{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

domingo, 11 de junho de 2017

Capítulo 228

Narrado por Leonardo
  Não sou do tipo muito atencioso e dificilmente demonstro o que sinto. Melissa é foda, me deixa louco e meio impulsivo... eu sei que demorei para fazer o pedido e não foi nada muito elaborado, mas foi sincero.
  Ficamos juntos pela manhã, depois passamos o dia todo com as crianças e no final do dia, quando tinham dormido pudemos namorar mais um pouco. Tomamos um banho juntos e nos deitamos no sofá da sala, como era de costume e conversamos sobre a viagem e eu não tive ciúmes, de verdade. Só fiquei estranho porque eu não fiquei com ninguém e ela nem ai, por culpa minha eu sei.


_ Fala comigo. Ou já está dormindo?
_ O que?
_ Perguntei se você vai ficar aqui comigo até os meus pais voltarem.
_ Vou, mas não tenho muita roupa aqui não. Vou precisar ir em casa, dar um beijo na véia, falar com o coroa e ver minha sobrinha linda.
_ E seu irmão?
_ Viajando aquele vagabundo, nem lembro quando volta.
_ E sua sobrinha ficou com quem?
_ Com os pais da Jessica, viagem de casal.
_ Ha safadinho ele hein (risos).
_ Agora eu entendo meu irmão. -mordeu meu ombro.- Ela não dá um sossego.
_ Ela é pequena, né.
_ Pequena e esperta. -entramos no assunto família e falamos demais sobre isso, ela viajava quando contava dos pais e os irmãos, era engraçado.
_ Quando eu for mãe vou ser muito babona, nossa... muito mesmo.
_ Coisa de mulher, sabia?
_ Lógico, porque é a mulher que carrega por nove meses. -gesticulava.- Fica com aquele barrigão enorme, sentindo mil e uma coisas e ansiando ver o rostinho do bebê. Pelo menos eu vou ser assim.
_ Tá, tá bom vai. Deixa pra falar disso quando você tiver um filho.
_ Ai nossa, te incomoda é?
_ Não, mas você é nova, nem terminamos a faculdade ainda.
_ Eu nem comecei na verdade. 
_ É. Já está na hora né?
_ Ano que vem, esse ano vou prestar vestibular. 
_ Quais universidades?
_ USP é um sonho, Mackenzie também... mas se eu entrar na GV eu estou feita na vida. -falava com propriedade, sorrindo.- Eu amo direito.
_ Seguindo os passos da mamãezinha, que linda.
_ Eu sempre tive um forte, mas a certeza veio mesmo quando prestei o ENEM. Sofri, estudei pra caramba, mas a minha média foi merecida.
_ Eu fiz porque minha mãe ficou em cima, meu irmão também. Minha nota foi mais que o esperado até, não zerei a redação o que foi foda, quase gabaritei a parte de exatas... mas em compensação odiei as provas de filosofia, sociologia e os caraio. Chato pra porra.
_ Seu forte nunca foi os estudos né loirão? Eu me pergunto até hoje como é que você está terminando a faculdade de engenharia.
_ Estudando. Porque o cara aqui arrebenta, fez cursinho três anos seguidos, tem uma mãe e uma cunhada que perturba pra cacete. Um irmão que fala pra eu estudar e não perder tempo assim como ele, parecendo um velho.
_ E seu pai?
_ Meu pai é aquilo que você já sabe. Bem foda. Ajuda pra porra, mas não me pressiona em nada. Nada mesmo. Quando eu disse que queria engenharia ele ajudou  a procurar a universidade, pagou pra eu tirar a carta e me deu um carro pra eu não ir de a pé. Ele é o cara.
_ Bem paizão, daqueles bem babão. Acho que você vai ser assim quando tiver um filho.
_ Tô novo pra pensar nisso, deixa eu curtir mais.
_ Curtir o que Leonardo? -sentou no sofá cruzando os braços, fazendo bico.
_ Oh o coração hein, sem ciúmes. Agora sou um cara sério, comprometido.
_ Ótimo, continue assim. -puxei ela de volta abraçando sua cintura.
_ Tô com frio.
_ Eu falei pra você colocar blusa ou pegar uma coberta e você não quis. Eu não vou lá em cima.
_ Não?
_ Não. 
_ Vou lembrar disso quando você for em casa.
_ Tá rancoroso assim é? Mordidinho de raiva? Urgh...
_ Troxa.
_ Tá ofendendo agora é? -ignorei virando o rosto para a televisão.- Loirão?
_ Pois não?
_ Eu tô com sono, vamos subir?
_ Pro seu quarto?
_ É. Você dorme no colchão e eu com as crianças.
_ Ou nós dois no colchão.
_ Eu não. Vem logo.
_ Mancada isso aí Melissa.
_ Você vai passar a semana todinha aqui, vamos ter muito tempo pra dormir juntos.


