{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Capítulo 245

Narrado por Fernanda
  Por fim, sexta-feira.
  Acordei um pouco mais tarde por ter essa opção, Arthur entraria na terceira aula. Tomei um banho quase gelado e refrescante para tirar todo o suor que se acumulou durante toda a madrugada de muito sono.   Ao sair vesti um shorts saia no comprimento de dois dedos acima dos joelhos, um body com um caimento legal nos ombros e nos pés calcei sapatilhas. Cabelos muito bem presos em um coque, quase nada de maquiagem... de acessórios apenas relógio e brincos delicados. Eu estava pronta, de muito bom humor e com muita fome.
  Sai do quarto sem fazer barulho para não acordar meu marido, visitei o quarto das meninas e dei o remédio de cada uma delas antes de ir acordar meu homenzinho.


_ Filho? -bati na porta do banheiro.- Tomou banho, já?
_ Mãe, a senhora não sabe. Acordei duro.
_ Sonhou com sexo?
_ Vontade me mijar mesmo, e bem que o meu pai falou. Dói muito mijar de pau duro, horrível. Ainda bem que a senhora é mulher. -Arthur conversava normalmente, nem ligando pelo fato de eu ser mulher.- Sem terninho hoje? -perguntou saindo banheiro com a toalha na cintura.
_ Hoje é sexta, podemos ir mais a vontade. 
_ Ah, sua filha vai pelada. Já sabe, né?
_ Que nada, tô acostumada com os vestidos da Melissa. -falei fuçando na roupa dele que estava em cima da cama.- Essa cueca tá boa de ir pro lixo, hein.
_ Eu gosto dela.
_ Tá quase furando, filho.
_ Ainda não furou. -pegou da minha mão e foi se vestindo. Camiseta do colégio, bermuda e tênis.- Preguiça de pentear o cabelo hoje, vou com ele assim. -passou as mãos de qualquer jeito, passou perfume e saiu jogando a mochila nas costas.- Bom dia, Maria. -deu um beijo no rosto dela.
_ Bom dia, meu filho. Bom dia, Fernanda.
_ Bom dia, Maria. -a cumprimentei também antes de me sentar.- Melissa ainda não desceu?
_ Deve ter perdido a hora, porque ontem ela chegou tarde.
_ Tarde que horas?
_ Tarde quase onze da noite, não acho certo. É dia de semana, ela tem que respeitar as ordens da casa.
_ Quem? Bom dia, bom dia, bom dia.
_ Bom dia. -respondemos.- Depois eu me acerto com ela, tá bom bebê? -falei.
_ Tá ótimo, perfeito. -riu.
_  Do que vocês estão falando?
_ Regras da casa, mocinha. -ele disse rindo.
_ Arthur, Arthur. -falei enquanto me servia. Tomamos café da manhã tranquilos, sem pressa. Escovei os dentes, retoquei o batom e passei pela sala para pegar a bolsa, as chaves e dar tchau pra Maria.- Vamos, Melissa?
_ Podem ir, o Leo vai passar aqui.
_ Dá uma folguinha pro meu cunhado, dá?
_ Cuida da sua vida e da sua namoradinha.
_ Ela ainda nem minha namorada é.
_ Tá escutando mãe? Ainda não namora, tá só na palhaçada.
_ Coisa que você fez meses, ou pensa que eu não sei não. -os dois trocaram farpas por alguns minutos, até eu ir para o carro e me acomodar.- Ia me deixar, mãe?
_ Arthur, entra logo filho. -ele entrou e depois de se acomodar ligou o som em uma rádio de esportes e foi o caminho todo ouvindo as notícias e comentando comigo sobre elas.- Tchau, fica com Deus. 
_ Amém, a senhora também. -joguei um beijo, acenei e sai.


  Fui voando para a CDM e ao chegar o clima estava mais que tranquilo, graças a Deus. Nessa última semana não recebemos novos clientes, mas tinha muito arquivo! Então de hoje até a próxima sexta-feira seria mais ou menos isso.
  Foi o dia que tive para passar por cada departamento e as vezes conhecer um funcionário que eu não havia sido apresentada ainda em decorrência da correria. Sem contar que eu gostava de saber quem eram os rostinhos que circulavam dentro da Company.


_ Chefe, sua mãe no telefone. -dizia ela ligando no ramal do jurídico.
_ Pode transferir, Ana. Alô, mãe?
_ Boa tarde, minha filha. Tudo bem?
_ Ótima e a senhora? Meu pai?
_ Estamos ótimos também, de malas prontas inclusive. Liguei para falar do nosso voo, tivemos que mudar e chegaremos aí na madrugada de sábado pra domingo.
_ Tá bom, vou avisar meu motorista, Luan. Seu genro. -falei e ela deu risada.
_ Ô filha, não precisa. A gente pega um táxi, só estamos avisando pelo horário mesmo.
_ Nós iremos, relaxa mãe. -trocamos mais algumas palavras antes de ela desligar. Voltei ao que eu fazia, depois ainda almocei com a galera e na volta eu só dei uma geral na minha sala e fui embora pra casa.
_ Fernanda. -abracei minha sogra assim que cheguei, ela e Amarildo estavam em casa com o Lucas.- Tudo bem, querida?
_ Tudo sim, sogra. E vocês, como estão?
_ Muito bem, viemos dar uma volta e trazer o Luquinhas pra brincar.
_ Já está correndo por aí com a Helena, não é? -ri.
_ E os cachorros. -Amarildo disse se colocando de pé, nos abraçamos também e caminhei até o maridão.
_ Oi, vida. -sorri olhando nos olhos dele.
_ Oi, meu amor. Tá linda, viu? -nos beijamos, coisa rápida.
_ Vou guardar minha bolsa, volto já. -falei subindo com a bolsa, largando ela em cima da cama, tirei os sapatos e nem troquei de roupas. Apenas calcei meus chinelos e desci, depois de não encontrar minhas crianças no quarto.- Cadê minhas crianças?
_ Maria Luísa está com a Carol na piscina, Arthur jogando bola no colégio ainda.
_ Até agora?
_ Sim, amor. Liguei era 11h30 da manhã, falou que estava tendo "campeonato".
_ Hm, atleta ele. -falei me sentando.- Helena reclamou da garganta?
_ Ela até sorvete tomou hoje, se você quer saber.
_ Luan, meu filho. -Mari dizia.- Não pode brincar com essas coisas, ela não estava tomando remédio?
_ Ela é criança, vai ficar passando vontade? Mas a Maria deu água pra ela depois.
_ Meu filho tem juízo rapaz. -disse meu sogro, piscando para o Luan.- E o natal, já compraram os presentes?
_ Ainda não, comprei nem as roupas. Acho que vou essa semana que vai entrar, vamos sogra? Minha mãe vai estar por aqui também. -ficamos pela sala falando sobre as festas de natal e ano novo. Na verdade planejando nossa virada de ano que seria em um hotel. 

  Luan pediu pra Lelê reservar os dois últimos andares e a cobertura, queria comemorar com os presentes de um jeito mais íntimo.

_ Aquele hotel é muito bom, costuma ter ceia e tudo mais. -Amarildo nos dizia.- Mas aí não teríamos muita privacidade, entende?
_ Por isso minha ideia.
_ Ótima por sinal. Bruninha vai também?
_ Vai sim, mas com a gente no dia 30.
_ Hm... entendi, e o look sogra?
_ Aquele bem básico, sabe (risos)? Lá é praia, não é meu filho?
_ Sim, Alagoas. São Miguel dos Milagres.
_ Eu não conheço lá não amor, mas é praia eu gosto (risos).
_ Gosta, né?
_ Amo sol, amo o mar. Amo meus filhos rolando na areia.
_ Sempre assim, Luan voltava com areia no ouvido. Acredita?
_ Ah, eu acredito. Acredito porque a Nena quando era menorzinha comia areia, enchia a mão e enfiava na boca.
_ Crianças.


  Conforme foi entardecendo as meninas saíram da piscina e foram para o banho. Já os menores foram para a sala de cinema e Luan colocou uma sequência de filmes em desenhos para eles. Maria tinha ido embora então minha sogra e eu fomos para a cozinha, ela deu a ideia de fazermos bolo e pedimos para o Luan ir comprar alguns pães para tomarmos café da tarde.

_ Mãe! Cheguei. -escutei Arthur gritar da sala.- Tá aqui embaixo?
_ Na cozinha. -respondi ainda de costas para o corredor.
_ Oi vó, oi mãe. -olhamos e ele estava todo suado, cabelos mais desajeitados que o normal e com a camiseta da escola muito suja.- Posso dar um xero?
_ Pode achar o caminho do chuveiro, tchau.
_ Tenho que falar com a senhora depois. -e saiu.
_ Como cresceu, não é? -Mari comentou sorrindo.- Tá maior que o avô.
_ Grandão, ele passou de mim. -fiz bico.
_ E bonitão. Já está namorando, Fê?
_ Disse que tá conhecendo uma dona aí, ela vai viajar com a gente nos últimos shows do ano.
_ Sério?
_ Pra mim já é um namoro, mas disse ele que não. -dei de ombros.
_ Eu sei bem como é, Luan nunca namorava.
_ Homens (risos).


  Enquanto o bolo estava no forno, fizemos suco, um pouco de chá e café. Ajeitamos a mesa de jantar e voltamos para a sala.

_ Mãe, deixa eu sair hoje?
_ Com quem? Pra onde?
_ Aniversário do Henrique.
_ Aí, deixa eu ir também? Ele me convidou também. -Maria Luísa entrou no assunto enquanto descia as escadas com a Carol.
_ Seu irmão vai, se ele quiser... ele te leva. -falei e ela ficou olhando para ele.
_ Arthur? Deixa eu ir, vai?
_ Se o seu pai deixar. -disse rindo.- Zuera, maninha. Mas se você não se comportar já sabe hein.
_ Carol pode ir também? Ela vai dormir aqui em casa. -olhei surpresa, nem eu sabia.
_ Malu, filha. Os pais delas deixam?
_ A gente liga depois. -deu de ombros.- E aí?
_ Quem vai levar vocês? -perguntei.
_ Ô mãe, eu já dirijo pô. Empresta o carro?
_ E se você beber? Atropelar alguém?
_ Confia em mim? -assenti.- Fechou. -esfregou uma mão na outra, comemorando e indo encher o saco da avó, enquanto as duas bonitas voltaram para o quarto.


