{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

sábado, 30 de julho de 2016

Capítulo 199 - Parte I

Narrado por Melissa
   Fiquei sozinha na sala e quieta, o que minha mãe me contou de certa forma mexeu comigo e não por ser uma história triste pra caramba. E sim porque eu de verdade nunca imaginei, mano sempre soube que meu pai tinha fama de galinha, mas e ela? Os dois eram simplesmente idênticos, loucos demais pirados... sabe, ela não se casou virgem, não teve apenas um namorado, já fez o que devia e o que não devia. Eu pensei muito naquela noite, quando consegui dormir eram mais de quatro da manhã e consequentemente não consegui acordar à tempo de ir para a aula. Continuei na cama, pensando na vida. Em especial na minha. Bom, minha mãe me conhece desde que eu era um bebê, sei que a Ester foi embora e me deixou com o meu pai, mas nunca ninguém me disse como foi aquele dia e por mais que eu tente me lembrar... eu não consigo, eu era muito pequena.

_ Ei, tá acordada? -nem percebi que tinham batido na porta, era minha mãe.- Está se sentindo bem?
_ Estou... -ela entrou e sentou-se ao meu lado na cama.- Mãe, como foi aquele dia?
_ Que dia?
_ você sabe... O dia em que a Ester foi embora... Ninguém nunca me contou e está mais do que na hora de eu saber, não acha?
_ Já se passaram 15 anos, e foi um dia que se eu pudesse não teria deixado existir... Porque se hoje eu tenho raiva da Ester, não é por nada menos do que aquele dia. Você era uma criança de 3 anos e alguns meses... -minha mãe não mentiu, contou não em detalhes mas foi sincera e era dessa sinceridade que eu precisava, eu chorei muito e ela me abraçou passando apoio, passando força e mostrando que estaria ali para qualquer situação em qualquer circunstância, assim como esteve há quinze anos atrás.- Se hoje eu sou uma boa mãe, é porque tive uma ótima filha. -beijou meu rosto.- Você é especial, é única e uma mulher decidida. Eu confio em você, seu pai também, embora seu ciumes ainda faça com que ele te veja como uma garotinha. Só queremos o seu melhor, e você também não é? -assenti.- Vou tomar café e correr um pouco... você vem comigo?
_ Sim, vou me trocar também. -ela concordou e ia saindo quando a chamei.- Eu te amo, mãe.
_ Também amo você, filha.

   Saber que meus pais tinham confiança em mim fez com que eu revisse os meus conceitos, pensasse mais e por alguns dias dei uma afastada do Andrade. Ele não me procurou nos três primeiros dias e quando mandou mensagem eu dei a desculpa de que estava viajando em família e ficar muito tempo no celular daria muito na cara. E outra, estava em Orlando. Ficar no celular seria muito vicio.


Algumas semanas (...)

  Voltando de Orlando, Florida, depois do aniversário do meu irmão. Liguei para ele ao chegar em casa e conversamos, falei sobre meu sumiço e disse que estava confusa que tinha receio muito receio, o que era verdade. Ele me tranquilizou, disse que era pra deixar rolar e ver no que daria.

...

  Sexta-feira assim que acabou a aula ele me chamou pra almoçar em um restaurante próximo à escola, duas ruas abaixo. Liguei para a minha mãe avisando que almoçaria fora, e ela me pediu juízo.

