Capítulo 198 - Parte XII

Narrado por Fernanda

  Desci as escadas e fiquei com as crianças por um tempo, até que decidi preparar o jantar. Sim, com os anos eu aprendi a me virar na cozinha. Eu não cozinhava como minha mãe ou minha sogra, mas meus filhos nunca reclamaram... então está tranquilo.

_ Fê?

_ Hm.

_ Não quero viajar de cara virada com você.

_ Então para de mentir pra mim...

_ Eu não estou mentindo, não é nada de importante.

_ Não? Qual é a pessoa que em seu estado normal liga cinco vezes pra outra e não é nada?

_ Era a Ester, satisfeita?

_ E o que ela queria?

_ Falar da Melissa... -franzi a testa e ele me olhou atento e continuou.- Eu não sei o que ela quer falar, mas já cortei. Não quero e nem tenho assuntos com ela.

_ Ok. -dei as costas e voltei minha atenção para o jantar, morrendo de raiva. Coloquei as coisas sobre a bancada, as panelas em cima do fogão e antes de colocar a mão na massa liguei o som e dei início.-

_ Mãe? 

_ Oi filho...

_ Não quero festa esse ano, quero viajar.

_ Viajar? -sorri.- 

_ É, quero ir pra Orlando.

_ No meio do ano? Durante as aulas?

_ Ah mãe, o que tem demais nisso? Vão ser alguns dias só.

_ Posso pensar?

_ Não. Até porque minha irmã já teve uma não foi?

_ Isso quando ela tinha uns quatro anos.

_ Mas ela foi, eu nunca pedi nada. Não quero festa.

_ Tá bom, filho... nós podemos até ir. Mas sabe que sei pai não está de férias. -ele não falou mais nada, assentiu e saiu da cozinha.

  Estava me sentindo mal por isso. Arthur era diferente das irmãs, um filho tranquilo e muito amoroso. Não era de ficar pedindo ou insistindo em algo, quando via que não ia dar... se calava. Ao contrário das outras duas tagarelas que tenho dentro de casa. Terminando o jantar os chamei para sentarmos à mesa e juntos, comemos.

  Depois a louça ficou com o Luan, subi para colocar as crianças na cama e tomar um banho. Ao sair ele estava tirando sua camisa, ombros largos, costas branquinha, calça caída no quadril... "Respira Fernanda... respira amiga." ... pendurei a toalha na grade da sacada e voltei para dentro. Penteei meus cabelos e apaguei as luzes antes de ir para cama.

_ Fê...

_ Fala...

_ Eu te amo, viu?

_ Eu também amo você.

_ Um beijo de boa noite? -subi em cima dele e nos beijamos com vontade, sua mão boba passeava por minhas pernas indo ao encontro da minha bunda.-

_ Para, eu quero dormir...

_ Depois você vai ter todo tempo do mundo... -continuou dando-me selinhos e quando a coisa realmente começou a esquentar, escutamos Helena me chamar.- Ah não cara...

_ Shiiiiiiu, fica quieto. -sussurrei.-

_ Mamãe! Tade você?

_ Deixa eu levantar...

_ Agora não dá cara, precisamos acabar aqui.

_ Não, vai pro banheiro... ela vai querer vir pra cá... 

_ Merda viu. -levantou emburrado e foi pro banheiro, ajeitei minha camisola correndo e por muito pouco ela não nos pega no flagra. Heleninha estava abrindo a porta.-

_ O que foi meu amor? Não tá com soninho?

_ Quero domir com você, mamãe. -coçou os olhinhos toda fofa, a peguei no colo e fomos pra cama.-

_ Fecha o olhinho, fecha meu amor... 

_ Não... tade o papai?

_ Papai tá um pouco ocupado agora meu anjo. -ela franziu a testa e ficou quietinha, mexendo nos meus cabelos até dormir. Luan quando saiu do banheiro estava com o cabelo molhado e uma toalha enrolada na cintura. Eu sabia que ele tinha usado sua companheira fiel desde à adolescência, teria dado risada se ele não estivesse com a cara tão feia.- Vem deitar amor.

_ Vou colocar uma roupa. -assim ele fez, vestiu um pijama e deitou-se conosco.- Sabe que isso foi maldade, não sabe?

