Narrado por Fernanda
Duas semanas mais tarde (...)
Luan estava viajando, mas me ligava sempre que podia. Sempre atencioso e querendo saber como foi o meu dia, saber dos nossos filhos e perguntar sobre o rolo dela com o amigo do Arthur.
_ Luan, eles saíram as três sextas que passaram. -contei.- Primeiro no cinema, depois numa festa de aniversário de um amigo dele da escola e o Arthur estava com a Julia... e nessa última Maria Luísa foram tomar açaí.
_ Açaí? E voltou que horas, vida?
_ 22h e pouquinho, fiquei esperando ela chegar pra ir dormir.
_ E estava tudo certo?
_ Tudo certo como, amor?
_ Eles não te passaram a perna não?
_ Não, ela teria me contado. Chegou falando pelos cotovelos... está toda apaixonadinha amor.
_ Aí meu deus, eu nunca tô preparado pra essas coisas.
_ Eu também não, né? Mas elas crescem.
_ E o Arthur com a Julia?
_ Ela vem pra cá de sexta e só vai embora no domingo, seu filho está abusando... eu tô fingindo que está tudo normal.
_ Amor, o que tem demais?
_ Minha casa não é motel e ela é muito escandalosa, eu não sou obrigada.
_ Ela é o que, vida?
_ Escandalosa e isso tá me irritando. Todo dia que ela vem dormir aqui é essa palhaçada, mas vocês falam que é ciúmes.
_ Também vai... Leonardo dorme com a Melissa aí e você não fala nada.
_ Não falo porque nunca escutei um grito da Melissa. Agora dessa estranha...
_ Vou falar com o Arthur.
_ Fala, antes que eu coloque ela pra fora pelos cabelos e pelada.
_ Vida, não seja assim. -riu.- E a pequena?
_ Tô numa dó, amor. Ela chega cansadona, as vezes não quer nem jantar.
_ Não acha que tínhamos que diminuir a carga horária, não?
_ Mas quem que vai ficar com ela até eu chegar?
_ Arthur, ele chega 13h.
_ Quando ele vem direto, não fica pra jogar bola, não vai fazer um trabalho.
_ A gente paga alguém, dinheiro não é o problema.
_ Não mesmo, mas temos que pensar direitinho. Vou revisar novamente as aulas dela e na sua folga vemos isso. Pode ser?
_ Claro que pode, vida. Mas hein, e você?
_ Tô numa cólica que não é de Deus! Tem um elefante pisoteando meu útero, pulando corda... sem contar que tô usando absorvente noturno desde que desceu pra mim e isso tem três dias.
_ Tomou remédio?
_ Eu quero mesmo é tomar cachaça.
_ Fala assim não minha linda.
_ Tá foda demais, amor. Mas fora isso tô bem. E você, já entrou no ritmo da estrada?
_ Já, tem duas semanas que estamos rodando. E oh minhas neguinhas estão com saudades de você.
_ Ah é? Manda um beijo meu pra elas, fala que eu também estou com muitas saudades e que nos vemos no carnaval.
_ Podexa, vida. Tem visto a Isa?
_ Não, tenho que ir lá... tô numa saudade daquele toquinho me chamando de dinda.
_ Testa falou que agora ele é o homem da casa e tem que cuidar "da mamãe e do neném da barriga".
_ Ele é um fofo, dá até vontade de ter mais uns.
_ Só fazer, eu topo. -nos falamos por quase uma hora e desligamos, ele porque tinha que trabalhar e eu porque precisaria dormir.
_ Mamãe.
_ Oi Leninha.
_ Queria ver minha vovó.
_ Sua vovó Mari?
_ É mamãe, e meu vovô Amarildo também.
_ Podemos passar lá amanhã, pode ser?
_ Pode, pode sim. Eu tô com sono, mamãe.
_ Quer deitar no seu quarto, né?
_ É. -levantei do sofá e subi com ela, esperei que dormisse e liguei pra Maria Luísa.
_ Oi, alô mãe.
_ Olha a hora que é, já... cadê você?
_ Entrando na nossa rua, sem mentira.
_ Te dou cinco minutos, boa noite. -e desliguei, sabendo que ela não iria descumprir o combinado.
Troquei o vestido por um pijama e deitei tranquila, ainda mais depois de ouvir o barulho do carro estacionando na porta. Estava cansada, não demorei a dormir.
Narrado por Maria Luísa
Tínhamos ido no Ragazzo comer coxinhas e demoramos um tempinho pra voltar, minha mãe até ligou. Coisa que quase não acontece.
_ Tchau, até mais... tenho que entrar.
_ Já? -assenti.- Então tchau, Maluzinha. -ele pôs a mão no meu pescoço e me prendeu em um beijo lento e com aquele gostinho de quero mais que ele sempre tinha. Eu estava ficando com calor só por beijar aquela boca, sem pressa.
_ Hm... tenho que ir.
_ Tá bom, boa noite linda.
_ Boa noite, lindo. Avisa quando chegar em casa. -lhe dei mais um selinho e desci do carro, acenei e entrei em casa.
_ Tá boa essa vida hein... o pai sabe disso?
_ Arthur, que susto. -coloquei as duas mãos no peito, rindo.
_ Susto é? Não tô gostando disso não, nem é final de semana e vocês não são namorados.
_ E daí? A mãe sabe, o pai também... me deixa hein.
_ Não deixo não, você precisa de limites. Olha a hora que é e amanhã ainda é quinta.
_ Ih, que foi hein? Não viu a Julia hoje?
_ Não interessa.
