{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

sábado, 12 de agosto de 2017

Capítulo 233

Narrado por Luan
  Passado o domingo ainda teriam mais três dias de folga antes de retornar à estrada e cumprir todos os compromissos da agenda. Então eu poderia descansar, mesmo não sabendo o que era essa palavra desde que descobri a gravidez da Melissa.
 Dormi feito pedra de domingo para segunda, e quando acordei na manhã seguinte estava com o corpo todo dolorido. Puta que pariu. Parecia ter passado um caminhão por cima de mim, abri os olhos e virei na cama sentindo minhas costas doer e minha coxa querendo dar câimbra.


_ Luan, tá tudo bem? -Fernanda perguntou com voz de sono, olhei e nem de olhos abertos ela estava.
_ Não. Porra! -resmunguei baixinho.
_ Hm... o que foi? Eu quero dormir, amor.
_ Meu corpo tá doendo, minha coxa querendo dar câimbra. Fernanda! -estiquei a perna e foi batata. Doeu pra caralho, e eu não sabia de que jeito ficar para aquela porra para de doer.
_ Calma, vai mexendo a ponta dos dedos do pé. -disse levantando e tirando a coberta de cima de nós dois, ficou ajoelhada entre as minhas pernas e tocou com aquelas mãos quentinhas, apertando bem enquanto massageava.- Relaxa, pensa em qualquer outra coisa. 
_ Tô pensando sim. -grunhi.
_ Isso... tá melhorando?
_ Parou de doer. -ela sorriu e ia deitar de novo.- Ô amor, minhas costas estão zuadas. -franzi a testa.
_ Aí Luan, não te mandei ir jogar bola não. Eu hein.
_ Ô minha rainha, sua massagem é tão boa. -disse virando de frente pra ela e repousando minha mão sobre sua coxa nua, assim como sua bunda e sua boceta.
_ Pode parando, eu quero dormir... -virou de costas pra mim, deixando sua bunda bem exposta. Dei um tapa e ela assustou dando um grito.- Luan Rafael!
_ Só queria uma massagem nas costas... juro amor. -ela não disse nada, levantou da cama e foi para o banheiro, ficou uns minutos lá dentro e logo escutei a descarga e a vi sair. Saiu do banheiro e entrou no closet, virei de barriga pra baixo e abracei seu travesseiro.
_ Não são nem oito da manhã. -falou subindo na cama.- Vem mais pra meio. -assim fiz e ela montou em cima de mim, sentando sem calcinha e de camisola na minha bunda.- Relaxa, Luan. -deitei a cabeça de lado no travesseiro e fechei os olhos, não demorou para que eu sentisse um óleo ser derramado nas minhas costas e suas mãos o espalhar suavemente, mas não foi só isso que eu senti... seus cabelos tocavam meu pescoço de forma sutil e eu podia sentir sua boceta molhadinha em cima de mim. Ah, delícia! Continuei quieto, me concentrando em suas mãos. Do quadril, passando por toda a coluna e caprichando nos ombros e pescoço, gemi de alívio por estar passando a dor e ela continuava inclinando o corpo, o tecido macio da camisola tocando minha pele, assim como os lábios beijando meu pescoço.
_ Pescoço é covardia, amor.
_ Tá relaxado já?
_ E de pau duro também. -falei virando de barriga pra cima e segurando seus pulsos.- Você está tão linda assim. -ela sorriu e trouxe seus lábios até os meus dando-me um beijo gostoso, quente e excitante. Mordia meu lábio inferior, passando a língua em seguida. Fernanda sabia ser sexy em todo o tempo.- Nanda. -disse ao sentir sua boca roçando meu pescoço, gemi e levei minhas mãos até sua cintura, encaixando seu sexo no meu.- Delícia.
