Narrado por Maria Luísa
Recife, que lugar lindo.
Aquela praia de Boa Viagem era um sonho, o calor que fazia também era fantástico. Eu estava simplesmente amando, uma das melhores coisas que fiz nas férias.
_ Só fofocando, né? -Henrique perguntou saindo do banheiro com a toalha enrolada na cintura.
_ Minha irmã e não fazemos fofoca. -ergui as sobrancelhas, cruzando os braços.
_ Toda mulher diz isso. -deu de ombros.
_ Nada disso, estava falando com ela do casamento da Nay... o casamento que ela e o Leo foram padrinhos.
_ Vi algumas fotos ontem no stories dela, mas não associei. -disse se trocando.- Vai ir agora? -apontou com a cabeça pro banheiro.
_ Preciso tô com o biquíni cheio de areia, tô pior que criança.
_ Ficar no raso dá nisso.
_ Queria que eu passasse dos recifes?
_ Nem de brincadeira.
_ Henrique, pronto aí? -a mãe dele bateu na porta.
_ Malu está tomando banho, mãe. -entrei no banheiro e não escutei o restante da conversa dos dois. Tirei o biquíni e tomei um banho rápido e não muito quente, meus ombros estavam ardendo. Aproveitei para enxaguar as peças do biquini e tirar o excesso de areia, lavei os cabelos e sai.
_ O que sua mãe queria?
_ Conhecer mais um ponto turístico, perguntou se iríamos.
_ E nós vamos, né?
_ Sim, ela está nos esperando no hall da pousada.
_ Seu pai também vai?
_ Com uma câmera profissional registrando qualquer movimentação suspeita de uma boa foto.
_ Vocês curtem esse negócio de turismo, real.
_ É um costume que eu tenho desde pequeno. -contava enquanto eu me vestia.- Meus pais sempre pregaram a política de que antes de conhecer o exterior eu tinha que conhecer o país onde eu morava.
_ Engraçado, você não tem cara de quem curte viajar tanto assim... você é muito parecido com o meu irmão, acho estranho.
_ É um jeito de estar com os meus pais. Às vezes nossa rotina é chata, corrida e acabamos não tendo tanto tempo junto.
_ Sei bem como funciona. -respondi me lembrando das inúmeras viagens a trabalho do meu pai e a corrida da minha na CDM.- É um jeito de aproveitar sem pressa.
_ Sem pressa e só a gente. Minha mãe sempre procura reunir todos, mas ficar só nós três mesmo só viajando.
_ É uma delícia, estou amando estar aqui com vocês, participando disso. -beijei o rosto dele.
_ E eu amo você estar aqui. -segurou meu rosto e beijou minha boca de um jeito tão doce, carinhoso e demorado.
_ Henrique? -Luísa chamou outra vez.
_ Estamos descendo, já. -me olhou de cima a baixo.- Tá pronta?
_ Sim, vou de chinelos mesmo.
_ Dois. E vamos antes que ela venha aqui de novo.
Encontramos os pais dele no térreo e fomos bater pernas, conhecer mais do lugar e foi muito gostoso. Andamos bastante, voltamos após um jantar muito gostoso, e seguimos para o quarto.
_ Que dia! -respirei fundo, descansando os pés e fechando os olhos.
_ Cansou? -senti seu corpo pesar sobre o meu e abri os olhos no susto, sendo surpreendida por um beijo um tanto rápido. Selinhos, leves mordidas. Sua mão do lado da minha cintura levantando um pouco minha blusa, minha respiração já deu aquela acelerada e por reflexo segurei os braços dele.- Calma. -beijou meu rosto e outra vez minha boca, sorrindo. Segurei seu rosto e fechei os olhos beijando-o com mais calor, mais vontade. Abracei seu pescoço e mãozinha que estava na minha cintura subiu por dentro da blusa ao encontro do meu sutiã.
Eu não estava com medo, tão pouco apreensiva. Na real cada toque acontecia de um jeito tão natural que quando me dei conta já estávamos nus, entre beijos e carícias. Era tão bom, gostoso. Ele beijava meu pescoço, perto dos seios, alisava minha pele e dizia o tempo todo que eu era linda e que amava estar comigo... assim... tão íntimos.
As luzes apagadas e as janelas no quarto aberta permitindo que somente a lua nos iluminasse, abracei seus ombros e cheguei ao ápice dizendo o nome dele. Ele deitou a cabeça no meu peito e continuamos abraçados, com as mãos entrelaçadas.
_ Dá vontade de ficar a noite toda assim. -beijou meu rosto.
_ Eu também ficaria. -disse bocejando, já me ajeitando na cama.
_ Tá pegando gosto em. -brincou.
_ Você tem me ensinado bastante. Tudo na verdade. -ri.
_ Nem tudo minha gatinha. -mordeu meu braço bem de leve.
_ Eu queria tentar uma coisa... nova... -comentei mordendo os lábios, quase sem coragem de continuar. Estava sentindo meu rosto pinicar de vergonha.
_ O que?
_ Não sei como falar, fico sem graça Rique.
_ Ah, não precisa Malu. Somos namorados, pô. Normal.
