Narrado por Fernanda
A noite com o Luan não foi menos que inesquecível e surpreendente, eu amei. E para mim, uma mulher casada, era ótimo. Eu ficava ainda mais feliz em saber que mesmo em anos da nossa união Luan ainda me desejava como antes, tocava meu corpo com admiração, paixão e com a dosagem certa de selvageria. O melhor presente depois do dia maravilhoso no parque com a família reunida.
Ao chegar em casa encontramos nossos filhos sentamos à mesa junto com os avós, tomando café da tarde. Os cumprimentamos e nos juntamos à eles. Eu estava com muita fome, a hora foi mais que perfeita. Comemos entre muitos assuntos, até mesmo do nosso passeio como casal sem dar muitos detalhes (obviamente).
Após terminarmos de comer, Maria Luísa e Melissa retiraram a mesa e nós fomos para a sala. Luan deitou com Helena em seu colo, Arthur ficou deitado com a cabeça no meu colo e meus sogros ficaram um do lado do outro, Amarildo com a mão na perna da Mari de um jeito carinhoso... falávamos sobre a comemoração do aniversário de 13 anos do Arthur.
_ Mas filho, não quer festa?
_ Não, quero ir pro Beto Carrero com os meus amigos mãe. Deixa?
_ Por mim numa boa, até porque meu amor é seu aniversário príncipe, você escolhe.
_ Tá falando sério?
_ Tô. Não é o que você quer meu filho?
_ É, mas sei lá... Pensei que ia precisar insistir mais né mãe.
_ E você pensou em quais amigos, filho?
_ O tio Heitor, tem o Lucas da tia Bruna, e mais cinco amigos da escola.
_ Todos meninos?
_ É, mãe. Meu pai e o tio Testa podem ir com a gente.
_ Ah... E eu não? -perguntei franzindo a testa, Luan me olhou dando risada.-
_ Só vai ter menino mãe, deixa vai?
_ Eu pensei que iria, mas se você quer assim querido... eu respeito. -falei bicuda e ele nem ligou, bem filho do pai dele mesmo. Não deu a mínima e começou a se empolgar falar dos amigos que tinham ido, perguntar como era Santa Catarina para os avós e o pai que vivia fazendo shows por lá. Sei que o assunto rendeu, a animação também.
Anoiteceu e meus sogros foram embora antes mesmo do jantar, disseram que estavam cansados e queriam dormir cedo. Fiquei com a tarefa e preparar o jantar, que não foi demorado e depois de colocar a mesa sozinha. Nos reunimos todos à mesa, jantamos e cada um foi pra sua cama descansar.
_ Amor, você ficou brava?
_ Com o que? -perguntei tirando os brincos.-
_ Arthur querer que você fique em casa. -perguntou rindo, olhei pra cara dele e não falei nada. Prendi os cabelos.- Hein neguinha?
_ Não fiquei brava, mas chateada. Poxa eu queria ir, mas dei a ele o direito de escolha.
_ Mas gosta de um drama hein, minha nossa senhora. São só alguns dias, o que pode acontecer?
_ Muita coisa.
_ Você se preocupa demais, são só crianças.
_ Amor, você não pode ir sozinho.
_ Chamo os caras pra ir junto, tá decidido. Só macho...
_ Ridículo. -disse indo para o banheiro, escovei os dentes e voltei para o quarto.-
_ Vai ficar brava comigo mesmo?
_ Eu não tô brava amor, eu só estou receosa. É um parque imenso, são crianças ainda... e você sabe que querendo ou não é perigoso. Promete pra mim que vai cuidar deles direitinho?
_ Prometo meu amor, agora vamos dormir, vamos... Podemos ver isso amanhã.
_ Não consigo, meu couro cabeludo está coçando. Se importa de deitar sozinho?
_ Sim. O que está te incomodando amor?
_ Não quero decepcionar nosso filho. Ele é o filho que pedimos à Deus, não me dá trabalho algum, é um ótimo aluno mesmo não gostando de estudar, não exige nada de mim e me trata com todo cuidado é amor do mundo... e eu como mãe sei que sou louca as vezes que acabo dando muito mais atenção para as meninas que são bem mais agitadas que ele. Entende? Quero que essa viagem aconteça da melhor maneira possível porque meu príncipe merece.
_ Ôh amor, que doidera. Para de pensar assim, ele te ama muito.
_ Eu sei que ele me ama, mas você entendeu o que eu disse.
