Com o passar dos meses a correria que eu pensei que iria diminuir só aumentou. Primeiro que me propus ajudar Maria Luísa com os detalhes da viagem com o namorado para a Inglaterra, segundo que havia me comprometido em encontrar um bom cerimonialista para cuidar dos detalhes do casamento da Melissa e um designer de interiores para organizarmos os móveis da nova casa do jeitinho que eles queriam, Arthur e Julia pediram para que eu olhasse Sophia enquanto estavam em aula na faculdade e assim mais uma adaptação a minha rotina que encontrava aquela gatinha todos os dias a noite depois que chegava do serviço, e minha princesinha Helena estava com mais aulas no ballet por conta das apresentações finais de fim de ano. Eu estava com a cabeça bem cheia, procurei até um psicólogo para lidar com todas essas atividades sem que eu tivesse um surto. Até porque meu marido estava viajando, estávamos nos falando apenas por celular e em horários alternados, estava com saudades do meu marido.
— Vamos acordar filha, bom dia. –falei entrando no quarto da Leninha, que dormia toda largada na cama.– Ei mocinha...
— Bom dia mamãe, tenho escola hoje?
— Tem meu bem, vamos levantar? –ela assentiu passando as mãos pelos cabelos igual o pai, sorri com a cena e fui auxiliando a bonita. Dei banho, troquei sua roupa vendo o quanto ela estava sonolenta e depois de pentear seus cabelos e arrumar a bolsa nós descemos para tomar café.– Bom dia Maria.
— Bom dia Ma.
— Bom dia meninas lindas. Dormiram bem?
— Bem, dormimos bastante não é filha?
— Sim, dormimos mesmo. –falou bocejando.
— Quer um leitinho?
— Danone só mamãe, e sucrilhos.
— E um pãozinho, senão você fica com fome na aula.
— Bom dia, bom dia, bom dia. –Malu chegou toda sorridente, trocada para a aula e em seguida chegou Melissa e Arthur que levantou cedo para tomar café conosco e disse que iria correr depois.– Mãe, vamos?
— É também preciso entrar mais cedo.
— Mamãe deixa eu ir trabalhar com você hoje?
— Hoje você tem aula princesa, e depois a vovó e o vovô vão te levar no ballet.
— O Luquinhas também vai?
— A mamãe não sabe, mas vou perguntar pra sua vó.
— Então vamos mamãe!
— Maria até mais tarde.
— Bom trabalho e boa aula pra vocês meninas.
Fomos todas para o carro e primeiro deixamos Malu, aí fomos para a escola da Helena e segui com Melissa para a empresa.
— Mãe, a senhora está cansada, eu sei.
— Um segundo semestre um pouco agitado, eu diria, mas estou dando conta. Inclusive hoje teremos reunião com o cerimonialista que você escolheu e em seguida com o designer de interiores. O Leo conseguirá vir?
— Sim, marquei com ele uma hora antes. Pra não ter erro.
— Ótimo. Tenho uma reunião com meus diretos, almoçamos e teremos as suas reuniões, preferi marcar aqui pra não perdermos tempo com deslocamento.
— Por mim está bom também. Tô ansiosa, mais ansiosa do que no meu aniversário de quinze anos, mãe.
— Casamento deixa a gente assim, doidinha. Sua tia está super animada, mas não consegue vir hoje.
— Ela pode ir com a gente na primeira prova do vestido, o que acha?
— Maravilhoso, sua tia tem ideias perfeitas quando o assunto é vestido.
— Eu sei, também acho.
— E seu pai vai conhecer sua casa quando?
— No dia do casamento, mãe. Pensei assim... –Melissa detalhou toda a surpresa que faria para o Luan e eu amei cada um deles.– ... acha que ele vai gostar?
— Ele vai chorar muito e isso eu tenho certeza.
— Ele está sendo privilegiado, nem os pais do Leo foram lá ainda.
— E por que não?
— Combinamos de marcar um almoço quando voltarmos de viagem.
— É uma boa. Decidiram pra onde vão?
— Sendo bem sincera, ainda não. Mas não queria praia.
— Por que?
— Mãe todas as nossas férias nós vamos para a praia, e temos tantos outros lugares para conhecer.
— Sim, é verdade filha.
— Falando em viajar, Malu vai mesmo pra Inglaterra em dezembro?
— Vai, eles voltam no dia 23 e ela vai direto pra Londrina.
— Henrique também?
— Não, ele fica em São Paulo. Vai passar as festas com a família dele.
— Eles são um casal diferente não é mãe?
— Sim, comento isso sempre com o seu pai. Sua irmã é muito centrada, ela ama o namorado, mas não troca os momentos em família pra ficar com ele.
— E ele é super tranquilo também. Que bom que deu certo.
— Também acho.
— E meu irmão? Não vai casar?
