{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Capítulo 226

Narrado por Fernanda
  Luan e eu jantamos a luz de velas em um restaurante pequeno e muito aconchegante, eu amei tudo, além de ter gostado muito... muito mesmo da comida. Voltamos para o hotel tarde, já era de madrugada e as luzes do quarto ainda estavam acesas. Entramos e encontramos a dona Helena toda saltitante e o adulto que deveria estar cuidando da minha pequena, dormia na poltrona com o pano e a chupeta da nossa filha na mão.


_ O que aconteceu aqui nesse quarto, hein mocinha? -perguntei tomando cuidado para não sair pisando nas coisas, tirando algumas do caminho e pondo em cima da cama.
_ Eu tava brincano mamãe, eu sou a mãe e o tio era o vovô da minha boneca.
_ Ah entendi... mas a senhorita sabia que está na hora de ir pra cama?
_ Não tô com sono mamãe. -disse tranquila, olhando para nós.- Onde cê foi?
_ Jantar com o papai. E você, comeu o que?
_ Batatinha! -comemorou.
_ Seu tio te deu batata frita de janta?
_ E aquele pão com carne e queijo, aquele que eu gosto.
_ E tomou refrigerante também? -perguntei olhando feio para o meu marido que estava segurando a risada.
_ Suco de laranja!
_ Hm... ajuda a mãe arrumar aqui... E você... -apontei pro Luan.- Vai ajudar seu amigo chegar no quarto que ele está muito cansado.
_ Ah, amor. Eu... -virei pra ele e cruzei os braços.- Já estou indo, eu hein. -e se afastou indo acordar o amigo.


  Helena tinha feito uma bagunça daquelas no quarto, espalhou até as coisas que estavam dentro da minha mala junto com os seus brinquedos. Mas ela não se importou em me ajudar guardar tudo, pelo contrário, aproveitou o momento para contar da brincadeira e me encher de perguntas.

_ Mamãe, tô com fome... 
_ Seu tio não te deu comida, não?
_ Leite mamãe, quelo meu tetê. -fez bico.
_ Quer comer comida?
_ Tetê, mamãe. Eu quelo meu tetê.


  Não tive pra onde correr, ela queria e não iria comer nem tomar outra coisa, muito menos dormir. Liguei na recepção do hotel e fiz o pedido, troquei a roupinha dela por um pijama, soltei seus cabelos e a deitei na cama para esperar.

_ Mamãe, tade o papai?
_ Com o tio Rober.
_ Ah tá. E o Atur, tá na vovó Ana né?
_ Isso, ele e a Malu.
_ É Malia mamãe.
_ É Maria Luísa, meu amor. Repete com a mamãe. Ma-ri-a.
_ Ma-ri-a. -repetiu.
_ Maria.
_ Malia. -sorriu. Dei risada e terminei de ajeitar as coisas, Luan voltou pro quarto já com a mamadeira e entregou pra Nena.- Obrigado papai. 
_ De nada meu anjo. -beijou sua testa e foi para o banheiro.
_ Mamãe, deita aqui comigo. 
_ Deito sim neném. -afastei minha bolsa, puxei o travesseiro e me deitei com ela, que ficou mexendo em meus cabelos... no meu rosto, até minha orelha.
_ Hm... deitadas já?
_ Papai, deita aqui tamém. -ele tirou a camisa, os sapatos e se deitou.
_ Vai dormir é? -perguntou rindo.
_ Quelo ver desenho papai, filme das princesa.
_ Eu vou tomar banho, já volto. -levantei e segui para o banheiro. Tomei um banho rápido e gostoso, sai enrolada na toalha e procurei por um pijama.
_ Linda hein. -olhei para a cama e dei risada.
_ Obrigada. -vesti minha roupa e estendi a toalha.


  Juntei-me a eles novamente, assisti alguns minutos de filme, depois tentei falar com as minhas crias pelo whats e apaguei.



