Narrado por Fernanda
Domingo amanheceu e meu marido nem mesmo tinha ido dormir, olhei pela sacada e ele estava na piscina deitado na boia e conversando com o Rober, Dudu e o Leo.
Tomei meu banho, separei a roupa da Helena e fui ver como estava a casa. Melissa já estava acordada e foi quem me disse que só quem dormiu em casa foi a Soraya com o Guilherme e a Manu, Nicolas tinha saído. Isadora com o Rober e o Bê, minha sobrinha Laura e o namorado da Maria Luísa.
_ Ia ser muita gente aqui mãe. -Melissa comentou comigo.
_ Eu sei. -ri.- Eles foram embora tarde? -perguntei me referindo aos convidados que haviam ido embora.
_ Mais de quatro da manhã, os da piscina mesmo nem dormiram. E já estão bebendo. -contou pegando Thor no colo, deitando no sofá.
_ Não tô no pique mais não. -ri.
_ Eu nunca nem estive, meu pai é quem não para.
_ Bom dia, bom dia. -Arthur desceu de sunga e com o Bernardo no colo de sunga e óculos escuros.- Fala bom dia, garotão.
_ Bo dia dinda, bo dia Melissa.
_ Bom dia bebê da dinda. -o cumprimentei toda fofa, imitando voz de criança.
_ Sô rapaz ele falo, dinda. -respondeu todo homenzinho.
_ É meu bebê, isso sim. -falei esticando os braços e ele veio.- Você dormiu na minha casa?
_ Sim. -beijou meu rosto.- Você tamém vai lá na água, dinda?
_ Daqui a pouco, meu amor. -ele desceu e correu de volta para o Arthur.- Passou protetor?
_ Claro que não, mãe. -Melissa disse.- Arthur não passa protetor nem nele.
_ Passo sim, só não fico branco disso. -Arthur respondeu se defendendo, Mê deu risada.
_ Ótimo, vão lá. -os dois saíram e eu voltei a papear com a Mê.
_ Bom dia meninas.
_ Bom dia. -respondemos.- Dormiu bem?
_ Dormi sim, Nanda. Mesmo com o Bê se mexendo muito.
_ E como se mexe (risos). Quer tomar café?
_ Nem se preocupa, eu me viro.
_ Nada disso, vamos lá.
Toda grávida comia pela manhã e comia muito bem. Então enquanto eu preparava nossa mesa, ela foi comendo uma fruta.
Tudo pronto, chamamos pela Mê e nos sentamos à mesa.
_ Bom dia, bom dia, bom dia. -Soraya chegou na cozinha já estando trocada, com o biquíni por baixo da roupa que vestia.
_ Bom dia. -respondemos.- Dormiu bem?
_ Dormi, bem demais. Nossa, meu marido nem cochilar, cochilou... tive a cama só pra mim.
_ O Gui não quis dormir com a mamãe? -perguntei enquanto comia.
_ Não, ele e essa irmã dele são um grude que só. Dormiu com ela.
_ E foram dormir tarde, né?
_ É, depois de mim ainda. E olha que ainda fiquei lá fora com os meninos...
Conversamos ali enquanto íamos enchendo o estômago, aproveitando a calmaria do ambiente. Terminamos e fomos para o quintal, debaixo do guarda sol, próximo aos rapazes.
_ Que delícia de sol. -comentei ao sentir o calor que estava lá fora.- Tá boa a água Bê?
_ Tá dinda, tô gostando. -falou lambendo os lábios.- Olha papai! -disse "mergulhando" com o Arthur, que era seu professor.
_ Lindão hein, mergulha de novo. -Rober pedia.
_ Filho, cuidado com ele viu. -pedi.
_ Relaxa, mãe. Nunca derrubei criança nenhuma na piscina, sou craque nisso.
_ Andou treinando, né? -os homens riam e eu franzindo a testa, causando mais risadas.
_ Vocês não me ajudam, oh a cara da minha mãe já. Fica assim não, te amo.
_ Ama mesmo, filho? -brinquei.
_ Amo minha ciumenta, como amo essa minha mãe doida.
