Narrado por Fernanda
Voltei pra São Paulo e nem pra casa fui porque teria duas reuniões importantes que já haviam sido reagendadas. Participei das duas com a Isa e depois fui embora, estava com saudades dos meus bebês.
Entrei em casa e o silêncio estava tomando conta. Ninguém na sala, na cozinha e nem nos quartos. Aproveitei a paz reinando e tomei um banho rapidinho, coloquei uma calça de pijama, sutiã e blusa de alcinha.
Vasculhei a bolsa a procura do celular e quando o encontrei liguei para Melissa.
_ Oi mãe, já chegou?
_ Oi, cheguei. Cadê vocês?
_ Comendo. Viemos no cinema.
_ Você levou seus irmãos?
_ É mãe, veio todo mundo. Nayara, Taciane, eu e eles. -respondeu tranquila.-
_ Namoradinho não foi, é?
_ Ainda não namoramos, e ele não veio porque tinha trabalho em grupo pra fazer.
_ Ah, sério? Que droga, porque no cinema é tão bom ter alguém pra beijar, dar umas passadas de mão na coxa.
_ Mãe!
_ É verdade. -risos.- Vão demorar pra chegar?
_ Vamos, acabamos de chegar aqui e ainda vamos comer antes de ir comprar os ingressos.
_ Está tudo bem por aí?
_ Tirando o fato de que a Helena quer escolher o filme, está tudo ótimo.
_ Ela é um bebê hein, olha o que vocês vão assistir.
_ Um pornô.
_ Você pode, meus bebês não.
_ Ah é assim então?
_ Sim senhora. -risos.- Bom filme.
_ Tá bom, tchau. -e desligamos.
Como estava sozinha em casa liguei para a minha cunhada que estava em casa sem fazer nada porque os filhos estavam na casa da irmã do Rafael. Falei pra ela passar numa pizzaria e vir pra casa pra gente fofocar.
(...)
_ Não estava levando a sério sua vontade de comer pizza, Fê. -riu assim que abri a porta e nos encontramos, lhe abracei e ela entrou em casa sendo recepcionada pelo Thor.- Cadê minha neném?
_ No cinema, acredita? -falei enquanto íamos para a cozinha, peguei os pratos, talheres e dois copos.- Nem ela estava aqui quando eu cheguei.
_ Aí, ela já vai fazer três anos, Fê. Lembro quando a Laura e Luquinhas tinham essa idade.
_ Eu lembro da Melissa, manhosa que só ela. -risos.- Quase com vinte anos agora.
_ Como o tempo voa, né?
_ Demais... mas e você, estava de bobeira mesmo?
_ Estava. O Rafa quis levar as crianças na minha sogra e eu não estava muito no clima, eu a amo, mas ôh mulher que fala e fica perguntando e eu ia acabar falando que estamos meio assim.
_ Ainda? -fiz careta.- Nós conversamos aquele dia.
_ E eu conversei com ele, esperei as crianças dormir, tomamos banho e quando estávamos indo deitar eu chamei ele pra conversar. Ele diz que não é nada, nada do que eu estava pensando.
_ Que era...
_ Traição. Meu marido não me trai, não tem outro filho fora do casamento... ele só cansou da nossa rotina. Ficou tudo muito no automático e ele não estava errado, eu sei disso. Depois que fiz minha carreira como atriz e modelo, não tive tanto tempo pra viajar com o meu marido, dar todo aquele carinho e atenção do início de anos atrás. Eu estava deixando a desejar, não nos falta amor, nos faltou mais intimidade. Eu e ele, não eu ele e nossos filhos.
_ Ainda bem que conversaram, uma boa conversa resolve muito de um relacionamento.
_ Sim, muito obrigada pelos conselhos, sério. Eu precisava, e acabou sendo melhor do que eu imaginava. O Rafa é um marido tão bacana, Fê. Sempre me apoiou mesmo com ciúmes, ia dormir tarde mesmo me ajudando com as crianças quando eu estava estudando um texto do teatro. Sabe... ele é o melhor homem do mundo depois do meu pai e meu irmão. -riu.- E eu deveria valorizar ainda mais. -sorriu sem graça.-
_ O importante é que agora vocês estão se acertando outra vez. Planeje uma viagem, não precisa ser longe, vão pra Londrina que é pertinho e tão isolado.