_ Entendi. E vai ser a melhor viagem. -beijou meu rosto.- Podemos dormir agora?
_ Só se me prometer que amanhã vamos agendar tudo da viagem. -ele concordou, apagou as luzes e me puxou pro colchão.- Amor...
_ Dorme amor, você está cansada e precisa descansar. Amanhã nós resolvemos isso, tá? -beijou minha testa e dormimos abraçadinhos.
Na manhã seguinte acordei me sentindo outra mulher. Levantei da cama bem disposta com ânimo e vontade até de correr, sério. Tomei um banho rápido, lavei os cabelos e depois de colocar um vestidinho e chinelos, desci.
_ Bom dia meu amor de quatro patas. -Me agachei para falar com Thor que estava deitado no tapete da sala.- Fala bom dia pra mamãe. -seu latido serviu de cumprimento, o peguei no colo e seguimos para a cozinha.-
_ Dona Fernanda, bom dia! -Lúcia estava na cozinha pondo a mesa de café da manhã. Ela era nossa nova ajudante, já que a anterior à ela precisou sair por motivos pessoais.-
_ Lúcia... só Fernanda está ótimo. Bom dia, precisa de ajuda?
_ Não, estou quase terminando. Cadê os pequenos?
_ Estou indo acordar eles agora. -falei depois de roubar um pão de queijo, subi as escadas e entrei no quarto do garotão da casa.- Bom dia! Bora, levanta neguinho.
_ Ah mãe, não! Tô com sono.
_ Você tem aula hoje, quando você chegar você descansa meu bem. -beijei sua testa e puxei a coberta, fazendo com que ele ficasse todo encolhido na cama.- Filho...
_ Tudo bem dona Fernanda...
_ É mãe pra você, abusado. -deu risada e levantou indo para o banheiro.- Banho rápido hein. Vou pegar sua roupa.
Primeiro estiquei o lençol da cama, joguei a colcha por cima e ajeitei os travesseiros. Peguei o uniforme, uma cueca e meias limpas colocando-os em cima da cama e deixando o tênis no chão. A mochila estava encostada no canto perto da porta, deixei lá e fui pro quarto da Malu. Empurrei um pouco a porta e entrei devagar, ela ainda estava dormindo e como eu sabia que era manhosa primeiro arrumei sua roupa e deixei junto com o tênis e a bolsa, depois fui até a cama e chamei por ela que demorou quase dez minutos para se situar.
_ Bom dia, bora pra aula? -ela assentiu, levantou da cama cheia de preguiça e foi direto pro banheiro.- Quer ajuda?
_ Uhum... -ajudei no banho e deixei ela sozinha na hora de escovar os dentes e tirar o condicionador do cabelo.-
_ Vou acordar sua irmã, tá? Espero você na mesa pra tomar café mocinha. -e sai.
O quarto da Leninha ficava ao lado, entrei e nem me dei o trabalho de acordar meu pinguinho de gente. Ela estava deitada, com a chupeta na boca e olhos bem abertos.
_ Bô dia mamãe, tudo bem?
_ Tudo bem meu amorzinho, bom dia. Vamos levantar? Tomar um banhinho, comer uma frutinha e ir pra escolinha?
_ Escolinha não mamãe, quelu o papai.
_ Papai vai buscar você na escolinha, o que você acha?
_ Tá. Quelu colo. -estendeu os bracinhos e veio para o meu colo, fomos para o banheiro do quarto dela e lhe dei um banho rápido para despertar, escovamos os dentinhos e saímos.-
_ Hmm que neném cheirosa, mamãe. -dei um cheiro em seu pescoço fazendo ela se encolher toda por sentir cócegas.-
_ Quelu papa ca Lúcia mamãe.
_ E nós vamos, só falta vestir a roupa meu amor. -falei ainda secando seu corpo, vesti o uniforme, meias e tênis. Prendi os cabelos e a franja, passei o creme e perfume e estava tudo pronto.- Vamos comer papa agora, né?
_ É. -disse dando a mão e me puxando pra fora do quarto.
Descemos e deixei a mochila em cima do sofá junto com as outras duas, Helena se soltou de mim e correu pra dar um beijo no Thor e apertou o cachorrinho em um abraço. Seguimos para a sala de jantar e Art estava sentado com a Malu, ambos esperando eu e a Leninha pra comer.
Tomamos café, pegamos as coisas e fomos pro carro. O trajeto era o mesmo, deixar Arthur e Maria Luísa, depois Helena e empresa.