— Melissa seu irmão nem trabalha. Não que ele precise, mas sustentar uma casa com mesada dos pais não funciona, não faz criar responsabilidade não.
— Eu sei, eu sei.
— Ele precisa amadurecer essa ideia.
— E a pequena, está ficando lá em casa de boa?
— Está, ela é muito boazinha e está acostumando bem.
— Falando em bebê, e a Manu já descobriu o que é o bebê dela?
— Ainda não, falei com a Soraya ontem e elas não conseguiram ver.
— Que pena, minha tia Bruna também não. Falei com ela esse final de semana, mas estamos apostando que seja um menino.
— Eu e seu pai também.
— Ele ainda vai passar mais um mês fora, não é?
— Ele vem pra Campinas daqui uma semana, faz um show e voa pra Vitória na manhã seguinte.
— E a senhora vai?
— Não sei ainda, me comprometi com o seu irmão, vamos ver.
— Eu e Leo podemos ficar com ela, um dia só de falta não vai me matar não.
— Vamos ver não é? Chegamos. Bom dia Carlos!
— Bom dia dona Fernanda, bom dia Melissa.
— Bom dia Carlos, bom trabalho. –descemos do carro, entreguei a chave pra ele manobrar e subimos, Melissa foi para o setor dela e eu para a minha sala começar o meu dia.
Abri o notebook e esperei a Gabi chegar para confirmar a agenda do dia. Falamos por cerca de uma hora, assinei algumas documentações e fui chegar meus emails. A primeira reunião aconteceu às 10h45, foi mais uma atualização sobre a última semana e como estava o andamento de alguns projetos, não nos estendemos muito. Terminamos pontualmente ao meio-dia.
— Gata demais hein sogra. –escutei a voz e olhei para a recepção.– Dá uma voltinha. –estendeu a mão e eu entrei na brincadeira.– Vamos almoçar?
— Precisamos estar de volta em exatos cinquenta e dois minutos, Leonardo.
— Cacá está esperando a gente lá embaixo, Melissa está enrolando tem dez minutos.
— Preciso pegar minha bolsa.
— Nada sogra, hoje é por minha conta.
— Ter genro tem suas vantagens então?
— Ter eu como genro sim. –riu.– Nossa loira, demorou hein.
—Precisava terminar um consolidado antes de sair para almoçar, vamos?
— Bora. –deu um selinho nela e foram em direção ao elevador, avisei as meninas que estava saindo para almoçar.
— Oi Cacá, tudo bem?
— Tudo ótimo tia. E a senhora?
— Bem e com fome. –disse prendendo o cinto de segurança.
— Eu ia sugerir uma hamburgueria, mas conheço minha sogra.
— Preciso de comida meninos, comida.
A mulher mais velha no meio de três jovens adultos. Fomos em um restaurante de comida mineira, fizemos nossos pedidos e não demorou nada a chegar. Almoçamos tranquilamente, foi bem gostoso e na volta pedimos um Uber já que seria fora de mão Cacá passar por lá só para nos deixar.
— Gabi acabou de avisar que o cerimonialista chegou, vou escovar os dentes e encontro vocês na sala de reunião. –falei assim que entramos no elevador, enquanto ligava para a minha sogra.– Oi Mari, boa tarde. Tudo bem?
— Boa tarde querida, está tudo bem e com você?
— Bem também. Era pra eu ter ligado mais cedo, acabei esquecendo, Helena queria saber se Lucas iria com vocês no ballet.
— Amarildo e eu estamos saindo agora de casa, vamos paassar buscar eles, almoçar e vamos para o ballet juntos.
— Ah sim, obrigado pela ajuda.
— Imagina, gostamos de fazer parte da rotina deles.
— Agradeço mesmo assim, fiquem bem.
— Você também querida, bom retorno ao trabalho. –e desligamos.
— Minha vó é uma santa, nunca vi.
— Ela é um amor e seu avô não fica atrás.
— Não mesmo. Qual é o nome do cerimonialista mesmo?
— É uma mulher, Marisa.
— Ouviu né Leonardo, se comporta.
— Sempre minha gatinha, sempre. –falou indo para a sala de reuniões. Segui para a minha sala, depois fui escovar os dentes e então adentrei a sala onde estavam os outros.
— Prazer, Fernanda. Mãe da Melissa.
— Marisa, prazer. –apertou minha mão.– Gostaria primeiramente de agradecer por terem fechado conosco, será uma satisfação imensa atendê-los.
— A empresa é bem conceituada e bem recomendada.
— Sim, nós estamos no mercado há... –Marisa contou um pouco mais sobre a empresa e a forma como trabalhavam, métodos de pagamento e essas partes mais burocráticas, contratuais.– ... vocês fecharam uma data?
— Segundo semestre do ano que vem, não é Leo?
— Isso em setembro.
— Teremos tempo hábil para trabalharmos as escolhas com muita tranquilidade. E será um casamento mais restrito a família e amigos? Ou uma festa maior e abrangente?