_ Uhuum... -ela levou as mãos aos meus cabelos, segurando-os firme enquanto atacava minha boca e rebolava no meu colo, por cima da cueca e foram longos minutos assim... até que eu tirasse sua camisola e dominasse mais o momento. Deitei-a na cama e comecei os beijos por seu rosto, toquei seus lábios com a língua, repetindo o gesto em seu pescoço e seios. Sugando os mamilos, dando aquela atenção especial antes de traçar uma linha imaginária até sua pélvis. A respiração entrecortada, corpo todo arrepiado e as pernas um pouco afastada. Desci mais, plantando um beijo em seu clitóris e mordendo a parte interna de suas coxas, lindas e do jeito que eu gostava.- Luan... -apoiei as mãos atrás de seus joelhos e os empurrei para cima e depois para os lados. Desenhei todo sua boceta com a língua, enfiando devagar e escutando seu gemido intenso e quase reprimido.
_ Eu quero ouvir você, gostosa. -beijei com desejo, sentindo seu cheiro de mulher e deixando-a ainda mais lubrificada. Brincando com aquela parte sensível e dando a minha esposa muito prazer.
_ Luan... -ela puxou meus cabelos e ergueu o quadril, sedenta. Mantive o ritmo, penetrando dois dedos na minha gatinha manhosa.- Ãn... ahn... Luaaan...
Aõohn... Por favor, mais rápido. -pedia ofegante e não lhe neguei isso, até porque ver o quanto ela se contorcia naquela cama não tinha preço.- Filho da puta! -fechou os olhos e jogou a cabeça pra trás, relaxando em seguida. Dei beijinhos em seu umbigo, passei levemente os dentes naquela barriguinha e antes de roçar meu pau duro nela outra vez.
_ É isso que você quer né? -ela riu.- Safada. -abaixei a cueca e encaixei meu corpo no dela, sentindo o calor e aperto que era estar ali.- Porra...
_ Faz comigo, faz..  -pedia.
_ Com todo o prazer. -procurei uma posição confortável, apoiando as mãos no travesseiro e aumentando a velocidade, mantendo no ritmo que mais gostamos até ela chegar ao clímax e pedir por mais. Metia fundo olhando naqueles olhos e escutando cada palavra entre um gemido e outro, sorrindo, beijando aquela boca ainda mais. Não me cansava nunca, não dela. Não me lembrava mais do que eram as dores no corpo, estava com a mente ocupada demais para isso. Coloquei a Fernanda de quatro, enrolei minha mão esquerda em seu cabelo e com a direita dei uns bons tapas naquela bunda gostosa antes de meter mais e mais com mais rapidez, tesão. Sentia o suor escorrer, o calor dominar e o desejo crescer ainda mais. Trocamos de posições por algumas vezes até terminarmos de ladinho, dando selinhos um no outro.- Deu pra suar, né?
_ E como deu... -sorriu se aninhando no meu peito, bocejando. 
_ Vai dormir, é isso? -ela balançou a cabeça dizendo que sim e sorriu outra vez.- Usou meu corpo e agora me deixa sozinho.
_ Dorme também bobo, eu te amo. Tá?
_ Também amo você.
_ Agora fica quietinho, tá bom? -abraçou minha cintura e em poucos minutos dormiu. Puxei a coberta, ajeitei os travesseiros e peguei o controle da TV, deixei bem baixinho e peguei o celular.   Assisti alguns vídeos, olhei o twitter, passei pelo instagram e até deixei uma fotinho por lá antes de acompanhar parte dos comentários no facebook e responder o whatsapp.


Minha vida ❤



  Fernanda dormiu pouco mais que meia hora, quando despertou foi para um banho e me deixou deitado. Levei pra ir ao banheiro e quando sai vesti uma cueca e voltei a me deitar.

