{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Capítulo 229

Narrado por Fernanda
  No dia seguinte levantei bem cedo, não deveria ser nem seis horas. Joguei uma água no rosto, coloquei a mesma roupa da noite anterior, prendi os cabelos e desci. Peguei as chaves da casa e do meu carro, e segui rumo ao aeroporto internacional.
  Graças a Deus as ruas estavam sem muitos movimentos e em 29 minutos eu estava estacionando, meia hora antes da aterrissagem dos meus amores. Aproveitei os minutos que sobravam para tomar café, comi um pão de queijo recheado e tomei um café com leite que estava uma delícia. Ainda tive tempo de ir ao banheiro e enfim recebi uma mensagem da sogrinha avisando que estavam desembarcando já.


_ Mãe! -Maria Luísa foi a primeira a correr na minha direção e pular no meu colo, dando aquele abraço gostoso e bem apertado. Minha menina estava tão linda, de touca, cachecol e luvas.- Eu estava morrendo de saudades, a Disney é legal, mas senti falta da senhora.
_ Ô meu amor, também fiquei com saudades de vocês. -beijei seu rosto.- Foi tudo bem?
_ Sim, se bem que eu vim dormindo. -deu de ombros.- Meu pai não veio, é?
_ Não, ficou dormindo. -ri.- E seu irmão, cadê?
_ Foi no banheiro com o meu vô.
_ Deixa eu falar com a sua vó e com a Laura. -ela desceu e eu pude cumprimentar a Mari e a Laurinha, nos sentamos para esperar os meninos que foram aparecer quase dez minutos depois.- Oi meu amor. -o abracei, apertando muito, muito mesmo.
_ Oi mãe, que saudade da senhora. -abraçou minha cintura.- Como a senhora tá?
_ Com sono, mas estava cheia de saudades. Vamos pra casa?
_ Ai, vamos. -Marizete disse se levantando.- Preciso muito da minha casinha, minha cama, meus móveis.
_ Sabe que eu também tia, não vejo a hora de chegar em casa e ver minha mãe, meu pai e o chato do Lucas.
_ Mas é assim mesmo Laurinha. Viajei duas semanas com o Luan e fiquei doidinha pra voltar logo. Gosto da casa cheia. 
_ Dos netos fazendo bagunça, né Marizete.
_ É sim, ai gosto viu. -ri.
_ Vamos indo, que eu deixo vocês em casa.


  Primeiro deixei meus sogros e a Laura quis ficar por lá, então a próxima parada foi minha humilde residência onde encontramos dona Helena sozinha na sala. Brincando com uma boneca da Melissa, nem nos viu entrar.

_ Podem deixar as malas aqui embaixo mesmo que eu vou separar as roupas sujas. Vocês querem comer?
_ Não, mãe. Eu quero dormir.
_ Eu também. -Arthur disse bocejando.
_ Podem subir, o quarto de vocês está arrumadinho.
_ Tá, bom dia. -e subiram.
_ Nena?
_ Oi mamãe.
_ Bom dia, não quer deitar?
_ Quelo tetê. -pediu toda fofa, se escondendo atrás do brinquedo para falar. Ri, deixei ela brincando e depois de fazer o tetê nós subimos para o seu quarto, fiquei com ela até que pegasse no sono outra vez.


(...)

_ Mãe, mas eu não quero ir hoje. -Maria Luísa estava chorando porque não queria ir para a escola.
_ Malu, minha filha. Você ficou mais de um mês em casa, descansando. Suas aulas voltam hoje, e você vai.
_ Ai que saco, eu não quero mãe. Não quero ir.
_ Você tem quinze minutos pra levantar dessa cama, se trocar e estar na sala. Eu não vou subir aqui de novo. -e sai do quarto com o meu grudinho atrás de mim.
_ Mamãe, eu tamém não quelo ir pra escolinha.
_ Não começa você também não hein. -ela fez bico e baixou a cabeça.- Arthur! -bati na porta.
_ Tô descendo, preciso pentear meu cabelo.
_ Quinze minutos, hein. -falei descendo em seguida.


  Preparei todo o café dos bonitos, deixei a bolsa da Helena no jeito e sentei no sofá para esperar e nada deles descerem.