_ Doida seu nariz, engraçadinho.
_ Faz o peixinho, Bê. -Isadora pediu e ele juntou as mãozinhas e fez boquinha de peixe, mexendo de um lado para o outro. Deu uma saudade do meu pequeno naquela idade, todo homenzinho.
_ Cê é besta, deveria ter feito mais um menininho. -Dudu brincou.
_ Luan não me ajudou, só mandou mulher depois.
_ Pagando em vida os pecados, tá foda. As muié tudo grande, namorando...
_ Ih pai, bebe e fica nostálgico, é? -Melissa perguntou e ele riu concordando.
_ É bom lembrar, né? Tô velho, cara. -Luan fez careta.
_ Velho tô eu, meu filho mais novo tá com mais de dez anos. -Dudu disse pensativo.
_ Nicolas tá com quase trinta, caralho. Tempo voa. -Rober dizia.- Daqui uns dias é o Bernardo, cara.
_ Amor, olha a boca. -Isa o repreendeu.
_ Tia Isa toda Lady, e meu padrinho... -riam.
_ Ô gente, tem coisa pra comer?
_ A mesa do café está lá, não vão comer mais não? -perguntei.
_ Vou lá então hein, comer um pouco... tô numa fome braba aqui.
_ É, só quer saber de beber...
_ Jamais, sogra... bebemos na mesma proporção. -piscou.
_ Sei bem, cara de pau. -falei.- Vão lá comer que saco vazio não para em pé.
Eles enrolaram mais um pouco, mas foram. E nós, curtimos nossa preguiça neste livre e tranquilinho.
Narrado por Arthur
Aniversário do meu pai, 46 anos. Festa do pijama e um churrasco que não tinha hora pra acabar, não. Nunca comi tanto num final de semana só, bom demais, cara.
Mal dormi na sexta, descansei sábado e domingo era dia de descansar mais, mas o Bê levantou da cama e foi me chamar pra pular na piscina. Tomei um banho, vesti a sunga e achei mais pro fundo da gaveta uma que tinha sido minha quando eu ainda era moleque. As duas da mesma cor, colocamos óculos escuros, chinelos e descemos depois de passar protetor solar.
Ainda bem que fazia bastante sol logo cedo, a água não estava tão gelada quando entramos e demorou muito para que ele quisesse sair.
_ Art, a mãe tá perguntando se vocês não vão tomar café. -Malu perguntou da porta da cozinha.
_ Quer comer?
_ Não de comida. -falou bem baixinho.
_ É pão, tomar leite...
_ Sim, vamo!
Tirei ele da água e sai em seguida, enxugamos o excesso e entramos pela cozinha e nos sentamos à mesa.
_ Arthur você está todo molhado, filho.
_ Tô seco já mãe, relaxa. -pisquei.
_ Ele tá dinda, tá sim. -Bernardo me defendia, ri.
_ Viu só mãe, até ele sabe.
_ Tá ficando sem vergonha, né bebê?
_ Sim (risos).
_ Não vai jogar hoje, Arthur?
_ Tá louco? Fui dormir tarde pra cacete ontem. E daqui a pouco a Ju tá aí. -falei olhando para a minha mãe que não demonstrou reação negativa.
_ Vão sair? -foi a única pergunta dela.
_ Tomar açaí, vamos de bike.
_ Eu quero ir, Art.
_ Oh seu namorado aí, vai com ele pô.
_ Tá vendo, né mãe? Depois que eu falo que ele namora e esquece que tem irmã... -ela estava fazendo um drama, toda bicuda. Abracei ela de lado e fiquei beijando seu rosto.- Não vem me agarrando não que você tá errado.
_ Cê não namora?
_ Quero sair com o meu irmão, ué. -deu de ombros, rindo.
_ Carência, né Maria Luísa?
_ Isso, mãe (risos).
_ Cara de pau. -meu pai disse brincando.- E seu namorado, Maria Luísa? Tá dormindo até agora?
_ Tá, pai. Ele foi inventar de ficar aí com vocês e deitar era mais de três horas. -revirou os olhos.
_ Isso é bom, menos tempo pra aprontar. -falei e ela ficou vermelha feito um pimentão.
