Sté, amor. Não é bem um presente e sim uma dedicatória feita com muito carinho! Desejo à você o melhor, não só hoje como sempre. Desejo que tenha sempre à Deus, um sorriso no rosto e paz em seu coração para seguir em frente. Novas histórias, novas conquistas, um novo momento, uma nova fase em sua vida. Meus parabéns, espero que curta muito esses 364 dias que terá pela frente. ♥
(...)
Narrado por Fernanda
Segui para o trabalho e dei graças à Deus quando me encontrei cheia de coisas e não tive tempo para dar lugar aos pensamentos ruins, não mesmo. No fim da tarde terminei de organizar as coisas, deixei tudo no esquema para o dia seguinte. Peguei meu celular e após guardá-lo na bolsa, sai da minha sala fechando a porta, me despedi do pessoal e segui para o estacionamento. O dia estava quente, trânsito lento e eu disposta a não me estressar liguei o som e coloquei a música bem alta.
(...)
A Melissa sempre foi a filha em que eu mais me apeguei, então lhe dar um gelo foi assim... horrível. Eu me sentia mal, me sentia péssima! Ainda mais quando o Luan voltou a viajar (por uma semana e meia) e ela tentou se aproximar. Fui fria, indiferente e isso afetou a nós duas. Comecei a deixar Helena na escolinha, então na parte da manhã e tarde, Melissa ficava sozinha em casa. Um perigo, eu sei. Mas o que eu poderia fazer? Como advogada que sou, estou buscando na justiça algo que os afaste legalmente (e isso está me dando muita dor de cabeça) antes de meter os pés pelas mãos. Na nossa família poucos sabem, na verdade meus sogros, meus pais, os padrinhos dela e a Lila... "Como se isso fosse pouco, né meu amor?"
Como parte da rotina, peguei o carro e depois de me despedir do manobrista da CDM segui para a casa dos meus sogros, busquei as crianças e fui para casa. Encontrei um carro estacionado e fiquei aliviada quando soube que era a Nayara.
_ Oi tia, boa noite.
_ Boa noite, Nay. Tudo bem querida?
_ Cansada, nunca pensei que fosse me cansar tanto a faculdade. -ri.-
_ Depois de um ano você acostuma. -falei seguindo para o andar de cima com as três mochilas e minha bolsa.-
_ Mamãe...
_ Oi, Maria.
_ Eu tô com dor de barriga, e já fui no banheiro.
_ Não passou? Você falou pra vovó?
_ Eu tenho vergonha, não gosto.
_ Filha, todo mundo faz cocô. É normal e preciso. Tá doendo muito?
_ Sim... minha barriga tá dura.
Eu não era uma mãe desmiolada e sim prática, então peguei um remédio para intestino preso e lhe dei algumas gotas. Logo descemos, e nos reunimos à mesa assim que o jantar ficou pronto. Nayara jantou conosco e acabou indo para casa minutos mais tarde.
_ Como foi o dia?
_ Cansativo... Helena não para um único segundo. -disse retirando os pratos da mesa enquanto eu tirava a comida das panelas pondo em vasilhas e as guardando na geladeira.- Hoje ela juntou com a Malu e não deu sossego.
_ Ainda bem, melhor que estarem doentes.
_ Sem dúvidas, mas eu já não sou nenhum novinho e tô ficando sem pique.
_ Falou o velho, idoso!
_ Tô ficando com dor nas costas, já...
_ Descarado... vai lavar a louça?
_ Não, nem você... vem, vamos subir.
_ Luan, a louça não vai se lavar sozinha. -ele ignorou meu comentário, tirou o pano de prato da minha mão e beijou meu pescoço, fomos para a sala onde estavam todos.-
_ Melissa. -ela desviou seu olhar da TV.- Você e o Arthur ficam com a louça.
_ Ah não! Lavar louça é coisa de...
_ Nem termina, Arthur.
_ Eu odeio lavar louça, a Mê pode fazer isso muito bem sozinha. Tô fora.
_ Não vou falar uma segunda vez. -disse firme, chamou as pequenas e subimos.- Boa noite gatinhas.
_ Não queru durmi papai. Queru colo da mamãe.
_ Eu também. -dizia Malu rindo muito.- Pega eu no colo, pai.
_ Só se me prometer que vão dormir depois...
Essa promessa só se cumpriu depois de três longas horas, as meninas cansaram o pai tanto quanto eu. Dormimos até que um pouco tarde, afinal eu estava exausta.
Narradora
Passou -se duas semanas desde que toda a discussão havia acontecido e por mais que não demonstrasse, Melissa se sentia muito sozinha e o olhar de indiferença de sua mãe tornava tudo ainda mais difícil. Em sua cabeça a jovem imaginava que uma surra não a deixaria tão arrependida.
