{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Capítulo 205

Narrado por Fernanda 
  Não é exagero meu dizer que passamos a tarde toda no shopping. Passamos pelo salão e foi tratamento completo, depilação, unhas e cabelos. Fizemos uma pausa para um lanche e entramos no SPA o que foi uma delícia, até Helena quis massagem e dormiu enquanto a recebia. Saindo de lá entramos em algumas lojas de roupas, joalherias, sapatos e por último e a mais empolgante: a loja de brinquedos.


_ Lembra que você tem bastante boneca, o que você acha de escolher mais roupinhas? -ela fez careta e negou fazendo o maior bico.- Então o que você quer?
_ Aquele de montar, mamãe. Igual o do Atur. -Arthur tinha muitos legos, mas não eram brinquedos para a idade dela.- 
_ Tem um aqui que a mamãe vai te mostrar que é ainda mais legal.
_ É de que?
_ De montar também. -andamos um pouco mais e encontrei o que tanto procurava, um quebra-cabeça de madeira com os personagens da Disney. A caixa era bem colorida, com as princesas na frente e alguns personagens do Toy Story. Helena abraçou a caixa e foi mostrar pra vovó.- Pronto, né?
_ Só ela ganha presente? E eu?
_ Você quer brinquedo, Melissa? Desse tamanho? -minha sogra deu risada, Bruna  fez a mesma cara que eu quando a Laura também protestou.- 
_ Quero uma boneca, daquelas que parecem de verdade... com a minha foto.
_ Eu também tia.
_ Essas minhas netas, meu deus do céu. Só tem tamanho, as duas. Aqui vende essa boneca? -as duas ficaram do lado da avó e foram se informar, enquanto Bruna e Helena me acompanharam até o caixa. Fiz o pagamento e nos sentamos para esperar as três bonitas.-
_ Mamãe, quelia soverte.
_ Queria não amor, seu nariz está até escorrendo. Não pode.
_ Nem um pouquinho assim?
_ (ri) Nem um pouquinho assim, senão a Leninha toma injeção no bumbum.
_ E dói mamãe, não pode.
_ Não mesmo, né tia Bruna.
_ É mesmo. Vem cá contar pra tia do seu brinquedo novo.
_ É das princesas, e do Wood, tia!
_ E é do que?
_ De quebrar a cabeça, de montar! 
_ E você gostou?
_ Sim. Posso abrir mamãe?
_ Só quando chegar em casa, senão você vai perder as peças.
_ Mamãe.
_ Oi.
_ Eu tô com fome.
_ Deixa a vovó voltar que a gente vai comer pra ir embora pra casa.


  E feito. Assim que a Mari voltou com as meninas nós escolhemos o lugar que iriamos jantar, no Outback.



Narrado por Luan

(...)


  Não foi difícil encontrar seis crianças em uma piscina, mas foi um susto os encontrar na piscina de adultos. Mas superei, e não dei bronca em ninguém.
  Logo os caras desceram e ficamos ali de olho, conversando e curtindo a folga.


_ Quando que eu ia me imaginar em Balneário sem minha mulher hein. -ri.-
_ Mas com filhos dedo duros, ave maria. Guilherme é demais, não me apoia em nada e sempre me dedura pra mãe dele.
_ Ei, não fala assim que minha mãe é de boa. -Nicolas defendeu.- E não pode ter segredo com mãe.
_ Ah não, é? Vou falar pra ela que você andou ficando com uma das amigas dela.
_ Para com isso aí velho, ela mata a mulher.
_ Quantos anos?
_ Uns 33/35 anos. Não gravei não.
_ Gosta das mais velhas então?
_ Gosto de mulher bonita, tio. 
_ Tá certo. -ergui a caneca de chop e brindamos, rindo em seguida.- Acho que eu vou cair na água.
_ Sogrão já foi. -Frare comentou.- Testa também.
_ Bora Nicolas?
_ Agora. Vamos pai?
_ Não, tô de boa aqui.
_ Vamo aí tio.


