Narrado por Arthur
Não adiantou de muita coisa minha madrinha conversar com a minha mãe não, ela estava tão chateada ao ponto de me tratar com seriedade o tempo inteiro. E isso estava me chateando também, nunca soube lidar com esse lado da dona Fernanda, que sempre me mimou muito por eu ser o único filho homem. Mas também não posso dizer que o clima em casa estava ruim, porque tudo seguia normal. Malu estudando, meu pai viajando e Melissa falando pelos cotovelos sobre toda e qualquer novidade do casamento.
Passados alguns dias chegou o aniversário do vô Amarildo e como ele vinha pensando em fazer alguma coisa somente para a família, escolheu um almoço. Então neste dia minhas irmãs não foram para a escola, minha mãe e Melissa não foram para a empresa e eu achava que não iria para a faculdade, dependendo do horário que voltasse.
_ Tá pronto Art? A mãe está ligando o carro já.
_ Calma aí, tô tentando falar com a Ju.
_ Ela não vai?
_ Disse que está com vergonha, porque está todo mundo lá e todo mundo sabe que ela engravidou.
_ Ué. E ela queria esconder de quem? -Malu perguntou rindo.- Manda ela deixar de coisa, a barriga dela vai crescer um dia e todo mundo nesse país vai saber que ela está grávida, não se preocupe.
_ Exagerada.
_ Realista. Vamos vai, ela já está buzinando. -falou me puxando pelo braço escada a baixo. Entramos no carro e seguimos para a casa dos meus avós.
_ Melissa não vem?
_ Ficou esperando o Leonardo e a Ceci.
_ Henrique não vai?
_ Não compensava ele vir pra cá sendo que mora mais perto. Ele vai direto, se bobear chega primeiro que a gente.
_ Não é não, a gente que vai chegar primeiro. Não é mamãe?
_ É meu amor, já estamos chegando. -falou.- Chegando pra dar um abraço bem forte no papai.
_ Meu pai chegou e nem foi lá em casa?
_ Pra você ver, estava louco pra aproveitar a farra. -comentou antes de voltar sua atenção ao trânsito.- Sua namorada não vai? -perguntou me olhando pelo espelho.
_ Acho que não, ela disse que estava sem graça de ir porque todo mundo sabe né.
_ Besteira. Já engravidou mesmo, todo mundo sabe como funciona.
_ Sei lá o que passa na cabeça dela.
Não estendemos mais o assunto, fomos o restante do caminho ouvindo música, mexendo no celular. Quando chegamos minha mãe já foi manobrando e nós soltamos os cintos. Assim que ela desligou o motor nós saímos do carro.
Narrado por Maria Luísa
A casa da minha vó estava era cheia. Meu vô falou que seria uma coisinha mais família e quando entramos a impressão que tive era a de que ele tinha convidado o condomínio inteiro. Minha vó quem organizou tudo e colocou uma mesa enorme do lado de fora, na parte coberta. Me lembrou muito ceia de natal, mas sem aquela diversidade toda de comida.
Era churrasco, ele adorava. Em uma mesa estavam apenas talheres e louças e na outra estavam as saladas, farofas e algumas bebidas.
_ Malu, vem cá me dar um abraço. -minha avó me chamou acenando de onde estava, caminhei até ela e dei aquele abraço apertado, gostoso.
_ Tudo bem com a senhora vó?
_ Tudo, graças a Deus. Que bom que vieram. Cadê sua mãe? Seus irmãos?
_ Minha mãe deve estar falando com a tia Bruna, elas estavam na sala quando eu vim pra cá. Meus irmãos eu não sei, devem estar pelo cozinha.
_ Já devem estar com fome, né? Cê viu seu vô?
_ Ainda não, quero dar um abraço nele.
_ Esse Amarildo some minha filha, some. -deu risada.- Eu vou indo lá dentro terminar de ver os doces, fica a vontade viu.
_ Ô vó, eu já sou de casa.
_ Eu sei minha linda é o costume. -falou sorrindo e saiu. Sentei em uma outra mesa vazia e meu cunhado apareceu já com uma latinha na mão.
_ Mas já?
_ Festa é festa. -riu.- Cadê o grude?