— A questão dos convidados ainda não ficou definida, temos os nossos que não são muitos, mas tem também os convidados dos nossos pais... –Melissa falou bem, Leo complementou uma coisa e outra e se mostrou interessado e atento ao que elas diziam e eu estava como espectadora.
— Mãe, quer falar alguma coisa?
— Sim, nós podemos marcar a próxima reunião em casa, assim a Marisa conhece o espaço que vocês querem usar para a cerimônia e a festa.
— Ótima ideia. E quando pode ser?
— Aí é com o casal. –sorri.
— Aos finais de semana nós estamos livre, não é loira? –Marisa ficou olhando e eu quis rir, Melissa não estava mais loira há tempos, mas esse apelido persistia.
— Sim, estamos. Você trabalha aos sábados?
— De acordo com as necessidades dos clientes.
— Ótimo. Então esse final de semana, pode ser mãe?
— Claro, fiquem a vontade.
Deixei que definissem os horários, se seria no sábado ou domingo. Eles pareceram ter gostado, assinaram o contrato e nos despedimos da Marisa para então conhecer o designer, Eric. Diferente de Marisa que parecia ter minha idade, ele era muito mais novo e exalava masculinidade, alto, forte e um sorriso invejável.
— Prazer, Fernanda. Esses são Leonardo e Melissa, os donos do imóvel.
— Uma satisfação conhecê-la, me sinto lisonjeado. –disse ao apertar minha mão.– E mais feliz ainda em participar deste momento de vocês.
— Ótimo, trouxe a planta do imóvel para darmos uma olhada e pensar melhor nas acomodações de cada ambiente. –meu genro tomou a frente da reunião e foi incrível de ver como ele se desenvolvia bem e sabia exatamente o que estava falando. Melissa e eu dávamos sugestões em uma coisa e outra, mas sabíamos que iria mudar quando os esboços do projeto tomasse forma. Finalizamos, e ele se despediu.– O cara trabalha bem, mas é bem atirado.
— Viu só loirão, deu encima da minha mãe na cara dura.
— Eu bem vi, meu sogro não tá, mas eu estou cuidando das mulheres da vida dele.
— Puxa saco do meu pai, nunca vi. –Mê disse brincando.
— O que acharam?
— Estou mais ansiosa que antes mãe.
— Sugiro uma terapia, vai ajudar muito nesse processo filha. E você também mocinho, embora os noivos sejam mais tranquilos.
— Tô de boa sogra, tranquilo.
— Hm todo mundo diz isso até um mês antes, parece que acontece de tudo.
— Sim, verdade. Meus lindos, preciso voltar ao trabalho, mas fiquem a vontade, a sala está reservada para vocês.
— Valeu sogra, mas eu já vou indo. Preciso voltar pro escritório.
— E eu pro meu trabalho, mais tarde ainda tenho aula.
— Eu passo aqui pra te buscar. –sai da sala antes de eles se despedirem com beijos calorosos. Entrei na minha sala, tirei meus saltos e liguei pro meu marido.
— Vida? Te acordei?
— Não amor, tava assistindo TV.
— Está tudo bem?
— Estou amor, e você?
— Estou bem e cheia de saudades. Você já almoçou?
— Ainda não, pedi agora pouco o almoço. E você?
— Almocei com os meninos hoje, porque depois teríamos a reunião com o cerimonialista da Mê e do Leo.
— E como foi?
— Amor foi muito bom, eles gostaram bastante da Marisa e eu particularmente também. Ela é mulher mais velha, assim da nossa idade, pareceu ser bem profissional e flexível.
— Que bom amor, e eles definiram a data?
— Setembro do ano que vem, o dia ainda não.
— E o que você quer me contar?
— Queria ouvir sua voz amor, tantas coisas acontecendo, tô mais de um mês sem te dar um abraço. –falei toda emotiva e ele quieto do outro lado da linha.
— Também estou minha vida, muita saudade. Você está bem mesmo?
— Não estou desligando esses dias. –falei.– Está bem corrido. Viu quem está jantando com a vovó todos os dias? Vida ela está tão linda.
— Sabe que precisa descansar. Conseguiu ir pra consulta essa semana? Eu vi amor, ela está linda e cada vez maior.
— Sim, consegui e tem me ajudado bastante. Ela está e espertinha viu. Não vejo a hora de ela estar engatinhando e sabe o que melhor? Helena não está com tanto ciúmes, até me ajuda dar comida pra ela.
— É a convivência amor... –conversamos um pouco mais até o almoço dele chegar, e então nos despedimos. Voltei a trabalhar e dei um gás até às 17h. Peguei o carro e fui pra casa, pois precisava de um banho e receber minha pitoquinha.
— Mamãe hoje no ballet foi legal e a prô deixou o Lucas dançar comigo. –Helena chegou tagarelando assim que abri a porta.
— Sério filha? E ele gostou?
