Narrado por Fernanda
Melhor que sonhar, era realizar.
Dormi feito uma criança e acordei com um puta de um sorriso estampado no rosto, Luan acariciava minhas costas com aquela mão macia e dedos gordinhos. Confesso que fingi estar dormindo só para me aproveitar mais do momento, ali no silêncio, eu e o homem da minha vida.
_ Acordou minha princesa? -beijou minha testa.- Bom dia.
_ Bom dia, meu amor. -fechei os olhos e me estiquei inteira na cama, espreguiçando.- Estava tão bom, continua. -pedi.
_ Hmmm você gosta não é?
_ É sempre bom. -sorri.- Nem fechamos a cortina. -comentei olhando para a sacada e vendo os raios de sol fortes e clareando todo o nosso quarto.
_ Não tive nem tempo minha mascarada. -riu.- Dá vontade de ficar aqui o dia todo.
_ Ou pelo menos enquanto nossos filhos dormem (risos). Nem sei que hora é essa.
_ Não muito cedo. -virou de costas para mim e pegou o celular.- 10 horas e 03 minutos.
_ Helena ainda não veio dar bom dia? -franzi a testa.
_ Sinal de que estava cansada ontem, ela chegou dormindo.
_ Uhuum... Luan...
_ Oi. -ficamos de frente um para o outro, alisei seus cabelos e beijei sua boca. A mão dele deslizou para o meio das minhas pernas e percebi um sorriso se formar em seus lábios quando me tocou e eu estava excitada, molhada querendo que ele me amasse aquela hora da manhã.- Isso sim é um bom dia.
_ Uhuum. -joguei a cabeça para trás ao mesmo tempo em que afastava as pernas e deixava seus dedos entrarem e sair, sua boca brincava com o meu pescoço e colo.- Bom dia. -um grunhido escapou, a sensação era deliciosa. Começar o dia assim era bom demais, corpo a corpo, carinho e muito sexo.
_ Agora sim rapaz, levantar feliz (risos). Bora tomar um banho?
_ Banho, né Luan?
_ Como quiser. -disse levantando as mãos.
_ Daqui nossas visitas chegam e a gente aqui no quarto.
_ Belos anfitriões.
_ Tchau, fica ai pensando na morte da bezerra. -o empurrei no colchão e sai correndo para o banheiro. Tomei uma ducha rápida, lavei os cabelos e escovei os dentes antes de sair.
Teríamos um almoço em casa e como seria churrasco para aproveitarmos o calorzão de dezembro na piscina. Então vesti um maiô, saída de praia e chinelos. Peguei um óculos escuro e estava pronta.
_ Luan, larga esse celular.
_ Tô falando com o Duduzera.
_ Põe uma cueca pelo menos, vou abrir a porta.
_ Tá bom. -disse sem prestar a atenção.
Estendi minha toalha usada na sacada, recolhi as roupas que estavam espalhadas e joguei no cesto de roupas sujas, estiquei nossa cama e sai do quarto levando meu celular comigo.
Passei nos quartos acordando meus filhos, pedi que descessem quando estivessem de banho tomados. Helena só me pediu ajuda para lavar os cabelos e separar sua roupa. Biquíni, shortinhos e chinelos.
_ Pronto, mãe. Agora se seca bonitinha e desce, tá? -beijei sua testa e sai.- Maria Luísa!
_ Oi, mãe.
_ Já saiu do celular e tomou banho? -ela apareceu na porta, rindo.- O que foi?
_ Chamei a Carol, tá?
_ Ô grude vocês duas hein.
_ Igual você e minha tia Lila. -fez careta.- Mas já tomei banho, sim senhora.
_ Ótimo. Coisa linda... -ela voltou para o quarto.- Melissa?
_ Tô saindo, tô pronta. -apareceu toda linda no corredor, com o rosto cheio de pontos brancos de protetor solar.
_ Esqueceu de espalhar?