_ Eu amo aquele lugar... -desatamos a falar enquanto eu terminava de pôr a mesa e fizemos nossa refeição tagarelando o tempo inteiro, rindo horrores. Ajeitamos as coisas na cozinha e fomos para a sala com a intenção de assistir um filme, como fazíamos antes na fase de namorico.- Olha o celular aí cunha... -olhei para a mesa de centro e era um número desconhecido, franzi a testa, mas atendi.-
_ Mãe?
_ Oi Mê, de quem é esse número?
_ Do Leonardo, meu celular acabou a bateria... liguei pra avisar que estamos indo na casa da Tacy.
_ Melissa, chega de rua pra Helena né? E o Arthur e a Maria Luísa também já está na hora de vir pra casa. -falei séria e a Bru dava risada desse meu jeito.-
_ Não vamos demorar por lá, queria ver umas roupas. Ele vai deixar a gente em casa depois.
_ Hm... sua madrinha tá aqui.
_ Mentira, né?
_ Verdade, só não trouxe o Tobias.
_ Ah, mãe! -risos.- Vou desligar tá? Beijo e manda um beijo pra madrinha, tchau. -e desligou.-
_ Minha afilhada já está namorando?
_ Não, a Laura não quer saber de namorar, disse ela.
_ Só minha filha que tá nesse grude?
_ É fase, é normal... eu era o oposto da Laura, super beijoqueira. Luan que ficava no meu pé desde sempre. Aí eu não namorava não, só ia ficando.
_ Eu não era tão galinha, eu namorei uma vez e ganhei chifres, aí namorei de novo, outro chifre... aí desisti dessa vida, ficava mesmo com vários e beijava com gosto, nessa de não se apegar em ninguém.
_ Você se imaginava casada?
_ Não. -ri.- Com filhos sim, porque poderia dar uma merda e tchau camisinha ou esquecer o remédio. Só que casar? Ah, isso não.
O assunto foi indo para um lado mais cabeça, ri disso porque até falando sério nós duas ríamos demais das nossas histórias "loucas". Mas demos uma mudada no assunto quando meus bebês chegaram e vieram tudo pra cima de mim, Helena veio deitando a cabeça no meu peito e fechando os olhinhos, estava cansada e toda suada minha neném. Arthur e Maria Luísa estavam ainda cheirando perfume, todos "adolescentes", fizeram compras e tudo. Já Melissa chegou cheia de sorrisos de mãos dadas com o Leonardo que segurava a bolsa dela feliz da vida.
_ Oi, oi. -nos cumprimentou.- Boa noite.
_ Boa noite genro, chegaram cedo hein...
_ Mas perdi o filme, né Nena? -ela assentiu sem abrir os olhos.- Eu vou pra casa, só vim trazer elas.
_ Elas? E eu, cara?
_ E você cunhadinho. -bagunçou o cabelo dele.-
_ Mãe, eu vou com ele. Depois eu venho pra casa.
_ Olha a hora hein, e juízo.
_ Pode deixar, tenho de sobra... -risos.-
_ Não gosto dele com a minha irmã. -foi a primeira coisa que Arthur disse quando os dois cruzaram a porta, todo emburrado, igualzinho ao pai.-
_ E posso saber por que não?
_ Ele não tem respeito, bem que meu pai disse. -bufou.- Fica agarrando ela e ela bem gostando, tonta mesmo.
_ Quando você namorar você vai entender.
_ Eu não quero namorar não tia, prefiro videogame. Meu pai falou que mulher é muito complicado, que vocês todas são loucas.
_ Louco é ele, palhaço, aí que ridículo esse meu marido. -revirei os olhos.-
_ Arthurzinho lindo da tia, quando você beijar na boca uma vez, vai querer beijar sempre.
_ Credo, tia. É nojento.
_ Eu não acho, quando eu namorar vou beijar muito na boca. -Malu se pronunciou deixando o irmão vermelho de ciúmes, segurei a risada.-
_ Cê deixa de assanhamento, que não tem idade pra isso não.
_ Eu falei quando eu namorar, seu burro.