— Sim! Muito. Obrigado vovô! –abraçou Amarildo e entrou correndo em casa.
— Quer entrar sogro? Maria passou um cafezinho fresquinho.
— Marizete está me esperando no supermercado, mas eu volto outro dia viu. Tudo em ordem?
— Sim, cheguei agora pouco e estou esperando a bonequinha chegar.
— Dá um beijão nela, fiquem com Deus.
— Amém, vai com Ele. –esperei o carro sair e entrei.– Helena?
— Oi mamãe. –respondeu com a boca cheia de pão.
— Vamos subir pra tomar um banho depois que você comer.
— Cadê a Sophia? Ela não vem hoje?
— Já já ela está aqui. A mamãe vai tomar banho, não abra a porta pra ninguém, fica com a Maria e o Thor. –falei pegando minha bolsa, a mochila dela e indo pro meu quarto. Passei no quarto da Malu e ela estava sentada na escrivaninha estudando, estava de fones, entrei dei um beijo em seu rosto e ela olhou sorrindo.
— Oi mãe, boa noite.
— Está tudo bem por aqui?
— Sim, estudando bastante. –falou bocejando.– Sophia chegou?
— Ainda não, vou tomar um banho. Sua irmã está lá embaixo, se puder dar uma olhadinha nela pra mim...
— Maria já foi?
— Não, está terminando o jantar.
— Tá bom, estou terminando a aula aqui e desço.
— Obrigado.
Segui para o meu quarto, deixei as bolsas em cima da poltrona e fui tomar o meu banho. Falei que não iria demorar, mas excedi o tempo, precisava lavar os cabelos e ter um tempo comigo, sozinha.
Narrado por Maria Luísa
Minha mãe saiu do quarto e eu finalizei minha aula antes de guardar tudo e descer para ficar de olho na mini terrorista da casa. Sim, Helena era um furacão ainda mais quando vinha do ballet, nunca vi.
— Helena?
— Oi Malu, tô comendo!
— O que de bom? –cheguei na cozinha perguntando, dei um beijo nela e sentei.– Dá um pedacinho?
— Não.
— Não vai dividir? Tem certeza?
— Só um pouco hein. –e me ofereceu o pão com frios que estava comendo.– Quer leite também?
— Não, obrigado. Maria! Fez o que de gostoso?
— Carne de panela, um arroz e feijão fresquinho e salada.
— Por isso que eu te amo Maria, você nunca decepciona. –elogiei.
— Cheguei gente.
— Sophia! –Helena falou alto toda sorridente.– Oi Art! Cadê a Julia?
— No carro. Oi Malu, oi Maria.
— Oi maninho. Tudo bem?
— Tudo bem, e tô atrasado. Cadê a mãe?
— Tomando banho, daqui a pouco ela desce.
— Sim.
— Mas eu fico com ela pra vocês.
— Te amo, beijos, fui.
— Cadê as coisas dela?
— Na sala, em cima do sofá. –meu irmão saiu e a gatinha ficou entretida com a minha gargantilha.
— Como passa rápido, era um pacotinho outro dia.
— Agora é uma bolotinha, olha essas bochechas gordas.
— Uma lindeza. Fiz uma sopinha pra ela com caldo de legumes.
— Ela vai amar, não é bonequinha da titia?
— Já chegou é vovó?
— Chegou agorinha mãe, Arthur saiu não tem nem cinco minutos.
— Olha ela enquanto eu dou um banho na sua irmã?
— Tá bom, eu olho.
Minha sobrinha e eu fomos para a sala e nos sentamos no tapete, Thor veio brincar e ela gargalhava quando ele lambia seus pés. Peguei alguns dos brinquedos que estavam na bolsa e ficamos ali até minha mãe descer.
— Malu, deixa eu brincar também?
— Sim, senta aqui Nena.
Eu sabia que minha mãe estava cansada, tanto que ela sentou no sofá e acabou cochilando. Ficamos brincando até Sophia resmungar com fome, foi a hora que minha mãe despertou, prendeu os cabelos e levou ela pro cadeirão para jantar e Helena foi junto. Meu pai ligou no telefone fixo, disse que estava indo pro show, que estava com saudades e que nos amava. Foi bem rápido, ele fazia isso as vezes.
Aproveitei e fui jantar para depois escovar os dentes e ir dormir, caso minha mãe não precisasse de ajuda.
— Vamos Nena? Escovar os dentes?
— E depois eu volto pra brincar?
— A gente vai dormir, a Sophia também. –falei ela fez bico, mas estava cansada e não dicustiu comigo. Demos boa noite pra minha mãe e subimos, ajudei como disse que faria e segui para o meu quarto. Coloquei um pijama e ia deitar pra assistir filme.
— Malu?
— Oi Nena.
— Posso dormir com você?
