{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Capítulo 223

Narrado por Fernanda
  Com o Art e a Malu viajando com os meus sogros, eu não vi motivos para Maria ir todos os dias em casa, então combinamos que ela iria de terça e quinta até que eles retornassem da viagem. Nos dias em que ela não vinha, era eu quem cozinhava ou íamos comer fora.
  Helena e eu descemos para preparar o tetê dela, mas antes disso troquei a água dos cachorros e coloquei ração para que comessem. Seguimos para a cozinha e deixei ela sentada bonitinha na cadeira e fiz a mamadeira com leite e chocolate.


_ Mãe, bom dia. -Melissa chegou na cozinha ainda de pijama, com a cara toda amassada, sorrindo.- Bom dia Leninha.
_ Bom dia.
_ Bom dia Nelissa. Qui cê tá assim?
_ Assim como? -perguntou rindo.
_ Bagunçada, né mamãe? -assenti.- Cabelo tá todo po alto.
_ Porque ainda tá cedo, acabei de acordar.
_ A mamãe não acorda bagunçada não. 
_ Sua irmã é assim mesmo neném. Toma seu tetê, vem cá. -Helena veio para o meu colo e fomos para a sala, onde ela tomou o tetê deitada com a cabeça no meu peito.- 
_ Mãe, vai fazer o que hoje?
_ Dormir o dia todo. -ela franziu a testa sabendo que era mentira, rindo.
_ Queria dar uma volta no shopping, ir no salão.
_ Hm... continua.
_ Preciso fazer uma depilação decente, né mãe. Vou viajar, colocar biquíni. Não posso parecer um urso de tão peluda.
_ Ué, tá dando mais que eu e não tá depilada? 
_ Não é bem assim também né dona Fernanda, eu só quero melhorar o que já está bonito. Vamos comigo?
_ Ah, não. Você adora demorar no shopping e sua irmã não para.
_ Tem espaço kids em qualquer shopping que você for.
_ Você nunca ficou em um espaço kids, ela também não vai ficar. Nunca gostei de deixar filho meu com estranhos.
_ Ui, nossa. Nem quando queria fazer um amor com o meu pai.
_ Nem pra isso, deixava você dormindo e mandava ver embaixo de cobertas, no banheiro mesmo. Não tinha tempo ruim não.
_ Aí credo, isso é nojento.
_ Se fosse tão nojento você não faria.
_ É diferente, né mãe. Credo.
_ É a melhor coisa da vida. -comecei a rir, enquanto ela fazia caretas e Helena nos olhava sem entender uma palavra sequer.- Você quer ir só no salão?
_ Não né, ver umas lojas também.
_ Você e sua mania de shopping, você não vai comprar biquínis, nem roupa nenhuma.
_ Mas mãe...
_ Melissa, você tem roupas com etiquetas ainda. Quer comprar mais? Doa as que você já tem.
_ Quem é que vai querer roupas usadas? Fala pra mim.
_ Quem não tem roupa nenhuma pra vestir. -ela revirou os olhos e cruzou os braços.- Quer ir, então vamos logo.
_ Vou me arrumar. -e subiu correndo. Helena continuou deitada, tomando tetê e mexendo na blusa do meu pijama.
_ Mamãe a gente vai passear?
_ É, nós vamos passear no shopping.
_ Shopping não tem brinquedos.
_ Tem sim, alguns só. -ficamos conversando e ela como de costume estava me enchendo de perguntas.- Nossa nê, como você pergunta hein. -beijei seu rosto.
_ Nê de neném, mamãe?
_ (ri) É, de neném. 
_ Mãe!
_ Fala, Mê.
_ Vamos logo, vai dar dez horas.
_ Vai sair hoje por acaso? Tá com pressa de quê?
_ Urgh.
_ Tá rosnando, é? -risos.- Nena, vem com a mãe. Vou tomar banho.


  Subimos para o meu quarto, deixei uma troca de roupa em cima da cama e entrei no banheiro já me despindo. Helena entrou na banheira vazia e cruzou as perninhas.

