Capítulo 174

 Dedico o capítulo de hoje para uma gatinha que estará completando mais um ano de vida amanhã, quero desejar tudo de melhor. os melhores sorrisos, os melhores momentos, os melhores abraços e tudo de melhor que só Deus tem a lhe oferecer. Um beijão, receba esse capitulo como um present viu amor, feito com muito carinho. Feliz aniversário, Fran! ♥

Narrado por Fernanda

  Um dia resumido em notícias em torno de: foi lindo o dia com você, incrível. E onde fica meu foda-se pra isso tudo? O pior é que foi assim, passamos o domingo brigados e nos resolvemos na madrugada, veio segunda e ele viajou à trabalho... Teve essa entrevista com essa repórter, e depois eles foram pra balada! E mais fotos. Fotos dela com a mão no ombro dele e falando no ouvido, foto dele olhando o decote, foto deles dançando e curtindo a noite. Beleza, tudo bem! Aí na terça os sites caíram matando. Inventaram fim de noivado, brigas no relacionamento, que a tal repórter tinha ido pro hotel depois que voltaram da boate e teve a mais ridícula de todas que foi que eu havia sido traída e que havia terminado com o Luan por telefone. "NÃO! Isso já é mais do que meu raciocínio para babaquisse poderia aguentar. Sou uma filha da puta mesmo, com fama de corna mansa no Brasil inteiro. Isso é que é vida. Luan você é um homem morto." 

(...)

_ Quando eu penso que não pode piorar. -revirei os olhos ao ver o link e lá estava outra foto de #Luine. "Tem cabimento isso?"-

_ Deixa isso pra lá, Nanda.

_ Isa, isso é mexer muito comigo. Juro que se encontrar essa tal de Aline irei acertar uma faca bem no meio da testa dela super sem querer.

_ Aí credo. Deixa eu ver... -pegou o celular.- Ficou bonita a foto, olha a carinha do Luan de mal (riu). Desculpa.

@alinesaporitto: E não se esqueçam que nesse sábado no Aline Visita teremos o convidado @luansantana. Obrigada pela matéria foi super bacana, toda a equipe nota dez e o carinho foi exemplar. Um lindo!
 N Ã O   P E R C A M   H E I N!

_ Não precisa se desculpar, não sou louca possessiva de ciúmes. Nem tenho raiva dela em si e sim da situação que foi criada. Onde já se viu isso? -senti uma pontada na barriga e fechei os olhos passando a mão por cima.-

_ Tá tudo bem? Quer uma água?

_ Arthur está muito agitado hoje, ficou até roxo. -falei depois de levantar a blusa e olhar a bola roxa que tinha ficado.- Nossa filho, que chute é esse... -fiz bico.-

_ Aqui Nandinha, toma e respira fundo. Esquece isso que hoje temos muitas coisas bem mais importantes pra fazer.

_ Uma longa reunião inclusive. -falei pegando meu caderno e levantando-me.- Tem problema se eu for descalça e levar minha marmita de doces?

_ O doce nós relevamos, agora descalça não pega bem para uma executiva de porte como o seu.

_ Como o meu? -risos.- Vamos vai Isa. -falei empurrando ela para fora da sala.

  A reunião foi bem exaustiva, nossa. Saímos de lá eram mais de sete da noite porque o assunto foi se estendendo e parecia não acabar nunca mais. Porém, tudo foi colocado em ordem pelo menos na teoria.

  Saímos da empresa e fomos direto para a minha casa onde ligamos num delivery e pedimos pizza, mas demoraria um pouco então fui até a fruteira e peguei melão, cortei várias fatias e levei pra sala.

_ Você não come não Isadora? -perguntei ainda mastigando e ela olhou rindo, mas não pra mim e sim do que tinha lido no celular.- Ih. Tá apaixonada pelo baixinho.

_ Ele é muito fofo e compreensivo.

_ Ele é homem, tem lábia. Amo o Rober, mas cuidado hein. Vai com muita calma.

_ Aí Nanda.

