo, puta que pariu Melissa. Você só tem 19 anos.
_ Eu sei, não briga comigo... eu esqueci!
_ Quando vai descer pra você?
_ Entre amanhã e depois... 
_ Então espera, tá?
_ E se eu estiver grávida.
_ Se estiver vai ficar ué, vou adorar ter um netinho ou netinha. FCF
_ Meu pai vai me matar, mãe! -joguei a cabeça pra trás e ela riu.-
_ Para de ficar pilhada, só espera meu bem... -disse tranquila.- ... preciso desligar agora, mas qualquer coisa me liga. Tá?
_ Uhuum... tchau. -e desligou. Leonardo saiu do banho com uma toalha enrolada na cintura e sentou ao meu lado na cama.- 
_ Que carinha é essa?
_ Esquecemos a camisinha ontem. -ele ficou mudo, foi ficando pálido e eu pensei que ele fosse ter um treco.- Leo, calma... eu não tô grávida, eu acho né...
_ Acha? Eu tô fodido! Que furo mano, como fui esquecer logo disso? Minha carteira tá cheia.
_ Safado! Já estava com segundas intenções, Leonardo?
_ Tenho um irmão, um pai e uma mãe muito preocupada que ainda não pensa em ser avó pela segunda vez.
_ Nem meus pais pensam. Mas se Deus quiser vai ser só um susto.
_ Um susto muito gostoso. -riu se inclinando para beijar minha boca, abracei seu pescoço pra ele não me ver pelada. Mas ele é um sem vergonha que a mão pra minha bunda.- Tô com fome, vamos tomar café?
_ Aqui? Não comprei pão e a Maria não vem hoje.
_ Dona Stephanie está em casa. Vamos lá...
_ Preciso de um banho antes. -falei encerrando o beijo e rapidamente cobrindo meus seios com os braços.-
_ Por que você tá vermelha?
_ Tô com vergonha... deixa eu levantar... e não olha.
_ Tá bom loirinha. -enrolei a coberta e corri para o banheiro largando ela no chão antes de entrar no box e ligar o chuveiro. Tomei um banho rápido, molhei os cabelos e sai do box me enrolando na toalha. Escovei os dentes, penteei os cabelos e sai encontrando meu gatinho de bermuda, chinelos e camisa.- Demorou hein, tá quase na hora do almoço.
_ Que horas são? Eu nem vi quando minha mãe ligou.
_ Ela ligou?
_ Sim, queria saber se estava tudo bem... que horas é agora?
_ 10:35.
_ A hora que meu pai nasceu. -sorri.-
_ Tô com um medo do seu pai que você não tem ideia.
_ Medo? Do meu pai?
_ Quando ele descobrir que nós...
_ Ele não vai fazer nada, vai por mim. Ele é um amor.
_ Amor? Ele falou que ia me deixar sem pinto.
_ Aí eu brigo com ele... -ele me olhou com um sorriso cheio de malícia, eu fui ficando vermelha.- ... vou me trocar.
_ Vou esperar lá embaixo. -me deu um selinho e desceu. Abri o guarda roupas e peguei dentro da primeira gaveta um conjunto de lingerie, mexi nos cabides e peguei um macaquinho todo soltinho. Deixei em cima da cama e fui me secar, vestir a roupa que havia separado, pegar meu celular e descer.-
_ Tô pronta.
_ Então vamos, né... -assenti e sai na frente deixando a chave com ele. Entramos no carro e fomos até a casa dele, ainda deu tempo de tomar café com direito a bolo fresquinho e tudo. Depois acabei ajudando a Sté arrumar a cozinha, lavei a louça e deixei para o bonito secar e guardar enquanto ia para a cozinha com os outros.- 
_ Mel, brinca comigo de bonecas enquanto a Analu não chega?
_ Ai, ela vem hoje?
_ Papai falou que sim, que o Chris vai tazer ela aqui comigo. 
_ Que legal, ela vai brincar com a gente né?
_ Vai. -sorriu toda linda e subiu para pegar as bonecas.-
_ Vem só o Chris e a Analu?
_ Só, a Jessica está no trabalho e ele com essa história de pós graduação está em casa. Aí vem aqui em casa sempre que dá.
_ Ah sim, Analu já está grandona né?
_ Com nove anos, já. Passa muito rápido. Cecília já está pra fazer três.
_ E está tão linda, muito educada.
_ Ela põe os dois irmãos na linha e eles babam demais nela, tem que ver.
_ Eu vejo, chega a ser engraçado ela dando bronca no Leo.
_ Tudo ela pede desculpas, pede por favor e tudo menina.
_ Eu acho muito fofo. -ri.- 
_ Mel! Senta aqui oh...

  Passei o restante da manhã brincando com a Cecília, na hora do almoço nós ficamos por ali mesmo, Christian chegou com a filha e juntou-se a nós. Comemos e voltei a brincar com as meninas de casinha, recebi uma mensagem da Tacy querendo marcar alguma coisa para o final da tarde, disse que chamou a Nay e só faltava eu confirmar. Lógico que confirmei e o boy ficou de me levar e buscar de carro. Não discuti, voltamos pra minha casa depois dele já estar pronto para ir para a faculdade e foi a minha vez de dar um trato. Tomar um outro banho, colocar uma roupa mais bonitinha, um saltinho e ir encontrar as meninas.

_ Barzinho, na Vila Madalena. -Leo dizia ao colocar o endereço no GPS.- Tão saidinhas hein. -fiz careta e ele riu.- Mal ficamos juntos hoje.
_ Você estava estudando coração, estudando para o seminário e sua prova.
_ E você ao invés de me ajudar estava brincando com a Ana Luisa e a Cecília, ainda fofocando com a minha mãe e mais... meu irmão junto.
_ O Chris sempre foi um amorzinho.
_ Ah é sim! Super. Aquele viado.
_ Viado? Não parece.
_ Vai elogiar meu irmão na minha cara mesmo? Só porque ele é mais velho? Mais encorpado...
_ Deixa de ser besta. Seu irmão é lindo, mas prefiro você. -apertei suas bochechas e segurei seu rosto para lhe dar um beijo enquanto o semáforo estava fechado.- Nunca viemos nesse barzinho.
_ Eu já. Muito bom.
_ Depois eu que sou saidinha... eu nem avisei minha mãe que vinha pra cá.
_ Liga pra ela daqui... 
_ Será que ela vai achar ruim?
_ Ruim ela iria achar se você ficasse em casa o tempo inteiro. -voltou a dirigir e fui mandando mensagem pra minha mãe, fomos conversando durante todo o trajeto, chegando no bar nós descemos do carro e ele entregou as chaves ao manobrista, dei a mão pra ele e entramos.-
_ Aí que gays! Tão lindinhos. -Taciane falou alto atraindo todos os olhares, dei risada e me aproximei cumprimentando ela e o Bruno, seu namorado.- 
_ Cadê a Nay?
_ Disse que tá vindo, agora senta e espera. -risos.- Como estão casal?
_ Bem, obrigado. 
_ Bobão! Vai ficar aqui com a gente é?
_ Vou nada, tenho aula.
_ Que orgulho desse menino, vai estudar e deixar a namorada no bar com as amigas.
_ Ela te juizo, não tem?
_ Bem pouco, mas tenho. -ri.- Não vai tomar nada?
_ Não, tô dirigindo. Tchau pra vocês. -acenou e se virou ficando de frente pra mim, segurou meu queixo e deu um beijo rápido, me abraçou e ficou olhando.- Tchau, loirinha. Me liga quando estiver indo embora.
_ Você não vai estar ocupado?
_ Se eu já tiver feito tudo, eu venho te buscar. 
_ Tá, mas qualquer coisa eu peço um táxi.
_ Mas me avisa, tá princesa? -assenti.- Tchau. -lhe dei um selinho e ele foi embora me deixando com um bico enorme. Olhei pra Tacy e ela sorria pronta pra me zoar.- 
_ Para amiga. -falei ao me sentar.-
_ Eu falei, não falei? E você "somos só amigos" "ele é como um irmão" "não viaja Tacy". Vocês são lindos juntos.
_ Eu sei, olha nossa foto. -mostrei minha tela de bloqueio e ela deu risada.-
_ Oi lindas, a maravilhosa chegou! -olhei para o lado e ela estava de mãos dadas com alguém, com um cara, um cara não. Com o Cacá.- Boa noite. -risos.-
_ Oi Nay, oi Cacá.
_ Oi Melissa, oi Taciane... oi cara.
_ Não acredito nisso, todas namorando?
_ Conhecendo. -Nayara corrigiu se sentando e Cacá fazendo o mesmo.- Cadê o boy?
_ Estudando, vem me buscar depois... dependendo do horário.
_ Eu só vou entrar depois do intervalo que são as matérias mais importantes.
_ Você é desses então?
_ Lógico. Não dispenso uma resenha nunca. -risos.- Já pediram?
_ Ainda não, estávamos esperando a bonitinha chegar.
_ Então já podem pedir, já pede um balde?
_ Quero um suco de abacaxi com hortelã.
_ Suco amiga?
_ Pelo menos agora. -falei depois de finalizar o pedido no aplicativo.

