{...} Abre mais a blusa, me usa! Só não pede pra parar... ♪♫

domingo, 29 de outubro de 2017

Capítulo 240

Narrado por Fernanda
  A noite ao lado dos amigos e do maridão foi muito boa, deu pra bagunçar bastante e dar aquela estendia sem esforço algum. Dormimos na suíte do motel que "pernoitamos" e acordamos um pouco tarde no sábado, acordamos porque Maria Luísa não parava de ligar no meu celular.


_ Oi. -atendi aos sussurros.- O que aconteceu?
_ Mãe, a senhora estava dormindo?
_ Fala baixo. Eu estava sim, o que foi?
_ Nada ué, só queria lembrar a senhora que é hoje. Falei com as minhas amigas já.
_ É hoje o que? -me sentei na cama trazendo o lençol para cobrir os seios, Luan se mexeu abraçando minha cintura, mas sequer abriu os olhos.
_ A balada teen que a senhora disse que ia me levar com as minhas amigas. -tagarelava.
_ Eu disse que ia pensar. 
_ Mãe! Por favor?
_ Quando eu chegar na sua vó a gente conversa, beijo, tchau.
_ Mas a senhora vai chegar aqui que horas? Começa às 16h e são quase 12h.
_ Maria Luísa me deixa acordar. Eu posso?
_ A senhora me liga?
_ Tchau filha, mamãe ama você. -e desliguei.
_ Ela é toda acelerada. -Luan riu.- Bom dia, minha linda. -fez bico e eu o beijei.
_ Bom dia, vida. Hora de ir pra casa, né?
_ Mas está gostoso aqui. -beijou minha barriga, meus seios e por fim minha boca.- Eu mesmo ficaria o dia todo.
_ E deixar a Helena fervendo na cabeça dos meus sogros? Nem pensar. Vamos embora, vai.
_ Depois de um banho né?
_ Eu sei bem o banho que você quer. -apertei as bochechas dele.- Mas vai ter que ser rápido, temos que buscar as crianças.
_ Eles esperam. -riu todo feliz, pensando malícia assim como eu que estava molhada sem ele sequer ter me tocado.


  Tomamos um banho depois de foder com força e rapidez dentro da banheira, nos vestimos e voltamos para casa. Entramos e na sala estava tudo em ordem, passei pela cozinha e levei um susto com o tanto de louça suja... Melissa ia lavar tudinho depois. Tomei água e subimos para os quartos, Luan entrou no nosso e eu fui ver se as meninas estavam bem. Abri a porta do quarto da Mê e as três dormiam tranquilas, Thor estava com elas dormindo também. Fechei a porta e fui trocar de roupa.

_ Vai dormir de novo?
_ Vontade não me falta.
_ Para de preguiça, amor. Vou acordar as meninas e podemos almoçar fora.
_ Conhecendo bem minha mãe, ela já está com o almoço pronto.
_ E me conhecendo bem sei que estou com fome, bora.
_ Gulosa.
_ Você nem imagina o quanto (risos).
_ Não vai chamar as meninas?
Elas devem ter ido dormir tarde, entrei no quarto e elas nem se mexeram.
_ Você que sabe.
_ Então vamos logo. -abri a porta do closet já pensando no que vestiria, escolhi um shorts jeans desfiado e uma camiseta do Corinthians, calcei chinelos e prendi os cabelos.- Tô pronta.
_ Gatona hein.
_ Você viu amor, tô linda. -lhe dei um selinho e fomos. Assim que chegamos nos meus sogros demos de cara com bagunça. Lucas estava lá com a Nena brincando de piratas no sofá da sala.- Oi sogra, tudo bom?
_ Graças a Deus, Fernanda. E com vocês, deu pra passear?
_ Ah deu, deu e muito viu. -dei risada. Luan cumprimentou a mãe e foi para a cozinha, tentou fuçar nas panelas e levou uma colherada de pau no braço.
_ Abusado. -dizia ela toda séria.- Maria Luísa estava com cólica, dei um remedinho tá?
_ Obrigada, eu esqueci de deixar na bolsa dela.
_ Magina, Fernanda... casa de vó sempre tem dessas coisas. Ainda mais quando a maioria das minhas netas são mulheres.
_ Por isso que eu te amo.
_ E pelo escondidinho de frango com brócolis que eu preparei para o almoço. -me abraçou de lado, beijei seu rosto.- Estávamos esperando por vocês.
_ Tá vendo amor, você tem que cozinhar essas coisas pra mim.
_ Não sei fazer nem água fervida, Fernanda. -riu.- Bora?
_ Vou subir pra chamar minhas crianças... -falei soltando a Mari e saindo dá cozinha, segui para a sala e subi a escada que dava acesso aos quartos. Dei dois toques antes de entrar e encontrar os dois deitados na cama de casal do quarto do Luan.- Tudo bem por aqui? -dei um beijo de bom dia neles e sentei na ponta da cama.
_ Bem e a senhora?
_ Ótima meu filho, muito bem. -ri.- O almoço está pronto, vamos descer?
_ Vamos. -os dois levantaram, Malu seguiu para o banheiro e eu desci com o Art.- A senhora vai ficar em casa hoje?
_ E você também.
_ Até a Malu vai sair, mãe. Uns amigos meus...
_ Você quer sair pra passar mal na rua, Arthur. Não.
_ Vai me dizer que a senhora nunca tomou um porre?
_ Quando era menor de idade não e foram raras as vezes em que eu fiquei louca numa festa, numa balada, num show que cheguei em casa passando mal.
_ E se eu ficar de boa?
_ Até lá a gente vê.
_ Mas eu tinha que avisar as meninas.
_ Meninas? -franzi a testa e ele riu.- Arthur, Arthur... não brinca comigo não menino. -falei e ele rindo.
_ E aí pai, beleza? -se cumprimentaram e fomos para a mesa, esperamos por Maria Luísa e almoçamos e fomos para a casa. Assim que desceu do carro, Malu entrou correndo e foi disparada em direção a escada. Arthur disse que ia dar um mergulho e eu sentei com o Luan no sofá, ficamos conversando.
_ Ela vai mesmo? -assenti.- Mas Fernanda...
_ Luan, amor, relaxa. 
_ Não consigo relaxar quando sei que minha filha está indo pra uma baladinha.
_ Só vai ter gente da idade delas, lá.
_ E daí?
_ Fica assim não meu amor. -segurei seu rosto e dei aquele beijo todo desajeitado. E nos deitamos no sofá, fechei os olhos e fiquei com a cabeça em seu peito.
_ Vai dormir assim é?
_ Tô acordada, amor. -beijei seu peito.- Esperando a Malu.


  Nisso as meninas desceram de biquíni, passaram pra cozinha e depois só escutei o barulho dos pulos na piscina. Levantei pra ir ao banheiro e quando voltei Maria Luísa estava de bico na escada, Luan de braços cruzados em pé perto do sofá e encarando ela.

_ O que foi vocês dois? -perguntei.
_ Ainda pergunta? Olha essa roupa, Fernanda. Por mim você já não iria, com essa roupa então não passava nem da porta. -Luan falou sério, eu olhei e não estava nada demais.
_ Ela está com a blusa na cintura, amor.
_ E quando dançar não vai aparecer a calcinha dela não, né?
_ Malu, sobe e coloca um shorts por baixo desse vestido.
_ Mas mãe...
_ Agora. -ela foi para o quarto e eu caminhei até o maridão.- Melhora esse rostinho, amor (selinho). Você vai comigo levar ela?
_ Não, mas vou buscar. -disse voltando a se sentar no sofá e pegando o controle da TV.

Coisa de cinco minutos depois as amigas da Malu chegaram, nos cumprimentaram, Maria Luísa desceu e nós fomos. Sabe quando a história começa a se repetir? Lá estava eu mais uma vez nessa vida de mãe, levando a filha para uma balada.

  A entrada era aquela fila enorme, as meninas tudo "pequenas". Mas eu conhecia o lugar, um dos gerentes era cliente da CDM e eu tinha o telefone dele.


_ Oi, Felipe. É a Fernanda, tudo bem?
_ Oi, Fê. Tranquilo, e você? O que manda?
_ Bem, também. Estou aqui em frente a Luxes Teen, vim trazer minha filha e umas amigas.
_ Opa, que honra. Deu sorte hein, tô chegando aí em cinco minutos. Onde você está?
_ Perto do estacionamento na lateral, onde está a fila.
_ Entra no estacionamento e me espera lá, tá bom?
_ Beleza, obrigada. -e desliguei.
_ A senhora conhece o dono?
_ Conheço muita gente, filha. -ri manobrando o carro e estacionando. Descemos e de longe eu vi o Felipe, lindo. Porque pensa em um homem gato, gostoso, cheiroso e tinha uma cara de que te destruiria na cama. Era ele.- Oi! -os abraçamos quando ele estava mais perto.- Essa aqui é minha filha, Maria Luísa. Caroline e Letícia, amigas dela.
_ Prazer, Felipe. Tudo bom meninas?
_ Muito. -fiquei de boca aberta quando vi a amiga da minha filha secar um homem de mais de 30 anos de idade.
_ Vamos entrando? Você vem, Fê? Podemos beber um drink enquanto mostro a área VIP para as meninas. -Maria Luísa me olhou com uma cara de "mãe vai embora", mas eu aceitei o convite e nós entramos. Entramos pela área credenciada, não passamos por revista alguma, tão pouco precisamos mostrar o documento. Recebemos uma pulseira dourada e subimos, estava enchendo, mas lá em cima não. Um bar sem bebidas alcoólicas, com sorvetes e açaí, drinks e muito energético.- Vocês são minhas convidadas, fiquem a vontade meninas. -nos sentamos no bar, ele pediu dois drinks, conversamos brevemente e eu me despedi. Quando cheguei em casa Luan estava de bico, quando me viu com a pulseira viu a cara, quando eu contei que encontrei com o Felipe e ele me ofereceu uma bebida meu marido ficou horrorizado.
_ Eu não vou mentir pra você, foi isso que aconteceu.
_ Por que não ficou lá com ele? -revirou os olhos.
_ Vim ficar com o meu marido. -sentei de frente pra ele, segurando em seus ombros e beijando-o no pescoço.
_ Para, tô assistindo. -me encaixei melhor, roçando a bunda no pau dele.- Fernanda.
_ Você não precisa ter ciúmes do Felipe, eu sou uma mulher muito bem casada.
_ Tá bom, já entendi.
_ Eu te amo, sabia?
_ Uhuum.
_ Amor!?
_ Opa, pessoal desculpa atrapalhar... eu não vi nada, já estou de saída. -Arthur passou correndo e quase caiu por ter escorregado. Luan e eu demos risada.
_ Dá um beijinho, dá? -ele negou.- Vou ser obrigada te lamber todinho, chupar seu corpo inteiro Luan? -falei ao sussurros em seu ouvido, ele segurou com firmeza minhas coxas afundando as pontas de seus dedos na carne.- Ai.
_ Não me provoca que eu te pego aqui mesmo nesse sofá e não vou ligar se algum dos nossos filhos aparecer. -disse sério, com a voz rouca e arrepiando até minha nuca.- Levanta, vai. -deu um tapa com força na minha bunda.
_ Sempre tive vontade de ser flagrada transando.
_ Tira a roupa, tira essa blusa aqui mesmo. -riu todo insano.
_ Fala que duvida.
_ Eu du vi do. -tirei a blusa ficando apenas de sutiã, Luan riu e também tirou a dele.- E agora?
_ Quer que eu tire o shorts também? Estou com uma calcinha bem fina. -pisquei, ofegante. Luan cheirou e chupou a pele entre os meus seios, pescoço e finalizou mordendo a ponta da minha orelha. Minha boca encontrou a sua e nos atacamos em um beijo feroz, com mordidas e pegadas com força nos cabelos.
_ Eu vou te comer todinha, aqui e agora.