_ Bom dia ainda? -Henrique chegou na cozinha puxando a cadeira e sentando do meu lado.- Beleza? -tocou minha mão.
_ É quase boa tarde, viu? -meu pai o lembrou e ele riu.
_ Foi mal aí sogro. -brincou, rindo.
_ Nem um beijo?
_ Que eijo o que, tem que beijar ninguém. -falei "sério" e minha irmã ficou toda bicuda.- Tô brincando, Maluzinha. -baguncei o cabelo dela.
_ Palhaço.
_ O que vai ser o almoço de hoje hein, mãe?
_ Churrasco não! Chega, né? -disse de um jeito engraçado, nos fazendo rir.- Ô gente, desde ontem de tarde.
_ Churrasco e cerveja, tem coisa melhor mulher?
_ Tem Rober, ah tem (risos). Mas ainda tem carne, se quiserem assar.
_ Um arroz, feijão e uma batata frita... carne assada. -tia Isa sugeriu e minha mãe adorou, foi meu momento de sair de fininho antes que a louça sobrasse pra mim.
_ Art, bom dia! -Helena coçava os olhos, tentava subir no sofá de olhos fechados.
_ Bom dia Nena. -beijei sua testa.- Acordou agora é preguicinha?
_ (bocejou).
_ Eita. -ri.
_ Cê tava na piscina?
_ Sim senhora. -falei sentando na escada.
_ Vamo de novo?
_ Mais tarde, pode ser?
_ Você vai esquecer. -disse bicuda, sentando no sofá e me ignorando, dei risada e subi. Cheguei no quarto e meu celular estava tocando, atendi.
_ Oi bebê, bom dia.
_ Bom dia mô, dormiu bem?
_ Mais ou menos, esqueci de fechar a porta e o Bê entrou no quarto.
_ Sério que ele dormiu aí? -perguntou toda empolgada.
_ "Nossa amor, ele te acordou?" tem diferença, pô.
_ (riu) Ah, ele é um fofo.
_ Muito arteiro também, pulou sem bóia na piscina.
_ Arthur, que perigo.
_ Eu estava lá, bebê. Cuidando do toquinho (risos).
_ Toquinho lindo, amo morder as bochechas dele. -dizia rindo.
_ As minhas também, tô sabendo. -ri.- Mas vem cá, e você? Dormiu bem?
_ Uhuum... -respondeu mastigando alguma coisa.- ... descansei, sim. Só acordei com uma cólica chatinha, tomei remédio e tô aqui no sofá.
_ Só está com cólica, bebê?
_ Aquela dorzinha de cabeça, mas nada grave.
_ Hmmm... você vem almoçar aqui hoje?
_ Almoçar não, mô. Minha mãe já está fazendo o almoço, nem minha irmã ficou na casa do Matheus. -riu.- Acho que ele vem pra cá também.
_ Ah é?
_ Sim, e você está mais que convidado, viu? Só que seu pai está em casa, de folga... acho que você prefere ficar com ele.
_ Com toda certeza, mas tô com tanta saudade de você. -falei sentando na cama, ajeitando o travesseiro e deitando.
_ Ainda vamos tomar açaí, não vamos?
_ Não é bom coisa gelada quando tá com cólica, dor de cabeça...
_ Queria tanto. -disse toda manhosa.
_ Se você estiver melhor, nós vamos. Beleza?
_ Tá bom, pai. -riu.- Mô tenho que desligar, tá? Minha mãe está precisando de uma mãozinha.
_ Cadê a Camila preguiça?
_ Dormindo (risos), tchau, amo você.
_ Eu amo mais, minha bebezinha.
_ Lindão, beijo nessa sua boca gostosa. -e desligamos.
Larguei o celular um pouco e corri para o banheiro, vesti uma roupa seca, passei o secador nos cabelos e deitei na cama e sem esforços, peguei no sono.
Acordei com a minha mãe reclamando no quarto que minha toalha estava molhada e em cima da cama, minha sunga pendurada na cadeira e que não sabia como eu conseguia ficar naquela bagunça. Ao primeiro sinal de risada ela cruzou os braços e ficou me olhando.
