Narrado por Fernanda
Não mencionei sobre ter procurado a polícia por terem invadido minha casa porque isso não foi de imediato, meu sogro quando soube tomou as providencias e estávamos no aguarde. Conhecia a justiça do meu país, e sabia que não teria respostas tão cedo.
Não mencionei sobre ter procurado a polícia por terem invadido minha casa porque isso não foi de imediato, meu sogro quando soube tomou as providencias e estávamos no aguarde. Conhecia a justiça do meu país, e sabia que não teria respostas tão cedo.
(...)
Depois da festa de aniversário da minha cunhada não tínhamos mais comemorações no mês de Maio, então aproveitei para dar andamento na festa junina, que seria o meu chá de fraldas.
Era comum ter temas, mas festa junina para mim ainda era uma novidade, então quando sentei com a organizadora e conversamos surgiram muitas ideias bacanas como brincadeiras de pesca, acertar a boca do palhaço, jogar as argolas na garrafa e passamos para comida.
_ Tati, eu quero tudo que tem em uma festa junina de verdade. Muitos doces de amendoim que eu amo, milho cozido e pipoca tanto doce quanto salgada, canjica, arroz doce, doce de abóbora, caldo verde... bom, quero tudo.
_ Você gosta de comer bem, né?
_ Amo. -Tati e eu nos reunimos durante três horas e no papel estava tudo pronto, seria na nossa casa no interior de São Paulo onde era de fácil acesso e aqueles que não quiserem passar à noite poderiam voltar tranquilos pra casa.
Meus "bebês" ficaram até mais tarde na escola ensaiando a quadrilha para a Festa Junina e por isso fui buscá-los às 17h. Maria Luísa estava morrendo de sono, entrou no carro e dormiu. Arthur estava bem mais interessado em novo jogo que pediria para o pai quando chegasse em casa. E a bonitona movida à tecnologia estava rindo pro celular, disse que era o grupo da quadrilha.
_ Mãe você teve algum professor muito gato?
_ De rosto não, mas tinha um professor na faculdade que minha filha, ele era muito gostoso. Eu fiquei com ele até, mas não foi pra frente.
_ Mãe, que horror. Ele era bem mais velho que você?
_ Cinco ou seis anos, por aí. Mas não fomos pra cama, foi na sala de aula mesmo. -risos.-
_ Meu deus, vocês duas hein...
_ Caladinho você mocinho, assunto de mulheres.
_ Vou contar pro meu pai, isso sim.
_ Vai contar é? Aproveita e já conta das suas duas notas vermelhas. -disse toda irônica.-
_ Sua fofoqueira ridícula.
_ Podem parando hein, agora!
_ "Ela" "Ele" que começou!
_ Não perguntei quem começou ou não, mandei parar. Vocês estão bem grandinhos já, vamos dar uma segurada.
_ Eu vou poder viajar com o meu pai nas férias?
_ Suas férias são daqui dois meses, filho.
_ Ainda? Affe, mãe...
_ E seu pai vai estar em casa, é o mês que a Heleninha nasce.
_ O que isso tem a ver?
_ O papai não vai deixar a mamãe sozinha.
_ Ela não vai ficar sozinha, a vovó vem pra cá.
_ Pra ficar duas semanas, só duas semanas.
_ E daí? Pelo menos ela vem uai...
_ Esquece... você não vai viajar nessas férias. -riu.-
_ Eu vou sim, claro que vou.
...
_ E você, melhorou?
_ Um pouco, ainda estou espirrando muito e toda vez que isso acontece eu faço xixi nas calças.
_ Você faz xixi nas calças por tudo amor.
_ Quando tem um bebê pressionando sua bexiga é algo normal, ainda bem que as vezes que aconteceu eu estava em casa. Porque ninguém merece amor, affe.
_ Eu te entendo minha gatinha. Tá tudo bem com as crianças?
_ Arthur tirou duas notas vermelhas, acredita?
_ Quais matérias?
_ História e Artes.
_ Eu também não era bom nisso não amor, normal.
_ Luan ele tem dez anos e só estuda, não trabalha, não limpa a casa, não cuida de nada, nem o quarto dele ele arruma. Agora me tira duas notas vermelhas.
_ Ah amor, vai falar que nunca tirou uma nota ruim.
_ Eu estudava meu amor, estudava na escola e depois com os meus pais em casa. Eles revesavam pra ver quem ia me ajudar tal dia.
_ Não precisamos fazer isso né?
_ Você é um preguiçoso, Luan.
_ Sou um homem preciso, isso sim.
_ Super, muito preciso... -falamos sobre outras coisas e terminamos no assunto do chá de fraldas, nossa festa junina.-
_ Vai ser que dia?