_ Bom dia! -cumprimentei a todos que encontrei pelo caminho até minha sala, parei na mesa da Isa e encontrei minha comadre acariciando a barriga toda linda.- E esse neném da tia? -coloquei as mãos e agachei dando um beijo.- Bom dia. -sorri.-
_ Bom dia. E esse neném da tia está muito bem viu, só não quer mostrar quem ele é ainda. Não sei se ainda não é o momento ou eu que sou ansiosa demais.
_ Os dois. Alguma novidade?
_ Aí, nenhuma. Mas você tem muitas, pode contando.
_ Vamos tomar um cafezinho? Prometo falar até os detalhes. -brinquei e não perdemos tempo, logo saímos e fomos dar uma volta no shopping. Entramos no Starbucks e durante o café contei tanto do dia no parque quanto o momento romântico/safado com o maridão.-
_ Também sai ontem com o Rober, fomos jantar fora depois que sai daqui.
_ Hm... Jantar romântico, é?
_ Ah foi. Eu gostei tanto, ele foi muito fofo e amoroso, bem comecinho de namoro. -Isadora contava toda encantada, sorrindo e eu feliz por ela.
Decidimos voltar para a empresa e enfiar as caras no trabalho. Fomos a manhã inteira assim, duas reuniões, uma porrada de emails para responder e alguma ligações para retornar.
Antes de começar as ligações liguei em casa e lembrei meu lindo marido de ir buscar Arthur e Maria Luísa na escola e pedi pra ele colocar um despertador pra não esquecer a Helena na escolinha. Depois voltei aos afazeres, almoçamos ali na empresa mesmo e o restante da tarde foi só risada acompanhando os resultados que estávamos alcançando.
Precisava dividir com alguém, então disquei o número que sabia de cor e esperei que atendesse.
_ Ah, bem que dizem que quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? -atendeu rindo.- A que devo a honra de sua ligação?
_ Saudades, pai. -ri.- Como o senhor está?
_ Bem velho, mas bem saudável. Sua mãe está controlando minha dieta desde o dia que fui diagnosticado com o colesterol um pouco alto.
_ Ôh tadinho do meu velhinho. -brinquei.-
_ Tadinho de mim e do seu irmão, porque ela está adorando. -raramente eu liguei para o meu pai nesse último mês, então conversamos bastante. Ele contou do meu irmão, dele e minha mãe. Falou sobre as novidades do bairro em que estavam e algumas mudanças na cidade de Nova Iorque. Foi o momento em que entramos no assunto empresa, deixei que ele contasse como ia o andamento da CDM New York e em seguida falei das novidades que tínhamos aqui em São Paulo, o que o deixou muito orgulhoso e distribuindo elogios à mim e cada um de seus funcionários.- Minha filha, fico feliz que não tenha perdido o jeito e mais ainda que está conseguindo ultrapassar metas anuais em menos de seis meses.
_ Eu fico toda sem jeito com elogios, mesmo assim, obrigada pai. Não sabe como me deixa feliz.
_ Imagino... E meus netos como estão?
_ Agora posso dizer que está tudo se encaixando, em ordem sabe... nossa pai. -meu pai amava saber como estava os netos, se iam bem na escola, se estavam passeando bastante e coisas assim. Assim como ele também falou do meu irmão, que estava crescido e estudando pra caramba. Aproveitei a oportunidade pra falar do aniversário do Arthur e que ele queria ir para o Beto Carrero World e ele escutando tudo atentamente.- O que me diz?
_ Eles vão com alguma agência?
_ Ainda não vi nada disso. Tô querendo ter a certeza de quem vai primeiro, aí faço a cotação e tudo mais.
_ Beleza. Seu irmão está louco pra voltar no Brasil e ficar uns dias, vai adorar a ideia.
_ E minha mãe, o que vai achar disso?
_ Ela não vai negar um pedido do neto, nem do filho e muito menos do maridão aqui. Mas se preferir, pode ligar pra ela.
_ Ela está em casa?
_ Aula de yoga. -riu.- Ou treino funcional. Porque sua mãe está uma cinquentona atleta.
_ Ai pai, que maldade.
_ Verdade. Está com um corpo de dar inveja em muitas meninas de 17, 18 anos.
_ Dona Analice sempre teve o corpão, e manteve né. Quero chegar na idade de vocês assim.