_ Queria ir por cima. -falei escondendo o rosto no ombro dele.- Já ouvi dizer que é bom.
_ Eu gosto. -me beijou e foi beijando mais, criando todo um clima tudo de novo. Fomos nos sentando na cama, Henrique me colocou sentada de frente pra ele e sem deixar de me beijar me ergueu pela cintura e eu me sentei, encaixando nele por inteiro.- Tá tudo bem?
_ Ahaam... -respondi gemendo, ele não fez nada. Quer dizer, estava me relaxando. Enquanto nós nos beijamos conforme íamos nos movimentando todo o tesão foi voltando e era diferente, era crescente e não demorou para que eu relaxasse, curtissem aquele nosso momento e juntos chegarmos ao orgasmo. Foi tãaaaaao bom, tãaaao intenso.
Tá, um dia irei me acostumar. Mas por enquanto continuo sem saber exatamente o que fazer depois do sexo, sugeri um banho e funcionou. Saímos, nos trocamos e ficamos conversando sobre coisas aleatórias até bater o sono e irmos dormir.
No outro dia não levantamos tarde, acordamos por volta de 07h30 e o sol estava estalando. Fui pro banheiro, fiz o que tinha que fazer e já sai indo na direção da minha mala pra pegar um biquíni. Deixei a saída de praia em cima da cama, pelo menos enquanto eu passava protetor solar e prendia os cabelos. Henrique saiu já de sunga, bermuda e regata com os cabelos molhados. Me deu "bom dia" com um beijo e descemos.
_ Dormiram bem crianças?
_ Bom dia, bom dia. -os cumprimentei antes de responder que havíamos dormido bem.
_ Bom dia mãe, pai. -beijou o rosto da mãe, abraçou o pai e se sentou ao meu lado.- Dormimos muito bem. -beijou meu ombro, sorrindo pra mim que denunciei nossa transa ficando vermelha de vergonha.
_ Tão grandes, né Miguel? Lembro eu com a idade deles. -riu tomando um pouco mais de suco.
_ Melhores fases, só pensar nos vestibulares e no namoro. -deram selinho.
_ Ah, vamos comer né? -Henrique bateu a colher no copo, rindo.- Tão me constrangendo, pô.
_ Aí que sem graça. -falei.
_ Vai falar que gosta de ver seu pai beijando a boca da sua mãe.
_ Ah é estranho, mas eles são casados então...
_ Filhos. -disseram os pais dele.- Comam bem, que teremos um dia e tanto.
E realmente tivemos, incrível eu diria. Tanto ele quanto os outros quatro dias em que finalizamos a viagem e voltamos para São Paulo. O clima já não era o mesmo, fazia frio e ameaçava chover.
Eles foram me deixar em casa, me despedi e entrei.
_ Malu! -Helena veio correndo me abraçar.- Você chegou!
_ Tudo bem nega? Como você tá?
_ Brincando de massinha, fiz um sanduíche.
_ Eu quero depois em.
_ Não pode comer de verdade a mamãe disse, só de mentirinha.
_ Ah, mas eu tô com fome. -brinquei.
_ Tem comida, mamãe fez batata frita com ketchup.
_ Nossa mãe, então é assim? -falei largando a mala atrás do sofá e indo pra cozinha.
_ Oi bonita, lembrou que tem casa? -riu.- Fizeram boa viagem? -perguntou vindo me abraçar, beijou meu rosto e se afastou olhando meu rosto, meu corpo.
_ Oi mãe. Por que a senhora tá me olhando assim?
_ Tá mais bronzeada. -sorriu.- E aí como foi lá?
_ Ma ra vi lho so. Muito! -puxei uma cadeira, sentei e começamos a conversar. Falei por cima como tinha sido a viagem e perguntei como tinham sido as coisas em casa, perguntei como estava o bebê e onde estavam os meus irmãos e meu pai.
_ Arthur foi pro Hopi Hari com a turma dele. Sua irmã saiu com o Leo era cedo, até agora nada. E seu pai, está dormindo.
_ Tá brincando, né? Mãe, são quase 17h da tarde.
_ Ele estava ruim tadinho, o tempo virou e ele ficou resfriado. Tava começando a dar febre, ao já dei o remédio.
_ Tadinho do meu véio, vou subir pra dar um beijo nele.
_ Já aproveita e leva sua mala, e já desfaz viu?
_ Nossa, nem cheguei ainda. Eu em mãe. -ela deu risada.
_ Não me enrola, anda.
Saímos da cozinha, peguei minha mala e subi para o meu quarto. Deixei em frente a porta e fui falar com o meu pai, entrei no quarto dos dois é a TV estava ligada e ele espirrando dentro do banheiro.
_ Pai?
_ Chegou agora? -perguntou voltando pro quarto.
_ Descalço, pai? -cruzei os braços.
_ Fala baixo. -riu.- Como foi lá?
_ Muito bom, passeei viu. Mas quero saber do senhor.
_ Tô aqui com esse nariz que não para de escorrer, recebendo os cuidados para uma criança de 07 anos de idade.
_ Xarope?
_ Antigripais, cházinhos e muito cafuné.
_ E o senhor nem gosta, né?
_ Quase nada. -riu.- Cadê o malacabado?
