{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

domingo, 7 de janeiro de 2018

Capítulo 247

Narrado por Maria Luísa
  Não aguentei a madrugada toda acordada, até porque eu estava cansada do dia todo. Então quando minha mãe disse que ia deitar com a minha irmã eu aproveitei a carona e desci.
  Tirei o vestido, sutiã, coloquei uma calcinha e pijama, escovei os dentes e cama.


_ Tudo bem, Malu?
_ Comigo sim, por que? -franzi a testa.
_ Não te vi falar nada desde que sua irmã trocou a aliança.
_ Ela é nova. -minha mãe riu.
_ E isso é um problema?
_ Não um problema, mãe. Mas não acho que ela deveria se casar antes de terminar a faculdade.
_ Também não, mas ela é madura e vai saber o momento certo.
_ Amém.
_ Mais alguma coisa?
_ A Julia disse que daqui uns meses poderia ser ela e meu irmão.
_ Nunca nessa vida, seu irmão nem na faculdade entrou ainda.
_ Mesmo se tivesse entrado, ele não vai casar com ela. Eu não gosto dela, mãe.
_ Motivo específico?
_ Meu senso de irmã não falha, pra mim aquela cara de anja não me engana. 
_ Seu pai diz que é puro ciúmes nosso.
_ Confesso que também, quando a Melissa começou namorar o Leo eu também fiquei meio assim... mas ele era praticamente da família, estava nos almoços, nos aniversários... eu já estava familiarizada. Agora quem é essa garota?
_ Aí Malu, melhor irmos dormir. Não é?
_ A senhora querendo mudar de assunto? Mãe, a senhora está me traindo sabia?
_ Sei que você tem que falar baixo pra não acordar a Helena e que eu tô com sono.


  Nos ajeitamos, ela apagou a luz e nos deitamos na cama. Minha mãe apagou assim que se acomodou, e eu fiquei no celular um tempo ainda.
 Recebi e respondeu mensagens de amigos, principalmente no grupo da escola. E também recebi uma mensagem do Rique desejando uma boa entrada de ano, respondi desejando o mesmo e por ele estar online trocamos mais algumas mensagens. Ele perguntou como tinha sido o natal e como estava sendo o primeiro dia de ano novo.


_ Mentira que você vai ficar em casa, pensei que fosse viajar. -mandei áudio.
_ Ia mesmo, mas meus pais desistiram no dia 30. Ligaram para alguns amigos e resolveram passar a virada em um hotel aqui perto.
_ E tá legal pelo menos?
_ Ah, tá tranquilo. Tem uns colegas aqui mais ou menos da minha idade... então tá de boa.
_ Poderia ter vindo pra Alagoas com a gente. Além de ser lindo aqui, meu irmão ia curtir a companhia do amigo.
_ É, mas agora ele namora. 
_ Grande coisa. -riu.- Nada contra ela, juro.
_ Imagino que não mesmo (risos), vocês mulheres...
_ Nada a ver, é cuidado de irmã.
_ Seu irmão também fala isso quando a gente pergunta pra ele se você é solteira.
_ Mentira, sério?
_ "É solteira e vai continuar solteira, nem vem.
_ Ríspido, né? -ri.- O papo está ótimo, mas tô com sono. Boa festa aí e boa noite, Rique.


  Ele já não estava mais online, bloqueei a tela do celular e aí colocar em cima do criado mudo quando ele vibrou e pude ler a mensagem "bons sonhos Maluzinha, boa noite".
  Nem abri, guardei o celular e dormi.

  No dia 01 de manhã acordei e quase pisei em cima do meu pai que estava em um colchão no chão do lado da cama. Fui ao banheiro, usei. Escovei os dentes, lavei o rosto e tirei a maquiagem e passei uma escova nos cabelos.

_ Malu eu quero fazer xixi. -minha irmã batia na porta.- Abre aqui.
_ Tô abrindo. -falei girando a chave no trinco.- Bom dia, Nena.
_ Bom dia, Malu. -e entrou levantando o vestido e baixando a calcinha.- Aí levanta aí, Malu!
_ Tô levantando, calma. -levantei a tampa do vaso e ela se sentou e ficou me olhando.- O que?
_ Deu vontade de fazer cocô.
_ Aí credo, sua nojenta! -falei levantando e saindo de perto.- Nem espera eu sair.
_ A mamãe falou que não pode ter vergonha, que fazer cocô, é saúde.
_ Duas nojentas, tchau. -e sai.- Bom dia, pai. -ele estava sonolento, ainda deitado.
_ Bom dia, dormiu bem?
_ Eu sim, já o senhor... tá com uma cara.
_ Ressaca. -virou para o outro lado.- O que a Nena está fazendo?
_ Cocô, pai.
_ Ah, tá. Deixa ela lá... -falou levantando do colchão e indo para a cama, deitou e abraçou minha mãe que já estava acordada.- Amor...
_ Não vem não, bebeu porque quis. Eu falei pra tomar pelo menos um engov antes e você fez de surdo.
_ Eu esqueci, amor.
_ Problema seu, vai ficar com dor de cabeça pra aprender. -tive vontade de rir, mas me contive. Falei que ia voltar para o meu quarto e tomar um banho.
_ AI MEU DEUS, VOCÊS ESTÃO PELADOS! -foi a primeira coisa que eu gritei quando fechei a porta e acendi as luzes por estar tudo escuro no quarto.
_ Para de gritar, não fizemos nada demais.
_ Nada demais? Eu dormia nessa cama, sabia? -falei cruzando os braços, virei de costas e ela falando.- Eu vou pro quarto da mãe, aí tchau. -bati a porta e voltei para o quarto dos meus pais.
_ Não ia tomar banho, Maria Luísa? -minha mãe perguntou.
_ Posso tomar banho aqui e dormir aqui hoje?
_ Ué, não disse que queria ficar no quarto com a sua irmã?
_ Em casa a gente te vai ter tempo para dormir juntas. Se bem que...
_ Que?
_ Nada não mãe, onde tem toalha?
_ No armário debaixo da pia.
_ Fui. -entrei e fechei a porta, encostei e sacudi a cabeça tirando aquela imagem da minha cabeça. Eu vi meu cunhado e minha irmã pelados, pelados em cima da cama que eu estava dormindo com ela. Aí credo!
_ Filha, abre aqui. -minha mãe deu batidinhas na porta e eu abri toda desconfiada.- O que tá acontecendo?
_ Nada mãe.
_ Nada? Eu te conheço. Anda, fala logo...
_ Eu entrei no quarto e... -sussurrei.- vi a Melissa na cama, pelada com o Leo. -cochichei.
_ Malu...
_ Não sou obrigada, é intimidade demais. -me arrepiei toda.- Não volto pra lá.
_ (riu). Olha, filha. Eu vou conversar com a sua irmã, mas vou te contar uma coisinha... quando você experimentar não vai querer parar mais.
_ Mãe, preciso tomar banho. Tchau, te amo.
_ Hmmm tá fugindo, é? 
_ De que, mãe? Tá doida?
_ Tá ficando com alguém Maria Luísa? -senti minhas bochechas esquentarem e ela começou a rir, rir muito.- Quem é ele?
_ Não estou ficando com alguém, a gente ficou uma vez e nos falamos as vezes.
_ Eu conheço?
_ É o Henrique, mãe. Satisfeita?
_ O amigo do seu irmão? -fiz que sim com a cabeça.- Acho ele uma gracinha, gostei.
_ Gostou de nada mãe, não somos namorados. Só beijamos na boca, apenas.
_ Tudo começa assim, com um beijo.
_ Ah tá, até parece mãe.
_ Toma cuidado hein, Maria Luísa.
_ Eu ia tomar banho, sabia?
_ Já está se depilando?
_ Mãe!
_ Tô saindo, tchau.