_ Ei vocês dois, chega né? Nenhum dos dois tem idade, mas vou falar, é bom viu.
_ Aí Fê, esses seu filhos...
_ Você sabe como é, Arthur não admite, mas morre de ciúmes das irmãs... morre. -sussurrei.- Tem que ver quando alguém comenta as fotos das meninas, fica doido igual o pai dele.
_ Mesmo sangue né? -risos.-
Helena tinha dormido, falei pra Bruna que logo voltava e subi para deixar ela na cama. Quando desci coloquei as duas preguiças pra tomar banho e chamei a Bru pra cozinha e continuamos nosso assunto enquanto eu preparava o jantar, mas ela não ficou pra comer pois meu cunhado veio buscar ela e acabaram não ficando.
Dei janta para os "pequenos" subi com uma mamadeira pronta e entrei no quarto da Helena que estava coçando o olho já. Entreguei o tetê e deitei com ela que mamou e voltou a dormir suja mesmo.
Narrado por Melissa
Leo adiantou sua parte no trabalho e arranjou um tempinho pra encontrar com a gente no shopping, mas não foi muito. Deu tempo dele ir em umas três lojas com o meu irmão, e fomos para a casa de Tacy, que tinha que me mostrar algumas roupas. Saindo de lá deixei meus irmãos em casa e fomos para a dele e todo mundo estava lá. Cumprimentei todo mundo e subi com ele que iria tomar banho, sentei na cama e fiquei esperando.
_ Leo?
_ Fala aí...
_ Seu telefone está tocando.
_ Atende aí, tô tomando banho. -levantei da cama e fui até o outro lado do quarto pegar o celular que estava plugado no carregador, olhei o nome com cara de nojo e atendi.-
_ Alô?
_ Oi, é o celular do Leo né?
_ Sim. Quem é?
_ É a Bia, ele tá por aí?
_ Está tomando banho.
_ Ah, tudo bem então... mais tarde eu ligo, beijos.
_ Tchau. -e desliguei, voltando para a cama.-
_ Quem era? -perguntou ao sair do banheiro com a toalha enrolada na cintura.-
_ A Bia. -fiz careta.- Falou que liga mais tarde.
_ Deve ser coisa do nosso trabalho.
_ Ela é do seu grupo?
_ É loirinha, por quê?
_ Nada. -disse desviando o olhar e mexendo no meu celular.-
_ Você é muito ciumenta, se estressa muito. -quando olhei ele estava do meu lado, virando meu rosto e me dando um selinho.- O que foi?
_ Ela não gosta de mim, falou que não sou mulher pra você... não gosto dela.
_ O que importa é que eu gosto. -nos beijamos e quando eu ia puxar ele pra cama, as meninas bateram na porta.-
_ Tio, a vovó tá chamando vocês dois.
_ Daqui a pouco o tio desce, tá?
_ Aham...
_ Nado, abe aqui...
_ Pra que Ceci, vou colocar roupa...
_ Tá peladão? -não consegui segurar a risada com aquele jeito tão fofo.- Mel!
_ Caralho... -abriu a porta e a irmã dele veio correndo para o meu colo enquanto ele foi se vestir.
Voltou do banheiro todo lindo, não resisti e tirei uma foto deixando ele sem ver de onde veio o flash. Descemos com a Ceci, de mãos dadas. Comemos e ficamos sentados no sofá... "namorando". Christian e a Jéssica estavam conosco na sala, os pais deles subiram com as crianças e ficamos assistindo filmes até eu me aninhar feito uma gatinha no colo dele e fechar os olhinhos.
_ Tô com sono e ficando com frio... -falei devagar e ele rindo, ele pediu pra eu esperar e subiu para quarto, quando voltou me jogou um moleton dele e pegou as chaves.-
_ Vamo aí?
_ Vamos. -disse me levantando, coloquei a blusa de frio que tinha o cheirinho dele, dei tchau pro Chris e pra Je e saímos indo pro carro. Minha casa não era tão longe da dele, ainda mais de carro, então não demorou que eu chegasse.-
_ Entregue.
_ Obrigado, tchauzinho. -nos beijamos e eu desci do carro. Entrei e não tinha ninguém na sala, subi pro meu quarto tirei a roupa trocando por um pijama e tratei de dormir.