E ele não mentiu, transamos naquela mesma hora, mas não na sala e sim no meu escritório. Foi uma coisa intensa, mas não demorada. Voltei para o quarto ainda ofegante e morta de tanto calor, suada e marcada de mordidas. Deitei na cama e dormi feito uma pedra.



Narrado por Luan
  Esse negócio da Maria Luísa estar indo para baladinhas estava me deixando de cabelos em pé e mesmo com a Fernanda tentando me dobrar, tentando me distrair não estava rolando.
  Subimos para o quarto e ela apagou, toda largada na cama. Segui para um banho frio, lavei os cabelos e depois que sai me juntei a ela somente de cueca e cabelos úmidos. Também dormi, mas acordei com o celular tocando.


_ Alô?
_ Pai, é a Malu. Cadê minha mãe, hein?
_ Sua mãe? -passei a mão pelo colchão e encontrei a Nanda ainda dormindo, franzi a testa.- Ela está dormindo.
_ Tá, e quem vem buscar a gente? Já acabou aqui, estão todos indo embora.
_ E que horas são essas?
_ 22:47. Demorou um pouquinho.
_ Sabe o endereço daí? -perguntei mais esperto, levantando da cama e procurando por uma bermuda.
_ Vou te mandar a localização pelo whats, pode ser?
_ Pode, pode sim. -acendi as luzes e fui para o closet onde coloquei uma bermuda, regata e calcei chinelos.
_ Pai?
_ Hm...
_ Vou desligar, tá? Beijo.
_ Juízo, Maria Luísa. Eu não demoro.
_ Eu sei que não. -e riu antes de desligar. Corri procurando pela carteira e quando estava pra sair do quarto bati o pé numa cadeira.
_ Puta que pariu. -resmunguei.
_ Amor? O que foi?
_ Essa cadeira do caralho, porra. -xinguei.
_ Machucou?
_ Não, não. Eu tô bem. -respondi.- Tô indo buscar a Maria Luísa.
_ As amiguinhas dela vem tudo dormir aqui, tá?
_ Tá falando sério?
_ Uhuum. -passou as mãos pelo rosto, se mexeu na cama e abraçou o meu travesseiro.- Ela te mandou o endereço?
_ Pelo whatsapp.
_ Se você for por dentro chega bem mais rápido, você vai pegar a avenida... -ele explicou todo o caminho e fechou os olhos outra vez, peguei minha carteira, o celular e desci.
_ Podem desgrudando os dois. -falei assustando Melissa e Leonardo que estavam de agarramento no sofá.- Vou sair, não demoro.
_ Vai sair sem minha mãe? -cruzou os braços.
_ Estou indo buscar sua irmã, tchau.
_ Cuidado hein pai.
_ Fica em paz, vou devagar.


  Bati a porta e segui para o carro. Programei o endereço no GPS e dei a partida após colocar o cinto de segurança. Liguei o som e fui tranquilo, não foi difícil de chegar, muito menos difícil para encontrar as três mosqueteiras que estavam encostadas numa grade com mais dois meninos na maior risada. Buzinei e ela olhou toda sorridente, se despediram e ela veio para o carro.

_ Quem era? -perguntei antes mesmo que ela fechasse a porta e colocasse o cinto.
_ Meu amigo, pai.
_ Amigo, Maria Luísa? Ele deve ter o que? 18 anos?
_ Ele tem 15 e é lá da escola. -revirou os olhos, pôs o cinto e bateu a porta outra vez, baixando o vidro.
_ Fecha aí que eu ligo o ar.
_ Pai...
_ Hm.
_ Nada. -acionou outra vez o botão.
_ Nossa Malu, marcaram a gente na foto dele. -franzi a testa, mas não falei nada e foi assim até chegarmos em casa. Larguei as três pela sala e voltei para o quarto. Estava inquieto, andando de um lado para o outro.
_ Luan, pode falar o que aconteceu.
_ Maria Luísa não tá namorando não né?
_ Pra mim ela não falou nada. Por quê, amor?
_ Uns papos estranhos que eu escutei no carro, conversando em códigos e não gostei.
_ Vem cá, tira essa roupa e deita aqui comigo. -passei o trinco na porta, tirei a bermuda, camisa e deitei de cueca na cama.- Você tá tenso.
_ Preocupado é a palavra certa. -ela sentou encostada na cabeceira e abriu as pernas, deitei de costas com a cabeça apoiada em sua coxa.- Elas crescem rápido demais. -Fernanda deslizava suas mãos pelas minhas costas massageando tudo.- Maria Luísa tem 14 anos, já pensou se ela me aparece aqui falando que namora? Eu vou fazer o que?
_ Normal os filhos namorarem, claro que sentimos ciúmes, mas vai acontecer. Foi assim com a Mê, está sendo com o Arthur e vai ser com a Malu e com a Nena.
_ Eu tenho muito ciúmes, são minhas filhas e eu sou homem.
_ Brincou muito com a filha dos outros, não é?
_ Demais, e não me orgulho disso. Não hoje.
_ Porque agora você é pai, pensa diferente. Mas você também tem que levar em conta a educação que demos a eles, isso sempre. Ensinamos nossos filhos a serem pessoas de bem resolvidas e não aceitarem qualquer migalhas de homem nenhum e mulher nenhuma. Eles não precisam disso.
_ Tá querendo dizer que...
_ Que eles vão ficar sim, conhecer outras pessoas antes de encontrarem alguém que queiram sossegar. Pelo menos eu fui assim. -riu.- Muito louca no início, mas faz parte.
_ Eu babava em você, nossa senhora.
_ E eu então? Era você passar pela porta que eu já olhava para a sua calça, subia o olhar bem devagar até achar seu sorriso sacana e "também quero pegar você". Funcionou. -continuamos ali, ela toda calma e eu quase dormindo de tão relaxado.
_ Você é feliz?
_ Muito feliz, eu tenho a vida que nunca imaginei ter confesso. Mas que eu amo, amo muito e não abandonaria por nada.
_ Já eu sempre quis construir uma família, ter filhos, uma esposa que me ame e entenda o meu trabalho... que sonhe comigo, sabe?
_ Sou sortuda (risos).
_ Obrigado. -agradeci a massagem e virei de barriga pra cima, ela sorria.- Queria tanto uns minutos na banheira... você me acompanha?










~.~
  Luan está envelhecendo e mesmo com o tempo ainda continua aquele paizão ciumento. Como vai ser quando a Malu pensar em ter um namoradinho hein? rs
Fernanda também está meio assim com o possível namoro de Arthur e Melissa? Bom, sem novidades por enquanto. 
  Agora falando em LuNanda... meus amores, eles não param. Haja fôlego e disposição, né non?

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Capítulo 239

Narrado por Melissa
  Na sexta-feira acordei cheia de preguiça, real. Era o dia da semana em que eu estava mais cansada e meu corpo implorava para eu continuar na cama. O celular despertou às 07:40, mas eu levantei mesmo por volta de 08:15/08:30 e fui tomar meu banho. 
  Estava com um tempo sobrando e lavei os cabelos depois de escovar os dentes e sai com a cabeça enrolada na toalha e outra toalha enrolada no corpo. Leo ainda dormia feito uma pedra, não o acordei por estar cedo e continuei o que eu tinha pra fazer. Separei a roupa e o conjunto de lingerie que eu iria vestir, peguei o par de sapatilhas e os acessórios, brincos, relógio de pulso e um colar simples. Eu não enrolava para me vestir, mas gostava de ter tempo para os hidratantes corporais e faciais, maquiagem e cabelo.
  Vesti a lingerie e fiquei sem a toalha, sentei na cadeira de frente para o espelho da penteadeira e fiz toda a make, aproveitei e dei um jeito nos cabelos. Coloquei uma calça jeans, camisa social e finalizei com os acessórios e sapatos.


_ Leo? -coloquei uma mecha do cabelo atrás da orelha e fui acordar meu namorado.- Amor, acorda.
_ Tô acordado, já. -disse tirando o edredom do rosto e sorrindo sem mostrar os dentes.
_ Vai dar dez horas daqui alguns minutos.
_ Preciso ir em casa, não trouxe roupas para ir trabalhar daqui.
_ Então levanta, né?
_ Tô com sono.
_ Eu também, mas ainda é sexta. -dei um selinho nele e desci.- Bom dia, Maria.
_ Bom dia, Mê. Tudo bem?
_ Ótima e você? -a abracei e me sentei à mesa em seguida.
_ Graças a Deus bem, querida. Leite?
_ Não, vou tomar um suco. -respondi enquanto enchia meu copo.- Ninguém levantou cedo hoje?
_ Sua mãe, que foi levar as meninas na escola e disse que iria direto para a empresa.
_ Tô atrasada. -falei rindo.
_ Menina, toma jeito.
_ Dá um desconto, hoje é sexta.
_ Tô indo em casa, daqui a pouco eu passo aqui pra gente ir. -Leo falou da entrada da cozinha.- Bom dia, Maria linda.
_ Bom dia, Leonardo.
_ Fui. -e saiu. Terminei o café, escovei os dentes no banheiro de baixo mesmo e retoquei o batom antes de sentar no sofá e ficar no celular. Nisso Arthur desceu e se deitou no sofá, todo largado, de samba-canção e chinelos.
_ Tá tudo bem?
_ Não. -levantou correndo e foi para o banheiro e sim, eu fui atrás.
_ O que você bebeu hein? -ele não falava, só vomitava.- Arthur!
_ Pelo amor de Deus cala essa boca minha cabeça está estourando, Melissa.
_ Bebe mais, idiota. Não sabe ir pra festa não, é? Tem que ficar enchendo a cara pra falar que foi divertido?
_ Minha mãe agora? -o ignorei e voltei para a sala, sentei e cruzei as pernas.- Mê?
_ O que foi Arthur?
_ Desculpa.
_ Tá. -disse levantando e indo atender a porta.- Ué, por que não entrou Leonardo? -perguntei ao ver que ele estava esperando encostado no carro.
_ Se eu entrar nós não saímos daí de dentro hoje. -riu.- Cadê sua bolsa?
_ Tô indo buscar. -falei voltando na sala, peguei a bolsa e gritei um tchau pra Maria.- Vai ficar aí o dia todo é? Pede pra Maria fazer um chá pra você. -falei e em poucos segundos sai. Entramos no carro e ele logo deu partida.





Narrado por Luan
    Sexta-feira foi o meu dia da preguiça. 
  Estávamos Arthur, Maria e eu naquela casa enorme. Dormi praticamente o dia todo, acordei quase seis da tarde, tomei aquele banho e aí sim me preocupei em olhar celular, respondi mensagens no whatsapp, retornei as ligações da Xumba e ainda espiei um pouco meu Instagram.