  Assim que Luan cruzou a porta eu dei a notícia, ele não gostou muito. Mas não reclamou porque sabia que as meninas estariam indo com o Arthur. Quando falei do carro Luan deu um sermão daqueles nele e falou que ele poderia ir com o Durango.
  Terminei de colocar a mesa e nos sentamos para comer assim que o bolo ficou pronto. Todo mundo de boca cheia, ninguém falava. Logo depois meus sogros foram embora com o Lucas, Puff e Tobias. Helena foi para o colo do papai e ficou até dormir. Malu e Carol subiram para se arrumar e Arthur também. Eu deitei no sofá, coloquei em um filme de comédia romântica e obriguei meu marido assistir comigo.


(...)

  Não demorou e as meninas desceram, prontas. Maria Luísa estava de jeans e cropped, Luan olhou e não disse nada. Eu achei lindo. Carol estava com o mesmo look, mudava apenas a cor, ela estava com um jeans mais claro e cropped vermelho.

_ Muito cuidado, hein. -escutei meu marido dizer.- Arthur, fica de olho nelas.
_ Pode deixar, paizão. -falou chegando na sala todo cheiroso, bonitão e sorridente.- Que foi, mãe?
_ Você tá gato, se não fosse meu filho e curtisse uma mulher mais madura. -pisquei.
_ Ah, Fernanda. Que isso cara.
_ É brincadeira, amor. -beijei o rosto dele.- Já estão indo?
_ Indo pra onde, posso saber? -Melissa perguntou abrindo a porta, entrou e meu genro veio atrás.- Olha, toda toda vocês duas hein.
_ Oi Mê. -Carol cumprimentou.
_ Oi Carola. Oi gente, cheguei.
_ Percebemos, né? -Arthur disse beijando o rosto dela e pegando a chave do carro que estava pendurada na parede próximo a porta.
_ Você vai dirigindo? 
_ Meus pais deixaram.
_ Hm... as coisas mudaram, não é mesmo? -riu.- Onde vamos?
_ Aniversário do Rique.
_ De quem, Maria Luísa?
_ Henrique, pai. Henrique.
_ Acho bom. Cuidado hein, se aprontar já sabe.
_ Vamos que eu ainda tenho que passar em outro lugar antes de irmos.
_ Vai buscar alguém?
_ Vou mãezinha, minha gata.
_ Sua o que, Arthur?
_ Amiga (risos). Tchau, tchau. -se despediam.
_ Se não me atenderem quando eu ligar já sabem, né? -falei séria e os três assentiram.- Assim que eu gosto.
_ Uma sogra dessas bicho. -riu.
_ Ponho ordem, tá pensando o que (risos). E vocês, vão ficar em casa?
_ Não, mãe. Balada, eu tô de férias! 
_ Já? Não ia até dia 21?
_ Não, graças a Deus. Estou no momento de curtir as férias, começo hoje.
_ Hoje? E posso saber onde?
_ Caribbean, em Pinheiros. Mas venho dormir em casa com as meninas eu acho.
_ Tá bom. -falei voltando a prestar a atenção no meu filme enquanto eles subiram as escadas.


  Pensei comigo que agora os tempos são outros. Lembro quando eu estava nessa fase de chegar em casa, me arrumar e rua, balada, shows, festinhas em casa. Agora estou mais velha, casada, com filhos e são eles quem passam por mim dizendo que voltam no dia seguinte.
  Como só iria ficar em casa, Helena, Luan e eu. Não fiz janta, pedi comida japonesa e enquanto não chegava subi para tomar um banho.


_ Então não vou mais. Ai que saco.
_ Ah, para vai Melissa. Toda vez é isso, meu. Desencana da Bianca, eu nunca nem fiquei com ela... Tenho amizade, só.
_ Então sai com a sua amiga, eu não vou.
_ Bom, eu tô indo me arrumar. Se ainda quiser ir manda mensagem. -escutei ele dizer enquanto terminava de subir.- Tchau, sogra. 
_ Tchau, Leo. -disse indo para o meu quarto.
_ Eu não acredito nisso. Mãe! Você viu o que ele fez?
_ O que? -perguntei tirando o shorts saia e as alças do body.
_ Preferiu ir com a amiga dele, aquela vagabunda.
_ Você tem que entender que seu namorado sempre foi amigo dela desde a faculdade, fim.
_ Mas mãe.
_ Ele não te chamou pra ir junto? Qual o problema?
_ Eu não gosto dela, esse é o problema.
_ Também já não gostei de muita amiga do seu pai, mas sempre quando elas saiam e eu tinha a oportunidade de ir junto... eu ia. E ia bem linda, no salto, maquiada e fazia o meu papel de namorada.
_ Tá dizendo que eu tenho que ir?
_ Eu iria. -falei tirando o body, sutiã e indo para o banheiro descalça. Encostei a porta, abri a chuveiro e entrei devagar, lavando o rosto e molhando o pescoço, sem molhar os cabelos. Ensaboei todo o corpo, enxaguei e sai depois de escovar os dentes.
_ O que deu na sua filha?
_ Melissa é igual você, chata.
_ (riu) Por que?
_ Bianca, conhece?
_ Ah, amor. Eu entendo minha filha.
_ Entende porque você era assim com todos os meus amigos, todos. Principalmente o que você nunca nem tinha falado. 
_ Você tinha vários amigos coloridos, muitos deles você já tinha ficado sim.
_ E daí, eu não estava com você?
_ Estava, mas...
_ Mas nada, bobão. -ele riu.
_ Aconteceu mais alguma coisa?
_ Ele falou pra ela que a Bianca iria sim, e que se ela quisesse ir era pra mandar uma mensagem pra ele.
_ Cara folgado.
_ Folgada é ela. Ué, igual eu e você. Se não quiser ir, fica. 
_ Tá bom, vida. Tá bom.
_ A comida chegou?
_ Sim, tá na mesa já.
_ E por que você subiu?
_ Pra colocar a Leninha na cama, ela apagou e nem tomou banho.
_ Amanhã é sábado, ela toma. -disse me secando, depois entrei no closet e peguei uma camisola para vestir.
_ Bons tempos aquele em que você dormia sem calcinha.
_ Agora essa casa vive cheia, não fico tão a vontade. 
_ Ah, mas hoje está só a gente.
_ Quem sabe, né? -pisquei e vesti a peça íntima.


  Descemos, colocamos as coisas em cima da mesa de centro e nos sentamos no chão. Luan abriu o vinho e encheu nossas taças, entregando uma a mim e erguendo a dele pra brindarmos.

_ Nem lembrei de falar, minha mãe ligou e disse que chegam amanhã de madrugada.
_ Tá bom, eu busco eles no aeroporto.
_ Disse ela que não precisava, que seria incômodo e essas coisas.
_ Não, pô. Eu vou sim. Você vai comigo?
_ Não sei, depende se minhas crianças vão sair né.
_ Também não é festa, né? Todo dia agora?
_ Eles estão na idade.
_ Vai nessa viu. -disse voltando a comer e eu fiz o mesmo. Ficamos nesse clima tranquilo, quando bateu o sono guardamos as coisas, apagamos as luzes e subimos para deitar e dormir.





Narradora
  Enquanto o casal Luan e Fernanda dormiam, os filhos mais velhos se divertiam. 
  Arthur comemorou por ter conseguido o carro já que ele havia combinado de passar na casa da Julia para levar também ela e a irmã para a mesma festa.


_ Por que eu tenho que ir atrás no carro do meu pai? -Maria Luísa perguntou antes de entrar no carro e bater a porta.- Hein?
_ Vou buscar duas amigas, uma delas vai na frente.
_ Sua namoradinha, é?
_ Não. -respondeu prestando a atenção no trânsito, entrou em algumas ruas e estacionou em uma bem movimentada, de frente para uma casa. Pegou o celular e discou o número da Julia.- Oi, tô aqui já.
_ Tô colocando o sapato só, me espera?
_ Espero, espero sim. -e desligou.
_ Além de vir buscar a bonita, ainda tem que ficar esperando. Você não é taxista não. -Malu disparou a falar e Arthur fingia não ouvir. Cerca de dez minutos depois Julia desceu os degraus com a irmã, Camila.
_ Oi, Arthur. -deu um selinho e sentou no banco do carona.- Oi meninas.
_ Oi. -Malu respondeu seca.- E aí, podemos ir ou ainda falta mais alguém?
_ Desculpa a demora, eu acabei me atrasando. -disse sem graça, Malu continuou encarando Julia e voltou a conversar com a amiga.


  Com o carro rodando outra vez seguiram para o sobrado onde aconteceria a festa. Ao chegarem no condomínio, Arthur se identificou na porta, seguiu até o endereço,  estacionou e todos desceram.

_ Eu não gostei dela. -Malu sussurrou para Carol enquanto entravam na casa.
_ Mas vocês nem se conhecem.
_ Por isso mesmo, cara de nojenta. -torceu o nariz.
_ Aí amiga, deixa de loucura. Vamos curtir a festa.
_ Quero.


 Assim que entraram foram cumprimentando o pessoal que em sua maioria eram da escola onde estudavam e chegaram até o aniversariante, Henrique que estava completando 18 anos.

_ Maluzinha, até você veio? -disse abraçando ela pela cintura.- Tá linda. -beijou seu rosto e deu uma piscadela.
_ Já pode soltar já. E aí irmão, parabéns. -se abraçaram.
_ Valeu, valeu. Fiquem a vontade, tem a mesa com arroz, saladas e farofa... a carne está assando e as bebidas estão naquele freezer.
_ Tem refri, né?
_ Tem o que você quiser. -falou alisando seus cabelos. Arthur não viu por estar falando com Julia, Camila já estava com os outros amigos e Carol segurando vela.- Até você veio Carol?
_ Era para estarmos dormindo (risos).
_ Que dormir o que, hoje é dia de festejar.
_ Queremos. -disseram juntas.


(...)

  Leonardo foi pra casa, tomou um banho, se trocou e desceu para comer alguma coisa antes de ir. Ainda conversou com o pai, o irmão e recebeu o telefonema de Bianca confirmando o horário em que ele iria buscar ela.