  O barzinho era tranquilo e tinha um clima bem agradável, bem de conversa mesmo, happy hour (fora de dia, mas OK). Eu amava me reunir com as meninas, mais ainda jogar conversa fora em um lugar diferente. Tudo bem que eu estava de vela, mas isso não foi um problema e deu pra aproveitar de boa. Pouco mais de 20h da noite o Cacá foi embora dizendo que iria estudar, e nós continuamos. Pedi mais uma bebida, petiscos e mandamos ver.

_ Fala aí, o que acharam dele?
_ Ah Nay, ele é de boa... bem tranquilo.
_ Também achei, quando ele pediu meu telefone eu passei mesmo acreditando que ele não fosse ligar coisa nenhuma... mas não, quando foi nessa segunda ele ligou e passamos horas no telefone no maior assunto. Ele perguntando várias coisas, querendo saber mais de mim e tudo mais. E nos encontramos na terça, rolou um sexo sim, confesso. Mas conversamos também, eu curti e ele também... aí estamos assim, nos conhecendo.
_ E já foram pra cama duas vezes. -falei rindo.- 
_ Impossível não ir, não consegui.
_ Essas minhas amigas vida loucas, todas se arranjando. Agora dá pra sair de parzinhos. O que vocês acham?
_ Calma, preciso preparar o psicológico do meu pai primeiro.
_ Ele ainda não desencanou?
_ Ele morre de ciúmes, morre.
_ Mas ele é assim com vocês todas, da família né.
_ Verdade Tacy. -falei.- Mas o Leo é tão de boa.
_ Imagino. -risos.

(...)

"Leo, estamos indo pra casa. Bjs."

  Mandei a mensagem e não demorou para que ele ligasse dizendo que estava na rua já, no caminho. Ficamos aguardando lá fora mesmo, ele chegou eu só dei tchau pro casal e entrei no carro.

_ Seu amigo estava aí.
_ Que amigo?
_ Cacá. -respondi mexendo na bolsa.- Ficou aí até umas oito horas e foi pra faculdade.
_ E eu estudando, filho da puta.
_ Tava doido pra ficar né loirão?
_ Queria, mas a faculdade é cara demais pra eu ficar matando aula. Não tô podendo.
_ Que mocinho mais estudioso.
_ Para de ser idiota e me zoar... e falando em faculdade, e a senhorita?
_ Nem sei, mas vou ter que prestar vestibular outro vez. Acredita?
_ E já começou estudar?
_ Claro que não, olha bem pra mim.
_ Tô olhando. -disse alisando minha coxa.- Tá mais curto é?
_ Subiu um pouco agora que eu sentei, só isso.
_ Então abaixa. -beijou meu rosto.- Sexta agora tem uma balada, vamos?
_ Você não tá em semana de provas, bonitão?
_ Pra relaxar. 
_ Aham, sei...

  A volta pra casa foi um tanto engraçada, ao som de Justin Timberlake (❤) e The Weekend ao vivo, bem alto e rolando performance. Ele estacionou na garagem, entramos e fomos para o banho rotineiro, deitamos e dormimos depois de um beijo bem gostosinho. 










~.~

  Oi? Vivas? Me contem tudo, não escondam nada. Haha! Muitas emoções em um capítulo só. Para ou continua?  #VibeChats

quarta-feira, 22 de março de 2017

Capítulo 218

Narradora
  Fernanda terminou de se arrumar e pegou suas coisas, despedindo-se de todos e indo trabalhar.
  Luan ainda curtiu sua preguiça por mais alguns minutos enquanto sabia que tudo estava sossegado, Maria Luísa continuava deitada, enquanto Helena ainda brincava com Arthur e o cachorro no quintal. Ele acabou cochilando e quando acordou disse a folha que iria subir para tomar um banho rápido.
  Maria Luísa que não estava se sentindo muito legal ficou deitada, de olhos fechados e com uma sensação estranha na barriga.


_ Malia, olha o que o Thor fez! -Helena entrou segurando o cachorrinho que estava verde de tanto rolar na grama.- Malia.
_ Oi Leninha, fala.
_ Cê tá tudo bem? Qui cê tá deitada?
_ Nada não, tô com sono. -Helena ficou olhando, se aproximou e ficou fazendo carinho na irmã. Luan desceu sorrindo ao ver a cena, voltou a se sentar no sofá e pegar o controle remoto.-
_ Papai, a Malia ta dodói.
_ Tá sentindo dor Malu? -perguntou atento.-
_ Um incômodo, pai. Não chega ser uma dor.
_ Onde isso?
_ Barriga.
_ Já fez cocô? -perguntou deixando Maria Luísa mais vermelha que tomate.- O que?
_ Eu não tô com vontade de cagar, pai.
_ Na barriga ou de barriga?
_ Na barriga, pai. Eu nunca senti isso, é esquisito.
_ Mulher tem dessas coisas mesmo. Quer tomar um chá?
_ Não.
_ Um remédio?
_ Nem fui no médico.
_ O que você quer então, Maria Luísa?
_ Almoçar, tô morrendo de fome.
_ Vai ter que esperar um pouquinho, Maria ainda está preparando a comida.
_ E o que ela vai fazer de comida?
_ Não sei.
_ Pergunta lá, pai. Por favor?
_ ÔH MARIA! O QUE TEM PRO ALMOÇO HOJE? -gritou do sofá.-
_ Oi seu Luan, tô fazendo a mistura agora. Carne de panela com legumes, arroz, feijão e batata frita.
_ Não vai ter carne de casca, papai?
_ Carne de casca? -perguntou dando risada já, Helena cruzou os braços e fechou a cara.- Como que é a carne de casca?
_ Não sei o nome, papai. 
_ Que carne é essa Maria?
_ Qualquer uma empanada, ela adora. Né Nena?
_ É, eu gosto muito. Cê fez?
_ Hoje não, hoje eu fiz outra ainda mais gostosa. Quer ver?
_ Quelo água, tia.
_ Vamos lá... -as duas saíram e Luan voltou sua atenção para a TV.-
_ Pai... minha barriga tá doendo.
_ Ôh minha nossa senhora. Quer ir no médico? -perguntou largando o controle e olhando para ela que ficou com os olhos marejados e fez que não com a cabeça, sentou no sofá, calçou os chinelos e subiu para o quarto.




Narrado por Luan

(...)


  Maria Luísa não quis descer pra almoçar, ficou no quarto e quando eu subi ela estava dormindo. Coloquei Helena pra tirar um cochilo e fui para o meu quarto deitar um pouco, assistir um filme e aproveitar minha folga. Mas não consegui chegar nem na metade do filme que a Fernanda ficou me ligando, e ligando até que eu atendi.

