{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

domingo, 23 de setembro de 2018

Capítulo 268

Narrado por Fernanda
  Os dias do mês de agosto pareciam demorar a passar, minha nossa. Dormia e acordava e ainda era agosto. O famoso mês com 365 dias!
  Mas não posso reclamar, afinal minha afilhada estava chegando. Sim, Marina tinha data prevista para nascer até o dia 21 e todos nós estávamos ansiosos por sua chegada. Pais, avós e padrinhos.
 Isa estava tranquila nesse final de gravidez, embora bem mais inchada e preguiçosa, mas com um barrigão lindo. E Rober já estava em casa, ao lado dela e cuidando do outro bebê da casa, senhor Bernardo. Meu Bê.

_ Ô dinda, sabia que a Manina tá quase nascendo? -ele me contava enquanto tomava seu café da tarde.- É verdade, meu pai que disse.
_ E o que você acha disso Bê? -perguntei ajeitando-o na cadeira.
_ A mamãe disse que ela vai ser minha amiguinha e meu e falou dinda que eu tenho que ajudar cuidar dela e da mamãe.
_ E tem mesmo, você está crescendo e é um homenzinho. A mamãe e a Marina vão precisar da sua ajuda.
_ Eu sô forte também, dinda.
_ Eu sei, meu amor. -beijei seu rosto.
_ Tudo bem por aqui? -a mãe da Isa perguntou sorrindo, deixando algumas louças dentro da pia.- Comendo direitinho, Bernardo?
_ Tô vovó, a dinda tá me ajudando. -falou voltando a comer.- Ô dinda, meu padrinho tá em casa?
_ Hoje não meu amor, hoje só vai estar a gente pra fazer muita bagunça.
_ Mas... -franziu a testa pensativo.- ... não posso fazer bagunça, a mamãe briga. 
_ Um pouquinho só ela não briga não. -levantei a mão e ele bateu em comemoração, rindo.
_ Bê, você contou pra dinda o que você fez já?
_ O que você aprontou, mocinho?
_ Disse que queria fazer um desenho bem lindo, o pai dele no videogame deixou. Quando eu entrei no quarto dele a parede estava toda riscada de giz de cera, riscos e riscos e mais riscos. Gritei com o Roberval todinho, ah gritei.
_ Ô amiga, coitado.
_ De mim né, onde já se viu? Rober é muito bobão, Bernardo faz o que quer nesse apartamento.
_ Isso é normal, eu sempre fui mais chata que o Luan nessa parte. Menos quando se tratava dos instrumentos dele, aí ele virava bicho.
_ Eu imagino. -riu.- Por falar nele, ele nunca mais veio aqui.
_ Tá com saudades do compadre, amiga?
_ Ele faz um creme de abacate maravilhoso, fiquei com vontade essa semana inteirinha.
_ Não acredito nisso, minha afilhada nascendo com cara de creme de abacate.
_ Eu espero a próxima folga dele. -brincou.- Acabou bebê?
_ Sim! -disse deixando o copo em cima da mesa e limpando a boca com a manga da blusa de frio, todo feliz.
_ Então dá tchau pra mamãe, pra vovó e pro papai também que sua madrinha está esperando.
_ Tá bom. -o ajudei descer da cadeira e já recolhi as coisas da mesa, guardando o que tinha que guardar e passando uma água no que ele tinha usado.
_ Sabe que não precisava, né?
_ Já sou de casa, Isa. E não vai cair meu dedo por isso. -riu.- Eu já vou indo, tá? Mas qualquer coisa me liga.
_ Pode deixar, amiga eu ligo sim. -nos despedimos e fomos para a casa da Mari depois de buscar Helena na escola.
_ Oi Mari, tudo bem? -nos cumprimentamos.
_ Tudo ótimo, querida. Como estão meus dois bebês?
_ Oi vovó, o Bê vai dormir lá em casa hoje. -deixei que eles entrassem e fechei a porta. Puff veio arranhando minha perna, pedindo colo e eu o peguei.
_ Oi sogrão, tudo bem?
_ Velho, mas de pé né? -riu.- E você, filha, está melhor?
_ Graças a Deus, sim. Estava comentando com o Luan esses dias, né... que ainda sinto falta, vez ou outra penso como teria sido levar a gestação até os nove meses. Mas estou bem, sogro.
_ Não é fácil não, minha filha. Mas você é uma mulher forte e mais que isso, tem uma família que te ama muito viu. -me abraçou.- E os meninos?
_ Bem, querendo férias já (risos). Arthur está estudando bastante por conta do vestibular, né. Maria Luísa ainda não está esquentando a cabeça com isso, mas está em dia com os seminários. E a Mê está ficando doida com a faculdade.
_ Daqui uns dias estão todos formados, não é? Helena já está na primeira série e daqui a pouco acaba o ensino médio também.
_ Tô ficando velha. -ri.
_ E eu então, tô vovô mesmo. Daqui uns dias bisavô.
_ E eu avó.
_ Vocês dois, vem jantar.
_ Mas já sogra?
_ Rapidinha, né? -brincou.- Podem ir se servindo, já estou levando o nosso prato principal.
_ Mamãe, a gente vai jantar aqui na vovó?
_ Delícia a comida dela, né?
_ Muito.
_ Vamos lavar as mãos para comer, vem.

