Narradora
Depois do jantar os adultos ainda enrolaram um pouco antes de irem embora para as suas casas. Luan e Fernanda assim que chegaram colocaram os filhos na cama e seguiram para o quarto deles onde tiveram uma madrugada de amor bem intensa e foram dormir quando o dia estava amanhecendo.
Luan apagou, mas Fernanda não pôde se dar esse luxo por ter seus compromissos com os filhos e com a empresa. Escola, trabalho e voltar pra casa.
(...)
No final da semana, mas precisamente sábado de manhã Fernanda acordou e desceu para a cozinha, todos dormiam e ela havia perdido o sono. Por volta de dez da manhã a campainha tocou, ao atender a porta levou um susto daqueles. Seus pais, o irmão e o avô estavam parados na entrada da casa com as malas no chão. Ela não estava acreditando, mas não exitou em abraçar muito cada um deles demorando demais quando chegou em Analice que chorou ao ver a filha.
_ Meu deus, eu não estou acreditando. Que surpresa gostosa, que surpresa boa. Eu nem sei o que dizer, eu estava com tanta saudade de vocês todos. Nossa... -limpou as lágrimas que insistiam em cair.- Mãe, pai, vovô... Heitorzinho... Vamos entrando gente, por favor!
_ Precisamos, quero trocar logo essa roupa que tá um calor do caramba. Tinha esquecido de como aqui era quente. -dizia Hugo ao ir entrando e se desfazendo das roupas de frio.-
_ Mamãe, cê tá aí de baixo? -Helena apareceu no topo da escada, só de blusinha, fralda e chinelos.- Mamãe?
_ Oi filha, desce aqui pra ver uma coisa. -falou sorrindo, ainda com os olhos marejados.-
_ Qui é você? -falou vendo Hugo esperando por ela. Claro que toda família a conhecia, mas era difícil os familiares (agora) nova iorquinos estarem presentes, então Helena não se lembrava muito bem de todos.- Mamãe! -fez bico.-
_ É o vovô, amorzinho. Fala oi, dá bom dia.
_ Cê é meu vô? -Hugo assentiu.- O papai da minha mamãe?
_ É, eu sou. E você é a Nena, minha princesinha mais nova. -disse ganhando um sorriso da neta que amava ser chamada de princesinha por todos da casa.- Vem no colo do vô, querida.
_ Eu quero minha mamãe. -falou tímida, terminou de descer os degraus e correu ao encontro da mãe.-
_ Vocês são de casa, gente. Podem ir guardando as malas, trocando de roupa que eu quero aproveitar vocês. -dizia toda eufórica.- Mas vem cá, vieram por algum motivo especial?
_ Não é sempre que minha neta faz quarenta anos, não é mesmo Fernandinha? -seu Oscar falou bem devagar, estava velhinho, mas lúcido e continua uma graça.-
_ Aí meu Deus, eu amo vocês. -risos.- Querem comer alguma coisa?
_ Eu quero maninha, tô cheio de fome e a mãe não quis parar pra comer.
_ Não tinha nem graça, né Heitor. Estávamos uns quinze minutos daqui. Onde já se viu, que fome é essa?
_ Aquela comida do avião é horrível, eu odiei aquele negócio mãe. Quero comida de verdade.
_ Nunca vi amar tanto a comida brasileira. -dizia Analice.- E você pequena da vó, vem no meu colo amorzinho. -Helena ainda não colo da mãe balançava a cabeça dizendo que não e não.- Por que Nena? A vovó estava com tanta saudade de você, sabia?
_ Qui é saudade, mamãe?
_ Quando você sente falta de alguém meu anjo. -ela ficou pensativa por um tempo, mas logo sorriu e pediu pra descer do colo indo até Thor que estava dormindo.- Mãe, vai pôr um shorts, uma blusinha que tá muito quente.
_ Daqui a pouco, e nem estou com tanto calor assim Fer. -sorriu para a filha e voltou a se sentar.- Dormiu bem?