  Deixei a caneca vazia em cima da mesa e mergulhamos na piscina, a água estava gelada mas estava gostosa demais. Ficamos ali a tarde toda aproveitando o sol forte que fazia. Saímos quando estava escuro, subimos para tomar banho e descemos todos para o restaurante. Éramos em 18, mas parecíamos ser bem mais que isso. A maior mesa era nossa, assim como o maior falatório também.

_ Ôu pessoal, vamos fazer um pouco menos de barulho e escolher o que vamos comer, né?
_ "Eu quero bife." "E eu filé de frango." "Fritas, tio." -e voltaram a falar todo mundo junto outra vez, passei a mão pelos cabelos e meu pai me socorreu, pediu silêncio e foi perguntando de um em um deixando nós adultos por último e deu tudo certo.- Quero ver amanhã no parque viu.
_ Relaxa pai, vai dar tudo certo. Não tem como dar errado. -ele riu e voltou olhar o celular, aproveitei pra ligar pra minha mulher e saber como estavam as coisas em casa.- Oi amor.
_ Oi pai, tudo bem?
_ Uai, cadê sua mãe?
_ Montando quebra-cabeça com a Helena. Quer falar com ela?
_ Não, deixa elas lá... só queria saber se estava tudo bem e falar que estamos no restaurante já.
_ Isso é hora? Se a minha mãe estivesse aí vocês já estariam jantados.
_ Fica quietinha, vai. -risos.- Estávamos na piscina até agora pouco. -fiquei conversando por alguns minutos com a Mê, depois troquei algumas palavras com a Nanda e desliguei quando chegou nossa comida. Jantamos, pedimos a sobremesa e voltamos para os quartos.


(...)

  No dia seguinte acordei de madrugada, às sete da manhã e os meninos ainda dormiam. Fui até minha mala e peguei uma troca de roupa e segui para o banheiro, ninguém acordado, ninguém pra bater na porta e atrapalhar o meu banho. Terminei de enxaguar o corpo, lavei os cabelos e escovar os dentes, e desliguei o chuveiro. Troquei de roupa ali mesmo, quando abri a porta Pedro Henrique e Vinícius estavam acordados, cochichando alguma coisa.   Arthur dormia e Felipe estava levantando pra ir ao banheiro.

_ E aí, bora? -perguntei para os que estavam acordados, eles assentiram com a maior cara de sono.- Então ligeiro, levantem que eu tô esperando vocês pra tomar café.
_ Precisa passar fio dental, pai?
_ Menino, não me encrenca hein. Anda, se arruma. -os acelerei e peguei o celular pra mandar mensagem para os outros dorminhocos que não estava nem pensando em acordar. Acordei foi todo mundo, esperei a tropa se trocar pra irmos tomar café.


  As crianças estavam exaustas, embora ansiosas. Se serviram no buffet que estava muito bem disposto e sentaram-se juntos para a refeição. Aproveitei o embalo e comi também, frutas, pão de queijo (abusei mesmo) e suco de laranja.

