{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Capítulo 249 - Parte I

Narrado por Maria Luísa

(...)

  Me dei conta de que as minhas férias voaram quando minha mãe estava me acordando para eu tomar banho e me arrumar para a escola. Preguiça!
  Mas estava mais perto de terminar o ensino médio, amém por isso.

  Levantei depois de ter ficado uns minutos no celular e tomei meu banho, vesti o uniforme e peguei a mochila. Desci ainda mexendo no celular e sentei à mesa junto dos meus irmãos e minha mãe.

_ Bom dia, bom dia. -os cumprimentei.
_ Bom dia. -responderam na preguiça, ri.
_ Ânimo gente, as aulas voltam hoje.
_ Uhul. Muito bom. -Arthur fez cara de tédio, minha mãe riu.- Pô mãe, nem vai ter matéria. Todo mundo sabe que as aulas começam depois do carnaval.
_ Falando em carnaval eu quero ir pro Rio com o meu pai.
_ Seu pai não vai pra camarote nenhum no Rio de Janeiro, eu e ele vamos para Salvador. 
_ Injusto, né? Eu em casa e vocês fritando no trio elétrico. -revirei os olhos.
_ Melissa vai pro Rio, se ela quiser te levar.
_ Camarote? Com abadás?
_ Nossa, Maria Luísa. Deixa de foguetisse, vai... vai estudar, vai.
_ Falou o que está no terceiro e só quer ir pra escola depois do carnaval.
_ Eu posso, sou quase maior de idade.
_ Fala pra ele, mãe. Fala o que a senhora vive me dizendo... diz aí.
_ Você pode ter 50 anos, enquanto morar debaixo do meu teto quem manda em você sou eu. -ela falando e eu imitando, até os gestos.
_ Mamãe, terminei. -Helena disse descendo da cadeira.- Tô indo mijar.
_ É fazer xixi, Helena. -minha mãe corrigiu já olhando feio pro meu irmão.- Tá vendo né?
_ Ah, mãe... nada a ver.
_ Nada a ver vai ser minha mão na sua boca.
_ Quem vê pensa que bate (risos).
_ Deixem de enrolar vocês dois e terminem logo que eu tenho o que fazer ainda. -disse se retirando da mesa.

  Meu irmão e eu focamos no café da manhã e comemos em silêncio, terminamos e fomos até minha mãe na sala. Ela pegou as chaves, a mochila da minha irmã e saiu, iria nos deixar na escola e seguir para a empresa.

_ Bom dia! -Carol veio me abraçando, toda feliz em plena 07h da manhã.- Anima amiga, pensa nos meninos do terceiro.
_ Meu irmão? Um gato mesmo, se eu não fosse irmã. -ri.
_ O seu irmão não conta, uma porque é seu irmão e outra é comprometido.
_ Atualizou a bio do insta, uma aliança e o user da bonita @juliaandreoli.
_ Ah, que lindos.
_ Minha mãe continua não engolindo. -dei de ombros, ela riu.- Até que ela não é tão chata assim. Mas não somos amigas.
_ Oi Malu. -olhei para o lado e era minha cunhada. Sorri e dei um tchauzinho de longe.
_ Falsa, falsa... -tossiu.
_ Fica quietinha, fica. O sinal, vem... -peguei no braço dela e ela foi falando do pátio até as salas.
_ Meu, vamos ter aula com aquele professor gostoso.
_ Caroline, se controla amiga.
_ Não consigo, não me aguento. Ele é lindo demais.
_ Uhuum. -entramos na sala e cumprimentamos os amigos que eram da nossa antiga sala, nos sentamos e a primeira professora entrou, fez a chamada, se apresentou e fez nós também nos apresentarmos, um por um.

   Sobrevivi, o que era o mais importante.
Na hora da saída esperei pelo casal 20 para irmos embora. Minha mãe estava na empresa, meu avô viajando, iríamos voltar de ônibus ou andando mesmo. Nossa escola não era tão longe de casa, andando daria uns 25 minutos.

_ Malu, quer ir lá pra casa? -Julia perguntou toda sorridente.
_ Não, obrigado.
_ Certeza? Seu irmão vai dar uma passadinha por lá.
_ Vai? -olhei para ele que estava rindo com uns amigos, de mãos dadas com ela.- Arthur!?
_ Ãn... oi.
_ Não íamos pra casa?
_ É rápido, pô. Uns 15 minutos.
_ Bom... eu vou pra casa, bom passeio na casa da sua sogra.
_ Vai ir sozinha?
_ Vou ligar pro meu pai, né.