  Não estava muito convencido disso, mas tá bom, não falei nada. Desligamos a TV, ela acendeu as luzes da escada, eu apaguei as da sala e corredor da cozinha e subimos. Entramos no quarto ela, ajudei a arrumar meu cantinho e deitei sozinho.

_ Orra, vou ficar sozinho mesmo?
_ Tenho muitas pelúcias aqui, se você quiser.
_ Não, a única pelúcia que eu quero dica escondida. -dei risada e ela não entendeu, me fazendo rir ainda mais.
_ Aqui até tem um espacinho, mas o Luquinhas se mexe demais e vai te chutar a noite toda.
_ Dorme aqui comigo, loirinha... vem.
_ Tá meloso hein, meu grudinho.
_ Ah não, não vem com esses apelidos não. É ridículo.
_ Falou o que me chama de loirinha.
_ Pra mulher é bonitinho.
_ Pois pra mim é tudo a mesma coisa. -apagou a luz e pegou o celular.- Leo?
_ Hm...
_ Se quiser tem mais cobertor no meu armário, fica a vontade. Boa noite.
_ Boa noite loira. -e dormimos.


(...)

  Nos três últimos dias antes dos pais da Mê voltarem, nós levamos o Lucas e a Cecília para casa e depois fomos no shopping, eu não fiz segredo, falei que iríamos escolher nossas alianças e ela ficou horas procurando por uma.

_ Essa ficou linda, não ficou? -assenti.- Você concordou com todas as outras, Leonardo. -fez cara de tédio.
_ Perdemos a sessão do filme no cinema se você quer saber.
_ Chatinho... -se virou novamente para vendedora e disparou a falar. Tirei meu celular do bolso e fiquei conversando em dos grupos da faculdade.- Achei, o que você acha?
_ Chamativa demais.
_ Quero muito.
_ É um símbolo, só.
_ Homens. -revirou os olhos, cruzando os braços.- Que tamanho você usa?
_ Sei lá.
_ Você é péssimo pra escolher as coisas, nem meu pai é assim.
_ Deve ser pior, porque numa casa com quatro mulheres deve ser chato pra caralho.
_ Somos tranquilas.
_ Eu te conheço tá, de muito tempo.
_ Uns 14, 15 anos?
_ Mais ou menos. -falei.
_ Muito tempo, eu faço 20 esse ano. 
_ Velhinha. -apertei seu nariz.
_ Eu né? Quem é três anos mais velho?
_ Te incomoda eu ter 23 anos?
_ Não, nem um pouco. -olhou mais uma vez para o par de alianças, e pra mim sorrindo.- O que você achou dessa, loirão?
_ Tá bom, bem bonita.
_ Nossa Leonardo, sua empolgação me anima.
_ Tô vendo que sim. -ri.- Escolheu?
_ Sim, agora falta só gravar nossos nomes e a data.
_ E depois vamos assistir o filme que eu quero, né?
_ Filme chato... af.


  Ficamos cerca de duas horas e pouco andando no shopping, nas lojas que ela queria dar uma olhadinha. Subimos para a praça de alimentação e escolhemos comer no Gendai e ainda peguei um lanche no MC pra comer dentro da sala do cinema. Chegamos na bilheteria e havíamos perdido o filme que eu queria, conclusão, compramos ingressos para um outro filme lá desconhecido e nos sentamos nas poltronas para esperar o início.