_ É sério. Não quero ver você sofrendo por ele ou o inverso, os dois são meus amigos.

_ Acha que ele seria capaz?

_ Sinceramente não, mas é melhor não arriscar né. Desapega um pouco!

  Foi instantâneo, ela veio e se sentou ao meu lado e conversamos até a pizza chegar e o entregador muito do atirado pediu nosso número, passei o do Luan e fechei a porta.

_ Você é doida.

_ Ele que é de postar uma foto com uma legenda daquela, vai sentir na pele. Tomara que o entregador dê uma super cantada nele.

_ Aí Nanda, tadinho.

_ Tadinho nada, Luan merece tapa na cara isso sim. -falei entrando na cozinha e mexendo nos armários para pegar os pratos, talheres e copos.- Eu queria conhecer essa repórter, ah como eu queria.

_ As vezes ele não fez por mal.

_ Você não conhece aquilo ali não, ele fez porque sabe que eu fico brava, aí ele vem joga uma conversa e terminamos na cama. Mas, dessa vez não vai ser assim. Posso estar subindo pelas paredes, usando um vibrador, meus dedos... Mas, não vou transar com ele. -ela me olhava assustada com aqueles olhos claros.- Tá bem?

_ Você usa essas coisas de sex shop?

_ Tenho uma parte no closet só disso, vamos comer e eu te mostro tudinho.

_ Nunca entrei em um, é um ambiente tão diferente.

_ Erotismo. Mas, é uma loja normal. E que eu gosto mais do que loja de lingerie. -ela engasgou com o refrigerante e eu ri.-

_ Vamos falar disso depois? Senão eu não consigo comer imaginando.

_ Besta.

  Comemos falando de sapatos, menos mal. Quando subimos levei o celular e já coloquei pra carregar, e entramos no closet. Os olhos arregalados e surpresos foram tipo Anastasia Steele quando entrou no quarto vermelho, me senti uma ninfomaníaca. "Tô perto, mas ainda não!" Depois nos sentamos na cama e fomos comentar sobre o que ela tinha visto. Depois peguei o celular e tinham muitas mensagens do Luan, primeiro respondi todos os outros inclusive fã clubes.

*Tá online e não vai falar comigo mesmo?*

*Amor? Tá tudo bem?*

*Cê nem me atendeu hoje.*

  Quando ele viu que eu tinha lido as  mensagens e  não respondido nada, o online deu lugar ao visto por último. Saí também e quando pensei em colocar o celular em cima do criado mudo começou a tocar.

_ Oi amor. -atendi indiferente.-

_ Oi, até que enfim... Tava preocupado já.

_ Oxê, por que? Tô muito bem.

_ Certeza? 

_ Absoluta. E você?

_ Eu o que?

_ Está bem né Luan... Tá estranho. Aconteceu alguma coisa?

_ Não! Não amor, não aconteceu nada. Como foi seu dia?

_ Estressante. -falei e ele ficou quieto.- Tivemos uma reunião com um sócio que demorou horas! Saímos de lá e viemos direto pra casa.

_ Hm... Comeu direitinho? Como está o nosso meninão?

_ Muito bem, chutando inclusive. -falei sorrindo e passando a mão na barriga.- E você?

_ Eu o que?

_ Ih Luan, tá dormindo é? Como foi seu dia.

_ Fiz participação em duas rádios e uma entrevista virtual.

_ Bacana hein... E o que mais?

_ Nada não... É...

_ Ligou pra que?

_ O Testa deu a ideia de sairmos juntos.

_ Ele de vela?

_ Não, chamava a Isa tamém uai.

_ Quando?

_ Na quinta à noite, depois do show que vai começar um pouco mais cedo.

_ Temos que ver na nossa agenda, e mesmo que dê para nós irmos... Sábado eu tenho que estar em casa pra acompanhar a mudança da decoração do quarto do Arthur e mudar as roupinhas e outras coisas dele pro quarto novo.

_ Vai me mandar foto depois?

_ Na terça você vê, ué.