_ Eu ia arrumar, mãe. Juro.
_ Cara de pau você, né?
_ Tava com um pouco de sono.
_ Ah é, bonito? Vim te chamar pra almoçar, ela acabou fez estrogonofe.
_ Tia Isa?
_ Soraya.
_ Aí sim hein dona Fernandinha.
_ Aí sim mesmo, ela cozinha muito bem. -elogiou.
_ Demais. -continuei deitado.
_ Anda, filho... estamos esperando você.
Não enrolei no quarto e logo descemos, nos sentamos à mesa e mandamos ver no almoço. Depois que comemos minha mãe me designou para a retirada da mesa, meu cunhado e amigo Henrique se ofereceu para dividir a missão comigo e o loiro folgado iria para a sala, se minha irmã não tivesse falando pra ele me ajudar colocar as louças sujas na pia.
Trabalho em equipe, rendeu. Sentei na sala e o tio Dudu já estava se despedindo.
_ Pô, Gui. Nem jogamos cara, fica aí...
_ Se quiser ficar, pode ficar... peço pro Nick vir te buscar depois. -a mãe dele disse e não deu outra, fomos para a sala de jogos.
Narrado por Melissa
Perdi meu noivo para o videogame, nem meu padrinho ficou de fora e meu pai dormindo, dormindo mesmo junto com a Nena.
Malu e eu estávamos na sala com a minha mãe e a tia Isa, Bernardo se divertia correndo entre um cômodo e outro da casa e elas se divertiam conversando sobre viagens. Minha tia Isadora não viajou tanto quanto minha mãe, mas contou sobre sua experiência de intercâmbio em Londres, e quando conheceu a Times Square pela primeira vez.
_ É um lugar muito, muito, muito movimentado, principalmente à noite.
_ Movimentado e barulhento, mas tem tantas lojas. Tantas! -dizia com os olhos brilhando, mostrando seu lado consumista exagerada.- Eu adorava fazer compras por lá.
_ Meu avô que não, né mãe (risos).
_ Não mesmo, porque era ele quem carregava as sacolas depois.
_ Roberval odeia ficar rodando em shopping e entrando em várias lojas e escolhendo mil coisas.
_ Homens (risos). Luan chega uma hora que toda roupa que eu provo está bonita, combinou comigo...
_ Bom, se o Leo não gosta... nunca me falou nada. -elas deram risada.- É sério, ele só reclamou no dia em que escolhemos nossa aliança de namoro. Do contrário sou eu quem não tenho saco quando ele entra nas lojas de tênis.
_ Ou bonés.
_ Aí gente, meu namorado me leva no shopping pra comer. -Malu dizia.
_ No começo são tudo flores (risos).
_ Que eu permaneça no jardim então.
_ Oremos. -disse minha mãe juntando as mãos.
Levantei pra ir ao banheiro e na volta a campainha estava tocando, como já estava de pé, atendi a porta.
_ Oi Ju, tudo bem?
_ Tudo sim, Mê. E você?
_ Bem também, cheia de preguiça. Entra aí.
_ Licença. -fomos entrando, fechei a porta. Ela cumprimentou minha mãe, minha tia e a Malu.- Seu irmão tá lá em cima?
_ Jogando videogame, pode ir lá...
_ Ah não, vou ao banheiro antes. -disse entrando no corredor.
_ Bonita ela, né?
_ Quem a Julia? -escutei minha mãe perguntar e quis rir.
_ É, a namorada do Arthur. Os dois fazem um belo casal.
_ Também acho tia. -comentei.
_ Ela é bonitinha sim, educada também... meu filho gosta dela.
_ Ama, mãe. -Malu completou.
_ É, primeira namorada e primeiro amor da vida dele. -disse tranquila. Julia voltou e acabou indo para a sala de jogos, não demorou e ela mais meu irmão voltaram abraçados.
_ Tão saindo, é?
_ Tomar açaí. -ele respondeu.- Alguém quer ir?
_ Não quero ir não, mas você bem que podia trazer um pra mim.