_ Loirão?
_ Oi minha loirinha. -beijei seu rosto.
_ Contei pra minha mãe que estamos namorando. -falou toda empolgada, sorrindo, toda feliz.
_ E ela?
_ Comemorou demais, disse que sabia que ia dar em namoro.
_ Então seu pai já sabe?
_ Sabe, ela disse que ele ficou meio de bico, mas acho que está tudo bem.
_ Tomara. -nos beijamos, e descansei a mão sobre a perna dela depois.
_ Deixa eu tirar uma foto das nossas alianças. -pôs a mão por cima da minha e tirou algumas fotos, ficou passando uma e outra, editando e postou.- Te marquei na foto.

Além de melhor amigo, é tbm meu namorado. ❤ 

_ Nem vi como ficou. -ri pegando o celular.- Toda romântica. 
_ Obrigada.
_ Vai querer comprar alguma coisa antes de entrar?
_ Sim, quero.
_ Então vamos... -levantamos e caminhamos até a fila e ficamos abraçados até chegar na nossa vez, ela escolher o que queria e como queria. Paguei a conta e fomos para a sala.






Narrado por Fernanda

(...)

_ Eu sempre sou o último a saber de tudo mesmo. -Luan deu de ombros, "indiferente".
_ Ai Luan, pelo amor de deus. Nós dois sabíamos que ia dar em namoro o rolo dos dois.
_ Eu não sabia de nada. Ele nem comigo veio falar.
_ Os tempos são outros né, Luan.
_ E eu lá quero saber de tempo Fernanda? Eu quero é minha filha com um cara direito, que preste.
_ Seu genro estuda engenharia civil, só não trabalha ainda... mas está quase se formando.
_ Grande coisa, nossa, ele faz engenharia. Qualquer um pode fazer engenharia.
_ Mas você com ciúmes é um cu, nossa que chato você fica. Pelo amor de deus, para com isso.
_ Uai, não posso falar mais nada também. Saco. -e entrou no banheiro batendo a porta, guardei meu celular e tirei os sapatos. Roberval entrou no quarto e Helena veio correndo atrás com um copo de sorvete, com a boca toda suja.
_ Mamãe, olha! -mostrava o doce.- Meu tio que me deu. -lambeu a boca.- Cadê meu papai?
_ No banheiro, deixa ele lá. -peguei sua fralda de boca e a sentei em meu colo.- Falou obrigado?
_ Obrigada tio.
_ Por nada minha linda. -piscou.- Bom, missão cumprida. Agora vou pro meu quarto, tomar um banho e cama.
_ Espera aí, deixa eu te contar uma coisa.
_ O que?
_ Sua afilhada está namorando. -ele ficou em silêncio, colocou a mão no peito todo dramático, revirei os olhos e cruzei os braços.- Outro louco não hein.
_ Meu amigo tem é razão.
_ Ele pode namorar e minha filha não? Pois ela vai namorar sim, ah vai.
_ Mulheres.
_ Muleres. -Helena repetiu, franzindo a testa e "brava" igualzinha o Rober. Luan saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura.- Papai, olha o tio que me deu.
_ Tá gostoso, princesa?
_ Tá papai, delicia. -sorriu toda fofa.
_ O boy, que história é essa da Melissa estar namorando?
_ Tá sabendo também? Eu soube pelo telefone, acredita nisso? A gente cria uma filha por anos, pra ela começar a namorar e contar pelo celular... -negava indignado, mas de um jeito engraçado que estava me dando vontade de rir. Deixei Helena sentada na cama e fui até ele, o abracei e beijei seu peito.
_ Não fica assim amor, foi tudo muito recente. Eu também queria estar em casa para receber a notícia.
_ Não tenta me amolecer não, tá errado e ponto.
_ Tudo bem, seu chato. -selei seus lábios.- Vou tomar um banho, olha a Helena. Tchau Rober.
_ Tchau, Nandinha. -entrei para o banho e não demorei, uma que estava cansada e queria dormir, outra que eu não molhei os cabelos, o que me dava alguns minutos de vantagem. Quando sai as luzes estavam apagadas, Luan e Helena deitados vendo desenho. Coloquei uma camisola, estendi a toalha nas costas da cadeira mesmo e antes de me deitar peguei o celular e entrei debaixo das cobertas.
_ Mamãe cê tá cherosa.
_ Obrigada neném. -lhe dei um cheiro.- E você está cheirando a chocolate (risos). Não acha melhor tomar um banho não?
_ Não, tô com sono mamãe.
_ Tá é arrumando desculpas pra não tomar banho, porquinha. -Luan disse mordendo sua bochecha.
_ Ai papai, faz dodói assim. -franziu a testa.
_ Marrentinha do papai, coisa linda.
_ Te amo papai. -se aninhou nele e dormiu.
_ Mô?
_ Hm...
_ Ainda tá bravo? -perguntei virando-me para ele.
_ Tô com ciúmes. Era mais fácil quando eles eram só amigos, sem beijos na boca, sem dormir na minha casa e fazer sei lá o que.
_ Mas amor, ela está na idade.
_ Que idade o que... tinha que fazer depois de casada e olhe lá. 
_ Nem você fez depois de casado.
_ E daí?
_ (risos) Deixa de besteira, seu bobo. É só um namoro, tá bom?
_ Uhuum. -fez bico. Com cuidado levantei da cama me sentando em cima dele e ajeitando nossa filha no canto, ele segurou minha cintura e eu pude inclinar todo o corpo, deitando em seu peitoral e podendo beijar sua boca uma e outras vezes.- Tô com saudade do seu corpo. -dizia entre o beijo, apalpando minha bunda.
_ Mô, a Helena está aqui... não senhor.
_ Nem uma rapidinha?
_ Não. Ela acabou de dormir, é perigoso até acordar. Continua abraçadinho comigo, deitadinho aqui. 
_ Tá carente, é?
_ Um pouco. -fechei os olhos deitando minha cabeça em seu ombro.- Eu amo seu perfume, sabia?
_ Sabia, mas pode falar sempre que quiser meu amor.
_ Te amo.
_ Eu amo você.