_ Ah, mas você ainda vai passar na sua namorada pra depois vir pra cá.
_ E vou, mas é coisa rápida. Ela já deve estar pronta...
_ Ela não falou nada de eu ir?
_ Vocês duas são foda, enchem o saco.
_ Nada a ver, ela é que não me suporta. Eu não tenho nada contra ela, nadinha.
_ Isso é bom, ótimo.
_ Trouxa. Vou me arrumar, tchau loiro.
_ Tchau. -desliguei.- Ah, meu deus!
_ O que? 
_ Tenho uma namorada ciumenta, muito ciumenta e chata com isso.
_ Ô filho, é normal.
_ Não, mãe. Não é normal. Eu tô namorando com ela mais de três anos, estudei com a Bianca alguns anos e é só amizade. Eu não traio a Melissa não.
_ Vai ver ela é insegura com isso.
_ Ou muito mimada. -falou beijando o rosto da mãe e indo escovar os dentes.
_ Se cuida meu filho, vai com Deus. -o beijou na testa e acompanhou até a porta, esperando que ele entrasse no carro e seguisse.


  Melissa havia terminado seu banho, trocado de roupa e estava sentada na cama tentando falar com Leonardo. Mas ele não atendeu por estar dirigindo, só retornou a chamada quando estacionou em frente a casa dela.

_ Oi. -ela atendeu.- Eu estava te ligando.
_ Estava dirigindo, vim te buscar.
_ Mas você nem sabe se eu vou.
_ Desce aqui, vamos conversar...
_ Não quero conversar.
_ Ô loira, não complica. Tô te esperando, tá? -Melissa desligou e riu, pegou a bolsa e desceu indo para o carro.- Ué, pensei que ia te encontrar de pijama.
_ Eu já estava pronta, queria fazer um drama. -sentou pondo o cinto de segurança e guardando a bolsa no porta luvas.- Vamos buscar a Bianca?
_ Olha a Bianca é minha amiga e você minha namorada, acabou hein.
_ Você é um grosso.
_ Tô sendo sincero, não tem necessidade de tanto ciúmes.
_ Ah não?
_ Não. 
_ Tá bom.
_ Desfaz esse bico, vai. Estamos indo distrair, dar risada... 
_ Serei sociável, até cumprimento sua amiga. Só pra você ficar feliz.
_ Obrigado, eu te amo. -apertou as bochechas dela e voltou a dirigir. Pegaram a avenida principal e seguiram primeiro até a casa de Bianca e depois para a região da Pinheiros.





Narrado por Maria Luísa
  A festa estava muito boa, os amigos do meu irmão eram todos legais e das meninas que estavam junto conosco agitavam demais e depois que enchemos a barriga de carne e já ter passado da meia noite, nós fomos dançar.
  Dançamos um tempão, zoamos muito também. Sentei um pouco e fiquei encostada na Carol que estava no celular falando com o namoradinho.


_ Ele ficou te olhando. -Carol falou pra mim rindo.
_ Também percebi e se ele quiser, eu quero.
_ Doida (risos). Olha o que o Vi me mandou. -mostrava a mensagem e eu ajudando ela responder.
_ Tô indo lá no banheiro, já venho. -levantei e desviei de algumas pessoas antes de entrar na casa e seguir o corredor que dava acesso ao banheiro.
_ Tá perdida, Malu? -escutei a amiga do meu irmão perguntar.
_ Queria usar o banheiro, mas tem gente aqui.
_ Tem outro banheiro lá em cima, eu te levo lá. -e saiu me puxando pela mão, entramos no banheiro juntas, ela ficou no espelho de arrumando e eu fazendo xixi.- Te espero aqui fora, tá? -e saiu. Coloquei a roupa, dei a descarga e lavei as mãos antes de sair.
_ Pronto, valeu. -estávamos descendo quando encontramos com a Henrique que ia subir, mas parou na escada. A amiga do meu irmão passou e ele entrou na minha frente.
_ Quantos anos você tem?
_ É a segunda pessoa que me pergunta isso hoje, sabia?
_ Bem novinha, né?
_ 14.
_ Não quer ir ali?
_ Com você? Se meu irmão sonhar...
_ Ele não vai nem saber. -pegou na minha mão e descemos, indo para os fundos onde parecia ser uma lavanderia e tinha um outro cômodo atrás.
_ Mas aqui embaixo?
_ Relaxa. -ele disse pondo a mão no meu pescoço e dando um selinho na minha boca. Eu não tinha experiência nenhuma em ficar com garotos, tinha beijado duas vezes só e a pessoa tinha a mesma idade que eu, e não teve esse negócio de ficar passando a mão aqui ou ali. Henrique não. Ele segurava com mais firmeza meus cabelos, descia uma das mãos para a cintura e a outra até minha bunda e eu senti uma coisa estranha. Cheguei até abrir os olhos, ele riu e deu uma mordida nos meus lábios.- Tá tudo bem?
_ Tá, por quê?
_ Nada não. -disse voltando a me abraçar e passar os lábios no meu pescoço, arrepiei outra vez. Continuamos nos beijando, mas meu celular começou a tocar e eu tive que atender.- Oi Carol.
_ Onde você está maluca? Seu irmão perguntou de você duas vezes e eu falei que você ainda estava no banheiro.
_ Depois eu te conto, já já eu volto.
_ Malu.
_ Oi. -Henrique revirou os olhos, rindo.- É sério, eu já volto.
_ Tá bom, vou no banheiro também. 
_ É a Carol, né? -assenti.- Vem cá. -nos beijamos outra vez e depois disso ele voltou para o quintal e eu encontrei com a Carol na fila do banheiro.
_ Você some e nem avisa.
_ Ele me pegou no meio do caminho.
_ Meio do caminho?
_ Não dá pra falar aqui, mas só te digo uma coisa. Ele beija bem (risos).
_ Isso é bom, muito bom. -comemoramos. Carol usou o banheiro e eu aproveitei para retocar o batom e voltarmos para a mesa onde estávamos antes.
_ Não senta não, vamos dançar. -a menina que me mostrou o banheiro disse.
_ Como é seu nome mesmo?
_ Larissa.
_ Beleza, vou só pegar um refri.
_ Você não bebe?
_ Não, não curto. -ela ficou de boca aberta, mas levou numa boa. Depois de matar minha sede me juntei a elas e ficamos dançando e cantando e tirando fotos, até meu irmão decidir que era hora de irmos pra casa. Aí a gente deu tchau pra todo mundo, nos despedimos também no Henrique que nos levou até a porta e entramos no carro para ir pra casa.
_ Sua irmã vai ficar? -Arthur perguntou pra Julia.
_ Vai sim, ela vai embora com o Mateus.
_ Entendi. -riu.- Então bora, né?
_ Sim. -falei tirando o celular do bolso, olhei as fotos que havia tirado e postei uma delas antes de dar uma fuçada na rede e deitar no ombro da Carol.

Quando seu irmão salva sua noite. ❤ #boamadrugada


  O Tutu ia deixar a chatinha em casa, mas quando parou em frente a casa dela os dois desceram pra se despedir e eu liguei o som, baixinho, e comecei a pra Carol como tinha sido beijar o Henrique. Ela riu muito, disse que eu era muito tímida pra essas coisas. O que não era mentira.
  Meu irmão voltou pro carro, aumentou a música e voltamos na santa paz para casa. Ainda esperamos ele estacionar, fechar todo o carro e daí entramos em casa, fechamos a porta e partimos para o quarto.


_ Como que fala?
_ Vai dormir, Arthur. -falei depois de dar um beijo na bochecha dele e fechar minha porta.- Amiga quer tomar banho?
_ Não, eu só quero dormir.
_ Eu também, vou só colocar um pijama e cama.


  Nos trocamos e quando eu estava deitada na cama, tinha acabado de apagar a luz, minha irmã me liga falando que tinha esquecido as chaves de casa e me pediu pra abrir a porta.

_ Por que não dormiu na casa do Leo?
_ Porque eu tenho casa, ué. Tchau, amor.
_ Tchau, loira. Tchau, cunhadinha.
_ Tchau, vai com Deus. -falei acenando, Melissa entrou e ainda me fez esperar por ela pra subir.
_ Chegaram agora também, é?
_ Sim e você não sabe o que eu fiz.
_ Ai, o que Malu?
_ Não conta pra ninguém, se não eu não te conto mais nada hein.
_ Tá, fala logo.
_ Fiquei com o Henrique.
_ Maria Luísa, ele tem 18 anos. É um gatinho, mas é mais velho.
_ A gente só beijou.
_ Só? Não rolou mãos bobas?
_ Não! Tá doida? Ele foi o segundo menino que eu fiquei.
_ Hm... o que você achou?
_ Bem melhor, ele beija gostoso eu fiquei com a garganta seca.
_ Mas gente, Arthur vai te matar.
_ Não vai matar porque ele não vai nem saber. Eu te contei porque você é minha irmã mais velha.
_ Não vai contar pra mãe?
_ Ela não vai me dar sermão, né?
_ Não. Ela não é assim, você sabe.
_ As pessoas mudam.
_ É, mas ela já teve sua idade assim como eu também tive.
_ E se ela contar pro pai?
_ Ela não vai, relaxa. -riu.- Vou tomar banho, depois a gente conversa mais.
_ Tá, boa noite.
_ Boa. -falei indo para o meu quarto.- Carol eu contei pra minha irmã.
_ Louca! E ela?
_ Melissa é de boa, não gosto de esconder as coisas dela. Senão num dia em que fizer alguma besteira e você não puder falar comigo eu vou morrer engasgada (risos).
_ Faz sentido. Mas agora vamos dormir, tô morta. -dizia ela bocejando. Entrei debaixo da coberta também e fechei os olhos, dormi.








~.~
   Eu amei esse capítulo, amei cada pedacinho dele. ❤ 
   Amei nosso casal numa vibe mais tranquila e os filhos "pegando fogo" a começar pela Malu que ficou com o amigo do irmão, mas foi uma coisa light. Arthur se sentiu mais velho ao dirigir o carro do pai e ter que olhar a irmã e a amiga da irmã, fora dar atenção pra Julia. E por último e não menos importante, nosso casal Menardo em uma quase DR. 
  Melissa é o Luan todinho, como pode?