_ Paizão, tudo certo com os passaportes do parque?
_ Certo, sim. Tudo na mochila, até as pulseiras que passam na frente da fila.
_ Sempre que eu venho aqui é pro Villa Mix, nunca pra aproveitar o parque. A Manu que veio umas duas vezes e adorou.
_ Sozinha? Cê tá doido, boi? -falei.-
_ Tava com a minha sogra, em família.
_ Essas meninas viu, dão um trabalhão.
_ Ôh se dão. -meu pai comentou.- E são a maioria lá em casa. -risos.-
_ Sei como é Amarildo, lá em casa tenho duas. Sem contar as fãs que estão por perto a todo momento.
_ É negão, não tá fácil pra ninguém. -risos.- Por falar nisso, oh... Primeira número desconhecido ligando. -levei o celular na orelha e atendi.- Alô?
_ Luan? Aqui é a mãe do Mateus, Aline. Tudo bem?
_ Ótimo, e você?
_ Com saudades do meu filhote (riu). Tentei ligar pra sua esposa, mas não consegui sabe... e...
_ Quer falar com o seu filho? É isso? 
_ Não precisa, era só pra saber se estava tudo em ordem e pedir pra ele tomar cuidado com o celular.
_ Ah, ele tem celular? -"Deixa minha muié pegar você de gracinha."-
_ Isso, ele é meio desligado. E as vezes... -ela desatou a falar e eu dei alguns cortes, desliguei e outra chamada... foi assim durante todo o café da manhã.-
_ Não dá cara, vou atender só os números conhecidos agora. Dane-se o resto, coisa chata da porra. Vim viajar e ficar atendendo ligação toda agora.
_ Calma boi, sabe que é desculpinha pra elas ficarem ligando.
_ Mas enche o saco, sou casado e elas também. -falei "sério" e eles deram risada.- Bora aí galera?
_ Vamos nessa, pai. Cadê o carro?
_ Vou falar com o pessoal do hotel, estamos em 18... Quatro carros dá tranquilo. -falou se levantando, pra não aglomerar esperamos no restaurante. Cinco minutos depois ele voltou dizendo que estava tudo certo, saímos em direção ao hall de entrada, entramos como deu e fomos para o parque.-
_ Vai demorar, pai? -Arthur perguntou.-
_ Sei não, deve ser uns vinte minutos, meia hora. -chutei o tempo por cima, mas o motorista disse que se não houvesse tráfego lento, 40 minutos.- Ouviu, né?
_ Tudo isso? Caramba, a minha mãe podia ver um hotel mais perto né? Fala sério. -resmungou.-
_ Ela viu o que era melhor, e não reclama campeão. Passa rapidinho...
_ Rapidinho, sei... deixa eu ligar pra ela?
_ Daqui a pouco ela liga, relaxa.


  Os quarenta minutos que ficamos no carro foi de muita risada, não tinha outro jeito. Pensa só, crianças e eu. Ainda mais meninos, que zoavam com tudo e com todos, mexendo com as pessoas na rua e falando coisas de homens (segundo eles).

_ Cê tem irmã também Mateus? -perguntei quando o assunto pautado foi: meninas.-
_ Tenho duas. Duas chatas...
_ Chatas? Por que?
_ Porque minha mãe falou ué, e mães nunca mentem. -"Ah mentem sim cara, mas eu também pensava assim na sua idade."- Ela disse que elas não sabem fazer nada a não ser encher o saco.
_ Minha irmã mais legal é Melissa, mas quem brinca comigo é só a Leninha e as vezes a Malu.
_ E você, Luan? Tem irmã?
_ Tenho sim PH. Mas ela é grande, já. Casou e tem até filhos. -todos se espantaram.-
_ Ela é velha! -Vinicius falou na maior inocência e eu ri.-
_ É a mãe do Lucas.
_ E da Laura. -um deles falou com os olhos brilhando, dei risada.-
_ Conhece minha sobrinha, é?
_ Ela é minha namorada.
_ Cala a boca Felipe, ela só falou Oi aquele dia. -e iniciaram uma pequena discussão, bem coisa de criança mesmo.

  Chegamos no estacionamento do parque e estava um tempo bonito, calor mas não aquele exagerado.

  Descemos, deixei meu pai acertando com os motoristas e fiz a contagem pra saber se estava tudo certo.

_ Oh, vamo falar uma coisa aqui... -falei tudo o que minha esposa cobrou que eu dissesse, estava me sentindo um comissário de bordo. Falei sobre saírem de perto sem avisar ou até mesmo sozinhos, cuidado com estranhos e pedi pra ficarmos sempre juntos.- Beleza?
_ Beleza. 
_ Ótimo. Bora lá pegar as pulseiras então..


  Fui junto com o Testa na bilheteria trocar os passaportes e pegar as pulseiras que ajuda furar fila nos brinquedos tudo. Entramos e antes que eu falasse qualquer coisa, os meninos saíram andando na frente. O parque não estava com cara de estar lotado, talvez por ser uma terça-feira e não ser alta temporada. Então deixei que fossem, peguei com a moça que ficava na entrada um mapa do local (na verdade todos nós recebemos).