_ Pensei no dia 22, que é um sábado.
_ Tá ótimo, acho que não tenho show neste dia.
_ E se tivesse iria desmarcar, é sua filha né amor.
_ As coisas não funcionam assim Pichuletinha e você sabe disso.
_ Luan Rafael, se ousar deixar que fechem um show no dia do chá de bebê da sua filha... tô falando muito sério.
_ Ôh amor, acha que eu iria perder?
_ Você não é louco, não mesmo. Eu meto a mão na sua cara.
_ Pode pôr outra coisa na minha cara que eu adoro e tô cheio de saudade.
_ Você não vem mudando de assunto não, te conheço Luan. E não é de hoje não, aqui você sabe funciona.
_ Sei sim, claro.
_ Ótimo. Agora deixa eu preparar alguma coisa para os meus bebês.
_ Bebês? Nem a Maria mais... e você não está mais enjoando?
_ Mais ou menos, mas se eu não cozinhar eles vão comer o que?
_ Bolacha, pizza, esfiha...
_ Não, eles vão acostumar comer um monte de porcarias. E não quero ter problemas com o pediatra depois.
_ O pediatra tem mais medo de você do que você dele.
_ Besta. Tchau amor, eu e a Heleninha te amamos.
_ Eu também amo vocês cinco, muito mesmo. -e desligamos.-
_ Era o papai?
_ Era sim filho. Queria falar com ele?
_ Não... quando ele volta?
_ Daqui alguns dias, por que?
_ Coisas de homem... -ficou vermelho.-
_ A mamãe não pode saber?
_ Ainda não. -beijou meu rosto e saiu correndo, aquele sem vergonha.-
_ Mãe!
_ Oi Maria...
_ O que é mestrunção?
_ É menstruação, meu amor... é uma coisa que você terá daqui uns anos...
_ Posso saber o que é?
_ Senta aqui com a mamãe... -ela se sentou na cama e eu expliquei o que era a menstruação, por que ela acontecia e ela escutou tudo bem atenta.- Entendeu?
_ Parece bem chato, eu já parei de usar fralda... agora vou ter que usar de novo?
_ Não é bem uma fralda meu amor, é um absorvente... a mãe vai te mostrar um... -fui até o banheiro onde eu sabia que encontraria muitos dentro da gaveta, sai e entrei no closet onde peguei uma calcinha e voltei pra cama.- É assim que coloca. -mostrei e ela franziu a testa, mas entendeu e disse que não queria usar isso não.- Até lá tem muito tempo.
_ O Art usa também?
_ Ele é mocinho, ele não precisa disso filha.
_ Só menina?
_ Só meninas.
_ Ah tá...
_ O que vocês duas estão fofocando aí hein?
_ Mamãe tava me contando o que é mestrunção Melissa.
_ É menstruação, Maria Luísa. -Melissa a corrigiu.- E você ainda falou mãe? Ela nem tem idade pra isso.
_ Idade ela pode até não ter, mas é o mesmo que fiz com você. Ela já sabe ler e escrever, então é melhor eu falar do que ela ficar curiosa e olhar na internet.
_ Você fazia isso comigo também?
_ Sim. Sempre fiz isso com vocês.
_ E meu pai não disse nada?
_ Tem coisas que ele acredita que vocês sejam bem novinhos pra aprender, mas eu bato na mesma tecla sempre. Porque a internet tem muita informação e isso acaba sendo prejudicial.
_ Como sexo por exemplo?
_ Principalmente isso. Se você jogar sexo na internet vai achar muitos sites pornôs, com videos bem explícitos... só que a relação sexual é bem mais que isso filha, de verdade.
_ Como assim?
_ Tudo é válido quando se está entre quatro paredes, mas eu não acho que deva ser algo exposto demais. É o seu corpo, sua intimidade.
_ Isso tem a ver com confiança?
_ Também, mas você se conhecer é fundamental.
_ Mãe você está de se tocar? Aí meu deus, isso é nojento.
_ Não nesse sentido filha, digo no sentido de saber o quem você é, até onde vai o seu limite.
_ Acho que isso é muito complexo pra mim.
_ Então espere o tempo certo. -beijei sua testa e descemos as três.
Narrado por Melissa
Confesso que neste último mês a palavra desejo tem vindo muito à minha mente, desejar algo ou alguém. Não sei se pela idade ou excesso de hormônios ou safadeza. Sei que o assunto tem me despertado cada vez mais curiosidade, mais fantasias e a única ruim disso tudo é não saber decifrar a sensação. Eu só ouço falar, nunca fiz.
...