  Assim que minha mãe saiu eu pude tomar um rápido banho. Lavei os cabelos e depois de tirar todo o sabonete do corpo me enrolei na toalha, desliguei o chuveiro e sai.

_ Até que enfim, que demora da por...
_ Luan! -minha mãe o repreendeu, olhando para a Nena que estava bem atenta ao que ele dizia.
_ Fui. -e entrou no banheiro. Sentei na beirada da cama e peguei meu celular.- Vai se trocar, guarda esse celular.
_ Perai, mãe.
_ Agora, Maria Luísa. -quis revirar os olhos, mas não o fiz. Levantei e troquei de roupa, vesti biquíni e shorts. Peguei a regata do meu pai e estava pronta depois de calçar os chinelos.
_ Pronto dona Fernanda.
_ Ótimo, agora junta suas bagunças. Tô esperando seu pai pra gente tomar café.
_ No restaurante?
_ Não, lá na cobertura mesmo. Pedimos para servirem lá, assim todos podemos comer juntos.
_ Então eu vou subindo. Leninha, vamos tomar café?
_ Não gosto de café, Malu.
_ Tem suco pra você, pão de queijo...
_ Tchau mamãe, preciso muito tomar café. -levantou largando a boneca lá e indo em direção a porta. Peguei o celular e fui junto, fechamos a porta do quarto... cumprimentei o Well desejando bom dia e subimos de elevador até a cobertura.
_ Bom dia Bela Adormecida. -meu avô Hugo brincou.
_ Bom dia vô, bom dia vó Ana. -beijei o rosto dele e me sentei na mesma mesa.- Cadê todo mundo?
_ Do jeito que foram dormir tarde duvido muito que apareça alguém para o café.
_ Vovô, tem pão de queijo?
_ Tem minha princesa, vamos lá com o vovô pegar.
_ Vô, faz meu prato? -pedi toda fofa, ele assentiu e foi. Minha vó já estava comendo, eu peguei o celular e ela "tossiu".
_ Ô mania feia, né?
_ O que vó?
_ Não largar o celular nem pra comer, isso é vício sabia?
_ É nada vó, só estava vendo as mensagens que me mandaram ontem ué.
_ Não pode fazer isso depois de comer? -ergueu as sobrancelhas e eu revirei os olhos, mas bloqueei a tela e esperei meu avô voltar com a comida e meu leite com café.


  Comemos nós quatro, aí depois subiram meus pais, o tio Rober com o Bê e a tia Isa. Dei meu lugar para os outros e sentei na beirada da piscina, vi meus irmãos chegarem acompanhados e sentarem na mesma mesa. Nicolas e a Laura chegaram juntos também, minha tia Bruna, o Lucas, e de um a um foi enchendo o espaço.

_ Buuh! -assustei quando o Leo pegou meus ombros fingindo que iria me jogar na água.
_ Besta!
_ Óia, tá bravinha tá? -apertou minhas bochechas.
_ O que foi hein? Vai tomar seu café...
_ Vim me desculpar por mais cedo. -sentou do meu lado, continuei olhando para a água.- Ei, olha aqui.
_ Não, tô com vergonha por vocês. Nossa gente! Meu quarto, meu.
_ Estávamos comemorando né. -riu.- Ficamos um tempo na piscina, quando descemos você não estava no quarto... ai não deu outra, aproveitamos.
_ Mesmo assim, credo. -me arrepiei inteira mais uma vez ao relembrar a cena.
_ Ah, não faz assim. Tô me sentindo péssimo, já. Pegamos pesado, mas não fizemos nada demais.
_ Aí não fala mais disso, por favor. Tá tudo bem, minha mãe falou que é normal.
_ Você contou?
_ Ela ficou perguntando e perguntando e perguntando... -acabou que conversamos, ele tirou o celular da minha mão, me empurrou na água e eu segurei no braço dele e caímos os dois.- Trouxa!
_ Caralho, Malu. Minha carteira estava no bolso.
_ Mentiroso. -ri.
_ Que bonito as crianças na água depois de comer.
_ Ele que me derrubou, pai. Me ajuda aqui. -meu pai estendeu as mãos e eu subi, tirei a roupa e fiquei só com o biquíni.
_ Minha nossa senhora, olha isso meu pai.
_ O que foi, pai?
_ Tá pequeno, não acha?
_ Não.
_ Então tá bom, eu vou comer. -e saiu. Olhei para a água e Leo dava risada, ri também.
_ É mulher demais pro meu sogro administrar, tá louco.
_ Fica quietinho, fica. -falei pegando a roupa molhada, meu celular e indo sentar na sombra.
_ Olha o tamanho da bunda dessa menina, Fer. -minha tia Bruna falou.
_ Não fala não, cunha. Fala não que meu marido nem dorme de preocupação (risos).
_ Tô ficando velho, peguei essas meninas no colo cara. -tio Dudu falou coçando a cabeça.
_ Elas cresceram muito rápido. -minha mãe disse.- Melissa tá até noiva, minha bebezinha.