_ Papai, cheguei! -Helena foi abrindo a porta e batendo com tudo, subindo em cima da cama de sapato e nem aí mesmo.- Oi, papai.
_ Oi minha princesa linda. -beijei seu rosto e lhe dei um abraço.- Como foi na escolinha?
_ Legal, eu aprendi outra palavra.
_ Ah, é? Qual?
_ Cha-ve-i-ro, papai. -contou as sílabas.
_ Que legal filha, parabéns.
_ Obrigada, papai. -deitou no meu colo e ficou me abraçando.
_ Luan, você viu a... -Fernanda ia perguntar alguma coisa, mas abriu a porta e sorriu.- Ela dormiu no seu colo.
_ Por isso estava quietinha. -falei virando a cabeça para dar uma olhadinha, ajeitei ela na cama, tirei seu tênis e levantei para beijar minha esposa que estava linda demais.- Como foi hoje?
_ Cansativo, mas produtivo... enfim sexta! -me abraçou pelo pescoço e ficou me dando beijinhos, muitos deles até darmos aquele beijo um pouco mais urgente e com mais firmeza.- Vou tomar banho, tá?
_ Eu até te acompanharia, mas fiquei de levar a Malu na sorveteria.
_ Maria Luísa está um cú, nem estresse que só ela... ela gritou comigo no carro agora pouco.
_ É TPM amor, você sabe como é.
_ Foda-se, eu não gritava com a minha mãe.
_ Relaxa, sem estresse você também.
_ Sabe do que eu preciso pra relaxar, não sabe? -acariciou meu pau por cima da bermuda, atrevida.- É disso, amor.
_ Vamos jantar fora hoje?
_ É, e as crianças ficam com quem?
_ Melissa não vem pra casa mais? -perguntei soltando dela e cruzando os braços.
_ Eu que sei, Luan? É sexta-feira, pode ser que ela tenha marcado alguma coisa com as amigas...
_ Não tô gostando dessa história não Fernanda. Aliás, nunca gostei.
_ Poderíamos ir no cinema com eles, o que você acha? 
_ Acho que poderíamos jantar na dona Marizete, as crianças iriam dormir por lá e nós dois poderíamos sair.
_ Baladinha?
_ Uhuum... vou ligar pro Dudu.
_ Amor, Eduardo é um homem casado.
_ Primeiro os amigos, depois a mulher.
_ Ah é Luan?
_ Não no seu caso amor, você em primeiro lugar sempre. -lhe dei um selinho e ela seguiu para o banheiro. Aproveitei pra mandar uma mensagem no grupo, agitei para sairmos e não deu outra... Douglas, Dudu e Sorocaba se animaram para ir. Liguei pra minha mãe e ela amou a ideia de irmos jantar por lá, disse que faria a comida com muito gosto e estaria a nossa espera.- Tudo certo amor, nós vamos.
_ Pra onde pai? -Malu perguntou entrando no quarto de braços cruzados e cara fechada.- Não vai me levar mais na sorveteria?
_ Levo filha, mas estava falando outra coisa com a sua mãe.
_ Onde vocês vão?
_ Iremos todos, jantar na sua vó.
_ E depois?
_ Depois vocês vão dormir por lá e eu vou sair com a sua mãe.
_ Ah não pai, odeio não estar na minha casa quando estou menstruada. -revirou os olhos, brava.- Tudo bem que eu até tenho roupa na minha avó, mas eu não gosto.
_ Ajuda seu pai, Maria Luísa. Quero sair com a sua mãe, faz tempo que não vamos dar uma volta.
_ Af, que saco viu. Aposto que a Melissa vai dormir aqui em casa e com o namorado ainda.
_ Melissa é maior de idade, você não. Vai, vamos logo tomar esse sorvete. -disse pegando a carteira e "empurrando-a" para fora do quarto. Estávamos descendo as escadas quando Melissa abriu a porta.
_ Onde vamos?
_ Eu vou tomar sorvete com o meu pai, você não vai em lugar nenhum. -Malu respondeu segurando minha mão.- Né, pai?
_ Filha única agora, pai? -Melissa perguntou bicuda.
_ Ei, parem com isso minhas lindas. Tem paizão pra todas. -beijei o rosto de Maria Luísa e fui cumprimentar Melissa que estava chegando do trabalho.- Cadê aquele malacabado?
_ Foi pra casa dormir que mais tarde ele vai sair com uns amigos. -deu de ombros.
_ E você não vai junto? -franzi a testa.
_ Não, as meninas vem pra cá. Noite das meninas, nosso clube da Luluzinha. -respondeu deixando a bolsa em cima do sofá e pegando o Thor no colo.
_ Ah, pai... eu quero ficar aqui.
_ E você ia ficar onde garota?
_ O pai quer que a gente durma na vó Marizete, pra ele e minha mãe saírem.
_ Vocês dois hein, sei não. -Melissa falou rindo.- Tão muito saidinhos.
_ É bom que a mãe não fica de mal humor. -Arthur comentou antes de se sentar no sofá.- Ê pai, queria um sorvete também hein... será que rola?
_ Sendo assim eu vou também.
_ Aí que saco, não posso querer fazer nada com o meu pai que vocês vem pra encher... chatisse.
_ Eu sento do seu lado, filha.


  Maria Luísa era a filha mais ciumenta em relação aos irmãos e isso desde pequena, mas nunca foi um problema. Saímos de casa e antes que eu me acomodasse no carro, Malu já estava esperando no banco do passageiro. Segui para a sorveteria que ficava há poucos metros do condomínio e descemos depois de eu estacionar.

_ Pai, será que dá pra gente entrar? -Melissa perguntou ao ver o movimento de entra e sai das pessoas.
_ Vou perguntar, perae. -segui até a entrada e troquei algumas palavras com o segurança, que chamou o gerente e eu perguntei se não teria uma mesa mais tranquila, reservada. Soube que tinha uma sala "privativa" e foi para lá que nós fomos e nos acomodamos.
_ Pai, vamos mesmo pra minha avó? -Melissa perguntou.
_ Fazer o que lá? Eu queria sair, pai. -Arthur comentou.
_ Nossa, de novo? Tá boa a coisa né?
_ Cuida da sua vida, Maria Luísa. -Arthur cutucou a irmã.
_ A mãe não vai deixar seu idiota. Ainda mais que você faltou na escola. -dizia toda sarcástica.
_ Vocês são fogo. -falei.
_ Eu sou a única daquela casa que não pode fazer nada... -Maria Luísa disparou a falar que não queria nunca mais calar a boca, mas logo mudamos de assunto e eu conversei com eles sobre coisas cotidianas... perguntei como ia a escola e faculdade, perguntei do TCC do Arthur e do estágio da Melissa, falamos sobre a festa de 15 anos da Maria Luísa e voltamos pra casa quase na hora de sair pro jantar na minha mãe.
_ O que foi amor?
_ Vocês que tem um rabo enorme e não conseguem fechar a porra da porta. -falou brava, limpando o joelho da Nena.
_ O que aconteceu?
_ Eu estava tomando banho, ela acordou e foi procurar vocês. Correu, caiu e se machucou. -dei a volta no sofá e Helena estava toda ralada, testa, joelhos e o nariz.
_ Toda vermelha minha gatinha. -beijei sua bochecha.
_ Tá doendo, papai.
_ Daqui a pouco sara.
_ Aí que frescura, a menina nem machucou mãe.
_ Frescura porque não foi você que é outra boca aberta.
_ Por que a senhora tá falando assim comigo?
_ Tchau pra vocês. -dizia Melissa pegando a mochila do sofá e caçando o rumo da escola, Arthur disfarçou e foi para a cozinha e eu peguei o controle da TV. Eram duas na TPM, eu que não iria me meter.
_ Maria Luísa, sobe, vai tomar um banho... não fica me enchendo o saco não.
_ Grossa! -e subiu.
_ Você está vendo né? Se ela gritar comigo mais uma vez eu juro que ela fica sem os dentes. 
_ Vocês duas estão estressadas por causa da menstruação, releva.
_ Luan ela tem 14 anos e eu quase 50.
_ Ô amor, falta muito ainda.
_ Não interessa, eu falo e ela tem que escutar e fazer, ponto.
_ Você está certa. -concordei pra não estender o assunto e voltei a olhar os canais.
_ Falou com a sua mãe?
_ Uhuum...
_ E aí?
_ Ela disse que está nos esperando. Mas eles não querem dormir lá... Arthur queria sair de novo.
_ Ainda bem que ele queria, não quer mais.
_ Fernanda...
_ Fernanda, o que? Não era nem pra ele ter ido ontem.


  Pronto. Mulher na TPM era 8 ou 80.     Fernanda era a mulher mais bipolar do mundo, em um minuto estava ótima, cinco segundos depois se transformava em outra. Antes eu ficava descabelado, hoje eu concordo com tudo o que ela diz ou faz, mesmo ela estando errada.



Narrado por Melissa
  Assim que chegamos da sorveteria o clima pesou na sala e eu logo dei um jeito de sair dali e subi para o meu quarto, aproveitei para jogar uma água rápida no corpo e colocar uma roupa fresquinha, shorts, regata e chinelos. Estava terminando de passar creme no rosto quando o mini furacão entrou no meu quarto correndo e quase que caia outra vez.


_ Para de correr, Leninha.
_ O papai tá te chamando pra gente ir na vovó Mari.
_ Já estou descendo, não demoro.
_ Tá bom. -respondeu ofegante e correu para fora do quarto, mais uma vez. Terminei, prendi os cabelos ainda no coque por causa do calor, peguei meu celular e desci.
_ Vai Arthur, você vai dirigindo. -jogou as chaves para o meu irmão que foi todo empolgado e minha mãe acabou com a festa dele e sobrou até pro meu pai.- Fernanda, ele sabe dirigir.
_ Ele pode até saber, mas ele não tem habilitação, não é maior de idade...
_ É só algumas ruas pra cima, meu amor.
_ Já falei que não, preciso repetir?
_ Não. -tive vontade de rir da cara dos dois que estavam bicudos e de cabeça baixa. Saímos de casa, meu pai trancou a porta e nós entramos no carro, seguimos para a casa dos meus avós e em poucos minutos chegamos. Meu pai estacionou, nós descemos e fomos entrando.


  Minha avó sempre ficava feliz quando íamos fazer visita, sempre era uma festa. E era gostoso, muito gostoso. Fizemos uma horinha na sala, depois nos acomodamos na sala de jantar e comemos. No final de tudo meus irmãos ficaram por lá e eu, meus pais e o Thor voltamos para casa.

_ Não quis ficar, filha... vai sair? -minha mãe perguntou.
_ Não, mas chamei as meninas para irem lá em casa. Tem problema?
_ Claro que não, Melissa. É que eu pensei que você fosse sair com o Leo.
_ Ele até me chamou, vai sair com uns amigos. Mas eu não estava afim de ir não, sem contar que tinha marcado com a Tacy e a Nay de virem pra cá.
_ Precisam de alguma coisa?
_ Vamos pedir pizza, esfiha... fazer gordices. E fofocar, mãe (risos). E vocês vão pra onde?
_ Seu pai que sabe, amor... o Rober, vai?
_ Ele vai sim, mas a Isa não.
_ Por que?
_ Sei lá, amor. -foi a resposta dele. Chegamos em casa e os dois subiram para se arrumar, deitei no sofá e fiquei no telefone.
_ Tem certeza que não quer ir minha loira? Os meninos estão te chamando, vai ser tranquilo. -Leo mandou outro áudio.
_ Não loirão, as meninas já estão a caminho daqui. Esqueceu?
_ Traz elas também, ué.
_ Queremos falar mal dos namorados, das sogras, falar dos outros crushs... essas coisas.
_ Bobona, pensa que eu acredito. Mas beleza, eu te mando mensagem quando chegar lá.
_ Não precisa, sei que vai estar com os meninos. Promete pra mim que vai se cuidar?
_ Prometo, mas só se você prometer falar pra elas que eu sou o melhor homem na cama.
_ Idiota. -ri.- Tchau amor, vai se arrumar...
_ Nada de dormir tarde viu.
_ Ahaam... pode deixar pai. -ele foi tomar banho e eu continuei falando com as meninas que estavam chegando. Estávamos decidindo os sabores das pizzas e a quantidade de esfihas. Anotei tudo e liguei na pizzaria, pedi três pizzas de sabores diferentes e a bebida também. Liguei também pedindo as esfihas e subi para buscar minha carteira.
_ Melissa?
_ Oi, mãe. -falei do quarto.
_ Toma. -olhei e era o cartão do meu pai.
_ Ué, mas não precisa... peguei o meu. -mostrei.
_ Ele que pediu pra te entregar, a senha você já sabe. -deixou na minha mão e saiu. Não reclamei, deixei a bolsa lá e só desci com o cartão e minha carteira para não perder o bendito depois.