Narrado por Fernanda
Chegamos na semana do aniversário da Helena e graças à Deus os últimos detalhes estavam todos certos. Seria uma festa linda, muito fofa. E em casa, havia pensado em tudo. Usar o espaço onde o Lupy ficava para colocar os brinquedos, a mesa do bolo e mesas para os convidados que não eram muitos. Priorizamos os que tinham filhos pequenos, amigos mais próximos e nossos parentes.
A festa aconteceria na quarta-feira mesmo, no final da tarde quase noite. Eu estava animada, ansiosa e chorosa.
Narrado por Luan
Na quarta-feira cheguei em casa de madrugada, ninguém estava acordado, ninguém acordou comigo chegando. Entrei, fechei a porta e deixei as minhas bagagens num canto da sala e subi para o meu quarto. Abri a porta e encontrei minha gatinha dormindo, com aquela calcinha bem fininha e uma blusa minha que havia subido. Fui para o banheiro, tomei aquela ducha rápida e quando sai ela não estava mais na cama e a porta aberta.
_ Isso não é hora de avisar nada, né? Seu pai acabou de chegar aqui... tá... vou falar a verdade se ele perguntar... tá bom, beijos. -voltou pro quarto com o celular na mão e deitou na cama.-
_ Nem um oi?
_ Tô com frio, deita aqui comigo. -terminei de me secar, vesti uma cueca e deitei ao lado dela.- Oi. -selinho.- Foi bem de viagem?
_ Ótimo, dormi durante todo o voo.
_ Preguiça.
_ Cadê meu beijo? -ela veio toda bruta, virando minha cabeça e me beijando, passou uma perna por cima da minha e juntou mais meu corpo no dela.- Tava com saudades sua. -mordi seu pescoço.-
_ Também, foi tão bom a última vez que nos vimos.
_ Foi selvagem, você usou meu ponto fraco.
_ Você nunca se importou. -riu. Ficamos namorando, fizemos amor e estávamos quase dormindo quando lembrei da ligação e perguntei onde a Melissa estava.- Saiu pra uma festa com o Leonardo e vai dormir na casa de um amigo dele.
_ Ele não dirige? Por que não traz ela de volta?
_ Porque ele bebeu.
_ Eu não tô gostando dessa história. Agora Melissa sai todo final de semana e na semana também. Não tô gostando disso.
_ Ela tá na fase...
_ Não tem nada disso não, mas deixa ela. Quando eu pegar pra falar...
_ Chatinho, deixa a menina.
_ Quando eu tinha a idade dela...
_ Já corria atrás dos seus sonhos, eu sei amor. Calma, foi só hoje.
_ Assim espero.
_ Não faz essa carinha amor, ela tem juízo. Não parece, mas tem.
_ Eu tinha tanto que arrumei ela.
_ Você é safadinho né amor, safadinho.
_ Eu sei. -risos.- Espero que ele não seja assim.
_ Ele é devagar amor, muito.
_ Melissa andou te contando alguma coisa?
_ Sim, e eu não vou te falar nada.
_ Ah é assim? O Arthur vai namorar também viu.
_ Segundo ele, não vai.
_ Isso é agora, quero ver quando estiver no ensino médio. -ela revirou os olhos.- Viu? -risos.-
_ Boa noite, Luan...
_ Ciumenta.
_ Sou mesmo, muito. -ficamos nessa conversa mole até bater o sono, mas tive a impressão de não dormir muito quando estava na cama e uma mão pequena abria os meus olhos.-
_ Papai hoje é meu neversário. -sorria.-
_ É nada, sério?
_ É. Tô fazendo assim oh. -mostrou três dedinhos.-
_ Quase uma mão inteira, filha.
_ É. Papai?
_ Sim, uma mão inteira tem cinco dedinhos. -contamos juntos, ela ficou toda concentrada e entendeu.-
_ Isso, hora de levantarem os dois. Vem Helena.
_ Mamãe tô falando com o papai.
_ Luan enquanto vocês conversam vai dar um banho nela, aproveita e lava os cabelos dela.
_ Ah amor, tô de folga.