Narrado por Melissa
  No dia seguinte acordamos por volta de 11h da manhã, cansadas, mas animadas para aproveitar o sol. Tomamos um banho rápido, colocamos biquíni e saídas de praia e fomos tomar café na piscina.


_ Eu amo esse lugar. -Nay falou admirando a vista que tínhamos da praia.- Não quero nem pensar que daqui dois dias teremos que ir embora.
_ Não pensa mesmo, quero aproveitar bem mais. -Tacy comentou ajeitando os cabelos, agradecendo ao funcionário do hotel que lhe trouxe seu suco.
_ Aqui é lindo mesmo, poderia ser um pouco mais perto. -ri.- Meu pai que ama as praias daqui.
_ E ele?
_ O que tem ele, Nay?
_ Não falou nada sobre você vir viajar?
_ Ah, ele não disse nada não. Mas ele fica sempre com os dois pés atrás, eu sei que fica e nem é por maldade sabe... eu dei muita mancada. -suspirei.- Mas vida que segue.
_ Isso ai amiga, é meu tio... mas não tem um bom histórico não.
_ Sabemos Nay. -respondi sorrindo sem graça.- Vamos fazer o que hoje?
_ Passeio de escuna, quero muito, preciso.
_ Sério Tacy?
_ Seríssimo. -confirmou Nayara empolgada.- Em escunas rola música, gente bonita e algumas tem até bebida. Já quero. 
_ A louca alcoólatra. -brinquei.- Isso poderia vir incluso no pacote.
_ Também acho, mas nem tudo na vida é fácil. Vamos tomar nosso café e caçar alguma coisa pra fazer... lembrando que, mais tarde temos outra festa. Uma festa a fantasia!
_ Ai meu deus, sabe que eu tinha esquecido? Vou fazer o que agora?
_ Google, conhece? -risos.
_ Bobona. -comemos enquanto estávamos decidindo como seria a programação do nosso segundo dia nesse paraíso. Escolhemos fazer o passeio de escuna no dia seguinte e tiramos o hoje para procurar por fantasias legais para usarmos na festa que teríamos a noite. Terminamos nossa refeição e pedimos um táxi para ir dar uma volta pela cidade.


(...)

*Bom dia linda.*
*Dormiu bem?*



  Recebi a mensagem antes mesmo de acordar e nem tinha notado. Estava um pouco tarde para responder "bom dia", apenas visualizei e continuei minha caminhada com as meninas.

_ Hmm... ligação de número desconhecido? Atende. -parei a maquiagem e recebi a chamada.
_ Alô?
_ Melissa?
_ Sim, quem é?
_ Sou eu, o Robson. Tudo bem?
_ Sim, e você?
_ Melhor agora, falando com você. -dei risada de sua frase clichê, ele também.- Tem algo pra hoje a noite?
_ Uma festa a fantasia com as meninas. Por que?
_ Iria te fazer um convite, gostei de você... queria te conhecer melhor.
_ (ri) Me conhecer melhor? Mais uma frase clichê?
_ Tô falando sério... podemos nos encontrar na festa então?
_ Você também vai?
_ Positivo. -deu risada, e que risada gostosa.- Vai me falar qual a sua fantasia?
_ Segredo e a sua? -as meninas começaram a rir, dei as costas para as duas e continuei a conversa.
_ Eu tenho muitas fantasias. -dei mais risada ainda por seu duplo sentido na frase.- Tô brincando. 
_ Imaginei mesmo. Preciso desligar, tenho que terminar de me arrumar.
_ Ah, tá bom. Nos vemos na festa?
_ Pode ser, tchau.
_ Tchau, linda. -e desliguei.
_ Que putaria em Melissa, amiga. -Taciane disse rindo.- Era o cara de ontem, né?
_ O próprio, ligou querendo sair comigo.
_ Eu sairia com ele numa boa.
_ Nay, você não conta amiga. -fiz careta.- Resumindo... ele também vai estar na festa de hoje.
_ Então hoje você dá uns beijos?
_ Por favor, né... porque você tá meio devagar.
_ Tô meio pensando em outra pessoa.
_ Desencana, já te falei. Vocês não estão namorando.
_ Eu sei. -deixei o celular em cima da cama e fui para o banheiro, terminar minha maquiagem.- E ele ainda nem me ligou.
_ Está aproveitando a viagem e você deveria fazer o mesmo.