_ Fala.
_ Tava dormindo?
_ Não, por quê?
_ E porque não atendeu logo essa merda?
_ Calma, eu hein... tava assistindo filme.
_ Tá tudo bem com as crianças? Tudo tranquilo?
_ Tá sim, por quê?
_ Malu me ligou e eu estava em reunião, tem 14 chamadas perdidas só dela. Ela tá bem? Você brigou com ela?
_ Não briguei não, ela que tá chata. Passou o dia deitada, não quis comer, tá manhosa.
_ Amor... ela tá enjoadinha mesmo. 
_ Eu ofereci chá, remédio, perguntei o que ela queria e ela não falou foi nada.
_ Isso é normal, Luan. Melissa também foi assim, você não lembra?
_ Lembro do que? As duas são irmãs, se parecem mesmo.
_ Luan, eu tô achando que é TPM. 
_ Com 11 anos, Fernanda?
_ Cada organismo é de um jeito, e se for?
_ Ah minha nossa senhora, só o que me faltava.
_ Você tem três filhas mulheres, queria o que?
_ Uma arma.
_ Ridículo. Vai ver como ela tá, se menstruou mesmo...
_ Ela não vai querer falar disso comigo, Fernanda. Não mesmo.
_ Eu vou demorar pra chegar.
_ Demorar muito?
_ Ainda está prevista uma hora e meia de reunião, estou tentando agilizar tudo e ir embora, mas ainda assim tem trânsito.
_ Daqui a pouco eu te ligo, tchau. -deixei o celular em cima da cama e fui até o quarto da bonita.- Maria?
_ O que pai?
_ Sua mãe ligou preocupada com as suas ligações. -falei ainda da porta.-
_ Eu queria falar com ela de uma coisa que aconteceu comigo, só isso.
_ Que coisa? Fala pro pai.
_ Não é nada de importante.
_ Você ligou 14 vezes.
_ Pai, nem eu sei direito o que é. Quero falar pra minha mãe.
_ E se eu puder te ajudar? Você ficou menstruada, é isso? -Malu foi ficando vermelha de vergonha, muito envergonhada.- Malu...
_ Ai pai...
_ Não precisa ter vergonha, sou seu pai.
_ Você é homem e homem não entende dessas coisas.
_ Quem te falou que não? -entrei no quarto e sentei na cama, pertinho dela.- Sua mãe disse que vai demorar um pouco pra chegar.
_ Ai que droga! É um saco viu.
_ Não quer tomar um banho?
_ Já tomei três banhos hoje, pai. 
_ Conseguiu colocar o trem lá?
_ Não tinha nenhum nas coisas da minha mãe, nem na da Mê.
_ Vou ir na farmácia então... é... -cocei a cabeça e ela ficou me olhando.- O que?
_ Nada... -levantei da cama e sai do quarto, voltei para o meu e peguei o celular e mandei mensagem pra Nanda perguntando o nome do remédio e o jeito do bendito absorvente e fui na farmácia perto de casa, ainda conversei com o farmacêutico e voltei pra casa.-
_ Tá deitada ainda Maria Luísa?
_ Parece que eu tô vazando.
_ Vazando? -perguntei segurando a risada.- Toma seu negócio. Sabe colocar?
_ Não, pai. Você sabe?
_ Não muito. -disse sincero e ela me olhou com tédio, ri.- Oh, aqui tá o passo a passo, quando sua mãe chegar você tira as dúvidas. -joguei pra ela o pacote e sentei na poltrona.-
_ Vai ficar aí me olhando?
_ Sim. Agora vai logo, eu trouxe seu remédio também.
_ Tá. -deu tempo até de cochilar e nada dela sair, quando eu levantei pronto pra bater na porta ela saiu andando toda dura, com as pernas abertas.- Isso é horrível, meu deus. Parece que eu tenho um saco no meio das pernas. Pai, isso aqui tá certo?
_ Não sei Maria Luísa, não tô vendo. Mas não precisa andar assim também, anda direito.
_ Você já andou com alguma coisa no meio das suas pernas, pai?
_ Menina, fala direito comigo.
_ Tô perguntando ué, é estranho. Parece que vai cair. -disse pondo as duas mãos, ajeitando. Dei as costas e voltei para a poltrona, esperei ela sentar na cama outra vez e dei um Buscopan e ia sair do quarto quando ela me chamou.- Eu tô com fome.
_ A comida tá na cozinha, você que não quis descer pra comer.
_ Nossa pai, o que custa? Se fosse pra Helena você não ia nem questionar.
_ Não começa hein Maria Luísa. Menstruação não é doença.
_ Grosso.
_ Tô vendo que minha vida vai virar uma coisa viu. -resmunguei.-
_ Resmungão. Isso é coisa de velho, pai. Velho daqueles bem rabugento.
_ O tempo que você tá aí falando feito uma matraca, já tinha descido e colocado a comida.
_ Nossa, pai. -Maria Luísa disparou a falar e não calou mais a boca, comeu, voltamos para a sala e ela deitou comigo no sofá e ficou alisando meu braço.- Pai, e minha mãe hein?
_ Tá trabalhando.
_ Eu vou ficar assada com essa coisa.
_ Alguma coisa você fez de errado.
_ Coloquei no fundo da calcinha, grudei aquele adesivo do lado...
_ Cala a boca menina, isso é nojento.
_ Nojento é você.
_ Não sou eu que tô com sangue saindo da periq...
_ Parou, né? Os dois. Chega. 
_ Cheguei! -Fernanda abriu a porta toda alegre, com a bolsa e mais um monte de sacolas. Thor não perdeu tempo e já foi pulando em cima dela.- Oi minha bolinha de pêlos, coisa fofa da mãe. 
_ Tá feliz hein... -comentei e ela sorriu. Deixou as coisas em cima da mesinha de centro, fuçou nas sacolas e pegou um embrulho e parou na frente da Malu.-
_ Ai filha! Parabéns. -esticou os braços e a Malu ficou olhando, sem falar nada.- Pega, filha. É pra você.
_ Pra que presente? Eu tô sangrando! -fiquei de espectador daquele momento mãe e filha, que durou bons minutos.- Ai que lindo, nossa, obrigada. -ela recebeu uma pulseira cheia de frescuras, era bonita mesmo.-
_ Ótimo, agora silêncio que eu quero ver meu filme. -as duas me olharam com tédio e decidiram subir para o quarto.-
_ Duas doidas.
_ Também acho filho.




Narrado por Fernanda

(...)


_ Conta pra mãe. -pedi toda empolgada, sentando na minha cama com ela.- Deu tudo certo?
_ Não deu muito não, acho que tá errado isso aqui mãe.
_ Errado como?
_ Parece que eu tô com um saco, tá com volume aqui embaixo. -escutei toda boba Maria Luísa me contar de sua primeira menstruação e conversamos por bastante tempo sobre as coisas que ela tinha dúvida, até mesmo coisas que eu já havia dito em outras conversas e agora ela colocaria em prática.- 
_ Comprei umas coisas novas pra você.
_ Coisas novas?
_ Calcinhas que vão segurar melhor o absorvente, e não vão deixar marcando.
_ Tá...
_ E por falar em calcinhas... você lavou as suas que manchou de sangue?
_ Tudo no lixo. -disse firme.- 
_ Você tem duas mãos, tem sabonete no banheiro... então meu amor, sujou, água e sabão lava. 
_ Mãe.
_ Tô falando sério. -ela revirou os olhos, fez bico, mas eu não me deixei intimidar.- Passou a cólica?
_ Um pouco.
_ Deixa a mãe tomar um banho, que eu desço e faço um chá pra nós duas.
_ Beleza. -concordou e deitou na minha cama.


  Terminei meu banho e nós descemos, os meninos continuam vendo filme e Helena por incrível que pareça dormia em seu quarto. Entramos na cozinha e eu preparei um cházinho para nós duas, nos sentamos à mesa e conversamos mais um pouco, inclusive sobre ela não ir para a escola no dia seguinte.

_ Mamãe! 
_ Oi neném.
_ Tade você?
_ Ela está na cozinha com a Malu, vai lá.
_ Mamãe.
_ Oi.
_ Cê chego né?
_ É. E você estava dormindo.
_ Tava cansada, mamãe. Brinquei demais com o Art e o Thor.
_ Cadê meu beijo?
_ Aqui oh. -veio para o colo, me deu um beijo bem molhado e gostoso, abraçou meu pescoço e pediu tetê.- Tade a Nelissa, mamãe?
_ Saiu com a vovó Ana.
_ Onde que ela foi?
_ Passear, nós vamos pra lá amanhã.
_ Pra casa do vovô!
_ E você não vai...
_ Vo sim.
_ Não vai não.
_ Vo sim com o meu papai.
_ Ele meu pai primeiro.
_ Feia. -mostrou a língua, Malu deu risada.- Mamãe olha a Malia.
_ É Maria Luísa.
_ Seu nome nem é di... di boneca.
_ Coisa feia, tá brigando com a sua irmã Helena?
_ Desculpa Malia.
_ Tá desculpada tampinha.
_ He ne na! -separou de maneira silábica.- Não é tompinha nenhuma.
_ Ela já entendeu, não é Malu? -ela assentiu.- Ótimo. Agora neném, conta pra mamãe você dormiu bem... -Helena gostava de falar, nunca vi. Aproveitei que estava pela cozinha e fui ver o que a Maria tinha deixado de comida.


(...)

_ Por que amanhã ela não vai pra escola? Vai ser assim todo mês?
_ Arthur meu filho, é só amanhã.
_ Não tá certo. Se ninguém vai, eu também não vou. Tá decidido.
_ Quem vai ter matéria da escola acumulada é você. Quer ficar em casa fica ué, depois não reclama.
_ Saco viu.
_ Mas o que tá acontecendo nessa casa?
_ Nada não, tá tudo em ordem. Bora subir que tá tarde.
_ Não tô com sono mamãe.
_ Fica brincando com o papai, ele também tá sem sono.
_ Papai tá dormindo mamãe. -olhei e Luan fingia dormir, jogou a cabeça pro lado e tudo.- Papai?
_ Buh! -assustou minha neném que mais gargalhou do que assustou.- Bora jogar videogame?
_ Eba! Joguinho de controle, vem papai.
_ Sem jogo de armas. -adverti.


  Retirei toda a mesa do jantar, joguei os restos de comida no lixo, coloquei a louça na pia e as panelas com comida na geladeira. Prendi os cabelos, arregacei as mangas e limpei o fogão, passei uma vassoura no chão e lavei a louça deixando-a no escorredor. Apaguei as luzes depois de secar a pia, secar minhas mãos e subi.

_ Oh não esquece hein. Troca um agora antes de dormir e não precisa ficar toda dura, anda normal. É normal menstruar, acontece com toda mulher.
_ Tá, boa noite mãe.
_ Boa noite. -fechei a porta e dei um pulo no quarto ao lado.- De cueca?
_ Só hoje mãe.
_ Existe pijama, sabia?
_ A Helena até hoje anda sem camisa e ninguém fala.
_ Ah toma vergonha na sua cara que sua irmã é uma neném e você tá com quase 15 anos. Cara de pau.
_ Boa noite mãe, tchau.
_ Tchau, boa noite filho. -e finalmente pude me jogar na cama e relaxar de olhos fechados, fazendo... nada.

