{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Capítulo 254

Narrado por Fernanda
  Engraçado que meus amigos desde pequena sempre foram os mesmos, não mudou muito de lá pra cá. Mas tanto na escola, como nas graduações que fiz, me identifiquei com alguns colegas de classe. Colegas esses que marcaram um reencontro para sabermos da vida um do outro e beber, beber e beber mais um pouco.
  Combinamos de ser no sábado à noite, um bar com música ao vivo e um espaço maravilhoso para dançar. Eu estava animada quando recebi o convite e fiquei mais animada ainda quando comecei a me arrumar para ir. Nada que fugisse do meu comum, porém com um toque de sanidade de uma mulher casada e mãe.
  Salto, shorts saia cintura alta e cropped. Acessórios como colar, brincos e relógio.
  Uma maquiagem leve, rabo de cavalo e minha bolsa pequena.


_ Estou indo viu, vocês dois... -falei chegando na sala, chamando por Cecilia e Helena.- Se comportem.
_ Acha que daremos outra festa, é dona Fernanda?
_ Não engraçadinho. -eles deram risada.- Qualquer coisa me liguem.
_ Tá, vai com Deus, vai tranquila que eu cuido da casa.
_ Menino, juízo...
_ Sempre mãe, a todo momento. -me despedi dos meus dois adolescentes, deixei a caçula na casa da amiguinha pedindo pra Deus que ela não tivesse febre, não fizesse xixi na cama, não chorasse nem algo do topo, e segui para o bar onde as meninas já estavam a minha espera.
_ Oi, lindona quanto tempo hein. -cumprimentei a Erika, depois a Mônica, Ricardo, o Allan e o Vini.- Só assim hein gente (risos).
_ O tempo voou menina, e pra todo mundo. Mas de um modo geral? Até que estamos bem (risos).
_ Todos casados? -brinquei.
_ Casado, uma filha de três anos e um cachorro. -Allan nos contou.- Tá bom, né?
_ Ótimo, maravilha. -Vini comentou.- Eu me separei tem uns meses, sigo sem filhos.
_ Olha pra esses homens, quem diria né? -Mônica disse rindo.- Eu tô namorando! -nos mostrou sua aliança.
_ Amém, até que enfim hein. -Ricardo disse.- Sinal de que eu tenho chances (risos).
_ É mesmo cara, não desiste. Se até a Moniquinha brava pra cacete, chata, conseguiu...
_ Desnecessários vocês. -ela revirou os olhos.- Sou menos brava que a Erika.
_ Ah, mas a Erika meu amor, a Erika...
_ Continuo louca, namorei e não casei, engravidei de gêmeos e daqui um mês eles completam dezoito anos.
_ Caraca, não acredito. A ideia do meu menino. -contei.
_ Você tava competindo com quem? -Allan perguntou, rindo.- Teve uma creche.
_ Meu marido já tinha uma filha, né? E nossos tivemos mais três.
_ Esse reencontro tá demais, porra... só os acontecimentos milagrosos (risos). Fernanda casada, casada! Mônica namorando. Ricardo garanhão solteiro...


  Parte da noite foi de risadas altas e de fazerem a barriga doer, mas foi muito gostoso. Um passeio que eu confesso ter estado com saudades, sai da rotina um pouquinho e ainda dancei, comi e bebi socialmente (risos). Ao nos despedirmos juramos mantermos contato e marcar outra vez, e então cada um seguiu para a sua casa.

_ Que bonito hein. Ninguém dorme nessa casa, não? 
_ Estávamos esperando a senhora chegar. Onde já se viu uma senhora nessa idade andar por aí sozinha?
_ Senhora, é? -ri.
_ Claro, meu pai não aprova isso.
_ Ah Arthur, me poupa vai. -nos três deram risada.- Estou subindo, boa noite pra vocês.
_ Boa noite, mãe. -disseram juntos.


  Entrei no quarto, joguei a bolsa num canto qualquer, o celular em cima da cama e fui tirando os saltos, minhas roupas... o celular tocou e eu atendi mais que feliz.

