{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

domingo, 1 de abril de 2018

Capítulo 249 - Parte V

Narrado por Luan

(...)


_ Nós já vamos indo viu, juízo vocês aí. -Xumba falou calçando os chinelos e meu pai a lata de cerveja, deram as mãos e foram entrando.
_ Eles são tão lindos juntos. -Laura comentou.- Dá vontade de morder as bochechas deles!
_ Meta de relacionamento. -falei virando mais uma latinha, Fernanda deitou a cabeça no meu peito e continuamos conversando até elas decidirem que também iriam subir e só ficamos Fernanda e eu lá fora.
_ Tá aproveitando a folga, amor?
_ Eu tô vida, aproveitando muito. Feliz também que veio todo mundo quase.
_ Até seu genro novo. -riu.- Acho que eles fazem um belo casal.
_ Você fala isso sempre, disse isso da Melissa.
_ Mas por causa das situações, amor.
_ Hmm... situações?
_ É. Assim, eu antes de me ajeitar na vida passei por poucas e boas. Fracassei nos três primeiros namoros, olha que merda! Três! O primeiro na época de escola, levei um chifre.
_ Que até hoje não me contou o por que?
_ Daqui a pouco, deixa eu contar. Aí fiquei triste, solteira e só vim namorar depois quando estava estagiando na Company perto de terminar a primeira faculdade. Resultado? Outro chifre!
_ Porra, amor. Tava nem passando nas portas de casa.
_ Furando os tetos dos carros... -brincou.- O terceiro foi o maior desastre, reflexo dos outros dois. Eu quem fui safada, traí e ainda apanhei por isso. Não estava nos meus planos namorar uma quarta vez, e vingar esse namoro né?
_ Era comigo né amorzinho?
_ Era, mas acertei na quarta tentativa e mesmo assim ainda tivemos nossos deslizes.
_ Verdade. -ri.- Pior que nem posso falar nada, tive tantas namoradinhas na vida. Confesso que a maioria, colegas da minha irmã. Até chegar na Ester teve um monte, minha nossa senhora.
_ Tá vendo só. Aprontamos muito, e graças à Deus nesse sentido nossos filhos não nos puxaram. -comentava aliviada.- Melissa deu uma escorregada e ainda assim o mais grave foi esconder o namoro.
_ E perder a virgindade com aquele vagabundo, sem vergonha! 
_ É, mas depois desse incidente e ela assumir o Leo... não largou mais, tá até noiva.
_ Pra mim ainda é namoro, não ouvi mais falar nesse casamento.
_ Cuida da sua vida, eles disseram que iriam focar nos estudos... pensar nisso mais pro final da faculdade, amor.
_ Vida, na idade deles...
_ Você já era pai. -falou séria e eu ri.- Assanhado.
_ (ri) Se for ver por esse lado, Arthur mirou e acertou direitinho. Fala aí...
_ Hmm... lá vem você rasgar elogios pra ela.
_ Ah, amor! Admite, ela é uma boa garota.
_ O que é ser uma boa garota, Luan?
_ Que não está com nosso filho por interesse como fama ou dinheiro. -ela revirou os olhos, cruzando os braços.- Que não leva ele pro mal caminho, como as drogas. -ela continuou quieta, me deixando falar mais.- Sem contar que ainda faz de tudo para deixar o clima bom entre ele e a família dele, e digo mais... ainda procura ajudar ele na escola. Existe nora melhor? -sorri orgulhoso e me lembrando dela quando estávamos  na fase antes e no início de namoro.- É praticamente você comigo e minha família.


  Foram poucas as vezes em que deixei Fernanda calada, sem ter o que dizer. Quis comemorar por isso, mas apenas sorri vitorioso.