Por outro lado, Murilo continuava sua pós e dando aula na mesma escola, com as mesmas séries. Pensava na "sua loirinha" boa parte do tempo e estava estranhando o seu sumiço, tanto que ligou, mandou mensagens e andou passando pelo rua da casa dos pais de Ester, imaginando que pudesse vê-la. Mas isso não aconteceu.
(...)
_ Isso não é uma boa ideia, você está ficando louca! Seu pai disse que você está de castigo. -Melissa revirou os olhos, respirou fundo e pensou no que poderia ser feito.-
_ Quer calar a boca e me escutar?
_ Não, obrigada!
_ Ester... não é justo eu julgar apenas sabendo um lado da história.
_ Não sei, você prometeu que não iria aprontar.
_ E não vou, eu só preciso de um celular.
_ Melissa...
_ Menos de cinco minutos...
_ Por que isso está me cheirando problemas?
_ Louca, dá logo o telefone... -assim Ester fez. Melissa discou o número que sabia de cabeça e esperou, esperou, esperou até que caiu a ligação. Mas ela continuou tentando até que Murilo atendeu.- Andrade?
_ Você ainda está viva? -riu.- Loirinha, você sumiu... senti a sua falta. -dizia ofegante, ela sorria feito boba e Ester de braços cruzados à sua frente.-
_ Aconteceram algumas coisas. -disse.- e nós precisamos conversar.
_ Devo me preocupar?
_ Não... mas... ah não sei. É um assunto sério. -do outro lado da minha Andrade ficou apreensivo.-
_ Podemos nos ver hoje?
_ É o que eu mais quero... mas teria que ser agora, neste instante.
_ Você está em casa?
_ Na casa daquela minha amiga, você lembra?
_ Sei... já almoçou?
_ Não estou com fome.
_ Você sem fome? O que está acontecendo?
_ Vem logo, Murilo. Para de graça...
_ Tô indo coisinha brava, até já.
_ Até... tchau! -desliguei.- Pronto, muito agradecida.
_ Posso saber onde você pensa que vai? E quem é Murilo?
_ Murilo é o meu "namorado" ou ex, ainda não sei. -recostou-se no sofá.- Ficamos duas semanas sem nos falar e...
_ Por que?
_ Porque meus pais descobriram ou melhor, minha mãe descobriu e foi aquela coisa... tanto que estou de castigo, sem celular, sem shopping, sem merda nenhuma.
_ A toa que não foi.
_ Só porque ele é mais velho que eu.
_ Quantos anos?
_ 24 anos a mais. -Ester olhou para Melissa incrédula e calculando mentalmente a idade até que por fim raciocinar.- Ele tem a idade do seu pai, você tá louca!?
_ Não, eu só me senti atraída por ele.
_ E ele nem um pouco troxa aceitou.
_ Você também, é?
_ Ah! Em que mundo você vive, Melissa? Ele sabe que você é podre de rica, que seus pais tem uma puta de uma boa vida e que você não precisa trabalhar para se manter. Querida, acorda! Você é um bilhete premiado, seria o mesmo que ganhar na loteria. -disse a loira naturalmente, Melissa negou com a cabeça e riu de maneira irônica.-
_ Nem todo mundo é igual a você.
_ Como se você fosse alguém pra me julgar. Se liga menina, que você não está com essa bola toda.
_ Não quero brigar, entende?
_ Entendo sim, Melissa. Vou tomar um banho, nada de sair sem avisar...
Andrade chegou ao mesmo tempo em que Ester saiu do banho, logo que a loira se vestiu e desceu deu de cara com ele, que estava sentado no sofá da sala.
_ Você!? -disseram os dois juntos e Melissa estranhou.- Juro que se me contassem eu não acreditaria. Você é o quase namorado da Melissa? -riu.- Perdeu a advogada gostosona e pra se vingar vai ficar com a filha do cara que te ajudou a por um par de chifres?
_ Você só pode estar de brincadeira.
_ Você não tem vergonha não? Você viu a Melissa crescer, estava na festinha de um ano que eu me lembro muito bem.
_ Vocês poderiam parar de falar como se eu fosse um fantasma.
_ Bom por vingança ou não, eu não queria ser você quando o Luan te encontrar... boa sorte. -e foi para a cozinha.
Andrade se calou e ficou assim por um bom tempo, não sabia o que dizer ainda mais com aquele par de olhos verdes lhe encarando. Pensou na possibilidade de Melissa saber o que houve no passado, ao mesmo tempo que sentiu seu sangue ferver ao lembrar-se de quem era a mãe de sua ex-aluna.
_ POR QUE VOCÊ NUNCA ME CONTOU?
_ Muda alguma coisa pra você saber quem são os meus pais? -perguntou abraçando-se, nunca ele havia gritado com ela.-
_ QUANDO SUA MÃE É MINHA EX-NAMORADA SIM. MENINA, VOCÊ...