  O dia se resumiu no convívio com os amigos e familiares. Ai no dia 02 uma galera foi embora e no dia 03 depois do almoço nós voltamos para São Paulo.
  Um calor que não tinha igual, eu estava grudando de tanto suor e cansada de ter ficado no aeroporto porque nosso voo atrasou pra cacete e de quebra pegamos um trânsito lentíssimo para chegarmos em casa.


_ Amém, chegamos Thor. -soltei meu cão pela casa e me joguei no sofá, exausta.
_ Mamãe, tô com sono.
_ Quer tomar um banho antes de deitar? -ele assentiu e as duas subiram. Meu irmão sentou no outro sofá com a namorada e ficaram se pegando. Meu pai e o Leo ajudaram o tio Well trazerem as malas para a sala e Melissa foi a última a entrar, toda chata e caçando motivo pra brigar com deus e o mundo.
_ Melissa, já deu. Cê tá nervosa? Vai tomar uma água, um banho, dormir... ninguém tem culpa, nem é obrigado não. -meu pai falou todo sério e ela subiu ainda mais puta.- Valeu, negão. Boas férias, cara. -se despediram e ele foi embora.- Bom, tô subindo.
_ Pai! Queria esfiha.
_ Toma, a senha você sabe. -jogou o cartão e subiu.


  Ainda estava cedo, deveria ser pouco mais que 18h.  Liguei no Habib's e fiz meu lindo pedido, não esquecendo do beirute da minha mãe. 
  Deixei o cartão em cima do criado mudo e subi para tomar um banho, trocar de roupa e ir comer.


_ Mãe, tô com cólica. -falei invadindo o quarto do meu casal.
_ Tomou o Buscopan?
_ Não. O que estava na minha bolsa acabou.
_ Aqui tem, pega aqui na gaveta. -apontou com a cabeça, abri a gaveta e quase não achei o remédio no meio daquele monte de preservativos.- Achou, xereta?
_ Sim. -falei pegando um comprimido e devolvendo a caixinha de volta na gaveta.- Pedi seu beirute, mãe.
_ Obrigada, tô com fome mesmo. Pediu quantas esfihas?
_ 60 de carne e 30 de queijo.
_ Maria Luísa, que exagero filha.
_ Ah, olha o tanto de gente... todo mundo quer comer.
_ Tá certo. Quando chegar me dá um toque, vou deitar um pouco.
_ Vai dormir, né?
_ Acho que sim. -bocejou.- Se não melhorar da dor me avisa. -disse pendurando a toalha e subindo na cama, abraçou meu pai e fechou os olhos.


  Desci com a toalha enrolada na cabeça, descalça. Sentei e fiquei vendo TV com o pessoal até a campainha tocar, peguei o cartão e quando abri a porta levei um sustinho.
  Henrique estava em pé na minha porta.


_ Não vai falar comigo não? -riu.- Feliz ano novo. -me abraçou.
_ Feliz ano novo, tudo de bom Rique. -retribui o abraço e lhe dei um beijo no rosto.- Entra, aí. Meu irmão está na sala.
_ Beleza. -e foi entrando. Fechei a porta e voltei, mas fui direto para a cozinha. Tomei água, sentei na bancada e fiquei fazendo hora até minha irmã gritar da sala que o motoboy tinha chego para fazer a entrega.
_ Obrigada, boa noite. -agradeci e fechei a porta.- Sai Thor, não pula. -falei para ele que ficava pulando e passando entre as minhas pernas.
_ Vem cá, amigão. -Leo o chamou e ele nem aí. Deixei as esfihas na mesa de centro da sala, levei para a cozinha só o beirute da minha mãe. Peguei na geladeira o refrigerante, no armário os copos e voltei para a sala.
_ Agora já podem levantar e se servir, não vou servir ninguém. -enchi meu copo, sentei no tapete e comecei comer.


  Os minutos foram passando e eu assistindo o filme, mas de orelha em pé para a conversa dos bonitos. Henrique falando que não sei quem iria fazer aniversário e como os pais dele iriam viajar, a festa seria na casa dele. Meu irmão confirmou presença junto com a namorada, Melissa foi convidada e não deu certeza se iria porque tinha combinado de viajar com as amigas... e eu continuei calada.
  Mais tarde, Leo se despediu e foi para casa. Pensei que a Julia dormiria em casa, mas ela estava só esperando o pai vir buscá-la. Ficamos eu, meu irmão e o Rique. Fomos jogar.


_ Ganhei! -Arthur disse jogando a última carta no monte do baralho.
_ Mais uma? -perguntei.
_ Sim, mas vou no banheiro antes. Tô apertado cara. -levantou e saiu.
_ E você?
_ O que tem eu? -perguntei de volta, arrumando o baralho para embaralhar.
_ Não disse se iria ou não na festa.
_ Eu não sei, ainda tenho que ver com os meus pais. E nem sei se já estaremos viajando também.
_ De novo? Eita família que viaja (risos).
_ As férias dos meus pais é em Janeiro, aí sempre rola alguma coisinha.
_ Hm... mas se der certo você vai, né?
_ Acho que sim. -dei de ombros.- Tutu?
_ Fala.
_ Você corta. -entreguei o monte a ele.


  Ainda jogamos mais quatro partidas antes de eu me despedir e subir para dormir. Deixei o celular de lado e apaguei mesmo, estava cansada.
 Nos outros dias da semana pude curtir minha preguiça, mas isso não durou muito porque assim que amanheceu segunda-feira minha mãe tinha marcado uma reunião em casa para falarmos da minha festa de aniversário. Fizemos listas, vimos as cores, modelos de convites... tudo, tudo o que teríamos.


_ Cansei, sabia?
_ Até que você decidiu rápido. O da sua irmã foram meses planejando.
_ Ah, festa é festa. Não tem segredo. -ri.- Vamos jantar?
_ Yes. -seguimos para a sala de jantar e a comida de vovó estava na mesa, comi cheia de vontade e depois voltei para a sala.
_ Malu tá mexendo aqui, não tô conseguindo jogar. -Helena reclamou, ri pegando o celular e eram mensagens no Whatsapp.- Não vou jogar mais?
_ Calma aí, deixa eu responder.