_ Mamãe? -Helena batia na porta.- Mamãe!? -levantei rápido, abri a porta e encontrei a bonita descalça e de chupeta.- Bom dia papai. -estendeu os braços pedindo colo.
_ Bom dia, minha princesa. -beijei seu rosto e entrei, fechando a porta.
_ E a mamãe?
_ Tomando banho, o que foi?
_ Eu acodei, papai. Tá na hora já.
_ Tá é?
_ É. -sentei com ela na cama e ficamos conversando, Nena me perguntava porque estava de dia e o quarto estava bem de noite. Respondi sua pergunta e entramos em outro assunto até Fernanda sair do banho.- Bom dia, mamãe.
_ Bom dia pequena. -beijou sua testa.- Não foi pra escolinha hoje é?
_ O papai não me levou eu. -fez bico.
_ Porque ele queria ficar com você, ficar bem pertinho... -apertou seu nariz, fazendo-a rir.
_ Eu também quelia ficar bem pertinho do papai. -falou me abraçando pelo pescoço.- Te amo, papai.
_ E eu?
_ Também amo você, mamãe.
_ Coisa linda. -mordi suas bochechas.
_ Se comportem, eu já venho. -disse dando as costas e indo para o closet.
_ Papai, o telefone.
_ O que tem o telefone?
_ Pa tirar foto, papai.
_ Você quer?
_ Uhuum... com você. -acendi as luzes e deitei de barriga pra baixo, procurando o celular no meio das cobertas.- Ali ó, perto do tavesseiro da mamãe. 
_ Olha aqui, faz uma careta... -ela primeiro ajeitou os cabelos pra depois fazer muitas poses e falar "chega papai, cansei de fotos".- Não quer deitar mais não?
_ Quelia toma um cafezinho, papai.
_ Ah é?
_ Aham...
_ Ô amor, a Maria já chegou?
_ Acho que sim, por que? -voltou para o quarto já vestida e enxugando os cabelos.
_ Alguém quer tomar um cafezinho.
_ Tá tarde também, né filha? 
_ Minha barriga tá fazeno barulho.
_ Ô judiação, a mamãe vai te dar comida tá? Só espera um pouquinho.


   Nesse "pouquinho" ela penteou os cabelos, se encheu de cremes, ajeitou o quarto e aí desceram as duas. 
  Olhei para o relógio e era hora de levantar, segui para o banheiro e tomei aquela chuveirada. Desde a cabeça até os pés, tirando o suor do corpo e relaxando mais.


_ Pai? -escutei batidas na porta.- Minha mãe tá perguntando se você vai demorar.
_ Tô quase acabando, por quê?
_ Porque tá todo mundo com fome, ué.


  Dei risada imaginando o bicão que ela estava por ter que esperar. Maria Luísa com fome parecia um leão de tão brava.
   Fechei o registro do chuveiro, enrolei uma toalha na cintura e peguei uma outra jogando sobre os ombros para depois secar os cabelos.


_ Pai, por que o senhor demora tanto? Ninguém toma banho quando acorda.
_ Quem disse que eu estava dormindo?
_ Credo que nojo, pai. Aí que horror. -ela saiu do quarto resmungando e eu rindo até me dar conta de que ela pensou besteira e nem idade pra isso tinha.


  Deixei pra lá por enquanto e foquei em trocar de roupa, pentear os cabelos e desci encontrando todos à mesa.

_ Bom dia família. -falei alto e assustei meu sogro.
_ Que demora, minha filha me fez esperar por você viu.
_ Ô sogrão, foi mal aí cara. Mas já cheguei, bora comer. -sentei do lado das crianças, de frente para os sogros. Nos servimos e começamos a comer, Melissa mal tocava na comida e quando tocou não deu mais que três mordidas e levantou correndo para ir ao banheiro.
_ Qui ela tem papai?
_ Dor de barriga. -falei sem dar importância, Fernanda levantou e foi atrás. Ninguém disse nada, eu também não e continuei comendo.


  Não demorou para as duas voltarem para a sala de jantar e voltarem a comer, puxei um papo dos bons com o sogrão e seu Oscar e o assunto não queria acabar mais. Falávamos dos times, eu defendendo o meu claro. E fomos falando disso até chegar na sala e nos acomodarmos nos sofás.