  Assim que cheguei na sala o interfone tocou e era da portaria do condomínio, as meninas haviam chegado e juntas. Deixei a porta destrancada e fui ao banheiro, ao retornar elas já estavam tocando a campainha.

_ Oiiiiiiiii meninas! -falei toda empolgada, pulando no colo da Nayara.
_ Oi sua gorda, sai de cima de mim, Melissa. -ri e desci para apertar muito minha cacheada, Tacy.
_ Estava com tanta saudade de vocês, ainda bem que deu certo de virem as duas. 
_ Desmarquei um jantar na sogra. -Nay disse revirando os olhos.- Mas ia só pra comer, porque o Cacá vai sair com o Leo.
_ Isso aí. -falei entrando e elas vindo em seguida.
_ Detalhe, meu namorado nem me chamou pra ir... falou que era um rolê dos caras.
_ O Leo me chamou, eu quem não quis ir. -dei de ombros, fechei a porta e fomos para o sofá.
_ Cadê minha tia? -Tacy perguntou.
_ Se produzindo, senta aí... daqui a pouco chega a nossa comida.


  Dito e feito. 
  Começamos a conversar na sala, meus pais desceram e pouco antes de saírem a comida chegou. Paguei com o cartão do meu pai e devolvi pra ele.


_ Juízo as três. -dizia ele, todo sério.- Não pretendo voltar hoje. -beijou o rosto da minha mãe.
_ Tá bom, pai. Podem ir tranquilos, não daremos uma festa.
_ Assim espero, se cuidem. -falou se despedindo de nós com beijo e abraço e indo para o carro.
_ Bom, a casa é toda nossa!
_ Ae! -gritamos juntas, rindo aos nos jogarmos no sofá.- Agora posso colocar meu pijama.
_ E eu o meu. -as meninas disseram é subiram com as mochilas para o meu quarto. Segui para a cozinha e peguei coisas que usaríamos, pratos, copos e talheres. Empilhei tudo bonitinho e voltei para a sala, uns minutos depois elas desceram rindo de alguma coisa.
_ O que?
_ Achamos uma fantasia sua jogada no closet, foi isso. -e voltaram a rir.
_ Aquilo é da minha mãe, ela provou no meu quarto porque era surpresa pro meu pai. Acreditem. -revirei os olhos.
_ Eu quero ser igual sua mãe, sabia? -Nay dizia se sentando no sofá.- Toda cheia de vida, de fogo... mesmo depois de casada.
_ Os dois são assim, sou grata por ter isolamento acústico no quarto deles... porque nossa.
_ Se chama inveja. -Tacy zuou.
_ Vamos comer, né? -bati palmas e me sentei no tapete, Thor veio correndo e pulou em mim.- Vão ficar olhando?


  Elas não perderam tempo e logo se acomodaram, "jantamos" e aquilo foi o esquenta para a nossa noite que seria longa. Uma longa noite para colocarmos o papo em dia, fazer coisas de meninas e com certeza relembrar os velhos tempos. Eu estava mais que animada!












~.~

  Sexta-feira longa na nossa fanfic, não é?     Mas eu quero mesmo é o final de semana. Alô, Maria Luísa! Te esperamos na baladinha teen. Haha ❤

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Capítulo 238

Narrado por Luan
  Ficamos em casa com as crianças o dia todo, Fernanda subiu com eles para dar um banho e voltamos a sala de jantar para comer antes de irmos dormir.


_ Papai, por que você não vai dormir? -Helena perguntou enquanto Fernanda esperava por ela na escada, junto com Bernardo que dormia no colo da madrinha.
_ Vou esperar a Mê chegar da faculdade.
_ Deixa eu ficar também?
_ Nada disso mocinha, dá boa noite pro papai.
_ Boa noite, papai. -dei um beijo em seu rosto e ela foi com a mãe.


  Fernanda demorou um pouco para descer e quando o fez já estava de banho tomado e pijama, cabelos presos em um coque malfeito e toda cheirosa.

_ Por que não me chamou pra tomar um banho com você, amor? -perguntei dando um cheiro em seu pescoço.
_ Sei bem o banho que você queria tomar (selinho). Helena dormiu abraçadinha com o Bê, tinha que ver.
_ Esses dois são um grude que só.
_ Eu acho tão lindo, amigos desde pequenos.
_ Todo mundo tem amor.
_ Eu tive, mas não mantivemos mais contato. -deu de ombros e foi se aninhando no meu colo, começamos a nos beijar e não nos preocupamos com a hora. Namoramos bastante, trocamos carícias e nada da Melissa chegar.- O que foi? -perguntou mordendo minha boca.
_ Melissa que não chega e está tarde. -falei olhando o relógio que estava em meu pulso.
_ Ela sai tarde mesmo, mas sempre vem com o Leo.
_ Eu sei, mas mesmo assim... -ela voltou a me beijar e o seu celular começou a tocar.- É ela amor, deixa eu atender. -e assim fez, as duas trocaram poucas palavras e desligaram.- 
_ Vai me avisar o que?
_ Ela não vem pra cá hoje, tá? Foi pra casa do Leo.
_ Tá brincando, né?
_ Amor, Melissa é uma mulher adulta.
_ Pra mim isso é indiferente, nem é final de semana... amanhã ela trabalha Fernanda.
_ Ô amorzinho deixa a menina transar em paz.
_ Se dependesse de mim nenhuma das minhas filhas saberiam o que é sexo.
_ Drama. -disse revirando os olhos.
_ Tudo pra você é drama, Fernanda. Tudo é caretisse... tudo. 
_ Luan, você e eu sabemos que ela transa. Acha que ela foi pra casa do namorado fazer o que lá? Brincar de casinha com a Cecília? Eu hein, amor.
_ Não precisa ficar repetindo, eu sei que ela não é mais... não é mais virgem, Fernanda.
_ Então desfaz essa cara, para de fazer bico e juntar as sobrancelhas pra mim.
_ Vou ao banheiro. -tirei sua cabeça do meu colo e levantei do sofá indo realmente ao banheiro. Na volta passei pela cozinha para tomar água, apaguei as luzes e quando cheguei na sala Fernanda não estava mais no sofá.
_ Vamos subir? Tô com sono.
_ Fechou aqui? -perguntei e da escada mesmo, de costas pra mim ela respondeu que sim.- Não me esperar, é?
_ Tô te esperando, amor. Vamos logo. -subimos e antes de irmos para o nosso quarto Fernanda passou no das crianças para ver se estava tudo bem e fomos.- Sabe o que eu estava pensando aqui?
_ O que?
_ Na sua última folga, Luan.
_ Viajamos para Ubatuba ué.
_ Viajamos eu, você e as meninas. Melissa não foi por causa da faculdade e Arthur por causa do TCC.
_ Tá, e ai? -quis dar risada e ela séria, parou perto da cama de braços cruzados e continuou me encarando.
_ E aí, que uma amiga dele ia vir pra cá.
_ O que tem demais nisso, Fernanda? -segurei mais ainda a risada, tentei manter a pose de sério.
_ E ficaram no quarto? Dentro do banheiro, é? 
_ Eu que sei.
_ Luan, Luan... me fala a verdade, anda.
_ Não tem verdade nenhuma. -desviei meu olhar do dela.
_ Eu achei uma calcinha de renda branca debaixo do colchão dele, eu não tô louca.
_ Você é foda, foi olhar debaixo da cama dele?
_ Helena estava brincando de esconde-esconde e o quarto dele estava aberto e ela se escondeu por lá.
_ Caralho, viu.
_ Então você sabia? Sabia e não me contou nada? É isso?
_ Ele me pediu.
_ Você me enrolou pro seu filho transar com uma estranha dentro de casa? Luan!
_ Eu não enrolei ninguém, eu nem sabia.
_ Ah não né? Pois amanhã eu vou perguntar pra ele.
_ Deixa de ser exagerada, Fernanda. -falei tirando minha camisa e jogando em cima da poltrona.- Por que cê tá me olhando com essa cara?
_ Você me traiu.
_ Eu o que? Tá maluca?
_ Você acobertou o seu filho, escondeu de mim uma coisa séria...
_ A menina nem era mais virgem.
_ Então você conhece? -cruzou os braços.
_ Amor, não me complica.
_ Não te complica? -perguntou séria, me empurrou em cima da cama e foi para o banheiro. Tirei os chinelos, a bermuda e deitei na cama, pegando o celular.- Eu tô muito chateada com você. -falou ao sair do banheiro, depois de um tempo.- Não faz essa cara de idiota, você mentiu pra mim. 
_ Parou, tá? Arthur já é um homem.
_ Um homem, um homem. -repetiu me imitando, com desdém.- Bem do irresponsável, onde já se viu.
_ Queria entender o seu surto sem motivos. Já que não tem nada demais a Melissa dormir na casa do namorado, por que teria problemas do Arthur trazer alguém aqui? Não é?
_ Minha filha namora.
_ E ele não quer se prender a ninguém.
_ E minha casa virou motel agora?
_ Fernanda... -passei as mais pelo rosto.
_ Eu não sei nem porque eu tô falando com você. -disse toda grossa, mas não deu cinco segundos continuou falando.- Eu confiei em você pra isso?
_ Ah minha nossa senhora!
_ Agora é "ah minha nossa senhora", só porque o Arthur é um homem. Machista. -me arremessou um travesseiro. Ela estava nervosa e nervosa sem motivo nenhum.- Para de me olhar com essa cara.
_ Que cara, Fernanda?
_ Deboche. Eu te conheço.
_ Amor, para com isso. -falei me levantando da cama e indo até ela com calma.- Olha pra mim. -virei seu rosto.- Não fica brava comigo, eu só quis ajudar.
_ Cedendo a nossa casa pra servir de suíte de motel?
_ Ele usou o quarto dele, relaxa. -dei um selinho nela que mordeu minha boca.- Fernanda, isso dói porra!
_ Não grita comigo!
_ Desculpa amor, mas não me morde.
_ Eu ainda não esqueci o que você fez.-disse me empurrando outra vez e indo para a cama, deitou de costas pra mim e pegou o celular.
_ Não dormir abraçadinha comigo não, vida?
_ Não quero, sai daqui.
_ Tá bom, você que sabe. -apaguei as luzes e me deitei também. Passados alguns minutos cheguei mais perto dela e passei a mão por sua coxa descoberta.
_ Para com isso.
_ Não dormiu ainda, vida?
_ Não tô com sono.
_ Sabe que eu também não? -mordi a ponta de sua orelha e ela ficou inquieta, toda arrepiada.- O que acha de... -nem terminei a frase e ela pegou no meu pinto e agarrou firme.- Sem nem um carinho antes?
_ Para de mexer comigo, Luan.
_ Pode apertar mais, eu gosto. -mordi sua orelha outra vez e ela grunhiu.- Safada.
_ Para de me atiçar, Luan. Não brinca com fogo.
_ Pode tacar fogo que eu apago todo esse incêndio. 
_ Que cachorro você, amor. Mas sabe que eu gosto? -virou de frente pra mim e demos aquele beijo que estava faltando, com pressa, desajeitado de início e pra lá de excitante. Eu já estava realmente muito excitado e descendo seus beijos até cair de boca e me chupar com vontade.
_ Porra, Fernanda. -contrai o quadril bombando com força naquela boca gostosa.- Agora sim. -segurei em seus cabelos e fechando os olhos. Fernanda realmente estava cheia de fogo, fogo esse que nos fez dormir era mais de quatro horas da manhã e exaustos.
_ Papai, abre aqui! -escutei batidas na porta e Helena chamar por mim, mas estava com preguiça de levantar e ainda estávamos sem roupas.- Papai!? O Bernardo tá chorando, papai! Ele quer a dinda Isa. -cutuquei a Nanda e pedi para ela deitar mais para o lado, levantei e vesti uma cueca, bermuda e fui abrir a porta.
_ Tá cedo, sabia?
_ Tá de dia papai. -ela estava toda descabelada, de chupeta e descalça.
_ Cadê o chorão?
_ No quarto, papai. -fomos para o quarto e Bernardo estava chorando que queria a mamãe, o peguei no colo e acalmei o pequeno.
_ Não quer dormir no padrinho mais?
_ A mamãe! -apontava para a porta.
_ Daqui a pouco ela está aqui, bora tomar um banho e ficar cheirosão pra ela? -Fernanda fazia isso e funcionava, aprendi com ela. Dei um banho nos dois e foi bem divertido, Bernardo saiu do banheiro querendo brincar de bola.- Agora tem que comer rapaiz.
_ Papai, eu tô com fome.
_ Vamos descer, a Maria já chegou com o pão.