  Fiquei com aquilo na cabeça enquanto terminava de me arrumar. Depois de prontas pegamos nossas bolsas, celulares e fomos para a festa.
  Chegando lá o clima ainda era tranquilo, não tinham tantas pessoas e a música estava mais de boa, até porque não eram nem 22h e o pessoal estava pra chegar ainda.
   A decoração era fantástica, bem animado e jovial. Mas sem deixar de ser adulto, eu adorei exatamente tudo.


_ Não sei vocês, mas eu vou dar uma volta. -Nayara não nos deu tempo de responder e já saiu. Tacy e eu nos olhamos e procuramos por uma mesa, mesa daquelas de barzinhos que não tem cadeiras, apenas um apoio para os baldes de bebidas.
_ Vamos tomar o que? -minha amiga perguntou e eu dei de ombros, não sabia o que iria pedir.- Aquela Beats?
_ Não, ainda tá cedo. Eu vou pedir uma coca.
_ E eu uma caipirinha de uva. -sorriu.- Vou lá buscar, já venho.


  Nesse já venho dela encontrei umas quatro pessoas que conheciam os meus pais e duas delas me pediram fotos. Ainda quando ela chegou com as bebidas trouxe três conhecidos dela que coincidentemente estavam ali também e foram apresentados. Ou seja, nosso grupo deu uma aumentada. Eles eram legais, eu curti o papo e nem notei os minutos passarem.
  A pista foi enchendo, mais bebidas chegando, músicas mais agitadas e nós três dançando e rindo muito. Fizemos aquela pausa depois de um eletrônico daqueles e meu celular começou tocar.


_ Alô?
_ Mel...sa ..voc... onde... tá? -o bagulho não me deixava escutar direito, cortando a ligação.
_ Espera ai. -olhei para os lados e vi a placa sinalizando o banheiro, dei um jeitinho e caminhei até lá.- Oi, Robson... pode falar.
_ Não estava conseguindo te ouvir direito.
_ Estava no meio da pista, né? (risos) Já chegou aqui?
_ Faz um tempo, te mandei mensagem...
_ Nem vi, foi mal.
_ Não, tranquilo. Eu tô aqui em cima, no camarote sabe? Sentado no bar, não quer dar uma subida aqui?
_ Hm... não sei, eu vou ver tá? 
_ Tudo bem. -riu.
_ Tchau, tchau. -e desliguei. Aproveitei para usar o banheiro e quando sai dei de cara com um bombeiro maravilhoso, de suspensório e sem camisa. Babei mesmo, na cara dura e ele percebeu. Tanto que devolveu os olhares e o sorriso.
_ Linda hein.
_ Obrigada. -sorri passando por ele e voltando para junto das meninas, ou tentei se um policial federal não me parasse no meio do caminho.- Nossa, devagar ai amigo.
_ Gostei da sua fantasia. -disse bem no meu ouvido.- Mas pensei que viria de princesa.
_ Robson?
_ O próprio. -beijou meu rosto.- Tudo bem?
_ Tudo ótimo. -ri.- Veio dar uma volta?
_ Vim te procurar mesmo, passei pelas suas amigas e elas me disseram que você estava aqui. 
_ Ah, tá... -ficamos quietos, olhando um para a cara do outro.- Então...
_ Vem cá. -ele pegou na minha mão e foi me conduzindo no meio do povo, desviando de um e de outro até que estávamos num espaço aberto e menos barulhento, ele continuou até que chegamos num canto. 
_ Por que viemos até aqui?
_ Queria ficar a sós com você. -beijou meu rosto, abraçou minha cintura e quando eu vi minha boca já estava na dele e minhas mãos envoltas em seu pescoço. Ele não só beijava bem quanto tinha pegada também, ficamos muito tempo ali, entre um beijo e outro trocando uma palavrinha descontraída.- Pensei que fosse ganhar outro fora... -disse colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
_ Eu também. -ri.- Apressadinho.
_ Um pouco. -beijou minha boca outra vez, segurou minha cintura com as duas mãos apertando um pouco mais forte e descendo os beijos por todo o meu pescoço, mordiscando de um lado pro outro.
_ Para Robson, você vai me deixar marcada.
_ Você não é solteira?
_ Mas não sou gado não pra ficar cheia de marca no corpo. 
_ (riu) Desculpa gatinha, é que você é muito gostosa... -estava encostada na parede e ele de frente pra mim, beijando, apalpando bem minha bunda e querendo passar a mão em mim, segurei seu pulso umas três vezes e ele parou.- ...você é virgem?
_ Não, por quê?
_ Nada não. -sorriu e voltou a me beijar, dessa vez pegando minha mão e levando até sua calça, o volume era nítido, ele estava muito duro... alisei sim, apertei de leve e continuei o beijo até ele levar minha mão para dentro de sua cueca.
_ Deixa de ser safado, eu hein. -abracei seu pescoço com as duas mãos e fiquei puxando os cabelos de sua nuca. Sei que continuamos ali uns dez minutos, quando voltamos para a festa eu segui direto para o banheiro, lavei as mãos, joguei uma água no rosto e retoquei a maquiagem.