_ Irmãozinho, boa noite. Tchauzinho. -e subi para o meu quarto, troquei de roupa e cama.
_ Cheguei, dorme bem.
_ Você também. -respondi o áudio e dormi.
Na manhã seguinte meu irmão durante o nosso café reclamou com a minha mãe, disse que eu estava ficando sem limites. Que ele não podia ver a namorada dele de semana e eu que nem namorar namorava, saía quase todo dia e não sei o que. Resultado foi, passei a sexta em casa e não vi o Henrique no final de semana também. Mas não reclamei, não.
Aproveitei para passar com as minhas amigas em casa, pizza, brigadeiro e filmes a noite toda.
_ Meninas, boa noite pra vocês. Eu e a Nena vamos subir. -minha mãe disse para nós e subiu.
_ Boa noite, tia Fê. -disseram elas.
_ Boa noite mãe, até amanhã...
_ Até, se cuidem...
Minha mãe subiu com a minha irmã e nós tiramos o filme da pausa, voltamos a assistir, mas não prestei muito a atenção. Estava trocando mensagens com o gatinho, ele tinha saído não sei pra onde com uns primos.
_ Assim não vai dar certo.
_ O que?
_ Vou ser sincera, se começar a namorar e se afastar de mim, nem na minha cara olha mais. -Carol disse séria, toda bicuda.
_ Nunca meu amorzinho, jamais. Vou casar e te levar pra lua de mel.
_ Isso. -riu. Olhamos para o lado e Letícia dormia.- Ele tá onde?
_ Saiu com os primos, pra onde eu não faço ideia.
_ E não perguntou?
_ Não, deveria?
_ No mínimo, né Malu.
_ Amanhã ele fala. Já deu desse filme, né?
_ Já, eu quero dormir. -e foi o que fizemos. Levamos as coisas para a cozinha, acordamos a Lê e fomos para o meu quarto.
Mais uns dias se passaram e mesmo estudando na mesma escola, meus desencontros com o Henrique foram a semana toda. Só nos falamos pelo whats, marcando de nos ver na quinta, depois da aula e eu contei os minutos para chegar.
_ Mãe, mas eu tinha avisado a senhora. -estava com ela no telefone.
_ Hoje não vai ter ninguém lá em casa, Maria está de folga. Melissa vai dormir no Leo, Arthur foi pra sua avó e eu vou visitar sua tia e vou levar a Nena comigo.
_ Tá falando sério?
_ Sim, estou. Olha, eu tô confiando em você.
_ Tá bom, mãe. Eu vou pra casa...
E foi o que fiz. Peguei um ônibus que me deixava na entrada do condomínio, desci e fui andando até em casa.
Subi, tomei um banho e vesti um shorts com camiseta regata, calcei meu tênis e prendi os cabelos. Passei protetor solar, desodorante e desci para ligar pro Henrique.
_ Oi, alô?
_ Oi Malu.
_ Vai vir de bike mesmo?
_ Vou, tô chegando quase... onde vamos nos encontrar?
_ Na pracinha, lembra? -falei pegando as chaves, Thor ficou me olhando com a cabeça de lado.
_ Lembro, daqui uns dez minutos eu tô lá.
_ Tá, até já. Beijos. -desliguei e fiquei olhando para o cachorrinho mais lindo e carente da casa.- O que foi meu amor, quer ir andar de bicicleta também? -ele latiu e abanou o rabinho, todo serelepe. Não resisti e iria levar ele sim.
Peguei a bicicleta e no cesto coloquei a tigelinha e garrafas de água para o Thor, coloquei a coleira e saímos. Chegamos na praça e sentei no banco para esperar o bonito.
_ Então temos companhia hoje. -ele falou sorrindo, descendo da bike todo esportivo, bermuda, regata, boné e tênis.- Tudo bem? -primeiro nos abraçamos e depois rolou aquele beijão bem gostoso, cheio de saudades e ele com ousadia, apertando minha bunda.
_ Para vai, vamos dar uma volta. -falei me afastando e ele riu tirando o boné e mexendo nos cabelos.
_ Calma aí vai, eu vim pedalando da minha casa até aqui. -disse ofegante, eu ri e nos sentamos.
_ Cadê o cara fitness?
_ Sou sedentário pra porra, muito mesmo. -riu.- Fujo das aulas de educação física.
_ Você tem um corpo tão gostosinho, jurei que fizesse academia ou algum esporte.
_ Genética, bebê (risos). -levantou a blusa e passou a mão no abdômen.- Tá quente hein.
_ Sim, mas está gostoso pra sair de casa... -falei sentando ao lado dele e jogando as pernas por cima da dele.- ... estava sem fazer nada também?
_ Está tendo churrasco lá em casa, acredita?
_ Em plena quinta-feira?
_ Minha mãe acorda e pensa em fazer alguma coisa, comunica e faz.
_ Igualzinha meu pai, meu pai e os churrascos nas folgas. Reúne os amigos, aí vem as esposas e os filhos, namoradas e vira uma baguncinha.
_ Me identifico. -riu.
_ E essa boquinha? -passei o dedo e ele mordeu a pontinha.- Assim não, vai...
_ Posso falar uma coisa? -fiz que sim.- Eu estava com saudades de você, pensava em você direto. -sorri feita uma tonta e roubei um selinho dele, selinho que virou um beijo mais rápido e com algumas mordidas.- Nem dá vontade de sair daqui mais.
_ Dá sim (selinho), vamos (selinhos). Levanta, vai. -o puxei pelas mãos e fomos para as bicicletas, e Thor comigo na cestinha.