  Meu dia começou bem cedo. Os dois tomaram café, assistiram desenho e foram brincar e eu participei da brincadeira que parecia não acabar nunca.

_ Padrinho você é o monstro da galáxia. -Bernardo dizia pegando sua espada do Star Wars e me batendo com aquilo.
_ Bernardo, não pode! A mamãe não deixa brinca de bater no amiguinho.
_ Desculpa padrinho, vamos brinca de... de...
_ Daquele papai, vivo vivo. -comecei a rir.
_ É vivo-morto Nena. Bora lá, morto. -ela abaixou e ele ficou olhando nós dois, deixei Helena explicar como funcionava e voltamos a brincar.




Narrado por Fernanda
  Acordei tarde no outro dia e cheia de preguiça. Luan não estava mais na cama e de acordo com a hora do celular, eram mais de 10h30 da manhã. Levantei e segui para um banho demorado, relaxante e mais que refrescante. Saí secando o corpo, cheguei no closet e através do espelho vi algumas das marcas que meu amado marido me deixou na noite anterior.


_ Mãe, a senhora vai sair hoje? -Arthur foi entrando no quarto e logo estava na porta do closet. O encarei, bem séria e ele olhou pra trás.- O que foi?
_ Não vou sair hoje não. Seu tio vem pra cá.
_ Tio Rober?
_ É. -e abri as portas para pegar o que vestir.
_ A senhora tá estranha. Brigou com o meu pai?
_ Pior. Meu marido me traiu.
_ Não, para mãe. Meu pai jamais faria uma coisa dessas com a senhora, nunca.
_ Ah não, é? Nem se você pedisse?
_ Tá doida, mãe? Eu pedir pro meu pai... é pedir pra ele... ah mãe, a senhora...
_ Quem é ela? Anda.
_ Mãe eu posso explicar.
_ Ah, então é verdade?
_ Eu não menti.
_ Mentiu, mentiu ainda trouxe essa fulana que eu não conheço pra dentro da minha casa.
_ Estamos ficando tem um tempo já, aconteceu mãe, eu juro.
_ Não fala comigo Arthur, estou decepcionada.
_ Ah minha nossa senhora, por que?
_ Meu filho... você colocou a sua mãe e suas irmãs pra fora de casa, mentiu que ia fazer trabalho de escola e ainda transou com ela na sua cama.
_ Nem foi na cama. -arregalei os olhos e ele começou a rir, rir mesmo, Arthur estava gargalhando e eu séria.
_ Arthur Santana.
_ Deixa eu explicar...
_ Eu sei como se faz sexo.
_ Tô ligado, mãe. Mas íamos fazer o trabalho mesmo, é que teve uma hora que ficamos ociosos e rolou na sala mesmo... fomos para o meu quarto, mas foi em pé, não usamos minha cama.
_ Aí meu deus, eu não tô ouvindo isso. -ele ficou parado, me olhando.- Filho!
_ Eu tô errado, me desculpa mãe. -veio e me abraçou forte, nem ligando que eu estava só de toalha.- Não faço mais isso.
_ Duvido que não, Arthur. Eu já tive sua idade meu filho, e sei bem esse "não faço mais isso".
_ Ela é legal, a senhora vai gostar dela.
_ Não vou, ela não presta.
_ A senhora nem conhece.
_ E não quero, quero ela bem longe da minha porta.
_ Como quiser minha gata, a casa é sua. -beijou meu rosto.- Mas eu posso ir na casa dela, né? -dei um tapa ardido em seu braço.- Doeu, mãe.
_ É pra doer mesmo, engraçadinho.
_ Me empresta o carro?
_ Não. Você não tem carta.
_ Mas meu pai me ensinou a dirigir.
_ Não interessa, e se você é parado na rua?
_ Ah mãe, por favor?
_ Não e não.
_ Vou como então?
_ Pede pro seu amiguinho Luan te levar.
_ A senhora é fogo. -riu.- É aqui perto... deixa, mãe?
_ Arthur eu não vou dar as chaves do meu carro pra você.
_ Não confia em mim? Seu único filho homem?
_ Arthur, tchau. Quero me trocar.
_ E?
_ E, tchau. -o empurrei para fora do closet, fechei a porta e me troquei rapidamente. Quando desci Luan ainda brincava com as crianças, nem me viu entrar e sair do quarto de brinquedos. Cheguei na cozinha e cumprimentei a Maria, sentei com as minhas outras duas crianças e tomamos café.- Maria Luísa, não foi pra escola por que?
_ Eu acordei no horário, mas não tinha ninguém pra me levar.
_ Seu pai estava aí, sua cara de pau.
_ Ele falou que eu podia ficar em casa. -deu de ombros, ri.
_ Maria Luísa, tô de olho viu.
_ Tô tranquila. Já o Arthur...
_ O que tem seu irmão?
_ Fala pra mãe Arthur, que você tem uma namorada e que sua festinha de hoje é na casa dela. -ela falava cheia de ironia e ele querendo matar a irmã com o olhar.
_ Não era na casa de um amigo, Arthur?
_ Não, é aniversário de uma amiga, irmã da menina que eu fiquei, ela não é minha namorada. -Arthur respondeu revirando os olhos.
_ Mentiroso, mãe ele tá mentindo pra senhora. Ela me chama de cunhada e eu vou falar, não gosto dela.
_ Quem é essa menina, Arthur?
_ Já falei pra senhora. -voltou a comer.
_ Arthur, tô de olho hein.
_ É essa menina mãe, ela é fofoqueira demais.
_ A senhora sabe que eu falo a verdade. -e começou a rir, todos nós rimos.- Até você, Maria?
_ Pra você ver minha filha (risos).
_ Mamãe, eu quero água!
_ É bom dia que fala, não é?
_ Bom dia mamãe, e Malu e Art. 
_ Bom dia. -responderam os dois maiores. Levantei e peguei um pouco de água pra ela, esperei que tomasse e devolvi o copo na pia.


  Depois de tomarmos café, Maria e eu fomos ver o que teria de almoço. Após decidirmos eu segui para o escritório e trabalhei por algumas horas, liguei para a Melissa e perguntei como ela estava e como estava o trabalho, conversamos por alguns minutos e logo desligamos.
  Isadora ligou e disse que viria durante a tarde buscar o Bernardo junto com o Rober, aproveitei e falei para ficarem pro jantar. Em seguida liguei pra Bruna e meus sogros fazendo o mesmo convite e foi confirmado para às 20h.
  O dia graças a Deus foi bem divertido, Luan cansou demais as crianças e no final da tarde os dois estavam exaustos, dei um banho caprichado neles, vesti uma roupa fresquinha e confortável e os coloquei para assistir filme na sala enquanto Luan tomava um banho e eu terminava de ajudar Maria colocar a mesa para o nosso jantar.

_ Mãe uns amigos meus vem pra cá, tá bom?
_ Vocês vão daqui pra festa?
_ Sim, meu pai disse que leva a gente.
_ E busca, né.
_ Mas a senhora sabe que vai a noite toda, não sabe?
_ Eu tô de olho em você, Arthur.
_ Pode ficar. -ria.
_ Cara de pau... vocês vão ficar para o jantar?
_ Eu sim, eles vão chegar por volta das 22h.
_ Tudo bem.
_ Te amo. -beijou meu rosto e saiu correndo.
_ Mãe! Minha tia chegou. -Malu anunciou.
_ Chegou cedo hoje? -brinquei.
_ Estava morrendo de saudades do meu pequeno, Fê. -dizia Isa ao vir me abraçar.
_ Eu imagino, Isa. E pode ter certeza que ele também está cheio de saudades, Luan disse que ele acordou chorando hoje.
_ Judiação com o bichinho.
_ Cadê meu cunhado?
_ Estava estacionando, entrei na frente dele. E aí, como você está?
_ Muito bem e a senhorita?
_ Ótima, estava precisando ficar a sós com o maridão.
_ Ousada (risos). Mas é gostoso mesmo, uma delícia.
_ E como menina... -ela acabou me ajudando terminar a mesa e voltamos para a sala, cumprimentei Roberval e nos acomodamos no sofá. Logo chegaram meus cunhados e sogros, Luan abriu um vinho e tomamos algumas taças antes de servirmos o jantar.
_ Nossa onde meu menino vai cheiroso desse jeito? -Mari perguntou dando um cheiro no neto.
_ Oi vó, vou numa festa com uns amigos. -respondeu beijando o rosto dela, dando aquele abraço apertado. Arthur cumprimentou também os outros presentes e se sentou à mesa.
_ Muito baladeiro esse menino. -meu sogro brincou e nós demos risada, nos servimos e começamos a comer. Enquanto rolava o jantar falamos sobre as festas de fim de ano, o último show do ano e chegamos a comentar sobre as férias de janeiro, mas ainda não tínhamos destino certo.
_ Ai, Maragogi é lindo. Poderíamos ir pra lá, ficar uns dias naquele lugar maravilhoso. -Bruna deu a ideia.
_ Luan queria ir pra fora, Caribe.
_ Caribe, Pi? Outra vez?
_ Lá é daora, amo aquele lugar.
_ Sabemos. -falei rindo.- Perdi as contas de quantas vezes fomos pro Caribe nas suas férias.
_ Não exagera, amor. Nem foram tantas vai.
_ Até a Nena já foi pro Caribe, amor.
_ Tudo bem, tudo bem. Deixo vocês escolherem.
_ Não sendo frio eu topo. -Rafa, marido da Bruna disse.
_ Olha o interfone, Arthur.
_ Tô comendo, mãe... -fez bico.
_ Vai lá Malu? -pedi e ela foi, demorou um tempão e quando eu fui dar uma olhada Maria Luísa estava no maior papo com a irmã de um dos meninos.- Oi, boa noite meninos.
_ Boa noite. -responderam em coro.
_ Mãe, essa é a Clarisse. Amiga, essa é minha mãe.
_ Tudo bem, Clarisse? Prazer, Fernanda.
_ Nossa, nem parece que você é mãe da Malu. Você é bem nova. -respondeu mascando chiclete.
_ Comecei cedo (risos). Podem sentar, fiquem a vontade. Aceitam um suco? Uma água?
_ Não, obrigado. -respondiam enquanto se acomodavam.
_ A Malu bem que poderia ir com o Arthur, né?
_ Maria Luísa é nova pra ficar indo nessas festas adultas.
_ Tenho a idade dela, só estou indo porque minha mãe só deixou meu irmão ir com a condição de ele me levar.
_ Ainda bem que minha mãe não é assim. -Arthur falou beijando meu rosto, ri.- Fala aí cara. -saiu cumprimentando os amigos.- Tudo bem, Clarisse?
_ Tranquilo. -piscou, piscou para o meu filho.
_ Bom, se me dão licença. -e voltei para a sala de jantar onde ainda estavam os outros, Luan me olhou e eu não falei nada. Terminamos de comer, ainda fizemos uma horinha sentados e depois fomos para a sala outra vez. Luan já foi pegando as chaves e chamando Arthur para saírem, Rober foi junto.
_ Arthur já está namorando, cunha? -Bruna perguntou.
_ Diz ele que não, mas a Malu tem uma cunhada na escola.
_ É verdade, ela me chama de cunhada (risos). Ela tem 16 também.
_ Laura trocou de namorado. -Bruna comentou e vi meu cunhado fazer careta.- Levou ele em casa, almoçamos juntos e tudo, parece ser um bom rapaz.
_ Eu não gostei dele, nem o Lucas.
_ Ciúmes. -falei rindo.
_ Rafael me mata de vergonha, gente. O menino chegou em casa com a Laura e ele fez o Lucas perguntar do ex-namorado da menina (risos).
_ Laura ficou vermelha, queria me matar.
_ E com razão, meu pai viaja madrinha. Ainda falou que era um sogro muito sério, que não gostava de muita brincadeira, que eu não podia sair de dia da semana e tinha horário pra chegar no fim de semana.
_ Ô cunhado, me ajuda né? -brinquei.
_ E ele concordando com tudo, quero ver até onde vai. -Rafael voltou a dizer.
_ Pai. -Laura cobriu o rosto com as mãos nos fazendo rir.
_ Felicidades minha princesa. -falei.