_ Mamãe, tô com fome.
_ Quer seu tetê?
_ Aham. -respondia ela pendurada no meu pescoço.
_ A mamãe vai pegar, fica aqui tá? -ela assentiu. Levantei indo rapidamente até a cozinha e peguei a mamadeira, voltando para a sala e entregando para a Nena.
_ Mãe, a senhora viu meu celular?
_ Não vi não filho, você perdeu?
_ Tá aqui, eu não lembro onde só.
_ Então depois a mãe procura, vem tomar café. -disse indo para a cozinha com ele.- Cadê sua irmã?
_ Sei lá, a porta do quarto dela continua fechada. -deu de ombros, despreocupado.- Olha ela aí.
_ Vai tomar café, Malu.
_ Não quero, tô sem fome.
_ Mas você não jantou ontem também, quer levar um lanche pra comer no carro?
_ Não.
_ Então tá bom, Maria Luísa.
_ Não precisa falar comigo desse jeito, nessa grosseria. -limpou as lágrimas, neguei com a cabeça sabendo o motivo de toda a sensibilidade: TPM.
_ Desculpa. -falei evitando uma discussão e fui esperar por eles na sala.


  Helena tinha terminado o tetê e estava quase dormindo, toda empacotadinha. Arthur acabou sua refeição e nós pudemos ir. Primeiro deixei os maiores, depois a Nena e segui para a empresa. Sabendo que Luan dormiria o dia todo e Melissa não sairia pra nada.
  Passei o dia enfiada em trabalho e parei por poucas vezes, uma delas foi para lembrar meu querido marido que alguém precisava buscar nossos filhos na escola e voltei ao trabalho.
  No final do expediente me despedi do pessoal, dei tchau para a Isa e para o bebê mais lindo da madrinha e fui para casa.


_ Cheguei! 
_ Mamãe! Hoje na escolinha eu fiz o papai e você e a Nelissa, a Malia e o Atur.
_ Que linda meu amor, mostra pra mamãe. Cadê o desenho?
_ Vou pega. -e saiu correndo.
_ Você viu que linda amor? -o cumprimentei com um selinho.
_ Lindo é o bilhete da agenda, ela morreu o menino na escola e ainda beliscou.
_ Mentira, Helena não é assim...
_ Então a professora é uma bela de uma mentirosa.
_ Mas, por que ela fez isso, Luan?
_ Brinquedo. -neguei com a cabeça e cumprimentei os outros que estavam concentrados no filme.
_ Fizeram lição de casa? Alguém tem trabalho pra amanhã?
_ Pra semana inteira, né mãe. -Malu disse com tédio.- Fora a lista de exercícios.
_ Deixa de reclamar, Maria Luísa. Você só tem que estudar.
_ Queria que eu fizesse mais o que? -fez careta.
_ Olha lá como fala comigo menina, eu sou sua mãe. -pisquei.- Fica bem espertinha.
_ Eu não falei nada!
_ Ligeira, Maria Luísa. E você neguinho, como foi?
_ Bem chato. Professora mais perguntou das férias do que deu matéria, ai quando estava faltando quase dez minutos mãe, ela passou coisa pra entregar. Maluca!
_ Mas Arthur...
_ Ninguém mandou ficar perguntando da viagem dos outros, mas sabe como é né. Mulher é curiosa. -disse todo cheio da razão, e o engraçado foi o pai dele concordando.
_ Ah é, Luan?
_ Menos você amor. -mandou beijo.
_ Nenhum trabalho?
_ Seminário, em grupo pra daqui duas semanas.
_ Só?
_ Queria mais?
_ Você escutou o que sua irmã disse?
_ Lição tem todo dia, listas de exercícios tem toda sexta... nada mudou. -respondeu com tédio voltando a recostar no sofá.
_ E você neguinha, conta pra mamãe como foi na aula.
_ Mamãe, eu bati no menino que não quelia dá o meu brinquedo.
_ Bateu? Mas filha, não pode. Isso é muito feio.
_ É?
_ Sim, o papai do céu não gosta e a mamãe também não. -expliquei sentando-a no meu colo, dizendo que eles eram amiguinhos e que amiguinhos não brigam, não se batem.- Amanhã a Nena vai pedir desculpas pra ele, tá bom?
_ Tá mamãe, não vô fazer mais não.
_ Isso minha linda, agora dá um beijão gostoso na mamãe e mostra seu desenho. -ela assim fez, explicou cada rabisco na folha e depois me pediu tetê.- A tia Maria fez comida meu amor.
_ Não quelia, quelia tetê só mamãe.
_ Só quando for dormir tá bom? 
_ Tá bom.
_ E a Melissa, gente?
_ Na casa do Leonardo, desde cedo. Eu acordei ela já não estava aqui.
_ E você não ligou pra ela?
_ Não, e nem vou. Não falo mais nada. -disse tranquilo, completamente despreocupado. Deixei Helena no sofá e me levantei tirando o celular do bolso de dentro da minha bolsa e discando o número da bonita.
_ Não tem mais casa não Melissa? Pode vindo embora agora.
_ Nossa, oi. Boa noite, estou ótima e a senhora?
_ Você tem quinze minutos, tchau. -e desliguei.
_ O que te deu? -Luan perguntou.
_ Nada, vou tomar um banho. Você pode colocar a mesa?
_ Papai, deixa eu ajuda você?
_ Bora lá neném. -pegou Helena no colo e foi para a cozinha.
_ E vocês dois, já tomaram banho?
_ "Não." "Sim." "Mentira mãe, ele não tomou não." -dizia um em cima do outro.
_ Ô, chega hein. Banho tomado os dois e de pijama, que depois de jantar vamos todos dormir. Nada de videogame, notebook, celular ou filmes, porque amanhã todo mundo levanta bem cedo nessa casa.
_ Todo mundo menos o meu pai e a Melissa. 
_ Até sua irmã, porque agora ela vai começar a estudar.
_ De novo essa história? -Arthur perguntou rindo.
_ Ih mãe, Melissa estuda desde que eu nasci, já era pra estar formada. -Malu também ria, nem eu aguentei.
_ Chega vocês dois, parem de me enrolar e vão tomar banho.
_ Só falta o fedô aqui, porque eu já tomei.
_ Então vai Arthur, agora.
_ Não pode ser amanhã cedo? -cruzei os braços e o encarei.- Já entendi dona Fernanda, estou indo tomar banho. -e subiu também para o quarto.
_ E você, desceu?
_ Mãe! -ficou vermelha.
_ Entendi, a gente conversa antes de você ir dormir. -e subi também.