  O dia hoje havia sido cheio. Reuniões por mais produtivas que sejam, também são exaustivas e isso me consumia mais.
  Eu já estava debaixo das cobertas quando meu marido entrou no quarto, sorrindo.

_ Mas já?
_ Tô cansada, amor.
_ Só porque eu queria dar uma namorada? Compensar nosso não jantar...
_ Desculpa, mas hoje não vai dar. Tô morta.
_ Você tá me negando fogo, é isso? -perguntou brincalhão.-
_ Sim e não. Só estou cansada, sério mesmo.
_ Eu sei gatinha. -veio até mim, beijou minha testa e foi para o banheiro. Apaguei as luzes, fechei os olhos e dormi.








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  Quando os filhos vão crescendo ❤
E os pais surtando 👌😂

segunda-feira, 20 de março de 2017

Capítulo 217

Narrado por Melissa
  Eu amava me reunir com a família, era muito gostoso e saudável, até porque não era sempre que tínhamos a oportunidade. Meus avós e o biso vieram da cidade nova iorquina, a Betinha também estava presente, os tios da minha mãe e uma parte da família do meu pai, o tio Max e a esposa, meus avós lindos e a tia Bru, o padrinho com a Isa, a tia Lila e mais um monte de gente. Um monte mesmo, minha mãe disse que seria uma festa pequena, mas a verdade é que não tinha menos de 150 convidados.
  Chutando bem baixo mesmo, porque só a família dava uma galera boa, aí contam os agregados e amiguinhos da Nena que não eram muitos, no máximo 10.
  Enfim, a festa foi maravilhosa. Até eu brinquei com as crianças depois do parabéns, subi no pula-pula com a Ceci, Leninha, o Lucas, a Sofia e o Gui, filho do tio Dudu. Leonardo ficou sentado quase a festa inteira, levantou na hora do parabéns e pra ir ao banheiro, segundo ele estava cansado.
Mais tarde quando mais um pouco do pessoal foi embora, a empresa contratada veio desmontar a festa e nós subimos pra casa e ficamos na sala de estar.


_ Muito beijo pro meu gosto. Tão namorando já? -meu padrinho perguntou.-
_ Não estamos não padrinho, estamos nos conhecendo.
_ Mais? Quer conhecer o que rapaz? Tô de olho viu, fica esperto com a minha afilhada.
_ Pode deixar. -respondeu beijando meu rosto.- Você não acha que essa família tem muito homem, não?
_ Não, na verdade os homens da família são poucos. Tem meus avôs, dois bisavôs, o Heitor, tio Rafa e o Luquinhas, meu pai e meu irmão. Aí tem meu padrinho, o tio Eduardo, e mais um monte. 
_ Chega né, fiquei até perdido com esse monte de nomes.
_ Eu sei, são muitos. -abracei seu pescoço pronta para dar um beijo, e meu vô veio colocando a mão no meio.- Aí vô.
_ Você tá grande, mas não muito. Tá namorando já?
_ Não. -falei sentando direito no sofá e não no colo do Leo, meu avô sentou do meu lado e me abraçou forte.-
_ Como você tá?
_ Ótima me sentindo de férias, vô. Sério, tô muito em casa.
_ Cara de pau, tinha que estar estudando né... daqui a pouco os vestibulares estão aí.
_ Eu sei, ano que vem eu volto pra faculdade no primeiro semestre.
_ Direito mesmo?
_ Por enquanto sim, eu amei. Tanto a grade quanto o exercício da profissão.
_ Poderia seguir o ramo empresarial, afinal você tem uma grande herança.
_ Ah vô, não fala em herança que eu já penso logo em morte e o senhor não vai morrer tão cedo.
_ É sim. -risos.- Mas vem cá... -meu avô sempre foi mais preocupado que a vó Ana quando o assunto era futuro, profissional e pessoal, também. Falava de negócios, tendências futuras e oportunidades com a maior facilidade do mundo, soava tão natural que não parecia uma cobrança, aquela leve pressão.- ... engenharia civil. Muito estudo em rapaz, primeira faculdade?
_ Terminando, graças à Deus. -coçou a cabeça.-
_ E pensa na pós?
_ Hugo eu não acredito que você está alugando os meninos pra falar de estudo. Ainda estamos em uma festa.
_ Tem problema não vó, senta aqui com a gente.
_ Seu avô fica uns trinta anos mais velho como entra no assunto futuro, faculdade, emprego... -meu avô fazia muitas caras e bocas a cada fala da minha vó, nos causando risadas. Meu pai trouxe os petiscos para a sala, os amigos as cervejas e minha privacidade foi pro espaço.-
_ Loirinha, eu já vou indo tá?
_ Você nem ficou comigo direito. -fiz bico.-
_ Nem deu você quis dizer.
_ Pior que é verdade, não tem nem como fazer um drama.
_ Besta. -apertou meu nariz e nos beijamos, eu sabia que tinha alguém curiando eu e ele, provavelmente meu irmão que agora deu pra ficar em cima o tempo inteiro.- Tchau, vai dormir vai preguiça.
_ Que dormir o que, meu vô tá em casa. Eu quero é encher a cara e jogar cartas.
_ Encher a cara de suco, você nem bebe Mê.
_ Não costumo beber, mas meu vô arrasa nos drinks minha mãe disse.
_ Acho que eu vou ficar em...
_ Poderia mesmo, no meu quarto vai ter espaço.
_ É, pro seu pai me matar enquanto eu estiver dormindo.
_ Exagerado.
_ É a verdade. -risos.-
_ Olha seu celular tocando...
_ É minha mãe... alô? -falou ao atender.- já... beleza, tchau.
_ Era ela?
_ O Chris. Tô indo.
_ Avisa quando chegar? -ele assentiu, me beijou e foi pro carro. E eu entrei, meu pai olhou torto, meu padrinho também e meu vô dando risada.- O que foi gente?
_ Um pai e um padrinho muito ciumento. 
_ Ai não gente, pelo amor de deus. Superem, eu beijo na boca sim. -falei e ele riram.- E você seu Zé, deixa se ser fofoqueiro. -baguncei os cabelos dele e fui para cozinha onde encontrei minhas tias, minhas avós e minha mãe comendo comida.- Ué, não comeu na festa não é?
_ Preciso de comida de verdade, salgadinhos de festa não enche minha barriga. -risos.- Cadê o grude?
_ Foi embora, a mãe dele estava ligando...
_ É namoro ou não é? Conta pra vó, conta...
_ Ah, ele não me pediu não... estamos curtindo do jeito que tá.
_ Ótimo, continuem assim. Só não precisa arrumar neném agora.
_ Vira essa boca pra lá, eu hein. Neném só o do padrinho agora. 
_ Por falar em neném, e essa barriga Isa?


  O foco do assunto mudou e isso me deixou contente, aproveitei e dei uma assaltada na geladeira e subi encontrando a Malu no meu quarto mexendo nas minhas maquiagens.

_ Aha! Peguei.
_ Tô olhando ué, não pode não?
_ Deu pra usar maquiagem agora?
_ Sempre usei, sempre. -falou fazendo caretas.-
_ Eu sei, tô enchendo o saco. -disse sentando na cama e tirando os sapatos.- Veio só olhar mesmo?
_ Não, vim saber se você tá mesmo namorando.
_ Oxe, por que? É o papai que quer saber?
_ Não. É que todo mundo que namora fica chato. Você vai namorar e não vai mais querer sair comigo. -Malu dizia toda enrolada, sem jeito e eu achando a coisa mais linda do mundo.- E você é minha irmã mais velha, não pode me trocar por um namorado, mesmo sendo o Leo.
_ Não estou namorando e mesmo que tivesse eu não ia te deixar de lado nunca Malu. De onde tirou isso?
_ O Art.
_ Vocês são muito ciumentos, eu hein. O Leo sempre vinha aqui e não tinha disso.
_ Mas é diferente, agora vocês beijam na boca.
_ E daí? Nada a ver essa ideia de vocês, continuo a mesma irmã chata e babona.
_ Eu sei, eu só... ah, é coisa minha.
_ Bobinha, você é quase minha caçulinha.
_ É, antes da Leninha.
_ Isso aí... -Maria Luísa não saiu do meu quarto, colocou um pijama e deitou na minha cama e ficou falando até dormir.-
_ Melissa, você viu a Malu?
_ Dormindo aqui mãe, estávamos conversando.
_ Namoradinhos?
_ Não (risos). Ela e o cabeção com ciúmes do Leo, justo dele que fica mais com eles do que comigo.
_ Eu e a Lila que era assim, mas é da idade sabia?
_ É nada vai... eu ainda tenho ciúmes do meu pai.
_ Eu sei, e ele de você. Então já sabe...
_ Ele que procura, fica bisbilhotando. Você sabe como ele é?
_ Depois passa, é só medo. Vocês são as preciosidades das nossas vidas, ficamos receosos e tudo. Mas vocês estão crescendo né?
_ Bem rápido até, a Nena já está com 3 anos.
_ Saudades dela neném, tão fofinha.
_ Faz mais um mãe.
_ Faça você um, pra você ver que delícia. 
_ (risos) ai mãe. Boa noite.
_ Boa noite. -respondeu e saiu, apaguei as luzes e deitei só de cropped e calcinha, estava com preguiça de me trocar. Ainda fiquei no celular, conversando no whats e depois que fui dormir.