_ Pai!
_ É brincadeira. Ele se comportou?
_ Sim.
_ E a senhorita? Maria Luísa, eu tô de olho viu? Cê que num estuda não viu?
_ Pai, ainda estou de férias viu.
_ Semana que vem já acaba. Quero só ver.
_ Relaxa, tá? Vai descansar. -beijei a testa dele.- Tô indo desfazer a mala antes que minha mãe suba aqui, aí já viu né?
_ Encrenca na certa (risos).
Voltei para o meu quarto e respirei fundo pra sentir com gosto o cheiro do meu cantinho, que saudades! Antes de abrir a mala me joguei na cama e peguei o celular.
_ Melissa? Onde você tá? -mandei um áudio e vários pontos de interrogação em seguida.- Hein? Mê? Ei...
_ Saindo Mongaguá, por que?
_ Que feios, nem me esperaram pra fazer o bate volta.
_ Então né, pra Recife ninguém me levou.
_ (ri) Fui com a sogra, o sogro... eu já era a mala da viagem.
_ Com toda certeza, porque pensa né... Mas me fala, o que você quer?
_ Contar da viagem, tô cheia de novidades.
_ Já contou pra mãe?
_ Não deu tempo, tô desfazendo a mala.
_ Nossa, quero sentar com a desculpa de ver filme é fofocar a madrugada inteira. Leo não vai pra casa mesmo.
_ Por que? Cansou de dormir aqui?
_ Ele vai levar as meninas no circo, ele e o Chris.
_ Pra esses passeios ninguém me chama, né?
_ Para de chorar, vai. Nós vamos no Stand Up.
_ Que dia?
_ Temos que ver o dia, mas antes das férias acabarem.
_ Semana que vem, triste isso.
_ Maria Luísa? -escutei minha mãe chamar.
_ Mê, até mais tarde. Código dois. -e levantei.
_ Tô vendo você desfazendo as malas.
_ Mãezinha, tava procurando minha irmã.
_ E achou?
_ Claro, ela tava na praia. Mas tá voltando já.
_ Ótimo. Tô no quarto, tá?
_ Tá bom, já está indo deitar?
_ Tomar um banho, tenho que lavar os cabelos.
_ Mãe, por falar em cabelos... não tem como a senhora marcar uma horinha pra mim não?
_ Pra quando?
_ Bem rápido, tô com os fios ressecados.
_ Sol, água salgada...
_ Combinação do horror. -falei fazendo careta.
_ Tá, eu ligo amanhã no salão.
_ Obrigada! -ela piscou e saiu do quarto.
Hora de pôr a mão na massa, desfiz toda a mala deixando separado o que eram roupas sujas, as que foram usadas e as que eu nem mexi. Algumas para o cesto e o restante pra dentro do guarda-roupas. Guardei os sapatos, maquiagem, necessarie e por fim a mala.
Desci pra comer alguma coisa e meu irmão estava entrando, não pensei duas vezes antes de terminar de descer a escada correndo e pular no colo dele.
_ Oi Art.
_ Minha coluna já era. -disse me segurando pela cintura.- Cê tá grandinha, né? -nos abraçamos, beijei o rosto dele todinho e desci.
_ Tava com saudades. -me recompus, virando para cumprimentar minha cunhada.- Oi, Julia.
_ Tudo bem Malu?
_ Tudo ótimo. E vocês?
_ Com fome, mas preciso de um banho.
_ Tava calor lá?
_ Pra caramba. -meu irmão respondeu encostando a porta.- Fiquei sem camisa lá.
_ Porque é um exibido. -Julia comentou.
_ Se você que tá de alcinha ficou com a marca da blusa, imagina eu que lindo ia ficar com a marca da camiseta.
_ Horrível mesmo, pelo amor de deus!
_ A mãe tá aí?
_ Tomando banho?
_ E a Nena?
_ Lá em cima no quarto da mãe.
_ Melissa?
_ Ainda não chegou. -respondi indo pra cozinha.
_ Ô, vamos pedir esfiha?
_ Eu topo.
_ Vai ligando, tô subindo pra tomar banho. -disse dando a mão pra Julia e indo pra escada. Antes de eu ligar, fiz um misto quente pra dar aquela forrada no estômago e depois que eu achei o cartão da minha mãe, eu liguei e aproveitei pra pedir algumas a mais porque sabia que minha irmã estava voltando pra casa.
Narrado por Melissa
Na segunda-feira nós acordamos cedo, cedo mesmo, deveriam ser no máximo, estourando umas 08h30 da manhã. Leo tinha falado com a corretora de imóveis que íamos querer olhar as casas que estavam a venda e queria o primeiro horário. Às 09h.
Visitamos cinco casas e olhamos tudo, desde a entrada até o quintal dos fundos. Uma mais linda que a outra e todas elas grandes, não tinham menos de cinco quartos e eu batendo o pé com o Leo que não precisávamos de tudo isso. Na sexta casa eu bati o olho e gostei de cara, olhamos tudo e o quarto principal me deixou babando. Muito espaçoso, com um closet de encher os olhos.
_ Eu amei essa casa. -falei me pendurando no ombro dele.- E você loirão?
_ Também. -falou.