  Encontrei minhas amigas na pista de dança todas alegrinhas fazendo uma coreografia de axé, me sentei no bar e pedi uma água gelada.

_ Obrigada. -agradeci quando o rapaz me entregou e continuei ali.
_ Oi. -um rapaz disse ao se sentar de frente pra mim.- Sozinha?
_ Oi. Não, não estou sozinha.
_ Hm... solteira?
_ Também não, por que?
_ Ah, nada não... -ficamos quietos.- Você é linda, sabia?
_ Sabia, meus pais dizem isso todos os dias.
_ Haha convencida você, né?
_ Isso é o que você diz. -tomei mais um pouco da água e me virei para pedir um drink de frutas vermelhas. E o menino lá falando feito uma matraca, peguei minha bebida e sai de perto, voltando para junto do pessoal. E curtimos juntos o restante das noite, dançamos, cantamos, tiramos fotos, uns beberam e todos fomos embora juntos assim que estava para amanhecer.

  O carro parou na frente do hotel o dia já estava amanhecendo, entramos no maior bate papo, rindo dos acontecimentos e não ligando para as pessoas que estavam nos olhando. Chamamos o elevador e enquanto estávamos esperando meu celular começou a tocar, olhei e assustei com o nome que estava na tela, ainda mais pelo horário.

