{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Capítulo 249 - Parte II

Narrado por Fernanda 

Duas semanas mais tarde (...)

  Luan estava viajando, mas me ligava sempre que podia. Sempre atencioso e querendo saber como foi o meu dia, saber dos nossos filhos e perguntar sobre o rolo dela com o amigo do Arthur.

_ Luan, eles saíram as três sextas que passaram. -contei.- Primeiro no cinema, depois numa festa de aniversário de um amigo dele da escola e o Arthur estava com a Julia... e nessa última Maria Luísa foram tomar açaí.
_ Açaí? E voltou que horas, vida?
_ 22h e pouquinho, fiquei esperando ela chegar pra ir dormir.
_ E estava tudo certo?
_ Tudo certo como, amor?
_ Eles não te passaram a perna não?
_ Não, ela teria me contado. Chegou falando pelos cotovelos... está toda apaixonadinha amor.
_ Aí meu deus, eu nunca tô preparado pra essas coisas.
_ Eu também não, né? Mas elas crescem.
_ E o Arthur com a Julia?
_ Ela vem pra cá de sexta e só vai embora no domingo, seu filho está abusando... eu tô fingindo que está tudo normal.
_ Amor, o que tem demais?
_ Minha casa não é motel e ela é muito escandalosa, eu não sou obrigada.
_ Ela é o que, vida?
_ Escandalosa e isso tá me irritando. Todo dia que ela vem dormir aqui é essa palhaçada, mas vocês falam que é ciúmes.
_ Também vai... Leonardo dorme com a Melissa aí e você não fala nada.
_ Não falo porque nunca escutei um grito da Melissa. Agora dessa estranha...
_ Vou falar com o Arthur.
_ Fala, antes que eu coloque ela pra fora pelos cabelos e pelada.
_ Vida, não seja assim. -riu.- E a pequena?
_ Tô numa dó, amor. Ela chega cansadona, as vezes não quer nem jantar.
_ Não acha que tínhamos que diminuir a carga horária, não?
_ Mas quem que vai ficar com ela até eu chegar?
_ Arthur, ele chega 13h.
_ Quando ele vem direto, não fica pra jogar bola, não vai fazer um trabalho.
_ A gente paga alguém, dinheiro não é o problema.
_ Não mesmo, mas temos que pensar direitinho. Vou revisar novamente as aulas dela e na sua folga vemos isso. Pode ser?
_ Claro que pode, vida. Mas hein, e você?
_ Tô numa cólica que não é de Deus! Tem um elefante pisoteando meu útero, pulando corda... sem contar que tô usando absorvente noturno desde que desceu pra mim e isso tem três dias.
_ Tomou remédio?
_ Eu quero mesmo é tomar cachaça.
_ Fala assim não minha linda.
_ Tá foda demais, amor. Mas fora isso tô bem. E você, já entrou no ritmo da estrada?
_ Já, tem duas semanas que estamos rodando. E oh minhas neguinhas estão com saudades de você.
_ Ah é? Manda um beijo meu pra elas, fala que eu também estou com muitas saudades e que nos vemos no carnaval.
_ Podexa, vida. Tem visto a Isa?
_ Não, tenho que ir lá... tô numa saudade daquele toquinho me chamando de dinda.
_ Testa falou que agora ele é o homem da casa e tem que cuidar "da mamãe e do neném da barriga".
_ Ele é um fofo, dá até vontade de ter mais uns.
_ Só fazer, eu topo. -nos falamos por quase uma hora e desligamos, ele porque tinha que trabalhar e eu porque precisaria dormir.
_ Mamãe.
_ Oi Leninha.
_ Queria ver minha vovó.
_ Sua vovó Mari?
_ É mamãe, e meu vovô Amarildo também.
_ Podemos passar lá amanhã, pode ser?
_ Pode, pode sim. Eu tô com sono, mamãe.
_ Quer deitar no seu quarto, né?
_ É. -levantei do sofá e subi com ela, esperei que dormisse e liguei pra Maria Luísa.
_ Oi, alô mãe.
_ Olha a hora que é, já... cadê você?
_ Entrando na nossa rua, sem mentira.
_ Te dou cinco minutos, boa noite. -e desliguei, sabendo que ela não iria descumprir o combinado.


  Troquei o vestido por um pijama e deitei tranquila, ainda mais depois de ouvir o barulho do carro estacionando na porta. Estava cansada, não demorei a dormir.



Narrado por Maria Luísa
  Tínhamos ido no Ragazzo comer coxinhas e demoramos um tempinho pra voltar, minha mãe até ligou. Coisa que quase não acontece.


_ Tchau, até mais... tenho que entrar.
_ Já? -assenti.- Então tchau, Maluzinha. -ele pôs a mão no meu pescoço e me prendeu em um beijo lento e com aquele gostinho de quero mais que ele sempre tinha. Eu estava ficando com calor só por beijar aquela boca, sem pressa.
_ Hm... tenho que ir.
_ Tá bom, boa noite linda.
_ Boa noite, lindo. Avisa quando chegar em casa. -lhe dei mais um selinho e desci do carro, acenei e entrei em casa.
_ Tá boa essa vida hein... o pai sabe disso?
_ Arthur, que susto. -coloquei as duas mãos no peito, rindo.
_ Susto é? Não tô gostando disso não, nem é final de semana e vocês não são namorados.
_ E daí? A mãe sabe, o pai também... me deixa hein.
_ Não deixo não, você precisa de limites. Olha a hora que é e amanhã ainda é quinta.
_ Ih, que foi hein? Não viu a Julia hoje?
_ Não interessa.
_ Irmãozinho, boa noite. Tchauzinho. -e subi para o meu quarto, troquei de roupa e cama.
_ Cheguei, dorme bem.
_ Você também. -respondi o áudio e dormi.


  Na manhã seguinte meu irmão durante o nosso café reclamou com a minha mãe, disse que eu estava ficando sem limites. Que ele não podia ver a namorada dele de semana e eu que nem namorar namorava, saía quase todo dia e não sei o que. Resultado foi, passei a sexta em casa e não vi o Henrique no final de semana também. Mas não reclamei, não.
  Aproveitei para passar com as minhas amigas em casa, pizza, brigadeiro e filmes a noite toda.


_ Meninas, boa noite pra vocês. Eu e a Nena vamos subir. -minha mãe disse para nós e subiu.
_ Boa noite, tia Fê. -disseram elas.
_ Boa noite mãe, até amanhã...
_ Até, se cuidem...


  Minha mãe subiu com a minha irmã e nós tiramos o filme da pausa, voltamos a assistir, mas não prestei muito a atenção.    Estava trocando mensagens com o gatinho, ele tinha saído não sei pra onde com uns primos.

_ Assim não vai dar certo.
_ O que?
_ Vou ser sincera, se começar a namorar e se afastar de mim, nem na minha cara olha mais. -Carol disse séria, toda bicuda.
_ Nunca meu amorzinho, jamais. Vou casar e te levar pra lua de mel.
_ Isso. -riu. Olhamos para o lado e Letícia dormia.- Ele tá onde?
_ Saiu com os primos, pra onde eu não faço ideia.
_ E não perguntou?
_ Não, deveria?
_ No mínimo, né Malu.
_ Amanhã ele fala. Já deu desse filme, né?
_ Já, eu quero dormir. -e foi o que fizemos. Levamos as coisas para a cozinha, acordamos a Lê e fomos para o meu quarto.


  Mais uns dias se passaram e mesmo estudando na mesma escola, meus desencontros com o Henrique foram a semana toda. Só nos falamos pelo whats, marcando de nos ver na quinta, depois da aula e eu contei os minutos para chegar.

_ Mãe, mas eu tinha avisado a senhora. -estava com ela no telefone.
_ Hoje não vai ter ninguém lá em casa, Maria está de folga. Melissa vai dormir no Leo, Arthur foi pra sua avó e eu vou visitar sua tia e vou levar a Nena comigo.
_ Tá falando sério?
_ Sim, estou. Olha, eu tô confiando em você. 
_ Tá bom, mãe. Eu vou pra casa...


  E foi o que fiz. Peguei um ônibus que me deixava na entrada do condomínio, desci e fui andando até em casa. 
  Subi, tomei um banho e vesti um shorts com camiseta regata, calcei meu tênis e prendi os cabelos. Passei protetor solar, desodorante e desci para ligar pro Henrique.


_ Oi, alô?
_ Oi Malu.
_ Vai vir de bike mesmo?
_ Vou, tô chegando quase... onde vamos nos encontrar?
_ Na pracinha, lembra? -falei pegando as chaves, Thor ficou me olhando com a cabeça de lado.
_ Lembro, daqui uns dez minutos eu tô lá.
_ Tá, até já. Beijos. -desliguei e fiquei olhando para o cachorrinho mais lindo e carente da casa.- O que foi meu amor, quer ir andar de bicicleta também? -ele latiu e abanou o rabinho, todo serelepe. Não resisti e iria levar ele sim.


  Peguei a bicicleta e no cesto coloquei a tigelinha e garrafas de água para o Thor, coloquei a coleira e saímos. Chegamos na praça e sentei no banco para esperar o bonito.

_ Então temos companhia hoje. -ele falou sorrindo, descendo da bike todo esportivo, bermuda, regata, boné e tênis.- Tudo bem? -primeiro nos abraçamos e depois rolou aquele beijão bem gostoso, cheio de saudades e ele com ousadia, apertando minha bunda.
_ Para vai, vamos dar uma volta. -falei me afastando e ele riu tirando o boné e mexendo nos cabelos.
_ Calma aí vai, eu vim pedalando da minha casa até aqui. -disse ofegante, eu ri e nos sentamos.
_ Cadê o cara fitness?
_ Sou sedentário pra porra, muito mesmo. -riu.- Fujo das aulas de educação física.
_ Você tem um corpo tão gostosinho, jurei que fizesse academia ou algum esporte.
_ Genética, bebê (risos). -levantou a blusa e passou a mão no abdômen.- Tá quente hein.
_ Sim, mas está gostoso pra sair de casa... -falei sentando ao lado dele e jogando as pernas por cima da dele.- ... estava sem fazer nada também?
_ Está tendo churrasco lá em casa, acredita?
_ Em plena quinta-feira?
_ Minha mãe acorda e pensa em fazer alguma coisa, comunica e faz.
_ Igualzinha meu pai, meu pai e os churrascos nas folgas. Reúne os amigos,  aí vem as esposas e os filhos, namoradas e vira uma baguncinha.
_ Me identifico. -riu.
_ E essa boquinha? -passei o dedo e ele mordeu a pontinha.- Assim não, vai...
_ Posso falar uma coisa? -fiz que sim.- Eu estava com saudades de você, pensava em você direto. -sorri feita uma tonta e roubei um selinho dele, selinho que virou um beijo mais rápido e com algumas mordidas.- Nem dá vontade de sair daqui mais.
_ Dá sim (selinho), vamos (selinhos). Levanta, vai. -o puxei pelas mãos e fomos para as bicicletas, e Thor comigo na cestinha.


  Pedalamos quase uma hora e meia direto, parei para descansar um pouco e soltei o cachorrinho da coleira. Deixei a água dele lá também e deitei na grama, cansada.