  Estava louca para tomar um banho quente e vestir algo confortável que me lembrasse casa, descanso e muito sono. Corri para o banheiro e joguei uma água rápida no corpo, fechei o registro do chuveiro e sai do box já enrolada na toalha.
  Calcei os chinelos saindo do banheiro, entrei no closet e procurei por uma camisola de mangas compridas, coloquei uma calcinha maior e meias, prendi os cabelos novamente e desci.


_ Oi mãe, boa noite. -Melissa estava acabando de fechar a porta, sorrindo.
_ Boa noite, tudo bem?
_ Ótima e a senhora?
_ Deixa de caçar assunto. E vou falar viu, não abusa.
_ Mãe, mas eu nem fiz nada.
_ Não tô falando que você fez alguma coisa. Tô falando que é pra você não abusar, seu pai não quis nem te ligar.
_ Devo me preocupar?
_ Bom, eu me preocuparia. -dei de ombros.- Já jantou?
_ Sim, com o Leo.
_ Bom, eu vou comer que eu tô com fome. Se quiser nos acompanhar... estávamos te esperando só.
_ Ai sério, mãe?
_ É. 
_ O que tem de janta?
_ Comida, Melissa. -ri.
_ Já entendi senhora. Eu como um pouquinho.
_ Obrigada.


  Demos os braços e chegamos na sala de jantar juntas, Luan olhou e não disse nada, estava estranho. Suspeito que seja ciúmes, mas não vou tocar nesse assunto com ele não.
  Maria tinha preparado um estrogonofe de carne com uma saladinha maravilhosa, arroz, feijão e batata palha, e o suco de melancia para completar a refeição.
  Nos servimos e jantamos com gosto, em total harmonia, conversando sobre o dia, mas não tocando no assunto proibido "trabalho". Terminamos de comer, Maria Luísa e Arthur tiraram a louça da mesa, Melissa guardou as panelas que ainda estavam com comida e eu subi com a menor da casa e nosso cachorro que insistia em dormir com ela.


_ Mamãe o que a gente vai fazer, hein?
_ Escovar os dentinhos e dormir, que está bem tarde.
_ Hora de neném dormir?
_ Neném e gente grande também. -falei enquanto íamos para o banheiro, onde a ajudei escovar os dentinhos, lavei seu rosto e saímos. Troquei sua roupa por um pijama, fizemos uma oração e eu a coloquei na cama.- Boa noite meu amor.
_ Boa noite mamãe. -e fechou os olhinhos.

