{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Capítulo 195 - Parte IV

Narrado por Fernanda
  Os dias passaram e eu comecei a fazer o acompanhamento pré-natal com o Dr. Roberto mesmo, gostei dele. E tudo ia bem com o bebê, eu estava agora de quase um mês. No meu corpo ainda não existiam mudanças, eu estava normal.

(...)

  Luan estava oficialmente com a semana de folga e voltando para casa, e isso deixou os pequenos agitados, Melissa queria esperar o pai chegar pra ir dormir e Arthur ia na pilha da irmã e não pregava os olhos. Mas e eu? A grávida que tinha um sono maior que o seu próprio tamanho? Ficamos todos no sofá, eu louca pra deitar e dormir e eles acordados até demais pro meu gosto.

_ Mamãe, você tem que ficar acordada.
_ Seu pai vai chegar tarde e já passou da hora de vocês dois irem pra cama.
_ Mas eu queria esperar ele chegar.
_ Você deveria me obedecer, eu trabalhei o dia todo e tudo o que eu queria é dormir.
_ Pode ir, a gente fica aqui quietinhos.
_ Ah claro, eu não tenho mais juízo né? -revirei os olhos.- 
_ Eu não tô com sono...
_ Valeu aí cara, vai com Deus!
_ Papai! -gritou e desceu do sofá antes mesmo dele abrir a porta, olhei no relógio e era quase duas da manhã.-
_ Mas cêis tão tudo acordado ainda? -fechou a porta e pegou Melissa no colo.-
_ Ninguém nessa casa sabe o que é dormir. -falei me levantando.-
_ Tá brava, é?
_ Estou com sono, muito sono. -fui até ele lhe dando um beijo bem rápido.- Boa noite pra vocês.
_ Já vai dormir?
_ Quase duas horas da manhã meu amor, eu prezo pelo meu sono. Te amo.
_ Também amo você.


  Subi e vesti um pijama, mas foi deitar na cama e meu sono evaporou, fiquei rolando na cama e nada. Fiquei quieta no escuro.

_ Não ia dormir?
_ Perdi o sono.
_ Fala a verdade, fala que não consegue dormir sem eu do seu lado.
_ Convencido.
_ Linda. -subiu na cama e ficou em cima de mim, sem deixar que seu peso caísse sobre mim, sua boca veio ao encontro da minha e o beijo aconteceu.- Tava com saudades do seu beijo, como você tá?
_ Manhosa, uma esposa carente do meu maridão. -joguei meus braços em seu pescoço e o puxei pra mim.-
_ Espera eu tomar um banho? Cê tá quentinha e eu todo suado e gelado.
_ Se eu não estivesse com preguiça iria com você. Vai lá, estou esperando.




Narrado por Luan
  Cheguei tarde e por mais que eu estivesse louco de saudades da Nanda e das crianças eu sabia que estava tarde e eles precisavam dormir. Então fui tomar um banho de boa e quando saí a senhorita "Vai lá, estou esperando." estava dormindo abraçada ao meu travesseiro, toda linda. Troquei a toalha por uma cueca, uma regata e fui me deitar.


_ Durma bem meu anjo. -beijei sua testa e dormi.

  Minha rotina, embora que fosse monitorada e eu fazia um esforço para que tudo saísse regrado: sono, alimentação e essas coisas; quando eu estava em casa meu corpo parecia realmente relaxar, meu sono pesado e eu de fato dormia, dormia um sono bom, gostoso e muito mais confortável que qualquer cama de quartos em hotéis. Dormi tanto que no outro dia acordei era quase noite, mas estava tudo tão quieto naquela casa que eu imaginei estar sozinho.
  Lavei o rosto, escovei os dentes e vesti uma bermuda, calcei meus chinelos e desci.