_ Alô, Robson? -as meninas fizeram caretas, rindo.- Tá tudo bem?
_ Oi, sim gatinha. Já chegou no hotel?
_ Faz um tempo, por que?
_ Pensei que ia te ver de novo. -dei risada.- Falei alguma coisa engraçada?
_ Já nos vimos, já ficamos também...
_ Não quer repetir, é isso? 
_ Não sei. -cocei a cabeça.- Boa noite, tá? Tchauzinho. -e desliguei. Não deu um minuto e ele voltou a ligar, ignorei a chamada e entrei com as meninas no elevador.
_ O boy gamou hein amiga.
_ Ai Tacy, o boy tá é me ligando. -mostrei o celular.
_ Atende o bichinho, tadinho.
_ Tadinho nada Nay, ele tá é caçando assunto.
_ Com ele eu caçaria outras coisas (risos). Ele é muito bonito, você viu aquele corpo? Nossa, na cama...
_ Tem um tamanho legal, eu peguei. -as duas me olharam de boca aberta, como se eu fosse uma extraterrestre.- O que?
_ Tá safada hein Melissa, você não era assim não amiga. 
_ Cala a boca vai Nay, você fez pior que eu sei.
_ Pior nada, melhor coisa. E só não fizemos mais porque ele estava sem camisinha.
_ Você fez o que? -Tacy perguntou de olhos arregalados enquanto eu e a Nay dávamos risada.
_ Ela chupou o cara, acredita? Chupou menina.
_ Nayara!
_ Ele estava muito duro, sabe o que é muito? Então, ele estava assim... onde a gente estava não tinha ninguém, tudo escuro e eu não aguentei. Muito gostoso, ai meu deus!
_ Duas amigas loucas, ridículas vocês. -acabou rindo. Chegamos no nosso andar, entramos no quarto e sentamos as três na cama para tirar os sapatos, acessórios e saber quem iria tomar banho primeiro.
_ Meninas, o boy disse que está hospedado aqui... dois andares abaixo.
_ Você... -nem completei a frase.
_ Eu vou sim, vou só tomar um banho. Mas eu volto pra cá. -mandou beijos e correu pro banheiro, deitei para esperar ela sair, fechei um pouco os olhos para descansar e só fui acordar horas depois com o corpo dolorido, cabelos mais que bagunçados e grudando de suor. Olhei pro lado e as duas bonitas de pijama, nem me acordaram. Levantei da cama já pegando uma toalha, necessarie e calçando os chinelos. Entrei no banheiro e me despi da fantasia, empurrei o vidro do box e liguei o chuveiro... quente, mas estava gostoso. Não demorei no banho, embora tenha lavados os cabelos e escovados os dentes. Ao sair já peguei a toalha, me secando.
_ Mel, abre aqui... tô apertada. -ouvi batidas na porta.
_ Tá aberta, pode entrar. -Tacy entrou rapidinho, toda descabelada.- Tá tudo bem?
_ Tudo com muito sono, ontem nem aguentei esperar pra tomar banho. Só coloquei o pijama e cama.
_ Porquinha (risos). Vai voltar a dormir, preguiça? -perguntei vestindo a calcinha.
_ Não, vou tomar um banho e vamos descer pra comer alguma coisa.
_ Mas não está cansada?
_ Depois de amanhã vou ter tempo de sobra. 
_ Teremos. -fiz bico, me enrolei na toalha e sai. Coloquei um shorts jeans, sutiã e uma regatinha. Calcei os chinelos, enxuguei o excesso de água dos cabelos e os penteei deixando-os soltos e estendi a toalha na varanda.- Nay, acorda amiga. -me joguei por cima dela.
_ Para ô chata, tô com muito sono.
_ Problema seu, eu e a Tacy estamos com fome.
_ Ih?
_ E estamos nos arrumando pra descer, eu já tomei banho.
_ Eu também. -e começou a rir.- Só com o boy foram dois, ô delicia. -disse abraçando o travesseiro.- Não me arrependi de não ter ido dormir, ele é ótimo no que faz. 
_ Eu imagino, seu pescoço está marcado.
_ Meu peito também, acredita?
_ Acredito, agora chega de falar disso né... levanta.
_ Daqui a pouco. -e virou para o outro lado. Deixei ela em paz e peguei o celular para ver e responder as mensagens, falei com a minha mãe, meu irmão e a Malu, até com o Leo que já estava com os amigos em Floripa.
_ Começaram cedo por aqui, levantei não era nem oito da manhã ainda loirinha. -mandou um áudio.
_ Eu estou com bastante sono, chegamos de madrugada quase amanhecendo e praticamente não dormimos.
_ Só nas festas (riu). Se divertiu muito?
_ Bastante, viu. E você? Gostando de Floripa?
_ Ainda não deu pra ver muita coisa aqui não, mas ontem o show foi demais cara. Lotado, muito lotado.
_ Vocês ficaram na pista?
_ Na premium, de frente pro palco.
_ Hoje tem show da Ivete, Saulo...
_ Cuidado ai hein menina. 
_ Digo o mesmo pra você, menino. Eu tô de olho.
_ Não estou de olho, mas você sabe né (riu)
_ Sei sim, você tá igual meu pai. 
_ "Deixa o cara vai, passeio de meninos agora sem namorar Mel." "Devolve o celular, caralho." "Assim eu fico com ciúmes, pô." 
_ Tô te atrapalhando, é?
_ Pô, loira. Tô querendo arrumar uma gata pro meu amigo e você cortando o meu barato.
_ Depois eu te ligo, tá?
_ Tá bom loira, só não me esquece. Beijos.
_ Beijos loirão, tchau.
_ Já bateu a saudade? -Nayara que eu pensei que estava dormindo se virou, rindo de mim.- Gostou mesmo do loiro hein.
_ Ô se gostei, muito. -ri.
_ O que eu perdi? -Tacy perguntou saindo do banheiro enrolada na toalha.- Do que estão falando?
_ Nossa amiga apaixonadinha, falando com o boy.
_ Vocês até que fazem um casal bonitinho. 
_ Somos lindos mesmo, estou com saudades dele. -abracei minha amiga pela cintura, me agarrando a ela.- De dormir abraçadinha, comer brigadeiro juntinhos... ele é meu melhor amigo.
_ Achei ofensivo. Tá ouvindo isso Taciane?
_ Não amiga, estou falando de amigos homens. 
_ Eu sei, estava te enchendo. -riu.- Então, vamos ficar aqui falando dos boys ou comer? Tô cheia de fome.
_ Acordou cheia de energia, né?
_ Você nem imagina o quanto (risos).