_ Mamãe não pode mexer na toneira né?
_ É, não pode. Torneira não é brinquedo de criança.
_ Mas tem a di brinquedo né?
_ Sim, aquela igual a sua. 
_ Ah tá. -entrei no box terminei de tirar meu sutiã e calcinha, joguei por cima do vidro e liguei o chuveiro.- Mamãe.
_ Oi filha, pode falar.
_ Eu fez xixi agora. -desliguei o chuveiro e puxei uma toalha, enrolei no corpo e sai.-
_ Tem que pedir, vem cá. -peguei-a no colo e ela ainda estava seca, tirei a parte de baixo de sua roupa e ajudei ela se sentar no vaso.- Pode fazer... -Helena fez xixi, voltou para a banheira e me deixou tomar banho, mas não em silêncio. Não demorei para sair de vez, me secar e vestir a roupa que havia separado. Calça jeans, um cropped de manga comprida e sapatilhas.
_ Mamãe, cê tá bem linda.
_ Obrigado meu amorzinho.
_ Agora fala o que? -perguntou inocente me fazendo sorrir boba.- 
_ Nossa mãe, a gente só vai no shopping.
_ O que é Melissa?
_ Tá arrumada demais, eu hein.
_ Eu só ando arrumada, independente da ocasião. 
_ Sei, vou até mandar foto pro meu pai.
_ Me erra em garota, começa não. -falei indo até a penteadeira, soltei o coque que prendia os meus cabelos e os penteei. Arrumei novamente em um rabo de cavalo, passei uma maquiagem leve e estava pronta.
_ E eu mamãe? Tamém quelo batom.
_ Daqui a pouco, vem trocar de roupa. -fomos para o quarto dela, peguei uma meia calça mais grossinha, vestido de manga comprida, bota e touca de crochê.- Pronto, tá linda.
_ O batom mamãe. -pediu bicuda.
_ Tá na bolsa da mamãe, lá no carro.

Como iríamos no shopping eu a deixei de fralda, peguei outra troca de roupa e coloquei dentro da minha bolsa junto com as minhas coisas, carteira, maquiagem e coisas de mãe.
_ Melissa, anda logo.
_ Só eu vou assim, toda largada? -olhei e ela estava de tênis, legging e moletom.
_ Porque quer. E agora você vai assim, não quero saber.
_ Nossa mãe, eu...
_ Tá uma laigada bonita, Nelissa. -Helena ria.
_ Isso mesmo, tá linda. E pelo amor de deus, sem gritos.
_ Mas dói.
_ Não acostumou ainda? Que isso, você é minha filha, se liga. Deixa de ser mole.
_ Vai falar que eu tô mentindo agora?
_ Pro carro, já. -dei a mão pra Helena e deixamos a casa, arrumei a Leninha na cadeira e me acomodei no banco do motorista para aguardar Melissa.
_ Mamãe, o Thor vai ficar sozinho com o Puff? Ele tamém não é um neném? E se ele chorar?
_ Ele é cachorrinho meu amor, vai ficar quietinho em casa.
_ Não vai não. -cruzou os braços.
_ Não vamos demorar por lá, ele não vai ficar sozinho não. 
_ Mamãe. A Nelissa tá muito demorando. -revirei os olhos, concordando. Eram quase horário de almoço. Peguei o celular e disquei o número da bonita.
_ Se você não entrar nesse carro agora eu juro que faço ir sozinha, entendeu?
_ Calma querida, tô aqui já. -desligou e sentou no banco do carona.




Narrado por Luan
 Demorei um pouco para convencer da minha mulher viajar por uns dias comigo, sabendo que eu não estaria nem perto de São Paulo e estava feliz por isso. Ansioso, também. 
  Acordei no dia seguinte e estava com todo o gás. Passei a manhã dormindo, segui para o almoço e descansei uns minutos antes de ir para a academia. Voltei pro quarto, tomei aquele banho, vesti uma cueca limpa, um moletom e regata. Peguei meu celular e estava com a bateria zerada, coloquei pra carregar e liguei meu videogame.


(...)