_ Não, magina. -ri.- Art? Sua namorada vem? -revirei os olhos e desci sem ouvir a resposta, mas a Melissa veio atrás me encher.- Mãezinha, você não gosta da namorada do meu irmão, é?
_ Menina sem sal.
_ Mãe, admite a senhora está morrendo de ciúmes.
_ Eu não.
_ Ahaam sei.
_ Melissa, não me enche. -falei indo para a cozinha.- Bom dia, Maria.
_ Bom dia, Fernanda. Oi, Melissa.
_ Maria, meu irmão tá de namorada e minha mãe tá morrendo de ciúmes.
_ Não é ciúmes, Maria. É preocupação de mãe. -me defendi.- Não sei nada sobre ela, quais as intenções dela com o meu filho.
_ Ah mãe, para vai. A mãe dela que deveria ter toda essa preocupação, porque meu irmão não é nenhum santo não. -as duas deram risada. Arthur chegou sorridente na cozinha, cumprimentou Maria e me abraçou por trás dando um beijo no meu rosto.
_ Bom dia mulheres lindas. -continuou me apertando.
_ Bom dia é Arthur? -perguntei desconfiada.
_ Alá, fala mãe.
_ Você não vai trazer aquela menina aqui não né?
_ Vou, por que? Não posso?
_ N-não que não possa... é que...
_ É que o que mãe? Qual o problema com a Julia?
_ Nenhum, filho.
_ Então...
_ Você disse que vocês não namoram e se não namoram não tem porque ela ficar socada aqui em casa.
_ Ué, minha amiga. A gente fica as vezes.
_ Arthur!
_ Te amo. -e saiu depois de me dar outro beijo no rosto.
_ Menino abusado.
_ Te falei Maria, tá cheia de ciúmes. -riam.
_ Fica quietinha, fica.
_ Tudo bem, mas a senhora sabe que eu tô certa.
_ Xiu... Maria, precisa de alguma coisa do mercado?
_ Olha, tô precisando de umas coisinhas sim. Até fiz uma listinha... -secou as mãos e tirou do bolso uma lista de compras.
_ Deixa aqui comigo que eu vou com o Luan.
_ Onde que eu vou? -ele perguntou abrindo a geladeira.
_ No mercado, cadê sua camisa?
_ Na sala. -disse tomando água.- Bom dia Mariazinha, bom dia Melissa.
_ Mamãe eu quero ir também.
Todos acordados, casa em movimento.
Saímos eu e Helena com o Luan e fomos no mercado e estava tão tranquilo que ele entrou conosco. Compramos as coisas que estavam na lista e mais carne, cerveja e refrigerante. Sobremesas tinham coisas lá em casa, mas levamos alguns potes de sorvete.
Luan e eu havíamos convidado nossos amigos que estavam de viagem marcada e não veríamos mais este ano. Chamamos nossos afilhados e os pais, os amigos mais próximos como a Soraya e o Dudu, a Jade que também estava em São Paulo e por aí vai.
Voltamos para casa e Luan foi pôr as bebidas no freezer, eu e as meninas ajudamos Maria na cozinha e Arthur se encarregou de acender a churrasqueira.
Narrado por Maria Luísa
Carol chegou antes dos meus pais voltarem do mercado e subimos para o meu quarto, ela trocou a roupa por um biquíni e coloquei shorts e blusa por cima.
_ Nem sabe quem me mandou direct dizendo que vinha para o churrasco. -falei toda sorridente.
_ Não mesmo, quem vem?
_ Henrique.
_ Mentira!
_ Verdade. -nos deitamos na minha cama e li pra ela a rápida conversa que tivemos. Henrique disse que viria com os meninos e perguntou se ia rolar da gente se ver também.- O que me diz?
_ Digo é nada, seus pais vão estar aqui viu.
_ Ah disso eu sei, mas sei lá... eu quero ficar com ele de novo.
_ Não me olha assim, não farei parte disso.
_ Em pensar que eu sempre te ajudo com os seus boys.
