{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

domingo, 19 de novembro de 2017

Capítulo 243

Narrado por Fernanda
  Luan deitou na cama e de costas pra mim, virei para ele e o abracei pela cintura, dando um beijo em suas costas.


_ Te amo, tá? -ele se mexeu todo, virou para mim e beijou minha testa desejando uma boa noite.- Boa noite, vida. -e me abraçou, dormimos bem agarradinhos sem nos incomodar com o calor que fazia.

  Algumas horas mais tarde o despertador tocou, coloquei na soneca umas três ou quatro vezes e por fim acordei. Luan ainda estava abraçado a mim, com a cabeça em meu peito e dormindo feito um bebê. Com jeitinho pedi para ele me soltar, falei "bom dia" e sai debaixo do edredom. 
  Ainda estava escuro, mas era hora de levantar. Tomei um banho quente, coloquei um vestido fresquinho e calcei os chinelos antes de ir acordar a Nena.
  Entrei no quarto dela, acendi a luz e me aproximei da cama acordando-a.


_ Mamãe, minha garganta tá doendo.
_ Onde?
_ Bem aqui. -colocou as duas mãos no pescoço.- Tá doendo muito.
_ Abre a boca, deixa a mãe ver. -ela assim fez e percebi uma irritaçãozinha na garganta dela. Mesmo assim lhe dei um banho rápido, coloquei uma calça legging e uma bata, calcei o tênis, penteei seus cabelos e pedi que me esperasse na cama enquanto eu acordava os irmãos dela.- Malu? -cutuquei outra vez e nada.- Filha!?
_ Hm... aí mãe, tá doendo tudo.
_ Tudo o que?
_ Minha cabeça e eu tô com frio, muito frio.
_ Frio, Maria Luísa?
_ É. -coloquei a mão em sua testa e ela estava muito quente, suando.
_ Você está com febre, vem... vamos tomar um banho frio.
_ Mãe... -resmungou querendo chorar.
_ Tô querendo te ajudar, vem... levanta, filha. -com muito custo ela levantou e seguiu para o banheiro devagar, acabei ajudando-a tanto para tirar a roupa quanto para agilizar no banho.- Consegue se vestir sozinha?
_ Posso pôr outro pijama?
_ Não, coloca uma calça e uma camiseta.
_ Eu tô com frio.
_ Não pode esquentar a febre, eu já venho. -ao invés de acordar Arthur, eu tratei de acordar meu marido.- Amor.
_ Hm... o que foi?
_ As meninas não estão legais, vou levar as duas no médico. 
_ O que elas tem? Espera aí que eu vou junto. -disse se sentando na cama.
_ Malu está com muita febre e a Nena com dor de garganta.
_ Dá tempo de eu tomar um banho?
_ Uhuum, vou acordar o Arthur.
_ Tá bom. -respondeu bocejando. Sai do quarto outra vez e entrei no quarto do Arthur que já estava de banho tomado, com a toalha na cintura.
_ Bom dia, filho.
_ Ótimo dia, mãe. -beijou meu rosto.
_ Se importa de ir andando pra escola hoje?
_ Por que?
_ Suas irmãs não acordaram bem, seu pai e eu vamos levar as duas no médico.
_ O que elas tem?
_ Febre e dor de garganta, deve ser alguma virose... ou gripe.
_ Tá, de boa. Eu me viro, tem um ônibus que para de frente quase.
_ Vai direitinho hein, vou deixar seu café pronto.
_ Não precisa, eu como na escola.
_ Certeza?
_ Uhuum.
_ Então tá bom, me avisa quando chegar.
_ Beleza.


(...)

  Melissa estava dormindo quando saímos.  Tínhamos a vantagem de estar cedo, mas ainda assim houve uma pequena demora por ser troca de plantão. Maria Luísa estava reclamando de frio, ainda mais com o ar condicionado do hospital bem geladinho. E Helena dormia no colo do pai, que também estava com carinha de sono.
  Quando a enfermeira chamou o primeiro nome, eu quem acompanhei. Maria Luísa foi examinada pelo médico, e não era nada grave. Apenas uma virose. Então não tinha muito o que fazer, foi receitado um remédio para baixar a temperatura e recomendado coisas simples para a alimentação além de ingerir bastante água.


