Capítulo 264

Narrado por Maria Luísa

  Viajar em família, pelo menos com a minha, era sempre uma delícia. Ainda mais quando meu pai por conta das folgas conseguia vir com a gente e descansar da rotina corrida. Ficamos na chácara em Londrina por duas semanas e aproveitamos todos os dias com muito sol e muito calor também, mesmo estando no inverno.

  Em um dia nadamos na cachoeira, no outro andamos de jetsky, fizemos trilha, acendemos fogueira, brincamos todos os dias na piscina, jogamos vôlei, jogamos futebol e maratonamos filmes com muita pipoca e brigadeiro. Foi divertido! Ficamos desconectados, as baterias dos celulares duravam um tempão e nem sentíamos falta.

Saímos do Paraná no começo da tarde de sábado, mas só chegamos em São Paulo por volta de 23h da noite. Todos exaustos da viagem cansativa, cheia de congestionamentos em vários pontos e todos com muita fome. Paramos em um restaurante e jantamos antes de irmos para casa.

_ Lar doce lar. -falei sentando toda largada no sofá, de olhos fechados e abraçada com o Thor.

_ Não vai subir não bonita? -minha mãe perguntou cutucando meu ombro.

_ Deu até uma preguicinha, mãe. -ri.- Mas eu já estou indo.

_ Então tá bom, boa noite Malu. -beijou minha testa.

_ Boa noite, mãe. -ela subiu e nem esperou os meninos descarregarem as bagagens. Peguei o celular e fui olhar se meu gatinho estava online, duas semanas longe foi o suficiente pra eu sentir muita saudade dele.- Oi, acabei de chegar. Boa noite! -enviei e guardei o celular.

_ Acabamos. -escutei meu irmão dizer.

_ Mas só vamos arrumar isso amanhã. -disse meu pai.- Boa noite pra vocês.

_ Boa noite. -respondemos.

_ Cadê a Mê? -perguntei.

_ Pra casa do Leo.

_ Pensei que ele fosse ficar.

_ Ele ia, mas não ficou por causa da Sky. -disse se sentando no sofá e pegando o controle.- Não vai dormir não?

_ Mais do que eu dormi no carro? -ri.- Eu tô cansada, mas não com sono.

_ Estranha. -riu.- Falou com o Henrique?

_ Tentei, mas ele deve estar dormindo.

_ Certeza. 

_ E vem cá... e essa história de ir pra praia?

_ Coisa de amigos, relaxa. 

_ Tô relaxada.

_ Tá com ciúmes, é? Quem é que quer aquilo? -começou a zoar.

_ Eu quero. -falei.- Tô carente sabia? -abracei a almofada.

_ Tem idade pra isso não menina. -bagunçou meu cabelo.

_ Só fala isso porque agora é maior de idade, nossa. -revirei os olhos, imitando ele.

_ Nada a ver. -riu.- Tô com saudades da Julia também, amanhã ela tá aqui.

_ Sorte a sua maninho, sei nem se meu namorado está na cidade.

_ Tadinha, vem cá que o irmão te dá colo. -me puxou e ficou me apertando.- Tá ficando pesadinha hein.

_ Aí sem graça. -mordi o braço dele.

_ Chega, doeu.

_ Ligou essa televisão pra que hein?

_ Ver se tinha alguma coisa de bom, mas o jeito é dormir. Fui. -beijou minha testa.- Boa noite.

_ Boa noite, também vou subir. Me leva no cavalinho?

_ Nunca. -riu indo na frente, apaguei as luzes da sala e subi para o quarto. Ainda troquei de roupa, escovei os dentes e deitei na cama para mexer mais um pouco no celular.

_ Boa noite, gatinha. Chegou bem?

_ Graças à Deus, sim. Só demoramos um pouco, muito trânsito e olha que saímos de tarde lá de Londrina.

_ Mas é sábado, né? Normal essa demora. Como foi por lá?

_ Muito bom, só faltou você pra ficar ainda melhor. Minha irmã voltou com o Leo. -contei a ele em vários áudios como havia sido nossa viagem e ele respondeu um por um.- Perdeu o sono, é?

_ Estava arrumando minha mala, vou pra casa da minha avó amanhã com os meus pais. 

_ Sério? Quando você volta?

_ Na outra segunda, eu acho.

_ Tô com saudades, gatinho.

_ Eu também minha gatinha, muita. Queria te ver...

_ Que horas você viaja amanhã?

_ Não sei não, minha mãe não deu horário.

_ Ela é quem decide?

_ Sim, meu pai só concorda. -riu.- Mas eu vou ir aí te ver antes de ir.