Helena não demorava pra dormir, ainda mais em dias em que ia para a escola. Era tomar um banho quando chegava em casa, jantar, deitar e dormir. 

  Assim que ela realmente relaxou, pegou no solo, sai do quarto e fui dar uma olhada nos outros. Arthur já estava se ajeitando no canto dele e Maria Luísa estava trocada já, sentada na cama.


_ E aí, mocinha. Tem algo pra me contar?
_ O que a senhora quer saber?
_ Se está tudo bem... -me sentei com ela.- Não paramos pra conversar desde que vocês voltaram de Orlando. -abri espaço para um papo bacana e até que ela falou bastante, falou muito, percebi que tínhamos "ido longe" quando o mozão bateu na porta.
_ Não era a hora de dormir? -perguntou escorado na porta, bocejando e de braços cruzados.
_ Era não, ainda é. Boa noite filha, amanhã a gente continua nosso papo. -pisquei.
_ Boa noite, mãe. -beijei sua testa e me afastei deixando que Luan lhe desejasse uma boa noite também.
_ Arthur? -bati na porta e fui abrindo.
_ Ele está dormindo uma hora dessas, até a Melissa já caçou o rumo dela.
_ Então estamos só nós dois acordados? -perguntei sugestiva, me aproximando ainda mais dele.
_ Só nós dois, o que você acha?
_ Acho que poderíamos ir para o nosso quarto e você me fazer uma massagem daquelas que só você sabe.
_ Só eu sei mesmo. -piscou, mordendo os lábios todo sacana.


  Deixamos as luzes no corredor acesas e entramos no nosso quarto trancando a porta, ele estava de calça de pijama e uma regata que seria facilmente tirada e eu ainda de camisola me deitei na cama.

_ Vou buscar o óleo. -escutei ele dizer e enquanto o vi entrar no closet, arrumei a cama. Tirei a camisola e me deitei de bruços, esperando por ele.- Uau, que linda. -senti seus lábios tocarem meus ombros.- Essa pele macia, cheirosa. -inspirou.
_ Louca para ser massageada, amor.
_ Tô vendo.


  Joguei o corpo um pouco mais pro lado, indo para o meio da cama e ele se sentou por cima, na minha bunda. Fechei os olhos e relaxei por uns minutos, Luan derramou óleo por toda a minha espinha e em seguida veio com as suas mãos massageando cada músculo, pressionando bem, apertando tão gostoso que mesmo com os olhos fechados eu sentia a vontade de revirá-los várias e várias vezes. Ainda mais quando ele me virou de frente e tocou meus seios, com a desculpa de que estava massageando. Ele sabia muito bem como provocar, como instigar e fazia isso com maestria, usava e abusava sempre que podia.
  Tirou a camisa e inclinou-se para beijar minha boca que estava seca, ofegante, mas sem deixar de tocar meu corpo. Sua boca traçou uma linha imaginária e tortuosa que estava me causando bons arrepios, ergui um pouco o quadril e minha calcinha foi tirada do corpo, facilitando que ele abrisse minhas pernas e me chupasse como se eu fosse o sorvete mais gostoso do mundo, me segurei aos lençóis e desfrutei daquela sensação devassa e excitante, gemendo como uma cadela e cada vez mais molhada. Sua língua deslizava para dentro e para fora, uma e outra vez, seu lábios beijavam meu clitóris, a ponta de sua língua me causava espasmos e todo o meu corpo estava em chamas.


_ Luan... -sussurrei bem baixinho, alisando seu cabelo.- ... eu quero você dentro de mim. -ele afastou mais meus lábios enfiando mais a língua, rápido e intenso.- Por favor, eu preciso disso. -ele me beijou deliciosamente e se pôs de joelhos, desceu da cama terminando de se despir e quando voltou, encaixou seu corpo no meu e me amou a noite toda em cima daquela cama e de jeitos diferentes me causando exaustão e completa satisfação, eu estava relaxada quando fechei os olhos.
_ Amor... acorda. -recebia beijos distribuídos por todo o rosto.
_ Hmmmmm... -resmunguei sem me mover do lugar.
_ Seu celular está tocando, é o alarme...
_ Ah, sério?
_ Sim, levanta minha preguicinha.
_ Tô com sono, eu nem dormi direito.
_ Eu sei. -riu.- Quer que eu leve as crianças?
_ Faria isso por mim?
_ Só se você abrir os olhinhos e me der um beijo de bom dia.
_ Até dois. -me apoiei em seu peito e o beijei, desejando um bom dia e voltando a dormir em seguida.