  Na quinta acordei com a Maria Luísa em cima de mim, toda folgada, virei para o outro lado e dei de cara com o Arthur só de cueca. Folgados! A gente tenta ser uma irmã legal e dá nisso. Ajeitei os dois com cuidado e levantei indo para o banheiro, agora sim, tomaria o banho que não tomei ontem, daria pra lavar os cabelos e tirar a maquiagem sem pressa. 

_ Melissa? -escutei me chamarem.- Mê?
_ Tô tomando banho, oi.
_ Seus avós estão indo pra chácara, vai querer ir?
_ Quando eles voltam?
_ Sábado ou domingo.
_ Meu vô vai me esperar?
_ Se você for, sim.
_ A senhora não vai não?
_ Na sexta só.
_ Arruma minhas coisas, por favor?
_ Tá. E não enrola hein, seu vô já está pronto. -e saiu. Terminei o que fazia, desliguei o chuveiro e sai do banheiro me secando. Deixei os lindos tomando conta da minha cama e fui me vestir, encontrando com a minha mãe no closet.- Bom dia, preguiça.
_ Bom dia. -bocejei.- Mãe, a senhora vai mesmo na sexta?
_ Sim, depois que pegar a Helena na escolinha. Por quê?
_ Porque tô aqui mentalizando meu cronograma de hoje e amanhã.
_ Exagerada, lá é tão gostoso.
_ Mas o sinal de internet é péssimo, você sabe, né?
_ Desconecta um pouco, só quatro dias.
_ Sem Instagram, Facebook a gente até fica, mas sem Whatsapp e Twitter não rola mãe.
_ Depois acostuma sabia? Quando você estiver na faculdade vai entender o motivo de ser ausente. -riu.




Narrado por Fernanda
  Festa era uma delícia, mas depois você ficava um caco de tanto que aproveitou. Acordei na quinta-feira com o despertador tocando, mas não tive coragem de acordar meus pequenos para irem a aula, mas também não voltei a dormir. Levantei da cama, tomei um banho quente e me vesti com uma calça de pijama, blusinha de alcinha e chinelos. O cabelo estava preso de qualquer jeito mesmo, com uma caneta e o rosto sem maquiagem alguma.
  Desci e junto com a Maria colocamos a mesa do café da manhã, e esperamos as "visitas" daqui de casa acordarem. Muita gente dormiu aqui, meus tios mesmo foram um deles, meus avós e minha comadre.
  Durante o café meu pai comentou que iria para a chácara com o meu avô, minha mãe, Heitor e a Betinha. Falou de levar meus filhos, mas eu falei que não por causa da escola que eles já tinham faltado demais. Ai ele insistiu mais um pouco e eu optei por ir na sexta à noite e deixar a Melissa ir com eles, se ela assim quisesse.


_ Tchau, tchau, tchau... -Melissa dizia entrando no carro enquanto eu lhe dava algumas instruções.- Te amo, mãe. Tchau.
_ Eu ainda posso quebrar sua cara, menina.
_ Eu sei. -riu e mandou beijo.-
_ Tchau gente, beijos. Vejo vocês na sexta. -terminei de me despedir e entrei em casa novamente. Luan ainda dormia assim como as crianças, fiquei na sala sentada no tapete brincando com o Thor até minha Boo descer ainda com a roupa da festa. Sem os sapatos, mas com as meias. Cabelos bagunçados, com as maria-chiquinhas frouxas. Com a camiseta suja de brigadeiro, toda a vontade.-
_ Bom dia mamãe, tô com fome.
_ Bom dia Boo, dormiu bem.
_ Aham... quelo tetê, mamãe.
_ O que acha de um banho rapidinho?
_ Ah não, mamãe. Banho não.
_ Sim, agora mocinha. -levantei do chão com o Thor no colo, ele estava todo largado.- Dá bom dia pra Leninha, Thor.
_ Au au. -Helena o saudou.- Mamãe, quelo colo tamém.


  Deixei Thor no chão e peguei minha filha indo em direção a escada, fomos para o quarto dela e dei aquele banho, lavei bem os cabelos, os pés e escovei seus dentinhos.

_ Agora acabou, né?
_ É. -desliguei o chuveiro e peguei a toalha, me agachando para secar ela.-
_ Toc toc. -continuei o que fazia.-
_ Papai!
_ Bom dia princesinha.
_ É Boo, papai.
_ Agora é Boo, né? -risos.- Bom dia amor. -segurou meus ombros e me deu um selinho.-
_ Bom dia. Acordou cedo, hein...
_ Quebrado, mas com muita fome.
_ Guloso.
_ Só bebi ontem e comi petiscos, tô com fome mulher. -resmungou.-
_ Maria deve estar repondo a mesa de café, quer ir descendo?
_ Comer sozinho?
_ Pode esperar a gente, né filha?
_ É papai, espera nóis. -pediu.- Vou coloca uma roupa bem bonita, agora.
_ Nada curto viu. -e saiu do banheiro nos deixando à vontade.


  Helena e eu voltamos para o quarto, deixei ela enrolada na toalha e em pé em cima da cama enquanto ia até a cômoda pegar sua roupa nas gavetas. Peguei uma calça de moletom, calcinha e blusa de manga comprida por estar um ventinho pra ela que é pequena. Terminei de trocar a bonita, passei o secador em seus cabelos e descemos. Deixei ela na sala com o Luan e fui estender a toalha no varal, quando entrei na cozinha escutei os dois na sala de jantar.

_ Mamãe, quelo tetê.
_ Seu pai não fez ainda? -perguntei e ele riu.- Não quer suco?
_ De goiaba é ruim, só de melancia que é bom. -e tocou na mão do pai toda cúmplice.- Mamãe.
_ Oi filha.
_ Tem pãozinho de queijo?
_ Tem, toma. -coloquei alguns num pratinho e dei a ela, servi um pouco de leite com chocolate no copo com canudo dando a ela também.-
_ Não vai comer, amor? -Luan perguntou de boca cheia, fiz careta e ele riu.- Desculpa.
_ Tá na hora de acordar os meninos, senão eles vão ficar sem tomar café e vão ficar reclamando na minha orelha até a hora de sair o almoço.
_ E é mesmo. Vai lá...
_ Folgado. -sai da sala, subi para o quarto da Melissa e os dois estavam dormindo abraçados, acordei um de cada vez e pedi para eles lavarem os rostos, escovarem os dentes e descerem para tomar café.-
_ Que cara é essa Malia?
_ De sono. -respondeu puxando uma cadeira e sentando do lado do pai, toda manhosa, deitando a cabeça no braço dele.-
_ Deixa o papai, sai...
_ Não, ele é meu pai também. -e mostrou a língua, Helena ficou indignada, colocou as mãos na boca e tudo.-
_ Duas chatas.
_ Parou hein, vão comer.


  Depois do café, Helena foi brincar no quintal com o irmão é o cachorro, Maria Luísa deitou no sofá e voltou a dormir, Luan deitou entre as minhas pernas no sofá e ficamos "namorando".

_ Amor, tenho que ir pra empresa. Sabia? -selinho.-
_ Tem é que ficar com o seu marido, isso sim. -risos.- Vai fazer o que mais tarde?
_ Não tenho nada programado. Por quê?
_ Vamos jantar fora, eu e você.
_ Que lindo.
_ Comemorar o dia dos namorados. -riu.- Minha namorada linda. -nos beijamos, abraçamos e até cochilamos por alguns minutinhos. Mas depois eu levantei, subi para me arrumar e segui para a empresa.








~.~
  Acho que eles ficam tão lindos quando reúnem a família inteira. ❤

sexta-feira, 10 de março de 2017

Capítulo 216

Narrado por Fernanda
  Voltei pra São Paulo e nem pra casa fui porque teria duas reuniões importantes que já haviam sido reagendadas. Participei das duas com a Isa e depois fui embora, estava com saudades dos meus bebês.
  Entrei em casa e o silêncio estava tomando conta. Ninguém na sala, na cozinha e nem nos quartos.   Aproveitei a paz reinando e tomei um banho rapidinho, coloquei uma calça de pijama, sutiã e blusa de alcinha.
  Vasculhei a bolsa a procura do celular e quando o encontrei liguei para Melissa.