Pedalamos quase uma hora e meia direto, parei para descansar um pouco e soltei o cachorrinho da coleira. Deixei a água dele lá também e deitei na grama, cansada.
_ Sério mesmo que você cansou?
_ Muito. Deita aqui comigo?
_ Minha camisa é branca.
_ Tira, ué. -disse tranquila e ele tirou, piscou e mordeu os lábios para mim.
_ Então você gosta de pedalar?
_ Na verdade mesmo, meu esporte é o ballet. Eu amo, danço desde muito novinha... mas em casa nós também temos o hábito de passear nos parques da vida e aí pedalamos um pouco.
_ Daora, meu pai não curte não. Já minha mãe adora, eu tenho essa bicicleta porque ia muito com ela.
_ Hm... interessante. -virei de frente para ele e ficamos um tempinho ali, abraçadinhos.- Um gosto em comum.
_ É, até porque time você não sabe escolher.
_ Fala isso para os meus pais.
_ Puts, aí não dá (risos).
_ Não mesmo. -fiz careta para o time dele e levantei, dobrei os joelhos e prendi outra vez os cabelos.
_ Deu pra descansar?
_ Sim. Vamos voltar?
_ Não quer ir lá em casa?
_ Assim?
_ Tá linda, vamos... -sentou do mesmo jeito que eu e me abraçou de lado.- Trago vocês depois de um banho, prometo (risos).
_ Pedalando?
_ Yes, my dear.
_ Não é longe, né?
_ Não, preguiçosa.
_ Tá bom, eu vou, mas antes vamos deixar o Thor em casa.
_ Como quiser. -nos levantamos depois de um beijo e fomos para a minha casa. Coloquei comida e troquei a água do bebê, tranquei tudo e fomos para a casa dele.
27 minutos calculados.
Eu não lembrava muito da faixada porque das vezes em que fomos para lá estava de noite e saímos no meio da madrugada. Agora, durante o dia, memorizei melhor o caminho.
_ Tem bastante gente hein. -comentei ao ver vários carros estacionados.
_ Maioria é parente, vem... pode encostar aqui. -falou descendo e deixando a bicicleta em um canto, fiz o mesmo.
_ Henrique... tem certeza que quer entrar?
_ Tô com sede e acho que você também, tá suando e vermelha.
_ Tô com calor. -falei.- Não vamos lá fora, né?
_ Não se você não quiser. -ele abriu a porta e os cachorros vieram pulando e brincando com ele, fiquei com muito medo quando vi o pit bull solto e mostrando aqueles dentes, abracei ele por trás e não soltei até entrarmos na cozinha e eu senti meu rosto queimar de vergonha com aquelas pessoas me olhando.- Malu, meus primos. Primos, essa é a Maria Luísa.
_ Pô, apresenta direito meu. Prazer Malu, Guilherme. -piscou pra mim e sentou.- Namorada bonita hein...
_ Linda. -beijou meu rosto.- Alguém viu minha mãe? -perguntou abrindo a geladeira e pegando o jarro de água, pôs em cima da bancada e se virou para uma moça que estava entrando com um copo na mão, toda sorridente.- Mãe...
_ Onde você se meteu filho? Sei que queria tomar um ar, mas nem me disse se ia por aqui ou... -um dos meninos apontou para mim.- ... Oi, você deve ser a Malu, não é?
_ Sim e a senhora...
_ Senhora está no céu, graças à Deus. -riu.- Prazer, Luísa. -me abraçou tão gostoso, eu retribui.
_ Prazer, Maria Luísa (risos).
_ Já sei que sua mãe tem bom gosto para escolher nomes. -piscou.- Fica à vontade.
_ Obrigada. -ela beijou meu rosto e saiu cantando.
_ Minha tia nem faz muita festa, são tantas né primo? -Guilherme falou rindo, mas eu não achei graça.- Bem namorador. -riu.
_ Não mais que você. -Henrique disse me abraçando, encostei a testa no peito dele.
_ Precisa aprender com o Gui aqui, nunca assumir e sempre se divertir. -piscou pra mim.- Compartilhar também... -meus olhos reviraram espontaneamente. Henrique percebeu, levantou minha cabeça pelo queixo e me beijou.
_ Essa eu assumo e não compartilho. -respondeu com um sorriso enorme.
_ Apaixonou, já?
_ Sabe como é, né?
_ Saber eu não sei, mas eu imagino.
_ Cala a boca, Guilherme. -outro primo dele falou.- Ignora, Malu.
_ De boa. -sorri sem mostrar os dentes.
_ Vou subir pra tomar um banho... quer esperar aqui ou lá em cima?
_ Aqui não, né. Nem conheço ninguém direito e seu primo é meio inconveniente.
_ Ele é muito. -falou tão baixo quanto eu.- Espera lá em cima comigo, vem.
Voltamos para a sala e seguimos na direção da escada, entramos no quarto dele e ele fechou a porta. Trancando-a.
Tirou a camisa e jogou numa pilha de roupas, acredito eu que sejam todas sujas. Sentei na cama e peguei o celular, ele se aproximou e me deu um beijo rápido enquanto esticava o braço para pegar a toalha que estava na cabeceira. Levei minha mão até seu pescoço e o puxei para mim.
_ Calma aí, eu vou cair em cima de você. -riu entre o beijo e eu passei a língua nos lábios, mordendo o canto da boca.- Essa carinha de menininha combina tanto com você, Maluzinha.
_ Eu sei. -ri.