_ Fica quietinho, amor. Não quero acordar a Helena. Boa noite, te amo (selinho).

_ Também te amo, boa noite.

  Não era bom dormir com vontade de foder, porque sonhei que estava fodendo e acordei em chamas... recorri ao banho frio da cabeça aos pés, escovei os dentes e logo desliguei o chuveiro.   Enrolei uma toalha na cabeça e outra no corpo, sequei o banheiro e sai, indo direto para o closet.

  Depois de trocada, olhei a hora e estava no horário de acordar os bonitos para irem pra escola e seguir com a rotina.

  Os deixei na entrada do colégio, segui para a empresa e fiquei por lá a manhã inteira e parte da tarde, com a cara enfiada em papéis e resolvendo pendencias junto com a Isa.

_ Mamãe! Tia Issa.

_ Oi meu amor, vem aqui no colo da tia... Oi Luan.

_ Oi loira. -a cumprimentou e veio puxando minha cadeira, sentou no meu colo e me deu um beijo.- Oi mozão.

_ Oi. -falei sem jeito, ele sorriu me dando um outro beijo.- O que fazem aqui?

_ Viemos te buscar, senão você não vai embora nunca.

_ Não exagera amor, quase não apareço aqui.

_ E daí? Deu saudades, amanhã viajou cedinho e a Mamusca chamou a gente pra jantar por lá.

_ Hmmm... amo a comida da minha sogra.

_ E quem não ama, né? -risos.- Pode indo, eu cuido das coisas por aqui...

_ Nada disso... vamos pra casa e amanhã terminamos isso pela manhã, lá em casa.

_ Certeza?

_ Sim, agora vai arrumar suas coisas e curtir seu gatinho.

_ Rober tá tão chato, tá na TPM.

_ Chama meu parcero de viado não cara... homem não tem disso. -brincou e nós rimos.- Tchau loira...

_ Tchau tia Issa. -saiu da sala correndo, peguei minha bolsa e me despedi da Isa antes de sair e os encontrar na recepção.- Mamãe!

_ Vamos... pra casa da vovó.

_ Sim! Vovó Malizete.

_ E vovô...

_ Malildo.

_ Isso aí.

Narrado por Melissa

  Depois do primeiro e único beijo, a semana passou engatinhar e eu estava ficando louca. Louca que não tive tempo de me encontrar com o professor a sós e ele também não fez questão de me procurar.   O que me deixou de fato, chateada.

_ Não vai almoçar?

_ Não estou com fome, mãe. -falei sem animo, passei pela sala e subi correndo.-

_ Melissa? 

_ Não estou com fome...

_ Aconteceu alguma coisa que você queira me contar?

_ Não... tô com dor de barriga. -menti.-

_ Comeu alguma coisa que não fez bem?

_ Deve ter sido, não aguento mais peidar. Nossa senhora, tá difícil.

_ Vou fazer um chá pra você, toma um banho.

_ Tá... -e saiu.

  Realmente entrei no chuveiro e fiquei o maior tempo ali, perdi a noção da hora. Quando sai meu celular estava vibrando, mensagens no próprio celular mas eu não conhecia o número.

  Ainda estava desconfiada, pedi pra me adicionar no whats e para a minha surpresa era ele. E sem camisa na foto de perfil.

  Conversamos aquela tarde inteira, durante a noite e também todo o final de semana.

_ Melissa... sai desse celular.

_ Mãe eu estou...

_ Não vou falar outra vez. -deu as costas, fiz a maior careta e minha irmã me entregou.- Dá isso aqui...

_ Já guardei, mãe. Já guardei...

_ Já arrumou sua mochila?

_ Sim.

_ Tem trabalho amanhã?

_ Não, tenho prova de biologia. Não sei nada disso.

_ Seu pai ama. -sorriu toda boba.- Mas eu sempre quis fugir de tudo que envolva medicina e matematica.

_ Somos duas, mãe. -risos.- Luísa, vem cá.

_ Hm...

_ Vamos jogar?

_ O que?

_ Just Dance. -e nosso domingo terminou assim, aí minha mãe comprou pizza e esfiha. Fomos dormir e eu não via a hora de chegar o amanhã, queria ver o gatinho que dei o nome de meu... mas ele não precisa saber disso.

(...)