_ Oi mãe, já chegou?
_ Oi, cheguei. Cadê vocês?
_ Comendo. Viemos no cinema.
_ Você levou seus irmãos?
_ É mãe, veio todo mundo. Nayara, Taciane, eu e eles. -respondeu tranquila.-
_ Namoradinho não foi, é?
_ Ainda não namoramos, e ele não veio porque tinha trabalho em grupo pra fazer.
_ Ah, sério? Que droga, porque no cinema é tão bom ter alguém pra beijar, dar umas passadas de mão na coxa. 
_ Mãe!
_ É verdade. -risos.- Vão demorar pra chegar?
_ Vamos, acabamos de chegar aqui e ainda vamos comer antes de ir comprar os ingressos.
_ Está tudo bem por aí?
_ Tirando o fato de que a Helena quer escolher o filme, está tudo ótimo.
_ Ela é um bebê hein, olha o que vocês vão assistir.
_ Um pornô.
_ Você pode, meus bebês não.
_ Ah é assim então?
_ Sim senhora. -risos.- Bom filme.
_ Tá bom, tchau. -e desligamos.


  Como estava sozinha em casa liguei para a minha cunhada que estava em casa sem fazer nada porque os filhos estavam na casa da irmã do Rafael. Falei pra ela passar numa pizzaria e vir pra casa pra gente fofocar.

(...)

_ Não estava levando a sério sua vontade de comer pizza, Fê. -riu assim que abri a porta e nos encontramos, lhe abracei e ela entrou em casa sendo recepcionada pelo Thor.- Cadê minha neném?
_ No cinema, acredita? -falei enquanto íamos para a cozinha, peguei os pratos, talheres e dois copos.- Nem ela estava aqui quando eu cheguei.
_ Aí, ela já vai fazer três anos, Fê. Lembro quando a Laura e Luquinhas tinham essa idade.
_ Eu lembro da Melissa, manhosa que só ela. -risos.- Quase com vinte anos agora.
_ Como o tempo voa, né?
_ Demais... mas e você, estava de bobeira mesmo?
_ Estava. O Rafa quis levar as crianças na minha sogra e eu não estava muito no clima, eu a amo, mas ôh mulher que fala e fica perguntando e eu ia acabar falando que estamos meio assim.
_ Ainda? -fiz careta.- Nós conversamos aquele dia.
_ E eu conversei com ele, esperei as crianças dormir, tomamos banho e quando estávamos indo deitar eu chamei ele pra conversar. Ele diz que não é nada, nada do que eu estava pensando. 
_ Que era...
_ Traição. Meu marido não me trai, não tem outro filho fora do casamento... ele só cansou da nossa rotina. Ficou tudo muito no automático e ele não estava errado, eu sei disso. Depois que fiz minha carreira como atriz e modelo, não tive tanto tempo pra viajar com o meu marido, dar todo aquele carinho e atenção do início de anos atrás. Eu estava deixando a desejar, não nos falta amor, nos faltou mais intimidade. Eu e ele, não eu ele e nossos filhos.
_ Ainda bem que conversaram, uma boa conversa resolve muito de um relacionamento.
_ Sim, muito obrigada pelos conselhos, sério. Eu precisava, e acabou sendo melhor do que eu imaginava. O Rafa é um marido tão bacana, Fê. Sempre me apoiou mesmo com ciúmes, ia dormir tarde mesmo me ajudando com as crianças quando eu estava estudando um texto do teatro. Sabe... ele é o melhor homem do mundo depois do meu pai e meu irmão. -riu.- E eu deveria valorizar ainda mais. -sorriu sem graça.-
_ O importante é que agora vocês estão se acertando outra vez. Planeje uma viagem, não precisa ser longe, vão pra Londrina que é pertinho e tão isolado. 
_ Eu amo aquele lugar... -desatamos a falar enquanto eu terminava de pôr a mesa e fizemos nossa refeição tagarelando o tempo inteiro, rindo horrores. Ajeitamos as coisas na cozinha e fomos para a sala com a intenção de assistir um filme, como fazíamos antes na fase de namorico.- Olha o celular aí cunha... -olhei para a mesa de centro e era um número desconhecido, franzi a testa, mas atendi.-
_ Mãe?
_ Oi Mê, de quem é esse número?
_ Do Leonardo, meu celular acabou a bateria... liguei pra avisar que estamos indo na casa da Tacy.
_ Melissa, chega de rua pra Helena né? E o Arthur e a Maria Luísa também já está na hora de vir pra casa. -falei séria e a Bru dava risada desse meu jeito.-
_ Não vamos demorar por lá, queria ver umas roupas. Ele vai deixar a gente em casa depois.
_ Hm... sua madrinha tá aqui.
_ Mentira, né?
_ Verdade, só não trouxe o Tobias.
_ Ah, mãe! -risos.- Vou desligar tá? Beijo e manda um beijo pra madrinha, tchau. -e desligou.-
_ Minha afilhada já está namorando?
_ Não, a Laura não quer saber de namorar, disse ela.
_ Só minha filha que tá nesse grude?
_ É fase, é normal... eu era o oposto da Laura, super beijoqueira. Luan que ficava no meu pé desde sempre. Aí eu não namorava não, só ia ficando.
_ Eu não era tão galinha, eu namorei uma vez e ganhei chifres, aí namorei de novo, outro chifre... aí desisti dessa vida, ficava mesmo com vários e beijava com gosto, nessa de não se apegar em ninguém.
_ Você se imaginava casada?
_ Não. -ri.- Com filhos sim, porque poderia dar uma merda e tchau camisinha ou esquecer o remédio. Só que casar? Ah, isso não.


  O assunto foi indo para um lado mais cabeça, ri disso porque até falando sério nós duas ríamos demais das nossas histórias "loucas". Mas demos uma mudada no assunto quando meus bebês chegaram e vieram tudo pra cima de mim, Helena veio deitando a cabeça no meu peito e fechando os olhinhos, estava cansada e toda suada minha neném. Arthur e Maria Luísa estavam ainda cheirando perfume, todos "adolescentes", fizeram compras e tudo. Já Melissa chegou cheia de sorrisos de mãos dadas com o Leonardo que segurava a bolsa dela feliz da vida.

_ Oi, oi. -nos cumprimentou.- Boa noite.
_ Boa noite genro, chegaram cedo hein...
_ Mas perdi o filme, né Nena? -ela assentiu sem abrir os olhos.- Eu vou pra casa, só vim trazer elas.
_ Elas? E eu, cara?
_ E você cunhadinho. -bagunçou o cabelo dele.- 
_ Mãe, eu vou com ele. Depois eu venho pra casa.
_ Olha a hora hein, e juízo.
_ Pode deixar, tenho de sobra... -risos.-
_ Não gosto dele com a minha irmã. -foi a primeira coisa que Arthur disse quando os dois cruzaram a porta, todo emburrado, igualzinho ao pai.-
_ E posso saber por que não?
_ Ele não tem respeito, bem que meu pai disse. -bufou.- Fica agarrando ela e ela bem gostando, tonta mesmo.
_ Quando você namorar você vai entender.
_ Eu não quero namorar não tia, prefiro videogame. Meu pai falou que mulher é muito complicado, que vocês todas são loucas.
_ Louco é ele, palhaço, aí que ridículo esse meu marido. -revirei os olhos.-
_ Arthurzinho lindo da tia, quando você beijar na boca uma vez, vai querer beijar sempre.
_ Credo, tia. É nojento. 
_ Eu não acho, quando eu namorar vou beijar muito na boca. -Malu se pronunciou deixando o irmão vermelho de ciúmes, segurei a risada.-
_ Cê deixa de assanhamento, que não tem idade pra isso não.
_ Eu falei quando eu namorar, seu burro.
_ Ei vocês dois, chega né? Nenhum dos dois tem idade, mas vou falar, é bom viu. 
_ Aí Fê, esses seu filhos...
_ Você sabe como é, Arthur não admite, mas morre de ciúmes das irmãs... morre. -sussurrei.- Tem que ver quando alguém comenta as fotos das meninas, fica doido igual o pai dele.
_ Mesmo sangue né? -risos.-


  Helena tinha dormido, falei pra Bruna que logo voltava e subi para deixar ela na cama. Quando desci coloquei as duas preguiças pra tomar banho e chamei a Bru pra cozinha e continuamos nosso assunto enquanto eu preparava o jantar, mas ela não ficou pra comer pois meu cunhado veio buscar ela e acabaram não ficando. 
  Dei janta para os "pequenos" subi com uma mamadeira pronta e entrei no quarto da Helena que estava coçando o olho já. Entreguei o tetê e deitei com ela que mamou e voltou a dormir suja mesmo.




Narrado por Melissa
  Leo adiantou sua parte no trabalho e arranjou um tempinho pra encontrar com a gente no shopping, mas não foi muito. Deu tempo dele ir em umas três lojas com o meu irmão, e fomos para a casa de Tacy, que tinha que me mostrar algumas roupas. Saindo de lá deixei meus irmãos em casa e fomos para a dele e todo mundo estava lá. Cumprimentei todo mundo e subi com ele que iria tomar banho, sentei na cama e fiquei esperando.