_ Oi amor, aconteceu alguma coisa?
_ Eu que te pergunto. Não deram notícias o dia inteiro. -falei assim que ela me atendeu.- Já sei que estão vivas.
_ (riu) Desculpa, mas passei o dia fora com as meninas. Chegamos em casa, jantamos e as meninas estão se preparando para ir pra cama.
_ Passaram o dia todo onde? Posso saber?
_ No shopping, na verdade foi parte do dia. Chegamos lá e fomos no salão e eu deixei a Melissa lá e sai pra dar uma voltinha com a Nena tadinha.
_ Ela não gosta dessas coisas.
_ Gostar ela gosta, mas não pra ficar horas. Levei ela pra brincar naqueles brinquedos que ficam no piso superior.
_ Ela foi sozinha?
_ Não, eu tive que ir junto.
_ Em todos?
_ Na maioria, ela não queria ir sozinha no carrossel, nem na mini montanha russa e passou mal no barco viking. Tinha um brinquedo lá que era o simulador de uma moto dessas grandonas sabe? Fomos também. Isso sem contar a piscina de bolinhas e um cineminha que balançava as cadeiras.
_ Nenhum pula-pula?
_ Não para adultos, mas nesse ela correu e nem quis saber de mim. 
_ Certa ela uai.
_ Ela tem só três anos, apenas.
_ Relaxa amor. Mas me conta, como estão as coisas por aí?
_ Bem ué, nada de novo. Quer dizer, você deve ter esquecido... mas nossa filha viaja amanhã pra Porto Seguro com as amigas.
_ Ah, minha nossa senhora.
_ O que foi amor?
_ A última viagem em amigas ela perdeu o cabaço.
_ Que frase horrível, credo. Se chama virgindade, Luan.
_ Que seja, o que interessa é que ela pode conhecer outros caras lá e eu nem quero pensar...
_ Do jeito que ela está bem com o Leo, eu duvido que ela fique com outra pessoa. Mesmo achando que ela deveria.
_ Deveria sossegar isso sim. Você pensa besteira demais.
_ Antes de casar eu aproveitei minha solteirisse viu. Dei mesmo e pra homens diferentes, conheci outras bocas.
_ Olha as coisas que você está falando.
_ A verdade. E você também aproveitou ainda mais a sua que eu sei.
_ Eu sou homem, pra mim não fica feio.
_ Grande bosta, nossa. -tive vontade de rir, mas me contive.- Acho válido ela conhecer outros caras sim, não galinhar, mas pra saber como é.
_ Ela já sabe muito bem, não precisa ensinar mais nada.
_ Paizão ciumento.
_ Também, mas a questão não é ciúmes e sim o cuidado com a minha filha mais velha.
_ Aham, sei. 
_ Sabe de nada. Vem cá, quando ela volta mesmo?
_ São quatro dias só. Pega amanhã que é sexta, aí vai sábado, domingo e elas voltam pra Sampa na terça.
_ Ele não vai não, né?
_ Até onde eu sei, não. Mas se for também não vai fazer a menor diferença.
_ Depois você reclama que a Melissa tá assim, sem fazer nada, só saindo pra lá e pra cá.
_ Reclamei da falta de responsabilidade e não dela se divertir. São coisas diferentes, amor.
_ Entendo. -falei para não entrarmos em uma discussão.- Então vocês duas vem amanhã também?
_ É, só não sei o horário do voo.
_ Eu mando o Bicuço pra vocês.
_ Deixa o Leo descansar, não demora quase nada de voo comercial.
_ Sem escalas, né?
_ É. Nós vamos direto.
_ Busco vocês no aeroporto. Me manda mensagem?
_ Tá, mando sim.
_ Maria Luísa ligou?
_ Maria Luísa e Arthur se esqueceram que tem uma mãe, se eu não ligo, eles nem lembram.
_ Nem eu lembraria. -comecei a rir.- Lembra quando nós fomos? Tem muita coisa pra ver, eles devem estar aproveitando tanto que nem celular deve ficar com eles.
_ Não mesmo, quando eu ligo é sua mãe ou seu pai que atende e depois passa pros bonitos. -risos.- Tô com saudades dos meus bebês.
_ Bebês? Arthur já é um homem, Fernanda. Que bebê o que.
_ Ridículo, ele é o meu bebê sim.
_ Seu e de várias outras. -ri.- Ele está crescendo, virando homem. E você me vem chamar o menino de bebê.
_ Melissa é sua princesinha até hoje.
_ E é mesmo, as três. -ela deu risada.- Preparada pra passar uns dias comigo?
_ "Mamãe, eu tomei banho e pus pijama." "Ficou linda. Quer dormir já?" "Não ainda." "Mas você precisa descansar pra gente ir ver o papai amanhã." "Eu sei, mais não consigu sozinha mamãe. Eu sou pequena." -sorri ao ouvir aquela voz gostosa, toda linda.- "Quem cê tá falando?" "Com o papai." -escutei o celular cair, Fernanda xingar alguma coisa e não demorou para eu escutar a voz gostosa e que eu conhecia tão bem.
_ Oi papai, é a Nena.
_ Oi minha princesa, você tá bem?
_ Sim e você papai?
_ Tô melhor agora viu e cheio de saudade de você.
_ Eu tamém e a mamãe tamém, papai. Hoje eu fui no brinquedo de moto com a mamãe, e a Nelissa ficou passando o negócio na perna... -Helena gostava demais de conversar e quando pega a pra falar não parava. Fiquei quase vinte minutos no maior papo, eu e ela, até que ela pediu pra ir fazer xixi, depois deu boa noite e foi deitar com a irmã.
_ Como pode fazer tanta pergunta assim? -perguntei é minha mulher deu risada.
_ Hoje ela me fez um caminhão de perguntas, era uma atrás da outra sem me dar muito tempo pra pensar em uma resposta. Olha... tô ficando velha.
_ Uma velha gostosa pra porra. 
_ Sim, eu sou mesmo. Gostosa demais, uma quarentona com tudo em cima.
_ Concordo. Tudo bem em cima mesmo, tá louco. 
_ Obrigada. -risos.
_ Quer ir dormir, né?
_ Sim, amanhã vou levantar cedo já... boa noite tá? Até daqui a pouco.
_ Até daqui a pouco, vida. Sonha comigo, viu?
_ Digo o mesmo. -e desligamos.