_ Oi vida, boa noite.
_ Boa noite é neguinha? Tava passeando?
_ Sim, reencontro dos adms. -ri.- Tudo bem com você, amor?
_ (bocejou) Tranquilo, muié. Tô indo pro hotel agora, cheio de fome.
_ Ô judiação gente, deixar meu marido com fome?
_ Pra você ver, o povo me maltrata na estrada. -riu.- Arleyde principalmente.
_ Eu imagino... como foi seu dia.
_ Puxado. Passagem de som... -coloquei o celular no viva-voz e fui me desmontando, tirando os acessórios, depois entrei no banheiro e retirei toda a maquiagem, entrei no closet e peguei uma camisola.- ... aí entrei no instagram e vi suas fotos.
_ Fotos minhas?
_ Pois é, muié. Não conheci aqueles seus amigos...
_ Ah amor, são amigos que tínhamos o costume de fazer os trabalhos em grupo juntos. Aí esses dias atrás eu encontrei com a Erika no salão, trocamos os números e ela agitou para marcarmos.
_ Hm... e como foi lá hein? Vi uns caras feios muito perto.
_ (risos) Ricardo é o único solteiro e gay... pegava mais homens que eu na faculdade amor... -contei a ele como havia sido, das partes engraçadas inclusive.- ... disseram que nós temos uma creche.
_ Eu bem que queria mais um bebezinho.
_ Meu filho, não... vamos esperar pelos netos amor.
_ Tá muito cedo pra eu ser avô.
_ Tudo isso é ciúmes das meninas engravidarem primeiro né?
_ Mas é claro. -riu.- Minha cabeça até dói.
_ Exagerado você amor.
_ Quando a Julia estiver com suspeitas de gravidez a gente conversa.
_ Ridículo.
_ Realista, amor.
_ Para amor, eles estão no último ano da escola agora... já pensou?
_ Pensei, não seria legal...


  Eu não estava vendo, mas sabia que ele estava fazendo careta e coçando a cabeça. Terminamos nossa ligação horas depois, na verdade eu dormi com o celular na mão e só me dei conta disso na manhã seguinte. Me dei o luxo de ficar uns minutos a mais na cama, aproveitar que minha pequena estava passeando e não estaria pulando em cima de mim.
  Mas foi o corpo despertar que não teve jeito, levantei, tomei um banho e depois de me trocar desci para tomar café.