  Tirei o celular da cintura e disquei o número do senhor Santana.

_ Alô?
_ Pai, pode vir me buscar?
_ Por que?
_ Minha mãe está na empresa, esqueceu?
_ Não senhora. -riu.- E seu irmão?
_ Vai pra casa da namorada dele e eu não vou junto. O senhor vem?
_ Eu vou, mas vai demorar um pouco. Tô na LS e no meio de uma reunião.
_ Então deixa, eu volto sozinha.
_ Como?
_ De ônibus, ele passa na frente do condomínio... rapidinho.
_ Tá, me liga quando entrar em casa.
_ Beleza, beijos.
_ Tchau, beijo.
_ Tchau pra vocês. -falei guardando o celular e atravessando a rua para esperar o ônibus.

  Meu irmão tinha que entender que a namorada era dele, nem na casa do Leo que está há mais tempo na família eu ficava indo direto.
  Encostei no muro e fiquei lá esperando, esperando, esperando e nada do bendito passar. Fiquei no celular enquanto isso, não tinha perigo ali. Henrique me chamou e trocamos algumas mensagens, mas ele ficou digitando uma vida e parou. 




  Meu pai também queria saber onde eu estava e eu contei a ele que estava no ponto, mas que ele não precisava se preocupar. Guardei outra vez o celular, esperei uns minutos e decidi comprar um sorvete e ir andando mesmo.
   Atravessei a rua, entrei na doceria e sai de lá feliz com uma sacola cheia de porcarias. Guardei tudo na mochila e iniciei minha caminhada, andei 15 minutos e parei para prender os cabelos. Nisso foi encostando um carro do meu lado e parou.

_ Entra aí.
_ Que entra aí o que, tá pensando o que? -a pessoa riu e eu olhei franzindo a testa.- Tá fazendo o aqui?
_ Indo pra casa.
_ Te dou uma carona.
_ Hm... vai me custar caro. -ele riu e passou a mãos pelos cabelos.
_ Caro não, só uns beijos e disso eu sei que você gosta.
_ Cala a boca, Henrique. -falei rindo.
_ Não posso ficar aqui a vida toda... vai entrar?

  Não sei o que me deu na cabeça, mas eu fui. Entrei no carro e coloquei o cinto, pus a mochila no meio das pernas e levantei um pouco o vidro. Quando me virei para frente ele estava se aproximando, pôs a mão no pescoço e com a outra segurou meu queixo, dando um beijo lento e muito bom, bom mesmo. Não dava vontade de parar mais, juro.
  Ele desceu uma mão para a minha coxa e eu fiquei toda arrepiada, abri os olhos e ele riu dando uma mordida nos meus lábios. Retribui. Levei as duas mãos nos cabelos dele e os prendi entre os dedos, fechando outra vez os olhos e continuando o beijo.