Grupo da escola, Carol... e Henrique. "E aí, vai ser esse final de semana. Vc vem?" deixei a mensagem sem responder, dei o celular de volta pra Nena e chamei minha mãe.
_ Hm...
_ Sabe o Henrique? Vai dar uma festa na casa dele esse final de semana, fui convidada.
_ E está me pedindo pra ir?
_ É mãe, tô pedindo pra senhora.
_ Sabe que tinha que ver com o seu irmão, né? Ele que vai.
_ O ir é de menos, tem uber e meu pai deixou eu cadastrar no cartão dele.
_ E você vai sozinha?
_ Tô vendo se a Carol vai comigo igual foi da outra vez.
_ Tá bom, pode ir sim. Mas nós não estaremos aqui, estaremos em Campo Grande. Viajamos na sexta e voltaremos só no domingo, eu acho.
_ Quem vai?
_ Daqui de casa só eu, seu pai e a Leninha. Melissa vai descer pra praia, você e o Art vão pra essa festa aí.
_ Ah, sim. E meu vô?
_ Eles voltam pra Nova Iorque na quinta à noite.
_ Vou ficar uma semana sozinha com o meu irmão?
_ É. Muito cuidado, hein. E não vá fazer besteira.
_ Besteira de que tipo?
_ Não sei, Malu. Não sei. -beijou minha testa e saiu.


(...)

_ Você vai assim? -foi a primeira coisa que meu irmão disse quando abriu a porta do meu quarto e eu estava terminando de arrumar meu cabelo.- Malu...
_ É um shorts, uma blusa e um sutiã. -falei tranquila.
_ Uma blusa transparente, mostrando um sutiã colorido e um shorts que mais parece uma calcinha.
_ Tudo bem Arthur, eu troco de roupa. -falei desligando a prancha e abrindo o guarda roupas. Peguei uma calça cintura alta clara, no lugar da blusa transparente peguei um cropped que tinha um decote na frente e era mais aberto nas costas e não precisava de sutiã.- Pronto.
_ É né, trocou seis por meia dúzia. -dei risada e um beijo no rosto dele.- Cadê a Carol?
_ Não vai poder ir hoje. -fiz bico.
_ Julia também não vai, disse que está com cólica e não tá afim de sair.
_ Que pena, né? -demos risada.
_ Ela é legal, vai. Você e a mãe que arruma defeito com tudo.
_ Eu tô quieta. -me defendi.- Tchau bebezinho lindo, amanhã a gente volta.


  Realmente.
  Chegamos na casa do Henrique e estava duas vezes mais cheia do que o aniversário dele, entrei de mãos dadas com o meu irmão e encontramos os amigos dele. Cumprimentei todos e sentei na perna do meu irmão já que não tinha outra cadeira livre.


_ Malu, você veio. -olhei para trás e era a Larissa, a amiga do meu irmão que estava na outra festa.
_ Tudo bom?
_ Ótima, vamos dançar hoje?
_ Claro. -bati na mão dela, rindo.- É festa que chama?
_ Assim que se fala.
_ Maria Luísa, Maria Luísa. -Matheus falou com a mão no queixo.- Tá saidinha hein.


  Os amigos mais próximos do meu irmão, me tinham como irmã. Então era como ter vários irmãos mais velhos "eu tô de olho hein" "oh cuidado com esse shorts" "se alguém olhar fica sem os olhos" "não mexe não que é minha irmã". Matheus era um deles.

_ Chegaram que eu nem vi. -Rique nos cumprimentou depois de um tempão que estávamos lá sentados.- Fiquem a vontade.
_ Já estamos. -respondi.
_ Ótimo. -piscou e saiu.


  Tocou uns funks e quando começaram as músicas de axé Lari me puxou pra dançar com ela, uma, duas, três, quatro músicas e a gente lá. Ai Matheus foi entrando na coreografia junto com o Carlos, Kevin e até meu irmão pra zuar.
  Com mais algumas horas de festa as pessoas estavam mais alteradas, meu irmão mesmo estava alegre demais. Nem percebeu quando eu saí de perto dele e entrei para encontrar o Rique.


_ Pensei que não ia ficar com você hoje. -franzi a testa e ele deu risada.- Chato, né?
_ Não. -sorri.- Mas por que aqui? -perguntei sentando na cama dele, ele deu de ombros... trancou a porta e sentou do meu lado.
_ Porque aqui eu sei que trancando a porta ninguém pega a gente no flagra.
_ Sei. -ri.
_ É sério, pô. Já tinha gente no nosso cantinho, não quis atrapalhar (risos). Gostei dessa blusa. -beijou entre os meus seios e eu gelei, fiquei olhando para ele, atenta a cada movimento.- Desculpa, não quis te assustar.
_ Também não quero que você me assuste. -ele não disse nada, colocou a mão na minha cintura e a outra apoiou no colchão, do outro lado do meu corpo. Sentia sua respiração quente no meu pescoço, orelha, bochecha e por fim sua língua na minha boca.


  Foi um beijo sem pressa diferente dos outros que rolaram na minha casa e fomos pegos, e no dia do aniversário dele. Sei lá, eu não estava tão afoita, ofegante e querendo terminar logo com receio de alguém ver e contar para o meu irmão. Sua língua passeava na minha boca, a mão que estava na minha cintura subia pela minha barriga acariciando minha pele descoberta. Comecei a ficar tensa.   Estávamos no quarto dele, na cama e eu sei bem o que as pessoas fazem numa cama além de dormir.
Pelo menos ele deve ter percebido, porque tirou a mão de lá e colocou na minha nuca, deitando um pouco o corpo sobre o meu e me cobrindo toda. Segurei seus ombros, voltamos ao início do beijo e a coisa foi andando.
  Com mais alguns minutos ali pude perceber o volume que estava na calça dele e o calor que se fazia presente entre nós. Ele estava sem camisa e eu sem meus sapatos e meias, não me pergunte como.


_ Eita, Malu... só você mesmo viu. -ofegou.
_ Não tô fazendo nada.
_ Estava dançando, imaginei tanta coisa. -beijou  meu decote outra vez, passando a língua por dentro da blusa e eu fiquei ansiosa, esperando mais, talvez.
_ Imaginando o que?
_ Você. Dançando pra mim. -eu engasguei com a minha própria saliva, pensei que ia morrer de tanto que tossia.- Foi mal.
_ Imaginação bem fértil (risos), não costumo dançar se não for em festas. -pisquei.
_ Estamos em uma, se quiser. -deitou de costas na cama apoiando as mãos atrás da cabeça.
_ Não, tenho vergonha.
_ Ah, de mim você não precisa.
_ Eu sei, mas mesmo assim. -deitei também, jogando a perna por cima da dele. Outra vez nos beijamos, minha mão estava na barriga dele e foi conduzida à sua calça... ao mesmo tempo que estava receosa, estava curiosa e muito. Encostei naquela região rochosa e de imediato quis tirar a mão, mas ele segurou e juntos apertamos.
_ Ah! -ele gemeu, um gemido abafado, mas gemeu. E eu fiquei sem saber se fazia de novo ou deixava a mão paradinha.- Pode tocar, ele não morde (selinho).


