Narradora
Passado o susto da família com os dias de Melissa em hospitais e a viagem de aniversário de Arthur, tudo estava certo de voltar ao normal. Luan retornou com as viagens a trabalho e Fernanda assumiria todos os compromissos: empresa, casa, filhos e vida pessoal.
Amanhecendo terça-feira, dia 03 de maio, Fernanda foi a primeira a acordar na casa para que nenhum dos outros viessem a atrasar. Assim que o celular despertou, ela desligou o alarme e levantou da cama, foi para um banho rápido e eu sair aproveitou para ir se secando para o closet, já imaginando o que iria vestir. Colocou a lingerie, shorts e regatinha. Deixou separada uma saia listrada, blusa de seda azul escura, salto alto e um blazer para ir ao trabalho e saiu de seu quarto.
Ainda estava cedo quando Fernanda adentrou o quarto do filho e com todo carinho o acordou pedindo que ele fosse tomar um banho para ir a aula, deixou seu uniforme arrumado em cima da cama e foi para o quarto ao lado repetir o gesto com Maria Luísa que protestou um pouco mais, tentou continuar dormindo, mas não teve alternativa.
_ Nada disso, levanta filha. Oh, sua roupa está aqui em cima da cama, não quero você atrasada ouviu Maria Luísa?
_ Mãe, eu tô com sono. -resmungou ainda sentada na cama, cobrindo o rosto com as mãos.-
_ Toma um banho que passa. -se levantou beijando sua testa e saindo do quarto em seguida, deixando a luz acesa. Passou pelo quarto da Melissa e entrou no quarto da caçula da casa.- Bom dia meu amor. -falou sorridente ao ver Helena com os olhinhos abertos.- Dormiu bem?
_ Tade ôh papai? -foi sua primeira pergunta sem nem tirar a chupeta da boca.-
_ Dormindo meu bem, vamos levantar?
_ Não quelo ir hoje mamãe.
_ Por que filha? Tem que ir pra escolinha, senão a tia fica triste.
_ Eu tô tiste.
_ Quer conversar com a mamãe? -perguntou tirando-a do berço e se sentando na poltrona que havia no quarto, com Helena em seu colo.- Conta pra mamãe.
_ Não quelo, quelo o papai.
_ O papai foi trabalhar hoje, ele vai viajar alguns dias e depois ele volta pra casa. Quer falar com ele? -ela assentiu, Fernanda se levantou indo até o quarto dela buscar o celular. Desbloqueou a tela, discou o número e esperou que ele atendesse. Uma, duas, três vezes chamando e nada.- Olha, ele está dormindo agora... vamos lá tomar um banho, tomar café e aí a gente tenta outra vez pode ser?
_ Tá. -deitou a cabeça no ombro da mãe e ficou toda manhosa.-
Fernanda deu banho, vestiu a calcinha, o uniforme, as meias e calçou o tênis. Passou a escova em seus cabelos, prendeu os fios em um rabo de cavalo e deu um beijo em sua bochecha.
_ Que linda essa minha princesinha gente.
_ Princesinha do papai tamém, né?
_ É, do papai também. -falou passando perfume na pequena.- Agora vamos lá chamar seus irmãos e ir tomar café né?
_ Uhuum... quelo meu tetê.
_ Ah é?
_ Sim. -pôs a chupeta na boca e saiu do quarto indo para o do irmão.- Bo dia Atur.
_ Ei, tô me trocando sabia? -ela nem ligou, subiu na cama, pegou o celular e sentou colocando o dedinho para desenhar o padrão de desbloqueio.- Quem tá mandando você mexer aí hein?
_ Não biga. -fez beicinho.- Mamãe!
_ Ih, começou a chatisse. -resmungou vestindo a camisa e indo pentear os cabelos.- Oh eu não fiz nada. -disse quando viu a mãe entrar no quarto.-
_ Você foi o primeiro a levantar e não tá pronto ainda? Cadê sua mochila?
_ Ali em cima. -apontou para a cama.- E ela tá mexendo no meu celular.
_ Ela nem sabe mexer.