  Jantamos com os meus sogros e fomos para casa. Dei banho nos pequenos, tomei meu banho e descemos pra assistir filme antes de dormir. E minhas companhias não aguentaram nem a metade do filme para dormirem.
  Os levei para o quarto da Nena e fui para o meu, pelo horário Luan deveria estar terminando o show. Mandei uma mensagem desejando boa noite e fui ler um pouco.


Dezembro de 2037


Narrado por Luan
  Cara de agosto à dezembro tive a impressão de ter passado num estalar de dedos, sem muitas novidades, a não ser comemorar mais um ano de vida do pai e do sogrão. Nascimento de mais duas afilhadas e comemorar agora no final do mês de novembro o aniversário da primogênita da casa. E isso que ainda faltavam algumas semanas para o natal e minha agenda estava apertada demais, já conciliando com os compromissos que teríamos em casa. Arthur se formava esse ano no ensino médio e ainda teria a apresentação do TCC. Minha Helena tinha a apresentação anual de ballet, assim como a Maria Luísa. E tinhamos os batizados das nossas mais novas afilhadas, Marina e Gabriela. Marina era filha do Rober com a Isa, estava com quatro meses minha bolotinha, e a Gabi filha do Davi com a Carina, completaria um mês agora em dezembro.

(...)


_ Oi, pai. Tudo bem? -Malu atendeu.
_ Tudo bem sim, Malu. E você? Está em casa?
_ Estou, é sábado né pai. -riu.- E ainda é cedo... tinha gravação hoje?
_ Ontem não tive show, dormi mais cedo. -falei me levantando da cama e indo para o banheiro.- Sua mãe está por aí? Não estou conseguindo falar com ela.
_ Pai ela está dormindo ainda. -frazi a testa.- Ontem ela ficou com enxaqueca o dia todo e  trancada no quarto, não foi nem pra empresa e ainda pediu pro Art levar a Nena na escola.
_ Mas o que ela tem?
_ TPM. E das bravas, viu. Ela até vomitou o almoço, depois não quis comer mais nada. Voltou a dormir.
_ Mas minha nossa... pede pra ela me ligar quando acordar?
_ Peço sim, pai. Assim que ela destrancar a porta. -riu.- Um beijo, tá?
_ Onde a senhorita está indo?
_ Minha irmã tá boazinha hoje, me chamou pra comer pastel na feira.
_ Panelinha, cêis duas.
_ Nunca pai, é que eu tô cheia de vontade e ela está indo com o Leo. Me ofereci pra ir.
_ Tá certa. -ri.- Nos falamos mais tarde, se cuidem.
_ Tá bom, o senhor também. Um beijo.
_ Beijos.