— Deita aqui, vem... –ela veio correndo, deitou a cabeça no meu peito e ficou mexendo no meu cabelo até dormir. Eu estava sem sono, mas precisava dormir, então apaguei tudo e fiquei de olhos fechados até o sono vir.
Narrado por Fernanda
Maria Luísa subiu com a Helena e eu com a Sophia, troquei sua fralda, coloquei um desenho pra ela assistir e esperei que dormisse para que eu pudesse fazer o mesmo. Passamos a noite juntinhas, ela sequer pensou em acordar, então descansamos bem e acordamos cedo no dia seguinte.
— Bom dia vovó. –ela estava acordada e mexia nos meus cabelos, gargalhando de alguma coisa.– Dormiu bem meu amor? –sentei na cama, olhei sua fralda e troquei antes que vazasse. Peguei um lenço umedecido e limpei seu rosto, deixei-a com um brinquedo e levantei pra jogar a fralda no lixo. Lavei o rosto, escovei os dentes e voltei para o quarto prendendo os cabelos. Helena tinha aula, então peguei Sophia e seu brinquedo e saímos do quarto para acordar a titia.
— Bom dia mamãe, bom dia Sossô.
— Já acordou é?
— A Malu me deu banho e me trocou mamãe.
— Então vamos tomar café?
— Vamos!
— Mãe, tem remédio pra cólica?
— Tenho, mas você precisa comer antes de tomar.
— Vou terminar de me arrumar e já desço. Cadê a mochila da Helena?
— No meu quarto. Estou descendo com elas.
— Sophia tá acordada?
— Sim, vou dar a mamadeira dela.
— Bom dia titia dá um cheiro aqui dá. –ela gargalhou toda linda, deitando a cabeça no meu ombro.– É bom casa de vó né Sophia?
— É ótimo, a vovó ama. Não demora Malu.
— Tá dona Fernanda. –e desci. Maria estava terminando de pôr a mesa, nos cumprimentamos e Sophia quis ir para o colo dela. Aproveitei para preparar a mamadeira e servir Helena.
— E acorda bem, não é?
— Todos os dias. Não me dá trabalho nenhum.
— É sério, odeio ser mulher nesses dias. Mãe eu tô tendo calafrios de cólica, isso não é normal.
— Quer ir no médico?
— Não posso tenho prova hoje. O remédio está na sua bolsa?
— Na gaveta do banheiro.
— Tá.
Esperei que Helena e Maria Luísa tomasse café da manhã e fui deixá-las na escola, e como eu iria entrar mais tarde na empresa não me importei em levar Sossô comigo. Ela voltou dormindo na cadeirinha, entrei em casa e Arthur estava só de bermuda e descalço, parecia estar nos procurando.
— Bom dia mãe, pensei que estavam dormindo. –beijou meu rosto e pegou a neném.
— Aqui nós acordamos cedo, precisei nem de despertador.
— Ela dormiu bem?
— Jantamos e ela dormiu, não acordou nem pra tomar mamadeira. Nem vi vocês chegando.
— Julia saiu mais tarde, chegamos onze e pouco, a senhora estava dormindo e se eu fosse tirar a Sophia ia acordar a senhora.
— Ela dormiu abraçadinha comigo.
— Acostumou rapidinho.
— Colinho de vó é uma delícia. E você, dormiu bem?
— Dormi.
— Vou subir pra me arrumar, bom dia.
— Vai lá dona Fernanda, vai.
Pude subir, tomar um banho tranquila e trocar de roupa com calma para ir trabalhar. Troquei a bolsa por uma mochila onde coloquei apenas o essencial e minha carteira com os documentos, desci e encontrei minha nora amamentando.
— Bom dia Julia, tudo bem?
— Bom dia Fernanda, estou bem e você?
— Pronta para mais um dia. –sorri.– Eu já vou indo, mas me liguem caso precisem.
— Combinado, bom trabalho.
— Tenham um bom dia. –falei pegando minhas chaves e indo pra o carro. Liguei o som, prendi o cinto de segurança e depois de ajeitar meus retrovisores saí. Havia fugido um pouco do congestionamento por conta das escolas, então em meia hora estava na empresa.– Bom dia Gabi.
— Bom dia Fer, bem?
— Bem, sem reuniões por hoje, certo?
— Sim e não. Seu pai pediu pra reservar um horário na sua agenda agora pela manhã.
— E falou do que se tratava? –perguntei indo em direção a minha sala, deixei minha mochila em cima do pequeno sofá e encostei na mesa.
— Assuntos confidenciais, foi o que a secretária dele me informou.
— Tudo bem, vou ligar pra ele.
— Aviso se surgir algo urgente, do contrário todas as ligações estão indo para o meu ramal. E estou no corporativo também.
— Obrigado Gabi. –agradeci e ela saiu da sala. Liguei o ar-condicionado, abri as persianas e ajeitei minha mesa antes de ligar o note e chamar meu pai.– Bom dia pai, tudo bem com o senhor?