_ Pai! -Arthur voltou correndo.- Vamos primeiro na montanha russa, né? -cocei s cabeça preocupado com a altura, meus amigos perceberam e caíram na risada.- 
_ Não vai me dizer que você tem medo, Luan. -escutei uma das crianças dizer e não tive pra onde correr.-
_ Não é medo não, nós acabamos de comer. Não querem um brinquedo mais light, não?
_ Não. -responderam em coro.-
_ Bora lá boi, vai ser daora.
_ Isqueiro. -falei para que só ele ouvisse.


  Não era uma montanha russa normal, era uma montanha russa que além de ser a maior do parque, atração principal, ela chegava em até 100 km/h e ainda tinha looping. Eu de branco estava transparente, mas fui mesmo assim.

_ Ôh padrinho, por que cê tá assim?
_ Assim como Lucão?
_ Quietinho. O papai falou que é medo. -Rafael tocou na mão do Rober rindo.-
_ Haha. Muito engraçado, nossa. -eles riram mais ainda.-
_ Cara isso é demais, olha o tamanho cara... quem chegar por último é a mulher do padre. -tirando os mais velhos e Lucas, todos os outros correram até entrarem na fila que estava bem pequena.- 
_ Você não entra, quer ficar com o vô? -escutei meu pai perguntar pro Lucas que estava parado na "régua" que estava na entrada da fila.-
_ Eu fico, pode deixar. 
_ Medroso mesmo, vou filmar tudo.
_ Vai lá, eu não entro nisso. -riram.- Vai mesmo pai? E o coração?
_ Tá ótimo. -deu um tapinha nas minhas costas. E saiu, Well estava doido pra ir e preocupado em deixar eu e Lucas "sozinhos".-
_ Pode ir cara, tranquilo.
_ Fui. 
_ Ôh tio. -ri, ele nunca me chamava de uma coisa só, o que vinha na cabeça na hora ele falava.- Sabia que eu tenho medo? E a mamãe falou que não é feio ter medo.
_ Medo de que garoto?
_ Desses brinquedos que vira de ponta cabeça. Vai que eu caio né.
_ Tem trava de segurança que vai te prender assim... -fui mostrando e ele entendendo tudo, era esperto. Ficamos nessa de conversar até que ligaram o brinquedo e escutamos a gritaria.- Tá vendo lá? É naquele carrinho que você senta pra ir no brinquedo.
_ E não cai? -perguntou surpreso, com os olhos arregalados e levando as mãos até a boca.- Mas padrinho!
_ Eles ficam seguros por um cinto e uma trava de segurança que prende as pernas e a bunda no banco.
_ Nossa, tio. -ri.- Vamos comigo, vai... eu quero ir padrinho, por favor... vamos, vai.
_ Cê nem entra cara, não pode.
_ Vamos na outra então, aquela ali oh. 
_ Nada rapaz, vamos é esperar aqui...
_ E ficar sem brincar, tio? Por favor, vai. 
_ Bora vai, eu mando msg pra eles.


  Levantei de onde estávamos sentados e me deixei ser guiado por meu sobrinho de nem dez anos. Chegamos num treco alto pra caramba, que parecia um elevador. Lucas soltou da minha mão e saiu correndo, tive que ir atrás e esperar com ele na fila.