_ Vou roer as unhas de ansiedade...

_ Fique à vontade (ri). Tenho que desligar, tá?

_ Por que ?

_ Chamei a Isa para me fazer companhia, então preciso ser uma boa amiga e largar o celular. Beijos, te amo tá?

_ Nanda você viu a...

_ Vi a...

_ Uma foto da Laura, que a Bru colocou no insta...

_ Uhum. Toda bonequinha e aquele sorriso banguela. -ri sabendo que ele queria contar outra coisa, como as fotos dele por exemplo.- 

_ Ah tá. Beijos, se cuidem. Amo vocês. -e desligamos.

_ Isa..  Vamos pro Rio na quinta? -perguntei e ela olhou desconfiada.- Sei que você foi convidada.

_ E a reunião? 

_ Nós podemos remarcar pra semana que vem.

_ Na segunda de manhã?

_ No horário do almoço porque não vai demorar, é coisa rapidinha eu acho.

_ Vou anotar e amanhã eu ligo dizendo que precisou ser remarcada.

(...)

  Infelizmente não conseguimos remarcar para segunda, então mudamos o horário do nosso vôo para o fim da tarde e chegaríamos quase na hora do show, então fomos quase prontas, com a roupa do show separada e seguimos rumo ao estado carioca.

_ Não melhorou ainda? -ela perguntava enquanto estávamos embarcando.-

_ Tô com a barriga dura e dói viu, e não é meu filho. -fiz careta.-

_ Ih Nanda, desde aquele dia... -referia-se ao dia após a reunião que fomos lá pra casa encher a barriga e dormir.-

_ Pois é... Uma dor que vai e volta, bem estranha.

_ Quer passar em algum médico antes? Tô preocupada amiga.

_ Se não passar eu vou, fica tranquila e quando chegarmos no hotel nem comenta com o Luan senão ele morre.

_ Tá bom, mas estarei sempre de olho. -assenti.-

(...)

  Chegamos um pouco atrasadas no show que já havia até mesmo começado, pegamos trânsito e Luan estava em sua terceira música. Nos acomodamos no camarote e por ali ficamos atraindo um olhar e outro de pessoas que nos reconheciam, mas em nenhum momento vieram até nós.

_ Aí vamos no camarim comigo? -chamei, ela assentiu e fomos bem "rapidinho" até mesmo para não causar tumulto. Quando entramos no camarim (depois de ultrapassarmos a barreira de seguranças que disseram que éramos apenas duas fãs que inventavam mais uma história), tirei meus sapatos ficando bem mais à vontade, sentei no sofázinho que tinha ali e fechei os olhos jogando a cabeça pra trás.-

_ Você está começando me assustar. O que tá acontecendo?

_ Tô com muita dor, eu me mexo dói.

_ Meu deus, fica aqui que eu já venho. -e saiu.

  Não passou muito tempo e ela apareceu ali com um socorrista, deveria ser enfermeiro. Ele me fez "n" perguntas e ao descrever os sintomas ele disse que eram gases. "Nossa! Puta que pariu, nunca imaginei que peidos me dariam trabalho." Ele me receitou luftal, e eu sabia que isso seria ótimo. Mas, não pro Luan (risos).

  O show chegou ao fim e seguimos para um restaurante, Paris 6, Luan não saía de lá. E eu evitei comer um pouco, até porque o remédio começou fazer efeito e minha barriga parecia estar embrulhando.

_ O que tá acontecendo? -Luan perguntou ao me ver desconfortável na cadeira.-

_ Nada. -tentei disfarçar, não queria falar que estava com vontade de ir aí banheiro.-

_ Não vai comer nem um pouquinho? -veio colocando a colher cheia de doce na minha boca. Engoli com a "maior vontade".- Quer água?

_ Uhum...

_ Toma. -bebi alguns goles e tentei conversar, mas minha barriga estava fazendo barulhos. Teve uma hora que foi tão alto que Luan olhou pra minha cara franzindo a testa.- Amor, pode confiar em mim... -veio me dando um selinho e segurando meu queixo.-

_ Quero peidar. -falei sincera olhando bem no fundo dos seus olhos.-

_ Mais sinceridade que isso é impossível. -Rober disse rindo e eu mostrei o dedo do meio.-

_ Tá falando sério?