_ Sério mesmo que você cansou?
_ Muito. Deita aqui comigo?
_ Minha camisa é branca.
_ Tira, ué. -disse tranquila e ele tirou, piscou e mordeu os lábios para mim.
_ Então você gosta de pedalar?
_ Na verdade mesmo, meu esporte é o ballet. Eu amo, danço desde muito novinha... mas em casa nós também temos o hábito de passear nos parques da vida e aí pedalamos um pouco.
_ Daora, meu pai não curte não. Já minha mãe adora, eu tenho essa bicicleta porque ia muito com ela.
_ Hm... interessante. -virei de frente para ele e ficamos um tempinho ali, abraçadinhos.- Um gosto em comum.
_ É, até porque time você não sabe escolher.
_ Fala isso para os meus pais. 
_ Puts, aí não dá (risos).
_ Não mesmo. -fiz careta para o time dele e levantei, dobrei os joelhos e prendi outra vez os cabelos.
_ Deu pra descansar?
_ Sim. Vamos voltar?
_ Não quer ir lá em casa?
_ Assim?
_ Tá linda, vamos... -sentou do mesmo jeito que eu e me abraçou de lado.- Trago vocês depois de um banho, prometo (risos).
_ Pedalando?
_ Yes, my dear.
_ Não é longe, né?
_ Não, preguiçosa. 
_ Tá bom, eu vou, mas antes vamos deixar o Thor em casa.
_ Como quiser. -nos levantamos depois de um beijo e fomos para a minha casa. Coloquei comida e troquei a água do bebê, tranquei tudo e fomos para a casa dele.


  27 minutos calculados.
  Eu não lembrava muito da faixada porque das vezes em que fomos para lá estava de noite e saímos no meio da madrugada. Agora, durante o dia, memorizei melhor o caminho.


_ Tem bastante gente hein. -comentei ao ver vários carros estacionados.
_ Maioria é parente, vem... pode encostar aqui. -falou descendo e deixando a bicicleta em um canto, fiz o mesmo.
_ Henrique... tem certeza que quer entrar?
_ Tô com sede e acho que você também, tá suando e vermelha.
_ Tô com calor. -falei.- Não vamos lá fora, né?
_ Não se você não quiser. -ele abriu a porta e os cachorros vieram pulando e brincando com ele, fiquei com muito medo quando vi o pit bull solto e mostrando aqueles dentes, abracei ele por trás e não soltei até entrarmos na cozinha e eu senti meu rosto queimar de vergonha com aquelas pessoas me olhando.- Malu, meus primos. Primos, essa é a Maria Luísa.
_ Pô, apresenta direito meu. Prazer Malu, Guilherme. -piscou pra mim e sentou.- Namorada bonita hein...
_ Linda. -beijou meu rosto.- Alguém viu minha mãe? -perguntou abrindo a geladeira e pegando o jarro de água, pôs em cima da bancada e se virou para uma moça que estava entrando com um copo na mão, toda sorridente.- Mãe...
_ Onde você se meteu filho? Sei que queria tomar um ar, mas nem me disse se ia por aqui ou... -um dos meninos apontou para mim.- ... Oi, você deve ser a Malu, não é?
_ Sim e a senhora...
_ Senhora está no céu, graças à Deus. -riu.- Prazer, Luísa. -me abraçou tão gostoso, eu retribui.
_ Prazer, Maria Luísa (risos).
_ Já sei que sua mãe tem bom gosto para escolher nomes. -piscou.- Fica à vontade.
_ Obrigada. -ela beijou meu rosto e saiu cantando.
_ Minha tia nem faz muita festa, são tantas né primo? -Guilherme falou rindo, mas eu não achei graça.- Bem namorador. -riu.
_ Não mais que você. -Henrique disse me abraçando, encostei a testa no peito dele.
_ Precisa aprender com o Gui aqui, nunca assumir e sempre se divertir. -piscou pra mim.- Compartilhar também... -meus olhos reviraram espontaneamente. Henrique percebeu, levantou minha cabeça pelo queixo e me beijou.
_ Essa eu assumo e não compartilho. -respondeu com um sorriso enorme.
_ Apaixonou, já?
_ Sabe como é, né?
_ Saber eu não sei, mas eu imagino. 
_ Cala a boca, Guilherme. -outro primo dele falou.- Ignora, Malu.
_ De boa. -sorri sem mostrar os dentes.
_ Vou subir pra tomar um banho... quer esperar aqui ou lá em cima?
_ Aqui não, né. Nem conheço ninguém direito e seu primo é meio inconveniente. 
_ Ele é muito. -falou tão baixo quanto eu.- Espera lá em cima comigo, vem.


  Voltamos para a sala e seguimos na direção da escada, entramos no quarto dele e ele fechou a porta. Trancando-a.
  Tirou a camisa e jogou numa pilha de roupas, acredito eu que sejam todas sujas. Sentei na cama e peguei o celular, ele se aproximou e me deu um beijo rápido enquanto esticava o braço para pegar a toalha que estava na cabeceira. Levei minha mão até seu pescoço e o puxei para mim.


_ Calma aí, eu vou cair em cima de você. -riu entre o beijo e eu passei a língua nos lábios, mordendo o canto da boca.- Essa carinha de menininha combina tanto com você, Maluzinha. 
_ Eu sei. -ri.
_ Linda. -selou meus lábios e iniciou um outro beijo, mais intenso e nada rápido. Diferente eu diria. Ele continou com a mão na minha nuca e a outra nas minhas costas, fechei os olhos e curti a sensação. Um lado do colchão afundou, dei uma espiada e era o joelho dele que estava apoiado na cama, impulsionando seu corpo para frente e aos poucos me deitando. Sem deixar de me beijar.


  Meu corpo foi tomado por um arrepio gostoso, parecido com o que senti quando estivemos nos amassos aqui daquela outra vez. Henrique estava em cima de mim, com as duas mãos na minha cintura por baixo da minha regata. A medida que o beijo tomava forma e ganhava mais intensidade, seus dedos passeavam por dentro da blusa e se aproximavam cada vez mais dos meus seios. Sim, eu estava perdendo o fôlego!
  Sua boca encontrou outro caminho, passou pela ponta da minha orelha e desceu para o meu pescoço, beijos marcados e mais molhados.

   Levantei os braços e ele tirou minha blusa e mesmo com cuidado não fez cerimônia para tirá-la do meu corpo, deixando meu sutiã a mostra. Ele olhava meu corpo não só com desejo, mas parecia ter admiração também. Voltamos a nos beijar com mais vontade, mais urgência e senti os dedos dele abrirem o fecho do meu sutiã e logo eu estava sem ele. Suas mãos mãos massageavam meus seios, sua boca beijava meu pescoço e não deu outra. Suspirei fundo, ofegante e sentindo meu coração acelerado.

_ Não precisa ficar tensa, relaxa... -dizia beijando meu rosto e massageando meus ombros.- Se quiser a gente para...
_ Não, continua. -pedia. Henrique levou a sério meu pedido. Brincou com os meus mamilos antes de me causar um arrepio na espinha ao descer ainda mais os beijos, enfiar a língua no meu umbigo e ir baixando o cós do meu shorts.
_ Além de linda é cheirosa. -sorri para ele que foi tirando meu shorts e minha calcinha vindo junto, fiquei morta de vergonha, cruzei as pernas.- Fica com vergonha não... -beijou minhas coxas e apalpou minha bunda, agora nua. Ele viu que eu não estava tão a vontade assim, voltou a atenção para a minha boca em um beijo de tirar o fôlego, nos beijamos com muito gosto. Segurei seus cabelos, puxando-os e ele passando com os dedos pelo meu corpo, sua mão boba encontrou o caminho "desconhecido" e quando ele chegou na minha boneca eu relaxei ao deixar escapar um gemido abafado por conta do beijo que ainda continuava. Conforme seus dedos se movimentavam meu corpo ficava mais quente, sentia minha boneca pulsar e ficar escorregadia. Henrique segurou cada lado da minha cintura e abaixou a cabeça um tanto devagar e começou a me beijar ali, beijos longos e sua língua me lambendo toda.
_ Hmmm... -gemi ofegante, mordendo os lábios a cada beijo. Colocando as mãos nos meus joelhos e me abrindo igual uma flor, mas sem pressa... numa lentidão que estava me enlouquecendo. Eu não sabia se queria mais rápido ou se fechava os olhos ou se os deixava abertos, mas sei que estava muito bom, muito prazeroso.- Rique... -coloquei as duas mãos na cabeça dele. Aquela língua estava trazendo sensações desconhecidas pelo meu corpo, parecia estar chegando ao topo de algo. Pulsando, coração acelerado, respiração completamente desregular e meu corpo relaxou.- Nossa. 
_ Gostosa. -deu um tapa na minha bunda.- Só de te imaginar aqui, aí Maria Luísa... -deitou do meu lado e beijou minha boca, senti meu gosto através dele e imaginei se caso eu fizesse o mesmo com ele se seria parecido.- Preciso pegar uma coisa.


  Eu quis sair correndo!
 Todo mundo fala que a primeira vez dói e isso e aquilo, eu estava apreensiva e ao mesmo tempo curiosa. Ele saiu do banheiro nu, vestido apenas com um preservativo e eu quis desviar o olhar do pinto dele, mas não estava conseguindo e fui ficando vermelha por isso.


_ Tá tudo bem? -perguntou com ar de riso e eu fiz que sim, me encolhendo na cama de casal.- Malu?
_ Hm.
_ No seu tempo, tá? -passou a mão em meus cabelos e beijou minha testa, todo carinhoso.
_ Está tudo bem, eu só... só nunca fiz isso antes.
_ Posso te ensinar do meu jeito? -concordei balançando a cabeça, dizendo que sim.- Primeiro relaxa, senta aqui. -sentei na cama de frente para ele.- Fecha os olhos. -fechei os olhos e ele afastou meus cabelos e massageou meus ombros e pescoço, mãos firmes e precisas que faziam minha cabeça ficar mole e a cada instante mais entregue. Seus beijos estavam de volta no meu pescoço, as mãos apertavam meus seios de um jeito que minha boneca despertou dos minutinhos de descanso.- Respira fundo. -inspirar e expirar parecia ser muito difícil, meu deus. Ainda me beijava quando sua mão tocou minha boca e voltou aos movimentos circulares, e aquele mesmo calor foi subindo e eu estava ficando molhada, muito molhada.- Abre a boca... isso, agora chupa. -estava com dois dedos dele na boca, ele gemeu quando passei a língua e prendi seus dedos com a boca. Continuei chupando até ele me pedir pra parar. Fui colocava em seu colo, com uma perna de cada lado e fui sendo encaixada nele.


  Ele não falou nada, apenas me beijou e um puta beijo. Com o corpo mais relaxado ele me deitou na cama e começou a se movimentar, devagar... mas com força. Gemi de dor no começo, só que depois senti prazer, estava me acostumando com a sensação aos poucos. Aquela coisa de acelerar o ritmo cardíaco, gemer entre beijos e me concentrar pra ficar quietinha e ninguém no tal churrasco ter a confirmação de que estávamos ali.
  Henrique pegava com vontade nos meus braços, minhas coxas e apertava minha bunda. Eu não movimentava muito as mãos não, mas que minhas unhas ficaram cravadas naqueles ombros em alguns momentos... isso sim. 
  Nos deitamos depois de tudo e ficamos nos beijando, abraçadinhos e eu que pensava em sair dali. Não sei se por cansaço ou vergonha do que tínhamos feito juntos.