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Capítulo 244

Narrado por Fernanda
  Olhei outra vez e guardei bem cada detalhe. Tênis social, calça jeans escura e camisa social com as mangas dobradas e os dois últimos botões abertos. Respirei fundo e aquele perfume tão masculino e excitante encheu meu peito e automaticamente umedeceu minha calcinha. Caminhei até ele e abri um largo sorriso ao ver quem estava ali na minha frente com aquelas flores, muito lindas por sinal.


_ Amor, que surpresa boa. -o abracei pelo pescoço e lhe dei um beijo, mas escondi o rosto em seu peito quando notei que todos estavam olhando.
_ Vim ver se estava tudo em ordem por aqui. -piscou e eu ri.- Aproveitei e trouxe essas rosas, achei lindas.
_ Hm, só isso?
_ Não quer conversar aqui, não é?
_ Não, vamos para a minha sala. -falei dando as costas para ele e seguindo para a minha sala, esperei ele passar por mim e fechei.- E então, senhor? O que deseja?
_ Você. -deixou as flores em cima da minha mesa e veio até mim sem cerimônia, me deu uma juntada daquelas que arrancavam suspiros e trancou a porta.
_ O que você está fazendo, Luan?
_ As pazes. -beijou todo o meu pescoço, passando a língua e mordiscando minha pele sensível que estava toda arrepiada.- Desculpa por ontem, eu me descontrolei.
_ Uhuum... depois a gente conversa, é melhor. -falei levando as duas mãos até o pescoço dele o puxando-o para um beijo cheio de desejo e excitação. Ele me prensou na porta e me beijava com toda vontade, puxei seus cabelos com uma das mãos e com a outra desci até sua calça.- Gostoso. -ri ao sentir seu pau duro dentro da calça, seu volume era de encher a boca d'água.- Vou te chupar inteiro. -apertei e ele gemeu rouco no meu ouvido, sorri.
_ Quem vai te chupar inteira sou eu. -disse voltando a me beijar e prensar na porta. Com as mãos livres e com cuidado para não estourar, fui abrindo os botões da camisa e me livrando dela em poucos segundos.
_ Quero muito. -falei arranhando seu peito, empurrando-o para que eu pudesse tirar o vestido, já que o casaquinho estava atrás da minha cadeira. Luan subiu a mão por minhas coxas, levantou a base do vestido e foi subindo aos poucos. Senti minha bunda gelada contra a porta, seguido por um ventinho na minha barriga e logo meus seios arrepiados.
_ Essa sua lingerie é uma das que eu mais gosto. -falou inspirando o meu cheiro entre os seios e passando a língua.- Destaca nessa sua pele branquinha. Ah, Fernanda. -acariciou seu pau, abrindo o botão da calça e descendo o zíper, respirando um pouco mais aliviado.
_ Gostou? Ela ainda combina com o salto.
_ Eu adoro te pegar assim de jeito e você toda sexy. -sussurrou no meu ouvido antes de me pegar no colo e me levar até a mesa.
_ Amor, minhas coisas... -ele todo cuidadoso deixou tudo de lado, em um canto deixando todo o restante livre. Sentou minha bunda sobre a mesa e foi deitando seu corpo por cima do meu, me beijando e acariciando minha boceta. Tocando, indo de uma ponta a outra e ainda me beijando.- Hm... -gemia entre um beijo e outro, ergui o quadril e senti minha calcinha sendo colocada de lado.
_ Essa mesa é perfeita. -disse rindo. Ficou em pé, fechou minhas pernas e levantou minha bunda, descendo a calcinha por minhas pernas.- Porra! -deu estava pulsando, pulsando e muito mais que excitada. Luan dobrou minhas pernas levando meus joelhos até a altura dos seios e me abrindo como uma flor, soprou seu hálito fresco e gelado antes de me lambuzar mais com sua língua e me chupar toda. Fechei os olhos e me permiti ter a sensação de querer gemer, gritar seu nome e ter que manter calada por estarmos na minha sala em horário comercial, sabendo que tinham pessoas passando a todo momento. Ele ia fundo com sua língua, sentia espasmos musculares, um calor que não cabia em mim até que cheguei ao ápice. Abri os olhos com a vista um pouco embasada, ele sorriu e me beijou.- Você nunca me decepciona. -e me penetrou, ele parou por alguns segundos, inspirou fundo e mandou ver bombando cada vez mais rápido e firme. Eu notei as coisas se mexendo em cima da mesa, mas no momento era o que menos importava... meu corpo ainda não havia se recuperado do primeiro orgasmo, mas com seus estímulos eu segui para o segundo e não controlei o gemido.- Cala a boca. -tapou meus lábios com as mãos, rindo.- Fica de quatro.
_ Fico do que você quiser. -disse rindo.
_ Safada! -deu um tapa na minha bunda, um de cada lado e socou outra vez, puxando meu rabo de cavalo com força.
_ Ah! Luan... -eu gemia.
_ Quietinha, fica quietinha. -ele era uma máquina, e eu gostava demais disso. Escutamos batidas na porta, mas não liguei, continuamos assim até gozarmos juntos. Deitei em cima da mesa e ele me pegou no colo, indo até a poltrona, tirou meu sutiã e beijou meus seios, mamou feito um bezerrinho e me deixou quicar em seu colo ao meu ritmo, rápido e fundo.- Ah, Fernanda. -puxou meus cabelos outra vez e beijou minha boca, descendo os beijos por meu pescoço e deixando mordidas onde depois com o vestido não apareceriam.- Isso, assim que eu gosto. -segurei eu mesma meus cabelos, deixando que suas mãos me mantivessem equilibrada e continuei mesmo sentindo meu corpo contrair e o apertar dentro de mim cada vez mais, aumento o ritmo e mordendo seu ombro para não me exceder quando veio o tão familiar orgasmo.
_ Por que você faz isso comigo hein? Eu estava trabalhando. -ele riu.
_ Porque é disso que você gosta. -nos beijamos.- Seu telefone está tocando.
_ Deixa tocar, estou ocupada demais para atender. -disse me colocando de pé, ainda sob os saltos.- E os sapatos não saíram. -falei mostrando-os.
_ Isso enlouquece um homem. -passou a mão pelos cabelos, sorrindo daquele jeito canalha que eu tanto amo. Se levantou e se vestiu, mas continuou sem camisa.
_ Estou muito satisfeita em enlouquecer o meu. -pisquei procurando pelo meu vestido, minha lingerie e fui me recompondo aos poucos.- Quem te deu essa ideia hein?
_ Isso se chama vontade (risos). Que calor da porra, abre essa janela... aumenta esse ar condicionado, vida.
_ Daqui a pouco. -falei prendendo os cabelos, ajeitando a bagunça em cima da mesa e voltei a me sentar na cadeira.
_ Muito trabalho?
_ Emails, apenas. -disquei o ramal da recepção.- Oi Ana, você veio aqui na sala?
_ Nada importante, quer dizer... pra você, né?
_ Como assim? -ri.
_ Felipe chegou aqui com a desculpa de que estava por perto, pensou de vocês tomarem um café juntos. Falei que você estava com o seu Luan na sala e ele foi embora.
_ Ótimo, melhor assim mesmo. Beijo, tchau.
_ Tchau. -e desligou rindo.
_ Quem era?
_ Ninguém de importante. -dei de ombros, ele pegou o celular e eu voltei aos afazeres. Mas ficamos trocando olhares cúmplices, rindo e piscando um para o outro.





Narrado por Leonardo
  Não consegui ver minha namorada na quarta-feira, só conversamos por mensagem e ela estava tristinha. Parecia que não havia tido um bom dia e na quinta-feira quando nos falamos depois do almoço ela estava pior. Falei com o Cacá e sai do escritório mais cedo, passei em uma floricultura e comprei a ela um buquê de rosas amarelas. Ela sempre achou lindo.
  Entrei no carro, parei em uma loja e comprei chocolate também. E segui para a Company, irei lhe fazer uma surpresa.
  Chegando lá desci do carro depois de estacionar, cumprimentei o porteiro é entrei no elevador.