_ Não sabemos muita coisa um do outro, ele comentou.
_ Talvez porque não conversamos tanto assim, passamos a maior parte do tempo beijando na boca e... você sabe, não é.
_ Tem coisa mais gostosa que essa?
_ Comer e dormir. -falei sem pensar muito, porque comer era vida.- Eu sei que você tem 41 anos, mas não me falou sobre sua família.
_ Não tenho mais contato com eles, faz mais de anos.
_ Seria muita curiosidade perguntar o que aconteceu entre vocês?
_ Não, mas eu não te diria porque gosto de você e da sua companhia. E não quero poluir nossa relação com isso...
_ Temos uma relação?
_ De amizade... colorida? -riu.-
_ Ha ha... bobão.
_ Mas vem cá... você também não me falou sobre você, da sua família.
_ Sou meio que adotada, quer dizer... moro com o meu pai biológico e minha mãe, que é a namorada dele que se tornou esposa e cuida de mim até hoje.
_ Uma madrasta?
_ Nunca a chamei assim, sempre tive uma relação de mãe e filha desde os três anos de idade. Madrasta soa estranho... -ri.- Tenho três irmãos também, alguns primos e uma família bem grande em Campo Grande.
_ É um lugar lindo, viajei algumas vezes para lá.
_ Bom, sempre que vamos pra lá ficamos em um lugar que celular não pega de jeito nenhum. Nenhum mesmo, dá até raiva... ainda não acostumei. -falei descendo do carro.- 
_ Viciada, tive uma namorada assim. -não sabia quem tinha sido aquela namorada, mas senti uma pontada de ciúmes porque ele sorriu ao falar dela. Ele fechou o carro e entramos, nos acomodamos e ele então fez nossos pedidos.- Você já namorou?
_ Não, nunca me fizeram o pedido. -"Essa é a hora que você sei lá... pensa em dizer alguma coisa amiguinho. Vamos lá, coragem."-
_ Eu sei o que quer ouvir, mas ainda não é o momento. Eu gosto de você, Melissa. De ficar com você, mas continua sendo menor de idade e seus pais nunca deixariam... espera você terminar a escola, completar dezoito e aí nós realmente podemos tentar dar um passo maior.
_ Tentar?
_ Quem não me garante que até lá você não vai se cansar de mim?
_ Quem me garante que você não vai arrumar outras mulheres para te dar aquilo que eu não tenho dado?
_ Nunca vou te forçar a nada, deveria saber disso. -tomou um pouco de sua bebida.-
_ Mas isso não quer dizer nada...
_ Deixa de ser apressada, gatinha. -riu.- Se tem uma coisa que eu aprendi é esperar, pra tudo...

  Falando muito sério, Andrade era um acara muito mais legal quando não ficava colocando empecilhos como nossa diferença de idade, isso era um saco. Mas fora isso eu gostava de conversar com ele sobre muitas coisas, minhas amigas diziam que era carência por conta do meu pai viajar muito ou afirmam que é porque eu estou querendo ser rebelde e pegar um velho mais experiente pra mostrar o lado bom da vida. E se fosse? Eu sempre soube diferenciar amor de paixão, e sei que embora eu não diga, essa relação é uma aventura. Pelo menos por enquanto!

Alguns meses mais tarde (...)

                                                           31 de Dezembro de 2032

  Finalmente o ano está acabando! Literalmente, faltavam apenas algumas horas para 2032 chegar ao fim. ôh ano demorado, mas um dos mais intensos. Não sei porque, mas ele me trouxe a sensação de liberdade em muitos sentidos. Não sei se é porque eu era o último ano da escola ou porque eu estava começando a sair mais com as minhas amigas, viajar sozinha para Ubatuba nas férias de julho. Ou então pelo simples fato de estar bem envolvida com o Andrade, não era um amor e sim uma paixão. Uma paixão que eu estava gostando de viver e deixar que se intensificasse. Meus pais ainda não o conheciam de fato, porque em todas as oportunidades que eles tiveram para estar frente à frente, algo deu errado. Mas isso ia mudar em breve.
  Ri com o meu próprio pensamento.