_ Você não parecia ser tão tímida assim. -ele comentou brincando com os meus cabelos.
_ Sou tímida sim, não tanto, mas... é que tô meio assim por ter sido minha primeira vez.
_ Não gostou?
_ Gostei e muito. É que eu não sei explicar...
_ Nem precisa, eu amei a sua primeira vez.
_ Foi gostoso, você sabe das coisas (risos). Safado.
_ Você não tem ideia. -alisou minhas costas.
_ Que horas são?
_ Sei lá, tá de noite já. -falou olhando para a janela e o céu estava realmente escuro.- O que foi?
_ Não avisei ninguém que eu estava com você.
_ E isso é ruim?
_ Seria pior se o meu pai não estivesse viajando. -me sentei num pulo e cobri os seios com o braço.- Viu meu celular?
_ Na sua bolsa, não?
_ Sei lá, me empresta o seu... -ele desbloqueou e entregou a mim, disquei o número de casa e deu na caixa postal. Liguei para a minha mãe, chamou, chamou, chamou e ela atendeu.
_ Fernanda.
_ Oi mãe, sou eu.
_ Tá ligando do número de quem, Maria Luísa?
_ Do Henrique, mãe. Estou com ele, tá?
_ Uma hora dessas? Que horas ele vai embora?
_ Eu... estou na casa dele. -mordi a boca, receosa pela resposta dela.
_ É o que? Malu. É dia de semana, né? Qual o combinado?
_ Deixa pra me dar bronca quando eu chegar em casa... o quarto está no maior silêncio e ele está ouvindo tudo.
_ O quarto? Você está no quarto dele, Maria Luísa?
_ Mãe!
_ Tá bom, a gente conversa em casa. Estou na Isa ainda... sabe se seu irmão já chegou?
_ Se chegou está bem ocupado, porque ninguém atendeu o telefone.
_ Se aquela garota sonhar em dormir lá hoje eu juro que ponho ela pra correr.
_ Tá bom, tchau. 
_ Tchau. -encerramos a ligação e Henrique estava rindo.
_ O que foi engraçadinho?
_ Você é louca, como que fala pra sua mãe assim que tá no meu quarto? O que ela vai pensar?
_ O certo, né? -ri.- Minha mãe odeia mentira, e também não tenho o porque mentir... 
_ Tá certa. -bocejou se espreguiçando inteiro.- Vou tomar banho, você vem?
_ Só não vou molhar o cabelo e nem você vai fazer isso.
_ Tá bom... vamos lá.


  Óbvio que não foi um banho normal, um banho que eu tomava com o meu irmão quando éramos menores. E sim um banho cheio de mãos e muitos beijos, meu cabelo saiu encharcado e ele achando a maior graça.

_ Você é toda lindinha, né? E leve igual uma pena.
_ Tá querendo dizer o que com isso?
_ Posso te jogar pra cima as vezes. -dei um tapa no braço dele com força e ele riu mais ainda.- Aí que preguiça. -deitou de bruços e ficou lá enquanto eu me vestia, peguei um pente que estava jogado na pia do banheiro e depois de tirar a toalha da cabeça penteei o cabelo.
_ Ei, vai ficar aí a vida toda?
_ Vontade não me falta. -ele levantou e não vestiu roupa nenhuma, pegou o celular e ficou sentado xeretando.
_ Henrique. 
_ Hm... fala Maluzinha...
_ Sai desse celular. -fiz um bicão, ele nem se comoveu.
_ Tô respondendo no grupo, calma aí.
_ Tá bom.
_ Manhosa. -ele largou o aparelho e me abraçou pela cintura, me puxou e fiquei entre as pernas dele.- Como você tá?
_ Tô me sentindo bem, só tive um incômodozinho... acho que passa logo.
_ Certeza?
_ Sim, certeza... eu tô bem (selinho). Meu celular está tocando, calma aí.
_ Já está indo embora? Tô saindo da Isa agora.
_ Já estamos? -ele assentiu, ainda no celular.- Já mãe. Acho que ainda chego antes da senhora.
_ Tá bom, beijos e venham com cuidado.
_ A senhora e a Nena também.
_ Tchau, Malu.
_ Ei...
_ Cinco minutos.


  Disse largando o celular em cima da cama. Ele primeiro arrumou o cabelo para depois vestir uma cueca e ficar quase vinte minutos pra escolher uma bermuda jeans e uma camisa polo. Mas ficou lindo, um gatinho.
  Ele apagou as luzes e nós descemos, o churrasco ainda acontecia e por isso não encontramos ninguém na sala a hora que saímos. Ele pegou o carro da mãe dele, colocou a bike no bagageiro e nós nos acomodamos. Só que antes de sair ele ligou pra dona Luísa e avisou que estava com o carro dela e que iria me deixar em casa.


_ Henrique, nem apresentou a menina pro seu pai. -o repreendeu.
_ Ela vai vir aqui em casa mais vezes, mãe. Relaxa.
_ Tá no viva-voz?
_ Sim.
_ Malu apareça mais vezes viu, e não deixa o Henrique te prender naquela zona que ele chama de quarto.
_ Pode deixar dona Luísa.
_ Dona não meu bem, só Luísa está de bom tamanho (risos), está ótimo. Henrique, muito cuidado hein... com o meu carro e com a filha dos outros.
_ Sempre, mãe. Tchau.
_ Tchau, vão com Deus.
_ Amém. -e desligou.- Seu irmão tá lá?
_ Ele ia pra casa da minha avó, não sei se já voltou não. 
_ Hm...


  Se de bicicleta não demoramos, de carro foi mais rápido ainda. Mas o caminho parecia interminável, sério! Eu estava feliz que minha primeira vez tinha sido com ele e ao mesmo tempo estava chateada pensando no depois, no pior desse depois. E se fosse só isso? E se ele quisesse só tirar minha virgindade e correr espalhando isso aos quatro ventos e me dar um belo de um pé na bunda?
  Eu estou gostando muito dele, não falo que é amor, porque amar eu amo minha família e meus amigos. Mas um gostar homem e mulher, de gostar da companhia quando estamos juntos, dos beijos quentes e intensos, das conversas na madrugada, as ligações no meio do dia sem ser planejado.
  Nós dois demos certo! Certo de um jeito que eu não pensava que ia rolar por ele ser amigo do meu irmão. Amigo mesmo, de dormirem um na casa do outro, de conhecer minha mãe e chamar a minha avó de vó e coisas assim. E hoje eu não sei, tô bem pensativa quanto a isso.


_ Você poderia dividir comigo o que tanto pensa. -disse diminuindo a velocidade e parando no semáforo que estava pra fechar.
_ Muitas coisas...
_ Tipo?
_ Fiquei com o que seu primo falou na cabeça... quantas meninas você levou para aquele quarto?
_ Perdi as contas. -respondeu rindo, mas ao ver que eu estava falando sério parou.- Três... com você. Mas o que isso tem a ver?
_ Não quero ter sido só mais uma na sua cama e isso que estávamos construindo acabar aqui.
_ Você acha que é isso?
_ Não vou mentir, é uma possibilidade.
_ Não pra mim, Maria Luísa. Nem mesmo quando a gente só ficou. -ele estacionou o carro em uma das ruas antes do condomínio, tirou o cinto e virou de frente para mim.- Eu me interessei por você e não foi porque era virgem e eu queria te levar pra cama... tive respeito por você e paciência para me controlar e não te dar um susto.
_ Um susto?
_ Sim. Eu tinha uma vida sexual ativa antes de ficar com você e quando nós dois levamos isso a sério eu não fiquei com mais ninguém.
_ Mas não por minha causa.
_ Tem razão, foi mais por mim do que por você. Queria que ficasse só comigo e optei por ficar só com você... pra comer tem várias, não precisaria esperar por isso. -arregalei os olhos, surpresa com a escolha de palavras.- Não me leve a mal, não estou tratando mulheres como um objeto, só estou dizendo que existem muitas meninas que curtem o casual sem compromisso.
_ Eu entendi, mas você me entende também... se coloca no meu lugar.
_ Não precisa ter medo, não tenho a intenção de te machucar, te magoar assim.
_ Eu confio em você, do contrário não estaríamos aqui.
_ Ótimo, então esquece isso vai. -beijou meu rosto.- Tira dessa sua cabeça que nenhum homem presta, eu existo. -riu.
_ Palhaço.
_ É verdade, sou um anjo.
_ O diabo também era. -falei pegando o celular.- Sem bateria.
_ Nem precisa, eu tô aqui e sua mãe sabe que você está comigo.
_ Grande coisa. -bocejei.
_ Tá com sono, neném?
_ Pior que eu tô. -falei deitando a cabeça no vidro, fechando os olhos.- E com fome também.
_ Quer passar pra comer alguma coisa no drive?
_ Não quero coxinha.
_ Quer o que? Açaí?
_ Lanche. BK.
_ Sua mãe vai achar ruim?
_ Eu ligo pra ela. -falei pegando o celular dele.- Põe a senha aqui...
_ 132435.
_ Nossa que senha é essa?
_ A minha, coloca aí e liga pra minha sogra.
_ Sogra de ninguém, não uso aliança. -dei de ombros e peguei o celular, digitei e esperei chamar.- Mãe?
_ Eu já estou em casa, mas você não... e aí?
_ Mãe, eu estou com fome. 
_ Ué, você estava em um churrasco... não estava?
_ Estava, mas não comi nada... estamos indo no drive.
_ Drive-thru uma hora dessas? Maria Luísa...
_ Juro que não demoro, só vamos comprar e ir embora.
_ Seu pai está pra me ligar e vai perguntar por vocês e eu não vou mentir. -falou séria.- Tchau. -e desligou.
_ Ela não ficou muito contente, acho melhor irmos para casa.
_ Você que sabe linda.


  Pra não dar merda em casa, deixei o lanche para um outro dia e ele foi me deixar no condomínio. Estacionou, nos despedimos com alguns beijos e eu desci. Passei pela sala e dei um "Oi." para a minha mãe e subi pro quarto sem falar muito.
  Entrei no quarto, tomei outro banho depois de ter ido usar o banheiro e visto uma pequena mancha de sangue na calcinha. Mas não demorei, até porque nem molhei os cabelos. Separei meu pijama e coloquei um protetor diário na calcinha antes de vestir minha boneca, coloquei a roupa de dormir, o celular pra carregar e deitei na cama. Porém sem um pingo de sono, fiquei olhando para o teto e ainda confusa em relação aos meus sentimentos. Sei lá, Henrique pareceu estar sendo sincero, mas eu precisava pensar sem muitas intervenções.




Narrado por Fernanda
  Arthur me ligou de tarde dizendo que iria dormir na minha sogra, Melissa tinha avisado desde cedo que iria dormir no noivo e Maria Luísa estava deslumbrada com o Henrique. Não falei nada, ainda não era a hora.
  Passei o fim da tarde e parte da noite com a Isa barriguda e o Bê, Helena se divertiu muito brincando com o "primo". E eu conversei bastante com a minha comadre e amiga. Foi muito bom, muito gostoso, mas eu tinha que voltar pra casa e quando voltei encontrei o Thor ligado no 220. Pulando em mim e na Nena, muito agitado, muito barulhento... e foi difícil fazer com que Helena dormisse no meio da bagunça dos dois.


_ Drive-thru uma hora dessas? Maria Luísa... -perguntei olhando para o relógio da salam
_ Juro que não demoro, só vamos comprar e ir embora. -ela dizia tranquila do outro lado da linha.
_ Seu pai está pra me ligar e vai perguntar por vocês e eu não vou mentir. -avisei séria.- Tchau. -e desliguei.
_ Mamãe, cadê a Malu?
_ Vindo embora pra casa e a senhora tem que dormir... 
_ Eu não quero... -bocejou- ... dormir, mamãe.
_ Mas vai, olha a hora... vem deitar aqui com a mãe.