_ Ela está passando mal com isso desde que embarcamos. -Isa disse.-

_ Ôh amor, não pode ficar segurando não. Deu vontade peida, todo mundo faz isso. -disse e os três começaram a rir e comentar sobre o assunto, e eu ficando quase roxa de vergonha e puro constrangimento. Luan era um nojento assumido que quando juntou com Roberval quiseram ver quem arrotava mais alto.- Bem melhor.

_ Cadê aquela história de que você tem uma imagem? Isso é nojento!

_ Nojento nada, é saúde! Muita saúde! Melhor que ficar com dor, com a barriga dura.

_ Quero ir embora... -cruzei os braços e fiquei de cara fechada até ele pagar a conta e nós irmos pro táxi, Rober e Isa tinham ficado pra dar uma namorada.-

_ Tá brava comigo, ôh coisa linda? -olhei de cara feia e ele riu mais ainda.- Te amo.

_ Ridículo. -falei tirando o celular da bolsa e desbloqueando a tela.-

_ Fiquei feliz que veio, tava preocupado que não me respondia mais, que nem me ligava.

_ Estava ocupada.

_ Sempre esteve e nunca foi motivo de ficarmos tanto tempo sem nos falar.

_ Nunca reparei. -até chegarmos no hotel o silêncio predominou o espaço.-

   Depois de pagar o taxista e autografar um pedaço de papel qualquer para a neta dele ou sobrinha, não entendi muito... Descemos do carro e entramos no hotel. Seguimos para o elevador e quando chegamos no andar de nossos quartos dei graças à Deus, Luan passou o cartão na porta do quarto entrei com vontade, tirei os sapatos e fui deixar minha bolsa em cima da cama.

_ O que vamos fazer agora hein? -veio pro meu lado, me abraçando querendo beijar meu pescoço e não deu outra, quando ele apertou um pouco mais forte eu acabei com o clima.- Minha nossa senhora, Fernanda do céu! -se afastou tapando o nariz.- Cê tá pobre muié!

_ Eu te falei que estava com gases, apertou minha barriga porque quis. -falei me deitando de lado na cama e bem à vontade com o meu corpo, deixando o Luan quase verde.- Você mesmo disse que eu não posso segurar.

_ Nem me matar com esse fedo todo, meu pai do céu. Ave maria!

_ Você não peida? Não faz côco?

_ Você é uma mulher tinha que ser mais delicada.

_ Desculpa, não sou toda pati. -revirei os olhos e o ignorei.-

_ Vou tomar um banho pra não morrer intoxicado com esse cheiro. -disse tirando o tênis, sua meia e indo pro banheiro.-

 1 hora e 15 minutos depois {...}

_ O que é isso? Não posso mais tomar banho?

_ Quer trocar sua pele, não vou ficar me segurando. Preciso usar o banheiro.

_ Ah não! Fernanda!

_ Que tipo de noiva é você? Minha irmã eu tenho certeza que até hoje nunca cagou na frente do Rafael. Não deve ter nem peidado do jeito que é fresca. Já você...

_ Você tem que me conhecer assim... Por inteirar, desfrutar da intimidade é isso. E não só sexo, entenda meu amor. -ele estava indignado, tão surpreso que ficou coisa de cinco minutos porque estava terminando de lavar os cabelos e depois saiu.-

  Depois de usar o banheiro aproveitei pra tomar um banho, só não lavei o cabelo porque estava tarde e eu com certeza ficaria gripada. E saí, fui me secar e aproveitei para vestir meu pijama ou melhor, a blusa do Luan e me deitar bem do lado dele que estava de olhos fechados e levou um susto.