_ E aí, o que ela tinha?
_ Virose. -respondi dobrando a receita e guardando dentro da bolsa.- Nada ainda?
_ Ela está dormindo, amor. Capaz do médico chamar agora...
_ Helena, acorda amor...
_ Não, mamãe. -resmungava.
_ É rapidinho, filha.
_ Não quero. -e os olhinhos foram enchendo d'água.
_ Helena Santana!
_ Vem com a mãe, vem. -troquei minha neném de colo e entramos na sala.
_ Oi, Helena. Tudo bem? -ela fez que não com a cabeça.- Não? Por que?
_ Tá doendo meu pescoço.
_ Onde está doendo? Posso ver? -ela olhou desconfiada, mas acabou deixando o pediatra dar uma olhadinha.- Abre bem o bocão.
_ Fala "Ah!" bem grandão. -pedi.
_ AH! -ela disse sem muita animação, o médico colocou um palito na língua dela e com uma laterninha olhou a garganta da bonita. 
_ Você tá sentindo dor, Helena?
_ Sim, no pescoço e meu nariz também.
_ Hm... -pegou o palito e jogou no cesto de lixo.- Mãezinha, não tem o que se preocupar tá? -assenti.- Ela está com uma pequena irritação, sim. Mas por conta de um começo de resfriado, o que é normal na idade dela.
_ Judiação ela ficar resfriada num calorzão desses. -ele sorriu.
_ Logo, logo ela fica boa. -disse prescrevendo o receituário.- Muita água, tá? Evitar coisas muito gelada e um antiinflamatório para a garganta dessa moça bonita.
_ OK. Não precisa de repouso, né?
_ Vai dela... mas pode ficar despreocupada que em uns dias tudo volta, não é Heleninha?
_ Sim. 
_ Mãe, essa aqui é pra você. -entregou a receita.- E esse aqui é pra você, lindinha. -entregou a ela um pirulito de coração.
_ Obrigada.
_ Magina, princesa. -piscou e se levantou para nos acompanhar até a porta, nos despedimos com um aperto de mãos e segui até a recepção onde Luan nos esperava.
_ Papai, ganhei um pirulito!
_ Tô vendo. -disse se levantando.- E aí?
_ Resfriado. Nada de sorvete, ouviram né? -falei sabendo que Luan tinha prometido levá-la até a sorveteria.
_ Ah, mamãe.
_ Você escutou o médico, mocinha. Não abusa.
_ Tá bom. -disse abrindo o doce enquanto íamos para o carro.
_ Precisamos passar numa farmácia, amor.
_ Tá bom, esperem aqui na frente que eu vou buscar o carro. -aguardamos na entrada, do lado de fora e uns cinco minutos depois ele parou para nós entrarmos.


  Passamos na farmácia, numa padaria e voltamos pra casa. Dei o remédio a elas depois que tomamos um café reforçado, deixei as duas bonitinhas e coloquei alarme no celulares da casa antes de ir para a empresa.

_ Bom dia, bom dia, bom dia. -dizia apressada, passando pelo pessoal.- Ana?
_ Oi chefe, bom dia.
_ Bom dia, me acompanha?
_ Claro, vamos lá. -seguimos para a minha sala, nos acomodamos e enquanto meu notebook ligava contei a ela o motivo do meu atraso.- Mas as meninas estão melhor?
_ Ainda não, dei o remédio agora antes de sair. Agora é esperar, né? Luan e a Maria estão lá com elas.
_ Se precisa ir embora, eu seguro aqui.
_ Relaxa, está tudo bem Aninha. Agora me conta como foi a manhã por aqui.
_ Nem deu tempo de acontecer muita coisa, mas participei daquela reunião semanal com os departamentos e tudo em ordem.
_ Ótimo.
_ Você organizou aquele coffee para mais tarde? 
_ O bonitão vem, né?
_ Confirmar ele confirmou, agora pode surgir algum imprevisto.
_ Tomara que não. Eu vou poder participar?
_ Vai, se quiser deixo até você conduzir.
_ Eu fico nervosa perto dele.
_ Besta.