_ Santista, seu Oscar? Ah não.
_ Santos é time de peixe grande. -dizia orgulhoso.
_ Ah é sim, sardinhas. -fingi tossir e ele riu.
_ Dos meus bisnetos só a Helena me deu esse orgulho.
_ Sabe que ela diz isso pra todo mundo, né?
_ Ensinei o hino do Santos pra ela.
_ Ô amor, por que cê deixa isso? -risos.
_ Não sei de nada, eu sou feliz sendo corinthiana. E você neném?
_ O do vovô. -sorria.
_ Viu só, ela é uma linda. 
_ Ela nem sabe o que está dizendo seu Oscar, só tem dois anos.
_ É de pequeno que se aprende a escolher o melhor. 
_ Vô, vamos jogar comigo?
_ Eu também quero ir. -Maria Luísa disse correndo até a sala.
_ Chamei meu vô e só. -Arthur falou cruzando os braços.- E nem é jogo de meninas.
_ E daí? Se eu não posso, você também não. Ô pai...
_ Vai brincar de boneca e me deixa, eu hein.
_ Arthur não fala assim com a sua irmã, entendeu?
_ Tá mãe. Vamos vô!
_ Bora lá garotão, vamos Heitor. -e saíram deixando duas bicudas na sala, sentadas do lado da vovó Ana.
_ Melissa subiu? -minha sogra perguntou e eu não soube responder, não tinha prestado a atenção.
_ Nem vi, sogra.
_ Ela estava bem murchinha.
_ Ela sabe o porquê.
_ Será que essa não seria a hora de vocês dois terem uma conversa? Uma conversa de pai para filha...
_ Tivemos nossas chances de conversas, conversamos por diversas vezes e ela sabe... não estava nem aí. -disse sincero, e ela concordou me incentivando a continuar.- eu sei que minha filha não é nenhuma menininha, tanto que já não era mais virgem... mas porra, ela vacilou sogra.
_ Vacilos nessa idade é o que mais se tem. -sorriu enquanto mexia no cabelo da Leninha.- Lembro bem que a Fernanda aparentava ser tranquila, mas aprontava por debaixo dos panos... e muita coisa eu "fingia" não ver. Certas coisas são dá idade.
_ Certas coisas sim, não um filho.
_ No começo vai ser duro, eu sei... é um impacto muito forte, um susto muito grande.
_ Susto? Eu pensei que ia infartar naquele hospital, eu quis dar uma surra na Melissa. A surra que ela não levou quando era criança, quis gritar e extravasar todo o estresse... esmurrar aquele branquelo azedo. Mas quando cheguei em casa percebi que estava tão decepcionado que não queria nem falar nada com nenhum dos dois.
_ Pode não parecer, mas eu te entendo. Nós, pais, criamos muitas expectativas ao imaginar o futuro dos nossos filhos. Ainda mais quando são os mais velhos. Pensamos em dar a eles o que não tivemos ou fazer um pouco diferente do que nossos pais fizeram conosco, queremos que tenham um futuro brilhante. Que estudem, se formem e se estabilizem... mas a vida é feita de escolhas, inteligentes ou não, mas escolhas e isso muda o curso dos nossos planos. -Maria Luísa saiu de fininho deixando eu e minha sogra entretidos naquela conversa.- Talvez você imaginasse ter netos quando ela fosse casada, mas já parou pra pensar que com você também não foi assim?
_ São situações diferentes dona Ana, nas duas primeiras vezes em que fui pai eu não estava casado, mas tinha minha profissão, não dependia totalmente dos meus pais e sabia o que eu queria da vida. -minha sogra concordou, e demos continuidade a nossa conversa dando margem a outros assuntos semelhantes a este, mas ainda sim eu não queria papo com a minha filha. Fim. Analice precisou fazer não sei o que na cozinha e pediu licença saindo dali e me deixando com a Nena.
_ Papai, vamo jogar?
_ Jogar videogame?
_ O de dança papai, aquele que a mamãe brinca comigo.
_ Ah não, vamos ver um filme de princesa... o que você acha?
_ Não quelo, quelia jogar a dança.
_ Tá bom vai... levanta do sofá. -liguei o Xbox e o Kinect e deixei que ela escolhesse a música, aumentamos o som e não demorou pra Fernanda aparecer na sala e levar um susto quando nos viu afastar os sofás e a mesinha de centro.
_ Também quero amor, deixa? -pedia empolgada enquanto ainda descia as escadas.- Faz tempo que não brinco disso.
_ Perfeito, fica com a Helena.
_ Você também e vou chamar os outros.