_ Vem sim (bocejei), pra gente ficar um tempinho juntos... dar uns beijos... o que você acha?

_ Muito bom, dona Maria Luísa. -mandei um emoji e fui trocar de roupa, coloquei meu pijama. Entrei no banheiro, prendi os cabelos, escovei os dentes e voltei para o quarto pronta para deitar na cama... mas meu celular começou a tocar.

_ Oi Rique.

_ Tava dormindo? -ele perguntou baixinho.

_ Não, estava no banheiro. Aconteceu alguma coisa?

_ Tô aqui embaixo na frente da sua casa.

_ Tá brincando, né?

_ Não, vem abrir a porta... -continuei falando com ele no celular enquanto calçava os chinelos e saía em direção a sala, desci mesmo tudo estando escuro e destranquei a porta.- ... Oi minha gatinha.

_ Você é doido, sabia? Olha a hora que é! -disse rindo, ele deu de ombros e saiu do carro vindo me abraçar.- Tudo bem? -Henrique respondeu que sim com um aceno de cabeça, colocando as mãos na minha cintura e trazendo sua boca para junto da minha. Nos beijamos ali mesmo na porta. Um beijo carinhoso, mas um tanto apressado. Sua mão subiu para o meu cabelo, puxando-o e dando mais movimento ao nosso beijo urgente.

_ Agora sim. -nos afastamos e eu dei risada, sem fôlego.- E esse pijaminha hein?

_ Eu estava indo dormir, né? Vem... entra. -ele acionou o alarme do carro e entramos, indo direto para o meu quarto.- Fecha a porta.

_ Com a chave? -fiz que sim, subi na cama já descalça e esperei por ele.- Ia vir amanhã de manhã, mas você dorme muito. Já ia acordar na hora do almoço e nem íamos aproveitar nada.

_ Mentira, não acordo tão tarde assim.

_ Sou eu, né? -riu.

_ As vezes, sim. -o beijei.- E aí, se comportou bonitinho essas duas semanas em que eu estivesse fora?

_ Mais fiquei em casa do que saí. -respondeu dando de ombros.- Fui em umas três festas com o Gui... acompanhei minha mãe no salão, porque meu pai tinha compromisso. Essas coisas.

_ Seu primo não passa confiança. -falei fazendo caretas.

_ Ele só é mulherengo, mas é daora... é que você já encrencou com ele.

_ Lógico, ele ficou com aquelas piadinhas sem graça... ele é todo desnecessário. -cruzei os braços e ele deu risada, descruzando-os e me puxando para o colo dele.

_ Esquece ele, vai... vim pra matar a saudade de você.

_ Tarado.

_ Da sua companhia, boba.

_ Você é um lindo.

_ Tudo de bom, né?

_ É tudo de bom, sim. -o beijei outra vez, me sentando em seu colo e segurando em seus ombros.- Ainda não tô acreditando que você veio me ver uma hora dessas.

_ Eu pensei muito. -disse deitando e colocando as mãos nas minhas coxas.- Porque seus pais já estão dormindo e não são horas de visitas, mas amanhã vamos sair umas 10h minha mãe falou.

_ Seus avós moram longe?

_ Um pouco, moram em Serra Negra.

_ Sério? Ouvi dizer que lá é lindo.

_ Espetacular aquela cidade, eu amo.

_ Uau, logo você que ama uma bagunça?

_ Tranquilidade as vezes é bom, né minha gatinha.

_ Eu que o diga, Londrina me fez um bem danado. -me deitei por cima dele, nos beijamos. Rique estava quietinho, bocejando e de olhos fechados.- Ei, tira esse tênis e deita direito.

_ Não quero dormir.

_ Imagina se quisesse, né? -beijei seu rosto e levantei de cima dele e da cama, puxando-o. Ajeitei a cama, nos deitamos e dormimos juntos até umas 08h30 da manhã. Quando a mãe dele ligou. Esperei ele levantar, se vestir e pegar as coisas. Levantei, calcei meus chinelos e saímos do quarto.

_ Henrique? -olhamos para a entrada da cozinha, de onde minha mãe vinha.- Que horas você chegou?

_ De madrugada, desculpa. -riu.

_ Maria Luísa... eu nem vou te falar nada.

_ Mãe, ele ia viajar. -dei como desculpa.

_ Vai mesmo?

_ Tô indo já sogra, tchau hein. -se despediu dela e saímos, nos despedimos e ele foi embora.

_ Quem tava dando tchau? -meu pai perguntou descendo as escadas.- Tava fazendo o que lá fora sem roupa?

_ Dando tchau para o meu namorado.