— Só assim para eu ter um tempo com a minha filha, é isso?
— Estou com muita saudade do senhor também, não imagina o quanto. Como vocês estão? E minha mãe?
— Analice está em uma conferência como nossa representante, seu irmão e eu estamos na sede. Mas não liguei pra falar de trabalho não, quero saber como vocês estão, há tempos não nos falamos direito... –meu pai e eu conversamos a manhã inteira sem nenhuma intercorrência e foi a melhor ligação daquele dia inteiro. Falei sobre mim e falei sobre quem mais ele queria saber, os netos e a bisneta, mostrei fotos e foi muito gostoso. Contei que Melissa havia escolhido o mês do casamento e estava iniciando os preparativos, assim como falei sobre a viagem da Malu para a Inglaterra e como Arthur estava empenhado com a faculdade. Papai perguntou dos meus sogros, cunhados e sobrinhos. Um verdadeiro bate papo, atrasei meus emails, mas valeu a pena cada segundo daquela ligação.– Tenho uma surpresa pra você, mas ainda não é o momento de contar.
— Ah pai, sério isso?
— Sério. –riu.– Ligo na próxima semana, te amo querida.
— Eu também te amo muito, continua se cuidando tá?
— Eu estou, tô um coroa saudável.
— Ótimo, maravilha. –nos despedimos e eu avisei a Gabi que estava disponível, mas o dia estava bem tranquilo, tanto que fomos almoçar fora e quando voltamos consegui responder todos os meus e-mails pendentes. – Beijos meninas, até amanhã. –desci para o estacionamento e fui pra casa.
— Mamãe, o Arthur brigou comigo.
— Eu não briguei mãe, só falei que a Sophia não come bala.
— Mas ela chupou.
— E engasgou também. –falou e eu arregalei os olhos.
— Dia agitado nessa casa, não? Agora está tudo bem?
— Tirando o susto sim.
— Estou indo tomar um banho então. Maria já foi embora?
— Foi sim.
— Maria Luísa?
— Estudando.
— Fez a lição de casa, Helena?
— Sim o chatão me ajudou.
— Obrigado filho.
— Que isso mãe, precisa agradecer não.
— Claro que preciso. –beijei seu rosto e subi para o meu banho. Vesti um pijama de frio, meias e chinelo, desci para a sala e sentei no sofá.– Seu avô me ligou hoje...
Alguns meses depois (...)
Narrado por Maria Luísa
Eu estava realizando um sonho, mais feliz do que eu poderia imaginar e isso que não havíamos nem mesmo decolado. Meus pais haviam acabado de nos deixar na sala de embarque, Henrique e eu estava sentamos nas poltronas do avião ouvindo as orientações vindas da cabine de comando.
— É sério, eu tô muito feliz! Muito.
— Eu também, vai ser bem foda.
— Sim, eu não estou nem acreditando. Obrigado por vir comigo, vai ser ainda mais especial. –ele sorriu e nós nos beijamos, um beijo gostoso e cheio de carinho. Seriam 14 horas de viagem, mas minha ansiedade não me permitiu dormir um único minuto. Eu assisti filme, li um livro, joguei e ouvi música, porque meu namorado capotou.
— Bom dia?
— Parece estar de noite lá fora e bem frio. –falei me ajeitando antes de levantar para desembarcar.
— Põe o outro casaco então, prometi pra minha sogra que ia cuidar da bebezinha dela.
— E sei que vai. –sorri e saímos.
Passamos pelos trâmites necessários no aeroporto e fomos direcionados ao ponto de táxi para então irmos para o hotel. Henrique estava descansado, mas eu estava com o corpo dolorido e querendo dormir, fomos durante o caminho comentando sobre a paisagem que era linda. Assim que chegamos no hotel fomos recepcionados muito bem, fizemos o check in e seguimos para a nossa suite.
— Ihuu. Chegamos! –falei animada, pulando em cima da cama.
— Depois de quase quinze horas de viagem.
— Sim, quase quinze horas na mesma posição, tô dolorida.
— Quer tomar um banho? Depois a gente descansa, está de noite mesmo.
— Vou ligar pra minha mãe antes.
— Tenho que ligar pra dona Luísa também. –disse pegando o celular e desbloqueando, fiz o mesmo.
— Oi mãe, chegamos.
— Maravilha, estava acompanhando seu voo. E o hotel?
— Não vi muita coisa, mas a recepção é linda, o quarto acabei de entrar.
— Toma um banho, descansa e eu espero você me ligar.
— Tá bom, beijos mãe, te amo.
— Eu também amo você, aproveite a viagem e me dê notícias. Beijos, filha.
— Beijos mãe, pode deixar que eu darei notícias e mandarei muitas fotos.