_ Podemos fechar então?
_ Vamos ver, né? -ele falou sorrindo enquanto íamos saindo e logo entrando no carro, ele deu uma buzinada e saiu.
_ Você não gostou?
_ Gostei loira, gostei sim.
_ Então por que não fechamos?
_ Tô vendo umas coisas antes.
_ Ah é? E vai fazer suspense?
_ Sempre que der. -riu beijando minha boca.- Bora almoçar?
_ Na minha casa ou na sua?
_ No quintal do espeto.
_ Essa hora?
_ Ué, deu fome. -riu.- Mas se não quiser...
_ Eu quero, quero muito. -falei rindo.- Por que não chama sua mãe?
_ Liga aí pra ela. -dizia manobrando o carro. Desbloqueei o celular, procurar o telefone dela e disquei.
_ Oi Mel. -atendeu.
_ Sogra, tá pronta?
_ Pronta pro que? O que vocês estão aprontando?
_ Vamos almoçar fora, topa?
_ Topo sim, vou trocar a Cecília e esperamos vocês.
_ Até daqui a pouco então. Beijos.
_ Beijos, até já. -encerramos a ligação e seguimos para a casa dele que não era longe dali, chegamos em poucos minutos.
_ Oi sogra, tudo bem? -desci do carro e lhe cumprimentei.
_ Tudo bem, Mê?
_ Ótima, ótima, ótima. -respondi me inclinando pra pegar a Ceci no colo e dar um abraço daqueles.- Tudo bem Ceci?
_ Sim. -respondeu rindo.- Você tá me fazendo cócegas.
_ Desculpa. -ri também, deixando-a descer.- Vamos?
_ Vamos.
Entramos no carro e fomos todos para o Quintal do Espeto, lá era gostoso e eu já havia ido outra vez com um pessoal da minha faculdade. Almoçamos por lá, conversamos bastante também e depois ele me deixou em casa. Liguei pra minha mãe.
_ Mãe?
_ Oi Mê. Tá tudo bem?
_ Sim, mas tô ansiosa. A senhora está bem?
_ (risos) Ansiosa com o que Melissa? -perguntou.
_ Eu não tinha contado nada pra senhora, mas ontem o Leo comentou sobre umas casas que estavam a venda e hoje nós fomos olhar algumas.
_ Mentira! Sério?
_ Sério, mas ainda fiquei na dúvida. Eu não queria casa, porque acho as casas desse condomínio muito exageradas de tão grandes. E preferia um apartamento. Mas ele quer casa.
_ Ah, vocês precisam entrar num consenso né Mê.
_ Eu sei, até vimos uma casa que eu fiquei apaixonada. Poucos quartos, a sala era grande até, um closet maravilhoso no quarto principal. -contei toda empolgada.- Aí mãe, quero casar logo!
_ Já pensou em quando?
_ Hmmm não temos data ainda, porque quero terminar a faculdade primeiro... mas queria que passasse logo.
_ Tá com pressa por quê? Tá grávida, Melissa?
_ Não! Não é isso. É que eu amo o Leo, minhas férias estão acabando e sei que iremos passar pouco tempo juntos nesse semestre.
_ Jovens. -riu.- Eu e seu pai não nos víamos sempre também.
_ Ah, mas a senhora viaja bastante com ele.
_ Sim, sim. E era tão gostoso, nossa. Às vezes era tudo decidido de última hora. Ou eu ia pro show e nem dormíamos juntos, eu já voltava.
_ Doida, doida.
_ Apaixonada, é diferente. -ri.- Mas já que você está tãaaaao ansiosa assim, poderia começar procurando um cerimonialista.
_ Cerimonialista? Não tá cedo?
_ Ah, não. Ele ou ela vai te direcionar em tudo e pensa que por estar longe, você vai ter muito mais tempo e muitas outras opções de tudo. Salões, buffets, decorações, vestidos, penteados. E cá entre nós que três anos voam.
_ É, né mãe. Verdade. E onde que eu acho um cerimonialista decente?
_ Vou procurar e te mando os contatos que eu tenho, pode ser?
_ Quando isso?
_ Assim que chegar em casa, agora eu preciso desligar tá?
_ Tá bom, beijos mãe.
_ Beijos, se cuida. -desligamos e eu subi, estava sozinha em casa e ainda com sono. Deitei e dormi.
...
_ Hmmm... -tentava me afastar, dando tchau e ele me beijando, rindo.- Leo!
_ Chata. -mordeu minha bochecha.
_ Quero um banho, sabia? -falei soltando meu cinto e virando pra pegar minhas coisas no banco de trás.- Não vai entrar pra ver a Malu?
_ Tenho que tomar banho também, será que sua irmã tá pronta?
_ Acho muito difícil.
_ Então vou em casa e passo aqui depois.
_ Tá bom, loirão. -falei abrindo a porta.
_ Tem certeza que você não quer ir com a gente?
_ Sim, vou ficar em casa fofocando.
_ Nossa, duas boca aberta. -fiz careta e desci do carro, ele foi embora e eu entrei.
_ Oi, oi, oi boa noite. -falei encostando a porta e já agachando pra fazer carinho no Thor que estava pulando e abanando o rabo.