Mãe, aquele ali oh é o Luan Santana.
Ali onde garota, tá doida?
_ É sério, e aquele ali é o filho da Bruna. -continuei de costas mexendo na barba e de olho no Lucas.- 
Você tá é ficando maluca, onde já se viu... Luan Santana aqui em Santa Catarina e sem segurança. Vamos embora vai.
Eu sigo os fã-sites. Ele está hospedado em Balneário.
Quase uma hora daqui.
Urgh! Cadê a Mika hein?
Cheguei, menina você não acredita. Eu saí daquela montanha russa ali e vi ninguém menos que Dudu Borges, ôh homem gostoso puta que pariu amiga.
Conseguiu tirar foto dele?
Tirei uma foto com ele meu amor. -gargalhei e algumas pessoas olharam, mas não vieram até mim.- 
_ Do que cê tá rindo tio? 
_ Nada não, deixa pra lá. -neguei com a cabeça e quando virei pra jogar o chiclete no lixo as duas meninas tagarelas me olharam de boca aberta, sorri e mandei um beijo.-
_ AH! -gritaram juntas e vieram até mim, dando um abraço por cima da grade mesmo, beijaram meu rosto, unharam meu pescoço, apalparam o Luan Jr e eu me afastei sem ser grosseiro.- Eu falei pra minha mãe que era ele, eu disse.
_ Cala a boca amiga, aprecia sem moderação isso aqui... esse momento é único. -ri.- Tira uma foto comigo?
_ Claro, cadê o celular...
_ Aqui. -entregou o celular e posou para a selfie, fiquei meia hora procurando onde apertar pra ela falar que era só clicar em qualquer lugar da tela.- Ai. Meu. Deus!
_ Toma aqui linda, foi um prazer viu.
_ Eu que o diga. -falou se insinuando, ignorei e tirei foto com a outra que estava quieta até. Logo elas saíram e outras cinco ou seis pessoas vieram, segurei a mão do Lucas pra não correr o risco de nos perdermos e ele olhou assustado.-
_ Tio, vamos! Chegou nossa vez já. -dei um tchauzinho e segui com ele, nos sentamos e depois de fecharem as travas eu fechei os olhos.- Padrinho, tem que ir de olho aberto.
_ Ahaam...
_ Não vale fechar. 
_ Tá bom, Lucas. Fica quietinho, vai...


 O brinquedo foi subindo, subindo, subindo, subindo e parecia que não ia parar nunca mais. As outras pessoas gritavam, comemoravam e eu quieto. Estava vendo boa parte do parque de lá de cima, mas não durou muito. Foi questão de segundos pra acontecer a queda, gritei todos os palavrões que conhecia e várias vezes, tentei fechar os olhos mas nem tempo deu. Sei que quando chegamos no solo e as travas soltaram eu não estava muito bem não.

_ Tio, foi muito massa! Vamos de novo?
_ Depois, né? O tio precisa tomar uma água. -falei dando um tapinha na cabeça dele.-
_ Quero fazer xixi, padrinho.
_ Fazer xixi é coisa de menininha, pô. Cê vai é tirar água do joelho.
_ Mamãe falou que é fazer xixi, que falar mijar e que vai tirar água do joelho é muito feio.
_ Sua mãe nem é homem.
_ É mesmo né tio?
_ É. Deixa eu ver uma coisa aqui. -tirei o mapa do bolso e dei uma olhada.- É por aqui, simbora.
_ Luan! -ouvi gritarem e sorri acenando.- Gostoso.
_ Hãaam... Padrinho, ela chamou você de gostoso! Meu deus do céu, tio. -ri.-
_ Assanhamento, Lucão. Assanhamento puro. -Lucas e eu encontramos o banheiro e foi um alívio daqueles estar com a bexiga vazia. Saímos do banheiro, comprei água e doces pra ele e meu celular começou a tocar.-
_ Cadê você, boi? Não ia esperar do lado de fora ôh medroso? -ria.-
_ Fui no Free Fall com o Lucas, agora estamos aqui perto do banheiro. Onde vocês estão?
_ Tô com o Dudu, o Gui, seu pai e o Well.
_ E o resto?
_ Foram de novo na Star Mountain. Eu tô fora, sai meio zonzo já.
_ É a idade, gordura tamém cê sabe né?
_ Vai se foder, vai. -ri.- Não sai daí não que a gente está chegando.
_ Tá testudo, não vamos em lugar nenhum. -falei olhando para um banco um pouco mais a frente, nos sentamos por lá e foi mais cinco minutos até os outros chegarem.-
_ Vô, aquele brinquedo é muito legal!
_ Aquele ali? -apontou para o bendito e meu sobrinho fez a maior festa ao dizer que sim, nenhum deles estava acreditando que eu tinha ido e zoavam ainda mais.-
_ Vamos, em outro vai. Tem muita coisa pra ver ainda.