_ Espertinho você, né?
_ Talvez. -deu de ombros, voltando a colocar o cinto e olhando pelo espelho antes de dar partida.
_ E ai, está na sala de quem esse ano?
_ Os mesmos dos anos anteriores... -fomos praticamente o caminho todo conversando sobre escola, ele até me contou dos planos para depois dela. Assim que entramos no condomínio ao invés de ir direto para casa, paramos na praça e descemos do carro.
_ Todo à vontade você, né?
_ Sim, odeio esse uniforme colorido pra cacete. -disse olhando minha roupa.- Ainda bem quem moro perto e ainda assim, tiro a camisa assim que passo o portão.
_ Exagero seu, eu gosto. -falei soltando os cabelos e fazendo um coque. Sentei de frente para ele e o beijei, tive essa iniciativa pela primeira vez e foi boa a sensação. Ocasionou uma sessão de beijos, uns mais lentos, outros um tanto apressados e até rolou uma mão na minha bunda e quase que uma na minha boneca, mas as minhas ficaram quietinha apoiadas nas pernas dele.
_ E menina que beija bem hein.
_ Não fiz festa pra nada, depois de debutante, agora sou uma mulher. -brinquei.
_ E que mulherão, tô gostando de ver.
_ Eu sei. -ri.- Vamos?
_ Já?
_ Falei para o meu pai que iria avisar quando chegasse. Ele deve estar esperando.
_ Liga pra ele, fala que você já chegou.
_ Hm... não sei, não gosto de mentir pra ele.
_ Você não está mentindo. Já estamos no condomínio, há alguns minutos da sua casa.
_ Mesmo assim, tenho que ir. -disse e ele assentiu, mas antes de levantar nos beijamos outra vez e fomos andando para a minha casa.
_ Vai fazer alguma coisa nesta sexta?
_ Não, por que?
_ Topa um cinema?
_ Sim, só nós dois?
_ É. -franziu a testa.- Pensou que iria mais quem?
_ Não sei, perguntei por curiosidade. -dei de ombros. Chegamos na frente da minha casa e nos despedimos ali na porta com alguns beijos, eu entrei e ele voltou para onde o carro estava estacionado.
_ Ônibus, né? -meu pai estava sentado no sofá de braços cruzados.- Tem vergonha de mentir pra mim, não?
_ Pai, não foi mentira minha. Sério mesmo.
_ São quase 3h da tarde. -disse olhando no relógio.- Você sai quase às 13h. 
_ O ônibus demorou uma vida e acabou nem vindo. Eu ia vir andando, dá meia hora mais ou menos... só que o Henrique estava passando de carro e me ofereceu carona.
_ Que você não deveria ter aceito. -falou sério.- Eu bem vi vocês dois aqui na pracinha e no maior agarramento... minha filha.
_ Pai. Não é o que o senhor está pensando, não fizemos nada demais.
_ Ele é seu namorado?
_ Não!
_ Então você não tinha que ter dado trela. -disse se levantando.- Vou conversar com a sua mãe sobre isso e que não se repita.
_ Tudo bem, vou subir.
_ Não vai almoçar?
_ Depois, quero tomar um banho primeiro.

  Entrei no quarto, guardei minha mochila, coloquei o celular em cima da cama e fui para o banheiro jogar uma água no corpo, estava muito quente. Depois do banho coloquei um shorts, blusa e desci para almoçar.

_ Oi, Maria. Boa tarde.
_ Boa tarde, Malu. Como foi a aula?
_ Já estou querendo férias. -falei rindo, enquanto me servia.- Escola é cansativo, Mariazinha.
_ Eu imagino, mas eu gostava viu.
_ Sério?
_ Uhum, e olha que só pude estudar depois de velha porque na minha época de mais nova eu não podia estudar não, tinha que ajudar era em casa. -discorremos um assunto durante meu almoço, depois deixei as coisas na pia e subi pra tirar um cochilo.



Narrado por Fernanda
  Rotina!
  Esse era o tema de fim de férias, claro que com algumas alterações. Helena em uma escolinha do 1° ao 5° ano, tempo integral. Arthur no último ano do ensino médio e Maria Luísa no primeiro, mesmo horário que ele. Melissa ainda estava de férias, voltava às aulas só depois do carnaval.
  Estava de volta à empresa e em clima de ano novo ainda, mas foi um dia muito gostoso de se trabalhar. Ao terminar o expediente peguei o carro e fui buscar minha caçula que estava exausta, veio dormindo no carro e chegando em casa ela nem comer quis. Só joguei uma água nela e deixei que dormisse na cama.

_ E minha neném? -Luan perguntou entrando no quarto e eu terminei de colocar a camisola e olhei para ele.- Uau, linda hein.
_ Linda e muito bem casada (risos). E sua neném está dormindo, amor. -ele veio até mim e nos cumprimentamos com um beijo lento e safado, já que a mão dele estava no meio das minhas pernas, acariciando meu ponto sensível e de maior excitação. Segurei em seus braços e me rendi aos toques, Luan se sentou na cama e eu me sentei montada em seu colo. O beijava matando a saudade de ter ficado um dia todo longe, distante do maridão. Eu precisava dele, queria ele. O estar sem calcinha foi um convite, bem aceito por ele afinal.- Hm... ãn... -ele enfiou os dedos bem fundo, indo e voltando. Mordi os lábios, querendo mais, desejando seu pau me fazendo carinho no útero.
_ Molhada como sempre.
_ Sedenta! -disse à ele aos sussurros.- Gostoso. -puxei o cós da bermuda e enfiei a mão por dentro da cueca alisando seu pau, bastante excitado por sinal. Luan respirou fundo e sorriu satisfeito.
_ Porra. -ele tirou seus dedos de dentro de mim e os colocou na minha boca. Chupei como se fosse um cacete, olhando nos olhos dele antes de sorrateiramente me ajoelhar entre as suas pernas e sugar a cabeça daquele pau.- Fernanda! -passei a língua devagarinho e chupei outra vez massageando a extensão e sentindo sua veia pulsar quando desci com a língua, engolindo cada centímetro até vir o gozo. Engoli, bem gulosa e voltei para cima dele, empurrando seus ombros para que deitasse e encaixei meu lindo corpo naquela piroca, deixando as mãos espalmadas naquele abdômen e quicando devagar, sentindo todo o tamanho e ele me preenchendo. Rebolando gostoso quando descia e subindo lentamente até ele me pedir para ir mais rápido. Fiz questão de não o decepcionar.