_ Não saí desse celular... Tá conversando com quem?
_ Ninguém, pai. -coloquei o celular no colo depois de bloquear a tela.- Até porque aqui nem a Vivo pega. -ele riu, mas ficou sério em seguida.-
_ Ninguém? Tem certeza que não é ninguém? Nenhum namoradinho? Já fala logo.
_ Ainda não, mas quem sabe um dia né... -e levantei saindo de perto. Andei um pouco mais para perto do caminho da cachoeira, buscando sinal.-
_ Filha...
_ Oi mãe. -guardei o celular outra vez, revirando os olhos.-
_ Seu pai disse que você está namorando.
_ Meu pai está bebendo, bebendo desde que o Sol se pôs. Eu namorando? Não, ainda não estou.
_ Olha a falta de educação, hein... Ele é seu pai, querida. Não está mesmo namorando? Sabe que não precisa esconder, não precisa mentir.
_ Desculpa. Mas, não ele é meu ficante só.
_ Quantos anos?
_ Mais velho que eu. -foi o que eu disse pro choque não ser tanto e ela não me querer mais detalhes.- Mãe quando iremos embora dessa selva? Quero viajar logo. -mudei rapidamente de assunto, fazendo a maior cara.-
_ Antes não queria ir pra essa viagem, agora de uma hora pra outra se animou até demais. Quem vai?
_ Minhas amigas, ué.
_ Melissa eu já tive sua idade.
_ Já tivemos essa conversa, e eu me lembro de tudo... como se fosse ontem. -e era verdade. Ela me olhou sorrindo, e brincou.-
_ Estou de olho em você.
_ Tá bom, pode ficar.

(...)

  Passamos a virada do ano lindamente na chácara, mas assim que amanheceu o primeiro dia do ano as minhas malas para voltar para São paulo estavam prontas. Eu já estava acordada, tinha tomado meu banho e estava na cozinha tomando café junto com a minha avó.

_ Caiu da cama?
_ Mãe, nosso vôo está marcado pra amanhã de manhã.
_ você é chata, Melissa. Calma, vocês vão chegar no horário. Ainda temos que esperar seu pai... -quando minha mãe prega pra falar, esquece. E meu pai estava de ressaca, demorou pra levantar, demorou para se arrumar, demoramos pra sair de lá e fomos chegar em São Paulo era mais de meia-noite.

  Subi para o meu quarto, dormi junto com  Leninha que era a única que tinha voltado de Londrina junto conosco. Na manhã seguinte acordei com as meninas me ligando, iríamos em sete pessoas, Tacy e Nay com os namorados, eu, Andressa e Mariana. Depois de tomar café, seguimos para o aero, estava tudo certo e meus pais me acompanharam até a sala de embarque.

_ Nossa amor, que foi?
_ Nada eu... Pensei ter visto uma pessoa conhecida. Só isso amor. -e beijou meu pai. Passei os olhos pelo espaço e encontrei um pouco mais à frente a razão do meu sorriso e minha mudança de interesse pela viagem.-
_ Tá rindo pra quem Melissa?
_ Lembrei de uma piada pai. -falei e ele riu apertando meu nariz. Voltei a olhar pra trás e trocar olhares e sorrisos, minha mãe percebeu mas não falou nada. E foi até bom, senão era capaz do meu pai cancelar minha viagem.-
_ Vai tazer pesente pa mim, Mê?
_ Quantos você quiser.
_ Viu só, vô ganha pesente, vô ganha pesente!
_ Estão chamando meu vôo, beijos família. Fui. -os abracei e "corri" pro avião.




Narrado por Fernanda

(...)

_ Não vai falar mesmo? -Luan dirigia de volta pra casa e insistia em saber o que eu tinha visto no aeroporto que me deixou tão abalada. Só que eu não poderia simplesmente dizer que vi o Murilo. Afinal muitos anos se passaram, ele esteve preso e pode ter mudado muito. Sem contar que pode ser alguém parecido. Só o que me deixou meio assim foi a troca de olhares e sorrisos com a minha filha.- Fernanda!?
_ Nada amor. Volta a dirigir... -voltei a pensar no que tinha acontecido enquanto olhava a paisagem fora da janela do carro. O pensamento estava tão intenso que eu levei um susto quando Luan pôs a mão na minha coxa.-
_ Tem alguma coisa te incomodando e quando chegarmos em casa iremos conversar.
_ Eu tamém papai?
_ Você vai brincar com as suas bonecas, o que você acha?
_ Legal. -riu e eu sorri "forçado".-

  Chegamos em casa, Helena pediu seus brinquedos e eu os peguei colocando no tapete da sala e fui até a cozinha, Luan entrou logo atrás dando-me outro "susto".