  Fernanda fazia de tudo um evento, uma festa. Sei que nos juntamos na sala e ficamos de pares, "competindo" entre uma música e outra. Uma hora as crianças, em outra nós adultos, depois ficamos intercalando até cansar e fazermos uma pausa para o almoço.

_ Amor, chama a Mê pra vir almoçar. A comida está pronta. -me pediu e eu fui. Subi e bati na porta do quarto antes de entrar, ela estava deitada na cama cochilando.
_ Melissa... -chamei baixo.- ...filha... vem almoçar.
_ Hm... oi pai... -respondeu de olhos fechados.
_ O almoço, sua mãe tá te chamando.
_ Não tô com fome, acho que comi muito no começo da manhã, vomitei demais.
_ E vai ficar de estômago vazio? -perguntei cruzando os braços, ela olhou desconfiada e acabou se levantando.
_ Pai...
_ Fala.
_ Eu te amo tá? -disse sorrindo sem jeito, pondo uma mecha do cabelo atrás da orelha.
_ Eu também amo você, Melissa. Amo muito. -falei dando as costas e saindo, fui até o quarto ao lado usar o banheiro e desci depois.- Bora comer pessoal!
_ Amém! Minha vó é demais, nossa! -Malu elogiava a comida.
_ Macarrão de panela de pressão, que ideia em mãe. Eu não sabia fazer não.
_ Que isso filha, é fácil. -Hugo dizia.- Quando sua mãe engravidou do Heitor eu fazia muito, porque é prático.
_ Tô vendo, ela não levou nem uma hora. -comentou.
_ O importante é que tá ótimo vó, faz comida aqui mais vezes. -Arthur pedia descaradamente.- Tá muito bom.
_ Tá falando que minha comida é ruim, filho?
_ Não, mãe. Que isso... jamais diria uma coisa dessas. -disse de um jeito engraçado nos fazendo rir. Almoçamos e depois meu sogro foi descansar, assim como o biso que foi deitar na rede. Os meninos voltaram para o videogame e minha neném dormiu no tapete junto com o cachorro.
_ Pai, posso ir na casa de uma amiga?
_ Fazer o que lá Maria Luísa?
_ Nada, ué.
_ Então faz nada aqui. -disse e ela me olhou entediada, dei risada.
_ Mãe...
_ Luan, deixa a menina ir na casa da amiguinha, conversar coisas de adolescentes.
_ Isso é hora? -ergui a sobrancelha e ela me olhou rindo.- Tá aprontando, né Maria Luísa?
_ Juro que não pai, ela mora perto da minha vó. Posso ir pra lá depois, o que você acha? Hein?
_ Você me liga e eu vou te buscar, e não pensa que vai ficar até tarde não viu? Porque amanhã todo mundo tem aula nessa casa.
_ Até a grávida. -falou zoando a irmã que fez careta e voltou a mexer no celular.- Mê, você vai estudar até ficar com o barrigão?
_ Não sei Maria Luísa, mas que pergunta hein...
_ Ué, curiosidade. Lá na escola tem uma menina que tá no terceiro e grávida, tá com a barriga grande já e ainda assiste aula.
_ Tem que ir mesmo, se teve tempo de arrumar uma barriga tem tempo pra estudar também. -falei sério.
_ Isso mesmo, pai. Agora vamos logo que a Bia tá me esperando tem uns 15 minutos já.
_ Bora, Maluzinha... bora. -levantei do sofá e peguei as chaves que estavam penduradas perto da porta.- Já volto amor, não demoro. -lhe dei um selinho e sai.