  Luan poderia me dizer isso todos os dias, mas era diferente em cada uma delas. Eu amo esse homem demais, mesmo sendo o paizão chato de tanto que é ciumento.
Dormimos bem abraçadinhos a noite.

  Mais dois dias na estrada e retornamos a São Paulo, as férias estavam chegando ao fim e meus bebês voltariam de Orlando no dia seguinte.
  Aterrissamos quando o dia já estava indo embora, aeroporto movimentado, aquele monte de seguranças para que pudéssemos sair da sala de desembarque e entrarmos no carro e por fim seguirmos para casa.


_ Melissa não mandou mensagem o dia todo, será que ela está em casa?
_ Acho que sim Luan, ela nunca sai sem avisar. Deve ter dormido o dia todo, aqui está bem frio.
_ Sei. -o taxista entrou no condomínio e minutos depois estacionou o carro na nossa garagem, ajudou com as bagagens e com o meu cachorrinho lindo que assim como a Nena estava dormindo. Pagamos a corrida, ele pediu uma foto do Luan e então entramos em casa. As luzes da sala acesa, mas nem sinal da Melissa. Deixei Helena no sofá e fui ao banheiro, estava bem apertada.- Mas que poca vergonha é essa Melissa? Posso saber? -lavei as mãos e sai do cômodo, retornando a sala. Luan estava com a maior cara de bravo, braços cruzados e encarando a Melissa que estava na escada com o Leonardo do lado. Os dois de banho tomado, cabelos molhados e assustados com o surto do meu marido exagerado.
_ Pai, não é o que o senhor está pensando.
_ E o que eu estou pensando?
_ Que tomamos banho juntos. Mas não foi, sério mesmo. Ele tomou banho no banheiro do corredor e eu no meu quarto, só descemos juntos.
_ Não tá parecendo. Pra que molhar o cabelo de noite, num frio desses? -eu tive vontade de rir, mas fiquei na minha.- Ainda mais que você tem rinite. 
_ Pai...
_ Melissa, não me enrola.
_ Luan, deixa os meninos. Você não disse que queria tomar um banho? Ãn? Vamos subir. -o beijei.
_ Fernanda...
_ Para com isso amor, agora ele é nosso genro.
_ Grande merda. -revirou os olhos.
_ Você está parecendo criança birrenta, para com isso. -o repreendi.
_ Oi mãe. -Melissa veio me abraçando apertado, toda contente.- Obrigado. -sussurrou.
_ Juízo menina.
_ Oi paizinho, lindo. -grudou no pescoço dele me deixando cumprimentar o Leo.
_ E aí, genro.
_ Oi sogra linda. -me abraçou pela cintura me tirando do chão.
_ Para com isso menino (risos). Cuidou bem da minha filha, Leonardo?
_ Sempre, né. -piscou.- E aí, sogrão! -tocou na mão do Luan que se manteve sério.- Beleza?
_ Eu tô de olho em você, cara. Cê que não fica esperto não.
_ Pô, sogrão. Você sabe que aqui é caso antigo né?
_ Brinca não que mesmo sendo meu genro eu ainda posso te matar.
_ Vai fazer sua filha chorar mesmo? -brincou e os dois deram risada.
_ Onde vocês dois estavam indo?