Encerramos a ligação e Henrique ainda estava com a Luísa no telefone. Escutei ele comentar sobre as horas de viagens, o que aconteceu do trajeto entre o aeroporto e o hotel em que estávamos, até sobre o quarto ele falou e depois de rir de alguma coisa disse a mãe que a amava e desligou.
— O que ela disse?
— Que aqui é lindo e vamos gostar muito, para não sairmos sem agasalhos por causa do frio, disse que a comida é maravilhosa, que viagem em casal não se resume a sexo e mais aquele monte de cuidados de mãe.
— Com coisa que não transamos quando estamos em casa.
— Mas aqui eu posso andar pelado no quarto. –disse rindo.
— Num frio desses, boa sorte. –ri.
— Quer comer alguma coisa?
— Não, eu quero mesmo é dormir. Mas vou tomar um banho antes.
— Tá bom, vai lá.
Henrique ficou deitado no celular e eu fui tranquila para o meu banho naquele banheiro enorme e muito bem equipado, tinha de um tudo lá dentro. Aconchegante, espaço e com cores harmônicas. Prendi os cabelos bem no alto pra não molhar, tirei a roupa e tomei uma ducha bem quentinha e rápida. Quando sai meu namorado estava na porta, me deu um beijo rápido e foi tomar banho também.
Abri a mala, peguei um pijama, meias e fui colocar uma roupa e esticar a toalha e voltar para a cama.
— Chuveiro bom, não dá nem vontade de sair.
— Não mesmo. Você molhou o cabelo?
— Não consigo tomar banho sem molhar a cabeça. Mas liguei o secador pra secar já, nem fez barulho.
— É, não ouvi nada mesmo.
— Mandou mensagem pra sua irmã?
— Amanhã. Vem deitar aqui comigo, vem? –ele deixou a toalha, vestiu uma cueca, calça de pijama e deitou.– Te amo.
— Eu também te amo. –falou ajeitando os cobertores, abraçou minha cintura e eu dormi em seguida.
Narrado por Luan
Rapaz Maria Luísa inventou de viajar e foi. Nós voltamos do aeroporto e passamos o dia nos meus pais, quando foi a noite fomos embora pra casa. Mas não dormimos, ficamos esperando Malu avisar que chegou e se estava bem.
— Amor?
— Hm...
— Quero namorar, cê num quer não?
— Não, quero descansar. Já viu se a Helena dormiu?
— Tá no celular.
— Luan tá tarde viu.
— Tô indo lá pôr ela pra dormir.
— Obrigada, te amo. –lhe dei um selinho e subi. Abri a porta e ela estava vendo vídeo no último volume, rindo.
— Acordada ainda princesa?
— Papai vem ver comigo. –deitei na ponta da cama e ela veio se aninhando, segurei o celular e ficamos ali.– Papai?
— Hm...
— Se a Malu vai morar lá eu vou ficar aqui sozinha sem irmã?
— Ela quer ir morar lá, mas não dessa vez. E quando ela for ainda tem a Mel e o Arthur.
— Mas papai a Mel vai casar e morar na outra casa. Art também, ele namora papai.
— Aí lascou né pequena? Vai sobrar eu, você, sua mãe e o cachorro.
— Só?
— Rapaz e cê quer quem mais?
— Porque minha vó não mora aqui hein? Tem espaço.
— Porque ela gosta de morar na casa dela com o vovô.
— E o Tobias, papai.
— Tinha esquecido da bola de pêlos. Mas o que o papai quer dizer é que você não vai ficar nunca sozinha, cê vai crescer também uai.
— Ih papai, mas vai demorar um montão! Eu tô pequena ainda.
— Ainda é minha bebezinha. –acariciei seus cabelos e beijei sua testa.– Está na hora de dormir, deixa eu guardar seu celular. –ela me entregou e depois me chamou pra deitar com ela, assim fiz até que minha pequena pegou realmente no sono e eu pude voltar pro meu quarto.
— Demorou amor.
— Estava batendo um papo com a minha princesa.
— Ela já está com saudades da Maria Luísa.
— Rapaz eu tamém, será que ela vai gostar de lá?
— Amor é um país incrível, amei tudo o que vi sobre ele, se na prática realmente funcionar... eles irão curtir muito.
— Bom, ela cresceu né?
— Todos eles. Neném agora só a Sophia. –riu.– Amor, ainda quer namorar?
— Não, quero uma massagem. –pedi e ela não se negou a fazer. Levantou da cama, pegou as coisas e me deixou completamente relaxado. Dormi.
Narrado por Maria Luísa
Depois de uma noite bem dormida e eu estar completamente recuperada, acordei com um sorrisão de orelha a orelha. Levantei da cama e vesti um roupão, fui até o banheiro fazer toda a minha higiene matinal e então voltei para acordar o Rique.
— Bom dia Rique. –falei no seu ouvido, estava deitada em suas costas.– Já está de dia.
— Já? –bocejou.– Bom dia Malu. –bocejou outra vez e abriu os olhos.– Dormiu bem?