_ Uai,  cadê o povo dessa casa?
_ Luan? Você em casa?
_ Luci, sua linda. -lhe dei um abraço apertado e gostoso.- Tudo certo?
_ Muito certo e você? Descansou?
_ Opa... Quero saber de dormir mais não, só de namorar. -na hora ela ficou vermelha e eu rindo.-
_ Sem graça. -risos.-
_ Cadê minhas cria? Minha muié?
_ Melissa foi passar a tarde na casa de uma amiguinha e a Fê foi buscá-la, levou Arthur junto.
_ Então está só nós dois, é?
_ Nada disso. A Rúbia está terminando a janta. -sorriu e foi atender o telefone que estava tocando. Respirei fundo e senti o cheiro de comida, meu estômago roncou e pensei comigo mesmo que era hora de atacar a geladeira, os armários e vê o que sai.-
_ Cê tá aí mulher? Fazendo o que de bom pra nós?
_ Caldo de Mocotó, farofa e arroz fresquinho.
_ Ôh muié, assim eu largo da patroa e caso com  você.
_ Sou muito bem casada, viu. -entrou na brincadeira.- Com fome?
_ Muita.
_ Tem pão integral, queijo branco, peito de peru e tomates cortados na geladeira.
_ Cê que fez?
_ E suco de laranja. Dona Fernanda falou que o senhor acordaria com fome e é judiação te fazer esperar até a janta.
_ Por isso que eu amo as mulheres dessa casa. -lavei as mãos e fui até a geladeira, peguei as coisas para colocar no pão, o suco e fui preparar meu lanche que eu não aguentava mais de fome.


  Depois de estar satisfeito, lavei o que tinha sujado e fui assistir Tv. Nada de bom nos canais convencionais, coloquei em um de filmes e estava passando um de terror que estava praticamente no começo.

Alguns minutos depois...

  A tropa chegou fazendo o maior barulho, Melissa corria na frente e falando "Mamãe não conta." já Fernanda estava vermelha de tanto rir e Arthur olhando as duas sem entender nada, assim como eu.

_ Amor, a Melissa recebeu uma cartinha de um menino na escola. -ria mais ainda.- E sabe o que ele escreveu no final? "Não conta pro seu pai que ele é muito bravo." Ôh amor, você é bravo?
_ Melissa, vem aqui.
_ Ele é meu amigo, e mamãe não era pra ter contado. Ele vai achar que eu tô namorando.
_ E não tá?
_ Estamos se conhecendo ainda. 
_ Se conhecendo? Vai conhecer meu cinto já já.
_ A senhora é uma fofoqueira.
_ Somos seus pais, temos que saber da sua vida.
_ Meu vô por acaso sabe dos seus namorados?
_ Sabe do meu marido. -riu.- Né amorzão?
_ É. -selinho.- E nada de esconder as coisas da gente.
_ Cêis vão brigar comigo.
_ Não vamos, iremos conversar se for preciso. -falei e ela deu de ombros, falou que ia pro quarto e subiu.- O que deu nela?
_ Tá namorando? Você não ouviu?
_ Acho bom você ir lá em cima e acabar com essa palhaçada de namoro na primeira série antes que eu faça isso.
_ O namoro deles é inocente amor.
_ Se na minha época não era imagina agora... Não quero a Melissa namorando nem de só pegar na mão.
_ Ciumento.
_ Cuidadoso.
_ Vai com o papai Arthur, vou levar essa coisas pra cozinha... -o soltou no chão.- E por falar em cozinha..  Você comeu bonito?
_ Sim.
_ Lavou o que sujou? Porque aqui você não tem empregada.
_ Tenho uma linda esposa que pode fazer isso por mim.
_ Espera, mas espera sentado que em pé cansa. -e saiu.-
_ Tá vendo né garotão? A gente assume a muié, namora, se declara, casa e ela ainda reclama de lavar a louça que você suja.
_ Eu escutei isso.
_ Não falei mentira, tô contando pro meu filho as verdades da vida.
_ Ridículo.
_ Essa é sua mãe meu filho. -risos.-
_ Ôh pai!
_ Pois não...
_ Leva eu no cinema amanhã?
_ Você e quem?
_ Minhas amigas.
_ Eu? Tem certeza?
_ Sim, cada vez é o pai de uma e agora é a sua.
_ E quando você ia me contar isso? Sabe se eu vou ficar em casa por acaso?
_ Cê nunca saí, só vai na minha vó. Isso não é sair.
_ Ôh língua afinada, minha nossa senhora. Fernanda!
_ Oi!
_ Que horas é isso?
_ Isso o que Luan?
_ Levar essas meninas no shopping.
_ Horário de almoço, elas comem lá, assistem o filme, comem outra vez e depois você as leva em casa.
_ Cada uma? Não posso trazer pra cá e cada pai que pegue a sua?
_ Você que sabe... Vai sair ligando pra avisar?
_ Droga.
_ Reclamão.