  Desligamos, e segui com o programado. Mais pro final de dia, antes do show liguei outra vez em casa e quem atendeu foi Arthur. Disse que a mãe estava no banho, mas continuava na dela. Nos falamos mais um pouco, eu desliguei e fui jantar. A caminho do show fui tentando e nada, ao chegarmos lá enquanto ia pro camarim o telefone tocou e para o meu alívio era ela.

_ Oi amor, boa noite. -bocejou.
_ Boa noite, vida. Melhorou?
_ Não. Essa dor de cabeça que não me deixa, uma cólica horrível, horrível. E eu já tomei remédio, desde ontem eu mal saio daquele quarto.
_ Não foi no médico não?
_ Eu pensei em ir e sei lá tomar alguma medicação na veia, mas não gosto de fazer alarde e não ser nada. Você sabe.
_ Eu sei que você não está bem. -falei preocupado.- Queria cuidar de você sabia?
_ Queria você aqui me dando atenção, me fazendo carinho... tô carente também amor. TPM esse mês me deixou um caco, tô ruinzinha.
_ Mas ainda não desceu?
_ Ainda não, mas quando descer também vai ser daquele jeito. Tô até imaginando.
_ Buscopan. -falei o nome do médico que a Melissa sempre me pedia.- Como estão as coisas por aí?
_ Arthur não para de falar no TCC que é no final dessa semana, né. E ainda tem a formatura na noite seguinte, não tive nem tempo de olhar as coisas.
_ Que coisas?
_ Nossas roupas, né Lu. O do Arthur é padronizado, ele está vendo com os amigos. Agora os convidados estarão de azul, ninguém pode ir de preto.
_ Por que não?
_ As alunas estarão de preto, no caso formandas.
_ Entendi. Eu tenho camisa azul?
_ Com certeza sim, mas eu tenho que ver se está inteira e ver seu sapato. As meninas eu sei que tem vestidos, saias... e eu tenho que ver o que tenho no closet.
_ Não quer comprar um?
_ Não. Tem coisa com etiqueta naquele guarda roupa, amor.
_ E cabelo, vai no salão?
_ Claro, é a formatura do meu filho. Tenho que estar linda.
_ E quem vai?
_ Todo mundo. Meus pais, os seus. Todo mundo aqui em casa, sua irmã e o Rafa, meu irmão e a Lívia.
_ O Derick e a Louise, não?
_ Mas são crianças de colo, não contam. A Laura e o Lucas vão estar com os pais do Rafa.
_ O padrinho dele?
_ Vai também com a esposa, as meninas não vão. E nós daqui de casa, incluindo o Leonardo, porque a Julia e o Henrique são formandos.
_ Gente pra caramba, se for contar são...
_ 15 pessoas.
_ Grande família. Dalila não vai não?
_ Ela não vai poder amor, vai estar viajando, mas ela estará na apresentação do TCC.
_ Então tá tudo certo?
_ Ah sim. Depois na outra semana já tem as apresentações de ballet e depois férias e natal.
Vai fazer aquilo mesmo?
_ Tenho que ligar pra eles amanhã, mas tenho toda a lista com todos os convidados que estou em mente. Faz um tempo que não passamos aqui em São Paulo.
_ Mas ano novo vamos pra Londrina, né?
_ Por mim sim, eu só queria ver o que seria melhor pra você que tem show né amor.
_ Mas o show é aqui Rio, de avião não é mais que duas horas até Londrina.
_ E a banda?
_ Vão todos pra casa.
_ Então eu vou com você, e voltamos juntos.
_ Só nós dois, é?
_ Só nós dois em um quarto de hotel. -brincou.
_ Sabe que eu viajo pro Rio dia 28, né?
_ Você comentou, eu não lembrava não. Quem mais vai estar lá?
_ Lembro não muié, mas uma galera viu.
_ Você vai tocar na virada?
_ Não, antes disso. Foi o que eu pedi pra Lelê, né?
_ Umas 22h?
_ Por aí.
_ Luan! -Arleyde entrou no camarim, fiz sinal para que esperasse.
_ Vida, preciso desligar... nos falamos depois?
_ Tô indo dormir, amor. Te ligo assim que acordar. Fica com Deus, bom show.
_ Amém, boa noite minha princesa. Amo você.
_ Também te amo. -desligamos.
_ O que manda pra nós?
_ Você tá atrasado, pensei que já estivesse atendendo no camarim.
_ Não tava conseguindo falar com a Nanda o dia todo, ela estava com dores e foi a única hora que ela me ligou.
_ O que ela tem?
_ Cólica, enxaqueca.
_ Coisinhas de mulheres, ainda bem né?
_ Isso é. Bora lá?
_ Agora, anda.