_ Ele passou pela padaria e veio trazer o pão por acaso?

_ Não, ele dormiu aqui pai. -falei olhando para o tapete, me preparando para o sermão do dia.

Narrado por Melissa

(...)

_ Eu não falo é mais nada, façam o que quiser nessa casa. -escutei meu pai falar todo irritado e ir pra cozinha. Já desci dando risada, abraçando minha mãe e desejando um "bom dia" à elas.

_ O que eu perdi? -perguntei me sentando no sofá.

_ Henrique dormiu aqui ontem.

_ Como assim dormiu aqui? Que horas ele chegou aqui? -perguntei rindo.

_ Bem tarde, eu já tinha até subido pra ir dormir. -minha mãe respondeu.

_ Tá vendo mãe, eu não fazia isso.

_ Pior que não mesmo. -falou.- Seu pai só ficou com ciúmes, filha.

_ Sempre, toda a vida foi assim. -Malu revirou os olhos.

_ E vai continuar sendo... -disse ela indo para a cozinha atrás dele.

_ Então quer dizer que minha irmãzinha tirou o atraso? -zombei.

_ Cala a boca, Melissa. Eu nem fiz nada.

_ Nem chupou? -falei zuando mais ainda, ela foi ficando vermelha. Cheia de vergonha. Nem me respondeu, pegou uma almofada e jogou em mim.

_ Idiota. Dormimos juntos, mas não transamos.

_ Que chato hein. -fiz careta.

_ Pervertida, safada.

_ Você ficou dias longe dele, dias!

_ Tava com saudades do beijo, do abraço, do cheiro.

_ Cheguei cunhadinha, precisa ficar com saudade mais não. -olhei para a porta e o Leonardo estava pronto, pronto mesmo. Estava até de tênis e camiseta.- Bom dia, loira.

_ Bom dia, loirão. Onde vamos?

_ Já tomou café?

_ Não.

_ Ótimo. Então vamos?

_ Então vamos nada, eu vou subir e tomar um banho... aqui não é bagunçado, não.

_ Ainda bem que eu vim cedo. -cumprimentou minha irmã, me beijou e foi para a cozinha. Fui atrás.

_ Leo... onde a gente vai?

_ Tô precisando de ajuda pra escolher uma roupa pro casamento.

_ Tá falando sério? -perguntei sorrindo.

_ É domingo, não fui nem jogar bola.

_ Tadinho de você. -segurei seu rosto e dei um beijão, nos abraçamos e meu pai "tossiu" fazendo que eu me afastasse.- Mas eu tô com fome, ainda não tomei banho... espera um pouquinho?

_ Tudo no seu tempo, loira. -disse me dando um selinho e saindo da cozinha.

_ Vocês são padrinhos, não são?

_ Sim, mãe. Por quê?

_ O casamento é daqui uma semana e alguns dias e seu noivo não viu roupa?

_ Ele é um caso sério e a parte, mãe. Não contraria. -falei piscando e indo comer.

{...} Alguns dias depois {...}

_ Uau, você está linda.

_ Obrigada! Mas ainda não estou pronta, vamos que estamos em cima da hora. -falei levantando da cadeira do maquiador, agradecendo pelo excelente trabalho.

_ Pensei que ia te ver só na hora da cerimônia.

_ Ela está com a mãe e a avó, por isso. Mas você deveria estar com o noivo.

_ Ele tá no carro, esperando a gente... vamos.

_ Leo, olha a hora!

_ Eu sei, sua roupa está na minha casa. Relaxa.

  Leonardo era o sossego em pessoa. Saímos do salão e fomos para a casa dele, que por sinal estava bem movimentada. Jessica terminando de arrumar as pequenas, minha sogra finalizando a make e o Chris, Matheus e o Cacá estavam brindando. 

  Subi, me troquei. Estava pronta para o grande dia da minha melhor amiga! Estava ainda mais ansiosa para ver o resultado final de tudo. Desci as escadas levando minha bolsa e a gravata do Leo que estava jogada em cima da cama junto com o brinquedo da Sky.

_ Uau, que gata! -escutei meu cunhado dizer.

_ Gata mesmo, muito linda. -Leo abraçou minha cintura e beijou meu rosto.- Podemos ir?

_ Assim que você colocar a gravata. -virei de frente para ele, ergui o colarinho da camisa e o ajudei a colocar.- Agora sim. -selinho.- Cacá, tudo certo?

_ Por enquanto sim. -assentiu.- Só preciso dar um pulinho no banheiro antes (risos).

_ À vontade. Quem vai conosco?

_ Só nós três.