_ Aí pra mim também. Vai querer tia?
_ Ah, eu quero.
_ Te mando no whatsapp, maninho... bom passeio cunhada.
_ Obrigada. -disse ela antes de sair.
Sentei no sofá e mandei na conversa com o Art o que queríamos, bloqueei a tela e voltei a me inteirar do assunto... o sexo do bebê da minha tia.
Narrado por Arthur
(...)
_ Tá melhor?
_ Hmm não muito. -dizia fazendo careta.- Mas já tomei dois comprimidos, não posso me dopar né?
_ Não, bebê. Tem que esperar fazer efeito.
_ Eu sei, por isso vim andar. Melhora sabia?
_ Mas já desceu pra você?
_ Bem pouquinho, mas pela cólica que eu tô amanhã vai vir arrebentando.
_ Nem vai pra escola então né?
_ Quero ver eu não ir, eu bem que queria ficar em casa, na preguiça... mas tem aula de física e matemática.
_ Pra ferrar de vez com a vida de um estudante.
_ Você tem uma carinha de estudioso, mas reclama tanto de estudar, mô.
_ Meu negócio é educação física.
_ Na escola, né?
_ Ah, eu vi a grade do curso.
_ Muita anatomia, se prepara.
_ Agora não só ano que vem, bebê.
_ Preguiçoso.
_ Evito fadiga. -pisquei.- Vem cá, vai tomar açaí mesmo?
_ Queria, tô com muita vontade.
_ Beleza. -entramos, fizemos nossos pedidos e nos sentamos para aguardar.
_ E aí, decidiu mô?
_ Decidi o que? -perguntei colocando o celular e minha carteira em cima da mesa.
_ Que dia quer comemorar seu aniversário, no dia mesmo ou no sábado?
_ Nem sei, não sei nem se quero festa.
_ Ah, sério? Por quê mô?
_ A última festa lá em casa não deu muito certo, ainda tivemos que arrumar tudo.
_ Ah, mas agora é diferente né? Seus pais saberão que você está dando uma festa.
_ É, mas festa tem que pensar nos convidados e cardápio... minha mãe que mexe com essas coisas.
_ Ah, sei lá... não precisa ser algo cheio de coisas. Mas comemorar seus 18 anos seria bom, né? Todo mundo comemora.
_ Eu sei, e vou comemorar... não sei como.
_ Você tinha falado que queria viajar também.
_ É, mas pra fora do país.
_ Por que? Quer ir pra onde?
_ Para os parques de Orlando, acho muito foda.
_ O mais longe que eu já viajei para ir em um parque foi para o Beto Carrero, ainda lembro que quando teve excursão na escola para os parques da Disney eu fiquei doente.
_ Não acredito! Meu, é muito incrível... tem uns anos que estou querendo voltar lá.
_ Já foi bastante vezes?
_ Não muitas, mas nas férias fui com os meus avós, minha irmã e meus primos.
_ Ficou por lá as férias toda?
_ Quase, voltei uns dias antes de terminarem...
Nosso assunto na sorveteria virou em torno de viagens, Julia curtia muito viajar e contava com muita empolgação das viagens mais legais que tinha feito em família e com a irmã.
_ Capitólio, em Minas, foi um dos lugares mais bonitos que eu e a Mila visitamos.
_ Seus pais não ligavam de ir só vocês duas?
_ Não, quer dizer... a gente fechava pacote com a mesma agência sempre. Então quando os dois não podiam ir, deixavam com que fôssemos sozinhas.
_ A única que já viajou sozinha mesmo, com amigos, foi a Mê. Eu e a Malu não, minha mãe nunca deixou.
_ Mas você já quis?
_ Ah, não tentei na verdade. Ela não tem cara de quem me proibiria.
_ Nem tem porquê, né... ela é bem liberal.
_ Até demais, ela nos dá uma liberdade que cara... outros pais não costumam dar.
_ Tipo?
_ O Leo desde antes de namorar minha irmã dormia lá em casa.
_ Sério?
_ Sério. Tá certo que eles eram amigos, mas ela não via malícia.