_ Não da sua filha, anda logo que você precisa fazer um favor pra mim.
_ Lá vem... você não disse que estava tudo certo?
_ São detalhes meu amor, detalhes... algumas ligações.
_ Cadê a madrinha dela?
_ Luan, eu não vou falar outra vez. -e saiu do quarto.-
_ A mamãe biga.
_ Briga nada, vamos levantar né? Mas antes... -abri os braços e ela deitou me abraçando.- Parabéns minha vidinha.
_ É brigado que fala?
_ O-bri-ga-do.
_ Obigado. -repetiu rapidinho me fazendo rir.-
_ Bora tomar um banho?
_ Bora. -e fomos, dei um banho nela, troquei sua roupa pondo uma calcinha e um vestido. Deixei os cabelos soltos depois de secar com a toalha, calcei os chinelos e descemos.- Bom dia Atur, bom dia Malia.
_ Bom dia, vem cá. -Arthur chamou e ela foi correndo receber os parabéns dos irmãos e indo para a cozinha comer.-
_ Chegamos, cadê o rango?
_ O café da manhã está na mesa, podem ir comer.
_ Mandona.
_ Sou mesmo. -respondeu autoritária.
Nos sentamos, comemos e eu pensando. Depois que terminamos, fomos para a sala foi que eu perguntei onde estava a Melissa e a bonita ainda não tinha chegado. Peguei o telefone fixo e liguei pra ela.
_ Alô?
_ Tem casa mais não? -perguntei.-
_ Oi pai, bom dia.
_ Bom dia. Onde você tá?
_ Ainda na festa, acordamos agora pouco.
_ Ainda? Já era pra estar em casa.
_ Daqui a pouco ta?
_ Tá nada, vem embora logo.
_ Pai...
_ Eu não tô gostando disso não viu, pode falando pra ele malacabado que se ele tem a intenção de me ter como sogro ele tem que andar na linha.
_ (risos) Tá bom pai, te amo. Beijos.
_ Melissa.
_ Tchau pai, beijo. -e desligou.-
_ Você viu isso né?
_ Vi. Agora vão passear amor, vai lá visitar sua mãe. Daqui a pouco o pessoal chega pra começar arrumar as coisas.
_ Homens?
_ É. Por que?
_ Você passeia e eu fico.
_ Ridículo. Vai logo amor, tchau pra vocês todos.
Ela realmente nos expulsou de casa, sobrou até pro Thor. Fomos todos os cinco para a casa dos meus pais e ficamos por lá a manhã inteira e parte da tarde onde eu durmi no meu quarto e só acordei com a minha mãe me chamando, falando que a Fernanda tinha ligado para eu voltar pra casa com as crianças e nos arrumar.
Levantei com um pouco de preguiça, joguei uma água no corpo. Dei dando na Leninha e pedi para os dois maiores fazerem o mesmo. Meus pais estavam quase prontos, então esperamos por eles e voltamos para casa todos juntos.
_ Chegamos! -falei ao abrir a porta e dar de cara com a Melissa no maior beijo com aquele malacabado, cruzei os braços e fiquei olhando aquela poca vergonha.- Melissa.
_ Pai? -falou escondendo o rosto no pescoço dele, continuei parado.-
_ Não vou te falar nada Melissa, nada. -e passei direto indo na direção das escadas, subi para o meu quarto e encontrei Fernanda saindo do banho.-
_ Demorou amor, já tomaram banho?
_ Sim. -respondi tirando a camisa e pondo em cima da cama.-
_ O que foi? Aconteceu alguma coisa?
_ Nada não, tô tranquilo.
_ Não tá não, você tá ficando vermelho e você só fica assim quando estava com raiva ou com vergonha.
_ Fernanda, não quero falar disso agora.
_ Então aconteceu?
_ Aconteceu sim, aconteceu que eu cheguei em casa e vi minha filha se agarrando com aquele projeto em construção de homem. Foi isso. Não gostei, acho uma falta de respeito.
_ Você precisa se acalmar amor, o Leo e a Melissa estão juntos ué.
_ Estão ficando, porque nem pra pedir minha filha em namoro ele presta.
_ Luan, as coisas também não são assim. Tudo tem seu tempo.