_ É você tem razão. -concordou quebrando o  silêncio.- Apesar do meu ciúme em relação ao meu filho, meu Arthur. -continuou.- Não podemos negar que a Julia é uma boa pessoa e que o ajuda muito, fora o sorriso lindo que ele dar quando está perto dela, todo bobo, todo apaixonado.
_ Isso é, e como somos apaixonados.
_ Apaixonados e amigos. Fico feliz que ele não tenha quebrado a cara como eu disse que iria acontecer.
_ É vida, nossos filhos cresceram. Não são mais aqueles pequenos que faziam birra e tinham ciúme por tudo, tão aí quase casando ou namorando e só ficou a Leninha pra gente matar saudades dessa época, que não é um terço do que os outros 3 eram.
_ Aí amor, Leninha é oposto dos outros irmãos... pelo menos na infância, uma criança adorável, não é manhosa demais... Um pena que tá crescendo rápido demais, quase oito anos.
_ Mas se você quiser a gente providência outro agora -sorri malicioso, deslizando minha mão por sua perna ao encontro de sua virilha.
_ Safado uma vez, safado sempre. -segurou minha mão.- Para com isso...
_ Já vivemos essas aventuras, com a sensação de perigo, proibido...
_ Também não tínhamos filhos adolescentes em casa, que namoram e precisamos dar exemplo. -riu.
_ Porra, tá séria hein.
_ Não amor... -me olhou sorrindo, nos beijamos.- ... eu amo esse seu jeito safado, uma das coisas em que sou apaixonada em você.
_ Aé minha princesa?
_ Uhuum, nosso casamento não tem tempo de esfriar.
_ Sou foda.
_ E além de um maridão, é um pai excepcional e babão. Imagina quando for avô. -riu e eu fiquei pensando nisso, eu avô, que louco tudo isso.- Queria tanto um netinho, amor.
_ Não agora, né? Melissa tá nova, Arthur terminou nem a escola e Maria Luísa ainda é uma criança.
_ Sim, eu quero, mas no tempo certo.
_ Enquanto nós estamos na idade certinha.
_ Já pensou, eu grávida outra vez? Que loucura, não amor.
_ Pega nada, você vai tirar de letra.
_ Ah é sim (risos). Essa madrugada está tão linda, gostosa pra andar na areia... vamos?
_ Agora?
_ É amor, passear um pouquinho. Aproveitar que as crianças estão dormindo.
_ Tá, bora muié.


  Nós nos levantamos e fomos dar uma volta pela praia somente com a roupa do corpo, chinelos e mãos dadas. Parecíamos namorados, Fernanda ao seu natural estava perfeita. Cabelos ao vento, risada gostosa e os olhos apaixonados.
  Andamos até as pedras e nos sentamos ali, olhamos a Lua, continuamos nosso papo e namoramos também bem gostoso.
  Deitamos, quietos e ouvindo as ondas.


_ Vontade de ficar aqui pra sempre. -ela disse deitando a cabeça no meu peito.- Esse lugar é perfeito.
_ Sim, é. -continuei acariciando seus cabelos.
_ Tá afim de ver o nascer do Sol?


  Não fazíamos ideia de que horas eram, mas a empolgação falou mais alto e só voltamos pra casa depois que o Sol apontou em meio as nuvens, junto com o mar. Entramos e a sala estava vazia, TV desligada e enquanto subimos para o quarto encontramos minha mãe que nos olhou sorrindo.

_ Isso são horas?
_ Xumba, estávamos vendo o nascer do Sol.
_ Vi daqui da janela mesmo, lindo demais. -sorriu.- Bom dia meus filhos.
_ Bom dia sogra. -beijou seu rosto.
_ Bom dia minha linda, vou dormir um pouco.
_ Descansem, tá cedo mesmo.


  Terminamos os degraus, entramos no quarto e nos deitamos com a intenção de dormir, mas não foi bem o que aconteceu de imediato. Nos amamos antes.



Narrado por Melissa
  Acordei descansada no domingo, que delícia. Tomei um banho, vesti o biquíni e um shorts por cima. Passei protetor solar, penteei os cabelos e acordei as companheiras de quarto antes de descer.