— Muito bem, estou pronta para o nosso primeiro dia. Vamos? Tô com fome.
— Tá eu... –bocejou.– ... preciso acordar.
— Estou vendo, vou me trocar enquanto isso.
Antes de ir me trocar, peguei o celular para mandar "bom dia" pra minha família e gravar uns storys no Instagram. Filmei um pouco do quarto, Henrique apareceu de fundo indo para o banheiro, e mostrei por último a vista olhando pela minha janela.
— ... sim, nós chegamos ontem a noite e tudo o que eu queria era dormir. Porque fiquei ansiosa durante todo o vôo e não consegui descansar. Maaaaaas hoje eu acordei super bem, está um dia lindo e iremos aproveitar ao máximo. –disse encerrando um para iniciar outro.– Não prometo que vou mostrar tudo, tudo... fazer um vlog, mas vou postar sobre a viagem sim. Beijos, beijos, beijos. Bom dia a todos! –disse me jogando outra vez na cama e teria rolado para o lado se meu namorado não tivesse deitado em cima de mim.
— Agora sim. –sorriu.– Bom dia gatinha. –e me beijou. Sério, Henrique beijava muito bem, muito bem mesmo. Ele apertava minha cintura de um jeito tão gostoso que se meu estômago não roncasse nós teríamos ficado na cama.– Achei que você fosse se trocar enquanto eu escovava os dentes.
— Estava no celular, mandei uns "bom dia", gravei uns stories...
— Não vai ser uma viagem low profile?
— Érrrr não. Obviamente não vou postar tudo, mas quero registrar muitos momentos. –dei um selinho nele e fiquei olhando sem dizer nada.
— O que foi?
— Tô com fome, vamos descer e tomar café?
— Será que vai estar muito frio?
— Pra gente vai, um puta de um frio. Vamos!
Havia separado minhas roupas por looks e colocando mais de uma opção de troca, ainda assim troquei de roupa mais rápido que o Henrique. Descemos de mãos dadas e tagarelando sobre as coisas diferentes que encontramos pelo caminho até o restaurante do hotel. Tudo lindo, mas tinha uma pegada um pouco rústica, não sei bem explicar. O salão do restaurante era bem grande e o buffet tão diverso quanto. Entramos na fila e fomos nos servindo, mas pensando sempre em não exagerar ou pegar algo muito diferente do habitual para não passar mal ou algo do tipo. Eu preferi pães, algumas frutas e suco. Henrique não, encheu o prato de bacon, ovos e alguns pães.
— Não vai pegar uma fruta?
— Vou, do seu prato. –disse enfiando o garfo no meu morango assim que nos sentamos a mesa.
— Sem graça, por que não pegou pra você?
— Temos que dividir, por isso. –riu.– Eu vi o roteiro, hoje não tinha nenhum passeio marcado. –comentou.
— Minha mãe quem organizou tudo, ela deixou hoje para descansarmos. Mas eu quero andar um pouco, sentir o clima daqui, ver como são os ingleses.
— São normais. –deu de ombros.
— Normais eu sei, mas o sotaque. Acho que um dia inteiro dentro do hotel seria um dia de viagem perdido... –falei um tantão de coisas durante nosso café e o convenci de explorar ao redor do nosso hotel. Saímos e estava um clima agradável, considerando que estávamos bem agasalhados. Tínhamos um GPS e um sonho. Então fomos andar, não tínhamos um destino em específico, caminhamos devagar observando os estabelecimentos a nossa volta. Henrique era tão curioso quanto eu e isso fez com que nosso assunto rendesse por horas durante nosso passeio. Passamos por praças, cafés e lojas locais, entramos em uma estação e paramos para comer um doce de nome estranho, mas que era bonitinho.
— Você se imagina morando aqui?
— Durante um período, sim. Mas não pro resto da vida, tipo meus avós. Eu sou muito apegada aos meus pais, meus irmãos, então eu sei que vou ter essa dificuldade de adaptação por mais que tenha essa convivência de meu pai viver viajando. Foi assim desde que eu nasci, sabe?
— Mas eram intervalos menores, faculdade é um ano todo antes de férias e tal.
— Eu sei Rique, mas eu quero ter essa experiência. –falei tranquila.
— Eu tô dentro. Meus pais apoiaram muito essa ideia.
— Eles são muito adeptos a viagens.
— São, pra caramba. E vai ser bom pra mim também, sabe que eu não tinha muito essa perspectiva de morar fora.
— É bom sair do convencional as vezes. –sorri.
Falamos mais um pouco sobre o assunto enquanto íamos em busca de um restaurante para almoçarmos. Assim como no café da manhã, não fugimos muito do habitual, pedimos uma massa recheada e tomamos um vinho para acompanhar. Nesse meio tempo aproveitei para mandar uma foto nossa no grupo da família e guardei o celular para curtir esse momento com o meu namorado.
~.~
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