_ Eu perdi as contas de quantas senhas troquei e ela aprendeu todas, não mudo mais.
_ O celular tem reconhecimento de digital pra isso.
_ Negócio chato.
_ Tá. Tá. Deixa de assunto que vocês ainda tem que tomar café.
_ Cadê a Malu hein?
_ Escolhendo pulseira.
_ Arruma tanto e fica com a mesma cara. -falou igual o pai, fazendo Fernanda rir.- Que foi mãe?
_ Nada querido, vamos?
_ Sim.
Eles desceram na frente e a mãe atrás com as mochilas, colocando-as em cima do sofá e indo para a cozinha. Maria já havia chegado e tinha preparado o café da manhã para os três, pois sabia que Fernanda comeria na empresa, também deixou pronta a lancheira dos dois maiores e ajudou dando o leite da Helena enquanto Fernanda subia para trocar de roupa.
Alguns minutos depois todos estavam prontos, sentados no sofá esperando a mãe descer.
_ A senhora vai assim? Toda gatona trabalhar?
_ Toda gatona, filho? Você achou?
_ Sim. Meu pai não vai gostar disso.
_ Seu pai não tem que gostar de nada, eu hein. -riu os chamando para irem pro carro.- Dá tchau pra Maria e vamos que está na hora.
_ "Tchau Maria." "Tchau Malia, faz bolinho depois."
_ Faço sim meu amor, boa aula viu.
_ Obigada. -e saiu.
Arthur e Maria Luísa estudavam na mesma escola e entravam meia hora mais cedo que Helena. Fernanda os deixava e seguia para a escola da pequena que ficava em um bairro mais a frente.
_ Mamãe te ama, tá bom?
_ Tamém ti amo mamãe, tchau. -deu um selinho na mãe e entrou correndo com a mochila nas costas. Fernanda acenou para a professora, se despediu do porteiro e entrou no carro, agora seguiria para a CDM.
Narrado por Fernanda
Deixei as crianças na escola e segui para a empresa, peguei o trânsito lento uns cinco minutos depois e consegui estacionar quase nove da manhã. Ou seja, estava atrasada.
Entrei cumprimentando o porteiro, as recepcionistas, faxineiras, todo mundo até chegar no meu andar e ir para a minha sala. Nossa, quanto tempo não chego cedo nesse lugar. Suspirei, coloquei a bolsa em cima da mesa e fui usar o banheiro que eu estava apertada, fiquei tão pra lá e pra cá em casa que esqueci de mijar.
_ Nanda?
_ Oi, pera aí Isa. Tô no banheiro. -falei tranquila, sabendo que ela esperaria. Terminei de usar, lavei as mãos e sai.- Bom dia minha barrigudinha linda.
_ Bom dia. -nos abraçamos.- Tudo bem?
_ Tudo cheio de preguiça, olha... eu estava de férias, uma férias fora de época, nada planejava... mas que me fez esquecer dessa rotina louca. -dizia a ela enquanto tirava da bolsa meu celular, pessoal e corporativo, agenda e o notebook.- Mas eu sobrevivi. -risos.- E você? Como está esse neném da tia?
_ Crescendo mais... acredita que semana passada em engordei mais?
_ Muito Isa?
_ Coisa de 500/700gr. -respondeu se acomodando no sofá de frente para a minha mesa, estava toda linda de vestido e sapatilhas.-
_ E nada de descobrir o sexo?
_ Sempre se escondendo, essa é a parte chata. Queria tanto ir comprando as roupinhas, decorar o quarto. -seus olhos brilhavam e meu sorriso aumentava, amava nenéns, dava saudade dos meus pequenos.- Mas eu acho que é uma menina.
_ Eu também, mas se vier um meninão eu juro que não reclamo.
_ Madrinha babona.
_ Sempre. -risos.- Veio falar sobre a agenda da semana?
_ Isso aí.
_ Podemos fazer isso enquanto tomamos café? Tô azul de fome, menina.
_ E eu sempre estou com fome, vamos.