  Eu sei que poderia estar reclamando, mas um pai com uma vida normal está acostumado com isso... Então não deve ser muito difícil e a Fernanda vai junto, com toda certeza do mundo. Ela só não sabia disso ainda.
  Arthur assim como eu não tirava os olhos da Tv, podia até não entender nada do filme, mas tava lá olhando.


_ Isso mesmo, põe filme com muito sangue, muito susto pro menino assistir. Aí quando ele acordar chorando de madrugada você que vai levantar essa bunda grande da cama pra ir olhar.
_ Nossa, ele nem tá entendendo.
_ Você está avisado.
_ Senra aí, vamos assistir tamém. Está quase no final. -ela até ia se sentar conosco, mas foi ver o que Melissa estava fazendo.




Narrado por Fernanda
  Cheguei no quarto e Melissa estava arrumando a roupa pra ir tomar banho, pijama da Minnie e calcinha.


_ Já vai tomar banho? Brincou muito lá?
_ Brinquei, tô com sono.
_ A mamãe te ajuda no banho, aí a gente já aproveita e lava esse cabelo. Né?
_ Tá limpinho...
_ Ahaam, muito. -Melissa não enrolava no banho, era se ensaboar, escovar os dentes e sair. Demorava um pouco quando eu lavava o cabelo dela. Terminamos, sequei seu cabelo com o meu secador e fomos nos juntar aos homens da casa.-
_ Amorzinho...
_ Hm..
_ Arthur precisa trocar a fralda que a coisa aqui tá feia.
_ Pausa seu filme, sobe e troca ele.
_ Ôh amor, só hoje vai... Tenho uma semana pra trocar as fraldas dele.
_ Vem filho. -ele não pensou duas vezes, veio pro meu colo, troquei sua fralda na sala mesmo e tudo certo.-
_ Dona Fernanda já coloquei a mesa, e há estou indo pra casa também viu.
_ Que isso muié, fica aí. Come com a gente e depois eu te levo em casa.
_ Magina que eu vou ficar, precisa disso não.
_ Faço questão, amo a mesa cheia de comida e de gente. -riu.- Cadê a Luci?
_ Tô indo embora. -falou rindo.-
_ Tá nada, vai jantar tamém.


  Jantamos juntos com as meninas, depois Luan foi levar as duas em casa e eu fui tirar a mesa e depois colocar as crianças na cama, Arthur mesmo já caía de sono e Melissa estava cochilando no sofá.

_ Deixa ele dormir comigo, mãe...
_ Sem bagunças?
_ É. Eu prometo.
_ Então tá bom. -subimos para o quarto da Melissa, ajeitei a cama e depois de os dois deitarem fiquei com eles até que pegassem no sono. Voltei pra sala e fiquei esperando meu marido chegar. Meu marido, quem diria né?-
_ Uai, cadê?
_ Dormiram. Agora você é só meu.
_ Vai fazer o que comigo?
_ Muitas coisas.
_ Não vai contar?
_ Vamos pro quarto que lá eu te mostro.
_ Pro de hóspedes que é mais rápido, né. -ri da sua pressa, mas não me opus e tivemos uma noite maravilhosa.