...

  A van me deixou na porta de casa o relógio marcava 03h47 da madrugada de sexta-feira. Peguei as coisas, entrei em casa e como era de se esperar tudo em silêncio no andar debaixo.
Passei na cozinha, tomei água. Voltei pra sala e subi para o meu quarto.
  Empurrei a porta devagar e Fernanda dormia abraçada ao meu travesseiro, sentindo meu cheiro. Deixei a mala e minha mochila encostada num canto e fui usar o banheiro, tirar a roupa e me juntar a ela. Subi na cama, puxei o travesseiro e ela abriu os olhos no meio do escuro e continuou quieta.

_ Oi. -ela não disse nada, levou as mãos até o meu rosto e me beijou com todo carinho, estava com saudades de suas mãos delicadas tocando meu rosto. Prendi meus dedos entre os seus cabelos, puxando-a pra mim e dando mais calor ao beijo, terminando com selinhos demorados. Ela jogou a perna por cima da minha e colocou o braço na minha cintura.
_ Que horas são?
_ Ainda de madrugada, deve ser nem quatro horas.
_ Foi tudo bem? -perguntou bocejando, se referindo a viagem.- Soube que estava chovendo na estrada do Mato Grosso, tentei te ligar.
_ Perdi o sinal, mas foi tudo bem. -respondi.
_ Com sono?
_ Não muito, tava com frio só.
_ Aumenta o ar, controle está aí do lado. -foi se aninhando como uma gatinha, achando espaço e me prendendo com as pernas, seus braços e fechando os olhos.- Te amo, tá?
_ Eu que amo você. -passei a mão em seus cabelos até que ela dormisse, o que não demorou e um tempo depois fiz o mesmo.

  Algumas horas depois acordei com ela se mexendo na cama, se soltou de mim e levantou indo para o banheiro. Olhei no celular e eram 06h07, a apresentação do TCC seria aberta ao público e começaria às 08h30. Cocei a cabeça, virei de um lado pro outro e acabei me sentando na cama. Fernanda saiu do banheiro já vestida com a lingerie e com a toalha enrolada no corpo.

_ Te acordei, né? -assenti e ela se aproximou me dando um selinho.- Bom dia. 
_ Levantou cedo, vida.
_ Acidente menstrual, levantei apertada e quando cheguei no banheiro já estava daquele jeito. Aproveitei pra tomar um banho, já vou ficar trocada.
_ Melhorou da enxaqueca?
_ Sim, mas da cólica não. Mas não está tão forte, dá pra ignorar.
_ Isso é bom.
_ Muito. Aproveita que já acordou e vai tomar seu banho, vou me trocar e acordar o Arthur. Maria Luísa disse que não vai e eu vou deixar a Helena dormindo com ela.
_ Tem certeza?
_ É entediante pra ela. E ela não teve aula hoje.
_ Férias, já? 
_ A partir de terça, sim. Segunda tem a reunião de pais.
_ Eita.
_ É neguinho, nossa semana está bem cheia. Não demora.


Narrado por Fernanda
  Luan foi pro chuveiro e eu precisava encarar o closet que embora estivesse cheio, estava um pouco bagunçado. Eu não escolhi muito o que vestir, peguei uma calça jeans preta e uma blusa vinho com alguns detalhes, uma sapatilha nude e acessórios. Penteei os cabelos deixando-os soltos, passei um batom mais claro e estava pronta. Guardei minhas coisas que estavam um pouco espalhadas e separei uma troca de roupa para o Luan, jeans escuro, camisa polo vermelha e tênis branco.