 Passamos o restante da manhã trancafiadas na sala, mas foi produtivo. Deixamos toda a apresentação para mais tarde pronta. Saímos para almoçar, eu, Ana e Melissa. Aproveitei e liguei para saber como estavam as coisas em casa e Luan disse que as duas continuavam deitadas, que a Nena estava vendo desenho e a Malu estudando inglês.

_ Elas comeram?
_ Sim, dei na boca das duas. -riu.- Teve até vídeo.
_ Aí amor, que bobagem.
_ Depois que você saiu nós deitamos e dormimos.
_ Preguiçosos. Vou almoçar, tá? Te ligo depois.
_ Tá bom, amor. Bom almoço.
_ Obrigada. -desliguei e fiz o meu pedido.
_ Mãe, meu pai te falou alguma coisa?
_ Não, por que?
_ Ele não quer que eu vá viajar com o Leo no natal.
_ Hm...
_ Ah, mãe. Eu sei que a senhora quer falar alguma coisa.
_ Eu?
_ É, vai em frente.
_ Olha, você já é adulta e eu entendo que tenha uma vida pessoal, tenha um relacionamento. Você é quem faz as suas escolhas e sabe o que é melhor pra você.
_ Mãe, não enrola...
_ Seu pai sempre, desde que você era um bebê e nem engatinhava... ele sempre passou o natal reunido com os filhos. 
_ OK. Já entendi.
_ Não, você não entendeu. Se for pra você ir porque estamos insistindo nisso, fica em casa, vai viajar com o seu namorado. Agora se você quiser ir e se sentir bem com isso, será muito bem vinda nessa viagem.
_ Nossa, também não precisa me dar patada.
_ Não é patada, só não quero ficar dando sermão. Ou é ou não é.
_ Tá bom, mãe. Já entendi. -disse pegando o celular, toda bicuda. Comecei a conversar com a Ana que estava de avulsa na conversa e um tanto sem jeito por estarmos em um clima tenso. Nossos pedidos chegaram e voltamos a interagir as três juntinhas, comentando sobre moda e as praias desse final de ano.


  Ao retornarmos para a CDM tive a surpresa de encontrar Felipe a minha espera. Ele estava sentado na recepção, ao nos ver se colocou de pé, fechando o paletó e sorrindo. Ah, aquele sorriso de molhar calcinhas! Eu não preciso dizer que minha secretária e recepcionista ficou de boca aberta, já minha filha olhou feio pra ele... passou direto falando um boa tarde bem seco.

_ Pontual. -falei olhando no relógio, brincando.- Tudo bem? 
_ Oi, Fê. Eu estava por perto e acabei vindo pra cá, espero que não seja um problema.
_ Não, tudo bem. Vamos entrando, fique a vontade. -falei indo em direção a minha sala. Guardei a bolsa de volta na carteira, pluguei o cabo do carregador no celular e me sentei à mesa.
_ Quando vamos marcar aquele jantar hein?
_ Bom, meu marido já está de férias. O dia que você escolher, nós vamos... assim eu conheço sua esposa, né? -falei sorrindo para não ser grosseira.
_ Qualquer final de semana desses, ela pergunta muito de você.
_ De mim? -ri.
_ Tenho uma esposa bem ciumenta, ela vive perguntando onde eu estou... com quem estou...
_ Graças a Deus eu superei essa fase do meu relacionamento, confiamos um no outro.
_ Não rolam deslizes?
_ Não. -sorri.- No seu sim?
_ De vez em quanto acontece. -riu.
_ Imagino que sim. -o medi e ele deve ter percebido, pois quando nossos olhares se cruzaram ele estava diferente. Desviei rapidamente e desbloqueei o note.- E como anda a empresa?
_ Final de ano é bem corrido, disputado com os shows e eventos e isso é muito bom... -ele se aprofundou no assunto e tivemos uma boa conversa, nem notamos o tempo passar. Tomamos até um capuccino antes de irmos para a sala de reunião esperar pelos outros.