_ Minha mãe não proíbe, mas também sei que ela não gosta muito. Ainda mais minha irmã que sempre foi mais namoradeira, sabe?
_ Hmmm e você não?
_ Ah, tive uns namoricos... mas nada tão sério assim. Só o meu ex, que foi com quem em perdi a virgindade e apresentei aos meus pais e essas coisas.
_ Af.
_ Não faz essa carinha, mô. -segurou meu rosto e deu uns selinhos.- Fico feliz em ser sua primeira namorada.
_ É, eu também. -nos beijamos.
_ Com licença... -um rapaz veio nos trazer as sobremesas, saboreamos intercalando com beijos e brincadeirinhas nossas.
_ Tô cheia, não aguento comer mais não.
_ Fraquinha hein, passa pra cá. -terminei o meu, comi o dela e pegamos o caminho de volta assim que nossos pedidos para viagem ficaram prontos.
_ Não acha que vai derreter até lá não, é?
_ Não, é rapidinho pô. Só a senhorita não ir desfilando.
_ Ha ha muito engraçado, besta.
_ Lindinha do Art.
_ Lindinha é o nome da minha cadelinha, mô.
_ Pensei que fosse Belinha, nunca acerto.
_ Desligado.
_ As vezes vai... -andamos mais um pouco e chegamos na minha casa novamente.- Aqui bonitas, comam a vontade.
_ Sempre, passa pra cá maninho. -Melissa pediu.
_ Eles ainda estão jogando? -perguntei.
_ Sim, ainda... nem o Bê quer sair de lá.
_ Tem nem tamanho, vê se pode (risos).
_ Se precisarem de mim, tô no quarto.
_ Com coisa que você vai ouvir, né?
_ Fica quietinha fica. -entrelacei minha mão na da Ju e subimos, entrei no quarto e fechei a porta.- A sós. -segurei sua cintura trazendo-a mais para mim e levando a outra mão até seu pescoço, enfiando os dedos entre seus cabelos e puxando sua cabeça um pouco para trás, para que pudesse beijar sua boca. E o fiz com urgência e intensidade, sentindo minha respiração ofegar e ela retribuir ao beijos, segurando minha camisa e seguindo na mesma voracidade. As mãos deslizaram por seus ombros, as costas e chegaram até sua bunda. Apertei e escutei seu grunhido abafado pela minha boca, contornei a linha do cós do shorts e desci a mão por sua perna, apertando a coxa e subindo os dedos pela frente.
_ Não, mô. -segurou minha mão e eu deitei a cabeça em seu ombro, chateado.- Tô com abs...
_ Desculpa, bebê.
_ Não, tá tudo bem... -respondeu sem jeito, para ela não ficar com ainda mais vergonha voltei a beijá-la com a mesma vontade de antes e fomos caminhando até minha cama, sentados, deitados e eu sem camisa.
Eu estava cheio de tesão por ela, mas sabia que nada aconteceria. Ficamos então... nos beijos quentes, intensos, com mordidas e chupadas de línguas. Bom demais, nem nos demos conta da hora passando.
Minha sogra ligou perguntando se ela dormiria por lá e foi quando nos demos o trabalho de olhar no relógio, passaram-se das 21h. Deitei de barriga pra cima, encarando o teto e ela falando com a mãe.
_ Tá bom, te amo também... tchau, mãe. -e desligou se deitando no meu peito, me olhando e sorrindo.- Que carinha meu deus, que môzinho mais gostoso que eu tenho.
_ Você já vai ter que ir embora?
_ Tenho até às 23h30 pra chegar em casa.
_ Ah é? -alisei seus cabelos.- Afim de ver um filme?
_ Hmmm não, quero só ficar abraçadinha com você, sentindo seu cheiro... sua respiração... -me beijou.- Te amo, sabia?
_ Também amo você, bebê. Muito.
_ Eu sei. -abracei sua cintura.
Ela não mentiu quando disse que queria ficar abraçada comigo, ficou quieta e de olhos fechados. Cheguei a cochilar, quando acordei estava dando 22h30. Chamei ela com jeitinho, chamei um Uber e descemos.