  Liguei pro Fael e marcamos de nos encontrar na fila da Fire Whip, confesso que ela era pior que a primeira e mesmo assim fiquei louco pra ir e fui ao lado do meu filho que quis ir outra vez e fomos novamente, sai de lá um pouco tonto, mas nada exagerado. Mas o parque era enorme e não dava pra ficar repetindo brinquedos, tinham outros lugares pra explorar... áreas temáticas como a do Madagascar, Shrek e alguns dos outros personagens da Dreamworks.

_ O gato de botas!
_ Shrek! -sorri com aquele entusiasmo, ser criança era bom demais e saber que estavam se divertindo era bom demais.- Pai, vem tirar foto. -saiu na frente nem ligando para as crianças menores que ele que também olhavam encantadas. Pedi para o meu pai tirar uma foto nossa com os personagens e depois tirei muitas deles, a maioria publiquei no snapchat, até gravei uns vídeos mostrando como estava sendo o passeio, contando com convidados especiais como Amarildo Santana, Wellington Santoro, Roberval Lelis, Dudu Borges e Rafael Frare. Nicolas também deu uma invadida daquelas que a Melissa ainda faz (mesmo tendo o dela). Aproveitamos, para explorar um pouco mais aquela área temática do parque com brinquedos maneiros e pouco mais tranquilos como o Crazy River, o melhor brinquedo até agora. Tinha água e aventura, era um rio estilo ao do Hopi Hari. Muito bom, saímos rindo, querendo mais.- Pai! De novo, de novo.
_ Não cara, tem brinquedo pra caramba ainda.
_ Vamos voltar aqui mesmo, o que custa?
_ A gente volta aqui depois quando o sol estiver ainda mais forte. -falei saindo do assunto.- Bora comer?
_ Mas agora pai?
_ Aproveitar que não vai estar tão lotada a praça de alimentação, dá pra ficar de boa.
_ Quero assistir o show de Excalibur! E lá ainda tem almoço. 
_ Tudo certo aí? Todo mundo aqui? -sai contando, um, dois, três... continuei a contagem e estava faltando duas pessoas, contei outra vez e agora faltavam três. Cocei a cabeça, franzi a testa e tentando lembrar quem era.- Tem alguma coisa errada.
_ Por que boi?
_ Tá faltando gente. -falei e todos os adultos pareciam contar junto comigo. Respirei fundo e fiz a contagem mentalmente, agora pelos nomes.- Porra!
_ Achou?
_ Os gêmeos e meu cunhado. -olhei ao redor e nem sinal deles.- Caralho, eu falei pra todo mundo andar junto pra não acontecer isso. -disse irritado.-
_ Calma, Luan. Vamos encontrar os três, eu vou com o Well ver no brinquedo onde estávamos. -dizia meu pai.- Vai tentando ligar pro Heitor, ele está com o celular. -continuou dizendo.- E vocês, nada de sair daqui.
_ Eu vou por aqui com o Rafa, boi. Você e o Dudu ficam por aqui, mesmo.

  Tudo que eu não precisava agora era perder o filho de alguém, cara, estávamos todos juntos. Andando juntos, não tinha como se perderem. Ficamos mais de uma hora até que os três vieram correndo e rindo de alguma coisa, meu rosto suavizou e liguei pro meu pai, pro Testa e eles voltaram. Os três tiveram a brilhante ideia de irem numa atração à parte, eu poderia dar uma bronca, mas cara ia acabar com a graça do passeio. Tanto é que os meninos estavam já se escorando um no outro, cansados do sol e de ficarem parados. Lucas e Guilherme estavam quase dormindo.
  Dei um jeito de animá-los outra vez e deixei que escolhessem as outras atrações até que chegou a hora do último show e depois daquele espetáculo chamamos os táxis e voltamos para o hotel.

_ Parabéns filhão, eu te amo muito e desejo o melhor a você sempre. -o abracei e dei um beijo em seu rosto.-
_ Obrigado pai, eu também amo o senhor. Você é o melhor pai do mundo. -abraçou minha cintura.-
_ Tá, agora bora pro banho que vocês ainda tem que jantar e cama.
_ Sério? Não podemos pular o banho?
_ De jeito nenhum, ligeiro, vai. 