_ Bom dia meu peludinho lindo. -Thor já estava abanando o rabo.- Tá cedo, deixa a mãe comer primeiro... -dei um cheiro nele e entrei na cozinha.- Ué, caiu da cama?
_ Não consegui dormir mãe, acredita nisso? -Melissa estava sentada na bancada tomando café.
_ Hm... e o que tem tomado seu sono?
_ A senhora já deixou de contar alguma coisa para o meu pai porque achou que não era necessário? Mas depois teve a oportunidade de contar, não contou e ficou pensando nisso depois?
_ Já e ele descobriu e foi dez vezes pior.
_ Me ajudou muito. -passou a mão pelos cabelos, preocupada.
_ O que tá acontecendo hein? Ainda o assunto do casamento Melissa?
_ Não. Eu vou contar pra senhora, mas pelo amor de Deus, não surta!
_ Não surtar? O que foi que você fez Melissa? -perguntei nervosa.
_ Murilo estava ontem no noivado da Nay.
_ O Murilo, Murilo?
_ É mãe, o Murilo. E eu não vi a hora que ele chegou e se não tivesse dado de cara com ele nem saberia que estava lá.
_ Você ficou ele?
_ Não! 
_ E por que tá nesse estresse todo?
_ Fiquei estranha depois. -Melissa ficou em silêncio, pensativa e olhando pro nada. Eu ia xingar, mas ela por fim continuou.- Um estranha de... eu não esperava com uma mistura de fiquei surpresa.
_ Surpresa?
_ Eu estava no banheiro e escutei a voz dele. Mas eu reconheci a voz do Murilo depois de três anos, três anos e me deu um arrepio... Fiquei um tempo ligando uma coisa na outra... ele já é pai.
_ Pai? O Murilo?
_ É mãe, se a filha dele tiver três anos é muito.
_ Hm...
_ Nos olhamos e ele também me reconheceu. 
_ Melissa, Melissa... você não tá pensando em...
_ Eu não tô pensando em nada, nada mesmo. A questão é que eu fiquei estranha depois que voltei pra mesa, todo mundo percebeu, mas eu tentei disfarçar... só que quando estávamos pra vir embora eu não quis mais ir pra casa do Leo e ele me perguntou o que tinha acontecido. E eu menti, falei que não tinha acontecido nada.
_ Você ia dormir lá, é isso?
_ É mãe, mas como eu ia transar com ele com o pensamento em outro lugar... 
_ Em outro lugar não né, em outro homem.
_ É. -revirou os olhos.
_ Eu vou ser bem sincera com você, muito sincera. Não cometa o mesmo erro que eu um dia cometi. Seu noivo é uma pessoa incrível, uma pessoa que te ama, uma pessoa que esteve com você em muitos momentos, que nunca te virou as costas pra nada. Ele não merece uma traição, não merece mesmo Melissa. E eu não digo que não te perdoaria se você jogasse tudo o que construiu nestes três últimos anos pro alto, mas seria difícil enfiar na minha cabeça que mesmo depois de tudo o que você passou por consequência desse relacionamento com  o Murilo, você dissesse pra mim que guarda um sentimento por ele.
_ Não guardo nenhum sentimento, eu sei disso. Sinto isso. Entre nós acabou, eu só não estava preparada para um encontro tão direto... pela maneira que as coisas tiveram um fim.
_ Foi buscando respostas que as coisas aconteceram da maneira que aconteceram. Enterra isso, filha. Ele seguiu em frente, você seguiu em frente... não tem o porquê voltar nisso agora.
_ Não mesmo, não estaria sendo honesta com o relacionamento que tenho hoje. Na minha mente é como se eu não estivesse satisfeita com o Leo e na verdade não é isso. Sou muito feliz com ele, eu o amo.
_ Então não esconda dele. Porque ele pode ter visto, pode ter percebido e está só esperando para saber se você vai falar ou não.
_ É mesmo, né mãe? Acho que fiz merda.
_ Não. -ri.- Só precisava de uma ajudinha pra refletir. Bom dia.
_ Bom dia mãe. -beijou meu rosto.- Café?
_ Aceito sim, mas vou montar a mesa né? Daqui a pouco seus irmãos acordam...
_ Arthur já foi jogar bola, ainda disse que ia almoçar por lá.
_ Esse menino com bola, eu vou te contar.
_ Não é a toa que ele quer fazer educação física, né mãe.
_ Verdade. Meu filho educador físico, personal particular (risos).
_ Nosso né. -piscou.
_ Bom dia lindas, caíram da cama? -Maria Luísa perguntou indo direto no armário pegar um copo.
_ Bom dia dona engraçadinha. -falei abrindo a geladeira.- Dormiu bem?
_ Claro, assistimos filme de terror e depois eu dormi com o meu irmão.
_ Não tem vergonha na sua cara, não é?
_ Deus fez os irmãos pra isso, mãe. É que você é a irmã mais velha né?
_ Orra mãe, te chamou de velha. -riram.
_ Te pego, Maria Luísa.
_ Gente, o boy me convidou pra almoçar fora hoje. E é claro que eu vou, bem linda, bem princesa.
_ Vai com uma calcinha bonita. -falei rindo.
_ Mãe, aí que vergonha. -ela foi ficando vermelha.- Olha as coisas que a senhora fala.
_ Ué, normal. Eu nunca saio com o seu pai com a calcinha feia... nunca.
_ Mesmo depois de casada?
_ Isso aí. -pisquei para elas e fui levando as coisas para a mesa.
_ Tô com saudades do papai.
_ Quem não, né Melissa? Mãe... a senhora ainda tá pensando no que fazer no aniversário dele?
_ Sim e ainda não decidi. -respondi.
_ Festa do pijama seria muito legal e diferente, porque só fazemos churrasco.
_ Concordo com a Malu.
_ Mas, e os convidados?
_ Aí mãe, pensei em mais na gente aqui de casa. Meus avós, a tia Bruna... e os afilhados dele.
_ Tata e o Bernardo. -contei.
_ E a Sofia, mãe.
_ E nosso cardápio?
_ Tudo menos comida, mãe. Pizza, esfiha, pastelzinhos, mini cachorro quente, mini hambúrgueres... refrigerante! E no dia seguinte, fazemos um café da manhã!
_ Eu gostei.
_ Gostei também. -falei.- Mas também tem que incluir na lista a Ceci, a Analu...
_ A Julia e o Leo. -Melissa falou.
_ Aé... e o Henrique? -perguntei pra Malu.
_ Eu não coloquei na lista, não... é aniversário do meu pai, vai que ele não gosta.
_ Que besteira, filha. Convida o menino, seu namorado.
_ Depois a gente vê isso, né? -ela falou.- E aí, como vai ser senhoras? Posso comer? Tô com fome.
_ Come, Maria Luísa... come.
_ Obrigada. -sentou e já foi enchendo o copo, colocando o pão no prato e mandando ver.
_ Gulosa.
_ Faminta seria a palavra (risos).




Narrado por Melissa
  Terminamos o café e eu quem fiquei com a louça. Deixei a cozinha arrumada e fui para a sala, minha mãe sentada vendo série e eu sentei do lado dela.