Narrado por Melissa
  Leo foi me deixar em casa e bagunça estava armada, juntou com os meus tios, meu avô e meu pai e foi longe. Eu fui deitar e eles ficaram lá embaixo na sala.

_ Loira, vai dormir já? -entrou no quarto e me pegou trocando de roupa, estava terminando de vestir a blusa do pijama.
_ Tô com sono, loirão. Você vai ficar aqui?
_ Acho que não hein, nem falei com a véia.
_ Não fala assim amor... liga pra ela, fala que você vai ficar comigo.
_ Agarradinho? -me abraçou por trás e eu deitei a cabeça no peito dele, fechando os olhos.
_ É. Bem agarradinhos. -respondi sorrindo.- Tô indo deitar.
_ Daqui a pouco eu subo. -nos beijamos e ele saiu do quarto apagando as luzes. Peguei o celular e mandei mensagem no grupo das cabritas da minha vida.
_ Morram de inveja, vou dormir com o meu namorado hoje. -gravei o áudio e enviei, dei risada com a resposta de imediato.
_ Nossa, vai se ferrar Melissa! Tô indo embora da faculdade agora, puta merda. -Nayara mandou "brava".
_ Meu Bruninho está longe, amiga. Maldade isso. -Taci mandou mais tranquila, serena.
_ Desculpa, eu posso... vocês não. -ficamos nessa de áudios que nem notei a hora passar, tirei a atenção do celular quando o Leo abriu a porta devagarinho e acendeu a luz.
_ Tá acordada ainda, loira?
_ Conversando com as meninas, amor. Deita aqui.
_ Vou tomar banho, já venho. -e foi, fiquei falando com as meninas até ele voltar e tomar minhas amigas de mim.- Vocês falaram demais, estamos ocupados agora. Tchau! -e bloqueou meu celular.
_ Leonardo!
_ Te amo. -mordeu minha boca, mordeu mesmo.- Tá tarde, sabia?
_ Eu sei. -fiquei mexendo nos cabelos dele e dando muitos selinhos naquela boquinha.- Loirão?
_ Hm...
_ Meu irmão já chegou?
_ Ah, caralho... não acredito. -começou a rir.- Não dormiu esperando seu irmão chegar?
_ Ele não é de passar a noite fora de casa, vai saber onde ele se enfiou.
_ Deixa o menino, deixa. -me apertou e ficou me distraindo até eu pegar no sono. Estava dormindo bem, dormindo gostoso, mas meu celular tocou e eu ainda sonolenta atendi.
_ Oi.
_ Mê, sou eu... o Arthur.
_ Art? O que foi?
_ Tem como você vir me buscar? Tô ligando pro pai, mas tá dando desligado.
_ Nem sei onde é... onde você tá?
_ Vou te mandar no whatsapp, você vem mesmo?
_ Eu vou daqui uns minutos eu tô aí. -respondi bocejando e desliguei.- Leo...
_ Hm...
_ Meu irmão ligou, pediu pra eu ir buscar ele... vamos lá?
_ Tá. -respondeu passando a mão no rosto.
_ Então vamos... -levantei acelerada e ele bem tranquilo, levantou, foi ao banheiro e depois pegou os chinelos e esperou trocar de blusa. Descemos de mãos dadas, fomos para o carro dele e esperei Arthur me mandar o endereço, colocamos no GPS e fomos.- Tá com uma carinha linda. -beijei seu rosto.
_ Um sono da porra, puta que pariu. -bocejou.- Você ligou pra ele, né?
_ Não loirão, juro. -ri.- Ele disse que o celular do meu pai estava dando desligado.
_ Sei. -dizia manobrando o carro, ele dirigia bem até com sono. Foi o caminho todo falando comigo para não cochilar e logo entramos no condomínio da tal amiga.- Vou ficar por aqui hein. -falou quando estacionamos em frente a casa.
_ Você que sabe bobão. -peguei o celular e liguei pro meu irmão.- Art?
_ Chegou?
_ Cheguei, tô aqui fora.
_ Tô saindo. -falou antes de desligar, fiquei olhando o movimento enquanto isso.
_ Aquela ali sou eu na vida, aí gente. -a menina estava encostada no capô do carro, no celular.
_ Sei bem o celular que você fica na mão. -bateu na minha coxa, olhei rindo e nos beijamos, beijo gostoso demais.- Olha seu irmão. -olhamos para o lado e ele se despedia de uma fulana aos beijos, beijos. Ele estava beijando, beijando uma estranha.- Faz bico não, deixa o cara. -falou me tirando dos pensamentos.
_ Quem era aquela Arthur? -perguntei assim que ele entrou no carro limpando a boca.
_ (risos) Uma amiga. -respondeu rindo, tocando a mão do Leo.
_ Amiga o caramba que é amiga. -virei para frente e cruzei os braços.- Vai Leo, vamos embora.
_ Não tô acreditando que você tá com ciúmes do seu irmão, mano.
_ O irmão é de quem?
_ Ela é igual minha mãe, loucas. -apertou minhas bochechas, rindo.
_ Ha, somos loucas? Ela vai saber disso também viu.
_ Outra fofoqueira (risos)?
_ Deveria ter deixado você ir de a pé pra casa, besta. 
_ Você me ama, não ia deixar.
_ Me acordou pra vir te buscar, nem pediu.
_ Você mente, Leonardo. Fui super fofa.
_ Ah, eu imagino. -meu irmão zuou e foi assim até chegarmos em casa. Entramos que meus pais nem viram, antes de voltar para o quarto passei na cozinha pra tomar água com o mozão e fomos dormir em seguida.












~.~

Ê família doida, louca, mas feliz. Estou amando, rs.  Quero mais, Arthur está de namorico com quem hein? E a Malu na matinê? Eita, que o trem ferve!

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Capítulo 237

Narradora

Três anos depois. [...]

  A perda do bebê de Melissa foi uma tristeza para os familiares e mais ainda para o namorado e pai da criança, Leonardo. Os dois demoraram um tempo para se reerguer desse tombo, porém a situação os uniu ainda mais e os motivou a dar continuidade na vida profissional.   Melissa está no sexto semestre da faculdade de Direito e fazendo estágio na CDM, mas não pense que a Fernanda por ser mãe "dá uma folga", muito pelo contrário é muito mais exigente por acreditar no potencial da filha. E Leonardo formou-se em Engenharia Civil e concluiu recente sua pós-graduação em Gestão de Projetos na Construção Civil. E tinha seu próprio negócio em sociedade com o amigo Cláudio Dantas, Cacá.
   Fernanda e Luan estavam orgulhosos com o rumo em que a vida da filha estava tomando e mais ainda com o genro que se mostrou um homem maduro, e comprometido. 
   Em relação a carreira, Luan ainda fazia shows porém com maior espaço de tempo entre um e outro. Mantinha uma agenda mais tranquila, com colegas de trabalhos novos já que alguns seguiram rumos diferentes. Mas ele ainda conta com Roberval como seu braço direito. Ele diminui a frequência de shows para acompanhar melhor o crescimento dos filhos e também para descansar mais, desacelerar a correria. 
    Fernanda continuava a mãezona louca de sempre, a empresária que a CDM mais se identificou e a amiga excepcional. Se sentia cada vez mais realizada por cada conquista que teve na vida. Família, amigos, afilhados.





Narrado por Fernanda
   Pode parecer que não, mas em três anos bastante coisa aconteceu. Boas e ruins. Melissa e o Leo perderam o bebê, mas superaram isso de uma maneira madura e surpreendente, focaram nos estudos e hoje estão aí quase noivos. Isso foi bom.
   Perdi nesse espaço de tempo três pessoas que eu amei demais e continuarei amando para o resto da vida, que foram os meus avós. Os pais da minha mãe e o pai do meu pai, ah meus velhinhos. Fiquei sem chão, mas sabia que uma hora eles partiriam e nos deixariam apenas com os bons ensinamentos e aconselhamentos. Meus pais continuam morando em Nova Iorque, mas pensam em voltar para o Brasil estão esperando apenas meu irmão, Heitor concluir o ensino médio e decidir se continua por lá ou se acompanha os velhinhos. Ele está tão grande e bonito, puxou a irmã.
   Bom, em três anos meus bebês cresceram né? Helena está com 6 anos, Maria Luísa com 14 e quase entrando no ensino médio e Arthur com 16 anos. Grandes, né? Mas, eu ainda os chamo de bebês.


(...)