_ Bom dia suas lindas! -assim que cheguei as meninas estavam sentadas, quase dormindo.- Animação amigas.

_ Ninguém tem animação quinze pra sete da manhã, Melissa. -Nayara dizia totalmente desanimada.-

_ Af, que fossa é essa?

_ Terminei com o boy, tô na bad. Ele não presta e eu mesmo sabendo disso insisti... e agora ele voltou com a ex. Troxa! 

_ Não acredito!

_ Acredite... ele é um imbecil, falei isso pra ela.

_ Não meninas, ele sempre gostou dela... -falou e deitou no colo da Tacy, mudamos o rumo do assunto e depois entramos, fomos juntas para a sala e nos acomodamos nos fundos.

  Ficamos meia hora sozinhas até que o inspetor de alunos nos comunicou que nossa professora havia faltado e as duas últimas aulas seriam adiantadas.

_ Puta que pariu, caralho!

_ O que foi menina?

_ Levantei 5h pra porra nenhuma, que raiva viu. Eu deveria ter ficado na minha casa.

_ Algum problema senhorita Ribeiro?

_ Todos, você não faz ideia. 

_ Que tal um exercício? Aí não vai ter tempo pra pensar em nada mais. -sorriu, piscou pra mim e voltou para o lugar dele.- Chamada pessoal... Ana Carolina... -ele terminou a chamada, fomos para a quadra e ele passou uma série de exercícios, um circuito na verdade e depois de terminarmos... eu estava mais que ofegante e suada.- Gostei de ver mocinha, você foi muito bem.

_ As vezes eu vou a academia com a minha mãe, é bacana.

_ Hum... então sua mãe é adepta ao esporte? -"Ela é adepta ao sexo, sexo o dia inteiro se possível."-

_ Ela tenta manter, ela dançava muito.

_ E você?

_ Fazia ballet, não é muito minha cara.

_ Hum... entendi. Agora deixa de moleza e vamos para a segunda parte da aula... -usou seu apito e correu para o meio da quadra e continuou com a aula até 8:40.

  Entramos na sala com muito calor, ignorando a professora que havia enchido a lousa de matéria.     Enrolamos um pouco, mas fizemos.

_ Amém! Intervalo... -as meninas saíram na frente e eu fui ao banheiro. Prendi meu cabelo outra vez, lavei o rosto e saí.-

_ Ué, tá fazendo o que aqui?

_ Não consegui falar com você durante a aula...

_ E...

_ Bom... terei duas aulas livres depois do intervalo. -sorriu e eu automaticamente fiz o mesmo.-

_ Hm... -me aproximei dele e segurei sua cintura.- Está querendo me dizer alguma coisa?

_ Não consigo tirar você da minha cabeça.

_ E nem precisa... -levantei os pés e dei um selinho demorado, ele fechou os olhos e pôs as mãos nas minhas costas.- Posso te pedir um beijo?

_ Você sabe que se nos pegam... -não deixei que ele terminasse de falar, o beijei e não demorou para que ele cedesse. Sua língua outra vez na minha boca, em um beijo menos urgente e extremamente gostoso. Sentir perigo era bom, se soubesse teria ousado antes.- ...chega né?

_ Por que? Não gostou?

_ Não posso me comportar como um adolescente... preciso desse emprego.

_ Tudo bem... prometo te deixar em paz se você prometer que nos veremos fora daqui...

_ Fora daqui?

_ Você só tem tamanho e idade... fora daqui pode ser até na esquina da escola, no estacionamento... usa a imaginação.

_ Você é um perigo...

_ E você gosta, então para de fugir e se culpar... estou curtindo essa aventura tanto quando você. -ele riu, deu-me uma juntada daquelas e nos beijamos outra vez antes dele sair e eu enfim ir para o intervalo.-

_ Pensei que tinha descido com a descarga...

_ Não, Nay. Ela está com cara de idiota e com os lábios inchados...

_ Ah safada! Pode nos contando...

_ Quando estivermos indo embora, pode ser? -Andrade surgiu do outro lado do pátio, meus olhos os seguiram e minhas amigas fizeram o mesmo.-

_ Puta que pariu...

_ Eu quero acreditar que você...

_ Sim. -suspirei.- E ele beija muito bem.