Peguei minha carteira e fomos na Casa do Pão de Queijo, fizemos os pedidos, escolhemos a mesa e nos acomodamos. Ela pegou a agenda dela, eu a minha e a Isa foi me atualizando dos compromissos de hoje, dos outros da semana e os eventos importantes nos quais eu teria que estar presente. Tomamos nosso café e voltamos para a CDM com todo o gás. Nos reunimos com os representantes de cada setor na sala principal e seguimos de acordo com a pauta, os assuntos eram muitos, fizemos apenas uma pausa para o almoço e retornamos para dar continuidade e demos a reunião por encerrada às 16h da tarde.
_ Nossa, tinha coisa hein.
_ Pra você ver, mas também falamos de tudo o que precisava. Nossa festa de aniversário inclusive, sabe que eu ti há esquecido?
_ Menina.
_ Sério, é tanta coisa na cabeça que eu realmente não lembrei. Queria algo diferente esse ano.
_ Baile de máscaras.
_ Pensei nisso também, mas aí seria algo mais restrito e um público mais adulto. Porque todo ano os funcionários trazem os filhos ou cônjuges, mas é sempre festa normal com muita comida, algumas "declarações" de agradecimento, uma retrospectiva do ano anterior e termina em balada e muita cachaça.
_ Ainda bem que sempre acontece numa sexta-feira. -riu.- Sábado ninguém vem trabalhar mesmo.
_ Amém por isso, porque eu mesmo bebia pra caramba e no outro dia acordada parecendo que um trator ti há passado por cima.
_ O nome disso é ressaca. -risos.- Mas, assim, o baile de máscaras deveria se restringir a funcionários apenas. -nos sentamos e conforme as ideias iam surgindo nós íamos anotando em um papel.- Só precisamos fazer o levantamento de quantos sócios, quais seriam os seus convidados particulares, alguns clientes nossos e o número de funcionários.
_ Não esquenta com isso, irei contratar alguém pra esse serviço. Quero acompanhar tudo, mas quebrar a cabeça não que temos outros eventos pela frente.
_ Aquele almoço beneficente por exemplo.
_ Isso, esse mesmo. Eu lembro que ia junto com os meus pais, aí chegava lá e minha mãe toda no glamour, uma empresária séria e de uma educação absurda. E eu? Só levantava da mesa pra cumprimentar alguém ou comer.
_ Não bebia?
_ Champanhe.
_ Bicha fresca.
_ Só um pouco. -risos.- Mas eu dava umas escapadas as vezes, trocava uns beijos com algum outro sócio. Era bom.
_ Era. Agora você está muito bem casada.
_ Ah sim, muito mesmo. Com um homem bem ciumento que nunca deixou de me acompanhar e grudar feito chiclete. Não se apresentava nem como Luan, era o "sou o marido dela".
_ Mentira que ele fazia isso.
_ Fazia pior, beijava meu pescoço... todo provocante.
_ Que safado.
_ Ele é, o mais safado de todos. -disse rindo.- Vamos trabalhar?
_ Agora.
O serviço que sabíamos de cor, agora estávamos eliminando o que tínhamos de documentação pendente. Anexando os contratos assinados e respondendo os emails sempre. Terminamos boa parte e demos o expediente por encerrado.
Guardei minhas coisas na bolsa, peguei meu celular e sai da sala me despedindo das meninas e esperando a Isa.
_ Tô tão cansada, meus pés estão inchados demais.
_ E você ainda vem de sapatilhas, vem de rasteirinha gata, vem de rasteirinha e pode ficar descalça. Eu fazia muito isso.
_ Você fica na sua sala né, ninguém fica olhando estranho.
_ Deixa olhar. -disse rindo.- Você vai pra casa?
_ Vou preciso tomar um banho, lavar os cabelos e colocar meus pés pra cima.
_ Aí que delícia aproveita muito viu. Porque eu vou passar na minha sogra pra buscar a Helena depois vou pra casa e aí é aquela coisa, dar banho, ajeitar a janta, ver as lições de casa e aí meu amor, não tem descanso.
_ Mas eles já estão grandinhos, é mais a Leninha né?