  Revirei os olhos com o comentário e levantei da cama, esperei as meninas se trocarem e descemos para o restaurante, nos sentamos a mesa e pedimos o que comer.

_ Você nem contou, como foi lá?
_ Ah, normal. 
_ E o que seria normal? -perguntei rindo, ela parou e ficou pensando, pensando.
_ Foi muito bom, mas ficamos só ele por cima, depois eu por cima e nem um meia nove.
_ Nunca fiz isso. -disse sincera e quando ia perguntar pra Tacy ela já estava vermelha, mexendo em seu copo.- Não disfarça, não. -ri.
_ Ah, é bom. Muito bom. -disse por fim.- Mas muito estranho.
_ Pois eu não acho nada estranho, acho muito gostoso... muito mesmo. Tanto o meia nove quanto ganhar umas linguadas, eu gosto muito. -escutei alguém tossir e quando olhei para o lado dois homens olhavam assustados, enquanto um deles engasgava.
_ Acho que já deu desse assunto (risos). Que horas nós vamos para o show hoje?


  O assunto furou em torno disso, roupas, horário e possíveis acontecimentos. Terminamos de comer e fomos dar uma volta pela cidade, andamos boa parte do tempo, conhecemos várias lojinhas e compramos "alguns" acessórios. Voltamos para o hotel, deixamos as sacolas em cima da cama e nos trocamos para irmos um pouco a praia.

_ E esse biquíni ai amiga?
_ Minha mãe nunca nem tinha usado e me deu para trazer na viagem.
_ Eu nem comprei, quase nem uso. Esse mesmo eu ganhei da minha avó e usei uma ou duas vezes, só. -Nayara contava mostrando os detalhes do biquíni enquanto eu tirava o shorts para me sentar na espreguiçadeira.
_ Minha mãe me proibiu de comprar mais coisas, disse que só quando eu me desfizer das que estão no closet.
_ Também né Melissa, quinhentas peças amiga. Ai fica difícil. -riam.- Já querem ir pra água?
_ Eu sim, está muito quente. -fiquei descalça, prendi os cabelos em um coque mal feito e caminhei sozinha até o mar. A água estava bem gelada ou meu corpo que estava quente demais. As ondas não estavam puxando tanto, entrei até a água cobrir meu umbigo, molhei o rosto e criei coragem para mergulhar.
_ Hm... sereia. -escutei as meninas falarem quando submergi.
_ Não quero molhar meu cabelo.
_ Ah Nayara, me poupa... se você não molhar quem vai te molhar sou eu. -falei jogando água nela.
_ Me lembra de não viajar mais com você.
_ Anotado, mas não vale chorar depois (risos).