Meus tios tinham ido embora, os cunhados também e minha mãe não estava mais na sala. Acompanhei Julia até a porta e nos despedimos com um beijo e um abraço. Entrei e meu pai estava indo para a cozinha.
_ Agora, cara?
_ Tava precisando dormir. -falou rouco, coçando a cabeça.- Tá tudo certo por aqui?
_ Tranquilo meu véio. -ri.- Descansou?
_ Sim e não. Tô com dor de cabeça.
_ Isso chama cachaça, paizão.
_ Com toda certeza. -riu.- Tava na Julia?
_ Não, ela que veio pra cá... o senhor já estava dormindo.
_ Dormindo muito por cima, até sua irmã pegou no sono.
_ Helena pipocou esses dias todinhos, precisava descansar né?
_ Naquelas né, tá acordada lá com a sua mãe.
_ Ainda?
_ Ainda, quer ver desenho.
_ Hmmm. -me sentei no banco e descansei os braços sobre o balcão, meu pai se serviu e sentou de frente pra mim.- Pai.
_ Hmm, fala aí.
_ Tava pensando em viajar no meu aniversário.
_ Mas viajar? Pra onde?
_ Para os parques de Orlando, não vou lá desde as minhas férias com a vó Marizete.
_ Tá, mas você tá tendo aula... tá no último ano.
_ Eu sei, mas seria só uma semaninha. Será que minha mãe vai encrencar?
_ Depende do que você disser à ela.
_ Que eu vou sozinho. -cocei a nuca.
_ Sozinho?
_ Tô pensando ainda, minha namorada tá pensando nos estudos... mesmo eu falando que a gente recupera depois.
_ Tá querendo aprontar nessa viagem, não é não Arthur?
_ Juro que não, pai. Oh, deixa eu explicar... eu já queria viajar ao invés de falar festa e hoje conversando com a Ju, ela contou que nunca tinha ido e que tinha vontade.
_ Tá e como eu posso ajudar?
_ Convencendo minha mãe de que vai ser uma boa.
_ Tem certeza de que é isso que você quer?
_ Tenho, pai. Eu quero...
_ Outro aniversário longe da sua mãe?
_ A gente faz qualquer coisinha aqui em casa mesmo.
_ Cê que sabe, cara. Quer fazer nós fazemos.
_ Vou ver, vou ver... tenho mais de um mês até lá.
_ Ô se tem, mas passa voando viu.
_ Eu sei, e antes ainda tem o aniversário dela. E aí, paizão?
_ Sua mãe gosta de festa... amigos, muita música, bebida e comida à vontade... não tem jeito, cara.
_ Então já é bom marcar data. Vai ter tema esse ano?
_ Ela quer festa árabe.
_ Árabe?
_ Não me pergunte porque nem eu sei.
_ Minha mãe tem umas coisas...
_ É diferente, vai.
_ Muito, né? Mas se ela quer... nós vamos.
_ Assim que se fala.
_ Pai, vou indo nessa... boa noite pro senhor. -beijei seu rosto e subi, estava com sono e queria deitar em tempo de descansar para acordar disposto na manhã seguinte e aproveitar minha semana.
~.~
Três dias de festa, quem aguenta? Onde desliga esse povo? Haha!
Luan aproveitou muito a chegada de mais um ano de vida, assim como nos parece que a Nanda irá aproveitar em dobro o dela! Já quero, festa e festa e mais festa!
Será? Bj, até mais. <3
PS: Agradeçam a linda da minha mãe que ligou o roteador. KKKK Continuo sem internet, porém o capítulo já estava pronto e era sacanagem não publicar. Enfim... estamos aí, beijos gatinhas.
Julia ta grávida
ResponderExcluirAaaaa lida você voltou 😍😍😍
ResponderExcluirQue família linda e louca 😂😂😂 amoo
Eu acho que a julia está grávida ou vai fica nessa viagem que eles tem que fazer sozinhos 🙏 e eu queria muito que a Fernanda engravidasse de novo de um menino ia ser lindooo o art sendo pai e ela tendo um outro filho 😍😍😍 (sei que sou louca mais eu queria muito 😂😂😂) continua amor