_ Bom dia família!
_ Bom dia. -responderam meus avós e minha madrinha.
_ Cadê o povo dessa casa? Olha o sol que está lá fora.
_ Dormindo.
_ Af, vou subir e acordar todo mundo. Vó, me empresta uma panela. -minha avó mesmo não concordando muito não se opôs em me arrumar uma panela e uma colher de madeira. Subi as escadas bem linda, entrei no quarto dos meninos e comecei a bagunça. Todos eles acordaram no susto e quiseram me matar, inclusive meu noivo.
_ Palhaça. -ele disse me abraçando com aquele corpo todo suado e cheirando cama, se jogou na cama e me levou junto.- Chega de bater panelas.
_ Tá um sol lindo lá fora e vocês dormindo.
_ Fomos dormir tarde. -me deu um selinho.- Tô querendo dormir de novo.
_ Não, Leo! Daqui a pouco vamos embora e nem aproveitamos o dia.
_ Quero dormir.
_ Fica aí então, dormindo. -me soltei dele e levantei, as meninas estavam da porta querendo saber o que estava acontecendo e eu contei rindo.
_ Deixa eles aí, vamos pra praia. -Laura sugeriu e não pensamos duas vezes.


  Antes de irmos tomamos café, pegamos as cadeiras e guarda sol e fomos. A praia estava movimentada, mas não lotada. Nós nos acomodamos um pouco mais distante da casa e do quiosque, como de costume. Ficamos mais próximas as pedras e tendo uma visão melhor da ilha.

_ Quem vem? -Malu perguntou tirando a saída de praia e os chinelos.
_ Eu topo. -Julia fez o mesmo, Laura se animou e eu no embalo também fui.
_ Que delícia! -falei ao submergir.- Nesse calor ainda.
_ Não sei como eles conseguem ficar dentro de casa com um calor desses. -Julia comentou.
_ Idiotas, ficaram no videogame até tarde. Tanta coisa pra fazer.
_ Meninos (risos). Bem que a gente poderia jogar, né?
_ Eu trouxe a bola, está na sacola.
_ Quando voltarmos pra areia então.


  Aproveitamos mais a água que estava boa demais da conta, quando voltamos para a areia inventamos de jogar vôlei outra vez. Dividimos as duplas e com os chinelos marcamos nossa "rede".
  Um caras saíram da água com pranchas e largaram bem próximos da gente, quando pensa que não outros foram chegando e três deles tiveram a cara de pau de se oferecerem para jogar com a gente. Por mim a resposta seria não, mas minha prima já ficou de olho em um deles e super curtiu a ideia.
  Jogamos. Por alguns minutos, quase uma hora. Depois voltamos a nos sentar, compramos água de coco e continuamos ali tranquilas e nem nos demos conta do horário.


_ Tá boa a coisa aqui, né loira? -senti as mãos do Leo nos meus ombros e olhei para cima fazendo bico.- Amigos novos?
_ Colegas. -corrigi e deixei que ele, meu irmão e os meninos se apresentassem.- Não queriam descansar?
_ Não dá, tenho que fazer a guarda. -sentou encaixando as pernas nas minhas, abraçando minha cintura e beijando meu pescoço.
_ Tá calor.
_ Eu sei, tô suando já. 
_ Vai um pouquinho só pra trás, vai?
_ Não quero não, quero ficar bem aqui. -ri.
_ Tá com ciúmes, é?
_ O maluco não para de te olhar, não tô gostando não.
_ Bem feito, deveriam ter vindo conosco.
_ Tava gostando né?
_ Eles são legais e ainda surfam, acredita?
_ Babação de ovo hein, cacete.
_ Ciumento.

 Nossos meninos chegaram e instantaneamente os outros rapazes foram se afastando, uns voltaram para a água e os outros eu nem vi pra onde foram. Namorei um tempo com o meu noivo, fomos para a água também, mas voltamos pra casa para almoçarmos e subir pra arrumar nossas coisas.