_ Mamãe, o que é se-xo? -Helena perguntou e Luan engasgou com o suco que tomava, enquanto estávamos almoçando.
_ Você aprendeu essa palavra hoje filha?
_ Eu li naquele papel de vacina, o meu.
_ Sexo é o gênero, filha. E existem dois, feminino para mulheres/meninas, e masculino para homens/meninos. -respondi com naturalidade e ela franziu a testa, mas pareceu entender.
_ Então o papai e o Art são sexo masculino? E eu, você e a Mê somos sexo feminino?
_ Isso minha pequena, muito bem. -o assunto encerrou ali e voltamos a comer.   Depois do almoço Arthur e Maria Luísa ficaram com a louça, Luan ficou com a tarefa de ajudar Helena com as lições de casa e eu fui para o escritório checar os emails e ligar para empresa e saber como estavam as coisas. Tudo corria bem, Melissa disse que havia voltado do almoço tinha pouco tempo e que terminaria de redigir os contratos para imprimir, amanhã teria uma das últimas reuniões do ano antes do recesso.
_ Mãe, precisava falar com a senhora.
_ Pode entrar meu filho. -falei e ele entrou dando risada já, nem falei nada.
_ Tenho uma festa pra ir amanhã com uns amigos da escola.
_ Amanhã é uma quinta-feira, você ainda não está de férias e vai ter aula na sexta.
_ Sim, mas é uma amiga nossa. Aniversário dela.
_ E ela não pode comemorar na sexta?
_ Nossa mãe, eu nem vou ter nada de importante na sexta... não pega nada se eu faltar.
_ Eu vou deixar você ir, mas já sabe né? Você tem horário pra ir e pra voltar.
_ Pode ir me buscar se quiser.
_ E eu vou mesmo. -respondi.
_ Eu amo a senhora, tchau. -e correu para fora da sala. Voltei minha atenção aos emails e quando estava respondendo mais um Maria Luísa entrou na sala.
_ Mãe, posso sair na sexta?
_ Sair que horas? Com quem? Que lugar?
_ Uma resenha na casa de uma amiga minha. O irmão dela vai dar uma festa.
_ Você não acha que tá muito nova não? Sabe por que, filha? Só vai ter homem velho de olho em vocês que são novinhas.
_ Mãe!
_ Porque você não vai em alguma matinê com as suas amigas no sábado?
_ A senhora vai deixar?
_ Eu posso pensar?
_ Com muito carinho.
_ AH! YES, te amo mãe. -e saiu. Olhei para o relógio e marcava pouco mais que 14h30. Tomei uma água e voltei ao que fazia, terminei tudo e fechei o notebook.
_ Tomou banho? -perguntei ao ver Helena no sofá com a boneca.
_ É, o papai deixou. -respondeu sem nem me olhar.
_ Ela estava toda suada, ainda mais com essa franja na testa. Não sei pra que não corta isso. -Luan reclamou.
_ Porque ela gosta, ué. -sentei com eles no sofá e peguei o celular.
_ Guarda isso um pouco, Fernanda. 
_ Tô mandando mensagem pra Isa, esqueceu que ela ia trazer o Bê?
_ Não esqueci não, só não lembrava a hora.
_ Mamãe, o Bernardo vem pra cá? -fiz que sim com a cabeça, concordando e ela arregalou os olhos.- A Ceci pode vim também? Deixa, mamãe. -pediu subindo em cima de mim e segurando meu rosto, Luan deu risada.
_ Liga pro Leo, ele deve estar em casa.
_ Me fala o número, mamãe. -disse descendo do sofá e tirando o telefone da base, falei um por um e ela foi discando.- Oi, alô?... É a Nena... Ahaam... A Ceci pode vim brincar comigo e o Bê, hoje?... Tá bom, tchau. -e desligou.- Mamãe, o Leo vai busca ela.
_ Então tá bom, só sentar e esperar. Tá?
_ Tá.
_ O que eu vou fazer pra essas crianças comerem?
_ Não faço ideia. -pegou o controle e ligou a TV.- Já arrumou as malas?
_ Eu não, só vamos viajar dia 23, ainda temos duas semanas pra isso. E esse ano a Melissa não sabe se vai com a gente.
_ Como não sabe? É uma tradição de família, sempre nos reunimos na chácara.
_ Ela quer passar com o namorado também e ele viaja com a família dele.
_ Ela que sabe. -ficou de bico, tive vontade de morder.
_ Papai, a porta! 
_ Deixa que eu abro! -Arthur falou vindo da cozinha, só acompanhei com a cabeça e quando ele abriu meu toquinho veio correndo até o sofá.
_ Oi meu amor, dá um beijo na dinda?
_ Dinda, oi. -beijou minha bochecha e me abraçou pelo pescoço.
_ Cadê sua mãe? -ele apontou e ela entrou com o Rober.- Nossa, que gata hein. Onde vamos?
_ Passear, se é que me entende. -Rober respondeu e minha amiga ficou vermelha dos pés a cabeça, dei risada e o Luan também. 
_ Então o neném vai ficar com a dinda, é? -Bernardo fez que sim, todo contente.- Até amanhã?
_ É, dinda.
_ Então dá tchau pro papai, tchau pra mamãe e já pode ir brincar. -assim ele fez e já saiu com a Leninha pela casa.- Juízo hein, vocês dois.
_ Meu objetivo é mais um afilhado pra vocês (risos). Tchau, tchau. Qualquer coisa liga.
_ Tá bom, divirtam-se. -eles saíram e o Leo chegou, não tocou nem a campainha e foi entrando. Nos cumprimentou, Cecília fez o mesmo e foi procurar pela amiga.- Todo de social, é?
_ Todo dia, sogra. Mas por mim eu iria de tênis e polo todos os dias da semana. -respondeu abrindo dois botões da camisa e recostando no sofá.
_ Eu amo trabalhar de social, colocar aquele salto, saia justinha, uma blusinha e o blazer pra finalizar. -Luan olhou baixou as sobrancelhas e nós demos risada.
_ É que homem é basicão, camisa, um jeans e um sapatenis. Tô pronto.
_ Vai voltar pro escritório hoje ainda?
_ Vou sim, vim almoçar em casa porque minha mãe pediu pra eu ir buscar a Ceci na escola. Aí volto pra lá assim que sai daqui.
_ Ah tá. E está gostando?
_ Eu tô, mas o foda é que não são todos que confiam na empresa por sermos jovens, recém formados.
_ Isso é a maior besteira, tudo bem que a experiência conta, mas o conteúdo também. É uma junção.
_ Bem por ai, mas estamos indo...
_ Oi cunhado. -Malu o cumprimentou e sentou no sofá.- Tá gatão hein.
_ Deixa de foguetisse, Maria Luísa. -Arthur repreendeu a irmã.- E aí, cara. -falou com o Leo e foi pro outro sofá.
_ Deixa de ser chato, Arthur. Eu hein.
_ Sem briga, os dois. -falei séria.
_ Bom, vou indo nessa. Passo aqui mais tarde, falou, falou. -e saiu.
_ Vamos subir um pouco, amor? -sussurrei em seu ouvido e ele assentiu.- Arthur, qualquer coisa me chama tá?
_ Com coisa que a senhora vai escutar. -e começou a gargalhar com a Malu e o Luan acompanhando.
_ Menino, você me respeita. -falei indo em direção a escada, de mãos dadas com o meu marido. Entramos no quarto e eu passei o trinco na porta, tirei sua camisa e o joguei na cama. Subi em cima dele deixando uma perna de cada lado do seu corpo e sentei em pau, tirando a regata que vestia e inclinando o corpo para que pudesse beijá-lo com voracidade, rebolando em seu colo.
_ Você gosta de provocar, não é? -perguntou puxando meus cabelos e vendo meu sorriso sacana. Voltamos a nos beijar e nos acariciar, viramos na cama e em poucos segundos sentia seus beijos molharem meu pescoço, entre os seios, meu umbigo e seus dedos passearem pelo cós do shorts, tirando-o com certa rapidez colocando minha calcinha de lado e me fazendo gemer alto e segurar os lençóis com força quando beijou minha boceta quente e extremamente molhada de tesão. Não tinha sensação melhor, Luan não tinha preguiça em me dar prazer e fazia isso como ninguém. Eu amava, sempre pedia por mais. Ofegava, gemia e me deliciava com toda a sensação de estar sendo abocanhada por ele.
_ Não para... -fechei os olhos e ergui o quadril deixando que sua língua fosse mais fundo. Gozei em sua língua e ainda em espasmos Luan continuava me chupando, enfiou dois de seus dedos e voltou a me estimular cada vez mais até que eu estivesse gozando outra vez.- Eu quero você.
_ Eu sei que quer. -riu sacana.- Vira de costas pra mim e afasta as pernas... Isso, empina essa bunda pra mim, empina Fernanda. -senti minha bunda arder com um rapaz forte e certeiro, grunhi e logo ele meteu com força.- Ah! Que delícia. -começou a se movimentar com força, rápido e cravando os dedos no meu corpo.
_ Você vai me deixar toda marcada de dedos.
_ E mordidas. -riu.- Gostosa. -mordeu meu ombro.
_ Morde de novo, morde.
_ Não, vai ficar roxo. -beijou onde havia mordido e continuou com as investidas, desacelerando e me virando de frente, abri mais as pernas, toda convidativa e o senti mais fundo, bem rápido e muito duro.- Não faz essa carinha não, tenho vontade de encher ela de tapas.
_ Você pode. -peguei sua mão e chupei cada um de seus dedos, sugando com força e virando os olhos de tanto prazer. Luan colocou minhas pernas em seus ombros e segurou firme minha cintura aumentando o ritmo até que eu estava pulsando novamente, louca para gemer ainda mais alto quando senti seu gozo quente escorrer dentro de mim e seu pau ir me deixando aos poucos, fiz careta e ele riu.
_ Minha garotinha insaciável.
_ Garotinha não que eu sou quase uma cinquentona.
_ Com tudo em cima. -me abraçou pela cintura, beijando minha boca, alisando minhas costas e com a mão livre apalpando a minha bunda.- Dá vontade de ficar o dia inteiro assim.
_ Uhuum... mas temos visita, precisamos descer né?
_ Mas só depois de uma ducha. -nos levantamos e seguimos nus para o banheiro, liguei o chuveiro e entrei de cabeça. Luan dividiu o espaço comigo e juntos tomamos um banho até que rápido, com algumas carícias, mas nada muito intenso. Enxaguei os cabelos e sai primeiro que ele, enrolei uma toalha na cabeça e outro no corpo e voltei para o quarto.- Amor, separa minha roupa?
_ Folgado. -respondi. Tirei nossas roupas do chão e coloquei no cesto de roupas sujas, entrei no closet e escolhi algo básico. Shorts e camisetinha. Vesti e peguei a roupa do Luan, bermuda, regata e cueca, deixando em cima da cama. Me sentei para secar o cabelo e Maria Luísa bateu na porta do quarto, me chamando.
_ Mãe, tô com cólica...
_ Desceu pra você hoje?
_ Ainda não, mas tá doendo e eu já quero um remédio e deitar e dormir. -falou rápido.
_ Na minha gaveta de calcinha tem um lá, pega um comprimido e toma com água. Não é com suco não viu, nem refrigerante.
_ OK. -e foi. Luan saiu do banheiro e por pouco não tirou a toalha.- Tomou banho com a minha mãe, pai? -perguntou rindo e ele já ficou vermelho.
_ Mas respeito que eu ainda sou seu pai.
_ Credo, só fiz uma pergunta.
_ Que não é pra sua idade. -responde ele antes de pegar a roupa e ir para o closet.
_ Mãe, já está pensando?
_ Uhuum. -menti.- Estou sim.
_ Vou avisar minhas amigas então... pode ser sábado agora?
_ O que pode ser sábado?
_ Eu sair com as minhas amigas pai, minha mãe disse que ia ver se levava a gente.
_ Pra onde?
_ Um matinê, Luan. -falei.
_ Ha, mas não vai mesmo... nem com amiga, nem sem amiga... você não vai.
_ Ué, Luan. Por que não?
_ Ela não tem idade pra ficar saindo não.
_ Ah não? E o Arthur com a idade dela não saía, né?
_ Ah Fernanda, mas ele é homem.
_ Machista. -falei séria e não disse mais nada. Maria Luísa percebeu que o clima tinha esquentado e saiu do quarto, ele estava terminando de se trocar e eu havia acabado de enxugar os cabelos e estava pra sair do quarto quando Luan segurou meu braço e eu já olhei de cara feia.- O que é?
_ Acabamos de fazer amor e você já quer brigar?
_ Se você não se achasse o único responsável pelos nossos filhos talvez não seria assim.
_ Você é doida, quer levar a Maria Luísa pra uma matinê. Ela tem 14 anos, Fernanda, 14.
_ Ela me pediu pra sair na sexta a noite. Você que sabe. 
_ Ah não, piorou... ela não vai passar a noite fora de jeito nenhum.
_ Ué, mas o Arthur também não estava pensando de sair? Não pense que eu sou idiota não que eu escutei muito bem.
_ Ele vai com os amigos dele, eu busco depois.
_ Tá vendo como você é? Acha que porque o Arthur é homem, é normal ele sair de noite. Deixa eu te falar uma coisa, ele também é menor de idade.
_ E o que uma coisa tem a ver com a outra?
_ Ou os dois ou ninguém vai.
_ Amor, não vamos entrar nessa discussão... por favor.
_ Eu não estou discutindo, estou falando sério. Se a Maria Luísa não for, Arthur também não vai... você levando ou não.
_ Tá bom, depois não fala que eu não avisei. Sua filha tá muito saidinha.
_ Agora ela é minha filha? Não é nossa?
_ Melissa começou assim.
_ Aí Luan, não começa tá?
_ É mentira então?
_ Primeiro que a Melissa nem de casa saía, começou a sair, viajar com as amigas e com mais de 16 anos.
_ Viu só? 16 anos. Quantos anos a Malu tem mesmo?
_ Não vou discutir com você, não mesmo. -me soltei dele e desci.
_ Que cara é essa mãe?
_ Não é nada querido. -passei por ele e fui dar uma olhadinha nas crianças que estavam no quarto de brinquedos.- Oi meus amores.
_ Mamãe, a Ceci é nossa prô.
_ Ah é?
_ Sim, eu e o Bê é os alunos.
_ Aí depois a gente troca tia Fê.
_ Isso mesmo, continuem brincando tá? Bernardo, quer fazer xixi?
_ Não tia, agora não dá. Tô brincano.
_ É rapidinho, pede pra prô. -ri.
_ Então eu vou. -me deu a mão e fomos, depois ele tomou água e voltou a brincar com as meninas.