  Assim que o "comitê organizador" estava reunido eu pude apagar as luzes, ligar o projetor e introduzir o assunto, que não era novidade para os presentes. Falei sobre a finalidade daquela "última reunião" e iniciei com a apresentação.
  Seguimos a ordem de mostrar as dados apresentados em pesquisas feitas com os nossos colaboradores, participando tanto da escolha do tema, horário e data.


_ Chegamos em um consenso, obviamente não foram todos que estiveram de acordo, mas temos que nos basear no voto da maioria. Até porque é pra ser algo descontraído e que fuja do cotidiano. -falei.- Sabemos que nosso quadro de funcionários é grande, porém temos aqui pessoas capazes de fazer com que seja o evento do ano. Muito melhor que o ano passado. -dei continuidade, falando do resultado final e apresentando.- Ficou para o dia 19/12 a partir das 20h. É uma sexta-feira, encerraremos o expediente mais cedo dando aquela folguinha para quem quiser ir em casa, tomar aquela ducha e voltar com outra vibe.
_ Que seria?
_ Às 16h.
_ Ótimo.
_ Foi sugerido e muito bem aceito o tema Happy Hour. Eu particularmente, amei. É muito nossa cara, praticamente um churrascão com os amigos no sábado à noite (risos). -falei um pouco mais sobre o que tínhamos decidido em nosso almoço de segunda e passei a palavra aos outros. Felipe, que falou de todo o esquema para o lugar. Camila, que nos inteirou sobre a parte de entretenimento –musica ao vivo, DJ e fotografia e filmagem. Toda a parte de bebida e alimentação.


  Primeira parte, finalizada.
  Seguindo o cronograma, falamos do Baile de Máscaras no sábado à noite. Dando detalhes desde a montagem do ambiente até a confirmação de presença de nossos convidados, lembrando que estariam presentes familiares/amigos de cada um deles.


_ Bom, pessoal. É isso, terminamos nossa reunião aqui e bora comer, porque ficar só falando me deu foi fome.
_ Amém, não estava mais aguentando olhar pra esse bolo e nada. -Melissa disse acedendo a luz e indo para a mesa de coffee.
_ Sua filha mais velha, né? -Felipe perguntou.- Ela se parece muito com a outra, Maria Luísa... não é?
_ Sim, a Malu. As duas se parecem até no jeito, são um grude também.
_ Imagino que sim. -sorriu indo se servir.
_ Ah, meu deus! 
_ Ana, se controla.
_ Não consigo, chefe. Ele é cheiroso, educado e tudo de melhor.
_ Inclusive casado, ca sa do.
_ Eu não ligo, se ele me quiser... eu quero. -dei risada daquela foguetisse toda.
_ Vamos comer, vai Ana. Seu mal deve ser fome.
_ Não, meu único mal é não ser casada com este homem. Aí chefe! -ri.


  Participamos todos do coffee e depois de ajeitar as coisas na sala, saímos da empresa e nos despedimos no estacionamento, indo cada um para os seus respectivos carros. Melissa veio comigo, claro. Seguimos para casa e ela foi de bico o caminho inteiro, assim que chegamos Luan estava com as meninas na sala vendo filme, Arthur deitado no tapete e dormindo com o Thor em cima dele.

_ Boa noite, boa noite. -os cumprimentei.- Como estão as coisas por aqui?
_ Ótimas, amor. Baixou febre, ninguém reclamou de dor no pescoço...
_ Ótimo. -falei dando nele um selinho.- Preciso de um banho, tô suando.
_ Trocou de perfume? -franzi a testa, e ele continuou olhando.
_ Não, por que? -cheirei minha roupa e realmente eu estava com um perfume masculino impregnado em mim, e não precisava dizer de quem era.
_ Isso é perfume de homem.
_ Perfume do amigo dela, Felipe. -Melissa falou com desdém, revirando os olhos e Luan já mudou o rosto.- Eu não gosto daquele cara, ele tá rodeando minha mãe.
_ Melissa! -ela falava como se fosse a coisa mais normal do mundo, Luan queria me matar de tanto que me fuzilava com o olhar completamente enciumado.
_ Aí é verdade, cheio de assunto pro seu lado.
_ Ele trabalha comigo, estamos juntos nesse projeto.
_ Não sei pra que tanto grude com duas festas de finais de ano. Todo ano tem, pra que precisa dele agora?
_ Você fala demais. Fala demais sem fazer ideia do que esteja dizendo, deveria calar essa sua boca... isso sim. -joguei a bolsa sobre os ombros e subi para o quarto.