  O sol estava bem forte, saímos da água e fomos até o quiosque mais próximo e pedimos água de coco, porção de camarão e eu um suco de abacaxi com hortelã. A Tacy foi ao banheiro, eu e a Nay sentamos numa mesa do lado de fora e ficamos esperando nossas coisas.

_ Ih, olha o boy ali. -abaixou a cabeça.- E o seu tá junto.
_ Ele não é meu, nós só ficamos. -revirei os olhos, ajeitei o cabelo e peguei meu celular.
_ Estão vindo pra cá, disfarça. -desenhei o padrão de desbloqueio e entrei no Instagram para postar uma foto minha na história.- Eu disse disfarça, não ignora.
_ Voltei.
_ Percebi, jogando esses cachos na minha cara. -brinquei.
_ Naturais, meu amor. -puxou uma cadeira e se sentou.
_ Oi meninas. -Robson chegou primeiro, cumprimentando a Nay, a Tacy e por último eu (com um beijo no rosto).- Que coincidência boa. -sorriu.
_ Também acho. -minha amiga fez questão de falar, toda dada, secando o amigo do Robson que eu sempre esquecia o nome.
_ Sentem ai meninos, bora tomar alguma coisa. -Taciane disse me surpreendendo, Nayara deu risada, sinal de que minha cara deveria estar bizarra.


  Ele fez sinal para a moça do quiosque e já foi pedindo uma cerveja pra ele e o amigo, Rafael. E não demorou cinco minutos para chegar outras pessoas, dois casais e três solteiros. Pronto, juntamos um bonde.

_ Então vocês são de Sampa?
_ É, nós três.
_ Que lugar de São Paulo? Tenho alguns parentes que moram na capital.
_ Moramos na região Alphaville, Barueri... conhece?
_ Pra falar a verdade não. -riu.- Você é bem na sua né?
_ Acho que sim. -ri sem entender muito sua pergunta, ele balançou a cabeça e bebeu mais um pouco da cerveja.
_ Posso te perguntar uma coisa?
_ No caso outra, né (risos)?
_ Você namora?
_ Não.
_ Se arrependeu de ontem?
_ Também não, por quê?
_ Sei lá, talvez porque eu te liguei várias vezes e você recusava as chamadas, ignorou mensagens. -dizia contornando a borda do copo.
_ Estava tarde, eu estava cansadona e sem pique pra conversas. Cheguei no hotel e capotei.
_ É, eu te vi chegar... dois táxis na frente do nosso, estamos hospedados acho que dois andares de diferença de vocês.
_ Que mundo pequeno, não é?
_ Bastante.


  Robson se mostrou uma pessoa bacana, mais bacana do que na balada. Engraçado, bom de papo, gostava de uma cervejinha e não ficou me secando. Ficamos ali um tempão, conversando com o pessoal, até deixei o celular um pouco de lado.