_ Tá assustadinho é bebê? -comecei a rir porque eu nunca o chamava de bebê, nunca era fofa. Haviam momentos que rolava uma excessão, fora isso eu era a Fiona da relação sempre.-

_ Ok. O que você tem hoje? Bebeu? -perguntou me desgrudando dele.-

_ Não quer ficar perto de mim seu fresco? -ele assentiu.- Bom saber neguinho, bom saber que você vai ver só!

_ Ver o que?

_ Trouxa. -sentei no colchão e levantei da cama, fui andar pelo quarto e encontrei o frigobar que sempre tinha algo gostoso pra comer e daquela vez, nada. Nem mesmo chocolate, peguei o telefone e disquei o ramal da recepção. Pedi fritas com bacon e cheddar, maionese, ketchup e mostrada. Um x-burguer e suco natural de maracujá com leite e morango.-

_ E pra onde vai isso tudo de comida.

_ Pro meu rabo.

_ Tá gordo mesmo! Bom pra dar uns tapas. -mordeu os lábios.-

_ Sonha bebê, sonha muito. Que nesse meu corpo de boneca você não chega perto tão cedo.

_ E eu posso saber por que?

_ Flatulências existem.

_ Que isso? -fez caretas.-

_ Pum. Mais conhecido como gás mortal. -risos.- Tá tipo filme infantil que alguém peida e quem fica perto acaba ficando verde.

_ Tá demais hoje hein. -falou virando para o lado oposto do meu e pegando o celular.-

_ Vai ficar nesse celular sem me dar atenção mesmo? -perguntei indo pra frente do espelho.- Pensei que quisesse minha companhia. -disse "manhosa".-

_ Quero fazer amor, você quer também?

_ Não, tô tão cansada... Pés inchados... Uma dor aqui no pescoço... -falei depois de soltar os cabelos e ir voltando devagar pra cama.- Seus dedinhos gordinhos poderiam me fazer uma massagem né?

_ Eles até querem e você sabe muito bem onde. -respondeu rindo e me deixando sem resposta.-

_ Você é um safado incorrigível.

_ Nada disso. Sou um noivo com saudades, você não me deu um beijo decente desde que chegou aqui... -e era verdade. Subi na cama "engatinhando" e inclinei minha cabeça passando a boca em seu pescoço e levando minha mão até o elástico da cueca, passando as unhas e ele prendeu a respiração.- Fernanda...

_ Hmmm... -levantei um pouco e minha mão foi descendo sem pressa escorregando e em pouco tempo estava massageando seu membro enquanto com a boca deixava mordidas pequenas naquela pele branquinha de neném. Já o sentia pulsando, querendo mais, tanto que ele começou a gemer bem baixinho... Continuei devagarinho e quando ele estava com volume, bem duro, parei e me concentrei em beijá-lo. Suas mãos desciam até minha bunda e encontrariam minha intimidade se eu não tivesse levantado e ido pro banheiro por ter me dado um "enjôo repentino". Quando voltei pro quarto Luan estava coberto por um edredom e todo sem vergonha, me olhando sexy até eu dizer que iria dormir porque "não estava me sentindo muito bem".-

_ Eu vou ficar assim?

_ Desculpa amor, estou exausta (bocejei)... -ele me olhou com muita raiva e ficou quieto, disse que iria ao banheiro e foi aí que escutei sua "histeria", soube o quão era ruim mijar de pau duro. E ri muito sozinha, eu disse que teria troco e essa brincadeira estava só começando.- Lu, vem dormir comigo amor... Tô com saudades de dormir agarradinha com você. -falei alto e não tive resposta, a porta se abriu e ele saiu sem dizer nada. Deitou de barriga pra cima e fechou os olhos.- Vai me ignorar mesmo?

_ Preciso me acalmar... -falou tranquilo e eu prendendo a risada.-

_ Mas eu tô com sono...

_ Então dorme.

_ De conchinha, com você...