_ Segura aí, por favor. -escutei e coloquei a mão no sensor.
_ Você!? -perguntamos juntos, rimos.
_ Pô, sogro. Flores, também?
_ As vezes é bom, né (risos)? Você brigou com a minha filha, por isso está trazendo flores?
_ Não, sogrão. Longe de mim. Só estava com saudades, vim fazer uma surpresa.
_ Surpresa?
_ Sim. -disse enquanto o elevador subia.
_ Tô de olho em vocês, tá escutando né?
_ Claro que sim, vou ficar de olho nela também. -falei rindo e ganhei um tapa na cabeça. Chegamos no andar delas e meu sogro saiu na frente.
_ Aninha, linda. Cadê minha mulher?
_ Na sala deu seu Luan, pode entrar se quiser.
_ Não, não, não. Melhor... liga e fala pra ela vir aqui que eu tenho uma surpresa.
_ Tá bom. -disse olhando para mim.- E você, em que posso ajudar?
_ Tô procurando minha estagiária, Melissa.
_ Sua. -meu sogro riu.- Se liga, é da minha filha que você tá falando... rapaz.
_ Meu amor, ela.
_ Ela está na sala de reuniões com o outras duas estagiárias, segunda a direita a terceira porta. -dizia explicando o caminho.
_ Sabe se estão em reunião? -perguntei coçando a cabeça.
_ Não, estavam revisando alguma coisa. Pode ir lá.
_ Valeu. Tchau, sogrão. Boa sorte?
_ Mais respeito comigo moleque, ainda posso te matar por beijar minha filha.
_ Aí vai ter que se ver com ela. -rimos. Ele ajeitou a camisa e eu segui meu caminho. Fui olhando as portas e a tal dá sala de reuniões ficava mais no fundo, os vidros eram todos escuros e a porta mais claro. Bati na porta e esperei que abrissem.
_ Aí meu deus! Melissa! -a menina falou alto.
_ Para de gritar, quem tá aí na porta? -escutei sua voz e logo ela estava em pé na porta.- Meu loirão, você por aqui? -disse prendendo os cabelos novamente e olhando para a menina em seguida, ela entrou na sala de novo e nós nos olhamos.- São pra mim?
_ As duas coisas. -entreguei o buquê e os bombons em seguida.- Pra melhorar o seu dia. -pisquei.
_ Ah, que neném gente. -nos abraçamos, no caso eu a abracei e nós nos beijamos com calma, o famoso beijo de tirar o fôlego.- Já estamos terminando, quer entrar?
_ Eu posso?
_ Pode amor, vem, entra. -ela entrou e eu entrei em seguida encostando a porta.- Lari, Gabi... meu namorado, Leonardo. -apresentou.- Loirão, minhas amigas que se fodem comigo de segunda a sexta (risos).
_ Prazer, meninas. -as cumprimentei e continuei de mãos dadas com a Mel.
_ O prazer é nosso. -umas delas disse toda sorridente, Melissa apertou minha mão e eu dei risada.
_ Amor, se quiser pode sentar aqui e esperar... não vamos demorar muito.
_ Tá, prometo ficar quietinho. -dei um selinho nela e me sentei, tirei o celular do bolso e fiquei no Instagram. Elas voltaram a trabalhar e coisa de meia hora depois terminaram, foram cada uma ajeitando suas coisas e as meninas saíram.- E aí, melhorou?
_ Não, amor. Tá um saco. -fez careta.
_ Por que? O que tá pegando?
_ Já tem uns dias na verdade, você sabe que passamos todos os natais em família... ou na chácara ou em CG. E eu disse que não ia, que ia viajar com você.
_ Hm, e aí?
_ E aí que meu pai me deu um sermão, minha mãe me deu outro esporro ontem e eu fiz merda.
_ Que merda, Melissa?
_ Teve uma reunião aqui ontem e veio um cara que meu pai não suporta, mas ele é colega da minha mãe.
_ E o que isso tem a ver?
_ Tem a ver que ela chegou em casa com o perfume dele impregnado nela, na roupa sabe? E eu contei pro meu pai, mas de um jeito que ele ficasse com ciúmes. 
_ Porra, Melissa. Coisa de criança isso, quantos anos você tem meu? -perguntei irritado e ela só me olhou de lado.
_ Eu estava com raiva.
_ Ah e por isso tinha que jogar lenha para ver a fogueira acesa?
_ Tá, eu sei que foi errado. Mas na hora eu não pensei.
_ Tô vendo, né. Isso não foi certo mesmo não. Se desculpou?
_ Sim, mas eles já estão brigados ou seja... minha mãe não tá muito minha amiga. -disse recostando na cadeira.
_ Por isso você tá com essa cara?
_ Sim. -suspirou.
_ Não fica assim não. Por que não viaja com eles? Eu não ligo, por mim sem problemas... também vou viajar para a casa dos meus avós no interior, mas ano novo estamos ai gatinha.
_ Meu pai vai fazer show, eu vou. -falou toda bicuda, eu dei risada mordendo aquele bico todo.- Para, amor.
_ Tem lugar pra mais um nessa viagem?
_ Você quer ir mesmo?
_ Se eu não for com você, eu vou com os meninos pra Jurerê.
_ Onde só tem vagabunda. -falou revirando os olhos.- Não me olha com essa cara.
_ Tô aqui pensando num jeito de você fazer as pazes com a sua família. E outra, não deve ser tão chato se reunir com a família.
_ Falou o super sociável que não quis ir pra casa da titia fofoqueira. 
_ Ah, são casos e casos. -dei de ombros.- Sua família é grandona, deve ser bom demais.
_ Já entendi, Leonardo.
_ Ótimo. -beijei seu rosto.- Deixa eu te beijar direito, vem aqui.
_ Não, tá maluco?
_ Não, é só um beijo. Você tá muito gata com essa blusa e essa saia.
_ Também gostei, mas eu não vim só com ela não. Deixei o blazer na outra sala. -falou levantando da cadeira dela e sentando no meu colo.- Quer um bombom? -ofereceu abrindo a caixa.
_ Dá um pedacinho. -depois de desembalar e morder, deu na minha boca para que eu terminasse de comer. Quando tentou fazer isso pela segunda vez eu lhe dei um beijo, roubando-o da sua boca.- Esse é muito bom.
_ Bom mesmo é beijar sua boca. -Melissa cruzou as pernas ainda sentada no meu colo e continuamos a nos beijar, aquele beijo que vai acendeu partes do corpo e deixando-o em estado de alerta.- Amor, sossega... tô sentindo seu brinquedo já.
_ Talvez se você não ficasse roçando a bunda eu não estaria excitado.
_ É que me deu vontade. -riu.- Deve ser muito gostoso transar aqui nessa sala.
_ Tá falando agora?
_ É, você topa?
_ Vontade eu tenho, mas seu pai tá por aí...
_ Você é mole demais tem horas. -deu risada se levantando, foi até a porta e trancou, mexeu em outra coisa a iluminação diminuiu. Melissa caminhou na minha direção e segurou nos braços da cadeira me encarando diretamente nos olhos, beijou minha boca e deixou uma chupada nada delicada no meu pescoço, seguida de uma mordida.
_ Filha da puta, vai me deixar marcado.
_ E daí? Só eu que vou ver mesmo. -riu se sentando em cima da mesa, aproximei mais minha cadeira e segurei em suas coxas, levei uma das mãos até seu pescoço e a puxei para mim voltando a beijar e morder aqueles lábios macios e um tanto convidativos. Excitação naquele momento era o meu sobrenome, ainda beijando Melissa abri o botão da calça e desci meu zíper.
_ Vem mais pra frente, loira. -subi sua saia e tirei sua calcinha colocando-a no meu bolso da frente.- Cheirosa. -Melissa prendeu a respiração e ficou me olhando, ri.
_ Olha lá hein...
_ Atiça depois quer correr? Nada disso, vem cá... deixa eu te tocar. -falei levando minha mão entre as pernas dela, tocando sua pele sensível e pouco úmida.- Melissa, relaxa amor... -beijei seu pescoço e continuei tocando devagar, espalhando sua excitação.
_ E se chega alguém? Hein?
_ Você quem propôs. -falei rindo, me divertindo a situação de estar se aventurando.- Isso, relaxa. -Melissa colocou as duas mãos para trás, inclinando o corpo e trazendo seu quadril para mais perto. Enfiei um dedo, devagar e chupei com calma, sentindo seu gosto e deixando-a deslizando. Escutei seu gemido abafado e continuei, mantendo o mesmo ritmo da língua e do dedo.
_ Ãn! Ah... Leo... -ela estava mordendo os lábios, rebolando e de deixando louco de tesão por ela.- Leonardo... -senti meus cabelos serem puxados com força.- Ah! Nossa, meu... Hm... Hm... -seu músculo contraia e relaxava, uma e outra vez, e de novo até que senti seu gozo na minha língua e continuei chupando, engolindo tudo.- Não, não, não... -pedia tentando fechar as pernas, mas eu as mantive no mesmo lugar e não parei até que ela gozasse de novo.- Ah, Leo... -toquei seus seios, massageando-os e voltando a beijar sua boca, fazendo com que ela sentisse o próprio gosto.- Hm... amor.
_ Fala, loira.
_ Quero descer daqui, morro de medo de cair. -ela desceu de cima da mesa e pegou na minha cintura, deixando meu quadril apoio sobre a mesa e seu corpo colado de frente para o meu.- Você é demais.
_ Eu sei (risos). Te amo (selinho). -abracei sua cintura e voltamos aos beijos, seus dedos começaram abrir minha camisa e não demorou para que eu sentisse suas unhas arranhar meu peito, abdômen e descer até minha cueca.- Isso, Melissa.
_ Fala baixo, por favor. -pedia receosa, me massageando e abaixando, acompanhei seu olhar. Ela ficando de joelhos e pondo a cabeça do meu pau na boca, sugando.
_ Melissa... -arfei e ela sem deixar de me olhar continuou, passou a língua na extensão toda até minhas bolas e voltou a me chupar com mais força, engolindo mais. Segurei seu rosto dos dois lados e comecei a me movimentar. Seus olhinhos brilhavam e eu não parava, sua boca pequena me apertava sem pena, com força.- Assim... -ela cravou as unhas na minha cintura, indo até o fundo da garganta e voltando devagar, olhando sempre nos meus olhos.- Hm... minha loira, não para não... -meu pau pulsava dentro da boca dela e cada vez que ela apertava os lábios em volta eu gemia mais, mais e mais até gozar e ela se levantar normalmente, sorrindo e me beijando. Não falei nada, apenas a virei de costas pra mim e de frente para a mesa, levantei sua perna esquerda tendo a visão perfeita não só de sua bunda, mas também da boceta pulsando, abrindo e fechando, toda molhada. Dei algumas pinceladas antes de enfiar todo o pau nela que gemia muito, me pedindo pra ir mais rápido.
_ Leo! -tapei sua boca metendo com força.
_ Não grita, loira. -levantei sua outra perna deixando-a de quatro e foi melhor ainda, eu amava aquela posição e ela também já que rebolava no mesmo ritmo que eu.
_ Mais rápido, vai Leo.
_ Apressada você né?
_ Você nem imagina, amor.


  Não que relacionamentos dependa de sexo, mas ele melhora e muito. Puta que pariu, não tinha como negar. Ficamos mais de uma hora dentro daquela sala, em cima da mesa, da poltrona, em pé escorados na janela vendo o sol ir embora e deitados no carpete. Estávamos satisfeitos, a aventura foi boa e nos proporcionou uma adrenalina incrível.