_ Quem é grude? O Rique?
_ E quem mais seria? -levantou a sobrancelha.- Brincadeira, ele é legal vai.
_ Eu sei, ele é um lindo.
_ Não mais que eu. Ele nem tem os cabelos loiros.
_ Menos Leo, bem menos que sua noiva já baba demais em você.
_ Você me amava mais sabia? Agora que começou a namorar largou eu de mão, seu cunhado mais daora.
_ Você é meu único cunhado, ô coisa loira e chata. -levantei segurando seu rosto dos dois lados e aproximando o meu dando uma mordida em seu nariz.
_ Filha da mãe, tem o que fazer não?
_ Hmmm não. Tô com fome hein.
_ Tá esperando o quê pra comer?
_ O Rique. Ele disse que está chegando.
_ Não vai me acompanhar então?
_ Leonardo do céu, cadê a Melissa? -ele começou a rir e disse que ela estava falando de maquiagem e cabelo com a minha tia.- Te faço companhia, pode ser? -ele assentiu e ainda me pediu pra eu colocar sua comida.
Foi o tempo de eu o servir, voltar para a mesa com o prato e o Rique mandou mensagem que tinha chegado. Voltei para dentro de casa, abri a porta para que ele entrasse e o recebi com um beijo nada tímido e um tanto com saudades deixando ele um pouco sem graça. Olhei pra trás e entendi, meu pai estava parado, de braços cruzados e sobrancelha levantada nos encarando.
_ Paizinho! -falei disfarçando e indo dar um abraço nele.- Estava sumido hein.
_ Tô de olho em você Maria Luísa. E aí Henrique, de boa cara? -o cumprimentou.
_ Sempre sogro, tô tranquilo sempre.
_ Eu que não posso descuidar, não é mesmo? -engoli seco, mas Henrique riu quebrando o gelo.- Vão ficar aí na porta?
_ Não paizinho, estamos indo lá pra fora. -falei pegando na mão do Rique e indo direto para a mesa onde o Leo estava sentando almoçando.- Chegamos.
_ Demorou muito hein.
_ Não começa não Luan dois.
_ Falei pro sogrão que ia ficar de olho em vocês sempre que precisasse.
_ Alguém tinha era que ficar de olho no meu irmão, isso sim. -disse séria, me sentando.
_ Você é ciumenta demais, meu Deus.
_ O irmão é de quem? -falei erguendo as sobrancelhas já cruzando os braços.
_ Seu, seu irmão. Mas o cara é meu amigo, meu melhor amigo.
_ Então você como amigo deveria ter aconselhado, agora ele vai ser pai. Pai.
_ E está feliz com isso, para de ser assim gatinha. Não pilha o cara.
_ Mas eu não falei nada, nadinha mesmo.
_ Nem precisa, só de olhar a gente já percebe. -falou dando risada, fiquei bicuda e ele me deu um beijo.- Ele vai continuar sendo seu irmão, deixa de manha. -disse me abraçando e ficamos ali conversando, Leo também estava pro meio, mas logo foi fazer outra coisa nos deixando a sós.
_ E aí, já sabe onde vai passar o natal e ano novo?
_ Em Londrina, sempre vamos pra lá. Natal passado foi uma exceção, minha mãe quis muito comemorar aqui em São Paulo. Mas este que eu era bebê nós passamos no Paraná.
_ Entendi.
_ Por quê?
_ Meus pais e eu vamos passar a virada em Natal. Quer ir?
_ Sim, quando vocês voltam?
_ Uma semana e meia depois.
_ Tá, mas aí você vai viajar com a gente nas férias?
_ Se seus pais acharem de boa... -deu de ombros.- Qual o destino da vez?
_ Meu pai deu a ideia de irmos para Nova Iorque visitar os meus avós e ficar uns 15 dias depois voltamos para o Brasil. Ele quer ir pro Pantanal.
_ Ele curte muito pescar, não é?
_ Demais, muito mesmo. Ele e meu avô. Até minha tia Bruna. Art vai às vezes, Melissa não consegue calar a boca um segundo... e eu não sei mesmo. Fico sempre com a minha mãe, minha vó e as primas sul-matogrossense.