_ Linda. -selou meus lábios e iniciou um outro beijo, mais intenso e nada rápido. Diferente eu diria. Ele continou com a mão na minha nuca e a outra nas minhas costas, fechei os olhos e curti a sensação. Um lado do colchão afundou, dei uma espiada e era o joelho dele que estava apoiado na cama, impulsionando seu corpo para frente e aos poucos me deitando. Sem deixar de me beijar.
Meu corpo foi tomado por um arrepio gostoso, parecido com o que senti quando estivemos nos amassos aqui daquela outra vez. Henrique estava em cima de mim, com as duas mãos na minha cintura por baixo da minha regata. A medida que o beijo tomava forma e ganhava mais intensidade, seus dedos passeavam por dentro da blusa e se aproximavam cada vez mais dos meus seios. Sim, eu estava perdendo o fôlego!
Sua boca encontrou outro caminho, passou pela ponta da minha orelha e desceu para o meu pescoço, beijos marcados e mais molhados.
Levantei os braços e ele tirou minha blusa e mesmo com cuidado não fez cerimônia para tirá-la do meu corpo, deixando meu sutiã a mostra. Ele olhava meu corpo não só com desejo, mas parecia ter admiração também. Voltamos a nos beijar com mais vontade, mais urgência e senti os dedos dele abrirem o fecho do meu sutiã e logo eu estava sem ele. Suas mãos mãos massageavam meus seios, sua boca beijava meu pescoço e não deu outra. Suspirei fundo, ofegante e sentindo meu coração acelerado.
_ Não precisa ficar tensa, relaxa... -dizia beijando meu rosto e massageando meus ombros.- Se quiser a gente para...
_ Não, continua. -pedia. Henrique levou a sério meu pedido. Brincou com os meus mamilos antes de me causar um arrepio na espinha ao descer ainda mais os beijos, enfiar a língua no meu umbigo e ir baixando o cós do meu shorts.
_ Além de linda é cheirosa. -sorri para ele que foi tirando meu shorts e minha calcinha vindo junto, fiquei morta de vergonha, cruzei as pernas.- Fica com vergonha não... -beijou minhas coxas e apalpou minha bunda, agora nua. Ele viu que eu não estava tão a vontade assim, voltou a atenção para a minha boca em um beijo de tirar o fôlego, nos beijamos com muito gosto. Segurei seus cabelos, puxando-os e ele passando com os dedos pelo meu corpo, sua mão boba encontrou o caminho "desconhecido" e quando ele chegou na minha boneca eu relaxei ao deixar escapar um gemido abafado por conta do beijo que ainda continuava. Conforme seus dedos se movimentavam meu corpo ficava mais quente, sentia minha boneca pulsar e ficar escorregadia. Henrique segurou cada lado da minha cintura e abaixou a cabeça um tanto devagar e começou a me beijar ali, beijos longos e sua língua me lambendo toda.
_ Hmmm... -gemi ofegante, mordendo os lábios a cada beijo. Colocando as mãos nos meus joelhos e me abrindo igual uma flor, mas sem pressa... numa lentidão que estava me enlouquecendo. Eu não sabia se queria mais rápido ou se fechava os olhos ou se os deixava abertos, mas sei que estava muito bom, muito prazeroso.- Rique... -coloquei as duas mãos na cabeça dele. Aquela língua estava trazendo sensações desconhecidas pelo meu corpo, parecia estar chegando ao topo de algo. Pulsando, coração acelerado, respiração completamente desregular e meu corpo relaxou.- Nossa.
_ Gostosa. -deu um tapa na minha bunda.- Só de te imaginar aqui, aí Maria Luísa... -deitou do meu lado e beijou minha boca, senti meu gosto através dele e imaginei se caso eu fizesse o mesmo com ele se seria parecido.- Preciso pegar uma coisa.
Eu quis sair correndo!
Todo mundo fala que a primeira vez dói e isso e aquilo, eu estava apreensiva e ao mesmo tempo curiosa. Ele saiu do banheiro nu, vestido apenas com um preservativo e eu quis desviar o olhar do pinto dele, mas não estava conseguindo e fui ficando vermelha por isso.
_ Tá tudo bem? -perguntou com ar de riso e eu fiz que sim, me encolhendo na cama de casal.- Malu?
_ Hm.
_ No seu tempo, tá? -passou a mão em meus cabelos e beijou minha testa, todo carinhoso.
_ Está tudo bem, eu só... só nunca fiz isso antes.
_ Posso te ensinar do meu jeito? -concordei balançando a cabeça, dizendo que sim.- Primeiro relaxa, senta aqui. -sentei na cama de frente para ele.- Fecha os olhos. -fechei os olhos e ele afastou meus cabelos e massageou meus ombros e pescoço, mãos firmes e precisas que faziam minha cabeça ficar mole e a cada instante mais entregue. Seus beijos estavam de volta no meu pescoço, as mãos apertavam meus seios de um jeito que minha boneca despertou dos minutinhos de descanso.- Respira fundo. -inspirar e expirar parecia ser muito difícil, meu deus. Ainda me beijava quando sua mão tocou minha boca e voltou aos movimentos circulares, e aquele mesmo calor foi subindo e eu estava ficando molhada, muito molhada.- Abre a boca... isso, agora chupa. -estava com dois dedos dele na boca, ele gemeu quando passei a língua e prendi seus dedos com a boca. Continuei chupando até ele me pedir pra parar. Fui colocava em seu colo, com uma perna de cada lado e fui sendo encaixada nele.
Ele não falou nada, apenas me beijou e um puta beijo. Com o corpo mais relaxado ele me deitou na cama e começou a se movimentar, devagar... mas com força. Gemi de dor no começo, só que depois senti prazer, estava me acostumando com a sensação aos poucos. Aquela coisa de acelerar o ritmo cardíaco, gemer entre beijos e me concentrar pra ficar quietinha e ninguém no tal churrasco ter a confirmação de que estávamos ali.