_ Quando foi isso? Meu... por isso ele estava todo cheio de papo com nós três.

_ Eu sei que isso vai dar merda, mas não estou ligando.

_ Claro que não, seus pais vão passar s mão na sua cabeça e ainda vão dizer que o professor te assediou. Você é louca!

_ Gente... nada a ver.

_ Nada ver? Ele deve ter idade pra ser o seu pai, já pensou nisso?

_ Ele deve ter, mas não é o meu. Não sai do pinto dele se te deixar melhor, amiga.

_ Posso ser sincera?

_ Hm...

_ Ele vai querer muito mais que beijos e aí eu te pergunto... você vai aguentar a pressão?

_ Não sei, vou saber quando chegar a hora.

_ Enquanto tá bom, aproveita... agora quero saber como aconteceu, porque meu... ele é um gostoso!

  Conversamos o intervalo inteiro e depois voltamos para a sala para sermos dispensados. Eu poderia ficar com o Andrade outra vez, mas não. Liguei pro meu avô e ele ficou de me buscar.

  Pessoas que demoram pra responder no whats deveriam usar cartas para se comunicar, affe.

...

  Não demorou para o vovô chegar e assim irmos para casa onde minha vó me esperava com um bolo maravilhoso de leite ninho com nutella.

_ Saiu mais cedo por que mocinha?

_ Um dos professores faltaram, vó. Aí o ultimo professor adiantou as aulas.

_ Hm... avisou sua mãe?

_ Não, até porque ela está na empresa sabe... e eu ficaria aqui de um jeito ou de outro.

_ Sem vergonha. -riu.- Vou sair daqui a pouco, quer vir?

_ Onde?

_ Fazer algumas compras, mas seu avô vai ficar.

_ Hm... eu não quero ir de uniforme.

_ Não tem roupa sua aqui?

_ Também não...

_ No quarto da sua tia Bruna tem algumas roupas que estão longe de servirem nela. Mas acho que dá em você.

_ Vou tomar um banho então...

_ Vou te esperar então...

Narrado por Fernanda

  Recebi uma ligação da escola era pouco mais que dez da manhã, informaram que os alunos do terceiro iriam sair às 10:40. Liguei pra minha sogra, ela disse que pediria para o Amarildo buscar a   Mê caso ela ligasse (porque ela poderia ir para a casa das meninas ou pegar uma carona com a Tacy).

   Enfim... passei o dia na empresa e a Helena ficou com a Lila. No fim da tarde sai de lá direto para a casa dela.

_ Cheguei, linda!

_ Ótimo, assim podemos comer mais cedo. -risos.- Tudo bem?

_ Tô podre, acho que perdi o ritmo.

_ Perdeu foi o resto da vergonha na cara, né Sophia. -peguei minha "pequena" no colo e brinquei um pouco com ela.- Helena dormiu não tem nem meia hora.

_ Ela deu trabalho?

_ Que nada, queria que a Sophia fosse assim amiga. Sophia é um furacão, já a Leninha é toda na dela.

_ É que você não viu quando ela está com fome...

_ Hm... deixa eu falar. Nesse fim de semana, agora, vai inaugurar uma casa de shows no Rio. E como modelo, ainda né (risos), me convidaram para ir com direito à acompanhante.

_ E...

_ E que precisamos de um momento só nosso. E que essa oportunidade é perfeita... E que faz muito tempo que você não encara uma noitada sem que seja show do seu marido.

_ Tenho quatro filhos...

_ E tem sogra também, duvido que ela se negaria... ela ama ficar com os netos.

_ Mesmo assim amiga, não gosto de abusar.

_ Você não vai estar abusando, afinal são por algumas horas. 

_ Tá, hoje converso com ela quando for buscar meus babys.

_ Babys? Maiores que você quase...

_ Iguais meus afilhados atletas. -falei pegando o celular.- Ih amiga...

_ O que foi?

_ Melissa me pedindo pra dormir na casa da Ester... estou odiando isso.

_ Não foi você mesma que ajudou nessa aproximação? Não entendi.

_ Ela andou ligando pro Luan, eu vi no celular dele. E tudo bem que ele não tem o número... mas ele sabia que era ela, porque não atendeu enquanto eu estava perto.

_ Shii... e você acha que...