_ Porra! -senti sua pele arrepiar.- Não tem outro jeito não? -neguei toda manhosa e não deu outra, Luan ficou de conchinha comigo até que eu "dormisse", fechei os olhos e sem ter controle do meu corpo fiquei esfregando minha bunda nele, prendia minhas pernas na dele e quando ele tentava se esquivar fingia dar um gemido gostoso.- Ah Fernanda, se você soubesse a vontade que eu tô... Nem punheta resolve. -"Eita! Alguém segura esse peru dentro da cueca, que olha... Difícil eu aguentar assim viu."

  Depois de provocar muito meu noivo que estava duro feito uma pedra, adormeci. Fui acordar pouco mais de meio dia na sexta. Luan ainda dormia, deveria não ter nada marcado. Mas, eu queria aproveitar o lugar e não passar o dia dormindo. Então tomei um banho, coloquei um biquíni e uma roupa qualquer por cima, calcei minhas hawaianas e peguei o celular discando o número da Isa.

_ Oi bonita. Acordou, é?

_ Acordei, tomei um banho e estou pronta pra descer e dar uma volta. Vamos?

_ Estava mesmo querendo andar pra espairecer e conversar, acho que preciso de conselhos. -"Então você precisa conversar com uma pessoa normal, lembrando que essa pessoa não sou eu amiga. Fuja enquanto é tempo."-

_ Brigou com o Rober?

_ Fomos pra cama e não foi ruim, foi muito bom. Mas... Tô confusa, com medo do que existe entre nós acabar.

_ Cinco minutinhos e falamos sobre isso, pode ser? Vou passar meu protetor e pegar os óculos escuros.

_ Tá, beijos. Bom dia ainda?

_ Claro. -risos.-

  Desliguei o fiz o que havia dito. Saí do quarto depois de deixar um bilhete colado nos dois espelhos, do quarto e do banheiro, sabendo que com certeza ali ele olharia e desci.

_ Hmmmm... -cheguei falando e ela de branca estava quase roxa.-

_ Para tá, não tem graça. -cobriu o rosto com as mãos e eu rindo.- Nanda...

_ Aí que isso, você já tem 23 anos. Relaxa!

_ Eu não sou de fazer essas coisas...

_ Que coisas?

_ Isso aí mesmo que você sabe. -falou baixinho.-

_ Transar? Não sabe o que está perdendo, que é bom viu. -risos.-

_ Para, as pessoas estão é olhando. Vamos comer a aí conversamos.

  Não discuti e fomos, comemos e depois fomos andar no calçadão e que delícia estava aquele sol. Fomos pertinho do mar e tiramos a roupa ficando somente de biquíni e corremos pra dar um mergulho e refrescar, porque estava bem quente. Ainda  ficamos um tempinho na água e saímos devagar, rindo de um casal de idosos que nos olhavam com olhar de repreensão e não fazia ideia do porque.

  Voltamos pra areia e meu celular tocava, meu noivo lindo.

_ Pois não...

_ Aonde é que você tá?

_ Boa tarde, estou muito bem e você? Ah, eu dormi bem também... Já almocei...

_ Te fiz uma pergunta.

_ E eu te respondo. Não interessa onde eu estou. -e desliguei.- Vai ser ignorante lá na puta que pariu também. 

_ Nossa que estresse, e que boca suja.

_ Ele é todo grosso quando quer, parece que vai me engolir pelo telefone e... -olhei para a tela do celular e passei o dedo ignorando a chamada.- 

_ Ele só deve ter assustado você não estar no quart... -parou pra atender o celular e eu aproveitei pra me vestir.- Oi, estamos na praia de frente com o hotel... Acabou a bateria na hora que ela atendeu... Não sei, mas daqui a pouco... Vamos embora hoje à noite porque amanhã temos que ver a decoração do quartinho do Arthur... Depois falamos mais, beijos. Tchau. -e desligou.-

_ Fofoqueira.

_ Melhor do que ele sair do hotel pra te procurar.

_ Deixasse ele vim. Luan tá muito do folgado, Isa. E ele vai ver só, tá pensando que fala do jeito que quiser comigo. -disse e ela riu.-

  Paramos num quiosque e pedimos açaí na tigela com várias coisas junto e voltamos pro hotel comendo e rindo do povo que passava por nós.