_ Comer pai, estou com muita fome. 
_ E precisava se arrumar tanto? -olhou para ela.
_ Vamos de carro pai, comprar pizza. -revirou os olhos, bufando.
_ Deixa que eu vou, fica aí com a sua mãe.
_ Pai!
_ Algum problema eu sair com o meu genro?
_ Nenhum sogrão, vamo aí. -bateu no ombro do Luan e saíram.
_ Mãe, você não vai falar nada?
_ Você teve mais de uma semana sozinha com o seu namorado, relaxa. Me conta como foi tudo.
_ Deixa eu mostrar minha aliança primeiro. -veio para o meu lado toda saltitante estendendo a mão e mostrando a aliança de compromisso. Sentamos no sofá e ela começou me contar de como tinha sido a viagem com as meninas, deu detalhes dos passeios e contou até mesmo do Robson, mostrou foto e tudo mais. Dei muita risada dela contando dá pegação que rolou e dele ligando pra ela quando chegou no hotel.


  Melissa era grande, mas toda bobona, em algumas coisas é claro. Falou que se sentiu culpada por de certa forma trair o Leonardo, e se sentiu muito mal quando contou olhando nos olhos dele que ficou com outro. Foi a maior bad, que terminou com o pedido de namoro.

_ Filha, eu sempre admirei a amizade de vocês. Porque ela nunca teve maldade, sempre foi companheirismo e cuidado... vocês sempre foram como irmãos. Claro que eu como mãe sempre quis que vocês fossem namorados, mas nunca disse nada porque é uma escolha que deveria partir de você.
_ Mãe, eu vou chorar.
_ Não precisa. -sorri.- Desejo felicidades a vocês dois e desejo que você saiba curtir esse momento, essa fase que é o namoro. Sei que sexo é ótimo, é maravilhoso, mas tenha em mente que namoro não é só isso. Você deve manter suas amizades, sair e ver gente diferente, dançar, rir, se quiser ir beber também, viajar... não pensa que agora você só tem que sair com ele e ele com você. Pelo amor de Deus, Melissa. Não desgaste o namoro de vocês por besteira, porque acima de tudo vocês são amigos.
_ Você é demais, mãe. Eu te amo. -me abraçou, fungou e eu soube que ela estava chorando. Retribui seu abraço, alisando suas costas e dando um beijo em seu rosto antes de me afastar.
_ Juízo, tá?
_ Nossa, mãe.
_ Tô falando muito sério, mas já conversamos sobre isso (risos). Vou subir com a sua irmã, tá?
_ Vou ligar pra saber onde eles estão.
_ Seu pai não é nenhum psicopata.
_ Mas meu namorado fala demais.
_ Hmmmm seu namorado, que lindinha.
_ Para mãe. -cobriu o rosto com a almofada.


  Peguei Helena no colo outra vez e subi para o quarto dela, ajeitando-a na cama e ligando o abajur. Sai do quarto, deixando a porta encostada, luz do corredor acesa e entrei no meu quarto indo para o closet trocar de roupa. Tirei a jaqueta, o vestido e sutiã, coloquei uma calça de moletom, regata preta, uma blusa de frio e meias.