  No sábado, Melissa acordou toda acelerada e falando pra eu acordar logo o pai dela, que se não ela ia perder a bora do filme. Que o Luan era muito enrolado pra se arrumar e mais um caminhão de coisas.

_ Filha calma, seu pai não esqueceu.
_ Tem certeza?
_ Absoluta. E tá cedo ainda.
_ Eu acordo cedo pra ir pra escola.
_ As vezes me esqueço disso, desculpa filha. E seu irmão?
_ Tomando mamadeira.
_ Quem fez?
_ A Lê, ela tá lá embaixo e ele tá com ela. Mãe, ela tem medo do Lupy.
_ Medo?
_ Eu cheguei lá embaixo e ela tava em cima da cadeira com uma vassoura na mão.
_ E você fez o que Melissa?
_ Coloquei ele pra fora ué. -disse na maior naturalidade.- Mãe...
_ Oi.
_ A senhora não vai levantar não?
_ Levantar pra que? O que você quer de mim?
_ Que você me ajuda a escolher uma roupa e acorda meu pai.
_ Posso dormir mais uns minutinhos?
_ A senhora nunca volta a dormir depois que acorda e eu não tenho com quem conversar, sabe... eu queria pintar a unha, mãe.
_ Tá, você venceu! -abri os olhos, tirei a coberta e me sentei na cama.- Tá feliz?
_ Rosa ou vermelho?
_ Eu vou tomar um banho, a senhorita também e nada de molhar o cabelo hein. 
_ E depois?
_ Depois eu vou comer, ué.
_ De novo?
_ Quando que eu comi?
_ Ontem de noite e muito ainda.
_ Da pra falar mais baixo as duas?
_ Bom dia papai.
_ Ele ainda tá dormindo, espera a mamãe lá embaixo junto com a Lê e o Art.


  Melissa depois que acordava não voltava a dormir e eu também, por conta do trabalho e mais ainda depois que me tornei mãe. Só que com a gravidez, eu já estava sentindo um pouco mais de sono. Como faz?
  Levantei e fui tomar um banho para despertar logo de cara, depois coloquei uma roupa fresquinha já que eu estava com calor e fui tomar café, mas não consegui. Fiquei enjoada, não quis comer mais.


_ Letícia pelo amor de deus! Onde desliga essa menina?
_ Boa pergunta. -risos.-
_ Mãe! A mãe da Isa quer falar com você.
_ Falar o que?
_ Do shopping.
_ Dá esse telefone aqui, vai...


  Falei com a mãe da Isabela, com a mãe da Bianca, com a da Francielly e com a mãe da Giovana. Depois fomos escolher uma roupa, pintar as unhas da cor que ela quis, depois sentei no chão e brincamos de cabeleireiro e por obra divina, Luan acordou, levantou da cama e estava de banho tomado.

_ Não tá pronta ainda?
_ Pronta pra que?
_ Eu não vou sozinho e se você não for, eu não vou, Melissa não vai também.
_ Ah Luan, eu não tô bem pra ir bater perna.
_ Mas você disse que ia papai... -ela já disse com voz de choro, ele continuou me olhou e ela passou por ele correndo e saiu do quarto.-
_ E aí, vai ou não?
_ Eu já falei.
_ São  algumas horinhas só.
_ O Arthur tem um ano, ele não fica quieto nem em casa. Quem dirá no cinema. Não vai dar!
_ A Lêzinha poderia ir junto.
_ Luan não inventa...
_ Ela fica com as meninas na sala do filme e nós vamos dar uma volta pelo shopping com o Art.
_ Tenho uma opção?
_ Você sempre tem. -riu.-
_ Te odeio. -e saí do quarto.


  Eu nunca tive frescuras com roupas, mas tinham dias que eu não sabia o que vestir e hoje era um deles. Até porque eu não estava saindo apenas com o meu marido, estava saindo com o meu marido, meus filhos e amigas da minha filha.