_ Bem demais, tive uma noite gostosa mãe.
_ Imagino o por quê, né mocinha. -risos.- E as crianças?
_ Ha... dormindo. A única que acorda cedo nessa casa é a Helena, os outros só quando o corpo realmente desperta.
_ Devem estar enormes, né?
_ Demais, mãezinha. Vamos na cozinha ver alguma coisa pro Heitor comer coitado.
Analice seguiu com Fernanda, Helena e Thor para a cozinha, Heitor havia ido trocar de roupa junto com o pai e o avô. Fernanda junto com a ajudante colocou a mesa de café da manhã e esperou os outros chegarem na cozinha e comeram em meio à conversas.
_ Filha, são quase meio-dia.
_ É sábado mãe, eles dormem até mais tarde porque acordam cedo a semana inteira. -falei beliscando um pedaço de pão.- Daqui a pouco eles descem.
_ Antes do sol ir embora, né?
_ Isso sim. -risos.- Sabe que eu ainda tô toda besta, não poderia ter recebido presente melhor do que a companhia de vocês. Nossa!
_ Agradeça a Melissa, ela que nos ligou e fez o convite e por falar nisso vem aqui, deixa a mãe te dar um abraço de feliz aniversário. -falou se pondo de pé e Fernanda fez o mesmo.- Sabe que a mãe deseja o melhor à você, seus filhos e seu marido. Que você aproveite o máximo de tempo com eles e seja feliz, se sinta realizada a cada dia mais porque você merece, lutou por isso.
_ Obrigada minha velhinha linda. -beijou seu rosto, eu amo você mãe. Desejo o dobro viu.
_ Ver minha família feliz é a minha maior felicidade. -sorriu.-
_ Bom dia família! -Melissa falou alto atraindo a atenção de todos.- Aí meu Deus, vocês chegaram mesmo. -andou rápido sem se importar com a perna ainda machucada, e se pendurou no pescoço do avô.- Vozinho lindo, te amo tanto. E tava cheia de saudades.
_ E eu cheio de preocupação, você me deu um susto menina. Um susto num homem com mais de meio século de idade.
_ Vô, bronca agora não. Quero matar a saudade antes poxa. -fez bico e Hugo riu apertando suas bochechas.-
_ Vamos conversar depois mocinha, não pensa que me escapa não.
_ Sim, senhor. -brincou.- Bisô, seu lindo. -chegou apertando o bisavô em um abraço enchendo o seu rosto de beijos, arrancando risadas dos outros.- Pensei que não ia vim me visitar.
_ Jamais bonecona, que agora tá crescida né? Como você tá?
_ Ótima, muito feliz que vocês vieram... Ôh vó, e meu abraço?
_ Sempre escandalosa hein moça.
_ É a saudade. -sentou no colo de Analice.- Sabe que eu achei que vocês não viriam porque estava muito em cima da hora, sério. Ainda bem que deu tudo certo. Vou ligar pra minha madrinha e minha vó Marizete, a tia Lila.
_ É o que Melissa?
_ Ah mãe, uma festa precisa de convidados.
_ Festa? E quando ia me contar isso?
_ Hoje. Surpresa! -risos.- Tio!
_ Para com isso garota, não me aperta... -Heitor se esquivava e ela insistia dando risada.- Mãe, olha ela aqui.
_ Melissa, vai tomar seu café vai. Deixa de foguetisse.
_ OK. Já me sentei.
Não demorou para Arthur e Maria Luísa descerem ainda de pijama, cumprimentarem todos e sentarem para comer. Luan desceu quando estavam retirando a mesa, entrou os sogros e o avô na sala, os cumprimentou e foi até a cozinha comer alguma coisa.
_ Que história é essa de festa, Luan?
_ Ôh amor, é um churrasco... Coisa de família e os amigos mais próximos.
_ Um puta de um churrasco porque é gente pra caramba.