  Já que estava na chuva. Apalpei por inteiro enquanto dávamos outro beijo, senti a extensão, cabeça e a base... não soube o que fazer, só acariciava. Fechei os olhos para não sentir ainda mais vergonha e continuamos nos beijando. A mão dele passeava pela minha barriga, abriu o botão da minha calça e tocou por cima da minha calcinha, soltei um grunhido que nem eu mesma esperava.

_ Nossa... tá quente aqui, né? -comentei.
_ Muito. -beijou outra vez meu pescoço, afundando mais o dedo. Contrai a musculatura e ele tirou a mão, na verdade foi para ter as duas mãos na hora de tirar minha calça. Eu estava com uma calcinha normal, de ursinhos marrons e ela era toda rosa. Quis enfiar minha cara no travesseiro, mas não tive tempo.- Linda, hein. -deu um beijinho.
_ Não mente, vai. -ri de nervoso.
_ Eu gostei, parece ser bem de menininha.
_ Eu sou uma menininha. -falei o óbvio.
_ Tô vendo. -ele levantou da cama e tirou a calça, eu olhei de boca aberta vendo um volume ainda maior. Voltou para a cama, sentou e me colocou no colo e eu estava meio desconfortável. Estava em cima, bem em cima do membro dele e sentindo aquele mesmo calor de antes. Coloquei as mãos em seu pescoço e nos beijamos mais, outras vezes. Henrique segurou minha cintura, pressionando para baixo e roçando nele. Meu corpo indo para frente e para trás, pulsando.
_ Nossa. -respirei fundo depois de morder sua boca. Ele foi deitando o meu corpo e trazendo o dele, beijou meu queixo, pescoço, entre os seios... desceu para a barriga. Levantou minhas pernas, juntando-as e puxou minha calcinha pelas laterais.


  Estar sem calcinha na frente de um "desconhecido" não era a melhor sensação do mundo, mas eu não estava com tanta vergonha como imaginei que estaria. Eu estava gostando. Gostando quando ele me tocou com a ponta dos dedos e eles deslizaram, eu estava molhada. Molhada mesmo, sentia isso.
  Deitada estava, deitada continuei. Ele beijou minha pélvis, lambeu minha boneca e chupou. Fiquei sem ar, com a boca aberta. Estava relaxando ainda mais e querendo mais, fechei os olhos e me segurei no lençol da cama. Estava uma delícia, muito gostoso. Pela primeira vez na vida sentia espasmos musculares, contraindo e relaxando, querendo fechar as pernas e ele segurando meus joelhos, sem pausar os movimentos com a língua até que eu relaxei.


_ Você ainda é virgem, não é?
_ Sim. Por quê?
_ Você estava tensa, muito nervosa.
_ Ainda estou. -ele beijou minha boca, minha testa e deitou na cama.- Mas eu gostei.
_ Você gozou. -piscou.- E eu tô louco pra te fazer gozar de novo. -todo o meu corpo se arrepiou outra vez, mas fomos interrompidos com o meu celular tocando.
_ Meu irmão. -atendi.
_ Tá tudo bem? Você sumiu, já rodei essa casa inteira e não te achei.
_ Eu vi no banheiro aqui em cima, tinha uma fila no debaixo.
_ Ah, tá... mas tá tudo bem?
_ Sim, já vou descer.
_ Tá bom, tchau. -e desligou.
_ Melhor a gente ir, né?
_ Vou precisar de um tempinho ainda, mas te vejo lá embaixo (selinho).
_ Tudo bem. -levantei da cama e fui vestindo minha roupa, entrei no banheiro e depois de fazer xixi, lavei as mãos, o rosto e prendi os cabelos. Sai do banheiro, calcei o tênis, peguei o celular e sai do quarto.
_ Entrou na porta errada, lindinha? -uma menina que eu nunca vi na vida cutucou meu ombro.
_ Não, por que?
_ Aí é o quarto do Henrique.
_ E?
_ O que você estava fazendo aí?
_ Meu quarto, entra quem eu quero. -Henrique respondeu abrindo a porta.- Algum problema com isso?
_ Não, nenhum. 
_ Ótimo. -fechou a porta e descemos.- Minha ex.
_ Sério? Acha que ela espalha?
_ Ué, deixa ela. Tem banheiro no meu quarto também, lembra? -piscou e me abraçou de lado. Chegamos no quintal e meu irmão estava todo sério, mas não falou nada.
_ Malu, vamos lá dentro comigo?
_ Bora lá, Lari.


  Entramos, ela preparou um drink e voltamos para perto dos meninos. Meu irmão estava sentado e eu puxei o banco sentando na frente dele, abracei sua cintura e deitei a cabeça em seu peito e ficamos. A madrugada toda para ser mais exata, fomos embora quatro e pouco da manhã. Assim que chegamos em casa, cada um foi para o seu quarto. 
  Fechei a porta e tentei ligar pra Mê, mas estava dando fora de área em todas as setes tentativas, o jeito foi mandar SMS.


"Mê, tô tentando te ligar e não tô conseguindo. Preciso te contar uma coisa que aconteceu na festa ontem a noite."

  Larguei o celular e fui tomar um banho, entrei no chuveiro de cabeça e fiquei uns segundos assim sem fazer nada. Depois lavei os cabelos, ensaboei todo o corpo, escovei os dentes, joguei uma água e sai.
  Passei o secador para não deitar com a cabeça molhada, vesti meu pijama e cama. Estava com sono, então nem vi mensagens. Deitei e dormi.





Narrado por Melissa
  Acordei no domingo e depois de um banho frio para espantar o calor e a preguiça, vesti um biquíni e passei protetor, peguei óculos de sol, celular e desci.