  Primeiro fiz Helena dormir e depois desci e liguei a TV pra esperar Malu chegar, o que não demorou. Mas minha filha chegou muito estranha, deu um "Oi" xoxo. Perguntei se estava tudo bem e ela disse que sim, mas não estendeu muito o assunto e subiu.
  Esperei Luan ligar, conversamos por alguns minutos e ele foi dormir. Ótimo.
  Apaguei as luzes depois de fechar toda a casa e subi direto para o quarto da Maria Luísa. Dei um toque na porta e entrei.


_ Malu?
_ Oi, mãe.
_ Está tudo bem mesmo?
_ Sim, está.
_ Não está parecendo... quer me contar alguma coisa?
_ Não mãe.
_ Sabe que pode me contar tudo, somos amigas. Mas vou respeitar sua escolha e vou deitar, boa noite. -dei as costas e estava pra sair, quando ela me pediu pra ficar. Voltei e me sentei na cama, ela virou pra mim e ficou me olhando com os olhos perdidos e pedindo por socorro.- O que houve?
_ Aí mãe, eu e ele transamos. -me contou como um desabafo, de uma vez pra eu já levar o choque.- Não sou mais virgem.
_ E por isso tá assim nesse desânimo? Não foi bom?
_ Foi bom, mas lembra que a gente falou sobre isso uns dias atrás? Sobre eu não ter aceito o pedido de namoro e etc.
_ Hm, e o que mais?
_ Eu me sinto uma idiota, bem burra. Aí mãe eu não prestava muito a atenção nos meninos, não tinha essa coisa de ficar cobiçando e querendo ficar com esse e aquele outro. E o Henrique caiu de bandeja no meu colo! -ela sentou na cama e disparou a falar.- Ele é quatro anos mais velho que eu, é bonito, não usa drogas, beija muito muito muito bem mesmo de me deixar sem fôlego. -respirou fundo.- Mas eu não consigo ficar  cem por cento segura de que não vai dar merda! Mãe ele pode ter outras, outras mais experientes se é que me entende e eu posso ter sido mais uma, só mais uma.
_ Ele deu a entender isso?
_ Ele falou que não, que se interessou por mim... -contou da conversa dos dois no carro e eu ouvindo tudo quieta.- ... falei que tudo bem, mas não consigo tirar isso da cabeça. 
_ Quer falar mais alguma coisa?
_ Não. -suspirou.- Pode falar.
_ Quando te falei para curtir o momento e viver isso, falei pensando na questão de você estar na idade de experimentar coisas novas e outra, vocês são solteiros. Como você mesma disse ele poderia ter outras e escolheu você, assim como seu pai me escolheu um dia.
_ Mas você já era uma advogada e de nome.
_ Mas eu não estava com ele todos os dias. Não era nenhuma modelo, cantora ou atriz como as famosas que entravam no camarim dele em todo santo show. -ri.- Seu avô também não aceitou muito bem nosso relacionamento por motivos óbvios, seu pai era mulherengo e eu mesmo não sendo nenhuma santa, tinha uma vida estruturada. -contei a ela um pouco do que havia sido Luan e eu, como casal no início e que não tinha uma fórmula, não tinha um roteiro e que nem tudo foram flores, porém estávamos aqui até hoje.
_ Mãe, eu amo a senhora. Sério!
_ Eu também te amo, e olha pensa direitinho. Não seja paranóica, pensando que tudo vai dar errado. O cara gosta de você, Maria Luísa.
_ Eu também gosto dele.
_ E mais, se não der certo, foi uma experiência que você vai levar para um próximo relacionamento.
_ Próximo? Não entrei nem no primeiro e já estou assim, louca.
_ Louca porque quer. Aí namora, se diverte, beija bastante e não fica focada nas coisas ruins! Tudo isso desgasta e muito cedo... filha, relaxa e goza.
_ Mãe.
_ Agora você já entende o sentido da frase, boa noite. -e me levantei.
_ Boa noite mãe, beijo.
_ Beijo safadinha. -ia saindo quando ela me chamou outra vez e me perguntou se era normal sangrar a primeira vez.- Olha, não é uma regra. Porém acontece. Mas agora que a senhora deu o periquito, já podemos marcar uma consulta na ginecologista.
_ Ah não, mãe! Ginecologista não.
_ Conversamos sobre isso amanhã porque está tarde, Maria Luísa. Tchau, boa noite.
_ Ótima noite mãe! -ela virou de bruços, abraçando o travesseiro, sorrindo.- Tchauzinho.


  De volta ao meu quarto, estava pronta para dormir e o fiz sem esforço algum, estava cansada e ainda teria mais um dia da semana. O último e mais esperado, a tão sonhada sexta-feira!
  Dormi muito bem, descansei e no dia seguinte acordei, tomei aquele banho e vesti o roupão. Deixei minha troca de roupas em cima da cama e fui de quarto em quarto acordando minhas crianças, Arthur, Maria Luísa e Helena, a mais preguiçosa.


_ Mamãe, hoje eu não vou brincar com o Bê?
_ Não, hoje vamos visitar a vovó e depois a mamãe vai sair.
_ Sair com quem dona Fernanda? Posso saber?
_ Menino, meu marido está em Bonito. 
_ Por isso, sou o homem da casa.
_ E por ser o homem da casa vamos conversar uma coisinha aqui. -falei entrelaçando os dedos em cima da mesa.- Minha casa não é motel.
_ Pô, mãe. Isso é assunto para o café da manhã?
_ Seu pai falou com você?
_ Ainda não, falou que precisamos conversar quando ele estiver de folga.
_ Hm, então tá bom. Deixa eu falar uma coisa... Helena vai dormir na sua avó porque eu vou sair com uns amigos e não tenho hora pra voltar pra casa.
_ O que? -os dois perguntaram juntos e eu tive vontade de rir.- Mãe e a gente?
_ Vocês vão vir pra casa depois da escola e nada de sair à noite ou convidarem alguém pra dormir aqui... se é que me entendem.
_ Mas é o único dia que posso ver minha namorada.
_ Eu falei não. Quer ver? Vão ao cinema, comer fora... e volta pra casa. 
_ Por mim tudo bem, Carol pode vir pra cá?
_ Mãe, deixa eu fazer uma socialzinha? -Arthur pediu.
_ Eu não ligo de fazerem, desde que os quartos estejam trancados e vocês se comportem.
_ Mãe, quando foi que a gente não se comportou?
_ Eu tô falando sério, gente. Vocês se aproveitam de sociais para fazerem zona, trazer namoradinha, amiguinho e achar que quarto é motel... não é assim que funciona.
_ Só alguns amigos, mãe. Nada demais.
_ Tudo bem, mas fique sabendo que eu não tenho hora pra voltar, mas eu volto pra casa. Estão entendendo?
_ Sim.
_ Ótimo. Agora vamos que daqui a pouco vocês têm que estar na escola e eu em uma reunião.












~.~

  Um capítulo quente e carinhoso com esse primeiro hot #Marique. Achei fofo, sem MUITOS detalhes e acrobacias, mas deu pra arrancar uns suspiros de quem shippa o casal teen. Porém rolou também um receio, uma "DR" nada intensa que deixou nossa Maluzinha meio confusa. O que foi trabalho para a super mãe, Fernanda! Eu amo a conversa dela com os filhos, rola desabafos, aconselhamentos e risadas também. TOP! 
  E finalizamos com a carta branca para uma social na mansão dos Santana's, e uma noite com os amigos sem hora para acabar com a nossa Fefê. Bora para o próximo capítulo? Bj. 🖤

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Capítulo 249 - Parte I

Narrado por Maria Luísa

(...)

  Me dei conta de que as minhas férias voaram quando minha mãe estava me acordando para eu tomar banho e me arrumar para a escola. Preguiça!
  Mas estava mais perto de terminar o ensino médio, amém por isso.

  Levantei depois de ter ficado uns minutos no celular e tomei meu banho, vesti o uniforme e peguei a mochila. Desci ainda mexendo no celular e sentei à mesa junto dos meus irmãos e minha mãe.

_ Bom dia, bom dia. -os cumprimentei.
_ Bom dia. -responderam na preguiça, ri.
_ Ânimo gente, as aulas voltam hoje.
_ Uhul. Muito bom. -Arthur fez cara de tédio, minha mãe riu.- Pô mãe, nem vai ter matéria. Todo mundo sabe que as aulas começam depois do carnaval.
_ Falando em carnaval eu quero ir pro Rio com o meu pai.
_ Seu pai não vai pra camarote nenhum no Rio de Janeiro, eu e ele vamos para Salvador. 
_ Injusto, né? Eu em casa e vocês fritando no trio elétrico. -revirei os olhos.
_ Melissa vai pro Rio, se ela quiser te levar.
_ Camarote? Com abadás?
_ Nossa, Maria Luísa. Deixa de foguetisse, vai... vai estudar, vai.
_ Falou o que está no terceiro e só quer ir pra escola depois do carnaval.
_ Eu posso, sou quase maior de idade.
_ Fala pra ele, mãe. Fala o que a senhora vive me dizendo... diz aí.
_ Você pode ter 50 anos, enquanto morar debaixo do meu teto quem manda em você sou eu. -ela falando e eu imitando, até os gestos.
_ Mamãe, terminei. -Helena disse descendo da cadeira.- Tô indo mijar.
_ É fazer xixi, Helena. -minha mãe corrigiu já olhando feio pro meu irmão.- Tá vendo né?
_ Ah, mãe... nada a ver.
_ Nada a ver vai ser minha mão na sua boca.
_ Quem vê pensa que bate (risos).
_ Deixem de enrolar vocês dois e terminem logo que eu tenho o que fazer ainda. -disse se retirando da mesa.

  Meu irmão e eu focamos no café da manhã e comemos em silêncio, terminamos e fomos até minha mãe na sala. Ela pegou as chaves, a mochila da minha irmã e saiu, iria nos deixar na escola e seguir para a empresa.

_ Bom dia! -Carol veio me abraçando, toda feliz em plena 07h da manhã.- Anima amiga, pensa nos meninos do terceiro.
_ Meu irmão? Um gato mesmo, se eu não fosse irmã. -ri.
_ O seu irmão não conta, uma porque é seu irmão e outra é comprometido.
_ Atualizou a bio do insta, uma aliança e o user da bonita @juliaandreoli.
_ Ah, que lindos.
_ Minha mãe continua não engolindo. -dei de ombros, ela riu.- Até que ela não é tão chata assim. Mas não somos amigas.
_ Oi Malu. -olhei para o lado e era minha cunhada. Sorri e dei um tchauzinho de longe.
_ Falsa, falsa... -tossiu.
_ Fica quietinha, fica. O sinal, vem... -peguei no braço dela e ela foi falando do pátio até as salas.
_ Meu, vamos ter aula com aquele professor gostoso.
_ Caroline, se controla amiga.
_ Não consigo, não me aguento. Ele é lindo demais.
_ Uhuum. -entramos na sala e cumprimentamos os amigos que eram da nossa antiga sala, nos sentamos e a primeira professora entrou, fez a chamada, se apresentou e fez nós também nos apresentarmos, um por um.