Henrique pegava com vontade nos meus braços, minhas coxas e apertava minha bunda. Eu não movimentava muito as mãos não, mas que minhas unhas ficaram cravadas naqueles ombros em alguns momentos... isso sim.
Nos deitamos depois de tudo e ficamos nos beijando, abraçadinhos e eu que pensava em sair dali. Não sei se por cansaço ou vergonha do que tínhamos feito juntos.
_ Você não parecia ser tão tímida assim. -ele comentou brincando com os meus cabelos.
_ Sou tímida sim, não tanto, mas... é que tô meio assim por ter sido minha primeira vez.
_ Não gostou?
_ Gostei e muito. É que eu não sei explicar...
_ Nem precisa, eu amei a sua primeira vez.
_ Foi gostoso, você sabe das coisas (risos). Safado.
_ Você não tem ideia. -alisou minhas costas.
_ Que horas são?
_ Sei lá, tá de noite já. -falou olhando para a janela e o céu estava realmente escuro.- O que foi?
_ Não avisei ninguém que eu estava com você.
_ E isso é ruim?
_ Seria pior se o meu pai não estivesse viajando. -me sentei num pulo e cobri os seios com o braço.- Viu meu celular?
_ Na sua bolsa, não?
_ Sei lá, me empresta o seu... -ele desbloqueou e entregou a mim, disquei o número de casa e deu na caixa postal. Liguei para a minha mãe, chamou, chamou, chamou e ela atendeu.
_ Fernanda.
_ Oi mãe, sou eu.
_ Tá ligando do número de quem, Maria Luísa?
_ Do Henrique, mãe. Estou com ele, tá?
_ Uma hora dessas? Que horas ele vai embora?
_ Eu... estou na casa dele. -mordi a boca, receosa pela resposta dela.
_ É o que? Malu. É dia de semana, né? Qual o combinado?
_ Deixa pra me dar bronca quando eu chegar em casa... o quarto está no maior silêncio e ele está ouvindo tudo.
_ O quarto? Você está no quarto dele, Maria Luísa?
_ Mãe!
_ Tá bom, a gente conversa em casa. Estou na Isa ainda... sabe se seu irmão já chegou?
_ Se chegou está bem ocupado, porque ninguém atendeu o telefone.
_ Se aquela garota sonhar em dormir lá hoje eu juro que ponho ela pra correr.
_ Tá bom, tchau.
_ Tchau. -encerramos a ligação e Henrique estava rindo.
_ O que foi engraçadinho?
_ Você é louca, como que fala pra sua mãe assim que tá no meu quarto? O que ela vai pensar?
_ O certo, né? -ri.- Minha mãe odeia mentira, e também não tenho o porque mentir...
_ Tá certa. -bocejou se espreguiçando inteiro.- Vou tomar banho, você vem?
_ Só não vou molhar o cabelo e nem você vai fazer isso.
_ Tá bom... vamos lá.
Óbvio que não foi um banho normal, um banho que eu tomava com o meu irmão quando éramos menores. E sim um banho cheio de mãos e muitos beijos, meu cabelo saiu encharcado e ele achando a maior graça.
_ Você é toda lindinha, né? E leve igual uma pena.
_ Tá querendo dizer o que com isso?
_ Posso te jogar pra cima as vezes. -dei um tapa no braço dele com força e ele riu mais ainda.- Aí que preguiça. -deitou de bruços e ficou lá enquanto eu me vestia, peguei um pente que estava jogado na pia do banheiro e depois de tirar a toalha da cabeça penteei o cabelo.
_ Ei, vai ficar aí a vida toda?
_ Vontade não me falta. -ele levantou e não vestiu roupa nenhuma, pegou o celular e ficou sentado xeretando.
_ Henrique.
_ Hm... fala Maluzinha...
_ Sai desse celular. -fiz um bicão, ele nem se comoveu.
_ Tô respondendo no grupo, calma aí.
_ Tá bom.
_ Manhosa. -ele largou o aparelho e me abraçou pela cintura, me puxou e fiquei entre as pernas dele.- Como você tá?
_ Tô me sentindo bem, só tive um incômodozinho... acho que passa logo.
_ Certeza?
_ Sim, certeza... eu tô bem (selinho). Meu celular está tocando, calma aí.
_ Já está indo embora? Tô saindo da Isa agora.
_ Já estamos? -ele assentiu, ainda no celular.- Já mãe. Acho que ainda chego antes da senhora.
_ Tá bom, beijos e venham com cuidado.
_ A senhora e a Nena também.
_ Tchau, Malu.
_ Ei...
_ Cinco minutos.
Disse largando o celular em cima da cama. Ele primeiro arrumou o cabelo para depois vestir uma cueca e ficar quase vinte minutos pra escolher uma bermuda jeans e uma camisa polo. Mas ficou lindo, um gatinho.
Ele apagou as luzes e nós descemos, o churrasco ainda acontecia e por isso não encontramos ninguém na sala a hora que saímos. Ele pegou o carro da mãe dele, colocou a bike no bagageiro e nós nos acomodamos. Só que antes de sair ele ligou pra dona Luísa e avisou que estava com o carro dela e que iria me deixar em casa.
_ Henrique, nem apresentou a menina pro seu pai. -o repreendeu.
_ Ela vai vir aqui em casa mais vezes, mãe. Relaxa.
_ Tá no viva-voz?
_ Sim.