  Acordei algumas horas depois e o quarto estava todo escuro, levantei e segui para o banheiro. Liguei o chuveiro e entrei de cabeça, meu corpo estava todo suado, meus cabelos todo embaraçados e grudentos. Lavei o rosto, demorei pouco na lavagem dos cabelos e por fim ensaboei todo o corpo, joguei uma água, escovei os dentes e sai do box.

_ Bom dia preguiça.
_ Bom dia.
_ Já deixei as crianças na escola.
_ Obrigado. Já tomou café?
_ Trouxe pra gente comer aqui. 
_ Hmmm preparou sozinho?
_ Montei a bandeja, é o que importa né? -disse subindo no colchão.- Vem...
_ Preciso por roupa, tá frio.
_ Eu te esquento. -piscou e eu dei as costas entrando no closet, vesti uma lingerie, coloquei o roupão e sai.- Não mudou muita coisa.
_ Não sei o que vestir ainda, por isso.
_ Poderia ficar comigo, aqui deitadinho.
_ Deitadinho nada que você tem mais o que fazer.
_ Por exemplo?
_ Visitar sua mãe, ver sua irmã, seus afilhados... tá sem fazer nada mesmo.
_ Mais fácil fazer um churrasco e chamar todo mundo. -disse tranquilo.
_ Pode ser, mas quando?
_ Amanhã, né? No almoço.
_ Uhum, faço um home office. E dá tempo das crianças irem para a escola.
_ Você falava do seu pai, mas você com escola também é chatinha, né?
_ Sou mesmo, porque eles dois tem preguiça. E só precisam estudar, não peço para limparem a casa, cuidar da irmã mais nova, trabalhar... só estudar.
_ Eu sei amor, tô enchendo o saco.
_ Ah bom, já ia te xingar.
_ Bicha bruta.
_ A mulher que você escolheu para o resto da vida. -o beijei.- Hm... me conta. Melissa ontem passou o dia fora mesmo?
_ Passou. Aquele malacabado chegou aqui cedo, na hora do almoço e foram pra casa dele. Fernanda, Melissa não tem juízo não. 
_ Começo de namoro, né amor.
_ Acho bom não namorar muito não, não namorar muito porque você sabe.
_ Namorar é tão gostoso.
_ Eu sei, eu adoro namorar. Mas namorar demais traz filhos.
_ Não quer ser vovô não?
_ Não agora, tá maluca Fernanda?
_ Amor, relaxa. -lhe dei um selinho e voltei a comer. Tomamos nosso café, pude escolher com calma uma roupa para ir trabalhar e depois de pronta o maridão se ofereceu para me deixar no prédio da CDM.




Narrado por Melissa
  Levei um susto na manhã seguinte com o meu pai entrando no quarto e procurando pela Helena que tinha ido para o meu quarto no meio da madrugada. Ele a levou para o quarto dela e eu não voltei a dormir mais, fiquei deitada e no celular conversando com as meninas que estavam se arrumando para a facul.