_ Bom dia, lindas. -falei me sentando à mesa.- Dormiram bem?
_ Teria dormido bem melhor se meu namorado não tivesse ligado bêbado e a gente tivesse discutido.
_ Por que Nay?
_ Ai, porque ele me irrita. Eu sei que ele estava bêbado, mas foda-se. Ele sabia que eu ia viajar e com as minhas amigas, aí ligou falando que eu nunca priorizo nosso namoro. 
_ Hmm... complicado.
_ O caralho que é complicado, ele é muito folgado, tem horas que me irrita. -ela toda nervosa e nem assim parecia estar falando sério.
_ Foca na viagem, depois vocês se acertam. -aconselhei.- E você Tacy?
_ Aquele drink me deu piriri, mas fora isso estou tranquila. E você?
_ Dormi muito bem, pronta pra hoje já. -disse enchendo meu copo de suco, peguei também o celular e tirei do modo avião.- Meu deus.
_ O que? -perguntaram juntas.
_ 7 ligações perdidas da Malu e um SMS dela me dizendo que precisa me contar uma coisa que aconteceu na festa.
_ Ela deu, certeza.
_ Será, Nay?
_ Minha filha, quem tenta falar com a irmã mais velha de madrugada? Ainda insiste...
_ As vezes ela estava com saudades, teve pesadelos...
_ Aí Tacy, meu deus... Eu conheço a Malu, ela não ligaria se não fosse pra contar um bafão.
_ Vou ligar pra ela. -disquei o número e esperei completar a ligação.- Malu? Oi, bom dia.
_ (bocejou) Bom dia, Melissa. O que foi que você tá ligando? Aconteceu alguma coisa?
_ Eu que te pergunto... o que aconteceu na festa ontem? Acabei de ver sua mensagem.
_ Foi na casa do Henrique.
_ A festa, né? Isso eu já sabia... mas o que tem demais nisso?
_ Tava muito cheio (bocejou)... 
_ E aí? Ficou com alguém?
_ No quarto (bocejou).
_ Malu, acorda... fala comigo direito. Você ficou com quem no quarto de quem? -quando perguntei isso a Nay olhou com uma cara de "eu disse", enquanto a Tacy olhava tipo "eu não acredito" e eu preocupada, mas não histérica.
_ Com o Rique, Mê. No quarto dele... a gente quase foi.
_ Você não transou com ele?
_ Ele me chupou, isso conta?
_ Ele fez o que? Maria Luísa! 
_ Não briga comigo, eu precisava contar pra alguém... não ia falar disso com o Art, né?
_ Obrigada. -Malu me contou detalhes de toda a festa, mas pra falar o que aconteceu naquele quarto ela deu voltas e voltas e mais voltas e eu com uma dificuldade imensa de entender.- Fala, pode falar comigo.
_ Depois que ele ficou pelado e tirou a minha calcinha, ele passou a mão assim em mim né... e eu gostei, até gemi.
_ E aí?
_ E aí que ele... ele... ficou lambendo e chupando até eu sentir umas coisas estranhas e g-o-z-a-r.
_ Sério? E você não chupou ele?
_ Eu não credo!
_ Credo por que? Ele era peludo?
_ Peludo? Como assim?
_ Ah, você passou a mão você sabe... ele se depila?
_ Sim, lisinho.
_ Era fedido?
_ Não, ele é muito cheiroso.
_ Então, por que não?
_ Porque eu não sabia, né? Não é igual chupar sorvete.
_ Não pensei que fosse falar disso com você tão cedo, mas... vamos lá... não tem segredo. É só chupar sem raspar os dentes, porque machuca.
_ Sério? Mas... e se eu fizer errado.
_ Não tem erro, Malu. É que assim... -contei pra ela como eu fazia com o meu namorado e ela ficava "uhuum, entendi", mas pediu para mudarmos de assunto.- Tá, mas me conta. Você perdeu com ele?
_ Não.
_ Ele não enfiou o dedo?
_ Nem o pinto.
_ Você não quis?
_ Não tive coragem.
_ Você ficou pelada na cama dele e não teve coragem?
_ Pra isso não, pelo menos não ontem. Era uma festa, a casa estava cheia e o Art poderia aparecer né.
_ Aí meu deus, eu sabia que não ia dar certo você aí sozinha com o Arthur. Malu...
_ Eu tô bem, só queria contar pra alguém. A mãe antes de viajar me fez prometer que não faria besteira.
_ Ah, não foi uma puta besteira. Relaxa. 
_ Certeza?
_ Sim, certeza. Eu sei que vocês vão conversar quando ela voltar de viagem.
_ Eu não teria tanta certeza assim... eu contei pra você porque você é minha irmã mais velha e...
_ Tudo bem, segredo nosso. 
_ Obrigada.
_ De nada, danadinha. Mas e de resto, tudo bem?
_ Uhuum, tranquilo. Estou descendo pra tomar café e vamos almoçar com o Leo.
_ Meu noivo? -ri.
_ Sim, ele e o namorado da Nay. Vamos no Rap Burguer.
_ Que lindos.
_ Também acho (risos). E as meninas?
_ Estão bem, estamos tomando café pra depois irmos para a praia... tá uma delícia aqui.
_ Aproveitem, beijos.
_ Beijos, qualquer coisa me liga. 
_ Tá bom, tchau.
_ Tchau, Malu. Beijo. -e desliguei.
_ E aí? -as meninas perguntaram e por confiar nelas, contei e elas disseram que realmente é coisa da idade e não sei o que mais. Sei que o assunto estendeu até terminarmos de comer, irmos para a praia e um banhista levar um rola na areia nos arrancando muitas risadas.


  Almoçamos em um dos quiosques perto da casa e depois disso voltamos para casa. Passamos o tempo de espera para digestão definindo a marquinha do biquíni. Aproveitei os minutos para ligar pro Leo, mas não nos falamos porque ele estava no cinema com os meus irmãos e o Cacá.

_ Gente, acreditam que nem comigo fora de casa o Leonardo sai de lá? -falei bloqueando a tela do celular.
_ Isso desde sempre, né (risos)? Desde quando vocês era só amigos.
_ Verdade, tenho que concordar com a Nay. -Tacy disse.
_ Loiro safado. Gente, vamos ficar aqui mais uma semana. Não vamos fazer nada? -perguntei.
_ Impossível que começo de ano não tenham shows por aqui.
_ Aqui não, mas Guarujá é certeza. -falei.
_ Aí, vamos ter que viajar outra vez. -Nayara já falou revirando os olhos.- Tenho preguiça.
_ Então não temos nada pra fazer, fim. -dei de ombros.
_ Se bronzear é uma boa, bora voltar para a praia...

Tacy sugeriu e foi o que fizemos.