_ Meu deus, pensei que não ia chegar mais! -Malu disse toda exagerada, vindo me abraçar.- Tava com saudades.
_ Eu vi, quase 30 pontos de interrogação. -ela deu risada.- Nossa, esfiha?
_ Eu quem deu a ideia. -Arthur levou e antes de ir pra cozinha abraçou minha cintura e beijou meu rosto.- Tranquila?
_ Até demais. -ri.- Tudo bem Julia? -cumprimentei minha cunhada e sentei pra comer.
_ Melissa!
_ Oi!
_ O Leo nem me esperou? Eu tô pronta já. -olhei para a escada e ela descia toda toda. De calça jeans, bota cano longo e jaqueta de couro.
_ De batom ainda?
_ A mamãe deixou Art.
_ Eu não, pode tirando. -falou "sério" e ela olhou pra trás como quem pedia socorro.
_ Arthur, deixa a menina. -minha mãe disse descendo com a mochila na mão.- Oi Melissa, oi Julia.
_ Oi. -respondemos.
_ O Leo já foi?
_ Culpa minha mãe, falei que a Nena não estava pronta ainda. Aí ele foi em casa e passa aqui antes de irem.
_ Tá bom, eu vou subindo tá? Boa noite pra vocês e Helena, se comporta hein.
_ Tá bom mamãe, boa noite. -e sentou no sofá de pernas cruzadas para esperar.
_ Então quer dizer que você vai sair é?
_ Vou no circo com as minhas amigas e o Leo.
_ Acha isso bonito?
_ Sim. -deu de ombros.
_ Quer esfiha?
_ Só uma né? -e pegou, comendo bem lenta pra não sujar a roupa.
_ Melissa, fui no Hopi hoje.
_ Ah é mesmo, a mãe comentou. E aí, como foi?
_ Muito bom, nem choveu e ainda esquentou. -contava.- Deu pra ir em todos os brinquedos e ainda repetimos na montanha russa de madeira.
_ Melhor montanha russa da vida!
_ Julia tem medo. -riu.- Grudou as unhas na minha perna e não abria o olho por nada.
_ Aí que isso Ju, foi em piores lá em Orlando.
_ Tava sentindo minhas pernas ficarem moles antes da primeira queda.
_ Quase desmaiando, vai ver era pressão.
_ Também achei, fomos comer depois disso e eu fiquei melhor pra ir na montanha russa do escuro. -comemos e eles contando sobre o parque. Leo buzinou avisando que tinha chego, levantei pra levar minha irmã na porta e ele me chamou de porquinha só porque eu ainda não tinha tomado banho.
_ Tava comendo, ué.
_ Gorda. -me deu um beijo.- Tranquilo Nena?
_ Oi Leo. -deu um beijo no rosto dele e voltou pro lugar.
_ Bom passeio pra vocês, e boa madrugada Leo. -imitei minha irmã.
_ Vou bem dormir, tô nem vendo.
_ Ah sem graça, tem que assistir tudo.
_ Nós vamos, né meninas?
_ Sim! -responderam juntas.
_ Ótimo, vão com Deus. Até amanhã. -dei tchau e entrei.- Cadê os dois?
_ Fizeram igual cachorro magro, comeram e subiram. -Malu disse recolhendo os copos.
_ Vai subir? Preciso tomar banho e te contar umas coisas.
_ Eu também preciso te contar umas coisas.
_ Leva as esfihas, vou pegar copo limpo.
Maria Luísa e eu fechamos a casa, apagamos as luzes e subimos para o meu quarto. Tranquei a porta do quarto, mas deixei a do banheiro aberta pra dar tempo de pôr o papo em dia, começando pela viagem dela. Ela contou de tudo, tudo mesmo, inclusive das intimidades dela com o boy. E eu como uma boa irmã, escutei tudo.
_ Mas vocês dormiram juntos todos esses dias?
_ Dormimos, lá era uma pousada. Os pais dele ficaram em um quarto e nós ficamos no quarto da frente.
_ Meu pai infarta se descobre uma coisa dessas.
_ Ah, a mãe sabia. E de verdade, não rolou nada tão assim. Eu chegava cheia de sono, comia e dormia.
_ Você é bem sossegadinha né? Porque eu quando tive a primeira vez com o Leo, queria direto e sempre querendo uma coisa nova.
_ Eu ainda tenho muita vergonha, muita.
_ Vergonha de quem?
_ Sei lá, de fazer errado. Ele é mais velho e já não era virgem.
_ Mas com aquela carinha de nerd também não era um fodão. Convenhamos.
_ Eu sei. Ele é muito meu neném, Mê.
_ Ah, Malu tá apaixonada gente.
_ Sempre fui, quer dizer... ele é apaixonante Mê e mais velho. -falava deitando na cama, sorrindo.
_ Sempre achei ele uma gracinha, desde quando ele começou vir aqui em casa. Mas muito novinho, pelo amor.
_ Ah, mas por que não? Eu sou mais nova que ele alguns anos.
_ Sei lá, é muito mais comum a mulher ser mais nova que o homem. A mãe é a assim, a vó Ana, a vó Mari, você e eu. -dei de ombros.