_ Poderíamos fazer isso mais vezes. -falei rindo enquanto ela corria para se vestir. 
_ Tá maluco, se minha mãe fica sabendo eu nem sei. -ajeitou a saia, colocou os sapatos e correu para a frente do espelho da janela para arrumar os cabelos.- Vai ficar aí sentado me olhando?
_ Tô me recuperando. 
_ Se recupera depois, meu gestor já deve ter voltado para a sala e eu aqui ainda. -arrumava os papéis que tinham ficado com ela, pegou o notebook e ficou olhando de um lado pro outro atrás do celular.- Amor, tô marcada?
_ Não onde dê pra ver. -pisquei.
_ Engraçadinho, vamos...
_ Você já vai embora agora? -perguntei ajeitando o relógio.
_ Espero, não tenho mais nada pra fazer aqui e tô morrendo de fome.
_ Pizza Hut? 
_ Adoraria. Vem... -disse apagando as luzes e me deixando para trás, peguei as flores, bombons, meu celular e abri a porta da sala. Tinham duas mulheres na sala da frente olhando, mandei um beijo e esperei por Melissa que trancou a porta e foi na frente.- Ana, aqui a chave da sala.
_ Obrigada.
_ Espera aqui que eu já venho. -falou me dando um selinho e saindo apressada. 
_ Chocolate? -ofereci para a recepcionista.
_ Não, obrigada. -e ficou me olhando, pisquei e ela ficou vermelha feito um pimentão.
_ Leonardo, você por aqui? -olhei e era minha sogra com um sorriso enorme e meu sogro vinha atrás me olhando todo desconfiado.
_ Tudo bem, Fernanda? -nos abraçamos, beijei seu rosto e me afastei.
_ Ótimo. -sorriu.- Então hoje é o dia das flores? -mostrou o buquê dela.
_ Parece que sim (risos).
_ Está esperando a Melissa?
_ Estava, porque eu já cheguei. -disse sorrindo, já com o blazer e a bolsa em mãos.- Pai, você por aqui? Veio buscar minha mãe?
_ Vim te buscar também, mas parece que você já tem carona.
_ Vantagens de se trabalhar pertinho do namorado. -me deu um selinho.- Vão descer também?
_ Sim. -responderam juntos.
_ Então vamos, tchau Ana. 
_ Tchau, Ana. -me despedi indo para a porta do elevador de mãos dadas com a Mel.- Calor da porra.
_ Xiiiiiu, fica quietinho amor. -beijou meu rosto.- Caladinho.
_ Tá bom. -meu celular começou tocar, atendi e era minha mãe.- Oi lindinha.
_ Você vem jantar em casa hoje?
_ Não sei não, vim buscar a Melissa e vamos passar no shopping.
_ Era só falar que não, menino complicado. -riu.- Estamos saindo pra jantar com a Cecília e a Ana Luísa, come na rua porque não tem comida pronta em casa.
_ Cadê aquele viado do Chris?
_ Vai trabalhar até mais tarde.
_ Sei bem o trabalho dele de hoje. -ri.
_ Ah, meu deus. Tchau, filho. Não vai beber viu, e manda um beijo pra Mê.
_ Pode deixar, fica com Deus.
_ Você também meu filho.
_ Amém, tchau. -e desliguei.- Minha mãe mandou um beijo.
_ Vou mandar um áudio pra ela depois.
_ Então vocês vão pro shopping?
_ Sim, papis. Vocês vão jantar fora também?
_ Vamos pedir pizza e comer em casa.
_ Então vamos lá pra casa, amor?
_ Pode ser, mas vamos passar no shopping antes que eu vou comprar um negócio.
_ Tá. Nos vemos em casa então, pai. -nos despedimos na portaria, fomos para o meu carro e de lá rumamos para o shopping.- Vai comprar o que?
_ Boné.
_ Não acredito, sério? 
_ Sério. -ri.- Por que?
_ Eu também quero um.
_ Melhor que roubar os meus.
_ Não roubei, só estou guardando no meu closet.
_ Se chama roubo. -falei olhando para ela.
_ Bobão. -disse pegando o celular.- Olha aqui, amor.
_ Não.
_ Leo!
_ Não, sem fotos. 
_ Chato. Você vai querer tirar fotos comigo e eu vou falar não também. Trouxa!
_ Que você escolheu como namorado (risos).
_ Amor, temos duas festas pra ir semana que vem.
_ Sexta eu não posso.
_ Por que não?
_ Fiquei de levar minha irmã, minha sobrinha e minhas cunhadas no cinema.
_ Cunhadas? Maria Luísa vai também?
_ Sim, algum problema?
_ Não, é que ela dificilmente quer fazer coisas de criança.
_ Sua irmã é uma criança. -falei rindo.- Ela só não acha isso.
_ Ah, nem eu na idade dela achava né amor.
_ Fases da vida. Mas fala aí que festa é essa.
_ Da empresa, uma no sábado e outra na sexta. Queria que você fosse comigo, mas você não vai... eu vou chamar as meninas.
_ Para os dois dias?
_ É. Mas nada te impede de ir, será muito bem vindo.
_ Depende, quem vai de homem?
_ Meu pai, meu padrinho, Arthur... meu avô chega esse final de semana pra ir também. Vai ser um baile de máscaras... -ela começou a contar e foi o caminho inteiro falando, até mesmo depois de que estacionei e entramos no shopping.


  Demos um giro, passei na loja que eu queria comprar o boné e ela saiu de lá com cinco sacolas, fora que me fez andar com ela nas lojas de roupas sociais.

_ Ô loira, você não estava com fome? -perguntei vendo ela provar o sétimo vestido e me fazer a mesma pergunta.
_ Estou otimizando meu tempo.
_ Puta que pariu, tem quinhentos vestidos naquele guarda roupa...
_ Você não sabe como vai ser minha máscara, pode ser que não combine. Não é? -perguntou para a vendedora que não era idiota e concordou com ela.- Mas você não me respondeu. Ficou bom?
_ Ficou, lindo.


  Melissa encontrou o vestido que queria e quis escolher o sapato, rodamos mais de uma hora. Até mandei mensagem pro meu sogro falando que íamos demorar e que se quisessem poderiam ir comendo.

_ Que foi, amor?
_ Que foi que eu tô com fome.
_ Quer comer e depois a gente procura meu colar? -ela veio me beijar, mas não se atreveu porque eu estava de cara feia.- Tá bom, podemos ver o colar na semana que vem. Eu venho com a Malu.
_ Ótimo. -falei levantando do banco de "espera" e indo na direção do restaurante.
_ Onde nós vamos? No Pizza Hut?
_ Burger King, topa?
_ Lanche? Refrigerante?
_ Uma delícia, vamos.

Deixei ela esperando na mesa e eu mesmo fiz e aguardei nossos pedidos. Peguei a bebida e quando sentei ela estava no snapchat, contando das flores e dos bombons.
_ Ele não parece, mas é romântico as vezes. Eu não esperava nem ver ele hoje, aí recebi flores e ainda faltei na faculdade.
_ Coisa feia, deveria ter vergonha disso.
_ Não, eu queria ficar com o mozão. 
_ Ownt, que linda. -abri meu lanche e dei a primeira mordida.- Para de gravar, vai comer.
_ Tá, tô indo papai.
_ Besta.


  Comemos, fomos na bilheteria onde já comprei os ingressos para sexta-feira e seguimos direto para o estacionamento. Passei para deixar ela em casa e fui embora para a minha humilde residência.
  Cheguei e corri pro chuveiro, tomei um belo de um banho, vesti uma samba-canção e fui tirar as roupas da cama e jogar no cesto de roupas sujas. Enfiei a mão nos bolsos e achei a calcinha da Melissa, joguei de volta na cama e antes de apagar as luzes e deitar, tirei uma foto e mandei mensagem pra ela.






~.~
   
   Primeiro quero agradecer quem não me xingou por pensar que era o bonitão do Felipe quem levou as flores, segundo... que safadeza foi essa do sr Santana? A greve que ele mesmo decretou não teve duração nem de 24h. KKKK amo esse casal. 

   Gente, eu tô é morta! KKKK 
  Filho de peixe, peixinho é. Não é mesmo? rs
  O que foi esse hot Menardo? Melissa se aventurou real, pegou o boy na sala de reuniões e em horário de expediente. Sortuda! KKKK



  Olha, não sei vocês. Mas eu já quero continuação. Quem vem comigo? Bj, até mais. ❤

domingo, 19 de novembro de 2017

Capítulo 243

Narrado por Fernanda
  Luan deitou na cama e de costas pra mim, virei para ele e o abracei pela cintura, dando um beijo em suas costas.


_ Te amo, tá? -ele se mexeu todo, virou para mim e beijou minha testa desejando uma boa noite.- Boa noite, vida. -e me abraçou, dormimos bem agarradinhos sem nos incomodar com o calor que fazia.

  Algumas horas mais tarde o despertador tocou, coloquei na soneca umas três ou quatro vezes e por fim acordei. Luan ainda estava abraçado a mim, com a cabeça em meu peito e dormindo feito um bebê. Com jeitinho pedi para ele me soltar, falei "bom dia" e sai debaixo do edredom. 
  Ainda estava escuro, mas era hora de levantar. Tomei um banho quente, coloquei um vestido fresquinho e calcei os chinelos antes de ir acordar a Nena.
  Entrei no quarto dela, acendi a luz e me aproximei da cama acordando-a.


_ Mamãe, minha garganta tá doendo.
_ Onde?
_ Bem aqui. -colocou as duas mãos no pescoço.- Tá doendo muito.
_ Abre a boca, deixa a mãe ver. -ela assim fez e percebi uma irritaçãozinha na garganta dela. Mesmo assim lhe dei um banho rápido, coloquei uma calça legging e uma bata, calcei o tênis, penteei seus cabelos e pedi que me esperasse na cama enquanto eu acordava os irmãos dela.- Malu? -cutuquei outra vez e nada.- Filha!?
_ Hm... aí mãe, tá doendo tudo.
_ Tudo o que?
_ Minha cabeça e eu tô com frio, muito frio.
_ Frio, Maria Luísa?
_ É. -coloquei a mão em sua testa e ela estava muito quente, suando.
_ Você está com febre, vem... vamos tomar um banho frio.
_ Mãe... -resmungou querendo chorar.
_ Tô querendo te ajudar, vem... levanta, filha. -com muito custo ela levantou e seguiu para o banheiro devagar, acabei ajudando-a tanto para tirar a roupa quanto para agilizar no banho.- Consegue se vestir sozinha?
_ Posso pôr outro pijama?
_ Não, coloca uma calça e uma camiseta.
_ Eu tô com frio.
_ Não pode esquentar a febre, eu já venho. -ao invés de acordar Arthur, eu tratei de acordar meu marido.- Amor.
_ Hm... o que foi?
_ As meninas não estão legais, vou levar as duas no médico. 
_ O que elas tem? Espera aí que eu vou junto. -disse se sentando na cama.
_ Malu está com muita febre e a Nena com dor de garganta.
_ Dá tempo de eu tomar um banho?
_ Uhuum, vou acordar o Arthur.
_ Tá bom. -respondeu bocejando. Sai do quarto outra vez e entrei no quarto do Arthur que já estava de banho tomado, com a toalha na cintura.
_ Bom dia, filho.
_ Ótimo dia, mãe. -beijou meu rosto.
_ Se importa de ir andando pra escola hoje?
_ Por que?
_ Suas irmãs não acordaram bem, seu pai e eu vamos levar as duas no médico.
_ O que elas tem?
_ Febre e dor de garganta, deve ser alguma virose... ou gripe.
_ Tá, de boa. Eu me viro, tem um ônibus que para de frente quase.
_ Vai direitinho hein, vou deixar seu café pronto.
_ Não precisa, eu como na escola.
_ Certeza?
_ Uhuum.
_ Então tá bom, me avisa quando chegar.
_ Beleza.