_ Todos os quatro. Helena eu tenho que dar banho, ajudar a comer... e os outros é em tudo, lição de casa, roupas depois do banho, só falta por a comida no prato. -ri.- Mas a verdade é que eu não trocaria por nada.
_ Eu me imagino assim, bem babona. -acariciava sua barriga.- Eu mãe, já pensou nisso Nanda?
_ Vai ser a coisa mais linda do mundo. Vou babar demais nesse afilhado ou afilhada, né. -sorrimos. Entramos no meu carro e fui deixar ela em casa.
No caminho da casa dos meus sogros fui ouvindo música no último volume, curtindo o trânsito e cantando em alto e bom tom. Os motoristas dos outros carros e os pedestres me olhavam como se eu fosse uma louca. Mas pensa, uma quarentona num sonata com o som no último volume. Não era algo que se via sempre (risos). Cheguei no condomínio dos sogros e cinco minutinhos depois estava estacionando em frente a casa deles, desci do carro e fui entrando.
_ Oi bolinha de pêlos. -mandei beijo para o Puff que não parava de pular enquanto eu caminhava pelo corredor que dava acesso a sala.-
_ Mamãe! -Helena desceu do colo do avô e veio correndo, peguei-a no colo e continuei andando até encontrar meus sogros. Os cumprimentei, conversamos um pouco, peguei a mochila da bonita, chupeta e fomos pra casa.
Chegando em casa tudo estava tranquilo, Maria tinha ido embora, mas o jantar estava pronto em cima do fogão. Melissa estava na sala vendo TV e os meus bebês estavam terminando de tomar banho, e Thor dormindo. Subi com a Nena e tomamos banho juntas, quando descemos estavam todos na sala.
_ Oi lindinhos, como estão as coisas por aqui?
_ Estão ótimas, tudo em ordem.
_ Ótimo. Gosto assim. -risos.- Alguém tem lição de casa?
_ Lição de uma semana inteira! Esqueceu que não fomos pra escola semana passada mãe?
_ Esquecer eu não esqueci não, mas assim, vocês chegam quase uma da tarde. Tem tempo pra fazer isso.
_ Ah mãe, eu chego da escola cansado.
_ Não quero saber, quero o caderno dos dois em ordem. Ouviram? -os dois fizeram que sim e Melissa deu risada dos irmãos.- E você é outra, já decidiu sua vida?
_ Eu não vou entrar no segundo semestre. Vou prestar vestibular no final do ano e começo em janeiro.
_ E já está estudando pra isso?
_ Mãe, tem meses até lá.
_ E meses que você não pega num caderno. -respondi no mesmo tom.- Preciso ligar pra sua tia, hoje é aniversário dela.
_ Eu sei, nós ligamos pra ela hoje de tarde e ela falou mesmo pra senhora ligar.
_ É mãe, a Laura falou que ela estava pensando em sair. Até aquela amiga dela veio pra cá.
_ Sabe qual?
_ Ana Torres. -Melissa respondeu fazendo careta.-
_ Hm... vamos ligar pra titia, Leninha?
_ Titia Bruna?
_ É, pra dar parabéns pra ela. -tirei o telefone do suporte e disquei o número esperando ela atender.- Oi cu.
_ Aí sua feia, isso é jeito de ligar?
_ Parabéns meu amorzinho loiro, felicidades, mais anos de vida, mais momentos bons e que seja um ano das mais belas conquistas e realizações. Te amo tá mãezona, amigona, cunhada linda e a melhor madrinha.
_ Nossa, vou gravar isso e mostrar para as outras. -risos.- Mas obrigado Fê, desejo tudo em dobro pra você viu. Tudo mesmo.
_ Vai comemorar hoje?
_ Nós vamos, né? Reservei um camarote na Woods e você vai, coloquei seu nome na minha lista.
_ E nem avisa? Eu tenho um marido sabia?
_ Você estará com a sua cunhada mais linda e amada, tá comigo tá com Deus.
_ Que medo Bruna. -risos.- Vão que horas?
_ Depois das onze e meia, vamos a madrugada toda. Já estou arrumando as coisas das crianças pra levar eles pra casa da minha mãe.