  Não demorou e ele me colocou de quatro e com a cabeça encostada no colchão, alisando minha boceta e elogiando minha "bela bunda", todo safado. Sua língua me causava estragos, muito gostosos. Puta que pariu! Eu adorava quando ele me chupava de quatro, sua lingua parecia ir mais fundo e a vontade que eu tinha era de gemer feito uma cadela muito no cio. Mas a porta estava destrancada e meus filhos acordados, abafei meus gemidos usando o travesseiro.
  A gente se completava demais no sexo, era recíproco todo o tesão, todo amor, todas as loucuras e excitação. Matamos muito bem a saudade de algumas horas longe um do outro e nos deitamos para nos recompor e conversamos.

_ Estamos parecendo adolescentes. -comentei rindo.
_ Sou um jovem, cheio de hormônios (risos). -ajeitou meu cabelo e nos beijamos.- Vida.
_ Oi.
_ Você leva mais jeito que eu pra conversar, poderia falar com a nossa filha.
_ Qual? Melissa?
_ Malu, fiquei pensando nisso até você chegar.
_ O que aconteceu? -Luan contou que ela tinha ligado e dito uma coisa, mas que no final outra coisa que não estava combinado, aconteceu.- E você falou com ela?
_ Perguntei se eram namorados, ela disse que não. 
_ Eu falo com eles.
_ Eles? Eles quem, amor?
_ Arthur também. É dia de semana, ele não tem que ficar socado na casa da Julia. Os dois vão juntos para a escola e tem que voltar juntos, acabou.
_ Você está certa, verdade.
_ E quanto a dona Maria Luísa... irei me entender com ela.
_ Tá bom, vai me contar depois?
_ E alguma vez eu já te escondi? -ri.
_ Te amo.
_ Eu que amo você.

  Demos uma namorada antes de nos levantar para irmos jantar, isso assim que minha filha mais velha chegou com o noivo.
Após o jantar dei ao Luan a missão de retirar a mesa, subi com a Malu e nos sentamos na cama dela. Uma de frente para a outra.

_ Tudo bem com você, filha?
_ Sim, mãe. Ótimo. Meu pai já te contou que me viu com o Henrique, né?
_ Contou sim, mas não fez fofoca. Ele me pediu pra conversar com você, sabe que somos amigas. -pisquei e ela sorriu.- E ai, o que você me conta?
_ Estou gostando dele, mas não acho que esteja pronta para namorar.
_ Então ele já pediu?
_ Duas vezes, e eu falei que não. Ele não me deu um pé na bunda, sei lá, ficamos mais próximos... não entendi muito bem.
_ Talvez porque ele não tenha pressa de esperar.  Já pensou nisso?
_ Sinceramente não. Tenho medo de ele estar comigo só pra tirar minha virgindade e sumir com outra. -revirou os olhos.
_ Ninguém está livre desse risco, embora ele não pareça ser assim Malu.
_ Tá falando sério?
_ Eu tô. Vocês já chegaram nas preliminares? -Maria Luísa foi ficando vermelha, muito vermelha de vergonha e desviou o olhar do meu.- Filha! E você nem me contou?
_ Contei pra Mê, fiquei "desesperada". -encolheu os ombros.
_ E como foi?
_ Não, eu não fiz nada além de tocar ele, mãe. Ele quem fez sabe? Me chupou toda.
_ Meu deus, e eu pensando que você era um neném ainda. -comentei surpresa.
_ Foi na casa dele... -ela acabou contando e já não estava tão vermelha  quanto no início daquele assunto.- Não tive coragem de retribuir.
_ Se você não te vontade, não faça. Porque não vai ser prazeroso se você não estiver na vibe e tal. Mas fique sabendo que é mais fácil que descascar mangas com os dentes. É como chupar pirulito.
_ Mãe!
_ É sério, quando você fizer e ver que não é nem um monstro de sete cabeças, vai fazer de novo e aí você já pegou o jeito.
_ Ai mãe... -deitou colocando a cabeça no meu colo.- Ele me chamou pra sair com ele na sexta agora. 
_ E você?
_ Aceitei.
_ Aconteça o que acontecer... use camisinha.
_ Já entendi mãe. -beijei sua testa.- Bom descanso.