_ Mãe, eu não gosto dessa.
_ Problema, querida. -riu.
_ Mãe.
_ Hm.
_ Mãe.
_ Melissa, me deixa hein.
_ (risos) Tá grossa hein, o que foi?
_ Fica chamando mãe, mãe e não fala nada. Eu hein...
_ Mãe. -ela me olhou tão feio, que eu não aguentei e comecei a rir.- Tô indo lá no Leo, tá?
_ É isso que a gente recebe por cuidar dos filhos. Eles crescem e saem com os namorados, tchau Melissa.
_ Te amo, tchau. -levantei e fui do jeito que estava vestida, calça de moletom, regata e chinelos. Cheguei na minha sogra uns quinze minutos depois, toquei a campainha e os furacões vieram me receber.
_ Bom dia Mel. -Analu me abraçou.
_ Bom dia Analu, bom dia pequenas. -falei entrando e fechando a porta.- Bom dia, bom dia. -cumprimentei meus sogros, cunhados e meu noivo, me sentando no colo dele.- Oi. -selinho.
_ Tá melhor?
_ Sim, mas precisamos conversar, quero te contar o que aconteceu.
_ Quero deitar, vamos subir?
_ Uhuum... -e fomos para o quarto dele, entramos, ele fechou a porta e nos deitamos na cama.- Arrumado aqui, né?
_ Cheguei tarde ontem e ainda tive companhia pra dormir.
_ Tô vendo esse batom rosa no seu travesseiro.
_ As meninas, não sei que merda que deu aqui e apagou as luzes... correram as três pra cá. E ainda demoraram uma vida pra dormir. -bocejou.
_ Tadinho, e acordou cedo né?
_ É, ia jogar bola com o seu irmão... mas prefiro dormir.
_ Arthur tem preguiça de levantar cedo pra tudo, mas falou que é pra jogar bola, ele madruga.
_ Homens. -imitou minha voz, revirando os olhos e fazendo careta.- O que te deu ontem.
_ Levei um susto saindo do banheiro e dando de cara com o Murilo.
_ Murilo? Que Murilo?
_ Meu ex.
_ E o que seu ex estava fazendo lá na Nay?
_ Ele é tio dela, esqueceu?
_ Não lembrava mesmo não... -franziu a testa.- Mas vocês só se viram?
_ É, eu o reconheci... nos reconhecemos na verdade.
_ Hmmm... e aí?
_ Nada, ué. Eu só não estava esperando, aí quando voltei pensei que não era relevante contar.
_ Tô bem tranquilo em saber que seu ex vive na casa da sua amiga.
_ Eu quase não vou lá e também ele agora tem uma... uma filha... -falei me lembrando da menininha chamando "papai".
_ Você ficou toda esquisita, calada... você ainda gosta dele?
_ Não, Leo. Eu não gosto dele, nem mesmo guardo um sentimento... eu só não esperava que ele estivesse ali.
_ Poderia ter me contado, eu sabia que tinha alguma coisa de errado.
_ Já passou, não precisa se preocupar com isso.
_ Tem certeza que não?
_ Tenho, loirão. O Murilo é passado na minha vida.
_ Na nossa. -me abraçou e nos beijamos, não passamos disso. Ele me pediu pra fazer cafuné nele e dormiu.





Narrado por Fernanda
  As meninas haviam saído, meu filho me trocou por bola e meu marido estava viajando a trabalho. Minha alternativa era procurar um rumo também e eu pensei rápido, decidi que faria uma visita na minha comadre Isadora.
  Liguei e ela amou a ideia, disse até que iria cozinhar para mim. Então eu subi, troquei de roupa e ao descer procurei pela coleira do Thor e sua casinha de viagem. Iríamos os dois.
  Antes de sair mandei mensagem no grupo que tínhamos lá de casa avisando e sai.


(...)