_ Não quer trazer eles pra cá não e fica todo mundo aqui?
_ Melissa não vai achar ruim não?
_ Vai nada, ela fica de boa. -quando falei isso Melissa tirou a atenção do celular e me olhou fazendo careta.- Então?
_ Tá, eu levo os dois. Esteja bem linda hein.
_ Pode deixar... agora tem uma pessoinha querendo falar com você.
_ Aí minha pequena. -deixei as duas conversarem e depois Helena deu tchau pra tia e me entregou o telefone.-
_ Mê?
_ Eu bem escutei a conversa... e eu estava pensando em ir sabia? Agora vou ficar de babá?
_ Melissa é por algumas horas, acabando lá em venho pra casa e mais... eles vão dormir daqui a pouco.
_ Tá né mãe, você já decidiu tudo mesmo.
_ Te amo. -beijei seu rosto e fomos jantar.
Após o jantar subi com a Helena e ficamos no quarto até ela dormir na minha cama, foi o momento perfeito para me arrumar. Separar uma roupa, pensar no que faria nos cabelos e acessórios, sem contar os sapatos. Perto das dez da noite Maria Luísa entrou no quarto reclamando de dor de cabeça, não deu cinco minutos e Arthur entrou reclamando de dor de barriga. Respirei fundo cogitando a ideia de cancelar a comemoração da Bru e ficar em casa.
_ Ah não mãe, a senhora tem que ir.
_ Mas Melissa, seus irmãos não estão bem. -falei ainda enrolada na toalha, olhando os dois deitados na minha cama cochilando.- É ruim, né?
_ Eu cuido deles, pode ir tranquila. Se as coisas não melhorarem eu te ligo ou ligo pra minha vó que vai estar mais perto.
_ Nada disso, me liga tá? -ela assentiu rindo da minha preocupação e saiu do quarto deixando que eu me arrumasse.
Eu não costumava sair muito depois que as crianças cresceram, mas isso não queria dizer que eu não gostasse. Então caprichei. Comecei pelos cabelos, nada muito cheio de frescura, os deixei em um rabo de cavalo bem alto e muito bem preso. Segui para a maquiagem, marcando bem meus olhos e destacando minha boca deixando-a maior e linda. Separei uma gargantilha, relógio e algumas pulseiras e minha aliança (claro, né?). A roupa eu estava um pouco indecisa, mas optei por um vestido tubinho preto com um decote em U e as costas trançadas e mais abertas, um salto meia pata bege. E estava pronta.
Ajeitei minha bolsa colocando carteira, com o RG e dinheiro/cartão, meu celular também ficaria ali, as chaves (de casa e do carro) e meu batom para dar aquela retocada.
_ Nossa hein dona Fernanda! Que mulherão.
_ Obrigada, beijos. Estou indo tá?
_ Vai com Deus, e deixa eu falar, o Leo vem vindo.
_ Estão usando camisinha?
_ Mãe!
_ Eu confio em você meu bem, juízo. Tchau. Se seu pai ligar... -não terminei a frase porque meu celular estava vibrando, e a palavra amor estampada na tela.- Oi vida.
_ Vida, é? Tá aonde Fernanda?
_ Estou em casa, quase saindo.
_ Essa hora? Posso saber onde a senhorita vai?
_ Pra Woods comemorar o aniversário da minha cunhada. Algum problema?
_ Todos. Você é casada.
_ Ela também.
_ Você tem filhos.
_ Sua irmã também.
_ Seu marido é ciumento.
_ Um particular dele.
_ Ah, então é assim Fernanda? Você nem me fala nada, sai e não avisa... -ele ia começar seu discurso triste e dramaturgo, revirei os olhos, respirei fundo e o interrompi.-
_ Escuta aqui, eu tenho 40 anos, sou muito bem casada, sei que sou mãe e sou esposa. Estou indo porque é minha amiga, madrinha da minha filha e minha cunhada. Eu não estou interessada em encher a cara e dar PT, não estou interessada em sair pra beijar na boca, pra transar. -quando falei isso ele começou a tossir e Melissa arregalou os olhos desacreditada.- Quero me divertir Luan, dançar, dar risada... coisa que ultimamente eu não tenho feito. E mais, sobre te avisar? Quando você está viajando e decide depois de um show ir para uma balada eu não me oponho, nem fico te cobrando satisfações... então meu amor, sem estresse. -ele ficou mudo do outro lado da linha.- Amor?