_ Nem vem Malu, não adianta. -cruzou os braços e eu dei risada.- Não vai descer?
_ Não tem nada pra fazer lá embaixo e está um calor do caramba. -virei de barriga pra cima e coloquei no stories.- Quando sua mãe fala que vai ter churrasco em casa e você não tem um boy... -gravei a Carol que deu um tchauzinho, rindo.
_ Até se você tivesse um boy, eu sou prioridade. Seus pais me amam...
_ Eu não te mereço, Carol. Fala aí porque você veio.
_ Porque meu crush vai estar presente, apenas. O crush supremo, meu mozão... -ela fechava os olhos abraçando meu urso que estava jogado na minha cama.- Só por isso.
_ Iludida. -parei de gravar e virei de frente pra ela.- Carol e seu boy hein... vocês não iam sair?
_ Eu levei um pé na bunda, muito bem dado por sinal.
_ Como assim?
_ Ele mandou uma mensagem falando que estava enrolado e ia viajar com os pais num final de semana, e foi... deu uns três dias e ele foi marcado em uma foto com a legenda "bom demais estar ao seu lado".
_ Por causa de uma legenda?
_ Queria um letreiro de Hollywood? Ou outdoor com luzes piscantes com uma seta "você é trouxa".
_ Exagerada... -revirei os olhos.
_ O baile segue meu amor, tem que seguir. -falou rindo.- Seu primo vem?
_ Seu crush supremo?
_ Sim, pago um pau pra ele e ele nem imagina.
_ O Nick é lindo e um amor.
_ Lindo é pouco. É o homem que eu torço para que sonhe comigo todos os dias. -caímos na risada até que escutamos batidas na porta, era a minha mãe.
_ Oi, Carol. Chegou cedo em nega. -as duas se abraçaram.- E sua mãe, por que não veio?
_ Preguiça, o namorado dela que me trouxe.
_ Olha só (risos). Fica a vontade viu, você está em casa.
_ Gosto disso (risos). E o rango?
_ Nem começou a ser feito, mas as duas podem saindo do quarto... está o maior sol lá fora.
_ Aí mãe, mas tá muito quente.
_ Tem uma piscina lá fora, enorme por sinal. E falei pro seu pai arrastar os sofás e deixar o Xbox na sala.
_ Just Dance? Adoro. -Carol disse animada, me puxou da cama na maior empolgação e descemos as três juntas.
_ Pai!
_ Fala, filhota. Que carinha é essa?
_ Me pega no colo. -ri.
_ Peguei ontem voltando da casa da sua tia Bruna.
_ Eu não lembro.
_ Meus braços sim (risos). E aí, Carola?
_ Oi tio.
_ Tio? Tô velho assim?
_ Tá gatinho ainda, gatinho. -piscou para o meu pai brincando.
_ Pai, você trouxe o que?
_ Sorvete.
_ Flocos e sensação?
_ Também. -respondeu guardando a carteira do lado da TV.- Bora dar um mergulho?
_ Bora. -falei tirando os chinelos, minha roupa e ficando de biquíni assim como a Carol.
_ Minha nossa senhora. Fernanda!
_ O que foi? -minha mãe perguntou toda preocupada.
_ Olha o tamanho desse biquíni. Maria Luísa!
_ Aí pai, que exagero hein. Se fosse pra biquíni ser grande não venderiam fio dental.
_ Eu não vou aguentar, minha mãe do céu. -ele resmungou horrores, mas mergulhou conosco e ficamos na piscina um tempo. A água estava uma delícia, sem contar que a piscina por enquanto era só nossa.
(...)
_ Quem vai na próxima música? -perguntei pegando o controle do videogame.
_ Eu vou. -Nayara se ofereceu.- Quem vem comigo?
_ Eu. -Carol disse se colocando de pé, ainda tinham mais dois lugares, Melissa e Helena.- Escolhe uma legal hein.