_ Tudo tem seu tempo, tudo tem seu tempo... e nessa de tudo ter um tempo que eles ficam com essas desculpinhas esfarrapadas.
_ Tá bom, não vou discutir com você, tá? Vou trocar de roupa que eu ainda preciso trocar a Helena. Você deu banho nela?
_ Dei, só colocar a roupa.
_ É essa aqui oh, e deixa que os cabelos dela eu mesmo prendo.
_ Tá. -ela foi tirando a toalha e vestindo primeiro a calcinha, em seguida o sutiã e se inclinou para vestir a calça... suspirei querendo beijar aquela bunda e escutei sua risada.-
_ Vai amor, daqui a pouco os convidados chegam e ela nem está pronta.
_ Tô apreciando a vista.
_ Depois da festa, anda logo. -dei um tapa em sua bunda e sai do quarto indo buscar o toquinho de gente que estava na cozinha, atacando os doces que estavam em cima do balcão.-
_ Ôh formiguinha, quem tá mandando você mexer aí? Hein? -ela escondeu as mãos atrás do corpo e virou com a boca toda suja de chocolate.-
_ Não tô comendo papai, só olha pra tia Malia. -respondeu com a boca cheia me fazendo dar risada.-
_ E essa boca toda suja neguinha? Vem no colo, vamos lavar as mãos, o rosto e colocar a roupa.
_ Tá bom. -ficou em pé no banco e pulou para que eu a pegasse. Subimos e Fernanda estava se maquiando, vesti Helena que deixei que os cabelos a mãe dela cuidasse enquanto eu trocava de roupa. Uma calça jeans escura, tênis branco e camiseta rosa da mesma cor que a das bonitas. Não estava afim de arrumar o cabelo, coloquei uma touca, passei perfume, coloquei o relógio e estava pronto.- Papai olha, tô igual a Boo.
_ Tô vendo, igualzinha.
_ E a mamãe tamém. -Fernanda estava de alpargata branca, calça jeans lilás e uma blusa de manga comprida rosa e de maria chiquinhas.- Viu papai?
_ Tô vendo princesa.
_ Se quiser podem ir descendo, eu tô tentando falar com a minha mãe.
_ Então nós vamos indo.
Descemos e ficamos na sala, eu sentado no sofá e ela correndo de um lado pro outro atrás do Thor e do Puff, os dois estavam vestidos de monstrinhos. Era latidos, Helena gargalhando e uma música ambiente. Peguei o celular e entrei no insta para ver o que estava rolando e curti algumas postagens que vi sobre o aniversário de Nena. Inúmeras felicitações, montagens dela neném e lindas palavras. Aproveitei que ela estava distraída e tirei uma foto pegando-a de surpresa.
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"Papai hoje é meu neversário ❤" minha princesinha chegou o seu dia, dia que Deus escolheu para te trazer ao mundo como um dos melhores presentes que eu poderia receber, né @fermarques? Te amamos bonequinha, minha Boo. <3 #bdayhelena #nenafaz03 #minhabebêcrescendo #paidemenina |
_ Ah pai, eu ia postar uma foto dela assim. -Melissa disse, olhei e ele terminava de descer as escadas, vestida com uma calça jeans cheia de rasgos e uma blusa mostrando toda a barriga e um decote mostrando mais do que deveria.- O que?
_ Tá faltando pano, não acha não?
_ Pai, a roupa é assim. -disse terminando de descer, estava linda, mas um mulherão mesmo. Ai minha nossa senhora.-
_ Também achei demais, mas né... -o malacabado coçou a cabeça e eu o olhei sério.- Mas tá linda.
_ Eu sei, minha mãe que ajudou a escolher. Não vamos descer? A festa é lá embaixo minha mãe falou.
_ Estamos indo. -ouvi meus pais dizerem.- Quer que leve ela, Luan?
_ Por favor, tô esperando a Nanda.
_ Não precisa mais, cheguei. A moça que vai ficar recepcionando está chegando, a gente já pode ir descendo e tirando umas fotos. Lá embaixo ficou tão lindo, eu amei. -falou enquanto atravessamos a porta de vidro. O tema seria Monstros S/A Helena amava o desenho e se parecia muito com a Boo, então ficou esse. E tudo estava maravilhoso, colorido e bem infantil.