_ É sábado amor, hoje pode. -beijou a mulher e se serviu antes de sentar à bancada e tomar seu café.-
_ Papai, colo!
_ Vai brincar filha, papai tá comendo.
_ Colo, papai.
_ Helena...
_ Papai. -fez beicinho, Luan não resistiu e deixou ela sentada sobre a bancada.- Te amo, tá?
_ Sem vergonha.
_ Não fala isso que ela acostuma.
_ É pincesinha, papai.
_ Minha princesinha.
_ E do papai da mamãe, ele falou.
_ É seu avô Hugo. -conversava com a caçula enquanto Fernanda dava uma geral no cômodo.
Assim que foram para a sala Luan se juntou com os demais e organizaram o churrasco, lista de coisas e pôr as mãos na massa.
_ Vai lá amor, se divirta no mercado.
_ Bora sogrão, vô... cunhadinho. -falou todo animado.-
_ Eu vou ligar pra minha madrinha trazer a Laura já. -Melissa falou tirando o celular do bolso do shorts e digitando sem parar. Hoje seria um daqueles dias em que a casa do casal estaria cheia de amigos e familiares, crianças na piscina e adultos bebendo cerveja.-
_ Mãe, posso chamar minhas amigas?
_ Chama quem você quiser, aproveita hoje hein.
Narrado por Fernanda
(...)
Casa repleta de pessoas mais que queridas, mesa farta, som no último volume e a diversão rolando solta. Eu amava a casa cheia, na verdade amava festas e olha que fazia um tempo que não fazíamos nada em casa. Foi gostoso demais, meus familiares, amigos, afilhados e muito mais gente.
_ Fê, estou indo. Mas minha criança tá aí hein.
_ Qual delas?
_ Manuella, Nicolas quer ir embora pra ir em uma outra festa. Acredita?
_ Acredito, sim. Tenho uma aqui, esqueceu? -risos.-
_ Graças à Deus tem esse churrasco, senão a Manuella ia querer ir também.
_ E o que tem demais?
_ Dores de cabeça. O Nicolas eu sei que bebe e fica com as meninas, porque ele me conta. Agora ela... eu pergunto e ela fica "não pai." "ai nada a ver." e a Soraya dá corda. -risos.- Depois eu venho buscar ela.
_ Deixa ela ficar pra dormir, o que não falta nessa casa é espaço Du.
_ Então até amanhã, Fefê. -nos despedimos e eles foram pra casa. Assim como alguns outros convidados conforme as horas se estendiam. Meus avós foram se deitar, minha mãe também. As crianças menores mesmo cansadas ainda ficaram brincando pelo quintal enquanto ainda ficamos de olho e os adolescentes na piscina, com o grupinho deles.-
_ Olhando eles daqui eu lembro quando eu era adolescente nas festinhas dos amigos da faculdade. -falei.-
_ Nossa, era assim mesmo. -Lila ria.- A gente virava a noite na piscina enchendo a cara, aí meu deus.
_ Gente, eu não era assim não. -Bruna falou segurando a risada.-
_ Não fica com vergonha só porque a minha sogra está aqui não querida. -brinquei.-
_ Mãe isso não é verdade, sempre fui um amor, recatada.
_ Porque o meu marido te colocava na linha. -risos.-
_ Colocava mesmo, o Pi chegava a ser chato, minha nossa senhora. -ri.-
_ Marizete, vamos? -meu sogro chegou colocando as mãos no ombro dela, todo fofo.-
_ Vamos, estou cansada e querendo banho e cama. -beijou a mão dele e levantou se despedindo de cada uma de nós e indo embora com o meu sogro.-
_ Carina, vamos né?
_ Mas já Davi? Tá cedo, gatinho. -selinho.-
_ Tô cansado. -cruzou os braços igualzinho Luan fazia quando estava de saco cheio de alguma coisa.- E aí?
_ Meninas, vou indo que meu marido lindo com sono é um saco, nem ele se aguenta. -falou se colocando de pé e indo buscar Taís.-
_ Você é chato hein nego, mas fiquei feliz que vocês vieram.