Narrado por Melissa
  Continuamos sentadas no sofá da sala mesmo depois de o meu pai ter saído com a Malu, logo minha avó se juntou a nós duas e quebrou o silêncio já que eu estava no celular e minha mãe concentrada em mudar os canais da TV.


_ E aí, marcou a primeira consulta já querida? -neguei e ela me olhou cruzando os braços.- E está esperando o que?
_ Não sei... coragem? -dei de ombros.
_ Você tem que se mexer um pouquinho, não acha? -perguntou e eu assenti.
_ Aí vó é tudo muito recente, sabe? Estou totalmente perdida... é muito mais simples na teoria do que na prática.
_ A gravidez?
_ É... ando tão chateada que não tenho vontade pra nada. -revirei os olhos.- É ruim, eu sei, mas me sinto mal.
_ Se sente mal, Melissa? -minha mãe perguntou voltando toda sua atenção para mim.- Mal com o que?
_ Ah, mãe... não era algo que eu queria. Aconteceu por uns descuidos, sim... mas ainda assim eu não queria.
_ Um pouco tarde não acha? -arqueou as sobrancelhas franzindo a testa.
_ Sem discutir meninas, tentem ver o lado  bom. -nós duas olhamos para ela com uma cara de "What?".- Não me olhem assim... -riu.- Um filho é uma benção tão grande, querida. Sinal de que você é uma jovem saudável.
_ Saudável e cheia de fogo, né mãe? -acabei dando risada e ela olhou menos séria.- Eu sou muito nova pra ser avó, pensei que te veria se formando antes.
_ Não sejam pessimistas, ainda há muito o que se viver. Uma gravidez não é doença, muito menos morte. É o nascer de uma nova vida... a chance de você começar do zero por você e pelo bebê.
_ Aí vó, a senhora não existe. -eu negava com a cabeça
_ Ah existo sim. -sorriu.- Pensa que apesar dos pesares, Melissa, o bebê já está aí e vai ser muito bem vindo e acolhido na família.
_ Eu sei, mas esse clima que me mata. -revirei os olhos.- Não gosto disso, vó.
_ Tudo tem um tempo, não é? 
_ Tem mais...
_ Seu avô mesmo, quando soube que sua mãe estava grávida do Arthur ficou uns dias na dele... todo pensativo, cheio de ciúmes e encucado porque ela ainda não era casada. E seu pai está repetindo isso, por motivos parecidos.
_ Mãe, isso não justifica. -minha mãe falou.
_ Eu sei que não, não estou justificando. Estou dizendo a ela, só isso. -minha avó se defendeu em tom de brincadeira.
_ Minha mãe as vezes sei lá, parece que passou pela gravidez numa boa... que foi tudo o que ela sempre quis a vida inteira.
_ Eu fiquei insegura sim, chorei muito, desabafei demais... só que com o tempo isso foi mudando sabe. Ainda mais que eu tive um apoio tanto do meu maridão quanto dos familiares.
_ Pois é. -falei e ela riu.
_ Nunca te neguei apoio, apenas te alertei. 
_ Quanto aos estudos, sobre cair na real e bla bla bla... -meu celular começou a tocar e eu pedi licença antes de sair e atender.- Oi Leo.
_ Tá em casa?
_ (ri) E onde mais eu estaria, Leonardo? 
_ Sei lá, ué... você não disse que estava conversando com as suas amigas?
_ Ainda estou, mas elas estão em casa ocupadas com o segundo semestre né.
_ Hm... sabe o que é?
_ Não. -ri outra vez.- Vai, fala.
_ Quero ir no BK. Vamos?
_ Vai passar aqui?
_ Vou sim, cinco minutos?
_ Tá bom, vou ficar esperando. Tchau, beijo.
_ Beijos, loirinha. -e desligamos.
_ Mãe, vou sair com o Leo tá?
_ Sair pra onde?
_ Não sei, ele quer ir comer fora.
_ Olha lá o que você vai comer viu, para de comer porcarias. -me advertiu.
_ Tudo bem dona Fernanda, não vou comer porcarias. Satisfeita?
_ Sim e nem pense em voltar tarde.
_ Voltar tarde de onde? -meu pai perguntou fechando a porta.- Quem vai sair?
_ Melissa, amor. 
_ Hm tava demorando... -disse sugestivo, tirando a carteira do bolso e jogando em cima do sofá juntos com as chaves antes de ir para o banheiro.
_ Já viu, né? Por favor... 
_ Tá mãe, eu venho pra casa. Fica em paz. -beijei seu rosto, o da minha vó e sai do jeito que estava. Não estava tão frio, mas também não fazia calor. Esperei pelo Leo e não demorou para que ele estacionasse o carro e eu entrasse.- Oi loirão.
_ Oi minha loirinha (selinho). Sua irmã não quis vir?
_ Ela nem está em casa, saiu pra casa de uma amiguinha da escola. -dei de ombros.
_ Ué, e quem tá em casa então?
_ Meus pais, meus avós, o biso e meu tio, meus irmãos...
_ Ah tá... Eu ia trazer a Ceci, mas minha mãe não deixou não. Disse que ela andava comendo muita besteira e não queria saber de comida.
_ Mães. -falei revirando os olhos e depois me toquei de que agora seria uma.- Será que... que eu vou ser assim? -perguntei depois de uns segundos quieta.
_ Assim como?
_ "Não faça isso." "Come isso." Essas coisas.
_ Coisa de mãe, né? -sorriu.