(...)

  Melissa estava dormindo quando saímos.  Tínhamos a vantagem de estar cedo, mas ainda assim houve uma pequena demora por ser troca de plantão. Maria Luísa estava reclamando de frio, ainda mais com o ar condicionado do hospital bem geladinho. E Helena dormia no colo do pai, que também estava com carinha de sono.
  Quando a enfermeira chamou o primeiro nome, eu quem acompanhei. Maria Luísa foi examinada pelo médico, e não era nada grave. Apenas uma virose. Então não tinha muito o que fazer, foi receitado um remédio para baixar a temperatura e recomendado coisas simples para a alimentação além de ingerir bastante água.


_ E aí, o que ela tinha?
_ Virose. -respondi dobrando a receita e guardando dentro da bolsa.- Nada ainda?
_ Ela está dormindo, amor. Capaz do médico chamar agora...
_ Helena, acorda amor...
_ Não, mamãe. -resmungava.
_ É rapidinho, filha.
_ Não quero. -e os olhinhos foram enchendo d'água.
_ Helena Santana!
_ Vem com a mãe, vem. -troquei minha neném de colo e entramos na sala.
_ Oi, Helena. Tudo bem? -ela fez que não com a cabeça.- Não? Por que?
_ Tá doendo meu pescoço.
_ Onde está doendo? Posso ver? -ela olhou desconfiada, mas acabou deixando o pediatra dar uma olhadinha.- Abre bem o bocão.
_ Fala "Ah!" bem grandão. -pedi.
_ AH! -ela disse sem muita animação, o médico colocou um palito na língua dela e com uma laterninha olhou a garganta da bonita. 
_ Você tá sentindo dor, Helena?
_ Sim, no pescoço e meu nariz também.
_ Hm... -pegou o palito e jogou no cesto de lixo.- Mãezinha, não tem o que se preocupar tá? -assenti.- Ela está com uma pequena irritação, sim. Mas por conta de um começo de resfriado, o que é normal na idade dela.
_ Judiação ela ficar resfriada num calorzão desses. -ele sorriu.
_ Logo, logo ela fica boa. -disse prescrevendo o receituário.- Muita água, tá? Evitar coisas muito gelada e um antiinflamatório para a garganta dessa moça bonita.
_ OK. Não precisa de repouso, né?
_ Vai dela... mas pode ficar despreocupada que em uns dias tudo volta, não é Heleninha?
_ Sim. 
_ Mãe, essa aqui é pra você. -entregou a receita.- E esse aqui é pra você, lindinha. -entregou a ela um pirulito de coração.
_ Obrigada.
_ Magina, princesa. -piscou e se levantou para nos acompanhar até a porta, nos despedimos com um aperto de mãos e segui até a recepção onde Luan nos esperava.
_ Papai, ganhei um pirulito!
_ Tô vendo. -disse se levantando.- E aí?
_ Resfriado. Nada de sorvete, ouviram né? -falei sabendo que Luan tinha prometido levá-la até a sorveteria.
_ Ah, mamãe.
_ Você escutou o médico, mocinha. Não abusa.
_ Tá bom. -disse abrindo o doce enquanto íamos para o carro.
_ Precisamos passar numa farmácia, amor.
_ Tá bom, esperem aqui na frente que eu vou buscar o carro. -aguardamos na entrada, do lado de fora e uns cinco minutos depois ele parou para nós entrarmos.


  Passamos na farmácia, numa padaria e voltamos pra casa. Dei o remédio a elas depois que tomamos um café reforçado, deixei as duas bonitinhas e coloquei alarme no celulares da casa antes de ir para a empresa.

_ Bom dia, bom dia, bom dia. -dizia apressada, passando pelo pessoal.- Ana?
_ Oi chefe, bom dia.
_ Bom dia, me acompanha?
_ Claro, vamos lá. -seguimos para a minha sala, nos acomodamos e enquanto meu notebook ligava contei a ela o motivo do meu atraso.- Mas as meninas estão melhor?
_ Ainda não, dei o remédio agora antes de sair. Agora é esperar, né? Luan e a Maria estão lá com elas.
_ Se precisa ir embora, eu seguro aqui.
_ Relaxa, está tudo bem Aninha. Agora me conta como foi a manhã por aqui.
_ Nem deu tempo de acontecer muita coisa, mas participei daquela reunião semanal com os departamentos e tudo em ordem.
_ Ótimo.
_ Você organizou aquele coffee para mais tarde? 
_ O bonitão vem, né?
_ Confirmar ele confirmou, agora pode surgir algum imprevisto.
_ Tomara que não. Eu vou poder participar?
_ Vai, se quiser deixo até você conduzir.
_ Eu fico nervosa perto dele.
_ Besta.


 Passamos o restante da manhã trancafiadas na sala, mas foi produtivo. Deixamos toda a apresentação para mais tarde pronta. Saímos para almoçar, eu, Ana e Melissa. Aproveitei e liguei para saber como estavam as coisas em casa e Luan disse que as duas continuavam deitadas, que a Nena estava vendo desenho e a Malu estudando inglês.

_ Elas comeram?
_ Sim, dei na boca das duas. -riu.- Teve até vídeo.
_ Aí amor, que bobagem.
_ Depois que você saiu nós deitamos e dormimos.
_ Preguiçosos. Vou almoçar, tá? Te ligo depois.
_ Tá bom, amor. Bom almoço.
_ Obrigada. -desliguei e fiz o meu pedido.
_ Mãe, meu pai te falou alguma coisa?
_ Não, por que?
_ Ele não quer que eu vá viajar com o Leo no natal.
_ Hm...
_ Ah, mãe. Eu sei que a senhora quer falar alguma coisa.
_ Eu?
_ É, vai em frente.
_ Olha, você já é adulta e eu entendo que tenha uma vida pessoal, tenha um relacionamento. Você é quem faz as suas escolhas e sabe o que é melhor pra você.
_ Mãe, não enrola...
_ Seu pai sempre, desde que você era um bebê e nem engatinhava... ele sempre passou o natal reunido com os filhos. 
_ OK. Já entendi.
_ Não, você não entendeu. Se for pra você ir porque estamos insistindo nisso, fica em casa, vai viajar com o seu namorado. Agora se você quiser ir e se sentir bem com isso, será muito bem vinda nessa viagem.
_ Nossa, também não precisa me dar patada.
_ Não é patada, só não quero ficar dando sermão. Ou é ou não é.
_ Tá bom, mãe. Já entendi. -disse pegando o celular, toda bicuda. Comecei a conversar com a Ana que estava de avulsa na conversa e um tanto sem jeito por estarmos em um clima tenso. Nossos pedidos chegaram e voltamos a interagir as três juntinhas, comentando sobre moda e as praias desse final de ano.


  Ao retornarmos para a CDM tive a surpresa de encontrar Felipe a minha espera. Ele estava sentado na recepção, ao nos ver se colocou de pé, fechando o paletó e sorrindo. Ah, aquele sorriso de molhar calcinhas! Eu não preciso dizer que minha secretária e recepcionista ficou de boca aberta, já minha filha olhou feio pra ele... passou direto falando um boa tarde bem seco.

_ Pontual. -falei olhando no relógio, brincando.- Tudo bem? 
_ Oi, Fê. Eu estava por perto e acabei vindo pra cá, espero que não seja um problema.
_ Não, tudo bem. Vamos entrando, fique a vontade. -falei indo em direção a minha sala. Guardei a bolsa de volta na carteira, pluguei o cabo do carregador no celular e me sentei à mesa.
_ Quando vamos marcar aquele jantar hein?
_ Bom, meu marido já está de férias. O dia que você escolher, nós vamos... assim eu conheço sua esposa, né? -falei sorrindo para não ser grosseira.
_ Qualquer final de semana desses, ela pergunta muito de você.
_ De mim? -ri.
_ Tenho uma esposa bem ciumenta, ela vive perguntando onde eu estou... com quem estou...
_ Graças a Deus eu superei essa fase do meu relacionamento, confiamos um no outro.
_ Não rolam deslizes?
_ Não. -sorri.- No seu sim?
_ De vez em quanto acontece. -riu.
_ Imagino que sim. -o medi e ele deve ter percebido, pois quando nossos olhares se cruzaram ele estava diferente. Desviei rapidamente e desbloqueei o note.- E como anda a empresa?
_ Final de ano é bem corrido, disputado com os shows e eventos e isso é muito bom... -ele se aprofundou no assunto e tivemos uma boa conversa, nem notamos o tempo passar. Tomamos até um capuccino antes de irmos para a sala de reunião esperar pelos outros.


  Assim que o "comitê organizador" estava reunido eu pude apagar as luzes, ligar o projetor e introduzir o assunto, que não era novidade para os presentes. Falei sobre a finalidade daquela "última reunião" e iniciei com a apresentação.
  Seguimos a ordem de mostrar as dados apresentados em pesquisas feitas com os nossos colaboradores, participando tanto da escolha do tema, horário e data.


_ Chegamos em um consenso, obviamente não foram todos que estiveram de acordo, mas temos que nos basear no voto da maioria. Até porque é pra ser algo descontraído e que fuja do cotidiano. -falei.- Sabemos que nosso quadro de funcionários é grande, porém temos aqui pessoas capazes de fazer com que seja o evento do ano. Muito melhor que o ano passado. -dei continuidade, falando do resultado final e apresentando.- Ficou para o dia 19/12 a partir das 20h. É uma sexta-feira, encerraremos o expediente mais cedo dando aquela folguinha para quem quiser ir em casa, tomar aquela ducha e voltar com outra vibe.
_ Que seria?
_ Às 16h.
_ Ótimo.
_ Foi sugerido e muito bem aceito o tema Happy Hour. Eu particularmente, amei. É muito nossa cara, praticamente um churrascão com os amigos no sábado à noite (risos). -falei um pouco mais sobre o que tínhamos decidido em nosso almoço de segunda e passei a palavra aos outros. Felipe, que falou de todo o esquema para o lugar. Camila, que nos inteirou sobre a parte de entretenimento –musica ao vivo, DJ e fotografia e filmagem. Toda a parte de bebida e alimentação.