   Sobrevivi, o que era o mais importante.
Na hora da saída esperei pelo casal 20 para irmos embora. Minha mãe estava na empresa, meu avô viajando, iríamos voltar de ônibus ou andando mesmo. Nossa escola não era tão longe de casa, andando daria uns 25 minutos.

_ Malu, quer ir lá pra casa? -Julia perguntou toda sorridente.
_ Não, obrigado.
_ Certeza? Seu irmão vai dar uma passadinha por lá.
_ Vai? -olhei para ele que estava rindo com uns amigos, de mãos dadas com ela.- Arthur!?
_ Ãn... oi.
_ Não íamos pra casa?
_ É rápido, pô. Uns 15 minutos.
_ Bom... eu vou pra casa, bom passeio na casa da sua sogra.
_ Vai ir sozinha?
_ Vou ligar pro meu pai, né.

  Tirei o celular da cintura e disquei o número do senhor Santana.

_ Alô?
_ Pai, pode vir me buscar?
_ Por que?
_ Minha mãe está na empresa, esqueceu?
_ Não senhora. -riu.- E seu irmão?
_ Vai pra casa da namorada dele e eu não vou junto. O senhor vem?
_ Eu vou, mas vai demorar um pouco. Tô na LS e no meio de uma reunião.
_ Então deixa, eu volto sozinha.
_ Como?
_ De ônibus, ele passa na frente do condomínio... rapidinho.
_ Tá, me liga quando entrar em casa.
_ Beleza, beijos.
_ Tchau, beijo.
_ Tchau pra vocês. -falei guardando o celular e atravessando a rua para esperar o ônibus.

  Meu irmão tinha que entender que a namorada era dele, nem na casa do Leo que está há mais tempo na família eu ficava indo direto.
  Encostei no muro e fiquei lá esperando, esperando, esperando e nada do bendito passar. Fiquei no celular enquanto isso, não tinha perigo ali. Henrique me chamou e trocamos algumas mensagens, mas ele ficou digitando uma vida e parou. 




  Meu pai também queria saber onde eu estava e eu contei a ele que estava no ponto, mas que ele não precisava se preocupar. Guardei outra vez o celular, esperei uns minutos e decidi comprar um sorvete e ir andando mesmo.
   Atravessei a rua, entrei na doceria e sai de lá feliz com uma sacola cheia de porcarias. Guardei tudo na mochila e iniciei minha caminhada, andei 15 minutos e parei para prender os cabelos. Nisso foi encostando um carro do meu lado e parou.

_ Entra aí.
_ Que entra aí o que, tá pensando o que? -a pessoa riu e eu olhei franzindo a testa.- Tá fazendo o aqui?
_ Indo pra casa.
_ Te dou uma carona.
_ Hm... vai me custar caro. -ele riu e passou a mãos pelos cabelos.
_ Caro não, só uns beijos e disso eu sei que você gosta.
_ Cala a boca, Henrique. -falei rindo.
_ Não posso ficar aqui a vida toda... vai entrar?

  Não sei o que me deu na cabeça, mas eu fui. Entrei no carro e coloquei o cinto, pus a mochila no meio das pernas e levantei um pouco o vidro. Quando me virei para frente ele estava se aproximando, pôs a mão no pescoço e com a outra segurou meu queixo, dando um beijo lento e muito bom, bom mesmo. Não dava vontade de parar mais, juro.
  Ele desceu uma mão para a minha coxa e eu fiquei toda arrepiada, abri os olhos e ele riu dando uma mordida nos meus lábios. Retribui. Levei as duas mãos nos cabelos dele e os prendi entre os dedos, fechando outra vez os olhos e continuando o beijo.

_ Espertinho você, né?
_ Talvez. -deu de ombros, voltando a colocar o cinto e olhando pelo espelho antes de dar partida.
_ E ai, está na sala de quem esse ano?
_ Os mesmos dos anos anteriores... -fomos praticamente o caminho todo conversando sobre escola, ele até me contou dos planos para depois dela. Assim que entramos no condomínio ao invés de ir direto para casa, paramos na praça e descemos do carro.
_ Todo à vontade você, né?
_ Sim, odeio esse uniforme colorido pra cacete. -disse olhando minha roupa.- Ainda bem quem moro perto e ainda assim, tiro a camisa assim que passo o portão.
_ Exagero seu, eu gosto. -falei soltando os cabelos e fazendo um coque. Sentei de frente para ele e o beijei, tive essa iniciativa pela primeira vez e foi boa a sensação. Ocasionou uma sessão de beijos, uns mais lentos, outros um tanto apressados e até rolou uma mão na minha bunda e quase que uma na minha boneca, mas as minhas ficaram quietinha apoiadas nas pernas dele.
_ E menina que beija bem hein.
_ Não fiz festa pra nada, depois de debutante, agora sou uma mulher. -brinquei.
_ E que mulherão, tô gostando de ver.
_ Eu sei. -ri.- Vamos?
_ Já?
_ Falei para o meu pai que iria avisar quando chegasse. Ele deve estar esperando.
_ Liga pra ele, fala que você já chegou.
_ Hm... não sei, não gosto de mentir pra ele.
_ Você não está mentindo. Já estamos no condomínio, há alguns minutos da sua casa.
_ Mesmo assim, tenho que ir. -disse e ele assentiu, mas antes de levantar nos beijamos outra vez e fomos andando para a minha casa.
_ Vai fazer alguma coisa nesta sexta?
_ Não, por que?
_ Topa um cinema?
_ Sim, só nós dois?
_ É. -franziu a testa.- Pensou que iria mais quem?
_ Não sei, perguntei por curiosidade. -dei de ombros. Chegamos na frente da minha casa e nos despedimos ali na porta com alguns beijos, eu entrei e ele voltou para onde o carro estava estacionado.
_ Ônibus, né? -meu pai estava sentado no sofá de braços cruzados.- Tem vergonha de mentir pra mim, não?
_ Pai, não foi mentira minha. Sério mesmo.
_ São quase 3h da tarde. -disse olhando no relógio.- Você sai quase às 13h. 
_ O ônibus demorou uma vida e acabou nem vindo. Eu ia vir andando, dá meia hora mais ou menos... só que o Henrique estava passando de carro e me ofereceu carona.
_ Que você não deveria ter aceito. -falou sério.- Eu bem vi vocês dois aqui na pracinha e no maior agarramento... minha filha.
_ Pai. Não é o que o senhor está pensando, não fizemos nada demais.
_ Ele é seu namorado?
_ Não!
_ Então você não tinha que ter dado trela. -disse se levantando.- Vou conversar com a sua mãe sobre isso e que não se repita.
_ Tudo bem, vou subir.
_ Não vai almoçar?
_ Depois, quero tomar um banho primeiro.

  Entrei no quarto, guardei minha mochila, coloquei o celular em cima da cama e fui para o banheiro jogar uma água no corpo, estava muito quente. Depois do banho coloquei um shorts, blusa e desci para almoçar.

_ Oi, Maria. Boa tarde.
_ Boa tarde, Malu. Como foi a aula?
_ Já estou querendo férias. -falei rindo, enquanto me servia.- Escola é cansativo, Mariazinha.
_ Eu imagino, mas eu gostava viu.
_ Sério?
_ Uhum, e olha que só pude estudar depois de velha porque na minha época de mais nova eu não podia estudar não, tinha que ajudar era em casa. -discorremos um assunto durante meu almoço, depois deixei as coisas na pia e subi pra tirar um cochilo.



Narrado por Fernanda
  Rotina!
  Esse era o tema de fim de férias, claro que com algumas alterações. Helena em uma escolinha do 1° ao 5° ano, tempo integral. Arthur no último ano do ensino médio e Maria Luísa no primeiro, mesmo horário que ele. Melissa ainda estava de férias, voltava às aulas só depois do carnaval.
  Estava de volta à empresa e em clima de ano novo ainda, mas foi um dia muito gostoso de se trabalhar. Ao terminar o expediente peguei o carro e fui buscar minha caçula que estava exausta, veio dormindo no carro e chegando em casa ela nem comer quis. Só joguei uma água nela e deixei que dormisse na cama.

_ E minha neném? -Luan perguntou entrando no quarto e eu terminei de colocar a camisola e olhei para ele.- Uau, linda hein.
_ Linda e muito bem casada (risos). E sua neném está dormindo, amor. -ele veio até mim e nos cumprimentamos com um beijo lento e safado, já que a mão dele estava no meio das minhas pernas, acariciando meu ponto sensível e de maior excitação. Segurei em seus braços e me rendi aos toques, Luan se sentou na cama e eu me sentei montada em seu colo. O beijava matando a saudade de ter ficado um dia todo longe, distante do maridão. Eu precisava dele, queria ele. O estar sem calcinha foi um convite, bem aceito por ele afinal.- Hm... ãn... -ele enfiou os dedos bem fundo, indo e voltando. Mordi os lábios, querendo mais, desejando seu pau me fazendo carinho no útero.
_ Molhada como sempre.
_ Sedenta! -disse à ele aos sussurros.- Gostoso. -puxei o cós da bermuda e enfiei a mão por dentro da cueca alisando seu pau, bastante excitado por sinal. Luan respirou fundo e sorriu satisfeito.
_ Porra. -ele tirou seus dedos de dentro de mim e os colocou na minha boca. Chupei como se fosse um cacete, olhando nos olhos dele antes de sorrateiramente me ajoelhar entre as suas pernas e sugar a cabeça daquele pau.- Fernanda! -passei a língua devagarinho e chupei outra vez massageando a extensão e sentindo sua veia pulsar quando desci com a língua, engolindo cada centímetro até vir o gozo. Engoli, bem gulosa e voltei para cima dele, empurrando seus ombros para que deitasse e encaixei meu lindo corpo naquela piroca, deixando as mãos espalmadas naquele abdômen e quicando devagar, sentindo todo o tamanho e ele me preenchendo. Rebolando gostoso quando descia e subindo lentamente até ele me pedir para ir mais rápido. Fiz questão de não o decepcionar.

  Não demorou e ele me colocou de quatro e com a cabeça encostada no colchão, alisando minha boceta e elogiando minha "bela bunda", todo safado. Sua língua me causava estragos, muito gostosos. Puta que pariu! Eu adorava quando ele me chupava de quatro, sua lingua parecia ir mais fundo e a vontade que eu tinha era de gemer feito uma cadela muito no cio. Mas a porta estava destrancada e meus filhos acordados, abafei meus gemidos usando o travesseiro.
  A gente se completava demais no sexo, era recíproco todo o tesão, todo amor, todas as loucuras e excitação. Matamos muito bem a saudade de algumas horas longe um do outro e nos deitamos para nos recompor e conversamos.

_ Estamos parecendo adolescentes. -comentei rindo.
_ Sou um jovem, cheio de hormônios (risos). -ajeitou meu cabelo e nos beijamos.- Vida.
_ Oi.
_ Você leva mais jeito que eu pra conversar, poderia falar com a nossa filha.
_ Qual? Melissa?
_ Malu, fiquei pensando nisso até você chegar.
_ O que aconteceu? -Luan contou que ela tinha ligado e dito uma coisa, mas que no final outra coisa que não estava combinado, aconteceu.- E você falou com ela?
_ Perguntei se eram namorados, ela disse que não. 
_ Eu falo com eles.
_ Eles? Eles quem, amor?
_ Arthur também. É dia de semana, ele não tem que ficar socado na casa da Julia. Os dois vão juntos para a escola e tem que voltar juntos, acabou.
_ Você está certa, verdade.
_ E quanto a dona Maria Luísa... irei me entender com ela.
_ Tá bom, vai me contar depois?
_ E alguma vez eu já te escondi? -ri.
_ Te amo.
_ Eu que amo você.