  Liguei o som do carro e seguimos cantando até chegarmos no shopping, ele estacionou e nós descemos, esperei que ele desse a volta e entramos de mãos dadas.

_ Já quer comer? -perguntei e ele assentiu.- Guloso.
Esperamos o elevador e subimos até a praça de alimentação, ele foi para a fila do Burger King e eu sentei em uma das mesas pra esperar o bonitão.
_ Peguei pra você. -era a coroa do burger, coloquei na cabeça e fui pegando o refrigerante.- Trouxe pepsi.
_ Uma pena aqui não ter suco. -falei tomando um pouco do refri e pegando a batata.
_ Se quiser eu pego um pra você, no MC.
_ Não, tá tudo bem. -disse me acomodando melhor na cadeira.- Vai pra faculdade hoje?
_ Uhuum, tenho que ir. Mas não queria muito não.
_ Por que?
_ TCC enche o saco, só por isso. 
_ Quem está no seu grupo?
_ O Cacá, a Bianca e mais dois amigos dela que não fazem porra nenhuma.
_ Tira eles do grupo então... -falei mordendo um pedaço do meu lanche e olhando pra ele.
_ Já pensei nisso também, mas faltam menos de seis meses pra entregar e tá quase todo pronto. 
_ Você tá com uma carinha de cansado.
_ Eu tô, mas logo logo acaba. -encerramos aquele assunto e enquanto comiamos entramos em vários outros. Terminamos, ele foi jogar as coisas fora e eu aproveitei pra responder as meninas no nosso grupo.- Quer comprar alguma coisa?
_ Não, e você?
_ Um boné novo.


  A loja de bonés naquele shopping arrebentava, eu gostava muito, já tinha até comprado alguns para mim. Demos as mãos e fomos andando, passamos por uma loja e outra até que chegamos na que ela queria e eu sentei numa poltrona qualquer enquanto ele escolhia todo empolgado.