_ Você está curtindo bem o namoro, devo me preocupar?
_ Jamais, Tacy. 
_ Acho muito bom, Melissa. Porque ninguém aqui nesse grupo começa a namorar e esquece as amigas.
_ Ô bruta, eu entendi. Não fala assim Nay. Ontem eu fui pra lá porque vocês já voltaram as aulas e só estava eu e meu pai aqui, meu pai dormiu o dia todo quase e eu ia ficar sozinha. Como ele teria aula só de noite, eu fui pra lá.
_ Foi fazer companhia ou dar?
_ Você é desnecessária, Nayara. Pelo amor de deus... E seu boy, ligou?
_ Ele está querendo me enrolar, falando que eu sou diferente das outras, que está gostando de ficar comigo e esse papo de homem safado.
_ E ele não pode realmente estar gostando de você?
_ Pode sim, mas não sei amigas. Tô insegura, mesmo gostando de ficar com ele.
_ Se falaram depois da viagem?
_ Sim e eu nem menti, contei que fiquei com outro cara e fomos pra cama. E ele disse que tudo bem, que não pensou que eu fosse assim, mas que não tínhamos nada sério.
_ Você é louca.
_ Vou mentir pra que?
_ O Bruno não soube do cara que me puxou pro beijo, não contei e nem vou contar. Ele vai ficar mega chateado.
_ Pelo menos de alguma coisa o Robson serviu, para eu ser pedida em namoro. Gostei.
_ Ele não te ligou mais?
_ Mandou mensagens no whats, a gente conversa as vezes... -continuamos num bate papo até elas entrarem na aula e eu levantar da cama cheia de fome.- Bom dia Maria. -beijei seu rosto e puxei o banco me sentando no balcão.- Hmmm... bolo de milho?
_ Bom dia, dormiu bem?
_ Maravilhosamente bem, mas ainda queria dormir mais. -belisquei um pedacinho do bolo.
_ Come direito menina, eu corto um pedaço pra você.
_ Minha mãe não acordou ainda? -franzi a testa e ela sorriu dizendo que não, falou que meu pai que subiu com uma bandeja de café.- Bem românticos, lindos. -ri.
_ Quer que eu ponha a mesa pra você?
_ Esse balcão tem espaço de sobra, eu me ajeito por aqui.


  E realmente me ajeitei, peguei requeijão, pães de queijo, frios e leite na geladeira. Peguei nescau, açúcar e me servi também do bolo, e tomei café na companhia da dona Maria que estava pensando no almoço já.

_ Maria, macarrão com brócolis.
_ Alho e óleo?
_ Sim, com bacon fatiado... ai que delícia.
_ Mas não é muita gordura não? Sua irmã é pequenininha.
_ Ela come arroz e feijão...
_ E um peito de frango grelhadinho. 
_ Sem salada, né?
_ Hoje sim.
_ Bom dia meninas. -minha mãe chegou nos cumprimentando e meu pai junto.- Beijos pra vocês, nos falamos mais tarde.
_ Vai com Deus. Pai, o senhor vai sair?
_ Vou levar sua mãe e dar uma passada na sua tia antes de ir na sua vó.
_ Mas vem almoçar aqui?
_ Sim, por quê?
_ Nada ué.
_ Tô indo, tchau. Tchau dona Maria.
_ Tchau, seu Luan. -e saíram os dois.


(...)

  Depois do almoço meu pai avisou que iria no VIP, Maria se enfiou na lavanderia e eu liguei para as meninas, mas elas estavam ocupadas com os deveres da faculdade. Mandei mensagem para o Leo  e ele disse que estava de babá das meninas, falou pra eu ir lá. E eu fui levando o Thor na coleira.

_ Oi loirão. -o abracei.
_ Oi loirinha, entra aí.
_ Tá tudo bem?
_ Não, eu quero assistir meu programa de esportes e elas não calam a boca.
_ E eu pensando que era alguma coisa séria.
_ Quero saber do meu time, elas já assistiram desenho hoje.
_ Chato. Vem Thor, vamos ver as meninas. -fui entrando e as encontrei na sala, brincando de casinha.- Oi Ceci, oi Aninha.
_ Oi. -responderam.
_ Você tem um cachorro... ele morde?
_ Não, ele é bonzinho. -Cecília respondeu vindo dar um beijo nele e abraçar.- Deixa a gente brinca com ele Mel?
_ Deixo, podem brincar. 
_ Vamos lá fora então. -Analu achou melhor irem para o quintal, soltei a coleira e as deixei sair com o au au.
_ Desfaz essa cara, ô chatisse. -falei tirando os brinquedos do meio do caminho e me sentando com ele no sofá.- Como foi ontem?
_ Bom demais, professora nova.
_ Idiota.
_ É sério, matérias novas também. Vamos começar o pré projeto de TCC.
_ Muito ansioso?
_ Muito fodido isso sim. -jogou a cabeça pra trás.- Caralho, está acabando essa porra já.
_ Já está pensando na pós?
_ Não. -riu.- Tô pensando que final do ano que vem tem a viagem de formatura.
_ Aé? Posso saber pra onde?
_ Fora do país, quero muito.
_ Só o pessoal de engenharia?
_ Não exatamente. Vão algumas pessoas de outras turmas, bem bacana.
_ Tô vendo. Sua amiguinha vai?
_ A Bia?
_ É ela mesmo, aquela vaca.
_ Vocês duas tinham tudo pra se dar bem.
_ Até eu descobrir que ela era uma vagabunda que fica se jogando pra cima de você.
_ Eu não acho. -deu de ombros.- Olha esse vídeo aqui. -pegou o celular e desenhou o padrão de desbloqueio, entrou no facebook de algum amigo e mostrou o vídeo mais idiota do dia.
_ Vocês são ridículos, isso tudo na viagem?
_ Foi, na piscina do hotel. Tá vendo essa mulher aqui? 
_ O que tem ela?
_ Xingou pra caramba, ficou brava.
_ Até eu ficaria. Leozinho, lindo... essa semana estreia o filme que eu quero ver e tem o lançamento do livro que queria também. Você vai comigo, né?
_ Não. -riu.- Cinema agora só se for de sábado ou vê com as meninas, pra você não ter que esperar tanto. E o livro, vai ser que dia?
_ Na quinta, às 14h da tarde.
_ No JK?
_ Não, na Fnac em Pinheiros.
_ Dá pra ir, será que vai estar muito cheio?
_ Não sei, por que?
_ Não posso sair tarde, né... uma que é meu rodízio e outra que eu tenho aula.
_ Hm... gatinho mais estudado esse. -segurei seu rosto e lhe dei um beijo.- Você tá cheirando doce, Leo.
_ Cecília me molhou inteiro de chocolate. E eu não tomei outro banho, só sequei com uma toalha.
_ Credo, por isso. Vai ficar grudando.
_ Antes de ir pra faculdade eu tomo outro.
_ Deu almoço pra elas?
_ Minha mãe deu antes de sair.
_ Então você está de boa, né bonitão.
_ Amém, preciso. 
_ Você é muito preguiçoso. -falei deitando a cabeça no colo dele e me virando para a TV.- Põe um filme.
_ Ah não, você também?
_ Então vamos jogar videogame.
_ Eu escolho o jogo.