_ Meio que uma regra (risos). Mas me conta. -virou ficando de lado, me olhando.- Como foi o casamento da Nay com o Cacá? Eu vi as fotos, deu até vontade de casar, tudo muito lindo.
_ Foi simplesmente maravilhoso, você não tem ideia. Além de ela estar linda, saiu tudo ainda melhor do que ela tinha cotado, imaginado. As fotos então... sem palavras.
_ Você chorou?
_ Até o noivo. -ri.- Leo se segurou, mas naquelas né. Tava todo "meu melhor amigo está casando".
_ É, agora vocês já podem ir pensando também né? Demorou demais já. -aproveitei que ela tinha tocado no assunto e contei tudo de novidade, desde nossa conversa, até a visita as casas e o papo de procurar um cerimonialista.- Sou bem a favor.
_ Quem não, né?
_ Já tem ideia de qual igreja você quer casar?
_ Queria casar em uma chácara bem grandona. Andei pesquisando fotos e achei tão lindo, mas aí teria que ser em uma época que não fosse frio e nem de chuva.
_ Já começa a procurar uma. Ou quer ir pra Londrina?
_ Nossa família toda mora aqui em São Paulo ou no caso do vô nos States, acho que vai dar muito trabalho deslocar todo mundo daqui pra lá... contando com maquiadores, cabeleireiros e etcetera.
_ Então faz aqui. Essa casa é imensa mesmo, é bem localizada e todo mundo já conhece.
_ Não tinha pensado nisso, de verdade.
_ Eu sou a mente pensante dessa casa, eu e meu pai. -falou pegando mais uma esfiha e enfiando na boca, a acompanhei e passamos horas é mais horas conversando, decidimos ver um filme já era tarde. Tanto que não assistimos nem metade e capotamos.
Narrado por Luan
(...)
_ Tá tudo bem? -perguntei sentando na cama e passando a mão nas costas dela, massageando.- Nanda?
_ Eu tô com dor. -foi o que ela respondeu.- Me ajuda ir no banheiro.
_ Dor onde?
_ Em toda a região do abdômen. -sussurrou é aquilo foi me preocupando ainda mais. Levantei com calma, mas também com uma certa pressa e fui com ela ao banheiro e outro susto, ela estava sangrando, um pouco mais estava.
_ A gente precisa ir no médico, né?
_ Eu tô com medo. -me abraçou forte e senti suas lágrimas molharem meu peito, continuei acariciando seus cabelos e beijando sua testa.
_ Eu tô aqui, vai ficar tudo bem. -nos beijamos e eu deixei ela na cama, indo trocar de roupa.
Era madrugada de domingo. Coloquei um jeans, moleton e tênis. Fernanda só pediu uma blusa de frio e depois de pegar os documentos dela e os meus descemos, entramos no carro e fomos.
Chegando no hospital e o clima não era dos melhores, assim como a cara do médico e da enfermeira. Examinaram, examinaram e examinaram e quando vieram dar notícias o doutor foi claro.
_ Você é o marido da paciente, tudo bom? -estendeu a mão agora sem luvas.
_ Como ela está?
_ Você precisa ser forte, tá? Ela vai precisar muito de você. Sua esposa sofreu um aborto espontâneo, o sangramento foi um aviso de que ela estava perdendo o bebê. Eu sinto muito.
Eu não sabia muito bem o que pensar, mas me senti muito triste, sem chão também. Estávamos esperando nosso bebê com todo o amor de mundo. Abaixei a cabeça e chorei sozinho, em silêncio até dar uma aliviada.
_ Licença, o senhor é o acompanhante? -assenti.- A paciente está acordada, pode entrar se quiser.
_ Valeu. -limpei as lágrimas mais insistentes e entrei no quarto.
_ Ei, não fica assim. -falou abrindo os braços e me abraçando de maneira acolhedora e reconfortante.- Também fiquei triste. -dizia respirando fundo.- Mas se aconteceu, foi porque tinha que acontecer. -beijou meu rosto.- Deus sabe de todas as coisas, e mesmo triste, sei que ele fez o melhor e na hora certa.
_ Você parece tão calma.
_ Não sei se é calma ou falta de reação. -suspirou.- Mas a única coisa que eu tenho pensado desde que o médico me deu a notícia foi que temos quatro filhos lindos e saudáveis, não estamos sozinhos.
_ Eu te amo, tá?
_ Eu o amo muito também. -ela voltou a me abraçar, nos beijamos e ela deitou ficando quietinha e dormindo em seguida.
Usei o banheiro, e aproveitei que ela dormia para ligar em casa e avisar os meninos. Liguei pra Melissa, que atendeu toda sonolenta e confusa.
_ Pai?
_ Filha, bom dia.
_ Ligou errado? -perguntou com a voz rouca.- Onde o senhor tá?
_ Sua mãe não estava se sentindo bem, vim com ela pro hospital.
_ E como ela tá? E o bebê?
_ Sua mãe está bem, mas perdeu o bebê.
_ Mentira, pai!
_ Também queria que fosse. -suspirei.
_ E como ela tá? Como o senhor ficou?
_ Ela tá bem, está dormindo agora. Eu tô muito triste, não vou mentir, mas não podemos fazer nada.