_ Filha, só tem músicas legais aqui. -falei escolhendo uma do Justin e um outro carinha, bem legalzinha. A música delas começou e quase na metade alguém estava tocando a campainha e eu levantei pra atender, eram as meninas, Julia e Camila.- Oi.
_ Oi Malu. -ergui a sobrancelha e ela ajeitou uma mecha do cabelo, sem graça.- Seu irmão está aí?
_ Sim, está na piscina. -respondi.- Podem entrar, oi Camila.
_ Oi Maria Luísa. -sorriu e foi entrando deixando o Matheus, o único que veio e me deu um abraço daqueles e perguntou se eu estava bem.
_ Ótima, estou de férias. -comemorei.
_ E eu terminei a escola, quem está mais feliz? -riu bagunçando meus cabelos.- Quem tá aí?
_ O Art tinha falado que o Kevin viria com o Carlos e o Henrique, mas nenhum dos três chegou ainda.
_ Só tem mulher aqui meu. -ria.
_ Senta lá fora com o meu irmão, tem muito mais homens lá... meus primos inclusive.
_ Vai rolar aquele fut?
_ O que você acha?
_ Theus, você não vai entrar? -Camila voltou até a porta de braços cruzados.- Vem... -o chamou com a mão.
_ Vai lá, totó. -disse rindo e fechando a porta.
_ Chata, né? -cochichou.
_ Igual a irmã (risos). Bate aqui.
_ Malu, Malu. -beijou minha testa e foi.
Voltei para junto das meninas, mas seria melhor se tivesse pego um banco e sentado na porta porque não parava de chegar gente. Dei uma pausa quando era minha vez no Just Dance.
_ Love the way é tão bonitinha, dança comigo Art.
_ Olha bem minha cara de bailarino. -riu.
_ Eu danço cunhadinha. -Leonardo falou ficando em pé ao meu lado.- Preparada pra perder?
_ Pra você? Me respeita, né Leo (risos).
_ Põe o play então. -dançamos aquela e mais outras duas, entrei na cozinha pra tomar água e na volta a campainha tocava outra vez.
_ Minha nossa senhora! -abri e dei de cara com os atrasados.- Chegaram cedo pra amanhã hein. -brinquei.
_ Viemos para dormir. -Henrique disse piscando pra mim. Cumprimentei os outros e ele ficou por último, me deu um abraço apertadinho e passando as mãos nas minhas costas e um selinho.- Saudades do meu aniversário. -riu.
_ Sem juízo você. -neguei com a cabeça.- Entra aí, Arthur está lá fora com o pessoal.
_ E os meninos?
_ Só o Teteu chegou antes de vocês. -fechei a porta e fomos entrando, ele cumprimentou as meninas e desceu para o quintal.
_ "Eu vi." "Eu também." "Faltou o beijão, só um selinho?" -as meninas zoavam.
_ Nada a ver, podem parando. -falei sentando no sofá.
_ Seu pai me deu carta branca hein. -Leo avisou.- Se eu pegar você já sabe.
_ Deixa minha irmã que ela está na idade. -Melissa me defendeu.- E ele é um gatinho.
_ Beija bem também. -todas demos risada e voltamos a nossa "competição".
Minha mãe foi chamar a gente pra almoçar já estava tarde, mas foi a hora que a carne estava pronta. Fomos lá pra fora, entramos na fila para fazer nossos pratos e nos acomodamos nas mesas e cadeiras que estavam dispostas pela grama.
_ Pra mim? -Rique perguntou vendo uma cadeira vaga.
_ Junta a outra mesa, aí senta todo mundo.
_ Agora. Segura aqui por favor. -me deu o prato e foi arrastar a mesa e trocar as cadeiras de lugar.- Valeu. -beijou meu rosto e puxou a cadeira, sentando do meu lado.
_ Não acha que você tá muito perto da minha irmã não? Desgruda hein. -Arthur falou todo sério.
_ Nossa, seu grosso. -falei.
_ Grosso nada, tô vendo ele te cercando tem tempo.