  Ter filhas mulheres foi como eu pensei que um dia seria. Tínhamos uma ligação incrível e confiança uma na outra. Eu sempre pensei bastante diferente da minha mãe, que era mais conservadora e para ela existiam padrões a serem seguidos. E hoje, eu como mãe, dou essa liberdade de elas falarem comigo sobre tudo. Exatamente tudo, desde um filme novo que estreou até uma menstruação atrasada, por exemplo.
E eu amo isso! Sorri.

_ Boa noite, filha. -sai do quarto dela e iria direto para o meu, mas o Arthur ainda estava acordado. Bati na porta e entrei.- Quer me contar alguma coisa, seu Arthur?
_ Foi só hoje, mãe. -começou a rir.
_ Eu espero mesmo. Quer namorar, namora de final de semana. Entendeu?
_ E se...
_ Eu te busco todos os dias. -falei antes mesmo de ele completar a frase.
_ A senhora não ia... é ia sim (risos). Desculpa, mãezinha linda.
_ Seu pai não gostou que sua irmã veio sozinha e nem eu.
_ Eu sei, deveria ter deixado ela em casa antes de ir.
_ Você teria nem ter ido. Mas já foi, né. Que isso não se repita. -ele concordou.- Beijos, boa noite filho. -e sai do quarto.

  Passei pelo corredor, dei boa noite pra Mê e por fim cheguei no meu quarto, deixei a porta encostada e subi na cama.

_ Demorou hein amor (selinho).
_ Estava conversando com as crianças.
_ Tudo certo?
_ Sim, tudo tranquilo. E o que aconteceu hoje não irá se repetir.
_ Falou com a Malu?
_ Ela gosta dele, mas não namora por medo de não dar certo.
_ E é certo ela ficar entrando no carro dele? Melhor que namorasse.
_ Melhor o que, vida?
_ Não repito. -riu.- Vai dormir?
_ Sim, tô com sono amor. 
_ Muito?
_ Sim. -fechei os olhos e ele ficou se mexendo na cama e logo estava massageando meus ombros, dormi assim. Relaxada.



Narrado por Maria Luísa
  O restante da semana passou e em todos os dias eu conversei ainda mais com o Henrique, e sobre várias coisas e não só "quero te pegar" "você beija bem". Enfim... sexta-feira chegou e depois da aula Arthur e eu fomos para casa, passei a tarde toda me produzindo. Troquei de roupa várias e várias vezes e por fim iria de calça.

_ Onde é que você pensa que vai, Maria Luísa?
_ Sair Arthur, vou no cinema.
_ Com quem?
_ Com o Henrique, ele está vindo me buscar.
_ O minha nossa senhora, por que você insiste em sair com o meu amigo? Não tinha outro?
_ Mas eu gosto dele, o que tem demais nisso?
_ Ah cara, o que tem demais é que se ele fizer algum comentário idiota sobre você na roda de amigos, eu mato ele. Aí não vai ter mais amizade.
_ Ah, que lindo! Você está com ciúmes, Art?!
_ Sempre tive, toma cuidado hein.
_ Pode deixar.

  Liguei pra minha mãe avisando que não tinha desistido de ir, ela pediu que eu tomasse cuidado e por via das dúvidas usasse camisinha. O que me deixou quase roxa de vergonha outra vez, até tomei água antes de sair e esperar por ele do lado de fora.
  Não demorou e o carro encostou, entrei e ele estava todo sorridente.