Uma semana antes do chá de fraldas da Helena tivemos o penúltimo ensaio da quadrilha e por isso saímos mais tarde da escola, mas minha mãe estava demorando uma vida. Sentei no banco perto do portão e fiquei no celular, ouvindo música, quase cochilando de tédio.
_ (...) -levei um susto com alguém tirando o meu fone, abri os olhos rapidamente e era só o meu professor.- Tá tudo bem senhorita Dias?
_ Só Melissa está ótimo, professor.
_ Que seja... está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? -"Aconteceu, estou fissurada nessa bela boca, você deve beijar muito bem."-
_ Minha mãe está demorando, só isso. -me ajeitei no banco.- Quero ir logo pra casa.
_ Quer ligar pra ela?
_ Ela está presa no transito, minha alternativa é esperar. -reparei que ele estava sem o uniforme da escola, logo viajei.- Indo pra casa?
_ Não. -deu uma risadinha.- Última semana de provas na pós.
_ Nossa, você ainda estuda professor?
_ Pode não parecer, mas para um professor o estudo é continuo... -abriu o porta malas do carro e jogou sua bolsa lá dentro, encostou e ficou me olhando.-
_ Que saco hein. -ri.- Termina esse ano?
_ No próximo ano... ainda tem muito chão.
_ Imagina pra mim que nem do ensino médio saí professor, estou mais que na merda.
_ Sabe o que quer fazer? -"Não acho que esse seja o momento de revelar minhas intenções, mas o que eu quero fazer é beijar essa boca. Por que você é tão bonito?"-
_ Bom... nada que tenha relação direta com exatas.
_ A matemática não é sua inimiga. Acredito que o português seja mais traiçoeiro.
_ Não acho. -ri.- Um sinal na matemática zera minha conta, em português não.
_ Será? -ele fez uma cara e mordeu os lábios, quase morri.- Sua mãe vai demorar muito?
_ Não sei... por que?
_ Preciso ir, mas não é um bom lugar pra você ficar esperando sozinha. -meu celular vibrou, era uma mensagem da minha mãe.
*Estou na rua da escola, me espera aí. Beijos.*
_ Ela já está chegando aqui, não precisa se preocupar professor.
_ Então eu já vou indo, tchau.
_ Tchau, beijos. -ele deu uma risadinha e entrou no carro. Não demorou muito e minha mãe chegou, entrei no carro e fomos conversando à caminho da casa dos meus avós.-
_ Tá sorrindo pra quem?
_ Mãe, a senhora vai brigar comigo se eu disser.
_ Vai me dizer que é do tal professor?
_ Ele é lindo demais mãe, acho que ele é o meu amor platônico.
_ Aí senhor, Melissa... você tem quinze anos só...
_ E daí? Idade não quer dizer nada, meu pai é mais velho que você, meu vô Hugo é mais velho que a vó Ana, igual meu vô Amarildo com a vó Marizete.
_ Com tantos rapazes da sua idade Mê. E mais vou ser sincera, homens acima dos vinte só pensam em sexo... e como sua mãe eu sugiro que você pare de foguetisse e pense mais nos estudos do que beijar na boca.
_ Mas eu estudo, mãe... só que não sou cega.
_ Você tem só 15 anos, se eu souber que você está dando em cima do professor, vou falar pro seu pai.
_ Eu nunca faria isso.
_ Não duvido, porque eu já tive sua idade e tinha mais fogo que você.
_ E você fala isso assim, numa boa?
_ Tive muitos segredos com a minha mãe, caía na besteira de "nada a ver isso." "ela não precisa saber disso." e não me sentia tão à vontade pra falar de assuntos mais comuns de adolescentes.
_ Ah mãe, mas mesmo assim não é tudo que você conta pra vó Ana.
_ Hoje eu conto tudo até pro meu pai meu bem, até pra ele.
_ Tamém né, depois de casada tudo o que você e meu pai fazem não é segredo.
_ Não mesmo, mas isso não quer dizer que...
_ Entendi mãe. -risos.-
_ Ótimo. Agora vamos que eu tô com vontade de usar o banheiro.
_ Aí que nojo, mãe... eu não preciso saber disso.
_ Não falei com você ôh fresquinha.
_ Para mãe, eu não sou fresca.
_ É sim, toda paty. -riu.- Aí filha, queria tanto aquele bolo de nozes.
_ Pediu pra minha vó?
_ Não. Já pedi coisas demais pra ela, se ela fizer tudo não sai tão cedo da cozinha.
_ Ela ama cozinhar pra você mãe.
_ Nem por isso eu tenho que abusar.
Ela estacionou na garagem alguns minutos depois, descemos e entramos já encontrando uma mesa linda de café da tarde, meus irmãos super educados já estavam comendo enquanto meus avós nos esperavam. Lavei as mãos e juntei-me à eles.