_ Mãe, tá acordada? -escutei a voz do Arthur, sai do closet e ele entrou no quarto.- Que camisa eu ponho?
_ Pensei que ainda estivesse dormindo, filho. Bom dia. -beijei seu rosto e coloquei as coisas do Luan em cima da cama.- Vamos lá ver?
_ A senhora já está pronta? Tá bonitona.
_ Obrigada, acordei cedinho. Você já tomou banho?
_ Já tô pronto, falta a camisa. Rosa ou lilás?
_ Você fica tão lindo de azul bebê, filho.
_ Não achei no meio das roupas.
_ Não procurou, não é? Porque eu guardei ela na sua gaveta antes de ontem. -falei indo até o guarda roupa, procurei pela blusa e encontrei.- Aqui. Põe ela.
_ Amassada?
_ Eu passo pra você, meu bebezão. -ri.- E o seu sapato?
_ Sapatênis, só vou usar sapato social amanhã a noite.
_ Tudo bem senhor Arthur Santana.
_ Por isso que eu te amo. -ele ia sentar pra colocar o sapato e o telefone tocou, pronto, esqueceu da vida e ficou no celular. Levei a blusa para o meu quarto e passei o ferro, Luan ainda estava com o chuveiro ligado e eu bati na porta apressando ele. Voltei ao quarto do Arthur para deixar a blusa em cima da cama e ele deitado.
_ Arthur, você tem horário né? Vamos desligando e depois vocês conversam? -ele ia me pedir pra esperar, mas acabou se despedindo e desligando.- Ela já está pronta?
_ Ainda vai tomar banho dona Fernanda. -riu.
_ Fica enrolando viu, você e seu pai são iguaisinhos. Meu deus!
_ A senhora que é apressada, cadê a blusa?
_ Folgado. -entreguei a ele.- Tô descendo pra cozinha, vai tomar café?
_ E vai dar tempo?
_ Se você não enrolar.

  Desci para a cozinha troquei a água do Thor e coloquei mais ração, enquanto ele dormia. Entrei na cozinha e Melissa já estava beijando o noivo, os dois prontos. Dei bom dia, preparei um café simples e rápido, esperamos os dois bonitos descerem para comermos e irmos para a escola.

_ Bom dia família. -Lila entrou no auditório sorridente, nos cumprimentando e sentando do meu ladinho.- Tudo bem amiga?
_ Ótima, cheia de orgulho do meu menino.
_ Passa rápido, né? Eu não perderia por nada, uma pena eu não estar na festa de formatura.
_ Só não te xingo porque ainda tem a do curso superior.
_ Ele andou me falando dos vestibulares, estudou tanto o bichinho.
_ De tanto eu e a namorada ficar na cabeça dele, porque o Arthur é meio preguicinha.
_ Eu sei, nós também éramos. -riu.- Mas graças à Deus tomamos um rumo.
_ Era o mínimo, né Dalila. Já pensou sermos duas perdidas?
_ Seríamos prostitutas, certeza. Porque olha.
_ Xiiiu, vai deixar meu marido horrorizado.
_ Tô acostumado com as duas já, nada mais me assusta.
_ Ô cunhado, você sabe que eu te amo.
_ Eu amo meus afilhados. -riu.
_ Sempre engraçadinho.
_ Silêncio vocês dois, vão começar as apresentações.

  Desde a primeira apresentação em que participei como mãe estive presente em todas as outras e era diferente sempre, eu era umas das dezenas de mães babonas que filma e fotografa também. Mas na apresentação do TCC não foi preciso porque uma empresa foi contratada para essa parte, estava ali apenas como espectadora.
  Os temas abordados foram sensacionais e muito bem explicados, sai de lá satisfeita e ainda mais certa de que todo o investimento que Luan e eu fizemos não havia sido em vão.
  Parabenizamos nosso menino, que estava mais leve e não suava tanto. 
  Saímos dali e voltamos para casa, Lila foi conosco e no caminho fomos decidindo qual seria o nosso almoço. Pensamos bem e optamos por almoçar fora, só passaríamos em casa para pegar as meninas.