  Eu não fazia ideia do que tinha dado na Melissa pra ela sair em disparada, falando aquele monte de merdas sabendo que tinha um pai extremamente ciumento e desconfiado na maioria das vezes. Sei que ele não abriu a boca, mas porque estávamos na frente dos nossos filhos.
  Tirei toda a roupa e segui para um banho refrescante e necessário. Desliguei o chuveiro e sai enrolada na toalha, passei pelo quarto e entrei no closet. Procurei por um pijama, vesti um de calor e depois de calçar os chinelos soltei os cabelos para pentear e prendê-los em um coque antes de descer para a sala.


_ Vocês já jantaram? -perguntei e ele apenas fez que não com a cabeça.- Tem janta pronta?
_ Tem do almoço.
_ Quer que eu esquente, amor?
_ Não, não estou com fome. -aquela foi sua única frase até o final do desenho que assistimos. Luan chamou Arthur e as duas para subirem e foi junto. Melissa não havia nem mesmo descido do quarto dela, então apaguei as luzes depois de me certificar que a porta estava fechada e subi.
_ Amor, já vai dormir?
_ Não tô com sono.
_ E por que já subiu? Está cedo, até... -comentei.
_ Eu já não gostava desse cara, mas engoli porque era cliente da sua empresa... agora é o que? Seu amigo?
_ Amor, para com isso. Não tem nada a ver.
_ O caralho que não tem nada a ver, eu escutei o que a Melissa disse. Fernanda...
_ Melissa é muito bocuda, fala demais.
_ Ela que fala demais ou você não iria me contar que ela dá em cima de você?
_ Eu sou uma mulher casada e me dou o respeito. Pra mim não interessa se ele está me cercando, tá me cantando e não sei o que mais. Eu sei do meu compromisso com você, sei da minha fidelidade.
_ Pra você é tudo na base do "não interessa isso" "não importa aquilo". Porra, Fernanda!
_ E não importa mesmo, Luan. Acho Felipe uma pessoa bacana sim, um homem exemplar e com presença, mas não quero nada com ele além do que já temos.
_ Ah, já sei. Mais um dos seus amigos que ainda morrem de vontade de te levar pra cama. -disse com ironia.
_ Para de ser ridículo, Luan. Odeio quando você faz isso, odeio.
_ Porque é a verdade, mas sabe de uma coisa... você é maior de idade, sabe bem o que faz. 
_ Sei mesmo, sei muito bem.
_ Ótimo. Só não se arrependa depois. -disse saindo e batendo a porta do quarto.


  Não fui atrás dele. Apenas ajeitei a cama e me deitei para dormir. Porém não tive sucesso, virava de um lado para o outro e nada. Tinha uma insônia daquelas e percebi isso quando o despertador tocou pela manhã e eu não havia nem mesmo tirado um cochilo.
  Se tinha uma coisa que eu odiava, era ficar num climão com o Luan. Mesmo sabendo que não iríamos demorar a fazer as pazes, eu simplesmente não gostava.
  Como já era de manhã, fui até o quarto ver como estavam as meninas e graças a Deus estavam melhores, mas como estavam tomando medicação eu não as mandei para a escola.
  Acordei Arthur, esperei ele se arrumar, descemos para tomar café e eu fui deixá-lo na escola. Na volta ainda passei em casa e quando entrei no quarto Luan estava no banho, mas para a minha tristeza a porta estava trancada. OK. Respeitaria o momento dele de dar chilique.