_ Para de gritar comigo!
_ Eu vou embora, preciso pensar...
_ Não! Temos que conversar, eu preciso ouvir de você...
_ Ouvir o que? Que ela acabou com a minha vida e que eu tive que começar do zero e sozinho? É isso que você quer ouvir?
_ Eu não posso acreditar que você... você... foi tão bruto e violento ao ponto de...
_ Acredite ou não, eu mudei. Mas acho que agora nada disso faz o menor sentido. -deu as costas e saiu sem dizer mais nada, Melissa até tentou ir atrás mas ele foi mais rápido. Entrou em seu carro e logo deu partida.
_ Não! -Melissa ficou sem reação, tão s reação que logo quis voltar para casa.-
_ Não ia passar o final de semana na sua vó? -Arthur perguntou ao ver sua irmã entrando em casa, Luan olhou e nada disse.-
_ Não enche. -correu na direção da escada e subiu sem falar mais nada.-
_ O que aconteceu, Ester?
_ Nada. Por que tinha que acontecer alguma coisa? Só por que ela estava comigo, gatinho?
_ Mais respeito com o meu marido e dentro da minha casa, por favor... -Fernanda disse séria, Ester olhou com desdém e voltou a falar com o pai de sua filha.-
_ Enfim... não aconteceu nada, passar bem. -e saiu.-
_ Eu juro pra você que eu morro de vontade de enfiar a minha mão na cara dela. Com toda força que eu tenho.
_ Amor, deixa a Ester... esquece dela.
_ Eu tento, mas essa vaca não faz questão de ficar longe.
_ Porque ela sabe que te irrita. -beijou sua testa e voltou a jogar com as crianças, sentado outra vez no tapete.
(...)
Mais dias passavam e as coisas pioravam. Melissa começava sentir o peso de suas escolhas, seus pais não a tratavam como antes e seu "namorado" não atendia suas ligações ou qualquer outra tentativa de contato. Isso fez com que ela de fechasse, chorava muito e quase não tinha fome. Chegou até mesmo a vomitar por algumas vezes, mas não buscou por ajuda.
Suas amigas perceberam que ela havia se distanciado, ainda mais que as três estudariam no mesmo campus e Melissa não dava as caras desde o início de suas aulas.
_ Tá, mas você ainda está sem celular? -Taciane havia ligado no telefone fixo da casa de sua amiga, Melissa atendeu sem muito animo.-
_ Meu pai não fez questão de me devolver e eu não pedi.
_ Orgulho uma hora dessa?
_ Não é orgulho. É o fato de todos estarem me tratando como uma estranha nessa casa. Meu pai sempre que se dirige mim é para falar a respeito das minhas aulas ou porque preciso fazer isso ou aquilo, sem mais abraços calorosos ou sorrisos... minha mãe então... Ha! Me evita sempre que pode, parece que não quer que eu me aproxime. Eu sinto o olhar com frieza e completa decepção. Estou cheia disso.
_ Peça desculpas. Você está errada.
_ Errada em falar o que eu penso?
_ Eu não sei o que você pensa e isso agora é o que menos importa. -bufou.-
_ Você não entende...
_ Você sempre foi tão centrada, agora você se tornou isso aí. Está brigada com a sua família por causa de um homem. Um homem 24 anos mais velho que você, que não atende as suas ligações, não responde suas milhares de mensagens. Pelo amor de Deus, né Melissa. Me desculpa, mas não aguento te ver mal e não poder fazer nada.
_ Eu não aguento mais isso. Todo mundo se achando no direito de me julgar, apontar o dedo. Mas não veio um sequer conversar comigo, perguntar o que realmente aconteceu... -chorou.-
_ Só queremos o seu bem e sabemos que você fazer as pazes com os seus pais é o melhor a se fazer. Você não entende?
_ Tacy...
_ Preciso desligar agora, vou voltar pra aula. Mas ainda hoje eu dou uma passadinha aí.
_ Tá bom. Tchau, amiga.
_ Tchau, se cuida.
Depois de um banho demorado e estar totalmente vestida e cabelos penteados, Melissa ficou na sala vendo TV por alguns minutos. A campainha de sua casa tocou e ela se levantou sem animo para atender.
_ Nossa, você está horrível!
_ Por que não pega essa sua língua e enfia bem no meio do se...
_ Opa, sem palavrão. -riu despreocupado.- Vai me deixar aqui fora?
_ A porta estava aberta, você poderia entrar.
_ Como você tá seca. -Melissa revirou os olhos e deu as costas indo para o sofá, o rapaz a seguiu assim que fechou a porta.- Se quiser eu posso ir embora, vai que você não tá afim de papo e tal né...