_ Deixa ela Arthur, ela está na idade. -Julia dizia alisando meu irmão, voltei a comer e conversar com o pessoal.
_ Teteuzinho lindo, do meu coração. -falei toda fofa.- Pega refri pra mim e pra Carol, por favor?
_ Vou trazer a garrafa, assim ninguém mais pede (risos). Alguém quer cerveja?
_ Eu não, credo.
_ Não bebe Julia? -perguntei ao ver sua careta.
_ Eu não, você sim?
_ Não gosto de nenhuma bebida alcoólica.
_ Ah eu amo, tenho um amor profundo por álcool. -Nay dizia toda louca, se declarando para a latinha de cerveja.
_ Bem cachaceira, misericórdia.
Depois de comermos a piscina ficou vazia, porque tinha que esperar um tempinho antes de entrar. Chamei o pessoal e dei a ideia de jogarmos vôlei lá embaixo, onde o Lupy ficava. Falei pro Arthur pegar a rede e entrei pra buscar a bola.
Formamos nossos times e partimos pro jogo.
_ Vocês nem jogam merda nenhuma. -Leonardo falou rindo, depois de ver a Carol errar o saque pelo menos cinco vezes.- É assim, oh... aprende comigo. -foi para o lado dela e deu aquela aula.
_ Vai Carolzinha, mostra que você aprendeu. -ri.
_ Minha filha, sou uma Fabiana no vôlei.
Entre um toque o outro os times foram aumentando. Minha mãe desceu com a tia Lila, a Laura chegou com o namorado, meu tio Davi se atreveu também a jogar e até minha avó Marizete quis brincar.
Aproveitei para descansar com as crianças, deitei na rede com o Bê que estava quase dormindo. Colocou a cabeça no meu peito e ficou mexendo nos meus cabelos.
_ Cansou, Bê?
_ Eu joguei muita bola hoje, Lulu.
_ E fez gol?
_ Um montão, muito.
_ E só isso?
_ Comeu doce também, Lulu.
_ Hmm Lulu. -olhei para o lado e ele estava sentado atrás da rede, quase que não o via.
_ Quem é esse Lulu?
_ Pergunta pra ele, Bê.
_ O que é você?
_ Amigo da Malu e você?
_ Namolado da Lulu, minha mãe deixou.
_ Ah deixou, é? Quantos anos você tem carinha? -Bernardo que estava quase dormindo, despertou e ficou no papo com Henrique.
_ Maria Luísa! -escutei meu pai me chamar e nem respondi, porque sabia que ele estava perto.- Por que não responde?
_ O senhor já estava vindo pra cá. -dei de ombros.- O que foi?
_ Isa tá procurando o filho dela, né? Faz o favor de devolver. -ri.
_ Ele não quer sair daqui, né Bê?
_ Padinho eu tô com a Lulu, não quero ir com a mamãe não.
_ Ah não rapazinho? Bora lá com o padrinho, vem cá... -meu pai sequer falou do Henrique que continuou no mesmo lugar, ele só pegou o Bernardo no colo e entrou.
_ É impressão minha ou você tá fugindo de mim?
_ Eu não, é que tem gente demais aqui. Muito parente... entende?
_ Não. -riu.- Tô brincando.
_ Bobão. -apertei seu nariz.- Vamos descer?
_ Vamos, não vou arrumar nada mesmo né? -dei risada e levantei da rede e voltamos pra junto da galera sob olhares curiosos, inclusive da minha mãe que não fez cerimônia e chegou perguntando.
_ Tava tudo bem lá em cima? Seu pai desceu quieto demais.
_ Não fiz nada, estávamos conversando... detalhe, conversando com o Bê.
_ Rolou nem um beijinho?
_ Hoje não, mãe.
_ Hoje não? -arregalou os olhos.
_ Juro que depois a gente conversa, vamos voltar a jogar?
(...)
Se não fosse pelo fato de viajarmos na madrugada de quarta-feira nosso churrasco não ia ter hora pra acabar não. O pessoal foi indo embora e meu pai emprestou o carro para o meu irmão levar a namoradinha, a Carol e as amigas da Melissa.