_ Eu não entendo muito de pescaria, sei que tem o esquema de fazer silêncio, preparar as iscas e esperar.
_ Meu pai já me explicou, só que ele é todo diferente. Usa goiaba e salsicha como iscas. E eles realmente fazem silêncio, mas é uma paz... bem contato com a natureza mesmo. Eles costumam passar o dia e o pôr do sol de dentro do barco e é lindo.
_ Isso porque não curte. -beijou meu rosto.- Tô com fome.
_ Vamos comer então, vem. -levantei e sai puxando-o pela mão e indo em direção à mesa onde estavam os acompanhamentos e saladas, cumprimentando quem encontrávamos pelo caminho. Nós nos servimos, pegamos nosso suco e fomos para a nossa mesa outra vez.
Narrado por Luan
Paizão comemorando mais um ano de vida e nós estávamos aproveitando junto com ele a festança toda. Passamos o dia nos meus pais e fomos os últimos a irmos embora depois que anoiteceu. Helena já dormia no colo do irmão, Melissa já tinha ido na frente com o noivo e Malu estava emburrada porque quis ir pra casa do namorado e eu não autorizei.
Estava mais que tranquilo, Fernanda só me olhou de canto de olho, mas não tirou minha autoridade. Nos despedimos e fomos pro carro. Fernanda estava bem melhor que eu e foi dirigindo.
_ Vai ficar de cara comigo é Maria Luísa?
_ Não pai, tô normal. -falou mexendo no celular sem me olhar nos olhos.
_ Não tá parecendo nada normal não. Mas você sabe que não precisa disso.
_ Tá bom pai, o senhor já falou e eu já escutei.
_ Maria Luísa amanhã você tem aula.
_ Você acha que eu ia chegar lá e fazer o que? Hein? Eu sei dos meus compromissos, minhas responsabilidades. Mas fica sossegado, irei dormir em casa.
_ Você tá muito bocuda.
_ Só não acho certo, não tem nada a ver.
_ Não discute comigo.
_ Tá bom. -e ela não falou mais nada até chegarmos em casa, nem boa noite me deu e foi para o quarto dela. Arthur subiu com a Nena, Fernanda e eu também. Entramos no quarto, Fernanda foi tomar banho e trancou a porta para que eu não a seguisse. Quando saiu já estava de pijama e coque feito.
_ Tudo bem?
_ Sim e com você? -riu.
_ Tô bem, tô bem muié. Com preguiça de tomar banho.
_ Mas vai, porque minha cama está limpinha, eu estou cheirosa e de dentes escovados.
_ Separa minha roupa?
_ Você dorme de cueca amor.
_ Eu sei, mas deixo você escolher.
Ela negou com a cabeça, riu e foi estender a toalha. E eu fui para o meu banho. Demorei mais do que o esperado, mas quando sai estava zero.
Fernanda já dormia, mas minha cueca estava em cima da cama. Terminei de me secar, tranquei a porta, baixei ainda mais a temperatura do ar condicionado e deitei sem cueca mesmo. Estava com saudades da minha mulher, do seu corpo.
_ Vida? -chamei aos sussurros.
_ Hmmm... o que foi?
_ Vamo namorar um pouquinho, vamos?
_ Tô cansada amor. Vamos dormir?
_ Mas eu já estou pronto. -falei roçando meu pau na coxa dela que se arrepiou inteira, mas continuou de olhos fechados.- Hein amor. -dei uma juntada pela cintura e desci a mão para dentro do seu shorts encontrando o mel que tanto amo. Fernanda grunhiu e involuntariamente abriu as pernas, enfiei um dedo e ela soltou um gemido. Sorri em resposta e beijei seu pescoço, o ponto fraco.
_ Luan...
_ Tira essa coberta, vem namorar vem.
_ Eu tô cansada, vai me deixar deitadinha só? Papai e mamãe? -riu.
_ O que você quiser.
_ Sendo assim a gente namora. -falou segurando meu rosto e me puxando para um beijo gostoso e demorado, soltando uma das mãos e levando até o junior apertando e deslizando a mão. Fernanda era insaciável, eu amava.