_ Oi, de novo. -disse.
_ Oi cheiroso. -respondi me aproximando e dando um beijo rápido como cumprimento.- Que filme vamos assistir?
_ Qualquer um que estiver passando (risos), é sério Malu... só queria sair com você e não ter apenas alguns minutos.
_ Muito fofo da sua parte.
_ Ou não, né? -riu.- Sua mãe não falou nada?
_ Pediu para que eu tivesse cuidado.
_ Comigo?
_ É, também. -dei de ombros, peguei meu celular e mandei mensagem pra Carol.- E a sua mãe?
_ Perguntou quando eu vou te levar em casa num dia que ela e meu pai estiver por lá.
_ Aí que vergonha, Henrique.
_ Ela pegou a gente conversando uns dias aí, tentou ler a conversa... ai peguei o carro dela pra irmos hoje, ela perguntou se era a menina das mensagens.
_ E você?
_ Falei que sim e ainda mostrei sua foto.
_ Nossa, que feio você.
_ Lindinha. -sorriu e fez um bico para me beijar.- Ah bom, pensei que ia levar um fora.
_ Nunca. -arrumei os cabelos dele e me sentei corretamente, pondo o cinto.

  O shopping que fomos era um pouco longe da minha casa e isso já foi um ponto positivo, na minha humilde opinião. Ele estacionou e nós descemos, não ficamos de mãos dadas.
 Como nunca tínhamos ido ali, não sabíamos onde ficava nada. Tivemos que fazer um tour, nisso passamos em frente várias lojas, erramos algumas entradas e por fim encontramos o cinema e a bilheteria lotada.

_ Uau, acho que tem uma galera querendo ver filme. -ele coçou a cabeça.
_ Deveríamos ter comprado na internet. -falei fazendo bico.- Quer enfrentar a fila?
_ Por mim. -deu de ombros.- É bom que vamos lendo as sinopses dos filmes.
_ Fechou.
_ Estamos parecidos. -olhei para minha roupa e realmente, ele também estava de preto.
_ Sim, casal (selinho). Tem snap, né?
_ Não, só instagram e facebook.
_ Aí que sem graça. -revirei os olhos.- Eu tenho todas as redes sociais possíveis.
_ E seguidores em todas elas.
_ Só no facebook que não, só aceito os amigos mesmo. Conta privada.
_ Restante é público?
_ É, por aí. -falei entrando no snap.- Quando você vem no shopping e a fila da bilheteria do cinema está imensa. -gravei.
_ Vão é te achar aqui. -ele disse rindo, pegando o celular.- Alô? -deixei ele falar com quem quer que fosse e dei uma espiada nas redes.- Seu irmão é foda.
_ Era ele?
_ Sim, falou que está de olho em mim. Pra eu tomar muito cuidado com a irmã dele.
_ Ele está morrendo de ciúmes, sério.
_ Eu não tenho irmã, não. Mas minhas primas são meus xodós, elas tem sua idade, gêmeas ainda. 
_ Tem foto? -ele me mostrou e elas eram lindas, umas gatinhas.- Bonitas.
_ Gatas, uma delas namora e eu fico mais em cima do que meu tio.
_ Tá falando sério? Para vai. Você não tem cara de quem é chatão assim.
_ Eu não sou chatão, eu só fico perguntando... se já chegou, com quem está saindo.
_ É chatão sim, nem meu irmão é assim comigo. Meu pai sim, mas o Art não.
_ Hm... sei. -abracei sua cintura e levantei a cabeça, demos alguns selinhos antes de começar aquele beijão gostoso.- Quer assistir qual filme?

  Compramos os ingressos para assistir em 3D um filme de ação, eu não conhecia, mas pela sinopse era bem bacana. Pegamos uma sessão para às 21h45 da noite, e como ainda eram 19h12 tínhamos tempo para fazer outras coisas. Fomos para a praça de alimentação.

_ Lanche ou comida?
_ Burger King! 
_ Ufa, eu também. -riu.- Quer ir escolhendo a mesa?
_ Pode ser, e eu quero um whopper furioso e refri de limão.
_ Batata com bacon e cheddar?
_ Uhum, por favor.
_ Tá, já vendo (selinho).

  Ele saiu e eu continuei conversando com a Carol, estava contando como estava sendo o encontro e avisei minha irmã que eu estava viva. Porque ela mandou mensagem com letras maiúsculas e em negrito "UM ENCONTRO E VOCE NEM ME FALA?", mandei um áudio explicando tudo.