_ Fernanda! -escutamos alguém gritar meu nome e paramos no meio da calçada.- Fernanda! -olhei para os lados procurando e quando fui olhar pra frente fui surpreendida com um abraço.- 

_ Calma, quase me derruba (ri).

_ Desculpa, não resisti. -me deu um beijo no rosto e se afastou.-

_ Ah não, é? Como me achou?

_ Estou voltando agorinha do hotel, os porteiros disseram que o Luan tinha ido embora hoje cedo e que não ia adiantar esperar lá na porta.

_ Luan acabou de acordar. -falei rindo.- Quer falar com ele? -ela negou envergonhada.- Deixa disso, fala com ele poxa. -peguei o celular discando o número.-

_ Arrumou bateria foi?

_ Tem uma pessoa querendo falar com você...

_ Quem? Que pessoa?

_ Você vai saber, calma... -passei o telefone e depois de falar "Alô?" a menina congelou, não dizia nada só chorava e eu estava começando a me assustar, eu nunca sabia o que fazer. Isadora que socorreu a coitada e ajudou ela se recuperar e conseguir falar com ele por uns cinco minutos, depois disso ela agradeceu muitas vezes, tirou uma selfie conosco e foi embora.- Até mais tarde, vai aproveitar seu baixinho. -disse rindo assim que chegamos no andar de nossos quartos.- 

_ Bonito, né? -abriu a porta de cueca e saiu no corredor cruzando os braços. Um casal que estava estava atrás de nós desceu também e quando a mulher viu deu um grito, o namorado dela lhe tapou os olhos e Luan correu pra dentro do quarto enquanto eu ria.-

_ Esse famosos, pensam que podem tudo só porque tem dinheiro. -e saíram. Continuei andando e entrei no quarto vendo-o deitado de cueca na cama, todo folgado.-

_ E aí peladão...

_ Olha isso não tá legal.

_ Isso o que?

_ Você me dando patadas como se eu não tivesse sentimentos. -quando ele falou isso se levantando e pondo a mão na cintura enquanto apontava o dedo pra mim com a outra não aguentei e tirei uma foto postando no snap com a legenda: "para amiga, babado sério hein!"- Tô falando sério sabia?

_ Sabia, claro. -risos.- Só que isso tá muito gay, tive que registrar o momento.

_ Nem vou te falar nada, cansei. -virou de costas e foi rebolando pro banheiro me deixando rolar na cama de tanto dar risada. Ôh homem dramático, meu deus! Nunca vi igual.

  Aproveitei que a donzela estava tomando um banho e fui guardar minhas coisas, arrumar minha mala e colocar pra dentro o que estava espalhado pelo quarto. Deixei a roupa que trocaria depois do banho em cima da cama e fiquei mexendo no celular dele que tinha um joguinho legal e fiquei até ele sair do banheiro já com o humor visivelmente melhor. Foi a minha vez e depois fiquei pronta, penteei os cabelos e fomos comer fora. Eu, ele, Rober, Isa, Well e Juliano.

(...) 

 Descansei muito nesses dois dias de viagem, minha dor voltou. Mas, tomei o remédio e deu uma aliviada. Porém, eu estava ficando preocupada com isso. Deixei pra lá, caso voltasse procuraria o Filipe.
 Os dias que sucederam a viagem tinham tudo para ser tranquilos, tudo numa "nice", mas nem tudo é como queremos. Nem tudo é perfeito, não é? Eu não sabia, mas o que estava para acontecer poderia mudar tudo e quando digo tudo, inclui relacionamentos...

~.~

  CHEGUEI! Bora comentar pra saber o que acontece! haha... Gostei muito do casal "desfrutando" da intimidade um com o outro, mas essa vibe acabou. Porém, as palavras finais foram um pouco tensa... O que será que vem por aí? Beijão, até o proximo.

PS: Sorry, pelos erros gritantes de ortografia. Porque mesmo revisando ainda fica uma coisinha e outra.