_ Você também vai me abandonar? -perguntou toda bicuda.-
_ Seria o contrário, né gata... te liguei e já caía direto na caixa postal.
_ Estou sem celular e de castigo.
_ O que você aprontou? -ela ainda que estivesse se sentindo envergonhada pelo que fez não omitiu nenhum dos fatos, passou um bom tempo contando ao amigo o que tinha acontecido e até que ponto a situação havia chegado. Ele ficou surpreso por não imaginar Melissa ser assim, ainda mais com a pessoa que a criou. Mas a sua maneira aconselhou a amiga, deixou que ela chorasse em seu colo e depois os dois foram tomar um ar.- Então quer dizer que nada de você começar as aulas?
_ Não tive cabeça pra pensar nisso, tô pensando em tudo. Menos faculdade. -deitou-se na grama, ficou encarando o céu enquanto Leonardo observava cada um dos traços em seu rosto.- Para de me olhar assim, Leo.
_ Não consigo. -suspirou.- Você está muito quieta e isso está me incomodando.
_ Só estou pensativa...
_ Eu entendi que você pegou pesado com a sua mãe, mas assim... você ficar se martirizando, se vitimizando... não vai mudar nada. Peça desculpas.
_ E você acha que ela vai aceitar? Ela deve estar me odiando. Eu chamei ela de... de vag... vagab... -não conseguia dizer.- Foi horrível. Ver o olhar de decepção dela me doeu demais, a frieza dela está me matando... eu só queria que ela me perdoasse e voltasse a ser o que era antes.
_ Você no lugar dela... te perdoaria?
_ Sinceramente? -o olhou.- Não.
_ E o que a pessoa deveria fazer para ter o ser perdão de volta?
Isso deu o que Melissa pensar por horas, até mesmo antes de dormir. Fernanda chegou em casa e tudo estava em silêncio, tomou um banho e depois de ligar para a sogra e saber que tudo estava em ordem, dormiu.
~.~
Eitaaaa Geovanna! As coisas não parecem estar muito bem, não é mesmo? Muita tensão, muito drama (sim, adoro!) e reflexões. Melissa conseguira o perdão dos pais? Como vai ficar ela e Murilo? Muitas perguntas e poucas respostas... ainda. Beijo grande!
Acho que a Nanda perdoa não sei o Luan mais ela sim.
ResponderExcluirNessa horas é tão bom ter amigos para mostra a realidade.
Será Tacy?? Verdade. Amigos que você pode se abrir e realmente contar o que está acontecendo.
ExcluirNão demora assim Sõ!
ResponderExcluirSe não eu Morro do coração.
Aguenta haha
ExcluirEita Giovanni, volte logo.
ResponderExcluirVolto sim!
ExcluirMelissa merece todo esse desprezo. Nanda não tem que perdoar tão fácil assim. Espero que ela aprendar.
ResponderExcluirMelissa vai aprender com a vida, ou melhor, já está aprendendo.
ExcluirMeu Deus, vai ser difícil a Melissa reconquistar a confiança. Continuaaaaa
ResponderExcluirClaro que vai, afinal ela fez feio viu.
ExcluirMurilo devia assistir mais televisão viu?! Armaria a criatura não sabia que a Melissa eh filha da Fernanda😒.
ResponderExcluirEster devia ter falado com a Melissa, pq ela deve saber o que aconteceu, certeza. Ela sempre sabe.
Nanda vai perdoar, mas Melissa tem q merecer, afinal, as palavras marcam.
Se fechou em um mundo só dele, longe de mídia kkkkkk porque né.
ExcluirEster vai acabar sabendo, de um jeito ou de outro. Vai ser algo marcante.
Nossa agora fiquei surpresa pelo fato do Murilo não saber quem era os pais da Melissa até pq no dia da viajem a Fernanda viu ele no aeroporto né e creio que ele tbm tenha visto eles junto da mel,agora em relação a Fernanda perdoar a Mel acho que sim q ela deve perdoar mas ela tbm tem q continuar agindo dura com ela a Mel tem que fazer por merecer o perdão dos pais ela tem tudo que quer e por causa de um homem que ela mal conhece vem com 7 pedras na mão pra cima de quem deu a vida por ela...Acho q o Luan e a Fernanda tem sim q continuar a tratar ela friamente e dxa ela mas um tempo no "sozinha" pq oq ela disse pra Nanda concerteza doeu mas do q o tapa q ela levou
ResponderExcluirSei que ficou confuso isso dele não, saber. Só que vai ficar mais explicado quando tivermos uma aparição dele (eu espero que se esclareça da maneira que eu pensei mesmo kkk).
ExcluirConcordo, ela precisa não só reconhecer o erro, mas também se sentir arrependida pelo que fez. É o mínimo né!?
minina do céu contttt por favor
ResponderExcluirMas é claro!
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