  Eles estavam até lentos, cansados de tanto brincarem e amanhã teriam o dia todo pra descansar. Esperei eles todos tomarem banho e aproveitei pra responder os fãs que mandavam felicitações ao Arthur, responder as mensagens das mães "preocupadas" com os filhos e depois liguei pra Nanda e ficamos no maior papo, ela perguntando sobre o dia no parque e acabei dando com a língua nos dentes e contando do sumiço dos meninos.

_ Você tá ficando louco, como é que você perde três crianças num parque, Luan?
_ A culpa não é minha se eles saíram correndo.
_ Amor, eu fico preocupada sabia? 
_ Pensa que eu também não fiquei? Poderia ser o nosso filho, eu não sou irresponsável. Aconteceu e não vai voltar acontecer.
_ Certeza? Eles estavam onde?
_ Na porra de um splash, ficamos uma hora e pouco procurando por eles. O celular do seu irmão desligado, foi foda. Mas deu certo no fim, eles se divertiram.
_ E você também bebezão. Foi em todos os brinquedos? Até aqueles?
_ Você também, Fernanda?
_ O Brasil inteiro sabe que você tem medo de altura, que não gosta dessas coisas.
_ E daí? Não precisa lembrar.
_ Desculpa amor, é que eu... -ria descontroladamente, desliguei na cara dela, que retornou ainda rindo.- Am... amor, eu te amo viu. "É o papai?" "Uma amiga da mamãe, lembra que eu disse que o papai ia dormir igual a Leninha?" "Aham." "Então a gente tem que dormir, não é meu bem?" "Sim. Podi deitar aqui?" "Não quer dormir lá com a Tatá?" "Não, quelu colo mamãe." "Vem cá meu amorzinho, deita aqui com a mamãe." Amor?
_ Oi vida.
_ Helena tá chatinha hoje, vou fazer ela dormir e te ligo depois. Pode ser?
_ Pode sim, dá um beijo de boa noite nela por mim. Tô cheio de saudades...
_ Nós também, certeza. Te amo.
_ Também amo vocês. -e desliguei, deitei na cama e fiquei encarando o teto até chegar minha vez na fila do banho. Entrei no banheiro, cuecas pra um lado, toalhas pra outro e as escovas de dentes tudo lá em cima da pia.-
_ Pai, eu tô com sono.
_ Eu também tio.
_ E a gente já comeu antes de sair do parque, eu tô cheio.
_ Então se ajeitem aí pra dormir, bora.
_ Vou dormir aqui com você, boa noite pai.
_ Abusado, boa noite.









~.~

  Demorou, mas saiu. Gente, se vcs soubessem o tanto que esse blogger travou, minhas filhas... O importante é que deu muito certo e o primeiro dia no parque foi demais, muito bacana. Bora pro próximo?
















12 comentários:

  1. Mas essa viaje da Boa demais
    Queria fazer uma viaje assim tbm
    Continua bjoos

    ResponderExcluir
  2. Tadinho do Luan kkkkk Sofrendo tanto bullying kkkkk Eita eita, esse sumiço heim, susto em todo mundo. Amando muito essa viagem!!

    ResponderExcluir
  3. Falei que ele ia perder alguém djjdjd,Ainda bem que deu tudo certo(até agora)...Tô amando

    ResponderExcluir
  4. Ri demais socorro😂😂😂😂
    Eu q não confiava no Rafael pra cuidar do meu filho😂😂 nem fiquei surpresa que 3 sumiram 😂😂
    Sas fãs são tudo safada, onde já se viu isso, pegar nas partes intimas dos outros? Bando de safada😂😏🙈

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Dudinha, ele é responsável! Tanto que de 12 só perdeu três. Kkkk

      Excluir
  5. Será que vem mais arte por aí? Hahahaha

    ResponderExcluir
  6. Quem me dera está no parque. Mas sou igual Luan, medrosa kkkkkk
    Affs! Mas foi muito bom o primeiro dia no parque.

    ResponderExcluir

Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!