(...)

  A parte nova iorquina da família chegou no final da tarde de sexta, todos muito cansados do voo e da longa, então só tomaram um banho rápido, jantaram e acomodaram-se nos quartos para descansarem. Só fomos matar a saudade mesmo no dia seguinte com o nascer do sol, depois de um bom café da manhã inclusive.
  Eu estava muito feliz por tê-los bem pertinho e saber que iriam ficar praticamente o mês inteiro conosco, meus grudinhos.
  Esperamos a noite de sábado para o nosso primeiro passeio, que foi a formatura do Arthur, dançamos, cantamos e registramos grande parte disso tudo. E nos dias que seguiram ainda tivemos outros compromissos como a apresentação de ballet das minhas meninas, o batizado das mais novas afilhadas e agora todo meu foco estava voltado para o feriadão do dia 25/12
  Eu vinha conversando com o Luan há um tempo, dizendo à ele que neste natal eu queria algo diferente. E ele comprou a ideia junto comigo. Bom, tínhamos entre os sobrinhos de sangue e de coração muitos afilhados, e que com a correria do dia-a-dia e as vezes nossos desencontros de agendas não estávamos sempre juntos. Então quis que a ceia de almoço de Natal com todos bem juntinhos. Os pais, os filhos, a minha família e a família do maridão.
  Foi trabalhoso, tive que listar nome por nome para não deixar ninguém de fora e procurar por um buffet que além da comida cuidasse de toda a parte decorativa. Seria uma grande festa e no quintal de casa, onde tínhamos espaço de sobra e seria bem mais aconchegante por termos privacidade.

_ O que acha de irmos dormir só um pouquinho? -Luan perguntou beijando meu ombro e baixando a tela do notebook.- Já está tarde e seu marido está carente.
_ Carente, é?
_ Luan Jr. também, sabia?
_ Tá um quase cinquentão safado, né amor?
_ Só sei te amar, e é gostoso demais quando nos amamos juntinhos. -abraçou minha cintura e beijou minha nuca.
_ Vai me levar no colo? Tô numa preguiça.
_ O que você quiser meu anjo. -me beijou e em seguida subimos para o nosso quarto, nos deitando na cama e tivemos um ao outro sem nenhuma pressa.












~.~

  Olha quem voltou! Euzinha mesma com um capítulo fofinho pra gente matar a saudade dessa família linda de bonita e toda intensa, não é?
Capítulo tranquilinho, bem na paz, com o avanço de alguns meses, mas sem tretas. Amo, quero muito que as coisas continuem assim! <3

12 comentários:

  1. Como o tempo está voando. O Arthur se formando ja? Daqui a pouco ja e a Nena. AMOOO essa família cada vez mais.❤

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Passa rápido, não é Tacy? Vimos esses nenéns nascerem, estou me sentindo velha! 💜

      Excluir
  2. Não sei oque comentar essa família é muito fofa amoo essa fic continua ❤

    ResponderExcluir
  3. Amando cada dia mais a fic, ge faz um capítulo que apareça um pouquinho a nenê, adoro tanto a caçulinha ❤️

    ResponderExcluir
  4. Senão for postar mais é melhor cancelar a fanfic. Fico sempre vindo aqui e nunca tem cap.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não vou cancelar nao mulher, e desculpa pela longa demora. :(

      Excluir
  5. Cadê você? Poosta mais

    ResponderExcluir
  6. Que demora. Mais de um mês sem postar e nem dá satisfação. AFF!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Um mês e onze dias, sei que foi muito. É ruim esperar, eu também não gosto. Só não tive como vir antes.

      Excluir

Girls, fiquem à vontade. Esse espaço é de vocês!