_ Malu apareça mais vezes viu, e não deixa o Henrique te prender naquela zona que ele chama de quarto.
_ Pode deixar dona Luísa.
_ Dona não meu bem, só Luísa está de bom tamanho (risos), está ótimo. Henrique, muito cuidado hein... com o meu carro e com a filha dos outros.
_ Sempre, mãe. Tchau.
_ Tchau, vão com Deus.
_ Amém. -e desligou.- Seu irmão tá lá?
_ Ele ia pra casa da minha avó, não sei se já voltou não.
_ Hm...
Se de bicicleta não demoramos, de carro foi mais rápido ainda. Mas o caminho parecia interminável, sério! Eu estava feliz que minha primeira vez tinha sido com ele e ao mesmo tempo estava chateada pensando no depois, no pior desse depois. E se fosse só isso? E se ele quisesse só tirar minha virgindade e correr espalhando isso aos quatro ventos e me dar um belo de um pé na bunda?
Eu estou gostando muito dele, não falo que é amor, porque amar eu amo minha família e meus amigos. Mas um gostar homem e mulher, de gostar da companhia quando estamos juntos, dos beijos quentes e intensos, das conversas na madrugada, as ligações no meio do dia sem ser planejado.
Nós dois demos certo! Certo de um jeito que eu não pensava que ia rolar por ele ser amigo do meu irmão. Amigo mesmo, de dormirem um na casa do outro, de conhecer minha mãe e chamar a minha avó de vó e coisas assim. E hoje eu não sei, tô bem pensativa quanto a isso.
_ Você poderia dividir comigo o que tanto pensa. -disse diminuindo a velocidade e parando no semáforo que estava pra fechar.
_ Muitas coisas...
_ Tipo?
_ Fiquei com o que seu primo falou na cabeça... quantas meninas você levou para aquele quarto?
_ Perdi as contas. -respondeu rindo, mas ao ver que eu estava falando sério parou.- Três... com você. Mas o que isso tem a ver?
_ Não quero ter sido só mais uma na sua cama e isso que estávamos construindo acabar aqui.
_ Você acha que é isso?
_ Não vou mentir, é uma possibilidade.
_ Não pra mim, Maria Luísa. Nem mesmo quando a gente só ficou. -ele estacionou o carro em uma das ruas antes do condomínio, tirou o cinto e virou de frente para mim.- Eu me interessei por você e não foi porque era virgem e eu queria te levar pra cama... tive respeito por você e paciência para me controlar e não te dar um susto.
_ Um susto?
_ Sim. Eu tinha uma vida sexual ativa antes de ficar com você e quando nós dois levamos isso a sério eu não fiquei com mais ninguém.
_ Mas não por minha causa.
_ Tem razão, foi mais por mim do que por você. Queria que ficasse só comigo e optei por ficar só com você... pra comer tem várias, não precisaria esperar por isso. -arregalei os olhos, surpresa com a escolha de palavras.- Não me leve a mal, não estou tratando mulheres como um objeto, só estou dizendo que existem muitas meninas que curtem o casual sem compromisso.
_ Eu entendi, mas você me entende também... se coloca no meu lugar.
_ Não precisa ter medo, não tenho a intenção de te machucar, te magoar assim.
_ Eu confio em você, do contrário não estaríamos aqui.
_ Ótimo, então esquece isso vai. -beijou meu rosto.- Tira dessa sua cabeça que nenhum homem presta, eu existo. -riu.
_ Palhaço.
_ É verdade, sou um anjo.
_ O diabo também era. -falei pegando o celular.- Sem bateria.
_ Nem precisa, eu tô aqui e sua mãe sabe que você está comigo.
_ Grande coisa. -bocejei.
_ Tá com sono, neném?
_ Pior que eu tô. -falei deitando a cabeça no vidro, fechando os olhos.- E com fome também.
_ Quer passar pra comer alguma coisa no drive?
_ Não quero coxinha.
_ Quer o que? Açaí?
_ Lanche. BK.
_ Sua mãe vai achar ruim?
_ Eu ligo pra ela. -falei pegando o celular dele.- Põe a senha aqui...
_ 132435.
_ Nossa que senha é essa?
_ A minha, coloca aí e liga pra minha sogra.
_ Sogra de ninguém, não uso aliança. -dei de ombros e peguei o celular, digitei e esperei chamar.- Mãe?
_ Eu já estou em casa, mas você não... e aí?
_ Mãe, eu estou com fome.
_ Ué, você estava em um churrasco... não estava?
_ Estava, mas não comi nada... estamos indo no drive.
_ Drive-thru uma hora dessas? Maria Luísa...
_ Juro que não demoro, só vamos comprar e ir embora.
_ Seu pai está pra me ligar e vai perguntar por vocês e eu não vou mentir. -falou séria.- Tchau. -e desligou.
_ Ela não ficou muito contente, acho melhor irmos para casa.
_ Você que sabe linda.
Pra não dar merda em casa, deixei o lanche para um outro dia e ele foi me deixar no condomínio. Estacionou, nos despedimos com alguns beijos e eu desci. Passei pela sala e dei um "Oi." para a minha mãe e subi pro quarto sem falar muito.
Entrei no quarto, tomei outro banho depois de ter ido usar o banheiro e visto uma pequena mancha de sangue na calcinha. Mas não demorei, até porque nem molhei os cabelos. Separei meu pijama e coloquei um protetor diário na calcinha antes de vestir minha boneca, coloquei a roupa de dormir, o celular pra carregar e deitei na cama. Porém sem um pingo de sono, fiquei olhando para o teto e ainda confusa em relação aos meus sentimentos. Sei lá, Henrique pareceu estar sendo sincero, mas eu precisava pensar sem muitas intervenções.