_ E eu mais ainda, é bom reunir com a galera. Vi seus pais, as crianças... -beijou meu rosto.- Até a próxima encrenca.
_ Vai, vamos... ficou me apressando. -disse séria.-
_ Papai.
_ Manhosa igual a mãe, vem neném. Dá tchau pra madrinha.
_ Tchau, dinda. -beijou meu rosto e voltou pro colo do pai. Carina deu tchau pra mim e para as meninas e saiu com o marido.
Acabou sobrando eu, Lila, Paiva e a Bru de mulheres. Nos juntamos aos homens e viramos a madrugada ali de olho nas "crianças".
Narrado por Melissa
Era de manhã quando meus pais foram dormir, algumas das meninas também e sobrou na piscina eu, Leonardo, Taciane e Nayara e a Manu. A água estava gostosa, até jogamos vôlei e saímos da piscina quando a Maria chegou dizendo que a mesa do café estava pronta. Tomamos café todos juntos, as meninas foram pro meu quarto e eu fiquei na sala com o Léo.
_ Tão bom te ver bem. -acariciou meu rosto e eu sorri sem jeito.- Sorrindo.
_ Eu sei, tive alguns meses super conturbados. Agora eu tô bem mesmo, de verdade. Não quero confusão pra mim. -falei e ele ficou quieto por alguns segundos, parou de fazer carinho no meu rosto e eu percebi que o afastei de alguma forma.- Ei... não precisa se afastar de mim por conta disso.
_ Não estou me afastando, só não quero ser invasivo loirinha. -beijou meu rosto.-
_ Certeza?
_ Sim. -deitei em seu colo, ficando com a cabeça em seu peito deixando que ele me abraçasse.-
_ Senti sua falta, fiquei muito tempo longe né?
_ Desde que você começou a ficar com o professor lá esqueceu que tinha um amigo.
_ Fiquei sem graça né, nós estávamos ficando e aí eu encontrei uma pessoa que pensei que valeria a pena. -suspirei.-
_ Não valeu? Você se arrepende, é isso?
_ Não de ter ficado com ele, foi bom, foi gostoso. -ele fez careta.- Tá, entendi.
_ Eu não quero saber que foi gostoso você ir pra cama com outro cara... isso me deixa com raiva.
_ Raiva por quê?
_ Nada não, eu só não queria que você saísse machucada. E não foi isso que aconteceu né gata...
_ Vocês todos fazem eu me sentir tão culpada, irresponsável... eu só estava apaixonada.
_ Nem percebi. -bati em seu ombro.- Mas na boa, já passou. Deixa pra lá, né?
_ Melhor seguir em frente.
_ Já está em outra? -perguntou surpreso.-
_ Estou na minha faculdade. -ele riu de um jeito gostoso, tão lindo.- E você, nada?
_ Tô estudando tanto que você não tá nem ligada.
_ Tô sim, embora esteja afastada da faculdade por causa do acidente.
_ Vai voltar esse ano ainda?
_ Não sei, vou conversar com a minha mãe.
_ Ela também fez direito, né?
_ Uhum... estudou pra caramba.
_ Ela é louca, com todo o respeito. -risos.-
_ Falou o que está fazendo engenharia, né meu amor.
_ Exatas... amo.
_ Claro que sim, aluno nota dez.
_ Fica quietinha, fica.
_ Tá bom, chato. -ele realmente ficou quieto, olhei pra cima e o bonito estava dormindo. Mas estava tão bom eu abraçadinha nele que fechei os olhos e dormi também.
~.~
Essa vibe tranquila, família e amigos, reencontros é tão vida eu amo. ❤
Me apaixonei por essa fic em tão pouco tempo,amo demais,tanto que fico lendo tudo de novo,e é como se fosse a primeira vez
ResponderExcluirAwwwn, fico muito feliz ao ler isso e espero que continue se apaixonando. rs ❤
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