_ Mãe, bom dia.
_ Bom dia.
_ Posso ir com você pra empresa, hoje?
_ Pode.
_ Vou tomar banho então... cadê meu pai?
_ Banheiro.
_ Hm... está tudo bem? -olhei para ela de lado e voltei a mexer no celular.- Nossa que bicho te mordeu?
_ O mesmo que vai morder você. Não gostei do que você fez ontem... insinuando o tempo inteiro que Felipe estava dando em cima de mim e eu dando ousadia, dando abertura.
_ E não estava? -cruzou os braços.
_ Primeiro que não estávamos sozinhos, segundo que eu sou uma mulher casada. Eu respeito e amo o meu marido, não estou nem aí pro Felipe.
_ Não pareceu, me desculpa.
_ Me desculpa? Melissa, você não é mais uma criança e sabe muito bem o que fez. -ela fez uma carinha sem graça e saiu do quarto. Não demorou e Luan fez o mesmo saindo do banheiro e indo direto para o closet sem nem me dar bom dia. Levantei e fui até lá, fechei a porta e cruzei os braços.
_ O que foi?
_ Não tô gostando disso.
_ Muito menos eu, não gosto de ser feito de idiota e ainda por cima pela minha mulher. Eu não esperava isso de você.
_ Mas meu deus, Luan. Eu não tô te traindo, para de ser louco.
_ Eu não sou louco, eu tenho ciúmes.
_ Ele também é casado, com filhos.
_ Foda-se. Eu tenho quatro e ainda tem mulheres que dão em cima.
_ Você é homem.
_ E você mulher, pensa que eu não sei que os caras caem matando? -cruzou os braços, olhei seu peitoral ainda molhado e suspirei.- Fernanda!
_ Hm... oi... eu...
_ Tá vendo como não é mentira minha.
_ Ele é gostoso, mas eu não quero ele.
_ Fernanda, ele é o que?
_ Bonitão, mas eu ainda prefiro você.
_ Tá falando isso agora que tá perto de mim. -deu as costas e se inclinou para mexer na gaveta de cuecas.
_ Você sente ciúmes a toa.
_ Não, não é a toa. Eu tenho ciúmes das pessoas certas e você sabe disso, e mais se antes eu não ia com a cara dele... agora muito menos.
_ Me dá um beijo, vai.
_ Não, tô em greve com você. Pra aprender me dar valor.
_ Você que sabe, tem certeza disso?
_ Absoluta.
_ Tá bom. -falei abrindo a porta e saindo do closet.


  Esperei ele se trocar, entrei e fiz o mesmo. Coloquei um vestido preto tubinho, um casaquinho creme e salto alto vermelho e preto. Prendi os cabelos em um rabo de cavalo, coloquei um colar e algumas pulseiras, o relógio e peguei minha bolsa.

_ Tchau.
_ Está indo trabalhar assim?
_ Tô, algum problema?
_ Não. Bom trabalho. -agradeci pegando o meu celular e sai do quarto, chamei Melissa e fomos para a empresa.


(...)

  O dia foi um pouco mais parado que os anteriores, mas não sobrou tempo para ficarmos ociosos. Almoçamos, retornamos ao trabalho e mais pro final da tarde a Ana ligou na sala toda eufórica dizendo que eu tinha uma surpresa na recepção. Levantei apressada e curiosa, abri a porta da minha sala e dei de cara com um buquê de flores enorme, eram lindas. Porém eu não conseguia ver o rosto de quem as trazia.

_ Mas o que é isso aqui? -perguntei.- Flores, pra mim?











~.~
  Nunca vi fanfic para as pessoas serem mais bipolares do que essa. SCRR 
Em uma hora está tudo bem, já em outra as coisas começam a ir "mal" e pro final ainda nos sobre um suspense. 
Quem levou flores para a Nanda, hein?
Façam suas apostas. Haha

4 comentários:

  1. Melissa e essa boca grande. Espero que não tenha sido o Felipe que mandou as flores

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    1. Boca enorme, ela não tinha que ter falado nada. Nada mesmo!
      Esperamos que não tenha sido ele, senão a treta vai ser feia hein. 😱

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  2. Ser Felipe ? Luan ? Vem treta ? Separação ? Traição ? Amizade Luan&Lipe ? Sexta no globo repórter

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    1. Sexta nada migs, segunda mesmo! Haha. Corre e leia o que acontece no próximo capítulo. Bj.

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Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!