_ Nem as meninas?

_ Não, nem elas.

_ Vamos aí?

_ Partiu. -falei indo na frente.

  Me sentei no banco de trás e fomos para a igreja cantando as músicas que estavam tocando na rádio. Demoramos cerca de 30 minutos para chegarmos, descemos do carro e logo encontramos a cerimonialista.   Ela levou o noivo para um canto e nos pediu para irmos para outro canto, onde estavam os outros padrinhos. Tacy, Bruno. Bianca com o namorado e uns outros que eu não lembrava os nomes.

_ Esse par de madrinhas está arrasando demais. -falei ao cumprimentar minha amiga.

_ Nossa, eu amei tudo. Principalmente meu cabelo com todo esse volume, nossa. E essas suas costas abertas?

_ Muito maravilhoso, acertamos muito na escolha.

_ Bruno! Tira uma foto nossa por favor, toma. -entregou o celular e veio para o meu lado fazendo pose.

_ Pronto? Ou querem mais?

 Bruno foi nosso fotógrafo até a cerimonialista chegar e nos organizar em fila, um casal de cada um dos noivos. Posicionados, fomos entrando e dando início ao momento mais lindo do dia.

  Primeiro os padrinhos, o pai do Cacá junto com a mãe da Nay, nosso amigo entrando com a mãe e por fim a noiva. Eu nem preciso dizer que chorei, estava muito feliz por ela. Feliz por fazer parte desse momento também.

  A cada passo que ela se aproximava do altar, meu sorriso era ainda maior. Ao chegar no altar, estar de braços dados com o amor da vida dela... os dois se viraram para o padre.

_ Em nome do pai, do filho e do espírito santo. -disse ele.

_ Amém! -disseram e foi dado início ao sermão.

  A igreja cheia, todos agora sentados prestando a atenção no que estava sendo dito. E foi linda toda a cerimônia, minha amiga se segurou para não chorar enquanto o noivo não fez esforço e teve as lágrimas beijadas por ela. Eduarda foi quem entrou com as alianças, toda tímida e procurando por alguém até ver o pai agachado e fazendo sinal para que ela continuasse andando.

  Eles trocaram as alianças, assim como disseram seus votos e foram declarados marido e mulher. Aplausos para todos os lados, alguns fotos, nossos cumprimentos e por fim a saída.

_ Chorou mais que a noiva hein loira. -beijou meu rosto.- Quero ver no nosso.

_ Vou chorar mais ainda, você vai ver. -falei procurando pelo banheiro, precisava dar uma olhadinha na maquiagem.

_ Tá linda, não tá pandinha não.

_ Bobo. -nos beijamos.- Vamos indo?

_ Agora é a melhor parte. -riu.

_ Já quer encher a cara.

_ Chorar as mágoas, perdemos um soldado. -fingiu chorar.

_ Foda, né cara? -Gustavo deu um tapa no ombro dele.- Fica assim não meu amigo.

_ Dois idiotas. -falei rindo.- Vamos indo?

_ Eita pressa, bora... vamos minha loira. -abraçou minha cintura.- E ae Gusta, bora?

_ Agora.

  Esperamos mais duas amigas dos meninos e fomos para o carro e em seguida para o salão de festa, que ficava apenas algumas ruas pra cima.

  Tudo impecável, desde a escadaria até a entrada principal. Dissemos nossos nomes e entramos.

_ Tô indo no banheiro, preciso fazer xixi. -falei no ouvido dele e sai. Não tive dificuldade em achar, usei e estava saindo quando Eduarda passou por mim quase que correndo.

_ Moça, cê me ajuda? Tô apertada e não consigo segura sozinha esse vestido. -dizia se mexendo toda, tadinha.

_ Ajudo, mas você vai ter que segurar só um pouquinho. Vem cá. -entramos no box, eu ajudei ela e fomos lavar as mãos depois.

_ Obrigada, moça. -e saiu na frente. Quando fiz o mesmo não vi nem rastro.

_ Tava com dor de barriga?

_ Não! Que horror.

_ Ué, normal ter diarréia.

_ Leo!

_ Você demorou uma vida. -falou.- Desceu pra você?

_ Também não, amor só estava fazendo xixi.

_ Tá, né. Ok. Quer tomar alguma coisa?

_ Água, estou com sede.

_ Na nossa mesa tem. -saímos de braços dados, andamos até nossa mesa e encontramos nossa galera por lá.

_ Pensei que tinham se perdido. -Tacy brincou.

_ Quase. -respondi piscando.- A Nay chegou?

_ Ainda não, o DJ ficou de anunciar a chegada deles.