Narrado por Fernanda
  Acordei no meio da madrugada sabendo que Melissa viajaria bem cedo. Desci e preparei um café rápido e prático para ela e as amigas, deixei tudo no jeito e me sentei na sala com o Puff, que estava acordado, e ficamos vendo TV.


_ Mãe, bom dia. -disse chegando na sala para me cumprimentar com um beijo. Estava pronta. Banho tomado, roupa trocada e óculos escuros.
_ Bom dia. E as meninas?
_ Estão vindo pra cá, já. Já desci minha mala.
_ Ótimo. O café está na mesa pra vocês, vou subir pra colocar uma roupa de frio na sua irmã para irmos levar vocês.
_ Ah, se quiser podemos ir de táxi.
_ Eu levo, não tem problema não. 
_ Tá bom, vou no banheiro.


  Melissa foi por um lado e eu por outro, entrei no quarto da Nena e peguei uma jaqueta de frio e meias mais grossas, daquelas que dava pra andar descalça pela casa, e voltei para o meu quarto onde ela ainda dormia. Consegui vestir a blusa de frio e outras meias sem que ela acordasse, peguei-a no colo e desci para a sala.

_ Bom dia, tia. -Taciane veio correndo me abraçar, mas tapou a boca quando viu que Helena ainda dormia.- Aí que coisa mais fofa é essa menina, linda até dormindo.
_ Minha filha né Taciane. -risos.- Tudo bem? Veio direitinho?
_ Vim sim, o boy me deixou aqui em tempo de viajar.
_ Sua cachorra, você dormiu na casa dele? -Melissa perguntou como se tivesse sido a coisa mais absurda da face da terra.- Seu pai não disse nada?
_ Não, só pediu para que nós tomarmos cuidado.
_ Meu pai poderia ser assim hein.
_ Mas não é. -elas riram.- Nayara desistiu? -perguntei.
_ Chegou a pessoa mais importante da viagem. -falou abrindo a porta, rindo.
_ Vai acordar a Helena ô boca aberta. -Melissa jogou o pano de pratos nela.
_ Deixa eu ver minha neném. -veio até o sofá, deu um beijo na testa da Nena e foi cumprimentar as amigas.
_ Vão tomar café pra gente poder ir logo. -as três obedeceram e entraram na cozinha. Voltei a me sentar e assistir até as meninas terminarem e podermos ir.


 Coloquei Helena no carro, em sua cadeirinha e fomos no meu carro para o aeroporto, não demoramos a chegar por ser madrugada ainda. Estava praticamente vazio, entramos e Helena no colo, toda manhosa e com as mãos cobrindo os olhos. Minha neném tinha era sono (risos). As meninas fizeram todo o check in e então aguardei com elas o horário do voo, nos despedimos e então voltei para casa.

_ Mamãe, meu tetê. 
_ Agora filha?
_ É, meu tetê mamãe. -fechei a porta e deixei ela no chão.- Não mamãe. -chorou.
_ Tá chatinha hein, a mamãe vai ir fazer seu tetê. Espera aqui no sofá.
_ Não quelo. -fez bico.
_ Não tem como eu fazer sua mamadeira com você no colo, espera aqui e sentada.


  Eu não tinha dado uma bronca, nem nada, mas ela me olhou toda chorosa, com as lágrimas pingando dos olhos e a boquinha trêmula. Não deu outra, ela abriu a boca e chorou muito, tudo por causa do sofá. Peguei ela no colo e não fiz tetê nenhum, voltamos para o quarto e fiz com que ela dormisse de novo.
  Ainda estava cedo, mas eu havia perdido o sono, decidi aproveitar e fazer as malas para a viagem com o maridão. Eu estava com saudades do meu branquelo bundudo e não via a hora de poder matá-la.









~.~
Mãe e filhas. Marido e mulher. ❤
Sim, eu já quero mais dessas viagens, né?

PS: Ainda não respondi os comentários anteriores, mas li todos e quando postar o capítulo 224. Tchau, tchau. 

4 comentários:

  1. Olha quem apareceu aqui: Eu obviamente. Só pra dizer que ainda estou por aqui e pedi pra continuar. Beijo.💜

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    1. Olha quem apareceu, a blogueira e dona das mais belas palavras. Não some hein rs

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