  Mais dias se passaram e nós aproveitamos a nossa maneira. Apareceu um luau para irmos e foi muito gostoso, outro dia um vizinho nos convidou para um churrasco e fomos também. E um dia antes de irmos embora para São Paulo, passamos no iate do meu pai. Mergulhamos, tiramos várias fotos e quando estava pra anoitecer, depois de vermos o pôr do sol fomos para uma boate que ficava a mais ou menos 45 minutos de casa.


_ Cansada estou. -falei fechando a mala.- O Leo falou que já está chegando.
_ Aí que vergonha, três cavalonas que não sabem dirigir.
_ Verdade, concordo. Esse ano eu, você e a Mê precisamos tirar a carta.
_ Amém. Podemos nos inscrever assim que a auto escola voltar do recesso.
_ Tá, até lá a gente senta e espera seu boy.


  O combinado era o bonito chegar antes do almoço, mas ele chegou de manhãzinha. Assim que tínhamos terminado o café e lavado a louça.

_ Oi amor, saudades. -o abracei.- Tá com uma carinha.
_ Carinha de quem fodeu com as costas jogando bola ontem a noite.
_ Machucou muito?
_ Até ralei, ficou vermelho pra porra. 
_ Nossa loirão, tem que tomar cuidado né? Deixa eu ver.
_ Não, tá de boa. Vamos?
_ Não quer descansar um pouco?
_ Não loira, eu tô bem. -falou me beijando.- Tá queimadinha hein.
_ Pretinha, pretinha. Olha essa marca.
_ Tô vendo, tá ardendo? -neguei.- Beleza. Cadê as meninas?
_ Aqui meu bem, cheguei. -Nayara o abraçou pelo pescoço e deu um beijo no rosto dele.- Já carregou as malas, motorista?
_ Trouxa.
_ Vocês dois tem um caso sério de amor, né?
_ Sim, não se mete amiga. Taciane! Vamos antes que o uber cancele a viagem por causa da sua demora.
_ Idiota. Para de me agarrar, vai.

 Colocamos as coisas no bagageiro e nos acomodamos e seguimos viagem.
  Em São Paulo ele deixou as meninas em casa e foi me deixar em casa, chegamos lá era quase oito da noite. Só estávamos nós dois e o Thor.

_ Oi meu amor, que saudades! -sentei no chão e peguei ele no colo.- Coisinha brava da irmã.
_ Aí é lugar de parar?
_ Sim. -continuei brincando com o Thor e ele subiu para deixar a mala no meu quarto, quando desceu estava com o meu celular na mão.- Onde a gente vai jantar?
_ Na minha casa, meu pai está fazendo lasanha.
_ Aí que delícia. E as meninas, estão lá?
_ Ana Luísa e Cecília?
_ É.
_ Estão, sim. Desde o natal minha mãe falou, meu irmão foi viajar com a Jessica.
_ Lua de mel?
_ Brigaram, estão se reconciliando em Manhattan.
_ Nossa, que chiques. A gente briga e se reconcilia aqui né amor?
_ A gente nem briga, Melissa. -levantei do chão e sentei com ele no sofá.- Como foram esses dias na praia?
_ Ótimos, participamos de duas festinhas (risos).
_ Festinhas sexuais?
_ Não, churrasco no vizinho. E um luau, muito bom.
_ Nós poderíamos ir viajar, né?
_ Sim, mas depois do aniversário da minha irmã amor. Ela está animada com a festa.
_ 15 anos de Maria Luísa.
_ 15 anos do seu grude, porque nunca vi alguém defender tanto o cunhado igual a ela.
_ Sou muito amável.
_ E gostoso também. -mexi no cabelo dele.- Cheiroso. -beijei seu rosto.
_ Tá carinhosa, o que tá acontecendo?
_ Saudades, né. Tô uma semaninha sem te ver, sem dar uns beijinhos, dormir agarradinha.
_ Vai dormir lá em casa hoje?
_ Não, Malu tá sozinha aqui com o Arthur... esqueceu?
_ Eles ficaram esses dias sozinhos e estão vivos.
_ É mesmo, né? Mas amor, o Thor vai com a gente. -falei "séria".
_ Não vai mesmo, querendo dar uma foda e você que o cachorro durma com a gente.
_ Bem carinhoso, você né?
_ Eu sou. -me beijou. Deitamos no sofá e ficamos namorando, nem percebemos a porta abrir. Notamos que tinha alguém quando a Malu pulou em cima da gente.
_ Melissa! 
_ Oi, Malu. -sentei.
_ Oi, cunhado.
_ E aí, Malu. Oi, Julia.
_ Oi, Leo. Oi, Melissa.
_ Oi, Julia. -levantei para cumprimentar minha cunhada e voltei a me sentar com o Leo.- Onde vocês estavam?
_ Na casa da Julia. -Malu respondeu e eu olhei toda preocupada, afinal minha irmã não gostava dela.
_ Almoço em família? -perguntei brincando.
_ Que engraçada você, nossa. Tô morrendo de rir, Melissa.
_ Aí Malu, deixa de ser ranzinza vai.
_ Arthur inventou de almoçar na sogra dele e falou que não ia me deixar sozinha aqui, acredita?
_ Qual era o problema de você ficar aqui?
_ O problema é que ele pegou uma ligação do Henrique pra mim. Foi isso, gritou comigo. "Porque ele já é maior de idade e você uma criança." 
_ Tá brincando, né?
_ Não, não tô. -se ajeitou no sofá e pegou o celular.
_ Tô indo lá no Leo, quer ir?
_ Não, vou subir e tomar banho. Tô cansada, tive que ficar sorrindo e conversando enquanto os lindos estavam no quarto.
_ Aí o Arthur viaja. -revirei os olhos.- Vamos, loirão?
_ Partiu. Tchau, Malu. -beijou a testa dela e pegou na minha mão.
_ Eu volto, tá?
_ Pode curtir seu noivo. -riu.- Só mais uma noite. -deu de ombros.
_ E aquela nossa conversa?
_ Fica pra depois. -foi ficando vermelha e o Leo franziu a testa. Saímos de casa e entramos no carro, antes mesmo de tirar da garagem ele perguntou que conversa era aquela.
_ Coisas de irmãs, você não conversava com o seu?
_ Tá me enrolando pra dizer que minha cunhada não é mais virgem?
_ Ela é virgem, Leonardo. Fica tranquilo, papai.
_ Eu me preocupo, com ela, Analu, Helena e a Ceci.
_ Muitas mulheres, né amor?
_ É. Muita mulher.
_ Relaxa, nosso assunto é tranquilo. É sobre sexo sim, mas dúvidas.
_ Melissa, ela só tem 14 anos.
_ Eu sei, sei que na idade dela eu não tinha essa foguetisse... mas cada um é de um jeito, amor.
_ Eu sei. Mas eu fico pensando nisso e morrendo de ciúmes. Quando minha irmã for namorar, puta que pariu. Vai ser foda!
_ Você não é tão ciumento assim, pelo menos não comigo.
_ Não tenho motivos, eu confio em você.
_ Eu também confio em você, loirão.
_ Só na Bia que não, né? -começou a rir.
_ Idiota. 