_ A mãe falou o que?
_ Perguntou várias coisas, inclusive se tínhamos feito preliminares e eu fiquei com o rosto muito quente, foi o que me entregou.
_ Você também hein (risos). Bom, aproveitem o cinema e também a volta pra casa, espero por novidades.
_ Aí Melissa, deixa de ser assim. 
_ Beijo, beijo.
_ Não escuta sua irmã, não tem que aproveitar nada não Malu. Eu tô de olho. -era um áudio do Leo, respondi e voltei para o snapchat. Gravei por alguns segundos e minha companhia chegou.
_ Você e esse celular. -riu.
_ Estava te esperando, ué.

  Não comi feito uma mocinha, mas também não arrotei na cara dele. Comemos entre risadas, contando um pro outro coisinhas do cotidiano. Eu estava gostando mais ainda de conhecer ele assim, sem estar bebendo, sem estar no meio de um monte de gente, só nós dois.
  Terminamos a refeição e fomos dar uma voltinha pelas lojas e eu ganhei uma pelúcia muito fofa, um leãozinho.

_ Muito sua cara, nossa.
_ Eu amei, ele é lindo e me lembra o Lupy.
_ O tigre, né? Tô ligado, já vi muitas fotos.
_ Era o xodó da minha mãe, nossa. 
_ Bem exótico ter um tigre, foda.
_ Sim, muito. -abracei minha pelúcia e entramos numa gelateria.- Sorvete é?
_ Com frutas e chocolate quente.
_ Hmm... parece bom, mas eu amo açaí também.
_ Gostoso.

  Fizemos os pedidos, pagamos e saímos da loja. Andamos mais um tempo e fomos para o cinema, como ainda faltavam alguns minutos nós nos sentamos nas poltronas disponibilizadas para aguardar.

_ Se antes eu já era encantado... agora então.
_ Para vai, eu sou uma menina normal.
_ Linda, simpática e gostosa. -sussurrou.- Tô com saudades de você no meu quarto.
_ Também estou com saudades de lá, foi bom. Uma experiência que repetiria outras vezes.
_ Quando quiser (risos). -ele segurou meu rosto e nos beijamos, e graças à Deus nos beijamos outras vezes antes de comprarmos pipoca, refrigerante e entrarmos na sala para assistir o filme.
_ E essa mão escorregando do encosto da poltrona? -perguntei baixinho.- Abusadinho (risos).
_ Só com você, juro. -nos beijamos e voltamos a assistir.

  O filme foi bacana, mas acabou bem tarde. E tínhamos que ir embora, (in) felizmente.

_ Em casa. -falou desligando o carro.- E ai, gostou?
_ Sim, muito. Não me importaria de repetir.
_ Não? Semana que vem está de pé?
_ (risos) Quem sabe, né? -soltei o cinto e ele também.- Tchau?
_ Nenhum beijo?

  O "nenhum beijo" se transformou em muitos outros, com mais amassos. Quis continuar, mas não ali. Então me despedi e entrei.

_ E ai, como foi?
_ Ótimo, mãe. -falei me jogando no sofá.- Ótimo.
_ Se conheceram melhor?
_ Ah sim, muito. Ele é um neném, filho único e palmeirense, mãe.
_ Nossa, Maria Luísa. Tinha um melhorzinho não? -brincou.
_ Não, é esse mesmo (risos). Cadê a Mê?
_ Chegando, foi jantar com o Leo.
_ Jantar, né mãe?
_ Foi o que eles disseram. -ela deu de ombros.- Seu pai ligou também, perguntou por você.
_ Continuo virgem, fala pra ele ficar sossegado.
_ Ele está, ele só tem ciúmes... nem contei pra ele que você não é mais uma neném.
_ Para mãe, eu fico com vergonha.
_ Se tivesse vergonha não faria. -riu.

  Ficamos na sala conversando até minha irmã chegar e rolar mais conversa, mas eu queria dormir. Nos despedimos e fui para o meu quarto, troquei de roupa e me deitei.

_ @_hlopes segue lá, aproveita e curte a última foto.
_ Tá aprontando, né?
_ Talvez.
_ Beijo, boa noite. 
_ Sonha comigo, boa noite.


  Entrei no instagram, segui a conta e fiquei sorrindo para a última foto.

@_hlopes: Ah, esse sorriso. 👸🏻🖤







~.~

  Aquele capítulo tendência, amei. Mas eu sou suspeita, né non? ❤️

2 comentários:

Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!