Ficamos mais um tempinho lá e minha mãe nós chamou pra ir embora. Vim conversando com a Naay no carro durante todo o caminho, rindo muito das ousadias que ela dizia e minha mãe olhando e olhando e querendo saber o que era.
_ Saí desse celular, vai tomar um banho e se tiver lição vai fazer viu.
_ Mãe, tô conversando com a Naay.
_ Não quero saber, deixa o celular e vai. -revirei os olhos, mas fui joguei minha mochila na cama e corri pro banho, depois troquei de roupa e abri a bolsa pra fazer minhas coisas. Parecia que não, mas tinha lição pra caramba e meu, demorou pra eu terminar acho que mais tirei foto.
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@mel_msantana: Working❣ |
_ MELISSA, SAI DESSE CELULAR E TERMINA LOGO ISSO. -gritou do quarto dela, ri.-
_ Nossa mãe, para de encher o saco.
_ EU TÔ TE OUVINDO, VIU?
_ Grande coisa... -salvei o trabalho e fechei o notebook, levantei e fui pro quarto dela.- Mãe.
_ Oi.
_ Quando vamos comprar meu vestido?
_ Nossa, tinha esquecido. -riu.- Daqui a pouco é o dia do chá da Helena e eu nem minha roupa vi.
_ Como isso mãe?
_ Esqueci, ultimamente minha vontade é dormir, dormir muito.
_ Esse é o seu normal de todos os dias mãe, você só dorme.
_ Não muito diferente de você meu bem... conseguiu terminar o trabalho?
_ É pra semana que vem, eu pesquisei e montei bonitinho... mas formatar só depois.
_ Por que?
_ Porque sim ué... cadê a Maria?
_ Pintando desenho...
_ E o Art?
_ Tomando banho.
_ A senhora já tomou banho?
_ Não, tô com preguiça e estômago cheio. Só mais tarde.
_ Sei, porquinha. -risos.- Meu pai vem pra ir nas nossas festas juninas?
_ Acho que não, ainda não sabe.
_ É o quarto ano seguido que ele não vem, parece nem fazer questão. -ela me olhou querendo dar risada.- Para mãe...
_ Eu não estou fazendo nada...
_ Não?
_ Você sabe que ele não escolhe o dia dos shows, de uns dois anos pra cá que ele tem estado mais nas datas comemorativas e alguns dos feriados. Mas fora isso ele nunca está.
_ Queria que ele viesse esse ano.
_ Aí minha nossa senhora... liga pra ele.
_ Vou ligar mesmo, mas não agora. Que agora eu vou ver filme.
_ Qual?
_ Bolt, o super cão. Amo!
_ Bom filme, vou ficar por aqui e esperar meus pés diminuirem o inchaço.
_ Vai ter janta?
_ Boa pergunta. -ri.-
_ Fui, mãe.
~.~
E esse tempo que não passa... voa?
PS: O sumiço tem um motivo e foi a falta de internet, mas "paguei" a conta, e estou de volta. Meninas, ainda não respondi os comentários... mas continuo acompanhando cada um deles, grande beijo e até o próximo capítulo... vou editar agora, cinco comentários e libero ainda hoje! rs
Helena tem que nascer logo meu Deus..uma briguinha seria bom heim, dar uma animada! 😂😂❤❤ Amando
ResponderExcluirÉ mesmo, ela está à caminho ja haha
ExcluirBrigas sempre são boas tratando -se desse nosso casal.
Gente esse tempo da mim tanto um aperto no coração.
ResponderExcluirE essa Melissa Rosa toda pro lado do fessor, imagina se o Luan descobre😂😂
Continua bjoos
Nem fala Tacy !
ExcluirVai matar ela.
Proximo por favor.
ResponderExcluirClaro Dêe!
ExcluirCoooont
ResponderExcluirPode deixar!
ExcluirMelissa, toda assanhada
ResponderExcluirIgualzinho a mãe kkk
ExcluirEssa Fernanda eh louca 😂😂😂 ela está incentivando a Mê e nem percebe 😱.
ResponderExcluirLuan tem q arrumar um balde grande pra jogar água nessa menina, pq ta ficando serio.
Helena tem que chegar logo, estou louca pra ter mais um baby enlouquecendo eles.
Cont logo meu amrr
Ela não tem filtro kkkk
ExcluirHelena ta chegando, calma!
Mais mais mais capítulos kkkk
ResponderExcluirContinuaaaa ansiosa para o próximo.
Duas rs
ExcluirContttt por favooor
ResponderExcluirClaro que sim ammr.
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