  Jogamos cinco partidas seguidas, venci duas, ele duas e a última empatamos. Chamamos as meninas ajudei ele dar banho nas bonitas, fizemos um café da tarde e enquanto as duas comiam meu cunhado chegou e ficou com elas. Leonardo e eu subimos para o quarto dele, fiquei sentada na cama vendo-o arrumar sua roupa e mochila, depois ele foi tomar banho, saiu com uma toalha enrolada na cintura e deitou na cama.

_ Hm... cheiroso hein loiro.
_ Meu cheiro natural.
_ Tô vendo. E essa barba aqui?
_ Não gostou dela?
_ Gostei tá com menos cara de moleque.
_ Isso foi um elogio?
_ Sim.
_ Entendi. -fechou os olhos.
_ Tá com sono, né?
_ Tô, com muito sono.
_ Dorme um pouco, eu tenho que ir pra casa mesmo. 
_ Fica aqui comigo, não precisa dormir se não quiser. Eu gosto de cafuné, e minha mãe nem tá aqui.
_ Bebezão.
_ Bebê gosta de mamar, sabia?
_ Troxa. -levantei para ir ao banheiro e quando voltei ele estava sem a toalha, terminando de vestir a cueca. Olhei suas coxas brancas e dei risada.
_ Gostou?
_ Bastante.
_ Quer provar?
_ Você disse que estava com sono.
_ Tem coisas que tiram o sono de um homem.
_ Nem vem, pode parando.
_ Você não quer?
_ Eu sempre quero, mas estamos na sua casa.
_ No meu quarto...
_ Melhor não, não vou ficar a vontade.
_ Tudo bem. -colocou uma bermuda e se deitou me abraçando pela cintura e dormindo. Peguei o celular e editei uma foto nossa que a Analu tinha tirado mais cedo.

Ai você vem visitar o namorado. ❤








~.~
Oi, olha eu aqui de novo.
E voltamos a rotina novamente, gosto muito. É tão família, um lado tão gostoso deles... e o romance Menardo então? Temos um paizão cheio de ciúmes da filha mais velha e um namorado despreocupado da vida. Amo!

6 comentários:

  1. Eu ouvi um amém menardo? Sério eu amo esse jeitão do Léo,lembra meu namorado em tudo nsnsk

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  2. Essa família e muitooo linda❤
    Luan está tão quietinho, estou estranhando.
    Menardo e amoor.
    Continua bjoos

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    1. Eles são, muito lindos. ❤
      Luan está se mordendo de ciúmes e bem preocupado também com o rumo em que as coisas estão tomando.

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Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!