Narrado por Fernanda
Arthur me ligou de tarde dizendo que iria dormir na minha sogra, Melissa tinha avisado desde cedo que iria dormir no noivo e Maria Luísa estava deslumbrada com o Henrique. Não falei nada, ainda não era a hora.
Passei o fim da tarde e parte da noite com a Isa barriguda e o Bê, Helena se divertiu muito brincando com o "primo". E eu conversei bastante com a minha comadre e amiga. Foi muito bom, muito gostoso, mas eu tinha que voltar pra casa e quando voltei encontrei o Thor ligado no 220. Pulando em mim e na Nena, muito agitado, muito barulhento... e foi difícil fazer com que Helena dormisse no meio da bagunça dos dois.
_ Drive-thru uma hora dessas? Maria Luísa... -perguntei olhando para o relógio da salam
_ Juro que não demoro, só vamos comprar e ir embora. -ela dizia tranquila do outro lado da linha.
_ Seu pai está pra me ligar e vai perguntar por vocês e eu não vou mentir. -avisei séria.- Tchau. -e desliguei.
_ Mamãe, cadê a Malu?
_ Vindo embora pra casa e a senhora tem que dormir...
_ Eu não quero... -bocejou- ... dormir, mamãe.
_ Mas vai, olha a hora... vem deitar aqui com a mãe.
Primeiro fiz Helena dormir e depois desci e liguei a TV pra esperar Malu chegar, o que não demorou. Mas minha filha chegou muito estranha, deu um "Oi" xoxo. Perguntei se estava tudo bem e ela disse que sim, mas não estendeu muito o assunto e subiu.
Esperei Luan ligar, conversamos por alguns minutos e ele foi dormir. Ótimo.
Apaguei as luzes depois de fechar toda a casa e subi direto para o quarto da Maria Luísa. Dei um toque na porta e entrei.
_ Malu?
_ Oi, mãe.
_ Está tudo bem mesmo?
_ Sim, está.
_ Não está parecendo... quer me contar alguma coisa?
_ Não mãe.
_ Sabe que pode me contar tudo, somos amigas. Mas vou respeitar sua escolha e vou deitar, boa noite. -dei as costas e estava pra sair, quando ela me pediu pra ficar. Voltei e me sentei na cama, ela virou pra mim e ficou me olhando com os olhos perdidos e pedindo por socorro.- O que houve?
_ Aí mãe, eu e ele transamos. -me contou como um desabafo, de uma vez pra eu já levar o choque.- Não sou mais virgem.
_ E por isso tá assim nesse desânimo? Não foi bom?
_ Foi bom, mas lembra que a gente falou sobre isso uns dias atrás? Sobre eu não ter aceito o pedido de namoro e etc.
_ Hm, e o que mais?
_ Eu me sinto uma idiota, bem burra. Aí mãe eu não prestava muito a atenção nos meninos, não tinha essa coisa de ficar cobiçando e querendo ficar com esse e aquele outro. E o Henrique caiu de bandeja no meu colo! -ela sentou na cama e disparou a falar.- Ele é quatro anos mais velho que eu, é bonito, não usa drogas, beija muito muito muito bem mesmo de me deixar sem fôlego. -respirou fundo.- Mas eu não consigo ficar cem por cento segura de que não vai dar merda! Mãe ele pode ter outras, outras mais experientes se é que me entende e eu posso ter sido mais uma, só mais uma.
_ Ele deu a entender isso?
_ Ele falou que não, que se interessou por mim... -contou da conversa dos dois no carro e eu ouvindo tudo quieta.- ... falei que tudo bem, mas não consigo tirar isso da cabeça.
_ Quer falar mais alguma coisa?
_ Não. -suspirou.- Pode falar.
_ Quando te falei para curtir o momento e viver isso, falei pensando na questão de você estar na idade de experimentar coisas novas e outra, vocês são solteiros. Como você mesma disse ele poderia ter outras e escolheu você, assim como seu pai me escolheu um dia.
_ Mas você já era uma advogada e de nome.
_ Mas eu não estava com ele todos os dias. Não era nenhuma modelo, cantora ou atriz como as famosas que entravam no camarim dele em todo santo show. -ri.- Seu avô também não aceitou muito bem nosso relacionamento por motivos óbvios, seu pai era mulherengo e eu mesmo não sendo nenhuma santa, tinha uma vida estruturada. -contei a ela um pouco do que havia sido Luan e eu, como casal no início e que não tinha uma fórmula, não tinha um roteiro e que nem tudo foram flores, porém estávamos aqui até hoje.
_ Mãe, eu amo a senhora. Sério!
_ Eu também te amo, e olha pensa direitinho. Não seja paranóica, pensando que tudo vai dar errado. O cara gosta de você, Maria Luísa.
_ Eu também gosto dele.
_ E mais, se não der certo, foi uma experiência que você vai levar para um próximo relacionamento.
_ Próximo? Não entrei nem no primeiro e já estou assim, louca.
_ Louca porque quer. Aí namora, se diverte, beija bastante e não fica focada nas coisas ruins! Tudo isso desgasta e muito cedo... filha, relaxa e goza.
_ Mãe.
_ Agora você já entende o sentido da frase, boa noite. -e me levantei.
_ Boa noite mãe, beijo.
_ Beijo safadinha. -ia saindo quando ela me chamou outra vez e me perguntou se era normal sangrar a primeira vez.- Olha, não é uma regra. Porém acontece. Mas agora que a senhora deu o periquito, já podemos marcar uma consulta na ginecologista.