  Demos uma namorada antes de nos levantar para irmos jantar, isso assim que minha filha mais velha chegou com o noivo.
Após o jantar dei ao Luan a missão de retirar a mesa, subi com a Malu e nos sentamos na cama dela. Uma de frente para a outra.

_ Tudo bem com você, filha?
_ Sim, mãe. Ótimo. Meu pai já te contou que me viu com o Henrique, né?
_ Contou sim, mas não fez fofoca. Ele me pediu pra conversar com você, sabe que somos amigas. -pisquei e ela sorriu.- E ai, o que você me conta?
_ Estou gostando dele, mas não acho que esteja pronta para namorar.
_ Então ele já pediu?
_ Duas vezes, e eu falei que não. Ele não me deu um pé na bunda, sei lá, ficamos mais próximos... não entendi muito bem.
_ Talvez porque ele não tenha pressa de esperar.  Já pensou nisso?
_ Sinceramente não. Tenho medo de ele estar comigo só pra tirar minha virgindade e sumir com outra. -revirou os olhos.
_ Ninguém está livre desse risco, embora ele não pareça ser assim Malu.
_ Tá falando sério?
_ Eu tô. Vocês já chegaram nas preliminares? -Maria Luísa foi ficando vermelha, muito vermelha de vergonha e desviou o olhar do meu.- Filha! E você nem me contou?
_ Contei pra Mê, fiquei "desesperada". -encolheu os ombros.
_ E como foi?
_ Não, eu não fiz nada além de tocar ele, mãe. Ele quem fez sabe? Me chupou toda.
_ Meu deus, e eu pensando que você era um neném ainda. -comentei surpresa.
_ Foi na casa dele... -ela acabou contando e já não estava tão vermelha  quanto no início daquele assunto.- Não tive coragem de retribuir.
_ Se você não te vontade, não faça. Porque não vai ser prazeroso se você não estiver na vibe e tal. Mas fique sabendo que é mais fácil que descascar mangas com os dentes. É como chupar pirulito.
_ Mãe!
_ É sério, quando você fizer e ver que não é nem um monstro de sete cabeças, vai fazer de novo e aí você já pegou o jeito.
_ Ai mãe... -deitou colocando a cabeça no meu colo.- Ele me chamou pra sair com ele na sexta agora. 
_ E você?
_ Aceitei.
_ Aconteça o que acontecer... use camisinha.
_ Já entendi mãe. -beijei sua testa.- Bom descanso.

  Ter filhas mulheres foi como eu pensei que um dia seria. Tínhamos uma ligação incrível e confiança uma na outra. Eu sempre pensei bastante diferente da minha mãe, que era mais conservadora e para ela existiam padrões a serem seguidos. E hoje, eu como mãe, dou essa liberdade de elas falarem comigo sobre tudo. Exatamente tudo, desde um filme novo que estreou até uma menstruação atrasada, por exemplo.
E eu amo isso! Sorri.

_ Boa noite, filha. -sai do quarto dela e iria direto para o meu, mas o Arthur ainda estava acordado. Bati na porta e entrei.- Quer me contar alguma coisa, seu Arthur?
_ Foi só hoje, mãe. -começou a rir.
_ Eu espero mesmo. Quer namorar, namora de final de semana. Entendeu?
_ E se...
_ Eu te busco todos os dias. -falei antes mesmo de ele completar a frase.
_ A senhora não ia... é ia sim (risos). Desculpa, mãezinha linda.
_ Seu pai não gostou que sua irmã veio sozinha e nem eu.
_ Eu sei, deveria ter deixado ela em casa antes de ir.
_ Você teria nem ter ido. Mas já foi, né. Que isso não se repita. -ele concordou.- Beijos, boa noite filho. -e sai do quarto.

  Passei pelo corredor, dei boa noite pra Mê e por fim cheguei no meu quarto, deixei a porta encostada e subi na cama.

_ Demorou hein amor (selinho).
_ Estava conversando com as crianças.
_ Tudo certo?
_ Sim, tudo tranquilo. E o que aconteceu hoje não irá se repetir.
_ Falou com a Malu?
_ Ela gosta dele, mas não namora por medo de não dar certo.
_ E é certo ela ficar entrando no carro dele? Melhor que namorasse.
_ Melhor o que, vida?
_ Não repito. -riu.- Vai dormir?
_ Sim, tô com sono amor. 
_ Muito?
_ Sim. -fechei os olhos e ele ficou se mexendo na cama e logo estava massageando meus ombros, dormi assim. Relaxada.



Narrado por Maria Luísa
  O restante da semana passou e em todos os dias eu conversei ainda mais com o Henrique, e sobre várias coisas e não só "quero te pegar" "você beija bem". Enfim... sexta-feira chegou e depois da aula Arthur e eu fomos para casa, passei a tarde toda me produzindo. Troquei de roupa várias e várias vezes e por fim iria de calça.

_ Onde é que você pensa que vai, Maria Luísa?
_ Sair Arthur, vou no cinema.
_ Com quem?
_ Com o Henrique, ele está vindo me buscar.
_ O minha nossa senhora, por que você insiste em sair com o meu amigo? Não tinha outro?
_ Mas eu gosto dele, o que tem demais nisso?
_ Ah cara, o que tem demais é que se ele fizer algum comentário idiota sobre você na roda de amigos, eu mato ele. Aí não vai ter mais amizade.
_ Ah, que lindo! Você está com ciúmes, Art?!
_ Sempre tive, toma cuidado hein.
_ Pode deixar.

  Liguei pra minha mãe avisando que não tinha desistido de ir, ela pediu que eu tomasse cuidado e por via das dúvidas usasse camisinha. O que me deixou quase roxa de vergonha outra vez, até tomei água antes de sair e esperar por ele do lado de fora.
  Não demorou e o carro encostou, entrei e ele estava todo sorridente.

_ Oi, de novo. -disse.
_ Oi cheiroso. -respondi me aproximando e dando um beijo rápido como cumprimento.- Que filme vamos assistir?
_ Qualquer um que estiver passando (risos), é sério Malu... só queria sair com você e não ter apenas alguns minutos.
_ Muito fofo da sua parte.
_ Ou não, né? -riu.- Sua mãe não falou nada?
_ Pediu para que eu tivesse cuidado.
_ Comigo?
_ É, também. -dei de ombros, peguei meu celular e mandei mensagem pra Carol.- E a sua mãe?
_ Perguntou quando eu vou te levar em casa num dia que ela e meu pai estiver por lá.
_ Aí que vergonha, Henrique.
_ Ela pegou a gente conversando uns dias aí, tentou ler a conversa... ai peguei o carro dela pra irmos hoje, ela perguntou se era a menina das mensagens.
_ E você?
_ Falei que sim e ainda mostrei sua foto.
_ Nossa, que feio você.
_ Lindinha. -sorriu e fez um bico para me beijar.- Ah bom, pensei que ia levar um fora.
_ Nunca. -arrumei os cabelos dele e me sentei corretamente, pondo o cinto.

  O shopping que fomos era um pouco longe da minha casa e isso já foi um ponto positivo, na minha humilde opinião. Ele estacionou e nós descemos, não ficamos de mãos dadas.
 Como nunca tínhamos ido ali, não sabíamos onde ficava nada. Tivemos que fazer um tour, nisso passamos em frente várias lojas, erramos algumas entradas e por fim encontramos o cinema e a bilheteria lotada.

_ Uau, acho que tem uma galera querendo ver filme. -ele coçou a cabeça.
_ Deveríamos ter comprado na internet. -falei fazendo bico.- Quer enfrentar a fila?
_ Por mim. -deu de ombros.- É bom que vamos lendo as sinopses dos filmes.
_ Fechou.
_ Estamos parecidos. -olhei para minha roupa e realmente, ele também estava de preto.
_ Sim, casal (selinho). Tem snap, né?
_ Não, só instagram e facebook.
_ Aí que sem graça. -revirei os olhos.- Eu tenho todas as redes sociais possíveis.
_ E seguidores em todas elas.
_ Só no facebook que não, só aceito os amigos mesmo. Conta privada.
_ Restante é público?
_ É, por aí. -falei entrando no snap.- Quando você vem no shopping e a fila da bilheteria do cinema está imensa. -gravei.
_ Vão é te achar aqui. -ele disse rindo, pegando o celular.- Alô? -deixei ele falar com quem quer que fosse e dei uma espiada nas redes.- Seu irmão é foda.
_ Era ele?
_ Sim, falou que está de olho em mim. Pra eu tomar muito cuidado com a irmã dele.
_ Ele está morrendo de ciúmes, sério.
_ Eu não tenho irmã, não. Mas minhas primas são meus xodós, elas tem sua idade, gêmeas ainda. 
_ Tem foto? -ele me mostrou e elas eram lindas, umas gatinhas.- Bonitas.
_ Gatas, uma delas namora e eu fico mais em cima do que meu tio.
_ Tá falando sério? Para vai. Você não tem cara de quem é chatão assim.
_ Eu não sou chatão, eu só fico perguntando... se já chegou, com quem está saindo.
_ É chatão sim, nem meu irmão é assim comigo. Meu pai sim, mas o Art não.
_ Hm... sei. -abracei sua cintura e levantei a cabeça, demos alguns selinhos antes de começar aquele beijão gostoso.- Quer assistir qual filme?

  Compramos os ingressos para assistir em 3D um filme de ação, eu não conhecia, mas pela sinopse era bem bacana. Pegamos uma sessão para às 21h45 da noite, e como ainda eram 19h12 tínhamos tempo para fazer outras coisas. Fomos para a praça de alimentação.

_ Lanche ou comida?
_ Burger King! 
_ Ufa, eu também. -riu.- Quer ir escolhendo a mesa?
_ Pode ser, e eu quero um whopper furioso e refri de limão.
_ Batata com bacon e cheddar?
_ Uhum, por favor.
_ Tá, já vendo (selinho).

  Ele saiu e eu continuei conversando com a Carol, estava contando como estava sendo o encontro e avisei minha irmã que eu estava viva. Porque ela mandou mensagem com letras maiúsculas e em negrito "UM ENCONTRO E VOCE NEM ME FALA?", mandei um áudio explicando tudo.

_ A mãe falou o que?
_ Perguntou várias coisas, inclusive se tínhamos feito preliminares e eu fiquei com o rosto muito quente, foi o que me entregou.
_ Você também hein (risos). Bom, aproveitem o cinema e também a volta pra casa, espero por novidades.
_ Aí Melissa, deixa de ser assim. 
_ Beijo, beijo.
_ Não escuta sua irmã, não tem que aproveitar nada não Malu. Eu tô de olho. -era um áudio do Leo, respondi e voltei para o snapchat. Gravei por alguns segundos e minha companhia chegou.
_ Você e esse celular. -riu.
_ Estava te esperando, ué.

  Não comi feito uma mocinha, mas também não arrotei na cara dele. Comemos entre risadas, contando um pro outro coisinhas do cotidiano. Eu estava gostando mais ainda de conhecer ele assim, sem estar bebendo, sem estar no meio de um monte de gente, só nós dois.
  Terminamos a refeição e fomos dar uma voltinha pelas lojas e eu ganhei uma pelúcia muito fofa, um leãozinho.