_ Você é muito grossa sabia? Eu só estava conversando e você vem toda ignorante. Eu me preocupo com você.
_ Eu te amo, e estou atrasada. Tchau.
_ As crianças vão ficar com quem?
_ Melissa e Leonardo.
_ O que? Esse viadinho vai ficar enfiado dentro da minha casa quando nem eu nem você está? Fernanda... esse menino tá abusando.
_ Luan, a Melissa não é criança.
_ Eu não quero saber, porque se ele tiver comendo minha filha ele vai ficar sem a porra do pinto.
_ Que medo hein sogrão. -ri.-
_ Continua rindo, quando ela arrumar uma barriga.
_ Existe camisinha viu, anticoncepcional também. Ou se preferir gozar na boca é muito melhor.
_ Para de falar essas coisas em público, onde já se viu.
_ É meu filho, ela cresceu.
_ Não quero imaginar minha fazendo boquete em ninguém Fernanda.
_ Amor, você é ridículo sabia? -ria.-
_ Ridícula é você que acha graça em tudo e brinca com tudo. -falou sério.- Ela tá aí?
_ Está. -entreguei o celular a Melissa e peguei o telefone de casa pra ligar pra Bruna e saber onde ela estava, e por sorte a bonita já estava no condomínio entrando na rua de casa.- Pronto aí vocês dois?
_ Meu pai é louco mãe, onde já se viu ficar falando de sexo pra mim? Mãe!
_ Ele tem ciúmes, porque ele sabe o que fez com a filha dos outros.
_ Me poupe dos detalhes.
_ Tá. Deixa eu falar, sua tia está chegando. Conseguem ficar aqui direitinho?
_ Sim, tô esperando o Leo. Falei pra ele trazer sorvete.
_ Para de comer doce Melissa.
_ Ele traz o sorvete e eu faço brigadeiro.
_ Não sei porque vocês não namoram logo e ficam nessa viadagem. -disse eu revirando os olhos e guardando meu celular dentro da pequena bolsa, abri a porta e quando estava saindo vi minha cunhada estacionar e buzinar para mim.- Oi lindas, vou de carro também. Quem vem comigo?
_ Eu. -disse a Paiva pulando pra fora do carro vindo me abraçar, Laura e Lucas também desceram, falaram comigo e entraram em casa. Dei a volta entrando no meu carro e seguimos nosso rumo: Woods Bar São Paulo.
~.~
Bom dia lindas, tudo bom? rs Olha quem voltou, quem deu aquela aparecida? Eu mesma!
O capítulo mostrou bem a rotina da Nanda como mãe e agora mais pro final ela com as amigas! Adoro, já quero mais.
Nanda tem que sair mesmo. Não sei como essa mulher alguenda ser mãe,mulher e ainda por cima ser dona de uma empresa.
ResponderExcluirContinua louca pra sabe como vai ser essa baladinha.
Bjoos
Concordo contigo, tem que extravasar haha
Excluirnandinha tem que sair mesmo! só vive pra trabalhar e cuidar da casa, filhos e marido.
ResponderExcluirseu luan tem que dar uma segurada no piti.
e dona melissa e leo tem que parar de viadagem mesmo! já passou da hora
bjo, xovanaa
Lari
Também acho Lari, ela fica muito em casa, mal aproveita haha Leonardo e Melissa estão indo aos poucos kkk
ExcluirTo com medo dessa balada,acho que tem que rolar uma briguinha(relacionada ao reencontro tbm),porém a briga tem que acabar na cama,com um hot babaderrimo....Falando em hot,Melissa e leo,já tá na hora dos dois pararem com o doce e rolar um hot entre eles tbm
ResponderExcluirBaladinha vai ser babado! Corre pra ler. Sobre o hot Menardo? Aguarde rs
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