_ Oi meu amor, coisa gostosa da madrinha dele.
_ Oi dinda. -me abraçou forte, dando um beijo todo gostoso na minha bochecha.
_ E esse neném que tá querendo aparecer já? -falei olhando sua barriga durinha.
_ Olha isso. -levantou a blusa e eu não resisti em colocar as mãos, estava ficando linda.
_ Preparada para ficar com o barrigão?
_ Tô ansiosa. Queria tanto uma menininha agora, muito mesmo.
_ Calma, virá um baby lindo e cheio de saúde.
_ Amém. -sorriu.- Veio sozinha hoje?
_ Eu e o Thor, meus filhos começaram a namorar... então eles são meus de semana, finais de semana é cada um na casa do seu.
_ Aí acho que não tô preparada para essa fase.
_ Eu estranhei muito mais o Arthur namorando do que as meninas.
_ Ah até eu né, seu único menino... tão bonzinho.
_ Ele é. -falei orgulhosa.- O filho que toda mãe gostaria de ter.
_ Sim, mas já tenho o meu Bê.
_ Essa coisa mais gostosa. -mordi sua bochecha.- Ele tá a cara do Rô.
_ Sem vergonha igual viu, nunca vi parecer tanto.
_ É de tanto que a gente fala. Maria Luísa é o Luan todinho, até na chatisse.
_ Luan parece ser tão tranquilo.
_ E ele é, só não contrariar ele e tudo certo.
_ Aqui em casa o Rober concorda comigo que é pra não discutir, ele é muito zen. As vezes eu querendo discutir e ele "tá bom amor, você tá certa".
_ Dá uma raiva, gente do céu...
_ Sim, mas quando ele se irrita com alguma coisa fica um estúpido, insuportável.
_ Mas você dobra bem ele que eu sei.
_ Minha desculpa agora é a gravidez.
_ Sem vergonha (risos). E esse mocinho na escolinha?
_ Ele gosta muito, muito mesmo. Chega cansadinho no final do dia, mas não chora pra ir.
_ Não sei você, mas nessa idade deles, eu tinha muita dó de acordar cedo pra mandar pra escolinha.
_ Eu só não mando se estiver chovendo muito.
_ Eu já não mandava se estivesse chovendo, muito frio, se estivesse com sono. -falei rindo.- Acostumei eles mal.
_ Cara de pau, depois reclama quando eles não querem ir.
_ Reclamo mesmo e na orelha deles ainda. -comentei.
_ Não quero ser assim deus, a Nanda é doida. -dizia rindo.
_ Olha a coisa que eu mais fiz na vida foi pagar a língua. Minha mãe falava "quando você for mãe, você vai entender" e eu batia o pé que não, que não faria isso ou aquilo...
_ Lei da vida, né? -riu.


  Nossa tarde de domingo foi uma delícia e nos rendeu boas risadas, um papo saudável e eu babei ainda mais no meu afilhado. Saudades de quando os meus tinham aquela idade, foi muito bom.
 Vim embora para casa já estava anoitecendo, quando cheguei o silêncio reinava. Melissa estava com a irmã caçula deitada no colo dela que estava no sofá, Arthur abraçado com a Maria Luísa no outro e os dois dormindo.


_ Domingo cheio hein, olha só... todo mundo dormindo.
_ Nem fala, mãe. Helena brincou até dizer chega, chegamos aqui e nem banho ela queria tomar... depois que tomou banho não queria nem jantar, insisti muito.
_ Cansadona ela ficou. -passei a mão em seus cabelos.- Quer que eu leve ela?
_ Não, tá tranquilo. Como foi na casa do padrinho?
_ Bom demais, o Bê tá tão espertinho.
_ Ele é um lindo, mãe.
_ Sim, ele é. E ela já está com uma barriguinha saliente, a coisa mais linda.
_ Tem saudades, né?
_ Ah tenho, gravidez é uma coisa tão louca. Mexe com o seu humor, paladar, autoestima e ainda assim... depois que passa é como se nada tivesse acontecido.
_ Uma sensação boa, né?
_ Completamente. -sorri.- E os grudinhos ali?
_ Seu filho... tá todo carente e a Malu não fica atrás. Estavam assistindo comédia romântica e comendo doce.
_ Continuem assim, lindos. -falei desejando uma boa noite e subindo, arrumei as camas dos bonitos e quando ia descer e chamar por eles, todos já subiam e cada um foi para o seu quarto, onde pudemos dormir e descansar para enfrentar a semana seguinte.







~.~
  Aquele capítulo gostoso de ler, com uns conselhos de mãe para dar aquela clareada nas ideias, uma conversa com o noivo para deixarem as coisas mais tranquilas e rolou até bate papo entre amigos. Delícia, né? 

  Quero é mais, beijos. rs    <3

4 comentários:

  1. Fernanda é uma mãe maravilhosa. Que bom que Mel contou para o Leo sobre o Murilo, não vejo a hora desse aniversário do Luan acho que vai dar oque falar 😁😊 que venha o próximo capítulo 🙏 continua amore

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    Respostas
    1. Tudo indo bem, perfeitamente bem! Amo, quero muito que a festa do Luan chegue. Haha

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