_ Muito sua cara, nossa.
_ Eu amei, ele é lindo e me lembra o Lupy.
_ O tigre, né? Tô ligado, já vi muitas fotos.
_ Era o xodó da minha mãe, nossa. 
_ Bem exótico ter um tigre, foda.
_ Sim, muito. -abracei minha pelúcia e entramos numa gelateria.- Sorvete é?
_ Com frutas e chocolate quente.
_ Hmm... parece bom, mas eu amo açaí também.
_ Gostoso.

  Fizemos os pedidos, pagamos e saímos da loja. Andamos mais um tempo e fomos para o cinema, como ainda faltavam alguns minutos nós nos sentamos nas poltronas disponibilizadas para aguardar.

_ Se antes eu já era encantado... agora então.
_ Para vai, eu sou uma menina normal.
_ Linda, simpática e gostosa. -sussurrou.- Tô com saudades de você no meu quarto.
_ Também estou com saudades de lá, foi bom. Uma experiência que repetiria outras vezes.
_ Quando quiser (risos). -ele segurou meu rosto e nos beijamos, e graças à Deus nos beijamos outras vezes antes de comprarmos pipoca, refrigerante e entrarmos na sala para assistir o filme.
_ E essa mão escorregando do encosto da poltrona? -perguntei baixinho.- Abusadinho (risos).
_ Só com você, juro. -nos beijamos e voltamos a assistir.

  O filme foi bacana, mas acabou bem tarde. E tínhamos que ir embora, (in) felizmente.

_ Em casa. -falou desligando o carro.- E ai, gostou?
_ Sim, muito. Não me importaria de repetir.
_ Não? Semana que vem está de pé?
_ (risos) Quem sabe, né? -soltei o cinto e ele também.- Tchau?
_ Nenhum beijo?

  O "nenhum beijo" se transformou em muitos outros, com mais amassos. Quis continuar, mas não ali. Então me despedi e entrei.

_ E ai, como foi?
_ Ótimo, mãe. -falei me jogando no sofá.- Ótimo.
_ Se conheceram melhor?
_ Ah sim, muito. Ele é um neném, filho único e palmeirense, mãe.
_ Nossa, Maria Luísa. Tinha um melhorzinho não? -brincou.
_ Não, é esse mesmo (risos). Cadê a Mê?
_ Chegando, foi jantar com o Leo.
_ Jantar, né mãe?
_ Foi o que eles disseram. -ela deu de ombros.- Seu pai ligou também, perguntou por você.
_ Continuo virgem, fala pra ele ficar sossegado.
_ Ele está, ele só tem ciúmes... nem contei pra ele que você não é mais uma neném.
_ Para mãe, eu fico com vergonha.
_ Se tivesse vergonha não faria. -riu.

  Ficamos na sala conversando até minha irmã chegar e rolar mais conversa, mas eu queria dormir. Nos despedimos e fui para o meu quarto, troquei de roupa e me deitei.

_ @_hlopes segue lá, aproveita e curte a última foto.
_ Tá aprontando, né?
_ Talvez.
_ Beijo, boa noite. 
_ Sonha comigo, boa noite.


  Entrei no instagram, segui a conta e fiquei sorrindo para a última foto.

@_hlopes: Ah, esse sorriso. 👸🏻🖤







~.~

  Aquele capítulo tendência, amei. Mas eu sou suspeita, né non? ❤️

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Capítulo 248 - Parte III

Narrado por Maria Luísa
  Acordei na sexta-feira morta de tanta dor de barriga, levantei e fui correndo para o banheiro. Estava ansiosa. Toda ansiedade que não tive durante todo o período de preparação para a festa, estava tendo agora.
Olhei no celular e marcava pouco mais que 8h da manhã. Deixei ele em cima da bancadinha e tirei a camisola para tomar um banho, joguei aquela água, lavei os cabelos, escovei os dentes e sai refrescada.


_ Malu?
_ Oi mãe, tô aqui. -ela abriu a porta e me pegou ainda enrolada na toalha, sentada na cama.
_ Bom dia. -me deu um beijo no rosto.- Tá tudo bem?
_ Não, tô com dor de barriga.
_ Imaginei que fosse isso. -sorriu se sentando ao meu lado.
_ Já é amanhã! -falei toda empolgada.- Tô nervosa e se der errado?
_ Não filha, fica tranquila. Nós vimos tudo, hoje faremos apenas alguns ajustes pra não ficar tão corrido amanhã.
_ Tipo?
_ Depilação, as unhas... buscar seu vestido e te distrair, esse é o principal. -riu.
_ Só vamos nós duas?
_ Melissa também, mas tenho que acordar ela ainda.
_ Tá bom, vou me trocar.


  Ela assentiu e saiu. 
 Antes de me secar e colocar uma roupa, penteei os cabelos e aí sim me vesti. Shorts de algodão, sutiã e blusa de alcinha. Calcei os chinelos e depois de jogar a toalha estendida na poltrona, peguei o celular e desci.


_ Bom dia. -falei ao ver a Nena sentada e olhando para a TV desligada.- Nena?
_ Bom dia. -continuou séria, de testa franzida.
_ O que foi pequena?
_ Nada. -meu pai voltou da cozinha rindo, rindo muito e com um copo das princesas na mão.
_ Filhota, toma aqui... conta pro papai o que foi.
_ A mamãe não quer deixar eu ir no salão tamém, só as mais grandes. -cruzou os braços.
_ Cê não quer ficar comigo não?
_ Não é isso papai, é que você é menino! -gesticulava de um jeito muito engraçado, meu pai ria e ela franzia a testa, bem coisa de bebê emburrada.
_ O papai te leva depois, o que cê acha?
_ Papai, é coisa de garotas. -disse irritada, tirando a franja do olho.- Meninos não faz isso, papai.
_ Ah então fica aí com chatisse. -falou levantando e voltando para a cozinha onde minha mãe e Melissa estavam. Helena continuou emburrada e tomando leite no copo de canudo. Peguei o celular e fiquei conversando no grupo com os meus amigos, respondendo a preguiça do Henrique que só estava acordado pra ir jogar bola.
_ Tá, mas e você? Acordou cedo pra que?
_ Porque minha festa é amanhã, né? E ainda tenho que ver umas coisas com a minha mãe.
_ Hm... festa é?
_ É e você disse que iria, eu vi a confirmação no site.
_ Imprevistos acontecem, ué.
_ Também acho. -respondi rindo.
_ Malu, vamos. -minha mãe disse pegando a bolsa que estava no sofá, minha irmã também veio e nós saímos.


  Passamos o dia todo na rua, batendo pernas. Primeiro fomos no salão onde pude usar e abusar, hidratar os cabelos, encarar a depilação que doeu pra caramba, unhas e sobrancelhas. Minha irmã me acompanhou, a surpresa foi o novo corte dela de cabelo e minha mãe só as unhas e depilação mesmo.
Ainda demos uma volta por dentro do shopping, minha mãe comprou um conjunto de jóias para me apresentar, Melissa também estava com o coração bom e me deu um vale presente em uma loja de roupas. Eu amei, os dois.
  Minha mãe aproveitando que estava na rua passou na loja de vestidos e experimentei uma última vez antes da costureira fazer qualquer outro ajuste. E então, fomos para casa.


_ Melissa! -minha irmã riu com a cara de surpresa do meu avô.- Ficou... uau! Linda.
_ Vô, o aniversário é meu. -cruzei os braços, mas não demorou para eu estar gargalhando.- Saudades! -me pendurei no pescoço dele e enchi sua bochecha de beijos.
_ Aliás, as duas estão muito bonitas.
_ E eu que sou sua filha, pai?
_ Simplesmente maravilhosa, querida. Um abraço no seu velho pai? -ele beijou minha testa e me soltou, minha mãe foi encontro dele e como em todas as outras vezes, se emocionou.
_ Oi, vó! E que frio é esse?
_ Estava friozinho quando saímos da cidade. -deu de ombros, ri.- Parabéns minha linda, olha que Deus te ilumine e guarde, sempre dando a você muito juízo.
_ Linda você, vó. Obrigada. -nos abraçamos.- E cadê meu tio?
_ AI TIO, ASSIM NÃO VALE! 
_ Acho que encontrei (risos). -os dois apareceram e ele estava com marcas de batom vermelho, da dona encrenca.
_ Tudo certo sobrinha?
_ Ótimo titio. -disse ficando na ponta dos pés e apertando as bochechas dele.- Faz tempo que chegaram?
_ Antes do almoço, mas acordamos quase agora. -minha vó disse indo até o sofá depois de cumprimentar minha mãe e pegar Helena no colo.- E vocês, batendo pernas?
_ Juro que foi necessário, mãe.
_ Imagino que sim Fernanda, porque você é a favor de fazer tudo pelo notebook.
_ Sempre que posso, mãezinha linda.
_ E meu pai, cadê?
_ Papai foi na tia Bru.
_ Fazer o que lá? -Melissa perguntou estranhando o horário e eu também.
_ Sua cunhada ligou, não deu cinco minutos e ele saiu. -meu avô disse, mas mudamos de assunto logo. Na verdade só puxei o assunto, porque foi me dando sono, então me despedi de todos e segui para o meu quarto.
_ Dorme direitinho boneca.
_ Boneca? -ri.- Tchau, Rique. Até amanhã.
_ Se cuida, beijos nessa sua boca. -mandei dois emojis e pulei na cama.





Narrado por Fernanda
  Tinha acabado de colocar minha caçula na cama e estava indo deitar, iria esperar meu marido na cama.


_ Cheguei. -disse ele rindo ao entrar no quarto e nosso cachorro pulando nas pernas dele, querendo brincar.- Calma garotão, calma.
_ Tudo bem por lá?
_ Tudo tranquilo, Laurinha estava precisando de carona e não queria pedir táxi, nem uber. Bruna me ligou... -respondeu enquanto tirava as coisas do bolso, tirava também sua roupa e depois de passar o trinco na porta apagou as luzes e veio para a cama.
_ Onde ela tinha ido?
_ Casa de uma amiga, aqui perto até. Só me ligaram porque a preguiçosa da sua cunhada não quis acordar o Lucas pra ir.
_ Você melhor que ninguém sabe que acordar uma criança e fazer com que lá durma depois é difícil, quase nunca dá certo.
_ Tive uma Melissa em casa.
_ E uma Maria Luísa, uma Helena...
_ Arthur sempre foi sossegado, cara. Como pode né?
_ Até hoje, mas menino é mais tranquilo.
_ Depende da idade, porque eu pegava fogo, ainda mais quando juntava uma galera.
_ Meus primos são assim até hoje.
_ E você não?
_ Não (risos). Só dei trabalho depois de velha, quando comecei o ensino superior.
_ Ainda que você casou comigo, não consigo imaginar um furacão desses com outra pessoa. -Luan comentou todo sério, eu dei ainda mais risada.- Pensa só na vontade que eu ia passar, cara!
_ Nunca te deixaria passar vontade nenhuma, seríamos amantes. Eu iria dar pra você todos os dias livres do seu calendário. -falei gemendo e ele se arrepiou inteiro.
_ E eu te comeria em todos eles. -piscou. Virei na cama deixando uma perna de cada lado do seu corpo, deixando meu tronco inclinado sobre o dele, apoiando meus cotovelos no travesseiro e segurando seu rosto.- Tá cheirosa, hein. 
_ Tomei banho, né? Thor me deu essa força quando estava ensaboando a Leninha.
_ Como assim?
_ A porta ficou aberta, ele entrou e foi para o chuveiro, foi a maior bagunça.
_ Eu imagino (selinho). Seu cabelo está cheiroso (selinho)... com brilho também. -passou a mão alisando os fios, sorri e lhe dei outro beijo rápido.- Tá sabendo beijar não mulher?
_ Ou você que não sabe ensinar. -brinquei mordendo seu lábio inferior, puxando com os dentes e passando a língua. Continuei segurando seu rosto e dando um beijo decente, um beijo quente e gostoso. Sem pressa alguma e com pegada, pegada mesmo. Luan colocou a mão na minha nuca e puxou levemente, deixando meu pescoço pronto para ser beijado, passou a língua e voltou a beijar minha boca. Descendo a mão que estava livre por minhas costas e depois de um tapa apalpou com vontade, apertando gostoso.
_ Sem calcinha é sacanagem, porra.
_ Você acha? -ri.
_ Acho muito gostoso, abre as pernas... -seu dedo escorregou para a frente do meu corpo, deslizando para o meio das minhas pernas e tocando meu sexo.- ...isso... relaxa vai... -fechei os olhos e respirei fundo, arfando.- ... toda meladinha, ah Fernanda. -coloquei o rosto em seu pescoço, mordendo seu ombro ao sentir seus movimentos, revirando meus olhos e pulsando cada vez mais.- Porra!
_ Uhuum... -prendi seus dedos em mim e o olhei sorrindo. Voltamos a nos beijar com mais calor e intensidade, virei naquela cama por algumas e acabei por baixo e ele se ajoelhou terminando de se despir e vindo pra cima de mim. Tocando e beijando meu corpo, afastando minhas pernas e beijando minha boceta com maestria.- Luan!