_ Fernanda.
_ Oi.
_ Vem comer amor, trouxe a pizza que você gosta.
_ Não trouxe beirute? -perguntei fazendo bico.
_ Trouxe não, só a pizza. Esqueci amor. 
_ Não tem problema, eu como um pedacinho.
_ Helena dormiu mesmo?
_ Dormiu, e acho que vai a noite toda.
_ Tomara, que hoje eu tô afim de namorar.
_ E se eu não estiver?
_ Vai ter que ficar. -veio segurando minha cintura e me dando uma juntada, ri selando os seus lábios e segurando em seus ombros.- Tá com frio, né?
_ Uhum... por que?
_ Seu nariz tá vermelho. -beijou a ponta do meu nariz.
_ Suas bochechas estão vermelhas. Vai por roupa hein, Luan. Não quero ninguém morrendo não. -falei séria o empurrando e saindo do quarto.- Sem grude hein. -falei brincando, assustando os dois que estavam no maior beijo, encostados no sofá.
_ Ai que susto, mãe. Até a senhora. 
_ Pô, sogra. Assim não dá.
_ Não resisti (risos). Bora comer?
_ E meu pai, não vamos esperar ele não?
_ Vamos, mas lá na mesa de jantar.


  Tomei a frente e segui para a nossa sala de jantar, me sentei e enchi meu copo enquanto os outros bonitos se acomodavam. Luan desceu, sentou do meu lado e pegou meu copo.

_ Ridículo.
_ Eu também te amo. -me roubou um selinho, fazendo graça pro casal a nossa frente.- Bora comer, que eu tô cheio de fome, minha nossa senhora.
_ Você sempre está com fome, draga.
_ Assim ofende amorzinho. -ri.
_ Enche a boca de comida que é melhor, amorzão. -belisquei suas bochechas, fazendo caretas.
_ Bruta.
_ Eu também te amo. -o imitei, rindo.
_ Que cena mais linda, nossa, eu estava com saudades disso. -Melissa sorria.
_ Parece meu irmão e minha cunhada.
_ Fofos?
_ É, podemos dizer que sim (risos).


  Jantamos nossa pizza em um clima agradável, Luan vez ou outra dava umas alfinetadas no genro, mas o Leo era muito cara de pau e nem ligava, respondia na brincadeira. Depois que comemos Melissa ficou de retirar a mesa, desejei aos dois uma boa noite e subi com o meu marido para o nosso quarto.

_ Quer dormir mesmo?
_ Quero amor, quero muito dormir.
_ Tá toda manhosa, o que cê tem hein?
_ Saudades da minha cama... vai dormir agarradinho comigo hoje?
_ Sempre que eu puder. -nos beijamos e ele foi me deitando na cama, eu estava com sono sim, mas não conseguia ficar muito tempo beijando aquela boca e não fazer nada. Traduzindo, tivemos horas de muito amor e eu dormi nua, em seus braços sentindo seus dedos acariciarem meus cabelos.








~.~

  Boa noite meus amores, olha quem veio matar a saudade. Capítulo postado com sucesso, e mais, não demorarei a voltar.   Estou contando os minutos haha
  Beijos, uma ótima semana para todas nós. ❤

10 comentários:

  1. Já não pasta o pai tem o padrinho ciumento tbm😂 coitada da Mel.
    Nanda e muito mãezona (quero ser assim).
    Saudade so meu casal.
    Continua bjooos

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    1. Melissa está cercada de homens ciumentos, muito ciumentos. Nanda é aquela mãe que é "neutra", contorna toda e qualquer situação e ainda aconselha pra caramba. Haha

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  2. Amémmmm que saiu esse namoro,amei o Léo narrando e quase morri com o luan ciumento

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    1. Saiu o namoro, saiu!
      Leo narrando foi lindo, eu gostei. E o Luan ciumento? Quase não notei. Haha

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  3. Capítulo topper 👏👏👏❤️❤️

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  4. Demore mesmo não gata ����

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Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!