O clima estava esquentando, o edredom já estava fora da cama e nossa noite começou a se estender dali. O prazer foi se despedindo do sono e Fernanda quis bem mais que papai e mamãe. Ela foi quem me deu uma canseira daquelas, por horas e horas. O dia amanhecendo e nós dois na sacada, sem se importar com nada.
_ E eu só queria dormir, sabia?
_ Não. Namorar é bem melhor, eu prefiro. -apertei sua bunda.
_ Safado, isso que você é.
_ Cê tava brava comigo, não tava?
_ Lógico que estava. Luan a Malu não é nenhuma criança, ja namora o Henrique tem muito tempo e eles se cuidam.
_ E daí? É dia de semana. Ela estuda.
_ Não vou discutir amor, não vou. Transando estávamos melhor, bem melhor. Você quando quer ser chato capricha.
_ Eu chato, tem certeza?
_ Absoluta. -cruzou os braços.- Eles só estavam com saudades um do outro.
_ Já entendi Fernanda e minha resposta continuaria sendo "Não". Bora tomar um banho?
_ Não, quero continuar deitada aqui. -falou enroscando a perna na minha e pegando o controle da TV.- Vamos ver um filme?
_ Eu quero dormir.
_ Então dorme. -ficou bicuda e não falou mais comigo, mas também não desgrudou de mim. Fechei os olhos e fiquei mexendo em seus cabelos até meu corpo pesar e eu dormir.
Narrado por Fernanda
Luan dormiu mesmo e eu fiquei vendo TV porque já estava quase dando a hora de eu ter que levantar pra levar as meninas pra escola. O celular despertou e eu segui para o meu banho, voltei a vestir pijama e desci para preparar o café da manhã. Quando voltei ao andar de cima Maria Luísa estava dormindo ainda e sua irmã já estava sentada na cama balançando os pés de um lado pro outro, quietinha.
_ Bom dia mamãe.
_ Bom dia meu amor. Vamos tomar um banho?
_ Queria ficar com o papai hoje.
_ Ah é?
_ É mamãe, jogando videogame.
_ Seu pai está dormindo, deita mais um pouco então. -beijei sua testa e sai do quarto para acordar a adolescente.- Malu?
_ Tô acordada mãe.
_ Vai ir pra escola?
_ Sim. Só vou colocar o uniforme.
_ Café já está pronto. Tô indo me trocar e te encontro lá embaixo hein.
_ Okay dona Fernanda. Bom dia.
_ Bom dia filha. -disse voltando a encostar a porta.- Amor?
_ Hm.
_ Helena não vai hoje tá? Disse que quer ficar com o papai.
_ Uhum.
_ Acorda pra falar comigo, depois você dorme amor.
_ Tô... acordado... pode falar. -bocejou e virou na cama ficando de frente pra mim.- Hm...
_ Helena não quis ir pra escola, vai ficar com você o dia todo. Tudo bem?
_ Tudo, nós vamos sair.
_ Sair pra onde?
_ Vamos no Dudu.
_ Vai se trancar no estúdio com uma criança?
_ Guilherme vai estar lá, Dudu tem um espaço kids.
_ Você é quem sabe. Tô indo me trocar.
_ Já? Não está cedo demais não?
_ Não. Já tomei até banho se quer saber.
_ Então vem aqui pra eu ver se tá cheirosa mesmo.
_ Não, tarado.
Havia separado um vestido rosa um pouco mais justo com o decote em U, salto nude e uma correntinha com a letra L e um coração bem delicadinho. Na mão esquerda minha aliança, na direita muitas pulseiras. Peguei minha bolsa e estava pronta.
_ Tem certeza que não quer ficar?
_ Não tenho certeza, mas preciso ir. Tchau, beijos. Eu te amo. Juízo tá? Por favorzinho amor, Helena precisa comer comida! Nada de doces.
_ Ela é criança.
_ Não vamos brigar né amorzinho? Tchauzinho.
_ Tchau, vai com Deus.
_ Amém, fica com Ele você também.
Mais um dia começando. Encontrei a Malu terminando de tomar café na cozinha, enquanto esperei por ela tomei um pouco de suco e comi um pedaço de bolo. Nos levantamos e seguimos para o carro, a deixei na porta da escola e segui para a CDM.