  A cada vez era uma sensação ainda melhor, gostosa e voraz que ia consumindo todo o corpo. Arqueada minha coluna estava a cada estalo que sua língua fazia no meu corpo, segurei firme os lençóis da cama e ainda que meu corpo pedisse não tinha forças para fechar as pernas. Queria mais!

_ Fala agora que eu não sei beijar. -riu sacana, metendo dois de seus dedos, fundo e circulando.- Agora sim, ainda melhor. -mordi os lábios e fechei os olhos ao sentir o calor de um orgasmo me tomar por inteira.
_ Não faz isso...
_ Faço sim. E não fecha os olhos...


  Olhos nos olhos, metendo com força e fundo. Minhas unhas ficaram cravadas naqueles ombros largos e em movimentos, aumentando as investidas deliciosamente gostosas e ritmadas. Uma delícia! Não me segurei e deixei que o clímax me levasse, sorri me dando por satisfeita, mas não saciada.

_ Vem por cima, vem...
_ Por onde você quiser. -o empurrei no colchão, prendi os cabelos num coque mais que mal feito e comecei a brincar com a parte favorita do corpo dele. Rebolando gostoso, quicando também, inicialmente devagar e conforme recuperava meu fôlego cavalgava mais e mais, meus cabelos logo soltaram-se do coque e as mãos dele vieram para a minha cintura.


  Ele me olhava com tesão, desejo e muita paixão. Isso sim me satisfazia, sem dúvida alguma. Nós dois explorando mais uma vez cada canto do colchão, nosso tapete, pia do banheiro e terminando no chuveiro, comigo de joelhos olhando para ele de baixo para cima e me deliciando com ele entrando e saindo da minha boca. Pulsando e duro feito uma rocha, segurando firme os meus cabelos até gozar no fundo da minha garganta.

_ Era pra ser só um beijo. -eu ri e voltei a ficar de pé, abraçando sua cintura e beijando sua boca.
_ Beijo que me deixou marcas, tô roxa.
_ Onde só eu posso ver. -beijou-me entre os seios e voltou para o jato de água. Tomamos uma ducha e voltamos para o quarto, ajeitamos a cama e aí sim fomos dormir.


  Descansamos por algumas horas e logo tivemos que nos levantar. Com os familiares chegando tínhamos que estar ao menos acordados, cuidando dos detalhes finais da festa.
  Luan se encarregou de passar o dia com a debutante, Helena preferiu ficar com a Melissa e o Leo que levou a Ceci lá pra casa. Arthur juntou com o Heitor e saíram mais meus pais e eu? Bom, estava separando as roupas e sapatos com a ajuda da minha cunhada e minha melhor amiga, que não podia ficar de fora.


  A festa iniciaria às 20h. Às 19h estávamos todos prontos, até meu cachorro estava de banho tomado.

_ Mamãe, quero fazer xixi.
_ Amor?
_ Vem filha, bora lá. -esperamos os dois e nos dividimos nos carros, Maria Luísa iria com o pai na Ferrari. E eu iria com os meus pais no Durango.- Fala se eu não tô gato.
_ Muito gostoso, isso sim. -o beijei antes de ajeitar sua gravata e entrar no carro.- Luan, por favor. Não demora.
_ Tá bom, estaremos lá rapidinho.





Narrado por Maria Luísa
  Minha mãe sempre dizia que não é todos os dias em que completamos 15 anos e eu não tinha parado pra pensar nisso até chegar no salão e ver como estava lindo, tudo muito maravilhoso. Desde a decoração até a comida!
  E ver meus amigos chegando, meus familiares... foi show de bola! Aproveitei tudo o que tinha pra aproveitar e mais um pouco. 
  Recepcionei convidados, usei e abusei das fotos e vídeos, arrasamos na dança e por fim a tão sonhada balada. Sim, eu já havia trocado de vestido por um mais minha cara, o sapato mais baixinho e cai na pista com os melhores amigos da vida.


_ Socorro, eu vi hein. -Carol disse rindo, me abraçando.
_ Você e todo mundo. -Henrique chegou por trás e me abraçou.- Oi gracinha.
_ Seu pai me olhou de cara feia pela primeira vez na vida. -riu nervoso, o abracei.
_ Ele vai olhar feio pra qualquer um que chegar perto das nenéns dele, as princesas da vida dele.
_ E da minha, ué. -beijou meu rosto.
_ Tão namorando é?
_ Ainda não, eu não chamo de namoro. Ela me deu um fora.
_ Ah para, não é verdade.
_ É sim, disse que quer continuar do jeito que está. Eu aceito, mesmo assim. -riu e beijou rapidamente meu pescoço, olhei para os lados e ninguém além da Carol tinha visto.
_ Meu, ainda tô pensando na retrospectiva.
_ Minha mãe escolheu muita foto boa, muita mesmo.
_ Você um neném bem gordinho.
_ Que grude, aí eu hein. -e saiu.
_ Posso te sequestrar uns minutinhos?
_ Depende, vai me deixar sem roupa de novo?
_ Só se você pedir. -piscou.
_ Daqui a pouco, vai... ou você vai embora agora?
_ Não, tranquilo.


  Henrique entendeu que ali não era hora. Tinha muita gente da família que iria imaginar uma coisa que não tem, ainda não existe da maneira que eles pensam. E por respeito ao meu pai, ele tem ciúmes e não quero ninguém de cara feia. Não hoje, no meu dia de estrela!

_ Deu um fora no menino, coisa feia.
_ Nem se eu quisesse, ele é uma graça. -comentei com a Lê.- Quer namorar comigo...
_ E você não quer?
_ Ah, me acho tão nova pra isso. Tô curtindo trocar uns beijos, uns amassos.
_ Sei bem. -começamos a rir.- Olha aqui, Malu! -olhei e era uma selfie, mas uma na verdade.


  Dancei um pouco e chamei minha avó, porque eu estava morta de fome. Sentei em uma mesa mais afastada e fui servida com salgados, mini pizzas e crepes. Amo! Pedi suco também e mandei ver enquanto conversava com a minha véinha.

_ Vó Ana... -Henrique beijou o rosto dela e puxou uma cadeira vindo pro meu lado.
_ Henrique, Henrique... juízo com a minha neta hein.
_ Sempre, vó (risos).
_ Vou ao banheiro, licença. -e saiu.
_ Tá uma gracinha comendo assim... bem rápido.
_ Também achei. -cobri a boca com a mão.
_ Ô, seu tio me deu uma dura ali agora. -comentou rindo.- Seu irmão é fogo também.
_ Por que?
_ Falou que eu era seu namorado. E ele me pôs na parede... perguntou idade, intenções...
_ Qual dos tios?
_ O barbudinho, que tem um neném.
_ O tio testa. -dei de ombros.
_ Testa?
_ Ei, só para os íntimos (risos). Quer? -coloquei um salgado na boca dele que apoiou as mãos nas minhas coxas, levando o corpo para frente, roubei um selinho e me ajeitei.
_ Aqui tá escuro, pô.
_ Eu sei, mas estão olhando. -ele deu de ombros e colocou uma das mãos no meu pescoço, trazendo minha boca de encontro com a dele e demos um beijo decente.


  Ah! Era só um beijo e não tinha nenhum estranho na festa, talvez um ou outro ficasse surpreso... mas...
  Minha tia mesmo era uma das pessoas surpresas, fez sinal de positivo pra mim.


_ Vamos um pouco lá fora?
_ Sim, vamos lá.


  Tirei os sapatos e subi descalça mesmo, ao chegar lá em cima e na parte de fora estávamos a sós e com saudades um do outro, assim... aos beijos. Acabei abusando um pouquinho e ele bem gostou, me encostou na parede e levantou minha perna pela coxa, o vestido subiu um tanto e com a ponta dos dedos ele chegou no tecido da minha calcinha.

_ Menino! -ele riu e deu um beijo no meu pescoço.
_ Não quer ir lá em casa não?
_ Hoje não (risos).
_ Você provoca muito, corre e eu quem fico na vontade. -dei de ombros e continuamos com os beijos.


  Deu pra dar aquele pega e voltamos para a festa, para junto das outras pessoas. A balada estava rolando e foi assim praticamente a noite toda. Sei que fomos para casa eram quase 5h da manhã, cheguei e deitei sem nem tomar um banho, só tirei o vestido de festa e coloquei uma camisola.
  Antes de pegar no sono dei uma olhadinha nas fotos em que fui marcada mais cedo e uma delas estava perfeita para o que eu queria dizer, tirei print e cortei para publicar no insta.


@malu: O dia de hoje se resumiu em sorriso e felicidade. ❤️ Meu agradecimento à Deus e aos meus será eterno, pois sei que sem eles nada disso seria possível. Obrigada pela presença de todos os amigos e familiares, obrigada também por cada detalhe que foi muito bem pensado e executado. E com toda certeza, obrigado à quem trabalhou na festa, estava show desde a decoração até a comida e nossa balada sensacional. A vontade que tenho é comemorar quinze anos todos os dias, só preciso ter disposição pra isso.  #MariaLuisa15 #ÉFestaQueChama #QueroMais ❇️








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  Olha quem ainda está viva! Sim, eu mesma. E peço desculpas pelo sumiço, falhei em não ter dito nada aqui, mas quem estava no grupo sabe que eu sempre dava uma passadinha por lá... enfim... aqui estamos novamente e com esse capítulo tranquilo até. rs
  Teve uma transa LuNanda bem suave e teve também beijos salientes #MARIQUE (sim já tem nome shipper desse casal, né Lívia?) 
  Continuem acompanhando e comentando (amo muito, até as broncas de vez em quando, né non?) que tem coisas bem bacanas para acontecer! Beijo, beijo e mais beijos. 