_ O senhor nem dormiu, né?
_ Não, mas perdi o sono também. Eu tô ligando porque saímos sem avisar nenhum de vocês, dá uma olhada na Nena tá?
_ Tá bom, pai. Pode deixar, se cuidem.
_ Beijos, tchau. -desligamos e eu voltei para dentro do quarto. Fernanda estava de olhos abertos, mas quieta.- Tá sentindo alguma coisa? -ela negou.- Tá tudo bem?
_ Vai ficar, não é?
_ Vai sim. -puxei a poltrona para mais perto da cama e me sentei.- O médico falou mais alguma coisa?
_ Disse que existem uns procedimentos a serem feitos, levem em torno de dois ou três dias.
_ Ah sim.
_ Tá com sono, né?
_ Um pouco. -respondi encostando a cabeça no travesseiro dela e fechando os olhos enquanto recebia o carinho de seus dedos no meu rosto.
_ Amor?
_ Hmmm...
_ Você ligou em casa?
_ Sim, falei com a Mê.
_ E ela?
_ Tá preocupada com você, pediu pra gente se cuidar.
_ Isso sempre. -sorriu.- Deita aqui comigo.
_ Não posso não muié.
_ Mas eu que tô pedindo. -fez bico.
_ Nada disso, tô aqui do seu lado.
Falamos mais um pouco e ela voltou a dormir, acabei cochilando ali com ela e acordamos os dois com o meu celular tocando. Era meu pai, falei o que tinha acontecido e ele disse que sentia muito e que poderíamos contar com ele com o que precisasse. Ocorreu a troca de plantão e então Fernanda foi atendida por outro médico e lá fomos nós para mais uma bateria de exames.
Narrado por Melissa
Quando meu pai e eu finalizamos a ligação eu fiquei muito chateada e preocupada com a minha mãe. Sei bem como dói perder um bebê ainda sem nem mesmo saber o sexo, mas sabendo que ele crescia ali dentro de você. Meus pais estavam muito felizes com a chegada de mais um filho, mais um bebê pra bagunçar pela casa.
Ainda estava cedo, fiz uma oração pedindo que tudo ficasse bem e voltei a dormir. Acordei um bom tempo depois, minha irmã já estava na minha cama e mexendo no meu cabelo.
_ Mê, eu não achei a mamãe.
_ Nena, a mamãe está no hospital.
_ O que ela tem?
_ Ela perdeu o bebê.
_ Perdeu! Minha nossa senhora e agora Mê?
_ Agora ela vai ficar lá uns dias, e quem vai cuidar de você sou eu.
_ Cê que vai me dar banho?
_ Sim.
_ E brincar comigo e arrumar meu cabelo e...
_ Sim, Helena. Sim. -respondi descobrindo meu rosto.- Já quer levantar?
_ Tô com fome.
_ Mas tá cedo, não quer dormir mais não?
_ Não. -e continuou me olhando, tive que levantar. Mas não troquei de roupa, só lavei o rosto, fiz xixi e descemos.
_ Bom dia, Maria. -lhe cumprimentei.- Pensei que estivesse de folga, mulher.
_ Voltei de viagem tem uns dias. -sorriu.- Querem tomar café? Tô acabando de esquentar o leite.
_ Queremos sim, deu até fome agora.
_ Sem vergonha. Como estão as férias?
_ Tiveram seus dias bons, hoje nem tanto.
_ Por que?
_ Meu pai me ligou essa manhã, minha mãe perdeu o bebê Maria.
_ Ô judiação, não acredito.
_ Não acredita no que dona Maria? -Arthur chegou dando um beijo no rosto dela.- Bom dia, bom dia.
_ Bom dia. -respondi.- A mãe foi pro hospital essa madrugada Arthur, e ela perdeu o bebê.
_ Perdeu o bebê?
_ Sim, não sei bem como foi. Mas aconteceu...
_ Não acredito, mano. Nossa... e ela tá no hospital ainda?
_ Tá, o pai ligou, mas não disse nada além disso.
_ Como ela está?
_ Ah, bem. Triste, né?
_ Pra caramba. -disse se sentando.- Malu já sabe?
_ Acho que não, ele ligou estava todo mundo dormindo.
_ Ah tá... você vai passar lá?
_ Ele me pediu pra ficar de olho na Helena.
_ A gente revesa, ué. A irmã também é minha.
_ Vou ligar pro Leo então e ver se consigo ir agora de manhã.
_ Fechou. -tomamos café sem a preguiçosa da Maria Luísa que ainda estava dormindo, depois subi com a Helena e coloquei ela no chuveiro enquanto ligava pro Leo.
_ Oi, te acordei?
_ Sky me acordou. -bocejou.- Esqueci a porta aberta e essa dinossaura entrou latindo e pulando em cima de mim.
_ (risos) Coitado, gente. Ela não fica presa?
_ Não, disse minha mãe que ela é domesticada.
_ Vai saber né, bom dia.
_ Bom dia, loirinha. Não tá bem, né?
_ Não, minha mãe passou mal essa madrugada e quando meu pai chegou com ela no hospital... ela tinha perdido o bebê.
_ Caramba hein, não acredito.