_ Sogrão, chegamos lá e as bonitas cheias de amigos.
_ Bem feito pra vocês, querem dormir a vida toda. -disse minha mãe.- Acho é pouco.
_ Pô sogra, me ajuda né? -riu.
_ E ai Lau? Algum gatinho?
_ Vários, né prima? -Malu contou rindo.- Ruivo inclusive... nossa mãe, era natural. A coisa mais linda.
_ Não mais que eu. -Henrique brincou.
_ A única comportada foi a Julia. -Arthur falou e foi automático eu olhar para a minha mãe e ver ela fazendo careta, ri.
_ O que foi?
_ Minha mãe não muda. -ri deixando-o sem entender.
_ Bora comer, né cambada?


  Almoçamos pertinho da piscina e emendamos na sobremesa e ainda tivemos uns minutinhos para um cochilo. Acordei e as meninas já estavam de banho tomado, ajeitando as malas. Optei por arrumar minhas coisas e já deixar uma troca para fora. Fui a última a tomar banho, porque dei banho nas pequenas ainda e descemos cada uma as suas coisas.

_ Vão com Deus e avisem quando chegarem, tá?
_ Sim, mãe. Pode deixar. -falei entrando no carro e batendo a porta.


  Estávamos voltando para São Paulo juntos, nos dividimos nos três carros. Leo levaria eu e as pequenas, que iriam na cadeirinha. Meus avós com os João's e minha prima, e o Henrique voltou com a Malu, Arthur e a Ju. Meus pais e minha madrinha iriam dar uma estendida na viagem, o que significaria que estaríamos sozinhos em casa até terça-feira.



Narrado por Luan
  Sábado e domingo em casa e com toda a família, incluindo os afilhados, namorada do filho e namorados das filhas, mas essa parte a gente pula (risos). Nos despedimos deles no final da tarde de domingo, fiquei apenas com duas das minhas mulheres e melhores amigas. Minha esposa e minha irmã.


_ Agora que somos nós três vamos fazer o que?
_ Praia! -Fernanda disse em alto e bom tom.- Praia e mais praia! Esse horário não está cheio, sol não está ardido e a água sem dúvidas uma delícia... podemos ir mais pro fundo, né?
_ Disparou, segura Pi. -Bruna riu.
_ Tô animada, apenas. -riu também.- Sugerem algo?
_ Podemos ir para a praia sim, querer levar cerveja?
_ Claro, freezer tá cheio.
_ Exagerado você amor.
_ Aí cunha, anos se passaram, mas ainda fico besta vendo você chamar meu irmão de "amor". 
_ Mudei um tiquinho só. -riu.- E ele tem merecido, né amor?
_ É, vida. -nos beijamos.
_ Tô vendo que vou ficar de vela.
_ Vai nada, você é parte desse relacionamento Bubuzinha. -falei bagunçando seus cabelos como sempre.- Bora.
_ Enche o cooler primeiro.
_ Cachaceira.
_ E eu você.


  Nem pegamos cadeiras e guarda sol, só as bebidas, celulares e fomos. Ficamos mais próximos da água, deixamos as coisas na areia e fomos dar uma refrescada.