  Primeira parte, finalizada.
  Seguindo o cronograma, falamos do Baile de Máscaras no sábado à noite. Dando detalhes desde a montagem do ambiente até a confirmação de presença de nossos convidados, lembrando que estariam presentes familiares/amigos de cada um deles.


_ Bom, pessoal. É isso, terminamos nossa reunião aqui e bora comer, porque ficar só falando me deu foi fome.
_ Amém, não estava mais aguentando olhar pra esse bolo e nada. -Melissa disse acedendo a luz e indo para a mesa de coffee.
_ Sua filha mais velha, né? -Felipe perguntou.- Ela se parece muito com a outra, Maria Luísa... não é?
_ Sim, a Malu. As duas se parecem até no jeito, são um grude também.
_ Imagino que sim. -sorriu indo se servir.
_ Ah, meu deus! 
_ Ana, se controla.
_ Não consigo, chefe. Ele é cheiroso, educado e tudo de melhor.
_ Inclusive casado, ca sa do.
_ Eu não ligo, se ele me quiser... eu quero. -dei risada daquela foguetisse toda.
_ Vamos comer, vai Ana. Seu mal deve ser fome.
_ Não, meu único mal é não ser casada com este homem. Aí chefe! -ri.


  Participamos todos do coffee e depois de ajeitar as coisas na sala, saímos da empresa e nos despedimos no estacionamento, indo cada um para os seus respectivos carros. Melissa veio comigo, claro. Seguimos para casa e ela foi de bico o caminho inteiro, assim que chegamos Luan estava com as meninas na sala vendo filme, Arthur deitado no tapete e dormindo com o Thor em cima dele.

_ Boa noite, boa noite. -os cumprimentei.- Como estão as coisas por aqui?
_ Ótimas, amor. Baixou febre, ninguém reclamou de dor no pescoço...
_ Ótimo. -falei dando nele um selinho.- Preciso de um banho, tô suando.
_ Trocou de perfume? -franzi a testa, e ele continuou olhando.
_ Não, por que? -cheirei minha roupa e realmente eu estava com um perfume masculino impregnado em mim, e não precisava dizer de quem era.
_ Isso é perfume de homem.
_ Perfume do amigo dela, Felipe. -Melissa falou com desdém, revirando os olhos e Luan já mudou o rosto.- Eu não gosto daquele cara, ele tá rodeando minha mãe.
_ Melissa! -ela falava como se fosse a coisa mais normal do mundo, Luan queria me matar de tanto que me fuzilava com o olhar completamente enciumado.
_ Aí é verdade, cheio de assunto pro seu lado.
_ Ele trabalha comigo, estamos juntos nesse projeto.
_ Não sei pra que tanto grude com duas festas de finais de ano. Todo ano tem, pra que precisa dele agora?
_ Você fala demais. Fala demais sem fazer ideia do que esteja dizendo, deveria calar essa sua boca... isso sim. -joguei a bolsa sobre os ombros e subi para o quarto.


  Eu não fazia ideia do que tinha dado na Melissa pra ela sair em disparada, falando aquele monte de merdas sabendo que tinha um pai extremamente ciumento e desconfiado na maioria das vezes. Sei que ele não abriu a boca, mas porque estávamos na frente dos nossos filhos.
  Tirei toda a roupa e segui para um banho refrescante e necessário. Desliguei o chuveiro e sai enrolada na toalha, passei pelo quarto e entrei no closet. Procurei por um pijama, vesti um de calor e depois de calçar os chinelos soltei os cabelos para pentear e prendê-los em um coque antes de descer para a sala.


_ Vocês já jantaram? -perguntei e ele apenas fez que não com a cabeça.- Tem janta pronta?
_ Tem do almoço.
_ Quer que eu esquente, amor?
_ Não, não estou com fome. -aquela foi sua única frase até o final do desenho que assistimos. Luan chamou Arthur e as duas para subirem e foi junto. Melissa não havia nem mesmo descido do quarto dela, então apaguei as luzes depois de me certificar que a porta estava fechada e subi.
_ Amor, já vai dormir?
_ Não tô com sono.
_ E por que já subiu? Está cedo, até... -comentei.
_ Eu já não gostava desse cara, mas engoli porque era cliente da sua empresa... agora é o que? Seu amigo?
_ Amor, para com isso. Não tem nada a ver.
_ O caralho que não tem nada a ver, eu escutei o que a Melissa disse. Fernanda...
_ Melissa é muito bocuda, fala demais.
_ Ela que fala demais ou você não iria me contar que ela dá em cima de você?
_ Eu sou uma mulher casada e me dou o respeito. Pra mim não interessa se ele está me cercando, tá me cantando e não sei o que mais. Eu sei do meu compromisso com você, sei da minha fidelidade.
_ Pra você é tudo na base do "não interessa isso" "não importa aquilo". Porra, Fernanda!
_ E não importa mesmo, Luan. Acho Felipe uma pessoa bacana sim, um homem exemplar e com presença, mas não quero nada com ele além do que já temos.
_ Ah, já sei. Mais um dos seus amigos que ainda morrem de vontade de te levar pra cama. -disse com ironia.
_ Para de ser ridículo, Luan. Odeio quando você faz isso, odeio.
_ Porque é a verdade, mas sabe de uma coisa... você é maior de idade, sabe bem o que faz. 
_ Sei mesmo, sei muito bem.
_ Ótimo. Só não se arrependa depois. -disse saindo e batendo a porta do quarto.


  Não fui atrás dele. Apenas ajeitei a cama e me deitei para dormir. Porém não tive sucesso, virava de um lado para o outro e nada. Tinha uma insônia daquelas e percebi isso quando o despertador tocou pela manhã e eu não havia nem mesmo tirado um cochilo.
  Se tinha uma coisa que eu odiava, era ficar num climão com o Luan. Mesmo sabendo que não iríamos demorar a fazer as pazes, eu simplesmente não gostava.
  Como já era de manhã, fui até o quarto ver como estavam as meninas e graças a Deus estavam melhores, mas como estavam tomando medicação eu não as mandei para a escola.
  Acordei Arthur, esperei ele se arrumar, descemos para tomar café e eu fui deixá-lo na escola. Na volta ainda passei em casa e quando entrei no quarto Luan estava no banho, mas para a minha tristeza a porta estava trancada. OK. Respeitaria o momento dele de dar chilique.


_ Mãe, bom dia.
_ Bom dia.
_ Posso ir com você pra empresa, hoje?
_ Pode.
_ Vou tomar banho então... cadê meu pai?
_ Banheiro.
_ Hm... está tudo bem? -olhei para ela de lado e voltei a mexer no celular.- Nossa que bicho te mordeu?
_ O mesmo que vai morder você. Não gostei do que você fez ontem... insinuando o tempo inteiro que Felipe estava dando em cima de mim e eu dando ousadia, dando abertura.
_ E não estava? -cruzou os braços.
_ Primeiro que não estávamos sozinhos, segundo que eu sou uma mulher casada. Eu respeito e amo o meu marido, não estou nem aí pro Felipe.
_ Não pareceu, me desculpa.
_ Me desculpa? Melissa, você não é mais uma criança e sabe muito bem o que fez. -ela fez uma carinha sem graça e saiu do quarto. Não demorou e Luan fez o mesmo saindo do banheiro e indo direto para o closet sem nem me dar bom dia. Levantei e fui até lá, fechei a porta e cruzei os braços.
_ O que foi?
_ Não tô gostando disso.
_ Muito menos eu, não gosto de ser feito de idiota e ainda por cima pela minha mulher. Eu não esperava isso de você.
_ Mas meu deus, Luan. Eu não tô te traindo, para de ser louco.
_ Eu não sou louco, eu tenho ciúmes.
_ Ele também é casado, com filhos.
_ Foda-se. Eu tenho quatro e ainda tem mulheres que dão em cima.
_ Você é homem.
_ E você mulher, pensa que eu não sei que os caras caem matando? -cruzou os braços, olhei seu peitoral ainda molhado e suspirei.- Fernanda!
_ Hm... oi... eu...
_ Tá vendo como não é mentira minha.
_ Ele é gostoso, mas eu não quero ele.
_ Fernanda, ele é o que?
_ Bonitão, mas eu ainda prefiro você.
_ Tá falando isso agora que tá perto de mim. -deu as costas e se inclinou para mexer na gaveta de cuecas.
_ Você sente ciúmes a toa.
_ Não, não é a toa. Eu tenho ciúmes das pessoas certas e você sabe disso, e mais se antes eu não ia com a cara dele... agora muito menos.
_ Me dá um beijo, vai.
_ Não, tô em greve com você. Pra aprender me dar valor.
_ Você que sabe, tem certeza disso?
_ Absoluta.
_ Tá bom. -falei abrindo a porta e saindo do closet.


  Esperei ele se trocar, entrei e fiz o mesmo. Coloquei um vestido preto tubinho, um casaquinho creme e salto alto vermelho e preto. Prendi os cabelos em um rabo de cavalo, coloquei um colar e algumas pulseiras, o relógio e peguei minha bolsa.

_ Tchau.
_ Está indo trabalhar assim?
_ Tô, algum problema?
_ Não. Bom trabalho. -agradeci pegando o meu celular e sai do quarto, chamei Melissa e fomos para a empresa.


(...)

  O dia foi um pouco mais parado que os anteriores, mas não sobrou tempo para ficarmos ociosos. Almoçamos, retornamos ao trabalho e mais pro final da tarde a Ana ligou na sala toda eufórica dizendo que eu tinha uma surpresa na recepção. Levantei apressada e curiosa, abri a porta da minha sala e dei de cara com um buquê de flores enorme, eram lindas. Porém eu não conseguia ver o rosto de quem as trazia.

_ Mas o que é isso aqui? -perguntei.- Flores, pra mim?











~.~
  Nunca vi fanfic para as pessoas serem mais bipolares do que essa. SCRR 
Em uma hora está tudo bem, já em outra as coisas começam a ir "mal" e pro final ainda nos sobre um suspense. 
Quem levou flores para a Nanda, hein?
Façam suas apostas. Haha