_ Fiquei triste por eles, lembrei da gente sabia?
_ Ô loira...
_ Senti vontade de chorar também. -falei olhando pela janela.- Quero ver minha mãe Leo.
_ Vou tomar um banho e tô indo pra aí, tá?
_ Tá bom, estou terminando de dar banho na minha irmã.
_ Helena?
_ Sim.
_ Tá bom. Te amo, tá?
_ Eu também te amo, muito. Tchau.
_ Tchau. -e desligou.
_ Nena?
_ Me ajuda lavar o cabelo.
Ajudei e acabei entrando no banho junto com ela. Terminamos, saímos e nos secamos. Peguei primeiro sua roupa, ajudei a bonita se vestir, secar os cabelos e deixei ela descer. Entrei no meu quarto, procurei um jeans e um moleton por estar frio, calcei um tênis e desci.
_ Mê, onde a gente vai. -Helena perguntou levantando do sofá.
_ Eu vou visitar a mamãe, você vai ficar com o Art tá bom?
_ Tá bom, manda um beijão bem grande pra ela.
_ Tá bom, beijo. -peguei minha chave e sai, Leo estava estacionando o carro.- Oi loirão.
_ Bom dia loira. -dei um selinho nele e a volta no carro para me sentar no banco do carona.- E aí?
_ Bom dia. -coloquei a mão por trás de seu pescoço puxando-o para um beijo decente e com mais língua.
_ Tá melhor?
_ Não chorei. -dei de ombros.- Acho que isso é bom.
_ Vai ficar tudo bem. -dizia colocando a mão por cima da minha e fazendo carinho.
_ Eu sei, nós ficamos bem. -ele sorriu sem mostrar os dentes e saiu com o carro.
Chegamos lá e ainda não era horário de visita, liguei para o meu pai e ele desceu para nos encontrarmos na recepção. Levei ele pra tomar um café, conversamos um pouco e só depois que minha terminou a bateria de exames que nós pudemos entrar. Primeiro eu, depois o Leo.
Nos abraçamos, eu chorei mais que ela. Conversamos também e ela me disse que estava chateada, mas não iria culpar nem Deus nem ninguém, aconteceu porque tinha que acontecer.
_ A senhora vai ficar aqui até que dia?
_ Amanhã ou depois.
_ Então mais tarde eu volto pra dormir com a senhora, meu pai precisa descansar.
_ Sim, mãe. -riu.- E seus irmãos?
_ Preocupados com a senhora.
_ Eu tô bem, parem com isso. -sorriu.
_ Tudo bem, então dona Fernanda. Pai?
_ Pois não.
_ Eu volto mais tarde pra dormir com a minha mãe e o senhor vai pra casa descansar.
_ De jeito nenhum.
_ Não estou pedindo, pai.
_ Tá vendo né sogrão, sua filha é um sargento.
_ Ha ha que engraçado. Ele precisa dormir, precisa tomar banho, precisa comer. Estava doente até outro dia, não pode abusar.
_ Ok, entendi filha. -me abraçou de lado.- A noite a gente troca, mas amanhã eu venho cedo.
Pisquei pra minha mãe que deu risada, me despedi e nós fomos embora. Passei o dia com a minha irmã e o meu noivo, quer dizer, ele mais dormiu do que nos fez companhia.
Quando foi de noite, tomei outro banho e coloquei uma roupa bem quentinha e ainda peguei uma manta. Ajeitei a bolsa colocando meus documentos, chave de casa, carregador e fone de ouvido.
Leo se ofereceu pra ir me levar, ainda ficou uns minutos comigo e voltou com o meu pai. E aí ficamos eu e ela a noite toda, ela jantou, conversamos, ela dormiu e eu como estava sem sono fiquei no celular.
~.~
Ufa, cheguei!
Como estamos? Querem falar sobre o capítulo? Super deixo, até porque aconteceram algumas coisas né? Boas e ruins. E o próximo está melhor ainda, corre. <3
Continua logo por favor.
ResponderExcluirContinuei, corre pra ler.
ExcluirAAAA não acredito que a Nanda perdeu o bebê 😔😔 mais ainda bem que ela não se abalou muito e não está culpando Deus e tudo mundo 😊
ResponderExcluirMalu deveria se soltar mais na hora do sexo 🙈🙈 Henrique tinha que ensinar incentiva coisas novas porq ela tem vergonha então ele tem que ser o sem vergonha da relação kkkkkk (claro no bom sentido) só na hora do rala e rola 😂😂😂
Leo tem que comprar a casa que a mel gostou 🙏🙏 QUERO o casamento, ela grávida logo 😂😂😂 😁😁 (sou muito apressada) 🙈🙈 continua amore
Foi uma pena, mas ela se mostrou nao so forte como madura também. E teve o apoio de todos juntos dela.
ExcluirMalu e muito envergonhada, meu pai! Mas isso agora, ne, Henrique vai ajudar ela ser mais sem vergonha sim haha.
Casal Menardo dando os primeiros passinhos rumo ao altar e rumo a vida nova, aí quero muito!
Continuei, corre.
Volta logo amore 🙏🙏🙏
ResponderExcluirVoltei meu amor! Bora.
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