_ Cunha se achando a sereia. -comentava vendo a Nanda mergulhar e submergir.
_ Pensa que é sereia.
_ Corpo e cabelo ela tem. -riu.- Tá calor, Pi. Se molha! -e jogou água em mim, rindo.
_ Engraçadinha você né?
_ Tá calor, você na água... bem sugestivo.
_ Ah é, Bruna? -corri até ela, abracei sua cintura e "caí" na água.- Se molhou Bruninha?
_ Isso, aí mata minha cunhada afogada. -Nanda me empurrou e lá vai eu cair na água outra vez.- Firme igual prego na areia.
_ É. Vai ter volta viu.
_ Vai não, mozão. -fez bico para que eu a beijasse e levou foi água na cara. Brincamos um pouco antes de voltarmos para a areia.
_ Ah, era disso que eu precisava. Olha que lindo. -olhei e sol estava se pondo.- Fazia um tempinho que não vínhamos pra cá em Pi.
_ Tempinho? Nem lembro quando foi a última vez e olha que é tão gostoso. -respondi.
_ Gostoso e renovador. -Fernanda disse olhando na mesma direção.- Foi um ótimo investimento comprar aqui, né amor?
_ Quase apanhei por isso, lembra?
_ Ah, assustei lógico. Você me diz que comprou uma casa no interior de São Paulo, sou louca tenho paranóias.
_ Toda mulher cunhada. -as duas riram e eu concordei com elas.- Mas até que depois de você meu irmão sossegou.
_ Ele que não pensasse em sossegar...
_ Ih cunha, você não sabe o que é homem mulherengo não. Luan já era um sem vergonha antes da fama, tempo de escola, acredita?
_ Pra que voltar nisso agora hein? Tô casado já, vai que a muié quer divorciar depois disso (risos).
_ Isso ele não contou não, onde já se viu. Eu, uma mulher decente... mãe... casada.
_ Dão certinho, que você também não era nenhuma santa. -continuou minha irmã.
_ Até hoje, mas olha que eu melhorei viu. Deus fez foi um milagre aqui minha gente.
_ Amém! -dissemos juntos, rindo depois.- Ô pessoas complicadas eram vocês, minha nossa senhora.
_ Demos trabalho pra você, cupido?
_ Muito (risos).


  Com aquelas duas ali o que não faltou foi conversa. Relembramos coisas que minha mente tinha apenas flashes, coisas de antes da minha família pensar em sair de Londrina e soube de coisas de antes da Nanda ir para São Paulo. Sem contar que minha irmã contou umas coisinhas que eu nem imaginava, dos namoradinhos, de ter perdido a virgindade antes do Rafael aparecer na vida dela e mais uma porrada de coisas.

_ Não, não, não. Nada a ver, Pi.
_ Tudo a ver, minha nossa senhora. Pensava que minha irmã era uma anja.
_ Tá vendo, amor. Ela te iludiu também. Laura teve a quem puxar. -Fernanda riu.
_ E a Melissa não? Cunhada do céu, minha sobrinha é você todinha, dava sinais desde pequena.
_ Ah, saindo da maternidade. Ô menininha viu, olha e ficou pior quando cresceu. -falei e ganhei um tapa por isso.-  Graças a Deus meus filhos são minha cara, porque tem o gênio igualzinho dela.
_ Mentira, Pi. São ciumentos iguais a você, Maria Luísa então... lembro quando ela aprendeu a falar que reclamava com a mãe que a Nanda te beijava na frente dela.
_ Luan não podia me abraçar que ela chegava a chorar. Como pode né?
_ Só com os pais, acho um absurdo. Lucas e a Laura, os dois quando pequeninhos tinham um ciúmes desse pai deles.
_ A gente carrega nove meses pra que né?
_ Boa pergunta. -riu.- Mas que é uma delícia, é.
_ Delícia é pouco, é uma fase única na vida de um casal...
_ Única mesmo, cada desejo louco. -revirei os olhos.
_ Eu não tinha muitos não, mas comia muita pipoca. Toda hora e só salgada.
_ Fernanda comia até pedra com sal se deixasse.
_ É né?
_ Sim. Af Maria.
_ Você tinha que me entender amor...


  Eram duas contra um, eu estava em desvantagem, mas fazer o que né? Voltamos para a casa, tomamos um banho e fomos rodar pela cidade e procurar por um restaurante para jantar. O que não foi difícil, mas era mais uma lanchonete do que restaurante.