Somente vestido e sapatilhas. ♥

  Coloquei algo bem básico mesmo, penteei os cabelos e prendi em um coque perfeito, passei uma base para disfarçar a cara de sono e minha palidez pelo enjôo, uma sapatilha e estava pronta.
  Troquei as crianças e enquanto esperávamos Letícia se arrumar, aproveitei para preparar uma bolsa para as crianças.


_ Não vai comer nada? 
_ Já tomei café. -menti.-
_ Certeza? Não enjoou?
_ Vamos ir ou não?
_ Tá mudando de assunto, por que?
_ Por que eu quero, deixa de ser chato.
_ Só perguntei sua grossa. -mordeu minha bochecha.-
_ Para Luan...
_ Mas tá manhosa, minha nossa senhora.
_ Vai precisar dos dois carros?
_ Não, vamos no Floquinho.
_ Tá. Vem Melissa.


  Eu mesma peguei as chaves e fui abrindo o carro, sentei Arthur na cadeirinha e prendi a Mê com o cinto de segurança. Letícia era só sentar e pôr o cinto. Coloquei a bolsa do Art no bagageiro e fui pro meu lugar, me sentando e pondo a bolsa no colo. Liguei o ar condicionado, o som e o GPS, coloquei o endereço das meninas e estávamos esperando o senhor bonitão fechar a casa e entrar no carro.

_ Vamos logo, Luan! -gritei de dentro do carro apertando a buzina.- Luan!
_ Tava no banheiro, posso?
_ Com tanta hora pra cagar, tinha que ser quando estivéssemos todos no carro? Me poupe.
_ Ridícula. Estava mijando, tomei tanto água que não queria parar mais.
_ Credo, vocês são nojentos. -olhamos pra trás e Melissa tapava os ouvidos.-
_ Bora, bora... Que meu pai falou que hoje tem jogo e ele comprou os ingressos.
_ Você vai pra um estádio e vai me deixar em casa?
_ Amor, você tem que entender.
_ Não quero entender porra nenhuma, já tô brava. Liga logo esse carro e vamos.


(...)

  O caminho foi longo, mas foi bom.
  Chegamos no shopping por volta de 13h e fomos primeiro almoçar, eu havia comprado os ingressos pela internet e começava às 14h45min.


_ Comida? -perguntaram juntas.-
_ Sim, almoço meus amores. -falei entrando no restaurante.- Vamos entrando...
_ A tia, comida não.
_ Eu gosto de comida.
_ Viu, agora vamos sentar e vocês escolhem o que vão querer.


  Era um restaurante que tinha self-service e prato feito, e pra não virar bagunça elas pediram prato feito. Nenhuma verdura, nenhum legumes, só fritas com filé de frango ou carne, arroz e feijão, nem suco quiseram.

_ Aí tô cheia.
_ Eu também. -Francielly dizia.-
_ Por mim eu comeria mais. -Bianca comentou e Luan iria rir se eu não o beliscasse.-
_ Quer comer mais Bia?
_ Não tia, tava brincando. Vamos pro filme?
_ Ainda está cedo, vamos dar uma voltinha.
_ Tem aquele negócio de brinquedos aqui, eu já vim aqui com o meu pai. -as cinco saíram correndo, correndo e eu não gritei.-
_ Crianças...


   Alcançamos as meninas e elas já queriam ir para a piscina de bolinhas gigante. Eu não entrei, mas Luan foi e levou Arthur junto.