_ Não! Isso não, jamais... eu só não gostei e se eu ver ela vou falar. Além de querer roubar a minha filha de mim, quer meu marido também?

_ Eu nunca acreditei que aquela piranha safada tivesse realmente mudado. Amiga, mulher quando nasce pra ser galinha não tem jeito.

_ Nós duas tivemos. -brinquei.-

_ Exceções. -risos.- Já ela... sei não. Fica bem de olho...

_ Eu tô, ela que pense em vir que eu mato ela.

 

  Ficamos conversando por mais um tempo até que minha filha ligou perguntando onde eu estava, que estava ficando tarde já... Helena tinha acordado, coloquei ela sentada na cadeirinha e segui para a casa dos meus sogros.

_ Sai, Puff. Não lambe ela, assim a Leninha fica com medo. -Helena morria de medo de cachorro, mesmo os da família, Puff e Tobias.- Não amor, ele não vai te morder... ele é amiguinho.

_ Sai pa lá, sai. -ele nem ligava, continuava brincando e pra ela não gritar, lhe peguei no colo.- Vovó Malizete!

_ Oi meu amor, vem dá um beijo gostoso na vó...

_ Vovó! -se jogou no colo dela. Cumprimentei minha sogra, as crianças, meu sogro e a bolinha de pêlos mais ciumenta da casa.- 

_ Tudo tranquilo por aqui? Filho o que foi isso? -falei vendo seu rosto vermelho, com um arranhão enorme.-

_ Maria Luísa, não sabe brincar sem bater essa idiota. Quase arrancou um pedaço do meu rosto. -falou tão sério que eu que acostumei ver ele sorrindo levei um susto.-

_ Maria, filha... como foi isso?

_ Ele disse que ia me jogar na piscina!

_ Foi uma brincadeira e você sabe muito bem nadar!

_ Fiquei com medo, mas meu vô já mandou eu pedir desculpas.

_ Acho bom. -os beijei outra vez e fui para a cozinha onde minha sogra estava com a Leninha, aproveitei para me servir com um pedaço do bolo e lhe contando sobre o evento esse final de semana e também da vontade da Melissa em ir dormir na casa da Ester.-

_ Vai ser um prazer ficar com os meus pequenos aqui, até porque depois que meus filhos casaram a casa ficou bem vazia menina. Irei amar!

_ Mas pode me ligar qualquer coisa, que eu volto.

_ Imagina querida, você precisa se divertir também. Vai ser muito bom.

_ Assim espero...

_ E você deu resposta pra Melissa?

_ Não... não irei proibir, se elas estão se dando bem e ela quer ir... por mim tudo bem.

_ Mesmo?

_ Eu tenho ciúmes, mas conheço a filha que eu tenho. -sorri.-

_ Por isso que eu te amo mãe! -Melissa beijou minha bochecha e depois de pegar meu bolo saiu correndo.-

_ Eles crescem rápido, não é mesmo?

_ Muito sogra, rápido demais. Melissa vai fazer 18 anos já!

_ Quase maior de idade... graças à Deus que ela é tranquila.

_ Até agora né. -risos.- Conheço isso aí de dar bom dia, e ela anda muito assanhada. Deixa ela.

_ É fase. A melhor delas...

_ Sim. Também acho...

...

  A semana foi passando e a resposta do Luan não veio. Chegamos a nos falar por telefone, mas ele ignorou minha "viagem". Não falei mais nada, mas iria.

  Na quinta à noite deixei tudo o que era meu separado, as coisas das crianças também e na sexta de manhã meu sogro se ofereceu para levá-los à escola e já pegar as coisas. Helena ficaria com ele o dia todo, já que minha sogra tinha outros compromissos. Segui para a empresa e foi o dia mais corrido da semana inteira, mas deu tudo certo no final e em poucos minutos eu já estava em casa.

  Banho tomado, malas na sala, cabelo pronto e uma make suave também... estava esperando a bonita da Dalila aparecer. Só isso!

~.~

  Melissa ousando na fase pré-adulta!

  Luan mostrando que seu lado ciumento não morreu e Fernanda voltando ao tempo em que viajava com a melhor amiga. Melissa indo dormir na casa da Ester? Vai dar tudo certo? Ou vai dar merda? Eu quero é mais, e vocês?