  A casa dele era perto, uns 10 minutos e ele estava estacionando. Fomos entrando e a bagunça estava formada, as meninas pulavam na sala ouvindo um DVD de músicas infantis.

_ Melissa! -Analu gritou e as duas vieram correndo e pularam no meu colo.- Feliz ano novo! -Cecilia disse beijando minha bochecha.
_ Feliz ano novo princesas. -beijei o rosto das duas e as coloquei no chão.- Stephanie, linda! Tava com saudades, sogra. -dei um abraço bem forte e apertado nela, beijando muito seu rosto.
_ Eu também sua sem vergonha, sumiu daqui de casa tem mais de 10 dias.
_ Viajando, com a família, com as amigas... -ri.
_ Tem que aproveitar mesmo, eu e o Matheus estamos programando a nossa de mais um ano de casamento.
_ Que lindos. -sorri.
_ Por falar nisso, parabéns pelo noivado. Leonardo nem pra me falar, fiquei sabendo porque mandaram fotos no grupo da família.
_ Aí, Leo. Como isso?
_ Esqueci, tava nervoso pra porra.
_ Leonardo!
_ Desculpa, mãe.
_ Menino sem modos (risos). Estávamos esperando vocês, Matheus já serviu a mesa.
_ Sogro, lindo. Como eu amo. -fomos indo para a sala de jantar, cumprimentei o sogrão e nos sentamos à mesa.

  Era muito gostoso estar ali. 
 Falamos sobre as festas de fim de ano, comentei com eles das duas viagens e do nosso noivado também. Recebi conselhos, Leo alguns puxões de orelha e tudo. Depois ajudei minha sogra a retirar a mesa e lavar a louça, nos juntamos na sala para a sobremesa e aí subi para o quarto do Leo.

_ Nem vi suas costas. -falei vendo ele deitar na cama de barriga pra baixo.
_ Vermelha, bem vermelha. -sentou e tirou a camisa que vestia. Ele estava com as costas raladas, tadinho.
_ E o que você tá passando?
_ Uma pomada aí da Cecília, acredita?
_ Acredito. Parou de arder?
_ Só quando esquenta muito. -ele voltou a deitar, dessa vez com a cabeça na minha perna e ficou recebendo carinho.- Tava pensando no que minha mãe disse.
_ O que? Que casar é uma grande responsabilidade?
_ Também. Eu quero me casar, mas pensando em muita responsabilidade eu sou um cara que sei lá, é meio imaturo pra algumas coisas.
_ Tipo?
_ Coisas de casa, relacionamento... não gosto de frescura, de ficar caçando pelo em ovo.
_ Por isso tem eu. -beijei a testa dele.- Vamos aprender muitas coisas juntos, muita mesmo.
_ Tomara. -fechou os olhos, bocejando.
_ Tira essa calça jeans, dorme direito.
_ Eu não queria dormir não.
_ Mas você tá cansando, deita amor. -ele tirou a calça, ficou só de cueca. Trancou a porta e veio para a cama, nos deitamos e ficamos nos beijando até ele dormir. O que não demorou.

  Aproveitei para mandar mensagem para os meus pais e avisar que já estava em São Paulo e dormiria no Leo.












~.~

  Hellow, hellow! 
  Maria Luísa narrando é maravilhoso, eu dou muita risada. Mas vem cá, e esse incidente no quarto? Achei que ela fosse perder a virgindade logo de cara, mas vimos pela conversa dela com a irmã que faltou coragem... e aí? 
  Ainda tivemos uma viagem entre amigas e um final fofo, românticozinho Menardo. SCRR, estou achando os dois maduros demais. Ai! Estão noivos, quando sai o casório? 
  Muitas perguntas, prometo responder algumas delas nos próximos capítulos. 

PS: É feliz 2018 que fala? O gente, desculpem o mega sumiço. Mas é que além de viajar no ano novo, eu voltei de viagem e não me organizei com quase nada. :S   Enfim, voltei! Desejo à nós um ótimo ano, que façamos dele um ano melhor que 2017. Cheio de bons momentos, boas conversas e um ano de realizações.

16 comentários:

  1. Feliz 2018❤.. meu Deus que capítulo maravilhoso adoro kkkkk festa de 15 anos chegando malu sem coragem vamos ver até quando, eu acho que ela deveria agradar o Henrique um pouquinho fazer oque a Melissa ensinou 🙈🙈🙈😊... menardo são lindo juntos não vejo a hora do casamento😍😍 continua e não termine nunca essa fic ela é maravilhosa amo muito 😍😍😍😍

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    1. Menina, corre pra ler! Ainda tem muito o que acontecer, ou nem tanto assim rs

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  2. Feliz 2018 amore... Olha seria muita besteira falar q chorei, caraca achei q a Maluzinha fosse fazer aquilo.. Aii ñ me julguem ela e a Nena são mhs bbzinhas.

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    1. Ah, claro que não. rs
      As duas são os nossos nenéns, os xodós da Fanfic e dona Maria Luísa está crescendo mais rápido do que imaginávamos.

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  3. Meu Deus, dona Malu tá que tá em 😲 um neném ainda kkkkk, enquanto à irmã prece que nem noiva tá, deveria puxar um puco a família de tarados que têm 😂😂😂😂
    Amo muito essa fic, quero mais logo em 😋❤
    Feliz 2018, e espero que essa fic continue por mais um ano em...❤❤❤

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    1. Malu tá demais menina, demais!
      Melissa é tranquila, não parece, mas é.
      Espero que continue mesmo rs

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  4. Mulher cade tu kkkkkk continua por favor ❤

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  5. Amore oque que tá acontecendo vc sumiu volta coração posta mais 🙏🙏🙏

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  6. Ei, cadê você ?
    Posta logo, por favor 🙏

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Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!