_ Você queria estar descansando né Lê?
_ Eu gosto de passear com vocês, é bem divertido.
_ Isso. -risos.- Sorvete?
_ Eu quero.
_ Vem cá. -fomos até o quiosque e pegamos um cada uma, paguei e voltamos a nos sentar e passamos um tempinho conversando ainda. Faltavam alguns minutos para o filme começar, chamamos as crianças e as deixamos na fila.- Cansou neném?
_ Eu que cansei.
_ Deixa de ser idoso, Luan. Você tem 30 anos meu amor, 30.
_ Para de falar alto.
_ Como se ninguém no Brasil soubesse sua idade. -ria.-
_ Tô melhor que muitos de 18.
_ Com mais bunda também. -apertei e ele riu.-
_ Sempre, marca registrada. E ai, o que faremos?
_ Sapatos!
_ Não.
_ Roupas!?
_ Piorou.
_ Maquiagem?
_ Nunca.
_ Jóias?
_ Por que só coisas de mulher? 
_ Bonés?
_ Pra mim ou pra você?
_ Pra você e se um dia eu quiser, pego os seus. -selinho.-
_ Ah cara...


  Andamos aquele shopping inteiro, de cima à baixo, entre uma loja e outra, algumas sacolas e depois de guardar tudo no carro nós voltamos para nos encontrar com as meninas no Outback, meu vício.

_ É nesse que tem cebola frita?
_ É sim, Gi. E é uma delícia.
_ Eu nunca comi, não gosto de cebola. -Isabela disse.- Aqui tem lanche?
_ Tem uma batata frita muito gostosa.
_ Gordurosa também. -Luan mencionou.- Eu vou querer uma cerveja.
_ Você bebe? -Francielly perguntou chocada.- 
_ E dirige? -segurei a risada.-
_ É contra a lei. -Bianca finalizou.-
_ Meu pai sabe dirigir tá!?


  Nossos pedidos chegaram, Arthur com certeza não comeu batata, nem costelinha, tomou milkshake junto comigo. Luan ficou na cerveja e a Lê pediu um drink, que eu fiquei com muita vontade de tomar e beberiquei um pouco.
  Depois de estômago cheio, elas estavam cansadas demais. Fomos para o estacionamento subterrâneo e de lá fomos deixar as meninas em casa e seguimos para a casa dos meus sogros.


_ Jogo, é sogro?
_ Tenho que aproveitar o filhão em casa. -riu.-
_ Ôh sogra, me ajuda.
_ Amarildo desse jeito ela vai querer devolver nosso filho.
_ Acaba cedo, meia noite.
_ Pensei da mamusca ir lá pra casa, aí vocês podem pedir alguma coisa pra comer.
_ Sua vida é comida, né?
_ Também. -risos.- Bora galera que eu preciso de um banho antes de ir.


  Amarildo, Mari e Puff foram no carro dele e nós voltamos com o Luan mesmo. Chegando em casa ele subiu pra se arrumar e eu fui recepcionar bem minhas visitas com um bolo de chocolate branco que estava à nossa espera na geladeira. Todos comendo felizes e eu sentindo meu estômago revirar, foi dar mais uma garfada e corri para o banheiro.

_ Nanda?
_ Oi Mari... -abaixei a tampa do vaso dando descarga e fui escovar os dentes.-
_ Tudo bem aí?
_ Enjôo, sogra... O dia todo assim.
_ Quer um chazinho pra melhorar?
_ Preciso mesmo de comer algo que pare no meu estômago. -brinquei ao sair do banheiro e encontrar seu olhar preocupação.-
_ Vou preparar alguma coisinha pra você comer. -agradeci porque minha sogra na cozinha é mais que maravilhoso. Ela arrasa, sempre.


  Luan em poucos minutos estava pronto e logo ele e meu sogro despediram-se de nós. As crianças estavam vendo filme na sala e Letícia estava com eles, eu fiquei pela cozinha, Mari cozinhava e eu beliscava alguns dos ingredientes. Acabamos não pedindo nada de fast food ou qualquer outro restaurante, Mari fez uma comida rápida da qual nos deliciamos e depois fomos dormir.


















~.~

  Esse clima família que eu tanto amo.
  Aí aí, dona Fernanda ainda não contou das fotos. E agora?

12 comentários:

Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!