_ Hoje que a dieta vai pro saco! -minha irmã comemorou.
_ 41 anos e esse corpo de Barbie, ainda tem coragem de falar que faz dieta. Pra que?
_ Eu como muita besteira, cunha. Até hoje.
_ Fernanda na vida. -falei.
_ Eu tento ir pra academia, voltar a fazer dança... mas o tempo não é mais o mesmo, né? Ou cuido do meu corpo, todo regradinho e tal. Ou acompanho as crianças na escola, por exemplo.
_ Eu vou com a Lau enquanto o Luquinhas está na escola. E em casa o cardápio precisa ser colorido, porque meu amado filho se pudesse viveria só de pão e Toddy.
_ Eu com pães de queijo (risos). 
_ Eu como de tudo. -falei dando de ombros, despreocupado.
_ Menos carne moída, né amorzinho.
_ Sim, tudo menos isso.
_ Só na coxinha, o que eu acho estranho, mas ok.
_ Você não toma suco de goiaba até hoje.
_ Mas tomei na gravidez, necessidade.
_ Imagino. 
_ Nossos lanches chegando. -a garçonete nos trouxe os lanches e as bebidas, comemos cheios de vontade e partimos para uma barca de açaí em seguida.

  Enrolamos um pouco antes de irmos embora, chegamos em casa e subimos para descansar.

(...)

  Segunda e terça-feira passaram até que rápidas, mas deu pra aproveitar muito e descansar também. Saímos de Ubatuba depois do almoço, chegamos em São Paulo por volta das 16h, deixamos minha irmã na casa dela e seguimos para a nossa.
  Ninguém em casa, tudo arrumado e em absoluto silêncio. Tirei a camisa, o tênis e me joguei no sofá.


_ Já bateu a preguiça, é? -perguntou sentando perto de mim, apoiando o braço na minha barriga.
_ Já, tô vermelho desse sol cara.
_ Tá mesmo, e só de um lado. -riu me beijando.- Tô na lavanderia, tá?
_ Uhuum. -respondi já de olhos fechados.


  Fernanda colocou toda roupa suja pra lavar, subiu as poucas que estavam limpas e ainda quando cheguei no quarto minha mala estava aberta em cima da cama e ela no closet separando algumas trocas.

_ Precisa de ajuda, aí?
_ Não, tá sossegado. Mas se quiser me fazer companhia eu não me importo, amor.
_ Essa cueca, vida? Tá velha...
_ Alguém vai te ver com a nova?
_ Lelê. -ri.- Depois de você e minha mãe ela é a mulher que mais me viu sem roupas.
_ Coitada. 
_ Privilegiada, isso sim. -dei uma ajudinha e logos terminamos, minha mala ficou no closet mesmo e fomos para a cama.- Escuta só esse silêncio.
_ Raro nessa casa (risos). Depois de amanhã tenho consulta, acredita?
_ Consulta?
_ É, de rotina. Refazer uns exames...
_ Hmm ginecologista? -assenti.- Pode passar comigo, te conheço como ninguém.
_ Eu sei, amor. -riu e foi tirando a roupa e deitando na cama apenas de calcinha.- Voltei da praia com marquinha, amor... sem querer hein.
_ Linda. -beijei seu ombro, abracei sua cintura e ficamos nos encarando.- Quer dormir?
_ Eu quero, você não?
_ Eu tambem... não vamos buscar as crianças hoje?
_ Daqui a pouco, né?
_ Pode ser. -falei despreocupado, nos beijamos e ela virou para o outro lado, dormindo em seguida.


  Abracei sua cintura e também fechei os olhos, queria descansar da viagem e aproveitar o silêncio no recinto. Dormimos por algumas horas, quando acordei já estava de noite e meu celular tocando.

_ Alô?
_ Pai, ninguém vem buscar a gente não?
_ Não, vai morar aí agora.
_ Haha que graça... tô falando sério, pai.
_ Eu estava dormindo, sua mãe também. Acordei agora... como cê tá?
_ Bem e o senhor?
_ Ótimo. -bocejei.- Seus irmãos?
_ Melissa não tá aqui, Arthur muito menos... minha vó precisou sair, tá eu, meu vô e a Nena.
_ E onde eles foram?
_ Tão com os namorados, né pai... 
_ Sua tia Bruna já foi aí buscar a Laura?
_ Sim.
_ Vou acordar sua mãe e te ligo, tá?
_ Tá bom, tchau paizinho. -e desligou.