Estávamos agilizando ao máximo todos os nossos serviços para ficarmos tranquilos a partir da segunda quinzena de novembro. Então era trabalho da hora que entramos até o horário de sairmos, todos os dias da semana. Então meu celular eu mal via durante o dia, andava com o corporativo pra cima e pra baixo.
No final de dia fui para a casa. Estava sozinha com o Thor. Mandei mensagem no grupo e Maria Luísa estava no cinema, Arthur na Julia e Melissa com as amigas. Luan estava com o Nena ainda no Eduardo, mas não no VIP.
Aproveitando minha própria companhia subi para guardar minha bolsa, tirar os sapatos e toda a minha roupa. Prendi os cabelos e segui para o banheiro. Preparei a banheira, liguei o som em volume ambiente e me dei o luxo de tomar um banho demorado e relaxante.
Ao sair Thor me esperava deitado em cima da cama, lhe dei um beijinho e fui me vestir. Passei hidratante corporal e desci para comer algo antes de deitar.
_ Mamãe a gente chegou! E o papai trouxe uma surpresa.
_ Surpresa, é? E que surpresa é essa filha? -perguntei pegando-a no colo e esperando que Luan aparecesse na cozinha.
_ Pizza! Aquela que você gosta muito.
_ Hmmm gostoso então né? -ela assentiu e pediu pra descer do colo.- Oi vida.
_ Tudo bem amor? Boa noite. -nos cumprimentamos com um beijo rápido, um abraço e ele foi deixando as coisas em cima da bancada.
_ Estão chegando agora do Eduardo?
_ Mais ou menos. Jantamos com eles, passamos na minha mãe pra dar um "Oi" e viemos pra cá.
_ Então a pizza é toda minha? -perguntei brincando.
_ Não. Gulosa. -me abraçou pela cintura, dando um cheiro no pescoço.- Cheirosa demais essa minha mulher rapaz.
_ Tomada banho, pele hidratada. -mordi sua bochecha e teria lhe dado outro beijo se nossa caçulinha não tivesse entrado no meio.- Quer comer filha?
_ Só um pedacinho mamãe. Pequeno.
_ O que você comeu na tia Sô?
_ Batata frita!
_ Helena, Helena.
_ O papai deixou mamãe, ele disse que podia.
_ Sei sua sem vergonha.
Nós decidimos comer na sala assistindo filme, então levei a pizza, Helena nossos copos e Luan levou os pratos e talheres. O filme certeza que seria desenho, quanto a isso não tínhamos dúvidas. Helena escolheu um clássico da Disney e assistiu um pouco mais que a metade e dormiu. Luan se ofereceu para levá-la para o quarto enquanto eu recolhia as coisas da sala.
_ Maria Luísa cadê?
_ Disse que estava no cinema.
_ Cinema até essa hora? Vou ligar pra ela. -disse saindo da cozinha mexendo no celular. Lavei a louça, coloquei no escorredor, apaguei a luz e fui pra sala.- Tô acordado te esperando. -e desligou.
_ Ela já está vindo?
_ Falou que está vinte minutos daqui. -deixou o celular em cima do criado mudo e me chamou para deitar no sofá com ele.- Arthur vai dormir na Julia? -dei de ombros.- Ele foi com o meu carro.
_ Porque você deixou. -falei séria.
_ Nosso filho já é um homem, agora pai.
_ Tá, tá. Já entendi.
_ Amor?
_ Luan não quero falar disso.
_ Não sei porquê.
_ Porque eu não quero.
_ Não vou forçar você a nada. -me deu um beijo. Ficamos namorando até que escutamos um barulho de carro estacionando. Levantei para olhar na janela.- Quem é?
_ Malu.
_ Bem na hora. -disse olhando para o relógio.
_ Você quando quer hein. -falei brincando e ele riu.
Malu não demorou para entrar nos cumprimentar e dizer que iria dormir. Arthur e Melissa chegaram juntos, nos cumprimentaram também e subiram. Luan e eu continuamos na sala, luzes apagadas, TV ligada com o volume no mínimo e conversando entre beijos.
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