_ Leo?
_ Fala aí...
_ Seu telefone está tocando.
_ Atende aí, tô tomando banho. -levantei da cama e fui até o outro lado do quarto pegar o celular que estava plugado no carregador, olhei o nome com cara de nojo e atendi.-
_ Alô?
_ Oi, é o celular do Leo né?
_ Sim. Quem é?
_ É a Bia, ele tá por aí?
_ Está tomando banho.
_ Ah, tudo bem então... mais tarde eu ligo, beijos.
_ Tchau. -e desliguei, voltando para a cama.-
_ Quem era? -perguntou ao sair do banheiro com a toalha enrolada na cintura.-
_ A Bia. -fiz careta.- Falou que liga mais tarde.
_ Deve ser coisa do nosso trabalho.
_ Ela é do seu grupo? 
_ É loirinha, por quê?
_ Nada. -disse desviando o olhar e mexendo no meu celular.-
_ Você é muito ciumenta, se estressa muito. -quando olhei ele estava do meu lado, virando meu rosto e me dando um selinho.- O que foi?
_ Ela não gosta de mim, falou que não sou mulher pra você... não gosto dela.
_ O que importa é que eu gosto. -nos beijamos e quando eu ia puxar ele pra cama, as meninas bateram na porta.- 
_ Tio, a vovó tá chamando vocês dois.
_ Daqui a pouco o tio desce, tá?
_ Aham...
_ Nado, abe aqui...
_ Pra que Ceci, vou colocar roupa...
_ Tá peladão? -não consegui segurar a risada com aquele jeito tão fofo.- Mel!
_ Caralho... -abriu a porta e a irmã dele veio correndo para o meu colo enquanto ele foi se vestir.


  Voltou do banheiro todo lindo, não resisti e tirei uma foto deixando ele sem ver de onde veio o flash.  Descemos com a Ceci, de mãos dadas. Comemos e ficamos sentados no sofá... "namorando".  Christian e a Jéssica estavam conosco na sala, os pais deles subiram com as crianças e ficamos assistindo filmes até eu me aninhar feito uma gatinha no colo dele e fechar os olhinhos.

_ Tô com sono e ficando com frio... -falei devagar e ele rindo, ele pediu pra eu esperar e subiu para quarto, quando voltou me jogou um moleton dele e pegou as chaves.-
_ Vamo aí?
_ Vamos. -disse me levantando, coloquei a blusa de frio que tinha o cheirinho dele, dei tchau pro Chris e pra Je e saímos indo pro carro. Minha casa não era tão longe da dele, ainda mais de carro, então não demorou que eu chegasse.-
_ Entregue.
_ Obrigado, tchauzinho. -nos beijamos e eu desci do carro. Entrei e não tinha ninguém na sala, subi pro meu quarto tirei a roupa trocando por um pijama e tratei de dormir.




Narrado por Fernanda
  Chegamos na semana do aniversário da Helena e graças à Deus os últimos detalhes estavam todos certos. Seria uma festa linda, muito fofa. E em casa, havia pensado em tudo. Usar o espaço onde o Lupy ficava para colocar os brinquedos, a mesa do bolo e mesas para os convidados que não eram muitos. Priorizamos os que tinham filhos pequenos, amigos mais próximos e nossos parentes.
  A festa aconteceria na quarta-feira mesmo, no final da tarde quase noite. Eu estava animada, ansiosa e chorosa.




Narrado por Luan
  Na quarta-feira cheguei em casa de madrugada, ninguém estava acordado, ninguém acordou comigo chegando. Entrei, fechei a porta e deixei as minhas bagagens num canto da sala e subi para o meu quarto. Abri a porta e encontrei minha gatinha dormindo, com aquela calcinha bem fininha e uma blusa minha que havia subido. Fui para o banheiro, tomei aquela ducha rápida e quando sai ela não estava mais na cama e a porta aberta.


_ Isso não é hora de avisar nada, né? Seu pai acabou de chegar aqui... tá... vou falar a verdade se ele perguntar... tá bom, beijos. -voltou pro quarto com o celular na mão e deitou na cama.-
_ Nem um oi?
_ Tô com frio, deita aqui comigo. -terminei de me secar, vesti uma cueca e deitei ao lado dela.- Oi. -selinho.- Foi bem de viagem?
_ Ótimo, dormi durante todo o voo.
_ Preguiça.
_ Cadê meu beijo? -ela veio toda bruta, virando minha cabeça e me beijando, passou uma perna por cima da minha e juntou mais meu corpo no dela.- Tava com saudades sua. -mordi seu pescoço.-
_ Também, foi tão bom a última vez que nos vimos.
_ Foi selvagem, você usou meu ponto fraco.
_ Você nunca se importou. -riu. Ficamos namorando, fizemos amor e estávamos quase dormindo quando lembrei da ligação e perguntei onde a Melissa estava.- Saiu pra uma festa com o Leonardo e vai dormir na casa de um amigo dele.
_ Ele não dirige? Por que não traz ela de volta?
_ Porque ele bebeu.
_ Eu não tô gostando dessa história. Agora Melissa sai todo final de semana e na semana também. Não tô gostando disso. 
_ Ela tá na fase...
_ Não tem nada disso não, mas deixa ela. Quando eu pegar pra falar... 
_ Chatinho, deixa a menina.
_ Quando eu tinha a idade dela...
_ Já corria atrás dos seus sonhos, eu sei amor. Calma, foi só hoje.
_ Assim espero.
_ Não faz essa carinha amor, ela tem juízo. Não parece, mas tem.
_ Eu tinha tanto que arrumei ela.
_ Você é safadinho né amor, safadinho.
_ Eu sei. -risos.- Espero que ele não seja assim.
_ Ele é devagar amor, muito.
_ Melissa andou te contando alguma coisa?
_ Sim, e eu não vou te falar nada.
_ Ah é assim? O Arthur vai namorar também viu.
_ Segundo ele, não vai. 
_ Isso é agora, quero ver quando estiver no ensino médio. -ela revirou os olhos.- Viu? -risos.-
_ Boa noite, Luan...
_ Ciumenta. 
_ Sou mesmo, muito. -ficamos nessa conversa mole até bater o sono, mas tive a impressão de não dormir muito quando estava na cama e uma mão pequena abria os meus olhos.-
_ Papai hoje é meu neversário. -sorria.-
_ É nada, sério?
_ É. Tô fazendo assim oh. -mostrou três dedinhos.- 
_ Quase uma mão inteira, filha.
_ É. Papai?
_ Sim, uma mão inteira tem cinco dedinhos. -contamos juntos, ela ficou toda concentrada e entendeu.-
_ Isso, hora de levantarem os dois. Vem Helena.
_ Mamãe tô falando com o papai.
_ Luan enquanto vocês conversam vai dar um banho nela, aproveita e lava os cabelos dela.
_ Ah amor, tô de folga.
_ Não da sua filha, anda logo que você precisa fazer um favor pra mim.
_ Lá vem... você não disse que estava tudo certo?
_ São detalhes meu amor, detalhes... algumas ligações.
_ Cadê a madrinha dela?
_ Luan, eu não vou falar outra vez. -e saiu do quarto.-
_ A mamãe biga.
_ Briga nada, vamos levantar né? Mas antes... -abri os braços e ela deitou me abraçando.- Parabéns minha vidinha.
_ É brigado que fala?
_ O-bri-ga-do.
_ Obigado. -repetiu rapidinho me fazendo rir.-
_ Bora tomar um banho?
_ Bora. -e fomos, dei um banho nela, troquei sua roupa pondo uma calcinha e um vestido. Deixei os cabelos soltos depois de secar com a toalha, calcei os chinelos e descemos.- Bom dia Atur, bom dia Malia.
_ Bom dia, vem cá. -Arthur chamou e ela foi correndo receber os parabéns dos irmãos e indo para a cozinha comer.-
_ Chegamos, cadê o rango?
_ O café da manhã está na mesa, podem ir comer.
_ Mandona.
_ Sou mesmo. -respondeu autoritária.

Nos sentamos, comemos e eu pensando. Depois que terminamos, fomos para a sala foi que eu perguntei onde estava a Melissa e a bonita ainda não tinha chegado. Peguei o telefone fixo e liguei pra ela.
_ Alô?
_ Tem casa mais não? -perguntei.-
_ Oi pai, bom dia.
_ Bom dia. Onde você tá? 
_ Ainda na festa, acordamos agora pouco.
_ Ainda? Já era pra estar em casa.
_ Daqui a pouco ta?
_ Tá nada, vem embora logo. 
_ Pai...
_ Eu não tô gostando disso não viu, pode falando pra ele malacabado que se ele tem a intenção de me ter como sogro ele tem que andar na linha.
_ (risos) Tá bom pai, te amo. Beijos.
_ Melissa.
_ Tchau pai, beijo. -e desligou.-
_ Você viu isso né?
_ Vi. Agora vão passear amor, vai lá visitar sua mãe. Daqui a pouco o pessoal chega pra começar arrumar as coisas.
_ Homens?
_ É. Por que?
_ Você passeia e eu fico.
_ Ridículo. Vai logo amor, tchau pra vocês todos.