Matheus foi embora com o pai e levou Kevin e o Carlos junto com ele, Henrique ficou comigo. Sentamos na frente de casa, debaixo da janela e passamos um tempinho ali. Rolou beijo, mais de um na verdade. E foram ainda melhores que o beijo que demos na festa de aniversário dele.
_ Esse celular não para hein. -disse entre o beijo, dei risada e tirei do bolso para dar aquela olhadinha.
_ Instagram.
_ Eu vi hoje cedo "quando sua mãe fala que vai ter churrasco em casa e você não tem um boy", duas doidas.
_ Não fala assim da minha Carol.
_ A gente poderia sair algum dia desses. O que você acha?
_ Sair? Mas, sair de sair?
_ É Maria Luísa, sair... um parque... restaurante... minha casa.
_ Trouxa. Mas não vai dar...
_ Caramba, que bota hein.
_ Eu viajo essa madruga e volto só dia 03.
_ Pode ser quando você voltar, não queria ter que esperar outro churrasco pra te dar uns beijos.
_ Bem direto você.
_ Pra que rodeios? Você é daora.
_ Daora por que sou irmã do seu amigo? -ergui a sobrancelha.
_ Você não fica em cima, se oferecendo. Coisa que tinha de monte naquela escola.
_ E você bem passou o rodo, que eu sei.
_ Ficava de olho, é?
_ "Aí eu fiquei com o Rique" "nossa ele é um gato" "viu como ele me olhou". -falava imitando as meninas, revirando os olhos.
_ Tá vendo ai. Você é mais na sua.
_ É que eu não sou muito deslumbrada com essas coisas. Tá beijei na boca, tenho vontade de sair as vezes... mas a adolescência não se resume nisso. Nada contra quem curta namorar, mas isso não tem passado pela minha cabeça.
_ Bate aqui. -ergueu a mão e eu bati, dando risada.- Tá chegando minha hora.
_ Vai ir sozinho?
_ Minha mãe está chegando aí. -levantou do chão e me puxou pela mão e me deu uma juntada meio bruta, Henrique apertou minha cintura e me deu um beijo daqueles e teríamos ficado um tempinho a mais se meu cunhado e minha irmã não tivessem nos pego no flagra é feito aquela zueira de sempre.- Tchau Lulu. -brincou mordendo minha bochecha.
_ Idiota, tchau.
_ Tchau Melissa, falou Leo. -tocou na mão dele e entrou no carro que estava estacionado em frente com os faróis acesos.
_ Se fosse o pai... -Melissa cruzou os braços.
_ É, mas não era. -ri.- Tchau, Leo. -e entrei.- Bernardinho lindo da prima. -tentei mexer com ele, mas ele estava no colo da minha tia e chorou.- Ih, Bernardo. O que foi?
_ É sono, Malu. Eu tô com muito sono. -disse minha tia enquanto ele colocou a chupeta de volta na boca e deitou a cabeça no peito dela.
_ Pior que eu também estou, vou subir... tia! Não vou te ver no natal, então... Feliz Natal! -sorri e a abracei.- Muita prosperidade e saúde pros babys.
_ Obrigada, Lulu. -desejei o mesmo ao meu tio Rober e subi para tomar um banho e dormir.
~.~
LuNanda não muda, entra ano e sai ano e eles só intensificam as ousadias. Haha!
Já a dona Maria Luísa está bem saidinha, não é? Luan que se prepare, rs.
O casal não pode mudar mesmo.
ResponderExcluirMaria tem que continua ficando com o boy, tem que aprender as coisas boa da vida kkkkk só tenho dò porque luan e Arthur vão pega no pé dela, coitada se a Melissa sofreu sò com luan imagina ela que agora é 2 kkkkk continua ❤
Nosso casal é o melhor casal! ❤
ExcluirMaria vai aprender muita coisa, muita mesmo. Haha