  Deixei Fernanda dormindo e fui ao banheiro, depois troquei de roupa e sai do quarto. Mandei mensagem no celular dela avisando que tinha ido na minha mãe buscar as meninas e logo voltaria.
  Peguei o carro e segui meu rumo.


_ Fala seu Amarildo! -cumprimentei meu pai com um abraço forte, rindo.- Tudo tranquilo?
_ Tranquilo, né Nena?
_ É papai, tudo numa boa. -falou vindo me abraçar.- Cadê a mamãe?
_ Ficou dormindo.
_ Como foram de viagem?
_ Bem demais. -respondi me sentando.- Pegamos quase nada de trânsito lento, mas já foi aqui em São Paulo.
_ Normal (risos).
_ Cadê a adolescente apressada?
_ No quarto, acabou de subir.
_ Filha da mãe, ligou me apressando e nem tá com as coisas prontas. Ô MARIA LUÍSA! -chamei da sala e não demorou para ela aparecer e sorrindo.
_ Paizinho, oi.
_ Bora?
_ Sim, tô indo pegar o Thor.
_ Ótimo. Nena, dá tchau pro vovô.
_ Tchau vovô. -levantou para se despedir com um abraço e beijou o rosto do meu pai, fiz o mesmo e peguei as mochilas das bonitas e estava esperando próximo a porta.- Papai, e o Art hein? Ele não vai pra nossa casa?
_ Vai sim, pequena. Tô ligando pra ele, já. -falei pegando o celular e discando o número.
_ Alô, pai?
_ Tudo bom? Tá onde?
_ Tudo, e o senhor? Tô na Julia.
_ Tá meio tarde, não acha?
_ Já chegaram?
_ Sim, chegamos. Vim buscar suas irmãs... vai direto pra casa, tá?
_ Pode deixar, pai. Até daqui a pouco.
_ Até. -e desliguei.- Maria Luísa?
_ Olha o que ele fez! Me sujou inteira, pai.
_ Tava brincando, né garotão? Bora, vai. Dá tchau pro seu avô e vamos.
_ Tchau vovô, até mais.


  Abrimos a porta e fomos para o carro, nos acomodamos e seguimos para casa. Encontrei Fernanda deitada no sofá, trocando os canais da Tv.

_ Chegamos. -dei um selinho nela.- Tá tudo bem?
_ Tá sim, tudo bem. -sorriu.- Cadê os outros dois?
_ Arthur tá na Julia, Melissa eu não sei.
_ Vou ligar pra ela. -disse trocando o controle pelo celular.- E vocês duas? Banho tomado, já?
_ Eu tomei mamãe, a Maria não.
_ Tomei de manhã, mas vou tomar outro antes de dormir... tô grudando.
_ Porquinha (risos).


(...)

  Maria Luísa subiu para tomar banho e Helena dormiu deitada no meu colo, ainda continuamos na sala, primeiro chegou Arthur e depois Melissa com uma carinha de poucos amigos dizendo estar com dores de cabeça, dando boa noite e dizendo que iria subir.

_ Eles brigaram. -Fernanda afirmou.
_ Logo se acertam, cê vai ver. -nos beijamos.- Bora subir?
_ Uhuum, mas eu não tô com sono.
_ Quem disse que a gente precisa dormir?










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 Luan aproveitou muito bem essa folga, não foi? Esteve com a família, e ainda pode passar mais dois dias só com a irmã e a esposa. Estava precisando, né? Mas as "crianças" foram pra SP sozinhos. Será que correu tudo bem?  Bora pro próximo, né?

2 comentários:

  1. Fic maravilhosa amo ela... Melissa chegou com cara de poucos amigos então brigou com o noivo, oque será que está acontecendo com o leo por favor que não seja nada grave. Continua logo por favor

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  2. Corra para o próximo capítulo e continue amando, rs.
    Hmmm esses dois estão num climão, né? Quer saber o que aconteceu? Contei tudo no capítulo novo! Bj.

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Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!