_ Ah sim, tô ansiosa pra ver o segundo vestido. Aí lindo na foto.

_ Mulheres. -Leo disse afrouxando a gravata.

_ Não tira não amor, ainda vamos tirar foto.

_ Depois é só apertar, relaxa. -me deu um selinho.

_ Leo! -olhei para trás e lá estava ela, Bianca.- Tudo bem?

_ Oi Bia, tá gatona hein. -disse se levantando e dando um abraço nela.

_ Obrigada. Não consegui vir falar com você antes... tava meio corrido.

_ Relaxa.

_ Esse é o Ricardo, meu namorado. Rick, esse é o Leo... meu amigo. -deitou a cabeça no ombro dele.- Estudamos juntos.

_ Já te conhecia por fotos. Ela fala muito de você... -os três começaram um papo lá e eu aproveitei para fofocar com a Tacy. Comentamos sobre os vestidos que havíamos visto, a música que estava tocando e fomos dar uma olhadinha mais de perto na decoração.

  Nay e Cacá chegaram ao som de Avicii, cheios de sorrisos e beijos. Registrei rapidamente antes de me juntar aos outros convidados nos aplausos. Eles cumprimentaram as pessoas que ainda não haviam falado um "Oi." e aí fomos para as fotos, o jantar, a primeira valsa e liberação da pista de dança.

  Tudo estava indo muito bem, até o senhor Leonardo ficar tenso. Olhei franzindo a testa e ele fechou a cara.

_ O que foi?

_ Já viu quem está na mesa do lado? -olhei e na mesma hora Murilo olhou de volta, desviei o olhar.

_ Não precisa ficar assim, eu tô com você.

_ Eu sei que está. -beijou minha testa.- Mas ainda não engoli esse cara.

_ Só fingir que ele não está aqui.

_ Melissa! -me virei novamente e a avó da Nay me puxou para um abraço, não só a mim como ao Leo também. Cumprimentamos o avô dela, uma tia que nos foi apresentada e até a pequena Eduarda.

_ Como que é seu nome?

_ Pode me chamar de Mel.

_ Cê que me ajudou fazer xixi.

_ Sim, foi rapidinho não é?

_ Aham, obrigada! -e saiu.

_ Linda minha netinha, não é?

_ Uma fofa, de vestido ainda... parece uma princesa.

_ Ela é... uma princesinha muito amada. Murilo é todo babão com ela.

_ Eu imagino, filha única né?

_ Sim, e ele disse que não pensa em ter outra. Que a Eduarda sozinha já é o suficiente. -Leo não disse nada, mas deu um jeito de sair dali e fugir do assunto. Não me incomodei, na verdade agi com naturalidade e quando o assunto acabou fui procurar meu noivo.

_ Achei você. -apoiei minhas mãos na cintura dele e o beijei.- Eu te amo, tá? Não esquece disso.

_ Eu também amo você. Amo tanto que as vezes tenho medo de perder você.

_ Você não vai, nunca. -nos abraçamos.- Agora vamos entrar que a festa é lá dentro e eu quero aproveitar, né?

_ Com cuidado.

_ Hoje não, é o casamento da minha amiga! Precisamos comemorar muito muito muito...

  E comemorei.

 Eu não era muuuuuuuuuito de sair, gostava de dançar, preferia não beber muito. Mas aproveitei a noite toda. Dançamos, pulamos, cantamos e eu estava bem cansada já. Chamei o Leo para ir embora por volta de umas 03h40 da manhã.

_ Se divertiu hein...

_ Muito mais do que você imagina. -ri.- Olha como ficamos lindos nessa foto...

_ Tô com cara de bunda, né? Mas você tem linda.

_ Então gatona é só a Bianca? É isso? -falei "séria" e ele me olhou preocupado.- Brincadeira amor, vamos embora. -ele arrancou com o carro e eu continuei no celular, postando nossa foto.

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Aquele capítulo light. <3

  Maluzinha matando a saudade do boy, Luan sendo Luan... Melissa casando uma das melhores amigas. Teve Murilo, sim. Teve Bianca também e teve momento Menardo fofo. Pra gente matar a saudade! 

Obs: E essa demora que não passava?

A falta de tempo me pegou de jeito, mudanças no trabalho também e quem tem contato comigo no whatsapp ou face viu que perdi meu avô recentemente. Então não estava com tanta cabeça para fanfic, mesmo assim peço desculpas porque sei o quanto é ruim esperar. Mas vocês não estão livres de mim não viu? Porque não vou abandonar a fanfic. Um beijo, até o capítulo 265. Ótima semana pra nós!