_ Ah não, mãe! Ginecologista não.
_ Conversamos sobre isso amanhã porque está tarde, Maria Luísa. Tchau, boa noite.
_ Ótima noite mãe! -ela virou de bruços, abraçando o travesseiro, sorrindo.- Tchauzinho.
De volta ao meu quarto, estava pronta para dormir e o fiz sem esforço algum, estava cansada e ainda teria mais um dia da semana. O último e mais esperado, a tão sonhada sexta-feira!
Dormi muito bem, descansei e no dia seguinte acordei, tomei aquele banho e vesti o roupão. Deixei minha troca de roupas em cima da cama e fui de quarto em quarto acordando minhas crianças, Arthur, Maria Luísa e Helena, a mais preguiçosa.
_ Mamãe, hoje eu não vou brincar com o Bê?
_ Não, hoje vamos visitar a vovó e depois a mamãe vai sair.
_ Sair com quem dona Fernanda? Posso saber?
_ Menino, meu marido está em Bonito.
_ Por isso, sou o homem da casa.
_ E por ser o homem da casa vamos conversar uma coisinha aqui. -falei entrelaçando os dedos em cima da mesa.- Minha casa não é motel.
_ Pô, mãe. Isso é assunto para o café da manhã?
_ Seu pai falou com você?
_ Ainda não, falou que precisamos conversar quando ele estiver de folga.
_ Hm, então tá bom. Deixa eu falar uma coisa... Helena vai dormir na sua avó porque eu vou sair com uns amigos e não tenho hora pra voltar pra casa.
_ O que? -os dois perguntaram juntos e eu tive vontade de rir.- Mãe e a gente?
_ Vocês vão vir pra casa depois da escola e nada de sair à noite ou convidarem alguém pra dormir aqui... se é que me entendem.
_ Mas é o único dia que posso ver minha namorada.
_ Eu falei não. Quer ver? Vão ao cinema, comer fora... e volta pra casa.
_ Por mim tudo bem, Carol pode vir pra cá?
_ Mãe, deixa eu fazer uma socialzinha? -Arthur pediu.
_ Eu não ligo de fazerem, desde que os quartos estejam trancados e vocês se comportem.
_ Mãe, quando foi que a gente não se comportou?
_ Eu tô falando sério, gente. Vocês se aproveitam de sociais para fazerem zona, trazer namoradinha, amiguinho e achar que quarto é motel... não é assim que funciona.
_ Só alguns amigos, mãe. Nada demais.
_ Tudo bem, mas fique sabendo que eu não tenho hora pra voltar, mas eu volto pra casa. Estão entendendo?
_ Sim.
_ Ótimo. Agora vamos que daqui a pouco vocês têm que estar na escola e eu em uma reunião.
~.~
Um capítulo quente e carinhoso com esse primeiro hot #Marique. Achei fofo, sem MUITOS detalhes e acrobacias, mas deu pra arrancar uns suspiros de quem shippa o casal teen. Porém rolou também um receio, uma "DR" nada intensa que deixou nossa Maluzinha meio confusa. O que foi trabalho para a super mãe, Fernanda! Eu amo a conversa dela com os filhos, rola desabafos, aconselhamentos e risadas também. TOP!
E finalizamos com a carta branca para uma social na mansão dos Santana's, e uma noite com os amigos sem hora para acabar com a nossa Fefê. Bora para o próximo capítulo? Bj. 🖤
Na minha opinião já está na hora do Henrique fazer um mega pedido de namoro para Malu.
ResponderExcluirPor favor, né? Haha
Excluir🔥🔥🔥🔥🔥 eeeeeittaaaa 🔥🔥🔥🔥🔥
ResponderExcluirMelissa ñ é mais um baby 😭😭
Coitado do Luan kkkkkkk
Quero maaaiss!! 💕
Por que eles crescem? 😭😭
ExcluirOlhaaa quem atualizou total a fic haaaaa até q enfim uffaa!!! Eu amo demais essa história
ResponderExcluirOlha ela de volta, olha ela!
ExcluirEu amo também, rs. Vamos pro próximo!
(VOLTEI Desculpa o sumiço)AAAAAAA QUE CAPÍTULO FOI ESSE AMEI 😍😍😍 marique tem que continua juntos.. tem que rolar uma social na casa do santana para o casal ficar juntos de novo😊😍 amo sua fic, não sei como consegui fica sem ler esses dias continua logo amore 🙏🙏🙏
ResponderExcluirJhuly! 😍
ExcluirMenina, me desculpa eu pelo sumiço. rs
Tem que rolar mais eventos para os dois estarem juntos de novo. Haha
Amore bem que vc poderia postar um hoje porque eu amo sua fic e to muito curiosa para ler o próximo capítulo 😍🙏🙏🙏
ResponderExcluirMulher, postei hoje. Corre!
ExcluirPosta mais amore 🙏🙏🙏
ResponderExcluirSim, postado!
ExcluirBom dia ansiosa para o próximo capítulo ❤ volta logo 🙏🙏🙏
ResponderExcluirBoa tarde, chega de ansiedade e vá ler logo haha
ExcluirCade você amore ❤
ResponderExcluirAqui Jhuly.
ExcluirSumil mesmos né 💔 😭😢
ResponderExcluirSumi não mulher, estava finalizando o capítulo Jhu.
ExcluirEu aqui em plena madrugada sem nada para ler e esperando um capítulo seu volta logo amore 🙏🙏🙏
ResponderExcluirChega de espera, né? Postei, corre pra ler rs
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