_ Mê, seu celular. -olhei e era meu pai, atendi.
_ Oi pai, tudo bem?
_ Tudo ótimo dona Melissa, onde a senhorita está?
_ Na praia.
_ Com as suas amigas?
_ Tá a maior galera aqui, homens e mulheres, pai.
_ Hm... tá atracada na boca de algum malacabado aí?
_ (risos) Não pai, estou de boa. -ri mais ainda.- Mas fala... o que o senhor quer?
_ Nada, só liguei pra saber se estava tudo bem... sua mãe que pediu.
_ Logo minha mãe que não viu nem minhas mensagens no whats. -meu pai ficou falando quase meia hora, meu suco estava quente e o boy de olho.- Pai, preciso desligar. 
_ Por?
_ Porque eu vou pro show, ué. Preciso ainda voltar para o hotel, me arrumar...
_ Tá bom, vai lá... Melissa.
_ Oi?
_ Juízo hein. Se cuida, te amo.
_ Também amo você pai, beijos.
_ Tchau. -e desligou.
_ Seu pai parece ser bem ciumento.
_ E é. Muito ciumento, muito mesmo. Agora ele melhorou, até.
_ Até eu seria, com uma filha linda dessas.
_ Obrigada. 
_ É engraçado, mas tenho a impressão de que já te conheço... mas não lembro o lugar.
_ Você conhece meu pai, isso é certeza.
_ Seu pai?
_ É. Sou filha do Luan Santana.
_ Tá de brincadeira comigo, né?
_ Não. Ele é o meu pai.
_ Mentira, você tá zoando...
_ É sério. -peguei o celular e depois de desbloquear mostrei minha foto.- Meu pai, minha mãe e os meus irmãos.
_ Você ainda tem mais três irmãos?
_ É. Arthur, Maria Luísa e Helena.
_ Nomes lindos, sua mãe tem bom gosto... Mas cara, ainda não tô acreditando... filha do Luan Santana. Seu pai é um ícone cara, um exemplo de ser humano. -ele não exitou em rasgar elogios para o homem da minha vida. Falou até que já havia ido em shows, mas nunca chegou a entrar em camarim nem nada.- Você é sortuda demais.
_ Sortuda não, privilegiada.
_ Sem dúvidas. -pediu uma mais cerveja.- Qual o pub de hoje?
_ Show! Uma vibe mais tranquila, pra se despedir dessa Bahia com muitos sorrisos, levar essa energia maravilhosa.
_ Vão ficar até quando?
_ Amanhã depois do almoço.
_ Vamos nos ver até lá?
_ Ah, de repente. -dei de ombros. O assunto morreu um pouquinho, logo veio a despedida até porque não queríamos perder o começo do show. Não beijei o boy na boca, cumprimentei com beijo no rosto e fomos embora.
_ Eu tomo banho primeiro.
_ Por ordem da mais fogosa, vai lá Nayara. 
_ Depois a descabaçadora e por último a puritana. -joguei meu shorts nela.
_ Credo, shorts sujo (risos). Nojenta.
_ Eu né?


  Por fim, cabelos prontos, maquiagem bem feita e muito leve, e o look mais que confortável. Estávamos prontas, já havíamos pedido o táxi e pego as bolsas.
  Chegando no elevador, dois andares abaixo me entram os cinco, cheirosos, arrumados e sorrindo. Sorri amigável e fiquei na minha.


_ Não acredito, vocês vão também? 
_ Depende, pra onde? -Nayara devolveu a pergunta.
_ Ver a Veveta. -soltei.
_ A gente se encontra lá?
_ Não sei de nada. -respondi dando de ombros e fiquei no celular, no whats trocando mensagens com a minha mãe.


  Chegamos em questão de segundos no hall do hotel, o porteiro avisou que o carro nos esperava e nós fomos. Bem lindas, cantando, dançando dentro do carro, o taxista só olhava e não falava nada.
  O motorista avisou que estávamos no local, a fila estava imensa, nós entramos coisa de quase meia depois. Pegamos as pulseiras do camarote e subimos. Ainda faltava bastante para começar os shows da noite, eu estava animada e querendo aproveitar cada segundo, curtir e cantar cada uma das músicas e quem sabe dar uns beijos.







~.~

    Mais dois dias de viagem e mais coisinhas acontecendo rs. Melissa pegou o boy e agora ele está atrás... mas também tem o Leo. E aí migas, como que fica?

9 comentários:

  1. Ameiii o capítulo e estou louca pra saber como vai ser quando todos estiverem em SP e espero que a mel e o Léo não se afastem nessa viajem

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    1. Deu pra ela curtir a viagem de boa e voltar bem zen, tomara que fiquem tranquilos.

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  2. Melissa está certa de aproveitar essa viagem. Como diz Nanda, tem q beija muitas bocas pra aproveita a vida e não se arrepender por não fazer tudo isso. Continua bjoos

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  3. Não some mais não ❤️❤️😀😀

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    1. Mulher, sumir nós não quer não. Mas as vezes as situações não ajudam kkkkk

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Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!