Narrado por Melissa
  Em três anos que passou posso dizer que minha vida voltou aos trilhos, tudo estava tranquilo. Tranquilo com os meus pais, tranquilo com o meu namorado, tranquilo com os estudos. Eu estava bem. As vezes me pegava imaginando como seria se não tivéssemos perdido o bebê, ele ou ela estaria com quase dois aninhos e meio. Mas Deus não quis assim e eu não o questiono por isso, aconteceu.


_ Toc, toc. -escutei batidas na porta e olhei encontrando meu loirão todo lindo entrando.- Tudo bem?
_ Tudo ótimo. -joguei minhas mãos em seus ombros e o beijei.- E você?
_ Cansado. -encostou a testa na minha, de olhos fechados.- Vim te buscar.
_ Não precisa, loirão. Podia ter ido pra casa, sabia?
_ Estava com saudades e o escritório é 15 minutos daqui. -nos beijamos outra vez.- Falta muito aí?
_ Não, terminando de enviar isso aqui e vou guardar minhas coisas.
_ Vou mijar enquanto isso. -se afastou e saiu da sala. Voltei a me sentar no meu lugar, mandei o email que estava terminando de redigir e desloguei. Quando meu namorado voltou eu já estava pronta para ir embora.
_ Tá comendo, Leo?
_ Judith é a melhor funcionária dessa empresa. Me recebe com cafezinho e bolachas de nata de leite. Já minha namorada...
_ Idiota. -dei um tapa em seu ombro e fechei a bolsa, tirei o celular do carregador e nós saímos.- Tchau, tchau até amanhã. -me despedi do pessoal e entramos no elevador, apertei o botão do térreo e deitei a cabeça no peito dele.
_ Trabalhou hoje hein.
_ E eu tenho aula daqui a pouco.
_ Quando você entra de férias?
_ Dia 21.
_ Tem duas semanas ainda.
_ Pois é, queria me dar férias desde já. Tô tão cansada, não estou tendo vida. -fiz um drama e ele riu.- Leonardo!
_ Manhosa. -beijou meu rosto e me apertou num abraço.- Pensei que já tivesse acostumado com a rotina.
_ Não e nem vou. -falei.- Você vai me buscar hoje?
_ Todos os dias. -as portas se abriram e nós nos despedimos do porteiro e seguimos até o carro dele que estava quase na entrada do estacionamento.
_ Por que tão longe?
_ Porque você precisa fazer uma caminhadinha, loira.
_ Ha ha... que graça. -ele tirou o alarme, destravou a porta e nós entramos.- E a Ceci, melhorou?
_ Era só uma tosse e ela está ótima, está lá na sua casa.
_ Sério? -perguntei rindo.
_ Tá ela e o filho do seu padrinho, mais o Thor.
_ Minha mãe gosta da casa cheia. -coloquei a bolsa no banco de trás e prendi o cinto, peguei o cabo USB e pluguei no celular.
_ Você e as músicas.
_ Quer que eu desligue?
_ Não, só não aumenta muito. -me deu um selinho e seguimos para a minha casa. O trânsito não ajudou muito e chegamos por volta de 18h15.
_ Oi, oi, oi família. -falei passando rapidamente pela sala e subindo para o meu quarto, larguei a bolsa em cima da cama e sai tirando a roupa no caminho até o banheiro. Tomei uma ducha rápida, ao sair procurei uma roupa confortável e não muito quente, um vestido e sapatilhas. Peguei a mochila que estava na cadeira ao lado da porta e desci.
_ Vai estudar, é? -meu pai perguntou analisando minha roupa.
_ Sim, senhor. Tá calor, né pai.
_ Hm...
_ O que foi pequena? -Ceci estava sentada de braços cruzados e um bico enorme, com os olhinhos cheios de lágrimas.
_ Eu queria brincar mais.
_ Não fica assim, nega. Eu te trago pra brincar com a Leninha outra vez. Tá bom?
_ Tá bom.
_ Vamos amor? -ele assentiu.- Tchau. -nos despedimos e saímos. Leo primeiro passou em casa para deixar a Cecília e em seguida me deixar na faculdade.
_ E meu beijo?
_ Sabe que eu tô atrasada, né? -perguntei soltando o cinto de segurança, ele riu fazendo o mesmo e veio me beijando. Beijo bom, daqueles bem gostosos e que não te dão vontade de parar.- Mais tarde a gente conversa. -pisquei.
_ Poderíamos conversar melhor no meu quarto. -mordeu minha orelha.- O que você acha?
_ Acho muito bom. -risos.- Tchau, beijo.


  Entrei na faculdade e não corri para chegar na sala. Passei pela porta a professora estava na letra G da chamada,  dei um "Oi" pro pessoal e sentei no meu lugar. Tive três aulas pra lá de complexas e parecia que não iriam acabar nunca, depois fomos para o intervalo e na volta tivemos aulas mais tranquilas.

_ Seu boy vem te buscar, Pati?
_ Aí dele se não vier. -brinquei.- Tá tão cansado, tadinho. Falei pra ele ficar em casa, mas ele disse que viria.
_ Queria que meu noivo fosse assim... uma hora dessas ele esta é dormindo, roncando com a Lelê. -comentou procurando a chave do carro na bolsa.
_ Sua neném?
_ Sim, tem sete meses. Aqui, oh. -mostrou  uma foto da neném, bem gordinha e sorridente.
_ Linda, muito linda. 
_ Obrigada. Achei! -falou pegando a chave.- Tchau, Mel.
_ Tchau Gabi, beijo. -Gabriela foi embora e eu ainda esperei mais uns minutos antes de o meu namorado chegar, de pijama e chinelos.- Tá lindão hein.
_ Estava dormindo. -passou a mão pelos cabelos, bocejando.
_ Eu disse que não precisava. -dei um selinho nele e me acomodei.
_ Tá de boa, relaxa. -disse dando partida.- Vai dormir lá em casa?
_ Vou sim, só preciso avisar minha mãe... vou até ligar lá em casa. -peguei o celular e disquei o número da minha mãe.- Alô, mãe?
_ Fala Mê.
_ Vou dormir na casa do Leo, tá?
_ Tudo bem.
_ A senhora avisa meu pai?
_ Aviso sim, boa noite pra vocês.
_ Obrigada, igualmente. Beijo. -e desliguei.
_ Liberada?
_ Ér... digamos que sim. -dei de ombros, despreocupada. Lembrando que algum tempo atrás meus pais não tratavam com normalidade eu dormir na casa do Leo.- Daqui a pouco meu pai manda mensagem.
_ Ciumento pra caralho, puta que pariu.
_ Ele fala que é cuidado.
_ Sei bem. O mesmo cuidado que eu tenho com a Analu e a Ceci, e olha que são pequenas...
_ Eu sei, também tenho esse cuidado com as minhas irmãs e mais ainda com o Arthur.
_ Seu irmão é tão de boa.
_ Mas as periguetes não saem de cima, o que tem de números não salvos no Whatsapp dele... tem que ver.
_ Meu cunhado, porra. -revirei os olhos.
_ Vou comemorar quando a Ceci arrumar um namorado.
_ Ele vai ter que ser muito homem pra namorar minha irmã. 
_ Machão.
_ Eu sou. 
_ Eu sei que é, lembro bem da barata que apareceu no banheiro do meu quarto. -ri.- Tá todo mundo na sua casa?
_ Meu pai estava acordado, mas porque a Cecília não quer saber de dormir. Já tomou banho, jantou, brincou de boneca, assistiu comigo e nada. -disse dirigindo.- Mas minha mãe já dormiu faz é tempo.


  Seguimos para a casa dele, o caminho não foi demorado, logo entramos no condomínio e coisa de 20 minutos depois estávamos estacionando o carro. Soltei o cinto e desci, abri a porta de trás e peguei minha mochila jogando sobre o ombro. Esperei ele travar o veículo, ligar o alarme e entramos.

_ Cecília! -chamei e ela veio correndo para o meu colo.
_ Oi Mel. -sorria.- Você vai dormir aqui?
_ Eu vou, você vai dormir comigo?
_ Aham. -respondeu tirando o cabelo do rosto.- Leo!
_ Nada ainda pai? -perguntou pro meu sogro, fechando a porta e deixando as chaves no móvel do sofá.
_ Nada, vou deixar pra vocês. Boa noite Melissa, boa noite filhão.
_ Boa noite sogro. -deixei minha mochila em cima do sofá e sentei com a Ceci.- É verdade que você não quer dormir?
_ Não tô com sono.
_ Mas você tem aula amanhã... precisa descansar pra você acordar cedinho amanhã.
_ Mas eu não queria ir pra escola, quero ficar brincando. -jogou a cabeça pra trás, rindo. Leonardo olhou nós duas e entrou pra cozinha.- Joga comigo?
_ Depois a gente vai dormir?
_ Não vamos pintar a unha?


  Resumindo, nós duas jogamos três partidas de UNO da Barbie, pintamos as unhas e nos deitamos, conversei com ela e depois me calei e ela pegou no solo. Ajeitei a bonita na cama e fui para o quarto dele que estava deitado de cueca vendo TV, subi devagar e deitei em cima dele.

_ Ela dormiu? 
_ Uhuum... -respondi beijando-o, sentando por cima dele.- Até pintei as unhas de novo.
_ Não vai tirar essa roupa não?
_ Vou pegar uma camiseta sua. -levantei da cama e troquei de roupa, voltei a me deitar e antes de fazermos qualquer coisa eu dormi. Estava cansada, com muito sono.










~.~
   SCRR! São três anos depois e deu pra ver um pouca da mudança aí, não é? Melissa e Leo tiveram uma puta perda, mas superaram isso focando nos estudos e tendo um ao outro. Arthur está no ensino médio, Maria Luísa entrando na adolescência e nosso casal se adaptando a tudo isso mais uma vez. Eu quero é mais! Haha ❤