_ Vocês dois só saem pra comer. -Tacy respondeu minha mensagem rindo muito.
_ É só o que as grávidas fazem, Tacy. Elas comem muito, comem de tudo. -Nay respondeu com outro áudio.
_ Vocês duas estão me caluniando, eu nem pedi pra vir. Fui convidada. Ele estava com vontade, sei que agora estamos aqui na loja e ele está pior que eu pra escolher um boné.
_ Loira. -olhei e ele estendeu as mãos mostrando mais dois bonés.- Qual dos dois?
_ O azul, combina comigo.
_ Mas o boné é meu.
_ E? -a vendedora deu risada e eu acabei rindo também.- Os dois estão bonitos, tanto o preto quanto esse azul com vermelho.
_ Você não tá me ajudando...
_ O preto. -ele assentiu e foi para a fila pagar. Saímos daquela loja e enquanto andávamos ele viu em uma vitrine um tênis que ficou apaixonado. Resultado, entramos e ele foi provar o sapato.- Mais alguma coisa? -falei segurando uma das sacolas.
_ Quer ir embora já?
_ Não tô com pressa de ir pra casa não. -dei de ombros e ele me deu um beijo.
_ Vamos entrar nessa loja aqui? -olhei e era uma loja de bebês, sorri e acabei entrando com ele.- Olha isso.


  Eu não sei se era chata demais, mas ele estava muito empolgado, fazendo uma brincadeira e outra vendo uma roupinha ou sapato e fazendo uns comentários bem bobos. Perdi as contas de quantas vezes revirei os olhos e o vendedor deve ter percebido.

_ Dá vontade de levar tudo.
_ Não sabemos nem o sexo ainda, Leonardo.
_ Leva um de cada. -riu me beijando, mas eu virei um pouco o rosto.- O que foi?
_ Você. -cruzei os braços.- Levando tudo numa boa, na maior brincadeira... as coisas não são assim, Leo.
_ Vai ficar se lamentando até quando? -me perguntou prendendo seu olhar no meu e num tom que somente eu iria realmente ouvir.- Não estou brincando, estou feliz. Seu que filho é coisa séria e não é boneco pra brincar de casa. Relaxa, loira. -beijou minha testa.
_ Eu quero ir embora. -ele suspirou, mas não discutiu. Saiu na frente e fomos pegar o carro, no caminho de volta eu estava bem chata e quase não falei. 

  Assim que ele estacionou na frente de casa eu o beijei e desci, entrei e meu pai só olhou pra ver quem era e virou o rosto outra vez se concentrando no celular. Fui até a cozinha e tomei água, depois passei pelo banheiro e subi para o meu quarto.










~.~
  Aquele capítulo que tem um pouco de tudo. Haha ❤
#MeusAmigosVoltei! rs
  Depois de ficar sem internet, passar por bloqueios e tomar vergonha na cara... eis o capítulo. Beijão, se cuidem.

8 comentários:

  1. Aí tô com pena da mê,mas fiquei com mt dó do Léo,Melissa foi uma estupida com ele...E só acho q a Malu vai ser ligeira que nem a Melissa hahahah

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    1. Melissa tem sido oito ou oitenta, tem horas que parece ser sensível, em outras é ogra demais. Eu hein!
      Malu é das minhas, amo rs

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  2. Essas filhas do seu Luan só dando dor de cabeça hahahahaah

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    1. Ô homem pra ter filha mulher! 3! Três meninas pra tirarem um juízo que ele já não tinha. Haha

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  3. Quero mais e quero o Luan babão 😂❤️

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  4. gente que dó da Me, o luan ta sendo ignorante não tem necessidade de tudo isso, posta mais saudades de tu mulher!

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    1. Ô mulher, corta o coração não é? Mas se coloca no lugar dele, ele está chateado, decepcionado demais... e ele acaba reagindo assim, sendo "indiferente".

      Voltei, corre pra ler rs

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Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!