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Aproveitamos que os convidados ainda estavam pra chegar e fomos tirando fotos na mesa, comigo e a mãe, com os irmãos, avós e quem ia chegando. Aos poucos a festa foi enchendo, meus amigos, amigos dela, amigos nossos, parentes próximos como os tios dela, avós e meus sogros que chegaram um pouco mais tarde.
Helena não quis saber de foto quando a Cecília chegou com a Analu e correram para os brinquedos, mais crianças chegaram e a correria pelo espaço começou. Os garçons tinham que driblar um pequeno e outro que passava no meio, e eu de olho junto com a Nanda pra saber se estava tudo certo.
Algumas horas de festa e eu estava cansado, sentado à mesa junto com a minha irmã, meu cunhado e meus pais.
_ Papai, vamo brinca comigo!
_ O papai é grande, não consegue não.
_ A tia dexo papai, vem logo.
_ Seu padrinho vai lá.
_ Rafael não sabe brincar nessas coisa né amor. -riam.- Vai cair se tentar pular.
_ Papai, vamo...
_ Vai lá Pi, é rapidinho.
Tirei o tênis e entrei no brinquedo com ela, fiquei sentado e ela pulando, nunca vi tanto flash na vida. Meus amigos zoando, falando que baleia não pulava, que eu tava velho pra isso e eu cansado de pular já.
_ Chega vai, vamos descansar um pouco.
_ Ah papai, já?
_ Já, vem. -descemos e ela saiu correndo outra vez, indo pelo meio das mesas e eu parando a menina do buffet pra pegar água, estava morrendo de sede.-
_ Luan, vamos cantar parabéns?
_ Vamos, vamos... -falei pondo a mão no peito.-
_ Ôh amor, tá tudo bem?
_ Cansei amor, de verdade.
_ Meu velhinho. -nos beijamos.- Vem. -outra que saiu me puxando, continuei descalço. Fomos para trás da mesa, demorou demais pra acharem a aniversariante e tirarem ela do brinquedo e trazer para cantar o parabéns.-
_ Canta papai, parabéns pra eu no meu neversário. -ri. Puxei o parabéns, cantamos, teve com quem será e terminou no primeiro pedaço.- Pra quem mamãe?
_ Pra quem você quiser, escolhe amor.
_ Pra Cecília!
Não preciso dizer que fiquei indignado, esperava ganhar o primeiro pedaço, mas pelo menos não foi pra nenhum homem. Depois do parabéns poucos dos convidados foram embora, mais os que tinham bebês e eles já haviam dormido. De resto a festa continuou e foi até tarde, Helena não dormiu até a última criança ir embora, mas depois disso deitou no tapete com o Thor e apagou.
Fernanda e eu ajeitamos algumas coisas, levei a Leninha pro quarto dela e fui para o meu, deitar e dormir.
~.~
Amo o casal, amo os filhos, amo os momentos. ❤
Que coisa mais fofa esse capítulo,Léo e Melissa tem que se assumir logo sjsksk,acho um maximo que a Melissa tem quase 20 anos e o luan Ainda tem ciúmes Dela sksksk
ResponderExcluirQuando se trata de Helena, não tem como não ter fofura. rs
ExcluirMenardo vai assumir, em breve. Luan não deixa o ciúmes de lado nunca, nunca mesmo.
O família ❤😂
ResponderExcluirEssa Melissa está cada dia mas parecendo com a Nanda.
Luan morrendo de ciúmes.
Nena fez 3 aninhos que linda❤💖
Cont bjoos😘
Família linda, unida, safada! E ainda consegue ser fofa, como eu amo.
ExcluirEu não aguento o Luan kkkkkkk imagina quando assumirem namoro então
ResponderExcluirAí ele infarta.
ExcluirLuan é uma graça!😂😂😂 ah, bichim ciumento. Melissa tem logo que pegar o Leo de jeito.😏
ResponderExcluirMomento família linda!😍
Minha filha, quando ela pegar...
Excluir8 dias sem postar e nem uma satisfação.
ResponderExcluirSatisfação eu dei sim, quem tá no grupo sabe o porque dos atrasos nas postagens.
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