_ Tá... Pode me contando.
_ Não pergunta nada, só me abraça... -assim que ele me abraçou toda a sensação ruim veio na cabeça, minhas lembranças mais profundas e eu chorei de soluçar abraçada à ele. Chorei muito e não conseguia falar nada, Luan alisava minhas costas e beijava o topo da minha cabeça repetindo que tudo ficaria bem e eu queria que isso realmente fosse uma verdade.-
_ O que você viu naquele aeroporto que te deixou assim?
_ Eu vi um homem que me lembrou muito o Murilo, e fiquei mal. Fiquei mal por lembrar de todo mal que ele me causou.
_ Amor, fazem anos que não temos notícias dele. Ele pode ter se mudado, pode ter morrido, pode ter sido preso outra vez. Não coloca coisa na sua cabeça.
_ Eu sei, eu só não queria ter  lembrado.
_ E eu tenho um bom jeito pra te fazer esquecer...
_ Não amor, estamos sozinhos aqui e com a Helena. Não vou deixar ela sozinha. -falei e ele riu, voltou a me beijar e depois fomos para a sala brincar com a pequena. Passamos o dia ali nos distraindo com ela, à noite depois de jantarmos, Helena dormiu e nós fomos para o quarto e nos amamos por horas...



























~.~

  OK! E agora minha gente? Não vou falar nada, vocês quem vão me dizer... Haha!

24 comentários:

  1. Só uma coisa a dizer PUTA QUE PARIUUU como assim brasilll

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  2. EU TÔ NO CHÃO BRASIL, MULHER QUE CAPITULO BAPHO 😱😱😱😱😱


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  3. Gente 😱 Num creio, ferrou.
    Luan vai ter um enfarte qnd descobrir

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  4. O MEU DEUS😱😱😱
    ESTOU EM CHOQUE REAL
    CONTINUA BJOOS

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  5. Andrade, Murilo. Murilo, Andrade.
    Meu Deus 😱😱😱😱

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  6. 😱😱😱😱😱😱
    TO rosa pink

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  7. SENHOOOORRRR CHAMA O RESGATE...COMO ASSIM??? 😱😱 CACETA, TÔ DE BOCA ABERTA, NADA MAIS A DECLARAR !!!!

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  8. Murilo voltou pra se vingar e pra isso vai usar a Melissa. E ela como uma adolescente vadiazinha que no pode ver macho, mentindo e escondendo as coisas dos pais, vai quebrar a cara e levar problema e desgosto pra família.

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    1. Mas mulher, não era certeza que era ele não. Mas e se for? Vingança é uma possibilidade ou não, né? rs
      Que ela vai quebrar a cara é fato, mas vamos acompanhar pra ver como vai ser.

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  9. ESTOU JOGADA NO ASFALTO. QUASE LITERALMENTE😱😱😱
    SORAYA SUA LOUCA. COMO VC FAZ ISSO COMIGO? JURO QUE PASSOU PELA MINHA CABEÇA QUE O ANDRADE EH O MURILO, MAS COMO A NANDA NUNCA VIU ELE NA ESCOLA? ISSO ME FEZ PENSAR, ENTÃO PODE NÃO SER ELE, MAS AO MSM TEMPO PODE SIM... ARGHHHHH😡😠😡😠 ODEIO FICAR CURIOSA.
    Miga infantil mostra a cara linda. Pensar diferente não mata ninguém não, mas se esconder mostra que vc ta sendo covarde😉 sorry, mas eh a verdade.
    A Melissa eh apenas uma adolescente que exala hormônio, claro que o proibido vai ser mais interessante, mas isso não faz dela uma vadia.
    Só acho que quando for fazer um comentário, deve-se mostrar. Mas eu não sei de nada ☺😊

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    1. Chocada estou, como assim? Socorro! Brasil, será que é ele? O.o

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  10. A nao a Melissa tem que descobrir alguma coisa se realmente o Andrade e o Murilo forem a mesma pessoa não pode acontecer com ela o que aconteceu com a Fernanda,continuaaaa

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    1. Acha que ela vai descobrir alguma coisa na viagem? Eu acho que não hein, mas ainda faltam uns dias aí Rô.

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