_ E vai... -de repente a ligação ficou muda, depois qua do voltou meu pai disse que teria que desligar que seu cliente havia chegado para uma reunião. Aproveitei a deixa para ligar para a mamis e matar um pouco da saudade, jogar conversa fora e falar do aniversário do Art. Depois disso desligamos e voltei ao trabalho.
_ Nanda, estou indo tá? -acenei com a cabeça, ela mandou beijo e fechou a porta. Estava sozinha, finalizando minhas coisas. O telefone da minha sala tocou, demorei uns segundos pra atender.-
_ Oi amor, tudo bem?
_ Tudo. Por que não ligou no meu celular?
_ Porque você não atendeu, eu bem que tentei. -franzi a testa olhando por cima e vendo o celular jogado na poltrona bem no canto, no meio das minhas coisas.- Tá vindo embora já?
_ Mais ou menos, por quê?
_ Porque... pensei em jantar fora.
_ Hm... qual seria o destino?
_ Casa dos Borges, Dudu acabou de me ligar.
_ Tá bom, pode ser. -falei mesmo sabendo que chegaria em casa um caco.- Encontro você lá?
_ Tá de carro, né?
_ Sim...
_ Então vou direto pra lá, você lembra o endereço não lembra?
_ Sim senhor. Que horas?
_ Nós já estamos indo. -riu.-
_ O que vocês dois estão aprontando?
_ Nada eu juro. -risos.- Ele queria me mostrar uma música, Mateus está por lá também e eu falei que estava com as crianças... Ai ele falou com a Sô e ela convidou a gente.
_ Tá, saindo daqui eu vou direto. Beijos, te amo.
_ Tá sozinha aí é?
_ Sim, por que?
_ Está querendo desligar rápido demais, tô preocupado.
_ Amor, eu te amo. Tchau. -desliguei.
Não demorei para terminar o que estava fazendo, quando fiz isso desliguei o PC e deixei minha bolsa em cima da mesa. Fui aí banheiro e retoquei a maquiagem, prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto e sai, peguei a bolsa e segui para fora do prédio.
Não demorei quase nada pra chegar na casa da Sô, estacionei e logo apertei a campainha.
_ Oi Fê.
_ Oi Sô, tudo bem?
_ Ótima, estava com saudades sua bruxa. -me puxou para um abraço.- Nunca mais apareceu aqui sua bandida.
_ Sorry. -risos.- E as crianças?
_ Só o Gui, né? Porque Manuella e Nicolas dizem que não são mais crianças. -ri.- Entra aí que você é de casa nem preciso falar pra ficar à vontade.
_ Não mesmo. -entramos, coloquei a bolsa em cima do sofá e cumprimentei as crianças que estavam na sala.- Oi Gui, vem cá amor. -ele veio todo tímido e me deu um beijo no rosto.-
_ Oi tia, tudo bem?
_ Tudo ótimo meu benzinho. -beijei sua testa.- Como cresce rápido né?
_ Aí muito, muito mesmo. Ontem mesmo ele era um neném.
_ Agora já está um homenzinho. -apertei suas bochechas e o deixei ir brincar com os meus bebês.
Soraya e eu ficamos na sala, sentadas no sofá colocando o assunto em dia enquanto Luan, Dudu e Mateus estavam no estúdio fazendo o de sempre.
Depois de um tempo papeando decidimos o que fazer para o jantar e eu a ajudei, mostrando ao mundo meus dotes culinários. Bife acebolado com arroz, feijão, fritas e salada de alface, e suco de laranja para acompanhar.
_ Mamãe, tô com fome. -Helena apareceu de mãos dadas com o Gui.-
_ Ôh amorzinho, a mamãe já vai colocar sua comida. Tá bom?
_ Tá... Vem Gui, vamo brinca mais. -e saíram correndo. Ajeitamos a mesa de jantar, colocamos a comida e fomos chamar o pessoal. Falei para os meus lavarem as mãos e nos sentamos à mesa, esperamos uns pelos outros e então jantamos.
~.~
Primeiro capítulo do ano rs, que venham outros né? Haha!
Já quero essa viagem para o Beto Carrero World e quero mais momentos em family, e vocês?
Essa família não muda nunca
ResponderExcluirA melhor de todas😂😂😂
Continua bjooos
Essa essência mais que única. Haha
ExcluirHmmm tô achando que essa viajem vai dar problema
ResponderExcluirVocê acha mulher ? Haha
Excluir