  Ela realmente nos expulsou de casa, sobrou até pro Thor. Fomos todos os cinco para a casa dos meus pais e ficamos por lá a manhã inteira e parte da tarde onde eu durmi no meu quarto e só acordei com a minha mãe me chamando, falando que a Fernanda tinha ligado para eu voltar pra casa com as crianças e nos arrumar.
  Levantei com um pouco de preguiça, joguei uma água no corpo. Dei dando na Leninha e pedi para os dois maiores fazerem o mesmo. Meus pais estavam quase prontos, então esperamos por eles e voltamos para casa todos juntos.


_ Chegamos! -falei ao abrir a porta e dar de cara com a Melissa no maior beijo com aquele malacabado, cruzei os braços e fiquei olhando aquela poca vergonha.- Melissa.
_ Pai? -falou escondendo o rosto no pescoço dele, continuei parado.-
_ Não vou te falar nada Melissa, nada. -e passei direto indo na direção das escadas, subi para o meu quarto e encontrei Fernanda saindo do banho.-
_ Demorou amor, já tomaram banho?
_ Sim. -respondi tirando a camisa e pondo em cima da cama.-
_ O que foi? Aconteceu alguma coisa?
_ Nada não, tô tranquilo.
_ Não tá não, você tá ficando vermelho e você só fica assim quando estava com raiva ou com vergonha.
_ Fernanda, não quero falar disso agora.
_ Então aconteceu?
_ Aconteceu sim, aconteceu que eu cheguei em casa e vi minha filha se agarrando com aquele projeto em construção de homem. Foi isso. Não gostei, acho uma falta de respeito.
_ Você precisa se acalmar amor, o Leo e a Melissa estão juntos ué.
_ Estão ficando, porque nem pra pedir minha filha em namoro ele presta.
_ Luan, as coisas também não são assim. Tudo tem seu tempo.
_ Tudo tem seu tempo, tudo tem seu tempo... e nessa de tudo ter um tempo que eles ficam com essas desculpinhas esfarrapadas.
_ Tá bom, não vou discutir com você, tá? Vou trocar de roupa que eu ainda preciso trocar a Helena. Você deu banho nela?
_ Dei, só colocar a roupa.
_ É essa aqui oh, e deixa que os cabelos dela eu mesmo prendo.
_ Tá. -ela foi tirando a toalha e vestindo primeiro a calcinha, em seguida o sutiã e se inclinou para vestir a calça... suspirei querendo beijar aquela bunda e escutei sua risada.-
_ Vai amor, daqui a pouco os convidados chegam e ela nem está pronta.
_ Tô apreciando a vista.
_ Depois da festa, anda logo. -dei um tapa em sua bunda e sai do quarto indo buscar o toquinho de gente que estava na cozinha, atacando os doces que estavam em cima do balcão.-
_ Ôh formiguinha, quem tá mandando você mexer aí? Hein? -ela escondeu as mãos atrás do corpo e virou com a boca toda suja de chocolate.-
_ Não tô comendo papai, só olha pra tia Malia. -respondeu com a boca cheia me fazendo dar risada.-
_ E essa boca toda suja neguinha? Vem no colo, vamos lavar as mãos, o rosto e colocar a roupa.
_ Tá bom. -ficou em pé no banco e pulou para que eu a pegasse. Subimos e Fernanda estava se maquiando, vesti Helena que deixei que os cabelos a mãe dela cuidasse enquanto eu trocava de roupa. Uma calça jeans escura, tênis branco e camiseta rosa da mesma cor que a das bonitas. Não estava afim de arrumar o cabelo, coloquei uma touca, passei perfume, coloquei o relógio e estava pronto.- Papai olha, tô igual a Boo.
_ Tô vendo, igualzinha.
_ E a mamãe tamém. -Fernanda estava de alpargata branca, calça jeans lilás e uma blusa de manga comprida rosa e de maria chiquinhas.- Viu papai?
_ Tô vendo princesa.
_ Se quiser podem ir descendo, eu tô tentando falar com a minha mãe.
_ Então nós vamos indo.


  Descemos e ficamos na sala, eu sentado no sofá e ela correndo de um lado pro outro atrás do Thor e do Puff, os dois estavam vestidos de monstrinhos. Era latidos, Helena gargalhando e uma música ambiente. Peguei o celular e entrei no insta para ver o que estava rolando e curti algumas postagens que vi sobre o aniversário de Nena. Inúmeras felicitações, montagens dela neném e lindas palavras.   Aproveitei que ela estava distraída e tirei uma foto pegando-a de surpresa.

"Papai hoje é meu neversário ❤" minha princesinha chegou o seu dia, dia que Deus escolheu para te trazer ao mundo como um dos melhores presentes que eu poderia receber, né @fermarques? Te amamos bonequinha, minha Boo. <3 #bdayhelena #nenafaz03 #minhabebêcrescendo #paidemenina



_ Ah pai, eu ia postar uma foto dela assim. -Melissa disse, olhei e ele terminava de descer as escadas, vestida com uma calça jeans cheia de rasgos e uma blusa mostrando toda a barriga e um decote mostrando mais do que deveria.- O que?
_ Tá faltando pano, não acha não?
_ Pai, a roupa é assim. -disse terminando de descer, estava linda, mas um mulherão mesmo. Ai minha nossa senhora.-
_ Também achei demais, mas né... -o malacabado coçou a cabeça e eu o olhei sério.- Mas tá linda.
_ Eu sei, minha mãe que ajudou a escolher. Não vamos descer? A festa é lá embaixo minha mãe falou.
_ Estamos indo. -ouvi meus pais dizerem.- Quer que leve ela, Luan?
_ Por favor, tô esperando a Nanda.
_ Não precisa mais, cheguei. A moça que vai ficar recepcionando está chegando, a gente já pode ir descendo e tirando umas fotos. Lá embaixo ficou tão lindo, eu amei. -falou enquanto atravessamos a porta de vidro. O tema seria Monstros S/A Helena amava o desenho e se parecia muito com a Boo, então ficou esse. E tudo estava maravilhoso, colorido e bem infantil.

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  Aproveitamos que os convidados ainda estavam pra chegar e fomos tirando fotos na mesa, comigo e a mãe, com os irmãos, avós e quem ia chegando. Aos poucos a festa foi enchendo, meus amigos, amigos dela, amigos nossos, parentes próximos como os tios dela, avós e meus sogros que chegaram um pouco mais tarde.
  Helena não quis saber de foto quando a Cecília chegou com a Analu e correram para os brinquedos, mais crianças chegaram e a correria pelo espaço começou. Os garçons tinham que driblar um pequeno e outro que passava no meio, e eu de olho junto com a Nanda pra saber se estava tudo certo.
  Algumas horas de festa e eu estava cansado, sentado à mesa junto com a minha irmã, meu cunhado e meus pais.


_ Papai, vamo brinca comigo!
_ O papai é grande, não consegue não.
_ A tia dexo papai, vem logo. 
_ Seu padrinho vai lá.
_ Rafael não sabe brincar nessas coisa né amor. -riam.- Vai cair se tentar pular.
_ Papai, vamo...
_ Vai lá Pi, é rapidinho.

  Tirei o tênis e entrei no brinquedo com ela, fiquei sentado e ela pulando, nunca vi tanto flash na vida. Meus amigos zoando, falando que baleia não pulava, que eu tava velho pra isso e eu cansado de pular já.

_ Chega vai, vamos descansar um pouco.
_ Ah papai, já?
_ Já, vem. -descemos e ela saiu correndo outra vez, indo pelo meio das mesas e eu parando a menina do buffet pra pegar água, estava morrendo de sede.-
_ Luan, vamos cantar parabéns?
_ Vamos, vamos... -falei pondo a mão no peito.-
_ Ôh amor, tá tudo bem?
_ Cansei amor, de verdade.
_ Meu velhinho. -nos beijamos.- Vem. -outra que saiu me puxando, continuei descalço. Fomos para trás da mesa, demorou demais pra acharem a aniversariante e tirarem ela do brinquedo e trazer para cantar o parabéns.-
_ Canta papai, parabéns pra eu no meu neversário. -ri. Puxei o parabéns, cantamos, teve com quem será e terminou no primeiro pedaço.- Pra quem mamãe?
_ Pra quem você quiser, escolhe amor.
_ Pra Cecília!


  Não preciso dizer que fiquei indignado, esperava ganhar o primeiro pedaço, mas pelo menos não foi pra nenhum homem. Depois do parabéns poucos dos convidados foram embora, mais os que tinham bebês e eles já haviam dormido. De resto a festa continuou e foi até tarde, Helena não dormiu até a última criança ir embora, mas depois disso deitou no tapete com o Thor e apagou. 
  Fernanda e eu ajeitamos algumas coisas, levei a Leninha pro quarto dela e fui para o meu, deitar e dormir.









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  Amo o casal, amo os filhos, amo os momentos. ❤